avaliaÇÃo da qualidade fisiolÓgica em sementes...

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UNIVERSIDADE DE BRASILIA - UnB FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA - FAV MARIA ISABELLA CRISTINA COELHO DOS REIS AVALIAÇÃO DA QUALIDADE FISIOLÓGICA EM SEMENTES DE MILHO TRATADAS COM OZÔNIO Brasília -DF 2015

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UNIVERSIDADE DE BRASILIA - UnB

FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA - FAV

MARIA ISABELLA CRISTINA COELHO DOS REIS

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE FISIOLÓGICA EM SEMENTES DE MILHO TRATADAS COM OZÔNIO

Brasília -DF

2015

MARIA ISABELLA CRISTINA COELHO DOS REIS

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE FISIOLÓGICA EM SEMENTES DE MILHO TRATADAS COM OZÔNIO

Trabalho de concussão de curso, apresentado a

Universidade de Brasília, como parte das

exigências para a obtenção do título de

bacharelado em agronomia.

Brasília – DF, 08 de dezembro de 2015.

Orientadora: Prof. Nara Oliveira Silva Souza.

MARIA ISABELLA CRISTINA COELHO DOS REIS

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE FISIOLÓGICA EM SEMENTES DE MILHO TRATADAS COM OZÔNIO

Trabalho de concussão de curso, apresentado a

Universidade de Brasília, como parte das

exigências para a obtenção do título de

bacharelado em agronomia.

Brasília - DF, 08 de dezembro de 2015.

BANCA EXAMINADORA

________________________________________

Prof. Nara Oliveira Silva Souza

Unb

________________________________________

Prof. Ernandes Rodrigues Alencar

Unb

________________________________________

Flivia Fernandes de Jesus Souza Unb

DEDICATÓRIA

Reis, Maria Isabella Cristina Coelho dos, 2015. Avaliação

da qualidade fisiológica em sementes de milho tratadas

com ozônio / Maria Isabella Cristina Coelho dos Reis. –

2015.: XX f. : il. color. ; 30 cm.

Orientador: Prof. . Nara Oliveira Silva Souza.

Trabalho de conclusão de curso (graduação) –

Universidade de Brasília, Curso de Agronomia, 2015.

1. Agronomia – Ozonização. 2. Aplicação de

ozônio em Milho. I. Reis, Maria Isabella Cristina Coelho

dos. II. Avaliação da qualidade fisiológica de sementes

tratadas com ozônio.

Dedico esse trabalho aos meus pais, amigos, e

professores, por todo o incentivo e ajuda que

tornaram esse trabalho possível.

“You're going to find that many of the truths we

cling to depend greatly on our own point of

view.”

(Obi-Wan)

AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer, à professora Nara Oliveira Silva Souza pela paciência durante

orientação е ao incentivo o qual tornou possível а conclusão desta monografia, assim como, o

meu desenvolvimento acadêmico durante o curso.

A todos os professores da FAV de foram suma importância na orientação através do caminho

do conhecimento.

Em especial, aos meus pais, José Maria dos Reis e Maria Nazaret Coelho dos Reis, que

acreditaram a deram o suporte necessário aos meus estudos durante a graduação, tal como, a

orientação necessária ao meu desenvolvimento como ser humano.

A Maryanne da Costa Pereira, pela amizade, compreensão e auxilio durante a maioria dos

meus trabalhos acadêmicos.

E por fim, mas não menos importantes, a todos os meus amigos que me apoiaram durante

todos esses anos.

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi avaliar a viabilidade do uso do gás ozônio em sementes de

milho, Zea mays Hibrido, quando expostas as distintas concentrações de gás ozônio, em

períodos de exposição de 0,5 hora, 1 hora, 1,5 horas e 2 horas na prevenção a fitopatógenos.

O ensaio foi realizado no laboratório de Armazenamento, no Laboratório de Sementes e no

Laboratório de Melhoramento, ambos localizados no Instituto Central de Ciências (ICC),

pertencentes a faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária (FAV) na Universidade de

Brasília (Unb). As concentrações do gás ozônio adotadas foram 10 e 20 mg.L-1

, por períodos

de exposição de 0.5 hora, 1 hora, 1.5 horas e 2 horas. Foi possível demostrar através dos testes

que, a aplicação de concentração de ozônio pode ser considerada para aprimorar o

desenvolvimento fisiológico da cultura do milho em campo, o que pode resultar em ganhos

consideráveis no que diz respeito ao desenvolvimento da raiz nas fases iniciais da cultura.A

qualidade fisiológica das sementes foi avaliada pelos testes de germinação:Teste de

Condutividade Elétrica, Índice de Velocidade de Emergência (IVE), comprimento de

plântulas, o comprimento da radícula (CR) e o comprimento de plântula (CP). Foi adotado o

delineamento inteiramente causalizado nas médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de

probabilidade. Na geração do ozônio, foi utilizado como insumo oxigênio com grau de pureza

de aproximadamente 90%, em potes de 500 g de milho com três repetições.

PALAVRAS CHAVER:

Zea mays; fitopatógenos, ozonização em sementes, métodos de tratamento de sementes.

ABSTRACT

The goal of this study was to evaluate the practicability of using ozone gas in corn seeds, Zea

mays Hybrid. when exposed to different ozone gas concentrations, in exposure periods of 0.5

hour, 1 hour, 1.5 hours and 2 hours to prevention of pathogens. The assay was done in the

Storage Laboratory, in the Seed Laboratory and Genetic Breeding Laboratory, both located in

the Science Center Institute (ICC), belonging to College of Agronomy and Veterinary (FAV)

in the University of Brasilia (UnB). The ozone gas concentration were taken 10 and 20 mg\L

for exposure periods of 0.5 hour, 1 hour, 1.5 hours and 2 hour. It was possible to demonstrate

through assay that the application of ozone concentration may be considered to improve the

physiological development of the corn crop in the field, which can result in large gains with

regard to the root development in the initial stages of culture.The fisilogical quality of the

seeds was avalueted by the Electrical Conductivity Test and the Emergence Speed Index,

conducted jointly with the Field Emergency Test, root length and length of seedling. The

experimental design was adopted entirely randomized on was compare by the Tukey test on

5% of probability. For the ozone generation, was used as input oxygen with a purity of

approximately 90% in jars of 500g of corn with three repetitions.

LISTA DE SÍMBOLOS

°C Graus celsius

µS Microsiemens

cm Centímetro

g Grama

t Tonelada

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS.

