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AVALIAÇÃO DA CONFIABILIDADE E PURIFICAÇÃO DE UM QUESTIONÁRIO:
ESTUDO DO COEFICIENTE ALFA DE CRONBACH
R. T. B. CAVASSIN C. A. ROMANO
Eng.ª Civil Prof. Eng.º Civil
UTFPR UTFPR
Curitiba; Brasil Curitiba; Brasil
[email protected] [email protected]
RESUMO
As empresas ligadas a Construção Civil estão cada vez mais interessadas em gerenciar a percepção de seus clientes em
relação à qualidade de seus produtos, principalmente, devido ao aumento da competitividade no setor. Esta aferição é
normalmente feita por meio de questionários, porém, faz-se necessário assegurar a eficiência e precisão desta ferramenta,
uma vez que, estes índices podem consolidar conclusões oriundas para este tipo de pesquisa. Portanto, o objetivo deste
artigo é investigar a confiabilidade de um questionário através do emprego do coeficiente alfa de Cronbach, bem como
otimizar o número de perguntas que o compõe. Para a realização deste estudo, foi tutilizado um banco de dados relativos
a um questionário sobre satisfação do cliente de empreendimentos imobiliários novos. Como resultado, obteve-se a
confiabilidade acima de “Alta” em todas as dimensões e subdimensões do questionário, além da otimização do
questionário com a retirada de 4 perguntas.
1. INTRODUÇÃO
Com a globalização da economia, o aumento de velocidade e complexidade das evoluções tecnológicas, sociais e
gerenciais, bem como a diminuição das margens de lucro das organizações e clientes mais exigentes, as formas de atuação
empresarial em todos os setores tem se modificado significativamente, principalmente com relação à percepção de
qualidade dos clientes. Neste sentido, as empresas ligadas ao setor da Construção Civil têm buscado aprimorar seus
processos fabris e de gestão através de certificação como da norma ISO 9001, a qual tem por objetivo principal atender
as necessidades do cliente [1].
Portanto, a etapa da captação de informações, ou seja, da opinião dos clientes, é uma das etapas de maior importância no
processo de auto avaliação da empresa. Este processo deve ser realizado por meio de um instrumento de medida preciso
e eficaz, pois de outro modo, as informações captadas podem não representar a percepção dos clientes. O questionário
destaca-se como um dos instrumentos de pesquisa tradicionalmente mais práticos e de baixo custo [2].
Um questionário deve levar em consideração dois aspectos: validade e confiabilidade. A validade pode ser considerada
como o grau em que os escores de um teste estão relacionados conforme a escala utilizada [3]. Já a confiabilidade é o
grau em que o resultado medido reflete o resultado verdadeiro, ou seja, quanto uma medida está livre de erros aleatórios
[4]. Além disso, pode-se afirmar que a consistência interna é o grau com que os itens que compõe o questionário estão
correlacionados entre si, o que representa uma forma de mensurar a confiabilidade do mesmo [5].
Fotografia
Autor 1
30 mm
x
40 mm
Fotografia
Autor 1
30 mm
x
40 mm
Cavassin, R. T. B; Romano, C. A.
Avaliação da Confiabilidade e Purificação de um Questionário: Estudo do Coeficiente Alfa de Cronbach
2
Neste artigo em especial, a investigação concentra-se na confiabilidade do questionário por meio do procedimento
estatístico o coeficiente alfa de Cronbach. Portanto, o presente trabalho tem por objetivo analisar o questionário
empregado para aferir a Satisfação do Cliente em Empreendimentos Imobiliários Novos, e realizar um experimento com
a finalidade de aumentar a confiabilidade e otimizar o questionário por meio da eliminação de perguntas que possam
prejudicar a confiabilidade.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Coeficiente Alfa de Cronbach
Em toda medida de um determinado valor observado X é composta pelo valor verdadeiro (T) e erro aleatório de medição
(E), sendo que a variância de cada conjunto de variáveis está associada de forma semelhante às próprias variáveis [6], ou
seja:
Var(X) = Var(T) + Var(E) (1)
Portanto, conforme a variância associada aos erros aleatórios diminui, a variância dos valores observados alcança os
valores verdadeiros, o que pode representar maior confiabilidade nas medições. Logo, conceitualmente, a confiabilidade
espelha o quanto os valores observados estão correlacionados aos valores verdadeiros [6].
Porém, em pesquisas reais os valores verdadeiros das variáveis não são conhecidos, o que torna impossível a determinação
da confiabilidade por meio da correlação entre os valores observados e verdadeiros. Para tanto, existem quatro
procedimentos para estimar a confiabilidade de medições [5]:
Confiabilidade entre avaliadores, a qual é utilizada para aferir o grau com que diferentes avaliadores fornecem
valores consistentes sobre o mesmo fenômeno;
Confiabilidade de teste/reteste, estima à consistência de uma medida em dois momentos diferentes;
Confiabilidade paralela determina a consistência dos resultados de duas pesquisas diferentes constituídas de
mesmo objetivo;
Confiabilidade de consistência interna determina a consistência dos resultados da avaliação de itens de uma
pesquisa.
