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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL
AVALIAÇÃO DA CARBONATAÇÃO EM ARGAMASSAS DE
CIMENTO COM ADIÇÕES DE CINZA DE CASCA DE ARROZ
AMORFA E CRISTALINA
ENG°. ÍTALO BRUNO FERNANDES NEVES
ORIENTADOR: DR. ING. ANTÔNIO ALBERTO NEPOMUCENO
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM ESTRUTURAS E CONSTRUÇÃO
CIVIL
PUBLICAÇÃO: E.DM-002A/05
BRASÍLIA/DF: MARÇO DE 2005
ii
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL AVALIAÇÃO DA CARBONATAÇÃO EM ARGAMASSAS DE CIMENTO
COM ADIÇÕES DE CINZA DE CASCA DE ARROZ AMORFA E
CRISTALINA
ÍTALO BRUNO FERNANDES NEVES
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO SUBMETIDA AO DEPARTAMENTO
DE ENGENHARIA CIVIL DA UNIVESIDADE DE BRASÍLIA COMO
PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO
GRAU DE MESTRE
APROVADA POR:
_________________________________________________
Prof. Antônio Alberto Nepomuceno, Dr. Ing. (UnB)
(Orientador)
_________________________________________________
Prof. Elton Bauer, DSc (UnB)
(Examinador Interno)
________________________________________________
Prof. Osvaldo Cascudo, DSc (UFG)
(Examinador Externo)
BRASÍLIA/DF, 10 DE MARÇO DE 2005
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FICHA CATALOGRÁFICA
NEVES, ÍTALO BRUNO FERNANDES Avaliação da Carbonatação em Argamassas de Cimento com Adições de Cinza de Casca
de Arroz Amorfa e Cristalina [Distrito Federal] 2005.
xxi, 149p., 297 mm (ENC/FT/UnB, Mestre, Estruturas e Construção Civil, 2005). Dissertação de Mestrado - Universidade de Brasília. Faculdade de Tecnologia. Departamento de Engenharia Civil e Ambiental. 1.Cinza de casca de arroz 2.Corrosão das armaduras 3.Carbonatação 4.Durabilidade I. ENC/FT/UnB II. Título (série)
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA NEVES, I. B. F. (2005). Avaliação da Carbonatação em Argamassas de Cimento com Adições
de Cinza de Casca de Arroz Amorfa e Cristalina. Dissertação de Mestrado em Estruturas e
Construção Civil, Publicação E.DM-002A/05, Departamento de Engenharia Civil e Ambiental,
Universidade de Brasília, Brasília, DF, 149p.
CESSÃO DE DIREITOS AUTOR: Ítalo Bruno Fernandes Neves.
TÍTULO: Avaliação da Carbonatação em Argamassas de Cimento com Adições de Cinza de
Casca de Arroz Amorfa e Cristalina.
GRAU: Mestre ANO: 2005
É concedida à Universidade de Brasília permissão para reproduzir cópias desta dissertação de
mestrado e para emprestar ou vender tais cópias somente para propósitos acadêmicos e
científicos. O autor reserva outros direitos de publicação e nenhuma parte dessa dissertação de
mestrado pode ser reproduzida sem autorização por escrito do autor.
____________________________
Ítalo Bruno Fernandes Neves SQN 303, AP. 503, Asa Norte. 70.735-110 Brasília – DF Brasil.
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“Quando me ponho a considerar quantas e quão maravilhosas coisas os homens entenderam,
investigaram e operaram, claramente eu reconheço e entendo ser a mente humana obra de
Deus, e das mais excelentes”.
(Galileu Galilei)
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DEDICATÓRIA
Aos meus pais, Geraldo Neves e Ana Maria, por todo apoio, amor e pelo exemplo de vida que
procuro seguir.
vi
AGRADECIMENTOS
Ao Profº. Dr. Antônio Alberto Nepomuceno, pelo incentivo, apoio e amizade, além da paciência
dispensada durante a realização do trabalho.
Aos professores do Programa de Pós-Graduação em Estruturas e Construção Civil da UnB,
pelo apoio no decorrer deste trabalho, em especial ao Profº. Dr Elton Bauer, pelos ensinamentos
transmitidos.
Aos amigos técnicos do Laboratório de Ensaios de Materiais (LEM/UnB), Severino e Xavier,
pelo auxílio inestimável no desenvolvimento deste trabalho.
Aos membros do GEMAT/UnB (Grupo de Estudos Avançados em Materiais de Construção), em
especial à Patrícia, Isaura, Cláudio, Nielsen, Valmir, Dirceu, João Henrique, Tilson e Élvio pelas
valiosas discussões além do companheirismo e incentivo.
Ao CNPq, pelo suporte financeiro em forma de bolsa de estudo.
À CIPLAN, que contribuiu com o cimento Portland CP I utilizado neste trabalho.
À FURNAS Centrais Elétricas pela realização de alguns ensaios apresentados nessa dissertação.
À Carla, pelo incentivo, amor e compreensão.
A Carlos, Izabela e Carlinhos por me acolherem em seu lar, além de todo suporte emocional
importantíssimo para a realização deste trabalho.
Aos meus irmãos Marcus Vinicius, Túlio César e Anna Carolina, que apesar da distância
continuam presentes em minha vida.
E, principalmente a Deus, por tudo que me propicia.