ABIMILHO Associação Brasileira das Indústrias do Milho

AOSA Association of Official Seed Analysts

B.O.D Demanda bioquímica do oxigênio

CE Condutividade Elétrica

CP Comprimento de Plântula

CR Comprimento de Raiz Radícula

EC Emergência em Campo

FAO Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação

FV Fator de Variância

ISTA International Seed Testing Associations

IVE Índice de Velocidade de Emergência

ONU Organização das Nações Unidas

RAS Regras Para Análise de Sementes

TEST Testemunha

TPG Teste Padrão de Germinação

USDA Departamento de Agricultura dos Estados Unidos

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 Amostras de plântulas de semente de milho em papel ..........................................................28

Figura 2 Comparação entre sementes ozonizadas e suas testemunhas..............................................31

LISTA DE TABELAS.

Tabela 1 Análise de variância dos testes de qualidade fisiológica em sementes de milho....................31

Tabela 2 Valores médios obtidos nos testes de qualidade fisiológica em milho. .................................32

Tabela 3. Média geral dos testes de qualidade fisiológica em milho, considerando o fator concentração

de ozônio. .........................................................................................................................................33

Tabela 4 Média geral dos testes de qualidade fisiológica em milho, considerando o fator período de

exposição. .........................................................................................................................................34

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................15

2. REVISÃO DE LITERATURA ...................................................................................................16

2.1. Cenário da cultura do milho ................................................................................................16

2.2 Qualidade de semente. ...........................................................................................................18

2.2.1 Qualidade fisiológica.......................................................................................................19

2.4 Fungos em sementes de milho ..............................................................................................23

2.4.1 Formas de Controle de Fungos.......................................................................................24

3. MATERIAL E MÉTODOS .................................................................................................................27

3.1 Semente utilizada ...................................................................................................................27

3.2 Análises laboratoriais .............................................................................................................27

3.2.1 Exposição das sementes ao gás ozônio. ...........................................................................27

3.2.2 Avaliação da Qualidade fisiológica das sementes ozonizadas. .......................................28

3.2.2.1Teste padrão de germinação (TPG) .............................................................................28

3.2.3 Crescimento de plântulas.................................................................................................29

3.2.4 Índice de Velocidade de Emergência (IVE) .......................................................................29

3.4 Delineamento experimental e análise estatística ...................................................................30

4. RESULTADOS E DISCURSÃO ................................................................................................31

4.1 Das análises laboratoriais ......................................................................................................31

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...............................................................................................................36

15

1. INTRODUÇÃO

O milho é uma monocotiledônea, Poaceae, pertencente do gênero Zea e espécie

Zea mays L. Em uma das teorias mais aceitas de sua origem, o milho tem como

ancestral o Teosinto encontrado na América Central, o qual possui um formato

semelhante á uma gramínea com várias espigas sem sabugo. Outro parente

geneticamente mais distante do milho encontrado na América Latina, inclusive no

Brasil, é o Tripsacum. Foi alimento de povos antigos e na atualidade é considerado uma

das bases alimentares mais importantes não apenas pelo seu valor nutricional, sendo

destinado tanto na alimentação humana quanto animal, mas também pelo seu valor

social intrínseco dentro das diversas culturas nas Américas (Leryaer, 2006).

Para manter uma safra produtiva a escolha de uma boa semente é crucial para uma

lavoura, e para que uma lavoura se torne competitiva é necessário o fornecimento não

apenas de condições genéticas, mas também ambientais para que essas condições se

expressem. (Cruz e Filho, 2000). A qualidade sanitária das sementes é de fundamental

importância, pois sementes contaminadas podem reduzir a população de plantas e a

produtividade e, também, servir como veículo de disseminação de patógenos (Andrade

& Borba, 1993; Casa et al., 1998). Muitos fungos veiculados pela semente de milho

podem ser transmitidos às plântulas (McGee, 1988).

A prática do uso de fungicidas para tratamento de sementes de milho tem sido

ainda, a mais empregada pelos agricultores. Contudo tecnologias novas vem sendo

adotadas no controle de fungos em grãos, como o uso do gás ozônio (Rozado et al.,

2008). Faltam pesquisas, com o uso deste gás no tratamento de sementes e se este afeta

a qualidade fisiológica.

Nos últimos anos, a utilização do ozônio tem-se expandido de forma considerável,

nacional ou internacionalmente, em diferentes áreas de aplicação, como no tratamento

de água potável, efluentes domésticos e industriais e processos de branqueamento de

celulose, entre outros. Novos segmentos de aplicações de ozônio são desenvolvidos,

principalmente nas áreas de processamento de alimentos e agricultura, com aprovação

da FDA (Food and Drug Administration) dos Estados Unidos, para esta finalidade (Rice

& Graham, 2002).

16

O ozônio (O3) é um poderoso agente oxidante que pode ser gerado no local,

através de um processo de descarga elétrica (Kim et al., 1999). Desta forma, sua

utilização se torna atraente no controle de insetos e fungos em grãos armazenados, pelo

fato de não haver a necessidade de manipulação, armazenamento ou eliminação dos

recipientes de produtos químicos e, ainda, em virtude de possuir uma meia vida curta e

de seu produto de degradação ser o oxigênio (Kells et al., 2001; Mendez et al., 2003).

Na literatura são encontrados alguns estudos (Hsieh et al., 1998; Ciccarese et al.,

2007; Abdel-Wahhab et al., 2011; El-Desouky et al., 2012) cujo objetivo foi testar o

uso do gás ozônio no controle de fungos em sementes. Contudo, precisa-se avaliar

também se esse gás afeta a qualidade fisiológica da semente e, além disso, encontrar a

combinação da melhor concentração e período de exposição para seu uso.

Então, objetiva-se, com este trabalho, avaliar a qualidade fisiológica de sementes

de milho expostas a diferentes combinações de concentração do gás ozônio e período de

exposição.

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. Cenário da cultura do milho

Conforme o último levantamento feito pela ONU para a FAO (2015), 795 milhões

de pessoas ainda passam fome no mundo e segundo o último levantamento lançado pelo

IBGE em 2014, somente no Brasil, esse número é de aproximadamente 7,2 milhões.

De acordo com a Tabela Brasileira de Composição de Alimentos – TACO (2011),

é possível observar que o milho é uma importante fonte energética, sendo um dos

poucos cereais que mantêm sua casca durante o beneficiamento, e por isso uma

importante fonte de fibras. Na sua composição há vitaminas, sais minerais, proteínas,

carboidratos, óleo e açucares.

Entretanto, a realidade é que o uso do milho em grão como alimentação animal

representa cerca de 70% do consumo desse cereal em todo o mundo. Os animais

17

beneficiados com alimentos são principalmente: suínos, frangos, bovinos e os pequenos

animais (Duarte et al., 1996)

Segundo as últimas previsões da FAO (2015) 2.540 milhões de toneladas de

cereais serão produzidos no mundo em 2015, 13,8 milhões de toneladas a mais do que o

esperado em julho, mas ainda 21 milhões de toneladas (0,8%) abaixo do recorde de

2014. O alto valor se deve principalmente pela Argentina (milho), Brasil (milho), e os

Estados Unidos (milho e sorgo), que obtiveram condições de crescimento melhores do

que o esperado, compensando a redução na produção da União Europeia (milho).

