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AVALIAÇÃO DO ESTILOSANTES CAMPO GRANDE (Stylosanthes capitata E S. macrocephala), LAJEADO GRANDE – SC. 1 Felipe A. L. Zmijevski 2 , Rosiane B. N. Denardin 3 , Marcos A. Vargas 2 , Ernandes Manfroi 2 , Thiago Ranzam 2 INTRODUÇÃO: As leguminosas constituem uma importante fonte de alimentos para os ruminantes e podem ser exploradas para pastejo direto ou, se conservadas, para o fornecimento na forma de feno ou silagem. Mas, na região Oeste de Santa Catarina poucas são as opções de leguminosas de estação quente para alimentação animal. Estas espécies também podem ser utilizadas como adubos verdes, na cobertura de solos e rotação de culturas. O gênero Stylosanthes sp. representado por diversas espécies, destaca-se por sua resistência à seca e adaptação a solos ácidos e com baixa fertilidade natural, podendo ser uma alternativa para os pecuaristas do Oeste Catarinense. OBJETIVOS: O presente trabalho teve como objetivo determinar o potencial de produção de forragem e os teores de N, P e K de do estilosantes Campo Grande. METODOLOGIA: O experimento foi conduzido no município de Lageado Grande-SC. Foram avaliadas seis épocas de semeadura (20/11/07, 07/12/07, 21/12/07, 05/01/08, 19/01/08 e 05/02/08), associadas a dois métodos de semeadura, a lanço e em sulcos, por um período de 170 DAS (Dias Após Semeadura). O delineamento experimental utilizado foi Blocos Completos Casualizados, em fatorial (6 épocas de semeadura x 2 métodos de semeadura), com quatro repetições. RESULTADOS: A altura das plantas não diferiu (P>0,05) entre os métodos de semeadura, mas variou entre as épocas, em função dos diferentes estádios de desenvolvimento. Em relação a evolução da cobertura do solo, não houve diferença significativa em relação aos métodos de semeadura. Em todas as épocas de semeadura, ocorre uma fase de crescimento inicial lenta, sendo que quanto mais tardia a semeadura, mais lenta é a evolução da cobertura do solo. Para produção de forragem, só foi verificada diferença entre os métodos de semeadura, na primeira época, quando a produção, em sulco, atingiu cerca de 7.300 kg MS.ha -1 . As quantidades de proteína bruta (kg PB.ha -1 ), fósforo e potássio (kg P e K.ha -1 ), acumuladas, diferiram entre as épocas devido ao estádio fenológico da cultura e o acúmulo de massa, sendo que quanto maior o acúmulo de massa, maior as quantidades destes nutrientes. CONCLUSÃO: A cultivar mostrou-se produtiva e adaptada a textura argilosa do solo utilizado, com potencial para produção de forragem e acúmulo de PB, P e K, podendo ser utilizada também como planta de cobertura do solo, ficando restrita a regiões sem incidência de geadas, pois a cultivar não é tolerante ao frio. PALVRAS CHAVE: adaptabilidade; produtividade; ciclagem de nutrientes. 1 Grupo de Pesquisa em Biologia e Produção Vegetal – Parte do TCC do primeiro autor 2 Acadêmico do curso de Agronomia - Unochapecó 3 Eng. Agr. Dr. Professor do curso de Agronomia – Unochapecó, orientador do trabalho

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AVALIAÇÃO DO ESTILOSANTES CAMPO GRANDE (Stylosanthes capitata E S.macrocephala), LAJEADO GRANDE – SC.1

Felipe A. L. Zmijevski2, Rosiane B. N. Denardin3, Marcos A. Vargas2, Ernandes Manfroi2,Thiago Ranzam2

INTRODUÇÃO: As leguminosas constituem uma importante fonte de alimentos para osruminantes e podem ser exploradas para pastejo direto ou, se conservadas, para ofornecimento na forma de feno ou silagem. Mas, na região Oeste de Santa Catarina poucassão as opções de leguminosas de estação quente para alimentação animal. Estas espéciestambém podem ser utilizadas como adubos verdes, na cobertura de solos e rotação deculturas. O gênero Stylosanthes sp. representado por diversas espécies, destaca-se por suaresistência à seca e adaptação a solos ácidos e com baixa fertilidade natural, podendo seruma alternativa para os pecuaristas do Oeste Catarinense. OBJETIVOS: O presentetrabalho teve como objetivo determinar o potencial de produção de forragem e os teores deN, P e K de do estilosantes Campo Grande. METODOLOGIA: O experimento foi conduzidono município de Lageado Grande-SC. Foram avaliadas seis épocas de semeadura(20/11/07, 07/12/07, 21/12/07, 05/01/08, 19/01/08 e 05/02/08), associadas a dois métodosde semeadura, a lanço e em sulcos, por um período de 170 DAS (Dias Após Semeadura). Odelineamento experimental utilizado foi Blocos Completos Casualizados, em fatorial (6épocas de semeadura x 2 métodos de semeadura), com quatro repetições. RESULTADOS:A altura das plantas não diferiu (P>0,05) entre os métodos de semeadura, mas variou entreas épocas, em função dos diferentes estádios de desenvolvimento. Em relação a evoluçãoda cobertura do solo, não houve diferença significativa em relação aos métodos desemeadura. Em todas as épocas de semeadura, ocorre uma fase de crescimento iniciallenta, sendo que quanto mais tardia a semeadura, mais lenta é a evolução da cobertura dosolo. Para produção de forragem, só foi verificada diferença entre os métodos desemeadura, na primeira época, quando a produção, em sulco, atingiu cerca de 7.300 kgMS.ha-1. As quantidades de proteína bruta (kg PB.ha-1), fósforo e potássio (kg P e K.ha-1),acumuladas, diferiram entre as épocas devido ao estádio fenológico da cultura e o acúmulode massa, sendo que quanto maior o acúmulo de massa, maior as quantidades destesnutrientes. CONCLUSÃO: A cultivar mostrou-se produtiva e adaptada a textura argilosa dosolo utilizado, com potencial para produção de forragem e acúmulo de PB, P e K, podendoser utilizada também como planta de cobertura do solo, ficando restrita a regiões semincidência de geadas, pois a cultivar não é tolerante ao frio.

PALVRAS CHAVE: adaptabilidade; produtividade; ciclagem de nutrientes.

1 Grupo de Pesquisa em Biologia e Produção Vegetal – Parte do TCC do primeiro autor2 Acadêmico do curso de Agronomia - Unochapecó3 Eng. Agr. Dr. Professor do curso de Agronomia – Unochapecó, orientador do trabalho