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RESUMO
AVALIAÇÃO DA CARBONATAÇÃO EM ARGAMASSAS DE CIMENTO COM ADIÇÕES DE CINZA DE CASCA DE ARROZ AMORFA E CRISTALINA
Autor: Ítalo Bruno Fernandes Neves Orientador: Antônio Alberto Nepomuceno Programa de Pós-graduação em Estruturas e Construção Civil Brasília, março de 2005
Cada vez mais aumentam as exigências com o desenvolvimento sustentável nos diversos
setores da economia. Na indústria da construção civil, estas exigências têm levado o setor a
buscar alternativas econômicas e técnicas para solução de problemas ambientais, e entre elas
destaca-se a produção de cimentos e concretos com o uso de adições minerais, normalmente
subprodutos de outros setores industriais. Apesar de algumas adições já de uso consagrado
como a sílica ativa, a escória de alto forno e a cinza volante, outros produtos como a cinza de
casca de arroz (CCA), ainda necessitam de estudo para viabilizar o seu uso com segurança, não
só do ponto de vista de resistências mecânicas, mas também do ponto de vista da durabilidade.
O presente trabalho tem o objetivo de avaliar a influência da adição de dois tipos de CCA, uma
com estrutura amorfa, obtida com controle na queima e outra predominantemente de estrutura
cristalina obtida sem controle na queima, na corrosão de armaduras embutidas em argamassas
confeccionadas com esses materiais, em ambientes contaminados com CO2.
Para obter resultados condizentes com o objetivo da pesquisa, o trabalho experimental foi
dividido em quatro etapas. Na primeira etapa foi feita uma série de ensaios visando à
caracterização dos materiais. Na segunda etapa foram realizados estudos para a definição dos
traços usados na etapa seguinte, que consistiu na produção dos corpos-de-prova e por último a
execução dos ensaios de avaliação da corrosão, através da técnica de resistência de polarização
e os ensaios complementares.
Os resultados obtidos mostram que, apesar de se constatar que a adição de cinza de casca de
arroz, tal como qualquer adição em argamassas e concretos, tende a diminuir a capacidade de
proteção das armaduras frente a carbonatação, não se pode distinguir uma diferença efetiva de
comportamento entre as duas cinzas, amorfa e cristalina, utilizadas no presente trabalho, sem
considerar o teor de substituição. Os resultados também sugerem que os teores ideais de
substituição de CCA em relação ao cimento estão em torno de 5% e 10 %.
viii
ABSTRACT
EVALUATION OF CARBONATION IN MORTARS OF CEMENT WITH ADDITIONS OF AMORPHOUS AND CRYSTALLINE RICE HUSK ASH
Author: Ítalo Bruno Fernandes Neves Supervisor: Antônio Alberto Nepomuceno Programa de Pós-graduação em Estruturas e Construção Civil Brasília, march of 2005
The requirements to sustainable development are growing more and more in different sectors
of economy. In the civil construction industry, these demands have made the sector search for
economic and technical alternatives to solve environmental problems. Among them the
production of mineral admixtures, which is normally a sub product of other industrial sectors,
stands out. Although there are some other useful additions, such as silica fume, slag and fly
ash, other products as rice husk ash (RHA), still need to be studied to achieve their rational use
not only in mechanical resistances, but also in durability.
The purpose of the present is to evaluate the influence of the addition of two types of RHA in
the corrosion of rebars embedded in mortars made with these additions, in places contaminated
with carbon dioxide. The first was an amorphous structure obtained using controlled burning
process and the other was a crystalline structure obtained without controlled burning process.
To obtain suitable results for research purposes, the experimental work was divided in four
stages. In the first stage there was a series of tests to characterization the materials. In the
second stage, studies were made to define the mixture proportioning to be used in the next
stage, which consisted of the production of specimens. Finally, tests were carried out to verify
the corrosion through the technique of polarization resistance and complementary tests.
The results showed that the addition of rice husk ash, like any addition in mortar and concretes,
worsen the capacity of protection of the rebars to carbonate. It could not be distinguished any
effective difference in the behavior between the two ashes, amorphous and crystalline, without
considering the rate of substitution. The results also suggest that the ideal rate of substitution of
RHA in relation to cement ranges between 5% and 10%.