A produção mundial no ano de 2014/15 foi elevada para 991,9 milhões de

toneladas, 0,3% superior a safra 2013/14. Mesmo com a produção reduzida em

comparação ao que era esperado, ainda é o grão mais produzido no mundo. Como

consequência da redução da estimativa da demanda mundial, os estoques finais

passaram a ser dimensionados em 188,46 milhões, 10,3% a mais do que na safra

passada. As estimativas para a produção e embarques no Brasil foram mantidos em 75

milhões e 20,5 milhões de toneladas, respectivamente (USDA, 2015; FAO, 2015).

A projeção para utilização de cerais para 2015/16 é de aproximadamente 2.536

milhões de toneladas, um crescimento de 1,2 % em relação a anterior. Já o consumo de

cereais deverá atingir 1.117 milhões de toneladas, um aumento de 1,3% a partir de

2014/15 , crescimento que deve ser mantido. Já para os estoques, segundo a FAO

(2015), até o fechamento de 2016, teve sua estimativa elevada para 643 milhões de

toneladas, um estoque de 25% em 2015/16, que é menos do que os 25,6% na temporada

anterior, mas significantemente acima dos 18,5 % registrado em 2007/08. (USDA,

2015; FAO, 2015).

Essa elevação nas previsões reflete principalmente o crescimento nas importações

de milho esperadas pela UE, apesar do declínio global de 2014/15 devido a uma

diminuição das compras por parte da China (milho, cevada e sorgo), da República

Islâmica do Irã (milho e cevada) e México (milho) (FAO, 2015).

18

Atualmente ainda é uma das principais culturas do Brasil, com um consumo

humano in natura de 1.863 milhões de toneladas, e industrial de 6.274 milhões de

toneladas. De acordo com o 9º Acompanhamento da Safra de Milho Verão –

2014/2015, a região centro-sul apresenta a maior área de milho plantada, seguida por

norte/noroeste, sul, nordeste, sudeste, centro-oeste e norte (ABIMILHO, 2013)

O milho é uma das culturas que mais oferece oportunidades no mercado de

trabalho, aproximadamente 14,5% das pessoas são ocupadas em lavouras temporárias e

cerca de 5,5% dos trabalhadores do setor agrícola estão ligados à produção de milho,

apesar de as tecnologias modernas utilizadas na produção desse cereal serem

poupadoras de mão de obra (Duarte et al., 1996).

2.2 Qualidade de semente.

A utilização de sementes de qualidade comprovada representados pela presença

de atributos genéticos, físicos, fisiológicos e sanitários, constitui-se em fator

preponderante para a manifestação do potencial produtivo de um determinado híbrido

ou variedade (Fancelli & Neto, 2004).

Segundo Popinigis (1977), qualidade de sementes se caracteriza por ser um

conjunto de características que determinam seu valor para semeadura, isto é, para a sua

expressão em campo, indicando que o potencial de desempenho das sementes somente

pode ser identificado quando é considerada a interação dos atributos de natureza

genética, física, fisiológica e sanitária, ou seja, a qualidade é caracterizada pelo conjunto

de atributos que pertencem a categorias distintas, mas que se busca a melhor interação

possível entre os mesmos para que sejam expressos no produto final, a semente.

a) Atributos genéticos: Estão relacionados com a pureza varietal (representa a

ausência de outras espécies e/ou variedades), homogeneidade, potencial de

produtividade, resistência a patógenos e pragas, precocidade, atributos morfológicos da

planta, etc.

b) Atributos físicos: São divididos em duas categorias. Uma consiste na pureza

em si, esta que é caracterizada pela proporção de componentes físicos (materiais)

presentes no lote de sementes, como por exemplo, as sementes da planta que se quer

cultivar, que no caso são as sementes puras e os componentes estranhos, que não fazem

parte do material desejado: sementes silvestres, outras sementes cultivadas, e

substâncias inertes. A outra categoria é a condição física da semente que é caracterizada

19

pelo teor de água, tamanho, cor, densidade, aparência, injúrias mecânicas e causadas por

insetos, infecções por doenças e também pela uniformidade dessas características. A

respeito das condições físicas, elas desempenham um papel importante nos métodos de

separação de sementes.

c) Atributos fisiológicos: estão relacionados pela sua capacidade de

desempenhar funções vitais, caracterizada pela sua germinação, vigor e longevidade.

d) Atributos sanitários: estes atributos apontam para o estado da semente em

relação à presença e a intensidade de ocorrência de patógenos, como os fungos, vírus,

nematoides e bactérias e também dano causado por insetos. A ocorrência de doenças e

insetos representa um dos principais fatores que diminuem a qualidade e a expressão do

potencial produtivo de uma semente.

Os principais componentes básicos da qualidade de sementes (genética, física,

fisiológica e sanidade) são equivalentes, porém, o potencial fisiológico desempenha um

papel de maior atenção nas pesquisas, haja vista que sem uma boa germinação e sem um

bom vigor, as outras características se tornam irrelevantes. A qualidade da semente é

traduzida exatamente no fim a que ela se compromete, ou seja, no resultado da cultura

que ela gera. Essa qualidade é facilmente observada na uniformidade do estande, em um

material sadio que não é veículo de transmissão de patógenos, em um alto vigor, capaz

de superar as mais diversas condições adversas e da sua capacidade de manter a sua

vitalidade por um período de tempo, isto é, a sua longevidade (Popinigs, 1977).

2.2.1 Qualidade fisiológica.

Segundo Abdul-baki & Anderson (1972) a qualidade fisiológica ganhou

destaque nas pesquisas nos últimos tempos em virtude das sementes serem facilmente

atacadas por uma série de mudanças degenerativas de diversas origens, como a

bioquímica, fisiológica e física que acarretam em uma redução do vigor e que ocorrem

após a maturação fisiológica da semente. Sendo assim, é de suma importância preservar

ao máximo a qualidade fisiológica das sementes. Marcos Filho (1999) descreve que a

qualidade fisiológica de uma semente está enraizada em seu genótipo, daí se tem uma

das importâncias do trabalho dos melhoristas, e que é fundamental que se faça a cada

etapa de seleção de cultivares, testes de vigor para que haja um melhoramento genético

mais eficaz.

O potencial fisiológico das sementes pode ser seguramente estimado através de

dados obtidos a partir da germinação e especialmente do vigor das mesmas. Este

20

potencial pode ser definido de diversas maneiras, pois é um conceito deveras subjetivo.

Porém, Marcos Filho (2005), o define como o conjunto de capacidades para expressão

dos processos vitais da semente. Fazer uso de sementes que apresentam um elevado

potencial fisiológico traz benefícios que incluem uma melhor germinação, sendo esta

rápida e uniforme, plântulas que suportam uma gama variada de adversidades

ambientais como, estresses hídricos e uma maturidade mais uniforme, o que traz um

enorme benefício na ocasião da colheita, evitando que se colha um produto maduro e

outro não.