Para o desenvolvimento deste artigo elegeu-se a estimativa da confiabilidade de consistência interna de questionários, a
partir da análise do coeficiente Alfa de Cronbach.
O Coeficiente Alfa de Cronbach, é uma das ferramentas estatísticas mais importantes e difundidas em pesquisas que
envolvem a construção de testes, sendo este um índice utilizado para medir a confiabilidade do tipo consistência interna
de uma escala [7] [8], ou seja, é a média das correlações entre os itens que fazem parte de um instrumento [9]. Segundo
o autor Lee J. Cronbach [10], em um questionário aonde todas as perguntas utilizam a mesma escala de medida, o
coeficiente α, com α ∈ [0,1], é calculado a partir da variância dos itens individuais e das covariâncias entre os itens através
da seguinte equação (2):
α = (k
k−1) (1 −
∑ Si2k
i=1
Si2 ) (2)
Onde: k é o número de itens do questionário, é a variância do item i e é a variância total do questionário.
Os itens de um questionário devem ser independentes, ou seja, cada item deve abordar uma única ideia de cada vez. Logo,
se as respostas de determinados itens comportam-se da mesma forma, pode-se concluir que um item explica o outro [11].
Desta maneira, para obter um valor adimensional que represente a isenção de erros aleatórios das observações, divide-se
o estimador pela variabilidade total do questionário, obtendo então, a fórmula apresentada por Cronbach [10].
De forma a facilitar os cálculos, a equação (2) pode ser reescrita considerando que a variância total pode ser a soma da
variância dos itens adicionada a duas vezes a covariância destes itens [12].
Cavassin, R. T. B; Romano, C. A.
Avaliação da Confiabilidade e Purificação de um Questionário: Estudo do Coeficiente Alfa de Cronbach
3
α = (k
k−1)(1 −
∑ Si2k
i=1
∑ Si2k
i=1⏟ 𝐴
+2∑ ∑ Sij2k
jki⏟ 𝐵
) (3)
Na equação (3), o termo A representa a soma das variâncias dos itens (a soma dos elementos da diagonal principal da
matriz de covariância, conforme Tabela 1). Já o termo B é duas vezes a soma da covariância dos elementos (duas vezes
a soma dos elementos não pertencentes à diagonal principal da matriz de covariância) [12].
Tabela 1 – Matriz Covariância
Matriz de Covariância Itens
Itens 1 2 3 4 5 6
1 Cov11 Cov12 Cov13 Cov14 Cov15 Cov16
2 Cov22 Cov23 Cov24 Cov25 Cov26
3 Cov33 Cov34 Cov35 Cov36
4 Cov44 Cov45 Cov46
5 Cov55 Cov56
6 Cov66
Apesar da vasta literatura científica, ainda não existe um consenso para o valor do Alfa de Cronbach sobre a interpretação
da confiabilidade de um questionário obtida a partir deste coeficiente. De maneira geral, considera-se satisfatório quando
um instrumento de pesquisa obtenha α ≥ 0,70, sendo este o valor mínimo aceitável e abaixo desse valor a consistência
interna da escala utilizada é considera baixa [13]. Além disso, alguns autores sugerem [9] [13]:
Tabela 2 - Classificação da confiabilidade a partir do coeficiente α de Cronbach
Confiabilidade Muito Baixa Baixa Moderada Alta Muito Alta
Valor de α α ≤ 0,30 0,30 < α ≤ 0,60 0,60 < α ≤ 0,75 0,75 < α ≤ 0,90 α > 0,90
Utilizando os valores sugeridos, também é possível realizar uma purificação de um questionário ou de uma escala através
da eliminação de itens do mesmo e observando o comportamento do coeficiente [14]. Ressaltando que para a aplicação
do Alfa de Cronbach há alguns pressupostos básicos:
O questionário deve estar dividido em dimensões. Portanto, as questões que tratam de um mesmo aspecto devem
estar agrupadas [10].
O número de itens: a confiabilidade do questionário pode ser aumentada quando mais itens são incluídos, o que
conceitualmente faz diminuir o erro da amostra [10]. Porém deve-se atentar ao número de itens excessivos, pois
isso pode ocasionar respostas impulsivas, relapsas, e em branco, devido ao desinteresse do respondente [13].
A amostra significativa e heterogênea: respostas homogêneas podem resultar em uma baixa confiabilidade do
questionário [10]. Entretanto, como é as pessoas geralmente possuem percepções e interpretações distintas sobre
os itens em avaliação, pode-se considerar que ao obter uma amostra significativa de avaliadores, é muito
improvável que haja uma concordância absoluta a respeito do valor de determinado item [13].