ix
SUMÁRIO
1 - INTRODUÇÃO............................................................................................. 1 1.1 - IMPORTÂNCIA DO TEMA....................................................................................... 1 1.2 - OBJETIVO................................................................................................................... 4 1.3 - ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO........................................................................... 4
2 - CORROSÃO POR CARBONATAÇÃO EM ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO ...................................................................................... 6
2.1 - CONSIDERAÇÕES SOBRE DURABILIDADE DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO ......................................................................................................... 6 2.2 - CONCEITO DE VIDA ÚTIL ...................................................................................... 6 2.3 - CONCEITOS BÁSICOS SOBRE CORROSÃO DE ARMADURAS........................ 8 2.4 - RESISTÊNCIA DE POLARIZAÇÃO COMO TÉCNICA ELETROQUÍMICA PARA AVALIAÇÃO DA CORROSÃO............................................................................... 14 2.5 - CORROSÃO POR EFEITO DA CARBONATAÇÃO ............................................. 16
2.5.1 - Mecanismo da carbonatação............................................................................ 16 2.5.2 - Fatores que influenciam a carbonatação.......................................................... 17
3 - A CINZA DE CASCA DE ARROZ COMO ADIÇÃO MINERAL AO CIMENTO ........................................................................................................... 24
3.1 - CARACTERÍSTICAS DA CASCA DE ARROZ ..................................................... 24 3.2 - CARACTERÍSTICAS DA CINZA DA CASCA DE ARROZ ................................. 25 3.3 - MECANISMO DE AÇÃO......................................................................................... 29
3.3.1 - Efeito pozolânico ............................................................................................. 29 3.3.2 - Efeito Fíler ....................................................................................................... 30
3.4 - EFEITO DO USO DA CCA NAS PROPRIEDADES DO CONCRETO FRESCO. 31 3.5 - EFEITO DA CCA NAS PROPRIEDADES DO CONCRETO ENDURECIDO...... 32
3.5.1 - Propriedades mecânicas................................................................................... 32 3.5.2 - Aspectos de durabilidade................................................................................. 33
4 - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ................................................... 38
4.1 - CARACTERIZAÇÃO DOS MATERIAIS ............................................................... 39 4.1.1 - Cinza de casca de arroz.................................................................................... 39 4.1.2 - Cimento............................................................................................................ 41 4.1.3 - Areia ................................................................................................................ 41 4.1.4 - Sílica ativa ....................................................................................................... 42 4.1.5 - Água................................................................................................................. 43
4.2 - ESTUDO E DEFINIÇÃO DOS TRAÇOS ................................................................ 43 4.3 - PRODUÇÃO DOS CORPOS-DE-PROVA............................................................... 45 4.4 - EXECUÇÃO DOS ENSAIOS DE CORROSÃO E COMPLEMENTARES............ 48
4.4.1 - Ensaio acelerado de carbonatação ................................................................... 48 4.4.2 - Ciclo de imersão parcial .................................................................................. 50 4.4.3 - Medidas eletroquímicas de corrosão ............................................................... 51 4.4.4 - Ensaios complementares.................................................................................. 52
x
5 - APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS................................................. 57 5.1 - MEDIDAS ELETROQUÍMICAS ............................................................................. 57
5.1.1 - Ensaios de corrosão do grupo 50, com cobrimento de 10 mm .......................... 58 5.1.2 - Ensaios de corrosão do grupo 50, com cobrimento de 20 mm .......................... 61 5.1.3 - Ensaios de corrosão do grupo 65, com cobrimento de 10 mm .......................... 65 5.1.4 - Ensaios de corrosão do grupo 65, com cobrimento de 20 mm .......................... 69
5.2 - PERDA DE MASSA GRAVIMÉTRICA X ELETROQUÍMICA ............................ 72 5.3 - VARIAÇÃO DE MASSA CORPOS-DE-PROVA CILÍNDRICOS ......................... 73
5.3.1 - Corpos-de-prova do grupo 35 ............................................................................ 73 5.3.2 - Corpos-de-prova do grupo 50 ............................................................................ 75 5.3.3 - Corpos-de-prova do grupo 65 ............................................................................ 77
5.4 - ENSAIOS COMPLEMENTARES ............................................................................ 78 5.4.1 - Profundidade de carbonatação ........................................................................... 78 5.4.2 - Absorção de água por capilaridade .................................................................... 83 5.4.3 - Absorção de água por imersão ........................................................................... 89 5.4.4 - Resistência à compressão................................................................................... 90 5.4.5 - Porosimetria por intrusão de mercúrio............................................................... 92
6 - DISCUSSÃO DOS RESULTADOS........................................................... 99
6.1 - INFLUÊNCIA DAS ADIÇÕES NAS CARACTERÍSTICAS MICROESTRUTURAIS ....................................................................................................... 99 6.2 - EFEITOS DAS ADIÇÕES NA CARBONATAÇÃO ............................................. 101 6.3 - INFLUÊNCIA DA UTILIZAÇÃO DAS CCA´S AMORFA E CRISTALINA NA CORROSÃO DAS ARMADURAS .................................................................................... 104 6.4 - EFEITO DAS ADIÇÕES NA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO........................ 107