Em relação ao teste de germinação, segundo McDonald (1993), nos tempos

atuais, este teste apresenta uma grande evolução de vários anos de pesquisa e pode ser

usado seguramente para ser um dos critérios de avaliação de qualidade fisiológica em

semente, gerando dados de aceitável reprodutibilidade e de alta confiabilidade nos

resultados obtidos.

O teste de germinação tem um status tão elevado de confiança, que há muitos

anos serve de parâmetro para regulamentar o comércio de sementes. Apesar da alta

confiabilidade de um teste de germinação, deve-se levar em conta que ele é realizado no

âmbito de um laboratório, o que não traduz realmente a condição que a semente poderá

encontrar quando for semeada em campo, por isso, Ferguson (1993), deixou assente que

nem sempre as informações que este teste obtém podem dispor com probidade de um

resultado posterior veiculado em campo. Destes aparentes conflitos é que surgiu a

necessidade de desenvolver o conceito de vigor, visando complementar o teste de

germinação com informações mais reais que este não podia obter e de outros testes de

laboratório para aumentar a confiabilidade de avaliação e elevar a eficiência de um pré-

julgamento sobre a qualidade de um lote de sementes (Marcos Filho et al., 1987; Sá,

1987; Krzyzanowski et al., 1999;).

A respeito do vigor de sementes, existem diversos conceitos que podem elucidar

o seu significado, de acordo com Delouche & Caldwell (1960) o vigor é representado

como a compilação de todos os atributos da semente que favorecem um rápido e

uniforme estabelecimento das plantas em campo. Já para Woodstock (1965), vigor é o

estado de boa saúde e robustez natural das sementes que permite a germinação rápida e

completa sob uma larga faixa de condições do ambiente. E para finalizar, Carvalho

(1986) nos diz que vigor é o nível de energia de que uma semente dispõe para realizar

as tarefas do processo germinativo. Pode-se concluir assim que o vigor está intimamente

21

ligado com a capacidade que a semente tem de expressar o seu potencial de crescimento

e desenvolvimento no campo.

Segundo Marcos Filho (2005) o vigor é influenciado por diversos agentes, como

por exemplo, o ataque de pragas e doenças, o genótipo, as condições climáticas,

favoráveis ou não, que ocorrem durante o ciclo de desenvolvimento da semente e até

mesmo fatores que derivam antes da sua formação, que pode ser exemplificado pela

nutrição da planta mãe que a originou. Também há de ser levado em conta o manejo da

colheita, secagem, beneficiamento, armazenamento do produto, estes que são um dos

principais redutores das qualidades físicas das sementes. Outro fator importantíssimo

que controla o vigor das sementes é o seu genótipo, ou seja, o conjunto de

características que os melhoristas inseriram na base de formação da semente. Várias

características estão relacionadas com o máximo potencial de qualidade das sementes

(germinação, emergência e vigor), porém, para Prete & Guerra (1999), o genótipo é o

mais primordial desses.

O vigor foi conceituado por diversos autores e organizações. A AOSA –

Association of Official Seed Analysts, que foi pioneira em regulamentar o comércio de

sementes nos Estados Unidos e Canadá, em 1993, deixou assente que o vigor é o

conjunto de propriedades que determinam o potencial para rápida e uniforme

emergência e desenvolvimento de plântulas normais, sob diferentes condições

ambientais. Já para a ISTA – International Seed Testing Association, associação esta

que se formou na Europa, em 1981 considerou o vigor como sendo a soma das

propriedades que determinam o potencial de atividade e desempenho da semente, ou do

lote de sementes, durante a germinação e emergência das plântulas. Já para Carvalho

(1986), o vigor da semente pode ser resumido como a força de energia biológica que a

semente possui para iniciar o seu processo germinativo, isto é vencer a dormência ou a

quiescência, as condições ideais ou não edafoclimáticas e desenvolver a sua condição de

semente para plântula.

Quando uma semente apresenta uma germinação deficiente,há indício relevante

que está ocorrendo perda de vigor, porém, esta perda de vigor é a última consequência,

o que torna muito apropriado o uso dos testes de vigor para monitorar a qualidade de

sementes durante os vários elos que compõem o ciclo de vida da semente, entre eles, a

produção, beneficiamento e armazenamento, pois a perda de vigor antecede a falta de

viabilidade. Segundo Custódio & Marcos Filho (1997), a respeito da curva de

viabilidade, que é caracterizada por ser uma parábola descendente, a maior parte dos

22

lotes de sementes que são comercializados estão localizados no começo dessa curva,

desta forma, apresentam alta viabilidade em razão da alta germinação. Contudo, esses

dois conceitos não devem se confundir com a curva de sobrevivência, esta que

dependerá do nível de deterioração e de vigor. Para Marcos Filho et al. (1987), fazer uso

de diferentes testes para a avaliação do vigor de um lote de sementes é válido pois,

como os testes trabalham com vários aspectos distintos para determinar esse parâmetro,

tem-se a oportunidade de obter informações mais confiáveis e adequadas para cada

espécie.

As empresas produtoras de sementes de milho utilizam rotineiramente no seu

controle de qualidade, os testes de emergência de plântulas em campo, teste de frio e

envelhecimento acelerado, sendo estes testes de vigor, considerados fundamentais para

o gerenciamento da produção (Caseiro & Marcos Filho, 2002).

No teste de emergência de plântulas em campo a semeadura é conduzida em

canteiros e após um determinado período em dias, é computado o número de plântulas

emergidas, sendo que quanto maior o percentual de plântulas emergidas, mais vigoroso

será o lote (Nakagawa, 1999).

Um outro teste muito corriqueiro para determinar o vigor de um lote de sementes

é o teste de condutividade elétrica da solução de embebição de sementes. Esse teste foi

proposto por Matthews & Bradnock (1967) para estimar o vigor de sementes de ervilha.

É classificado como um teste indireto, pois mede um componente fisiológico específico

da semente que está indiretamente relacionado com o seu desempenho germinativo. O

fundamento do teste de condutividade elétrica é que o valor da condutividade é

proporcional à quantidade de lixiviados na solução, a qual está diretamente relacionada

com a integridade das membranas celulares, desta forma, quanto maior a quantidade de

lixiviados na solução, maior será a condutividade elétrica. A respeito das membranas,

quando estas estão mal estruturadas e as células encontram-se danificadas, em geral, há

um associação ao processo de deterioração da semente e, portanto, as sementes

apresentam um baixo vigor (AOSA, 1983; Marcos Filho et al., 1987).