A escala já deve estar validada [10].
Assim como não há um formalismo matemático sobre a interpretação da confiabilidade de um questionário, também não
há para a validade de uma escala, por isso muitos pesquisadores avaliam a validade da escala pelo nível de confiabilidade
desta [15]. A validade é o grau em que um determinado instrumento mede o que ele deveria medir [16] [17]. Entretanto
um alto grau de confiabilidade não significa que o instrumento seja válido [18].
2.2 Satisfação do Cliente na Construção Civil
As empresas têm enfrentado muitos desafios, principalmente com a concorrência em âmbito mundial, e num cenário
como este, a maior atenção está voltada para o relacionamento com os clientes [19] [20]. A satisfação dos clientes tornou-
se uma ferramenta eficaz para a diferenciação dos concorrentes e para obter vantagens competitivas [20] [21]. Por outro
lado, esta é também uma das questões-chave nos esforços para melhorar a qualidade [22]. A qualidade está intimamente
Cavassin, R. T. B; Romano, C. A.
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ligada à satisfação das necessidades do cliente, portanto, não é possível se ter qualidade sem saber quais são os requisitos
essenciais para o consumidor [21] [23].
Mediante estes fatos, a qualidade começou a emergir mundialmente como um foco de gerenciamento. Para atender esse
desafio, muitas empresas adotaram novas práticas de gestão, as quais são baseadas na melhoria contínua do produto e
qualidade do serviço, tal como Total Quality Management (TQM), norma ISO 9001 e o PBQP-H [24]. Um Sistema de
Gestão da Qualidade (SGQ) tem por objetivo abranger integralmente todas as etapas que afetam a qualidade do produto
[25].
A implementação de um SGQ pelas construtoras tem gerado resultados significativos, o que estimula ainda mais a
expansão desses sistemas [1]. Por isso, tem-se estudado largamente os seus feitos em todo o mundo, mas principalmente
os benefícios obtidos [26]. Há diversos autores que citam como o principal benefício gerado pela implantação de um SGQ
a melhoria observada no avanço do relacionamento com o cliente e a queda no número de reclamações [1] [27] [28] [29]
[30] [31] [32] [33]. Sendo estes os principais motivos que influenciam as empresas a implantar este tipo de sistema [27]
[28] [30] [34] [35].
Em contrapartida, Ettlie e Johnson apud [36] já afirmavam que apesar da crença generalizada na relação intuitiva entre
qualidade, satisfação do cliente e retorno econômico, há uma crescente frustração com a tentativa de melhorar a qualidade.
Além disso, na construção civil não existem métodos consagrados para medir a satisfação do cliente, pois ainda esta área
está em um estágio inicial de evolução, o que justificava e incentiva o desenvolvimento de novas pesquisas nesta área do
conhecimento [37].
3. METODOLOGIA
O experimento realizado neste trabalho objetiva empregar o coeficiente alfa de Cronbach para analisar a confiabilidade
de um questionário. Para tanto, foi utilizado um banco de dados relativo a um questionário enviado para clientes que
residiam em Apartamentos Novos na cidade de Curitiba - Brasil, afim a aferir a satisfação em relação ao produto
adquirido, sendo que os resultados iniciais desta pesquisa foram apresentados por Cavassin e Romano em 2003 [38].
Portanto, obedecendo aos critérios estatísticos e considerando: a população (N) sendo 15.045 unidades residenciais
concluídos no período de Julho/2011 a Dezembro/2012, o nível de confiança 90%, um erro máximo admitido de 5%, bem
como fazendo o uso de uma equação estatística para uma população finita e sem o conhecimento do desvio padrão da
mesma[39], obteve-se uma quantidade amostral de 267,43.
O instrumento eleito para a coleta dos dados foi a medida de opinião e atitude, a qual consiste no processo de mensuração
como um instrumento de padronização, aonde podem ser comparados objetos de origens diferentes com a mesma
equivalência. Como forma científica de medir as atitudes e opiniões são idealizadas as Escalas, as quais constituem uma
série de índices, onde cada um recebe um valor quantitativo em relação aos demais [40]. Tendo em vista as considerações
anteriores, e o objetivo desta pesquisa, elaborou-se um Questionário Estruturado com 3 dimensões e 67 itens, os quais
foram avaliadas mediante uma escala Likert de 1 a 5:
Comunicação com a Empresa (21);
Valor Percebido do Produto (39);
Satisfação Global (7).
Como resultado final, foram obtidos 386 questionários respondidos, sendo 334 válidos, que abrangeram 63
empreendimentos de diferentes padrões e localizações de Curitiba, os quais juntos representam 10.233 unidades
residenciais, ou seja, equivalem a 68% do universo de estudo.