7 - CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................... 110
7.1 - CONCLUSÕES ....................................................................................................... 110 7.2 - SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ................................................... 111
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................ 113 APÊNDICES ..................................................................................................... 120 APÊNDICE A - CÁLCULO DO VOLUME MÍNIMO DE PASTA............. 121 APÊNDICE B – MEDIÇÕES ELETROQUÍMICAS ................................... 124 APÊNDICE C – VARIAÇÃO DE MASSA DURANTE O ENSAIO DE CARBONATAÇÃO .......................................................................................... 133 APÊNDICE D – ABSORÇÃO DE ÁGUA POR CAPILARIDADE ............ 140 APÊNDICE E – ABSORÇÃO DE ÁGUA POR IMERSÃO ........................ 146 APÊNDICE F – RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO.................................... 149
xi
LISTA DE TABELAS
Tabela 3.1 - Análise das zonas da casca de arroz (Jauberthie et al., 2000).................... 24
Tabela 3.2 - Efeitos da cinza de casca de arroz na expansão causada pela reação
álcali-agregado (modificado - Mehta, 1976 apud Ramachandran, 1998)...................... 35
Tabela 4.1 - Resultados dos ensaios de caracterização das CCA amorfa e cristalina.... 40
Tabela 4.2 - Resultados dos ensaios de caracterização do cimento CP I....................... 41
Tabela 4.3 - Caracterização da areia utilizada................................................................ 42
Tabela 4.4- Caracterização da sílica ativa utilizada........................................................ 43
Tabela 4.5 - Traços escolhidos para pesquisa e suas características.............................. 44
Tabela 4.6 - Distribuição dos corpos-de-prova utilizados para cada ensaio por traço... 46
Tabela 4.7 - Distribuição dos procedimentos para as relações a/agl utilizadas.............. 50
Tabela 5.1 - Resultados médios de absorção de água por imersão e o índice de
absorção de água por imersão......................................................................................... 90
Tabela 5.2 - Resultados de resistência à compressão e o índice de resistência.............. 91
Tabela B.1 - Resultados médio da icorr das barras com 10 mm de cobrimento dos
corpos-de-prova do grupo 50.......................................................................................... 124
Tabela B.2 - Resultados médio da icorr das barras com 20 mm de cobrimento dos
corpos-de-prova do grupo 50.......................................................................................... 125
Tabela B.3 - Resultados médio do Ecorr das barras com 10 mm de cobrimento dos
corpos-de-prova do grupo 50.......................................................................................... 126
Tabela B.4 - Resultados médio do Ecorr das barras com 20 mm de cobrimento dos
corpos-de-prova do grupo 50.......................................................................................... 127
Tabela B.5 - Resultados médio da Rohm das barras com 10 mm de cobrimento dos
corpos-de-prova do grupo 50.......................................................................................... 128
Tabela B.6 - Resultados médio da Rohm das barras com 20 mm de cobrimento dos
corpos-de-prova do grupo 50.......................................................................................... 129
Tabela B.7 - Resultados médio da icorr das barras com 10 mm de cobrimento dos
corpos-de-prova do grupo 35.......................................................................................... 130
Tabela B.8 - Resultados médio da icorr das barras com 20 mm de cobrimento dos
corpos-de-prova do grupo 35.......................................................................................... 130
xii
Tabela B.9 - Resultados médio do Ecorr das barras com 10 mm de cobrimento dos
corpos-de-prova do grupo 35.......................................................................................... 131
Tabela B.10 - Resultados médio do Ecorr das barras com 20 mm de cobrimento dos
corpos-de-prova do grupo 35.......................................................................................... 131
Tabela B.11 - Resultados médio da Rohm das barras com 10 mm de cobrimento dos
corpos-de-prova do grupo 35.......................................................................................... 132
Tabela B.12 - Resultados médio da Rohm das barras com 20 mm de cobrimento dos
corpos-de-prova do grupo 35.......................................................................................... 132
Tabela C.1 - Resultados do monitoramento da variação de massa durante o ensaio de
carbonatação para os corpos-de-prova cilíndricos do grupo 35..................................... 133
Tabela C.1 - Resultados do monitoramento da variação de massa durante o ensaio de
carbonatação para os corpos-de-prova cilíndricos do grupo 35 (continuação).............. 134
Tabela C.1 - Resultados do monitoramento da variação de massa durante o ensaio de
carbonatação para os corpos-de-prova cilíndricos do grupo 35 (continuação).............. 135
Tabela C.2 - Resultados do monitoramento da variação de massa durante o ensaio de
carbonatação para os corpos-de-prova cilíndricos do grupo 50..................................... 136
Tabela C.2 - Resultados do monitoramento da variação de massa durante o ensaio de
carbonatação para os corpos-de-prova cilíndricos do grupo 50 (continuação).............. 137
Tabela C.2 - Resultados do monitoramento da variação de massa durante o ensaio de
carbonatação para os corpos-de-prova cilíndricos do grupo 50 (continuação).............. 138
Tabela C.3 - Resultados do monitoramento da variação de massa durante o ensaio de
carbonatação para os corpos-de-prova cilíndricos do grupo 65..................................... 139
Tabela D.1 - Resultados do monitoramento da massa durante o ensaio de absorção
por imersão para os corpos-de-prova do grupo 35, aos 91 dias...................................... 140
Tabela D.2 - Resultados do monitoramento da massa durante o ensaio de absorção