Para a escolha de qual ou quais os testes a se utilizar para avaliação do vigor,

devem ser considerados aqueles métodos rápidos e eficientes, que representem o

potencial de emergência em condições de campo e que auxiliem principalmente na

tomada de decisão quanto ao manuseio, descarte e comercialização das sementes

produzidas (Bittencourt et al., 2012). Além disso, leva-se em consideração a relação dos

testes com o comportamento das sementes frente às situações específicas, como a

23

secagem, armazenamento e desempenho dos lotes no campo sob condições climáticas

adversas (Baalbaki et al., 2009).

Além destes testes tradicionalmente utilizados, existem outros testes de vigor

relacionados com a determinação da velocidade e uniformidade de crescimento das

plântulas que são considerados testes de grande importância para avaliação do vigor de

lotes de sementes (Hoffmaster et al., 2003). O crescimento inicial das plântulas de

milho está diretamente relacionado com o vigor das sementes (Mondo et al., 2013),

consequentemente, isso refletirá no desempenho das plântulas em campo (Dias et al., ,

2010). O teste de emissão da raiz primária em plântulas de milho já foi validado como

um teste de vigor para essa espécie (Matthews et al., 2011) o qual foi inserido em 2012

nas regras internacionais para análise de sementes (International Rules for Seed

Testing).

2.4 Fungos em sementes de milho

As sementes de milho podem ser invadidas por vários fungos, desde a sua

formação, durante o seu desenvolvimento e também após a colheita, no armazenamento.

Dessa maneira, as sementes podem permitir a sobrevivência e veiculação de patógenos,

bem como a proliferação de fungos de armazenamento, responsáveis pela sua

deterioração (Tuite & Forster, 1979; Luca Filho, 1987; Fernandes & Oliveira, 1997).

O teor de umidade relativa de 90 a 100% proporciona o ataque e desenvolvimento

de fungos do gênero Cephalosporium, Fusarium, Gibberella, Nigrospora,

Helminthosporium, Alternaria e Cladosporium em campo. Estes fungos não se

desenvolvem normalmente durante o armazenamento. (Pezzini, Valduga e Cansian,

2005).

Os fungos presentes nas sementes armazenadas são tradicionalmente divididos

em dois grupos: de campo e de armazenamento. Os primeiros, invadem as sementes

ainda no campo, requerendo para o seu crescimento, umidade relativa em torno de 90-

95%. O tempo de sobrevivência desses fungos nas sementes está diretamente

relacionado com as condições de ambiente do armazém (Lal & Kapoor, 1979; Berjak,

1987; Meronuck, 1987). Os fungos de armazenamento, por sua vez, estão presentes nas

sementes recém-colhidas, geralmente em porcentagens muito baixas. São capazes de

24

sobreviver em ambiente com baixa umidade, proliferando em sucessão aos fungos de

campo e causando a deterioração das sementes (Berjak, 1987; Wetzel, 1987; Carvalho

& Nakagawa, 1988).

Dentre os fungos de campo veiculados pelas sementes de milho, no

Brasil, Fusarium moniliforme é o mais freqüente (Reis et al., 1995; Peixoto et al., 1998;

Goulart & Fialho, 1999). Vários outros fungos, podendo-se citar Bipolaris maydis,

Cephalosporium acremonium, Colletotrichum graminicola, Curvularia spp., Diplodia

maydis, Drechslera spp.,Epicoccum spp., Nigrospora oryzae, Rhizoctonia solani e

Trichoderma spp., também são comumente detectados em associação com as sementes

de milho. Quanto aos fungos de armazenamento, os mais freqüentes geralmente

são Aspergillus spp. e Penicillium spp. (Tuite et al., 1985; Luz, 1995; Pinto, 1998).2.4.1

Formas de Controle de Fungos

2.4.1.1 Armazenagem e secagem

Para que a qualidade do grão seja mantida é necessário que os grãos sejam

mantidos sadios, limpos e livres de agrotóxicos. As alternativas para essa área são a

armazenagem em forma de silagem da planta inteira triturada, quando for destinado a

alimentação de animal. Grãos com alto teor de umidade requerem a secagem

complementar. Para obter um programa efetivo de prevenção a ocorrência de pragas é

necessário um programa de manejo adequado, com redução do potencial de infestação e

conscientização da influência dos fatores ecológicos, como temperatura, teor de

umidade do grãos, umidade relativa do grão e período de armazenagem, assim como

escolha do cultivar, processo de colheita, recepção e limpeza, secagem, aeração e

refrigeração. O expurgo com fosfina em baixo de lonas plásticas deve ser realizado pelo

menos uma vez, no terreiro, antes do armazenamento (Cruz et al, 2008).

As recomendações de controle na maioria das vezes são de caráter geral, uma

delas se baseia na rotação de culturas. O produtor também pode utilizar o plantio

tradicional desde que monitore o tipo de equipamento, a época, a profundidade e a

frequência de cultivo. Apesar das varias alternativas, devido à facilidade, o uso de

defensivos químicos ainda é o mais aplicado, baseando-se em aplicações preventivas,

geralmente sem considerar o monitoramento da cultura (Cruz et al, 2008).

Inseticidas apresentam desempenho diferente em relação às pragas. As medidas

de controle podem ser através do tratamento das sementes, pulverizações convencionais

25

e mesmo o controle natural, através de métodos menos ofensivos como a utilização de

inimigos naturais (Cruz et al, 2008).

2.5 Uso do ozônio

O ozônio foi descoberto em 1839, por Schonbein que estudava a decomposição

eletrolítica da água. Sua ação germicida só foi provada na França, no final do século

XIX, quando este gás começou a ser utilizado como desinfetante no tratamento de água,

no entanto só foi reconhecido como um potente desinfetante de água em 1866, por

Meritens; desde então, foi estudado e utilizado mais significativamente nos últimos 40

anos, particularmente na França, na Alemanha Ocidental e na Suíça (Lapolli et al.,

2003; Rice et al., 1981 Apud Silva et al., 2011).

Segundo Silva et al. (2011), o ozônio é um gás incolor de odor pungente, instável

e parcialmente solúvel em água, que se destaca por seu elevado poder oxidante. É um

forte agente desinfetante com ação sobre uma grande variedade de organismos

patogênicos, incluindo bactérias, vírus e protozoários, apresentado uma eficiência

germicida que excede ao cloro. O ozônio não forma subprodutos halogenados com a

matéria orgânica, mas pode induzir a formação de outros subprodutos orgânicos e

inorgânicos.

A geração do ozônio ocorre quando se aplica uma descarga elétrica em um gás

contendo oxigênio, e esse é dissociado pela energia recebida pelos átomos e

subsequentemente colide com um oxigênio molecular e forma o gás instável, ozônio

(O3) (USEPA, 1999, Apud Oliveira, 2003). Os sistemas de ozonização geralmente são

baseados no conceito CT (concentração x tempo), ou seja, o produto da concentração

pelo tempo de detenção hidráulico (Lazarova 1999 Apud Oliveira, 2003).