Assim como no trabalho apresentado por Hora, Monteiro e Arica [15], a purificação da escala, simula a eliminação de
cada item a fim de verificar o comportamento do coeficiente Alfa de Cronbach. Ao final, eliminam-se todos os itens cuja
eliminação contribui para o aumento da confiabilidade da dimensão, ou seja, eliminam-se aqueles itens que prejudicam a
confiabilidade do questionário.
Por outra perspectiva, o índice Alfa de Cronbach mede a correlação entre os itens de um questionário. Quando há a
retirada de um item da escala de medição ou questionário observa-se uma variação deste índice. Se o valor aumentar,
pode-se dizer que o item em questão não é altamente correlacionado com os outros itens da escala e vice-versa [18].
Cavassin, R. T. B; Romano, C. A.
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4. RESULTADOS E CONCLUSÕES
As três dimensões estudadas, bem como as suas subdimensões obtiveram um bom nível de confiabilidade, considerado
satisfatório e classificado como “Alto” ou “Mais Alto”, conforme Tabela (2) apresentada anteriormente. O pior resultado
obtido foi da subdimensão Expectativas/Valor Monetário com índice de 0,71, já o melhor resultado provem da
subdimensão Fidelidade com índice de 0,94.
Na Tabela (3), pode-se observar o índice Alfa de Cronbach inicial para cada dimensão, subdimensão e geral do
questionário; o número de itens; o número de itens removidos após as análises; o índice Alfa de Cronbach após os
tratamentos; e o incremento em porcentagem após o tratamento.
Tabela 3 – Resultados das análises
Dimensão Subdimensão α de Cronbach
Inicial
Total
de
Itens
Total de
Itens
retirados
α de Cronbach Final
Incremento (%)
Comunicação
Informações ao Cliente 0,80
0,94
0,96
6 0 0,80
0,94
0,95
-
-
-1,04%
Comunicação com a Empresa 0,87 5 1 0,89 2,30%
Imagem da Empresa 0,89 10 0 0,89 -
Valor Percebido do
Produto
Aspectos Arquitetônicos 0,73
0,91
10 0 0,73
0,91
-
- Localização e Entorno do Imóvel 0,77 6 1 0,78 1,30%
Qualidade dos Materiais 0,86 8 0 0,86 -
Qualidade do Produto 0,85 15 1 0,85 0,00%
Satisfação Global Expectativas / Valor monetário 0,71
0,88 4 0 0,71
0,84 -
-4,55% Fidelidade 0,94 3 1 0,97 3,19%
O incremento mais significativo foi observado na subdimensão Fidelidade, que inicialmente tinha o índice de 0,94 e com
a remoção de apenas 1 item passou a ser 0,97, ou seja, um incremento de 3,19% na confiabilidade antes da purificação,
porém há um decréscimo de 4,55% em relação a dimensão com um todo, apesar de manter o índice em um nível
satisfatório.
Destaca-se a subdimensão Qualidade do Produto, que com a retirada de um item não houve alteração no índice alfa de
0,85. Este fato pode não ter contribuído para o aumento da confiabilidade da subdimensão, mas houve a contribuição na
redução do número de perguntas do questionário.
Avaliando segundo os resultados obtidos por Freitas e Rodrigues [13], a confiabilidade de uma dimensão é afetada pelo
número de itens que a constitui, por isso que a confiabilidade global de um questionário tende a ser maior do que quando
há a divisão por dimensões ou subdimensões, este fato é evidente na Tabela (3), apesar do maior valor do Alfa de Cronbach
ser obtido da subdimensão Fidelidade com 2 itens.
Além disso, não é possível comparar a confiabilidade entre dimensões por possuírem número de itens diferentes. Porém
nesta análise há subdimensões que possuem o mesmo número de itens, portanto, podem ser comparadas:
Antes da purificação: Informações ao Cliente possui maior confiabilidade do que Localização e Entorno do
Imóvel; já a Imagem da Empresa possui maior confiabilidade do que Aspectos Arquitetônicos;
Após a purificação: Comunicação com a Empresa possui maior confiabilidade do que Expectativa / Valor
monetário.
Logo, de maneira simplista, as subdimensões relacionadas à Comunicação, quando comparadas com outras subdimensões
de mesmo tamanho, ou seja, igual quantidade de itens constituintes, possuem maior confiabilidade do que as demais.
Ressaltando que este procedimento estatístico é apenas uma das formas de análise de confiabilidade de questionários.
Sendo que após o processo de purificação de uma escala ou questionário, estes devem ser revalidados. Além disso, a
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decisão quanto à pertinência ou não de um item em determinado levantamento de dados cabe ao pesquisador, pois esta
ferramenta não deve substituir o papel da análise critica do mesmo.
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