por imersão para os corpos-de-prova do grupo 50, aos 91 dias...................................... 141
Tabela D.3 - Resultados do monitoramento da massa durante o ensaio de absorção
por imersão para os corpos-de-prova do grupo 65, aos 91 dias...................................... 142
Tabela D.4 - Resultados do monitoramento da massa durante o ensaio de absorção
por imersão para os corpos-de-prova do grupo 35, carbonatados.................................. 143
Tabela D.5 - Resultados do monitoramento da massa durante o ensaio de absorção
por imersão para os corpos-de-prova do grupo 50, carbonatados.................................. 144
xiii
Tabela D.6 - Resultados do monitoramento da massa durante o ensaio de absorção
por imersão para os corpos-de-prova do grupo 65, carbonatados.................................. 145
Tabela E.1 - Resultados do monitoramento da massa durante o ensaio de absorção
por imersão para os corpos-de-prova do grupo 35, aos 91 dias...................................... 146
Tabela E.2 - Resultados do monitoramento da massa durante o ensaio de absorção
por imersão para os corpos-de-prova do grupo 50, aos 91 dias...................................... 147
Tabela E.3 - Resultados do monitoramento da massa durante o ensaio de absorção
por imersão para os corpos-de-prova do grupo 65, aos 91 dias...................................... 148
Tabela F.1 - Resultados individuais de resistência à compressão, aos 28 dias.............. 149
xiv
LISTA DE FIGURAS
Figura 1.1 - Os dez maiores produtores mundiais de arroz. (Dados FAO 2004)........... 2
Figura 1.2 - Distribuição da produção do arroz na safra 2003/2004 por região. (Dados
CONAB 2004)................................................................................................................ 3
Figura 1.3 - Evolução da produção e da produtividade do arroz no Brasil. (Dados
CONAB 2004)................................................................................................................ 3
Figura 2.1 - Modelo qualitativo de vida útil com relação à corrosão de armaduras
(Tuutti, 1982).................................................................................................................. 7
Figura 2.2 - Estrutura da dupla camada elétrica (West, 1970 apud Cascudo, 1997)....... 9
Figura 2.3 - Esquematização da influência da forma das curvas de polarização na
velocidade de corrosão (Gentil, 1996)............................................................................. 11
Figura 2.4 - Representação esquemática da corrosão da armadura no concreto
(Moskiv et al. apud Bauer, 1995)..................................................................................... 11
Figura 2.5 - Diagrama de Pourbaix: equilíbrio pH - potencial para o ferro em água a
25°C (Andrade, 1992)...................................................................................................... 13
Figura 2.6 - Representação gráfica dos tipos de corrosão em armadura no concreto
(Cascudo, 1997)............................................................................................................... 13
Figura 2.7 - Distribuição do tamanho dos poros em corpos-de-prova com diferentes
consumos de cimento: (a) não carbonatados e (b) carbonatados (Américo e
Nepomuceno, 2003)......................................................................................................... 17
Figura 2.8 - Variação da porosidade na pasta, com 100% de hidratação do cimento,
para várias relações a/c (Mehta e Monteiro, 1994).......................................................... 18
Figura 2.9 - Profundidade de carbonatação em função da relação água/cimento
(Helene, 1993).................................................................................................................. 18
Figura 2.10 - Variação da profundidade de carbonatação para corpos-de-prova com
regime de cura diferentes (Fattuhi, 1988)........................................................................ 19
Figura 2.11 - Carbonatação acelerada medida em concretos submetidos a diferentes
procedimentos de cura (Martins et al., 2001)................................................................... 20
Figura 2.12 - Representação esquemática da carbonatação do concreto: (a) com os
poros totalmente secos, (b) com os poros saturados d´água, e (c) com os poros
parcialmente preenchidos d´água (Bakker, 1988 apud Cascudo, 1997).......................... 20
xv
Figura 2.13 - Efeito de concentração de dióxido de carbono (Verbeck, 1958)................ 21
Figura 2.14 - Variação da profundidade de carbonatação em função do consumo de
cimento (Pessôa, 2002)..................................................................................................... 22
Figura 3.1 - Observação da casca de arroz em perfil no microscópio eletrônico de
varredura. (a) 500x e (b) 700x (Jauberthie et al., 2000)................................................... 25
Figura 3.2 - Estrutura celular da casca de arroz (Coutinho, 2001)................................... 25
Figura 3.3 - Micrografia eletrônica de varredura da CCA (Mehta e Monteiro, 1994)..... 28
Figura 3.4 - Esquema da reação pozolânica..................................................................... 29
Figura 3.5 - Difração de raio X de pastas com relação a/c igual a 0,55, onde W0 é uma
pasta de cimento Portland e W3 é uma pasta com 30% de adição de CCA (Qijun Yu et
al., 1998)........................................................................................................................... 30
Figura 3.6 - Comparação da resistência à compressão dos traços de referência,
contendo sílica ativa e contendo negro de fumo, com a/c = 0,46 (a relação a/agl dos
traços com sílica ativa e negro de fumo é de 0,40) (modificado - Goldman e Bentur,
1993)................................................................................................................................ 31
Figura 4.1 - Esquema das variáveis de estudo.................................................................. 38
Figura 4.2 - Difratograma de raios X na CCA cristalina.................................................. 39
Figura 4.3 - Difratograma de raios X na CCA amorfa..................................................... 39
Figura 4.4 - Curva granulométrica da areia utilizada....................................................... 42
Figura 4.5 - Detalhe das dimensões, em centímetro, do corpo-de-prova prismático, (a)