Somente em 1983 a ozonização passou a ser utilizada no Brasil como forma

alternativa aos métodos tradicionais de tratamento de água (Silva et al., 2011 Apud,

Lapolli et al., 2003). Segundo Rice & Graham (2002), nos últimos anos a utilização do

ozônio tem se expandido de forma considerável, e se desenvolvendo principalmente nas

áreas de processamento de alimentos e agricultura, após ter sido obtida a aprovação da

FDA (Food an Drug Administration) dos EUA.

26

Uma das principais vantagens no uso do gás ozônio se dá pelo fato de que o

mesmo pode ser produzido no local em que será utilizado, in loco, eliminando gastos

com estocagem e/ou transporte até o local de uso (Kim et al., 1999; Novak & Yuan,

2007), além de ser um produto não poluente, por ser um gás instável, possuindo um

tempo de meia vida curto (20 minutos em água a 20°C) e seu produto de degradação, o

oxigênio, não gera resíduos tóxicos ou nocivos à saúde (Mahmound & Freire, 2007)

eliminando também, a necessidade de manipulação, armazenamento ou eliminação dos

recipientes de produtos químicos.

O gás ozônio é um poderoso agente oxidante, 1,5 vezes mais forte que o cloro,

destacando-se por apresentar segundo maior potencial de oxidação (E0= 2,1 V), sendo

superado apenas pelo flúor (E0= 3,0 V) (Atkins, 2002; Guzel-Sydim et al., 2004;

Mahmound & Freire, 2007). Possui também propriedade desinfetante sendo capaz de

atuar em várias reações com compostos orgânicos e inorgânicos (Kunz, & Peralta-

Zamora, 2002; Almeida et al., 2004).

Considerado um forte agente antimicrobiano, o gás ozônio possui um amplo

espectro de ação, atuando sobre vírus, bactérias, fungos, leveduras e formas esporuladas

(Kim et al., 1999; Khadre et al., 2001; Guzel-Sydim et al., 2004; Aguayo et al., 2006;

Öztekin et al., 2006; Whangchai et al., 2006; Alencar, 2009). A maioria dos

microrganismos patogênicos é susceptível aos efeitos do ozônio, onde o mesmo tem

atuação na oxidação das membranas celulares (Kim et al., 1999). Tais benefícios tornam

sua utilização muito atraente como método alternativo no controle de fungos e insetos

em sementes e grãos armazenados (Kim et al., 2003; Kells et al., 2001; Mendez et al.,

2003; Young et al., 2006).

27

3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Semente utilizada

No processo de ozonização foram utilizadas sementes de milho da variedade

Maximus®, com teor de água de 11,0%, obtidas na Syngenta® que apresentam as

seguintes características, segundo as informações fornecidas pela empresa:

Tipo de grão: duro, alaranjado;

Nível: alto investimento.

Diferencial: Excelente teto produtivo. Ótima sanidade foliar. Excelente

perfil para silagem de planta inteira. Reduz população de nematoides;

População final: Verão: 55 a 65 mil pl/há; Safrinha: 50 a 55 mil pl/ha

Época de plantio:

Verão: cedo e normal; Safrinha: cedo;

Tecnologia: Viptera (controle contra insetos do solo), TL, TG, TL/TG.

3.2 Análises laboratoriais

3.2.1 Exposição das sementes ao gás ozônio.

O trabalho foi realizado nos Laboratórios de Pré-Processameno e Armazenamento

de Produtos Agrícolas e de Sementes, ambos na Faculdade de Agronomia e Medicina

Veterinária, da Universidade de Brasília.

Na geração do ozônio foi utilizado como insumo oxigênio com grau de pureza

de aproximadamente 90%, obtido de concentrador de oxigênio acoplado ao gerador de

ozônio. Foram ozonizadas amostras de 200 g de sementes de milho, acondicionadas em

recipiente de vidro, com capacidade de 3,25 L, com três repetições. As concentrações

do gás ozônio adotadas foram 10 e 20 mg\L, por períodos de exposição de 0,5 hora, 1

hora, 1,5 horas e 2 horas, formando um fatorial 2x4, 2 (concentração) x 4 (período de

exposição), totalizando oito tratamentos mais a testemunha, em três repetições,

conforme descrito:

28

A 0,5 - Concentração de 10 mg.L-1

no período de exposição de 0,5 hora;

A 1,0 - Concentração de 10 mg.L-1

no período de exposição de 1,0 hora;

A 1,5 - Concentração de 10 mg.L-1

no período de exposição de 1,5 horas;

A 2,0 - Concentração de 10 mg.L-1

no período de exposição de 2,0 hora;

B 0,5 - Concentração de 20 mg.L-1

no período de exposição de 0,5 hora;

B 1,0 - Concentração de 20 mg.L-1

no período de exposição de 1,0 hora;

B 1,5 - Concentração de 20 mg.L-1

no período de exposição de 1,5 horas;

B 2,0 - Concentração de 20 mg.L-1

no período de exposição de 2,0 horas;

Testemunha: sementes sem tratamento com ozônio.

3.2.2 Avaliação da Qualidade fisiológica das sementes ozonizadas.

3.2.2.1Teste padrão de germinação (TPG)

Figura 1 Amostras de plântulas de semente de milho em papel

29

Foram utilizadas quatro repetições de 25 sementes por tratamento, colocadas

para germinar em substrato papel “germitest” previamente autoclavado, em seguida

foram feitos rolos, que foramumedecidos com água destilada autoclavada, na

quantidade equivalente a 2,5 vezes o peso do papel seco e colocadas em germinador

regulado a 25ºC, por sete dias, segundo critérios descritos nas Regras para Análise de

Sementes (BRASIL, 2009). Ao final do teste computou-se o número de plântulas

normais. Os resultados foram expressos em porcentagem.

3.2.2.2 Crescimento de plântulas

A medição foi realizada nas plântulas normais oriundas do teste de germinação,

após sete dias de instalação do mesmo. Para efetuar as medições foi utilizada uma régua

fixada na mesa por fita crepe (leitura em cm). As medições manuais das plântulas foram

realizadas para determinar o comprimento de plântula (CP) e de radícula (CR) (Vieira &

Carvalho, 1994).

3.2.2.3 Teste de condutividade elétrica

Foram utilizadas duas repetições de 50 sementes para cada tratamento,

previamente pesadas (0,001), colocadas para embeber em copos plásticos (200 mL)

contendo 75 mL de água deionizada e mantidas a 25ºC por 24 horas. Decorrido o

período de embebição, foi feita a leitura da condutividade elétrica, utilizando um

condutivímetro DIGIMED, modelo CD 21, com eletrodo de constante 1.0, sendo os

resultados finais expressos em µS/cm/g (Vieira e Carvalho, 1999).