perspectiva, (b) corte transversal e (c) corte longitudinal (Pessôa, 2002)........................ 45
Figura 4.6 - Fôrma de madeira utilizada para a moldagem dos corpos-de-prova
prismáticos sobre a mesa vibratória................................................................................. 47
Figura 4.7 - (a) corpo-de-prova após a desfôrma e (b) pronto para o ensaio de
carbonatação acelerada..................................................................................................... 48
Figura 4.8 - Câmara de carbonatação............................................................................... 49
Figura 4.9 - Corpos-de-prova parcialmente imersos em água.......................................... 50
Figura 4.10 - Equipamento utilizado para obtenção das medidas eletroquímicas........... 51
Figura 4.11 - Célula eletroquímica................................................................................... 52
Figura 4.12 - (a) corpo-de-prova sendo fraturado em fatias e (b) a solução de
fenolftaleína sendo aspergida sobre a seção transversal do corpo-de-prova.................... 53
Figura 5.1 - Evolução da intensidade de corrosão para as barras com c=10 mm e 5%
de adição mineral em substituição ao cimento................................................................. 58
xvi
Figura 5.2 - Evolução da intensidade de corrosão para as barras com c=10 mm e 10%
de adição mineral em substituição ao cimento................................................................. 58
Figura 5.3 - Evolução da intensidade de corrosão para as barras com c=10 mm e 20%
de adição mineral em substituição ao cimento................................................................. 59
Figura 5.4 - Evolução do potencial de corrosão para as barras com c=10 mm e 5% de
adição mineral em substituição ao cimento...................................................................... 59
Figura 5.5 - Evolução do potencial de corrosão para as barras com c=10 mm e 10% de
adição mineral em substituição ao cimento...................................................................... 60
Figura 5.6 - Evolução do potencial de corrosão para as barras com c=10 mm e 20% de
adição mineral em substituição ao cimento...................................................................... 60
Figura 5.7 - Evolução da resistência ôhmica para as barras com c=10 mm..................... 61
Figura 5.8 - Evolução da intensidade de corrosão para as barras com c=20 mm e 5%
de adição mineral em substituição ao cimento................................................................. 62
Figura 5.9 - Evolução da intensidade de corrosão para as barras com c=20 mm e 10%
de adição mineral em substituição ao cimento. 62
Figura 5.10 - Evolução da intensidade de corrosão para as barras com c=20 mm e
20% de adição mineral em substituição ao cimento......................................................... 63
Figura 5.11 - Evolução do potencial de corrosão para as barras com c=20 mm e 5% de
adição mineral em substituição ao cimento...................................................................... 63
Figura 5.12 - Evolução do potencial de corrosão para as barras com c=20 mm e 10%
de adição mineral em substituição ao cimento................................................................ 64
Figura 5.13 - Evolução do potencial de corrosão para as barras com c=20 mm e 20%
de adição mineral em substituição ao cimento................................................................. 64
Figura 5.14 - Evolução da resistência ôhmica para as barras com c=20 mm................... 65
Figura 5.15 - Evolução da intensidade de corrosão para as barras com c=10 mm e de
5% adição mineral em substituição ao cimento............................................................... 66
Figura 5.16 - Evolução da intensidade de corrosão para as barras com c=10 mm e
10% de adição mineral em substituição ao cimento......................................................... 66
Figura 5.17 - Evolução da intensidade de corrosão para as barras com c=10 mm e
20% de adição mineral em substituição ao cimento......................................................... 67
Figura 5.18 - Evolução do potencial de corrosão para as barras com c=10 mm e 5% de
adição mineral em substituição ao cimento...................................................................... 67
xvii
Figura 5.19 - Evolução do potencial de corrosão para as barras com c=10 mm e 10%
de adição mineral em substituição ao cimento................................................................. 68
Figura 5.20 - Evolução do potencial de corrosão para as barras com c=10 mm e 20%
de adição mineral em substituição ao cimento................................................................. 68
Figura 5.21 - Evolução da resistência ôhmica para as barras com c=10 mm................... 69
Figura 5.22 - Evolução da intensidade de corrosão para as barras com c=20 mm e 5%
de adição mineral em substituição ao cimento................................................................. 69
Figura 5.23 - Evolução da intensidade de corrosão para as barras com c=20 mm e
10% de adição mineral em substituição ao cimento......................................................... 70
Figura 5.24 - Evolução da intensidade de corrosão para as barras com c=20 mm e
20% de adição mineral em substituição ao cimento......................................................... 70
Figura 5.25 - Evolução do potencial de corrosão para as barras com c=20 mm e 5% de
adição mineral em substituição ao cimento...................................................................... 71
Figura 5.26 - Evolução do potencial de corrosão para as barras com c=20 mm e 10%
de adição mineral em substituição ao cimento................................................................. 71
Figura 5.27 - Evolução do potencial de corrosão para as barras com c=20 mm e 20%
de adição mineral em substituição ao cimento................................................................. 71
Figura 5.28 - Evolução da resistência ôhmica para as barras com c=20 mm................... 72
Figura 5.29 - Perda de massa gravimétrica x eletroquímica dos grupos 50 e 65............. 73
Figura 5.30 - Variação de massa dos corpos-de-prova cilíndricos do grupo 35, com
5% de adição mineral em substituição ao cimento........................................................... 74