3.2.3 Crescimento de plântulas

A medição foi realizada nas plântulas normais oriundas do teste de germinação,

após sete dias de instalação do mesmo. Para efetuar as medições foi utilizada uma régua

fixada na mesa por fita crepe (leitura em cm). As medições manuais das plântulas foram

realizadas para determinar o comprimento de plântula (CP) e de radícula (CR) (Vieira e

Carvalho, 1994).

3.2.4 Índice de Velocidade de Emergência (IVE)

30

O teste foi estabelecido conjuntamente com o teste de emergência em campo. As

contagens das plântulas normais foram realizadas no quarto e no nono dia após a

instalação do teste. Com os dados do número de plântulas normais, calculou-se o índice

de velocidade de emergência empregando-se a fórmula de Maguire (1962):

IVE = G1/N1+G2/N2+ ... +Gn/Nn ; onde:

IVE = Índice de velocidade de emergência;

G1, G2, Gn = número de plântulas normais computadas na primeira contagem, na

segunda contagem e na última contagens;

N1, N2, Nn = número de dias de semeadura à primeira, segunda e última

contagem.

3.4 Delineamento experimental e análise estatística

O delineamento estatístico foi inteiramente casualizado e as análises estatísticas

foram feitas no programa Assistat 7.5 (Silva e Azevedo, 2009). As médias foram

comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

31

4. RESULTADOS E DISCURSÃO

Figura 2 Comparação entre sementes ozonizadas e suas testemunhas

4.1 Das análises laboratoriais

A precisão experimental avaliada pelo coeficiente de variação para todos os

caracteres considerados foi considerada alta, ficando abaixo de 20% (Tabela 1). Estes

valores são condizentes com o que é normalmente observado em experimentos de

avaliação da qualidade fisiológica em sementes de milho (BORBA et al., 1995;

RODRIGUES, 2007; PERES, 2010).

Tabela 1 Análise de variância dos testes de qualidade fisiológica em sementes de milho.

QM

FV TPG CP CR IVE CE EC

Concentração 912,67** 37,93** 81,70** 1,79ns 0,00* 104,17ns

Per. de exp. 17,94ns 2,42ns 1,10ns 1,74ns 1,40* 570,78**

Conc. x Per. 94,44* 5,67ns 1,57ns 3,29* 0,08ns 360,94**

Fat x Test. 5,35ns 0,02ns 7,79ns 6,29** 3,04** 1102,52**

Erro 23,93 3,65 2,46 0,74 0,36 52,67

CV 5,69 5,15 10,07 20,49 5,35 11,72

Média 85,93 30,24 16,25 4,20 11,25 61,93

**Significativo a 1% de probabilidade pelo teste F. *Significativo a 5% de probabilidade pelo teste F.

nsNão significativo pelo teste F. TPG: teste padrão de germinação; CP: comprimento de plântulas; CR:

32

comprimento de radícula; IVE: índice de velocidade de emergência; CE: condutividade elétrica; EC:

emergência em campo.

Na tabela 1, têm-se os dados da análise de variância, onde pode-se perceber

diferença significativa (p<0,01) no teste padrão de germinação, comprimento de

plântulas e de raízes no fator concentração, demonstrando que os tratamentos diferiram

com relação às duas concentrações utilizadas. A condutividade elétrica apresentou

significância a 5% de probabilidade. E emergência em campo e o índice de velocidade

de emergência não mostraram diferença significativa.

Com relação ao segundo fator, período de exposição, as únicas características

onde se observou diferença significativa foi para emergência em campo (p<0,01) e para

condutividade elétrica (p<0,05) (Tabela 1). Isto demonstra que os diferentes períodos de

exposição não permitiram separar os tratamentos, e todos tiveram o mesmo

comportamento.

Na interação dos dois fatores, as características que apresentaram diferença

significativa com p<0,01 foi para emergência em campo e com p<0,05 para TPG e IVE.

Sendo que para CP, CR e CE não foi possível obter diferença significativa (Tabela 1).

No trabalho de Violleau et al. (2007) com milho, foi observado um

favorecimento do comprimento de plântulas em sementes que foram tratadas com

ozônio, contudo quando se aumentou o período de exposição de 6 para 20,5 minutos,

observou-se uma redução na taxa de germinação.

Na comparação entre os tratamentos com a testemunha, pode-se observar que

no TPG, a média da testemunha ficou semelhante à média dos tratamentos A1,5 e A2,0,

ou seja, na concentração de 10mg/L exposição à 1,5 hora e 2,0 horas, respectivamente

(Tabela 2).

Tabela 2 Valores médios obtidos nos testes de qualidade fisiológica em milho.

MÉDIA

Tratamento TPG CP CR IVE CE EC

33

A0,5 73.00 c 31.46 a 18.38 a 4.07 b 10.97 a 58.33 b

A1,0 78.00 c 32.30 a 17.52 a 4.23 b 10.97 a 60.67 b

A1,5 82.67 b 31.13 a 13.84 b 3.64 c 11.94 a 53.00 b

A2,0 86.00 b 31.55 a 17.85 a 4.51 b 11.57 a 64.33 b

B0,5 95.00 a 29.31 a 13.92 b 2.61 c 10.69 a 39.00 c

B1,0 92.67 a 26.98 a 13.17 b 4.25 b 11.29 a 61.67 b

B1,5 92.00 a 28.86 a 14.29 b 4.93 a 11.97 b 69.67 b

B2,0 89.33 a 30.10 a 14.73 b 5.53 a 11.49 a 78.00 a

Testemunha 84.67 b 30.44 a 17.51 a 5.70 a 10.30 a 80.00 a

Médias seguidas de mesma letra minúscula nas colunas pertencem ao mesmo grupo, de acordo com o

critério de agrupamento de Tukey a 5% de probabilidade. TPG: teste padrão de germinação; CP:

comprimento de plântulas; CR: comprimento de radícula; IVE: índice de velocidade de emergência; CE:

condutividade elétrica; EC: emergência em campo.

No comprimento de radícula, a testemunha é estatisticamente igual à A0,5;

A1,0 e A2,0. No IVE, a testemunha assemelha-se aos tratamentos B10,5 e B2,0. Já em

EC a semente sem receber o ozônio foi superior e semelhante à B2,0. Nos testes de CP e

CE não observou-se diferença estatística entre os tratamentos (Tabela 2).

Na tabela 3 são apresentadas as médias dos testes que demonstraram

significância (TPG, CP, CR e CE) no fator concentração de ozônio. Observa-se que na

germinação, o maior número de plântulas normais foi encontrado na concentração maior

(20mg/L). Contudo, no comprimento de plântulas e raízes, as plântulas maiores foram

conseguidas na menor concentração (A = 10mg/L).