Figura 5.31 - Variação de massa dos corpos-de-prova cilíndricos do grupo 35, com
10% de adição mineral em substituição ao cimento......................................................... 74
Figura 5.32 - Variação de massa dos corpos-de-prova cilíndricos do grupo 35, com
20% de adição mineral em substituição ao cimento......................................................... 74
Figura 5.33 - Variação de massa dos corpos-de-prova cilíndricos do grupo 50, com
5% de adição mineral em substituição ao cimento........................................................... 75
Figura 5.34 - Variação de massa dos corpos-de-prova cilíndricos do grupo 50, com
10% de adição mineral em substituição ao cimento......................................................... 76
Figura 5.35 - Variação de massa dos corpos-de-prova cilíndricos do grupo 50, com
20% de adição mineral em substituição ao cimento......................................................... 76
Figura 5.36 - Variação de massa dos corpos-de-prova cilíndricos do grupo 65, com
5% de adição mineral em substituição ao cimento........................................................... 77
xviii
Figura 5.37 - Variação de massa dos corpos-de-prova cilíndricos do grupo 65, com
10% de adição mineral em substituição ao cimento......................................................... 77
Figura 5.38 - Variação de massa dos corpos-de-prova cilíndricos do grupo 65, com
20% de adição mineral em substituição ao cimento......................................................... 78
Figura 5.39 - Profundidade de carbonatação dos corpos-de-prova do grupo 35, após
31 ciclos............................................................................................................................ 79
Figura 5.40 - Evolução da profundidade de carbonatação nos corpos-de-prova do
grupo 35............................................................................................................................ 80
Figura 5.41 - Profundidade de carbonatação dos corpos-de-prova do grupo 50, após
28 ciclos............................................................................................................................ 80
Figura 5.42 - Evolução da profundidade de carbonatação nos corpos-de-prova do
grupo 50............................................................................................................................ 81
Figura 5.43 - Profundidade de carbonatação dos corpos-de-prova do grupo 65, após
12 ciclos............................................................................................................................ 82
Figura 5.44 - Evolução da profundidade de carbonatação nos corpos-de-prova do
grupo 65............................................................................................................................ 83
Figura 5.45 - Absorção de água por capilaridade nos corpos-de-prova do grupo 35,
com 5% de adição mineral em substituição ao cimento................................................... 84
Figura 5.46 - Absorção de água por capilaridade nos corpos-de-prova do grupo 35,
com 10% de adição mineral em substituição ao cimento................................................. 84
Figura 5.47 - Absorção de água por capilaridade nos corpos-de-prova do grupo 35,
com 20% de adição mineral em substituição ao cimento................................................. 85
Figura 5.48 - Absorção de água por capilaridade nos corpos-de-prova do grupo 50,
com 5% de adição mineral em substituição ao cimento................................................... 85
Figura 5.49 - Absorção de água por capilaridade nos corpos-de-prova do grupo 50,
com 10% de adição mineral em substituição ao cimento................................................. 86
Figura 5.50 - Absorção de água por capilaridade nos corpos-de-prova do grupo 50,
com 20% de adição mineral em substituição ao cimento................................................. 86
Figura 5.51 - Absorção de água por capilaridade nos corpos-de-prova do grupo 65,
com 5% de adição mineral em substituição ao cimento................................................... 87
Figura 5.52 - Absorção de água por capilaridade nos corpos-de-prova do grupo 65,
com 10% de adição mineral em substituição ao cimento................................................. 88
xix
Figura 5.53 - Absorção de água por capilaridade nos corpos-de-prova do grupo 65,
com 20% de adição mineral em substituição ao cimento................................................. 88
Figura 5.54 - Resultados do ensaio de absorção de água por imersão............................. 89
Figura 5.55 - Resultados do ensaio de resistência à compressão..................................... 91
Figura 5.56 - Perfil acumulado da distribuição de poros das pastas sem adições e com
5% de CCA amorfa e cristalina (Relação a/agl 0,35)....................................................... 93
Figura 5.57 - Perfil incremental da distribuição de poros das pastas sem adições e com
5% de CCA amorfa e cristalina (Relação a/agl 0,35)....................................................... 93
Figura 5.58 - Perfil acumulado da distribuição de poros das pastas sem adições e com
10% de CCA amorfa e cristalina (Relação a/agl 0,35)..................................................... 94
Figura 5.59 - Perfil incremental da distribuição de poros das pastas sem adições e com
5% de CCA amorfa e cristalina (Relação a/agl 0,35)....................................................... 94
Figura 5.60 - Perfil acumulado da distribuição de poros das pastas sem adições e com
20% de CCA amorfa e cristalina (Relação a/agl 0,35)..................................................... 95
Figura 5.61 - Perfil incremental da distribuição de poros das pastas sem adições e com
20% de CCA amorfa e cristalina (Relação a/agl 0,35)..................................................... 95
Figura 5.62 - Perfil acumulado da distribuição de poros das pastas sem adições e com
5% de CCA amorfa e cristalina (Relação a/agl 0,50)....................................................... 96
Figura 5.63 - Perfil incremental da distribuição de poros das pastas sem adições e com
5% de CCA amorfa e cristalina (Relação a/agl 0,50)....................................................... 96
Figura 5.64 - Perfil acumulado da distribuição de poros das pastas sem adições e com
10% de CCA amorfa e cristalina (Relação a/agl 0,50)..................................................... 97