Tabela 3. Média geral dos testes de qualidade fisiológica em milho, considerando o

fator concentração de ozônio.

CARACTERÍSTICAS

Concentração CP CR CE

A 31.61 a 17.65 a 11,37 a

B 29,10 b 13.96 b 11,37 a

DMS 1,64 1,35 0,52

34

Médias seguidas de mesma letra minúscula nas colunas pertencem ao mesmo grupo, de acordo com o

critério de agrupamento de Tukey a 5% de probabilidade. CP: comprimento de plântulas; CR:

comprimento de radícula; CE: condutividade elétrica.

Com relação ao período de exposição, as médias dos testes que demonstraram diferença

significativa estão dispostas na tabela 4. Na condutividade elétrica, observa-se

que o menor valor foi com 0,5 horas de ozonização e a maior condutividade

no tempo maior de exposição das sementes (2,0 horas). Quanto maior o valor

da condutividade, maior a quantidade de lixiviados liberados para a solução

de embebição, pior a qualidade da semente (Vieira e Carvalho, 1994). Tabela

4 Média geral dos testes de qualidade fisiológica em milho, considerando o

fator período de exposição.

Médias seguidas de mesma letra minúscula nas colunas pertencem ao mesmo grupo, de acordo com o

critério de agrupamento de Tukey a 5% de probabilidade. CE: condutividade elétrica.

Contudo no teste de emergência em campo, verifica-se exatamente o contrário.

Foram observados o maior número de plântulas emergidas com o maior tempo de

exposição (2,0 horas) (Tabela 4). Observou-se que apesar dos dois testes (CE e EC

serem considerados testes de vigor em sementes, apresentaram resultados diferentes).

Isto possivelmente pode ser explicado pelo fato do maior período de exposição das

sementes de milho ao gás ozônio permitir um controle mais eficiente de fungos e sendo

o teste de EC em campo, a presença de fungos é constante. Já o teste de condutividade

elétrica não sofre influência de fungos, demonstrando que de fato, o menor período de

exposição ao gás ozônio favorece o melhor desempenho das sementes.

Resultados discrepantes foram encontrados por Hsieh et al. (1998) onde foi

usado ozônio a 240ppm por seis dias consecutivos (4hs/dia) em sementes de gramíneas

para avaliar o controle dos fungos Bipolaris australiensis, Curvularia pallescens e

CARACTERÍSTICAS

Período de exposição CE

0,5 10,85 b

1,0 11,13 a

1,5 11,96 a

2,0 11,53 a

DMS 0,98

35

Exserohilum rostratrum. Os autores não verificaram melhoria na germinação das

sementes, mas na avaliação de vigor houve vantagem quando as sementes tiveram

tratamento com água ozonizada.

No trabalho de Sudhakar et al. (2011) com Lycopersicon esculentum, visando

quebra de dormência das sementes com o uso do ozônio, observaram que alta

concentração e longo período de exposição das sementes ao gás é prejudicial à

germinação.

As comparações das médias na interação dos dois fatores, concentração e

período de exposição, estão dispostas na Tabela 5. No TPG, observa-se o maior número

de plântulas normais na maior concentração B (20mg/L) em todos os períodos de

exposição. Comparando os períodos de exposição, verifica-se o maior número de

plântulas normais na combinação B0,5, ou seja, concentração maior (20mg/L) e

exposição de apenas 0,5horas, no entanto não houve diferencia estatisticamente

relevante. Já com a concentração menor (10mg/L) a maior média foi com um período de

exposição de duas horas.

Tabela 5. Interação entre os fatores concentração e período de exposição na qualidade

fisiológica em sementes de milho.

Teste Concentração Período de exposição

0,5 1,0 1,5 2,0

TPG A 73,00 bB 78,00 bB 82,67 bA 86,00 aA

B 95,00 aA 92,67 aA 92,00 aA 89,33 aA

IVE A 3,91 aA 4,09 aA 3,51 aA 3,51 bA

B 2,61 aB 4,14 aA 4,93 aA 5,53 aA

EC A 55,67 aA 58,67 aA 51,67 bA 64,33 bA

B 39,00 bC 60,33 aB 69,67 aA 78,00 aA

Médias seguidas de mesma letra minúscula nas colunas não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey

a 5% de probabilidade, para cada característica separadamente. Médias seguidas de mesma letra

maiúscula nas linhas não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade, para cada

característica separadamente. TPG: teste padrão de germinação; IVE: índice de velocidade de

emergência; EC: emergência em campo.

No índice de velocidade de emergência, não houve separação entre as

concentrações, com exceção apenas no período de duas horas, onde o maior IVE foi na

36

combinação de B2,0, ou seja, concentração de 20mg/L por duas horas de exposição

(Tabela 5).

Em emergência em campo, observa-se a maior média na interação de

concentração B com período de exposição de 2,0 horas (Tabela 5). No trabalho

realizado por Ciccarese et al. (2007), usando ozonio (3% por peso) em três períodos de

exposição (1, 1,5 e 3 minutos) para desinfecção de sementes de trigo, ervilha e cevada,

verificaram que o maior período de exposição foi mais eficiente na desinfecção de

sementes sem influenciar na germinação.

Pode-se observar uma grande quantidade de trabalhos em que vem se tentando

evidenciar o efeito do gás ozônio sobre a germinação das sementes e sobre o controle de

fungos em sementes (Yvin e Coste, 1995; Hsieh et al., 1998; Violleau et al., 2007;

Abdel-Wahhab, 2011; El-Desouky et al., 2012; Marique et al., 2012; Beber-Rodrigues,

2013; ; Luo et al., 2014; Savi et al., 2014) em várias espécies. Além disso, tem sido

observado o efeito de outras formas reativas de oxigênio, como o peróxido de

hidrogênio na germinação de sementes. Um efeito positivo de peróxido de hidrogênio

no crescimento de raízes em plântulas de trigo foi demonstrado no trabalho de Hameed

et al. (2004). Para as sementes de arroz (Sazaki , 2005), o aumento da germinação de

sementes e o crescimento das plântulas foram relacionados com a expressão de gene

que codifica a oxidase ascorbato (APX) e catalase (CAT).

Contudo, não foram encontrados trabalhos conclusivos com a cultura do milho,

e dessa forma, os resultados desse estudo, podem servir de base para futuros trabalhos

de avaliação do efeito do gás ozônio na qualidade fisiológica das sementes. Pode-se

concluir que as duas concentrações não interferiram na qualidade fisiológica das

sementes de milho,. Nos testes de vigor, índice de velocidade de emergência e

emergência em campo, a melhor qualidade foi observada na concentração maior no

período de exposição maior.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O uso do gás ozônio aparentemente não interferiu na qualidade fisiológica das

sementes de milho. Houve uma tendência de favorecimento da germinação na

concentração maior de 20mg/L.

37

38

REFERÊNCIAS

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