Figura 5.65 - Perfil incremental da distribuição de poros das pastas sem adições e com
10% de CCA amorfa e cristalina (Relação a/agl 0,50)..................................................... 97
Figura 5.66 - Perfil acumulado da distribuição de poros das pastas sem adições e com
20% de CCA amorfa e cristalina (Relação a/agl 0,50)..................................................... 98
Figura 5.67 - Perfil incremental da distribuição de poros das pastas sem adições e com
20% de CCA amorfa e cristalina (Relação a/agl 0,50)..................................................... 98
Figura 6.1 - Teor de hidróxido de cálcio pelos vários aglomerantes utilizados (Dados
Rêgo, 2004)...................................................................................................................... 103
xx
LISTA DE SÍMBOLOS, NOMENCLATURA E ABREVIAÇÕES a +ZMe - atividade do íon metálico na solução aMe - atividade do metal
A% - relação água/materiais secos
a/agl - água/aglomerante
a/c - água/cimento
Acap - absorção de água por capilaridade (g/cm2)
Aim - absorção de água por imersão (%)
ANELL - Agência Nacional de Energia Elétrica
B - constante de Stern-Geary
C - consumo de cimento
C2S - silicato dicálcio
C3A - aluminato tricálcio
C3S - silicato tricálcio
C4AF - ferroaluminato tetracálcio
Ca(OH)2 - hidróxido de cálcio (notação da Química Geral)
CaCO3 - carbonato de cálcio
CCA - cinza de casca de arroz
CEB - Comitê Euro-International du Béton
CH - hidróxido de cálcio (notação da Química do Cimento)
CO2 - dióxido de carbono
CONAB - Companhia Nacional de Abastecimento
C-S-H - silicato de cálcio hidratado
E - potencial de eletrodo de equilíbrio (V)
E0 - potencial de eletrodo de equilíbrio padrão (V)
Ecorr - potencial de corrosão
EDS - Energy Dispersive Spectrometry
F - constante de Faraday (C)
FAO - Food and Agriculture Organization of the United Nations
Iabs - índice de absorção de água por imersão
icorr - intensidade de corrosão
Ifc - índice de resistência
xxi
MEV - Microscopia Eletrônica por Varredura
Msat - massa do corpo-de-prova saturado (g)
Mseco - massa do corpo-de-prova seco (g)
Mum - massa do corpo-de-prova que permanece com uma das faces em
contato com a água durante um período de tempo especificado (g)
Pelet - perda de massa eletroquímica
R - constante universal dos gases (J/k.mol)
RHA - rice husk ash
Rohm - resistência ôhmica
Rp - resistência de polarização
S - superfície exposta do metal (cm2)
SA - sílica ativa
Scp - área da seção transversal do corpo-de-prova (cm2)
T - temperatura absoluta (K)
V - valência
Wm - peso molecular
z - número de elétrons envolvidos no processo eletroquímico
∆E - incremento do potencial de corrosão imposto
∆i - incremento da corrente elétrica registrado
∆m - variação de massa (g/cm²)
βa - constante de Tafel anódica (mV/década)
βc - constante de Tafel catódica (mV/década)
η - sobretensão ou sobrepotencial
1
1 - INTRODUÇÃO 1.1 - IMPORTÂNCIA DO TEMA
Cada vez mais, a tecnologia moderna vem se preocupando em buscar materiais alternativos
com o objetivo de conservar os recursos naturais, minimizar o consumo de energia e reduzir a
poluição.
O cimento é, sem dúvida, um dos materiais mais consumidos na atualidade para produção de
obras das mais diversas naturezas, desde barragens e edifícios de grande altura a pequenas
obras. Porém, o cimento é produzido com um alto custo para o meio ambiente, pois uma grande
quantidade de energia é consumida e uma quantidade considerável de CO2 é liberada na
atmosfera, além da degradação da natureza para a obtenção da matéria prima.
Uma forma de minimizar esses inconvenientes é utilizar outros materiais para substituir parte
do cimento. Na maioria dos casos estes materiais são resíduos de processos industriais que
passam a ser considerados subprodutos quando utilizados na fabricação de cimento,
constituindo as adições. Deste modo, o uso de adições além de diminuir a produção do clínquer,
incorpora ao cimento materiais que seriam mais uma fonte de poluição. Entre estes subprodutos
destaca-se a escória de alto-forno, a cinza volante, a sílica ativa e também a cinza de casca de
arroz (CCA).
Várias pesquisas no Brasil e no mundo vêm demonstrando o grande potencial que a CCA tem
para ser utilizada como adição ao cimento, trazendo uma série de vantagens para o concreto
feito com tal adição, bem como dando um destino adequado à cinza.
Normalmente essas pesquisas têm sido realizadas com cinza da casca de arroz de estrutura
amorfa, obtidas com temperatura e duração de queima controladas, pois se acredita que estas
têm boas características para utilização em concretos. Por isso, existem poucas pesquisas com o
objetivo de avaliar a CCA de estrutura cristalina, obtida sem controle na queima.
2
A casca de arroz vem sendo utilizada como combustível em fornalhas para secagem e
parborização do próprio arroz e mais recentemente na produção de energia elétrica, resultando a
cinza. Como nestes processos geralmente não se tem o controle da queima, este material é
tratado como um resíduo.
Outro aspecto a se considerar é a grande disponibilidade da CCA, uma vez que produção
mundial de arroz é da ordem de 550 milhões de toneladas por ano. A Ásia é responsável por
aproximadamente 90% do consumo e produção do arroz. No grupo dos maiores produtores,
destacam-se China, Índia, Indonésia, Bangladesh e Vietnã. Na Figura 1.1 são apresentados os
dez maiores produtores mundiais de arroz. Apesar de ser o nono produtor mundial de arroz, o
Brasil responde por apenas cerca de 2% da produção.
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
Prod
ução
de
arro
z, e
m 2
003
(milh
ões
de to
nela
das)
China
Índia
Indonésia
Bangladesh
Vietnam
Tailândia
Miamar (Birmânia)
Filipinas
Brasil
Japão
Figura 1.1 - Os dez maiores produtores mundiais de arroz. (Dados FAO 2004).
Considerando que após a queima o arroz em casca é convertido em cerca de 4% de cinza, a
produção mundial de CCA pode ser estimada em 22 milhões de toneladas por ano, enquanto a
produção brasileira em cerca de 410 mil toneladas por ano. Estes valores justificam o crescente
número de trabalhos publicados a respeito desta adição mineral.
No Brasil, a região Sul é a maior produtora de arroz, sendo responsável por 58% da produção.
A Figura 1.2 mostra a divisão da produção do arroz na safra 2003/2004 por região. É
3
importante destacar que aproximadamente 82% da produção brasileira está concentrada em
cinco estados (RS, MT, SC, MA e PA).
NORTE10%
NORDESTE10%
CENTRO-OESTE19%
SUDESTE3%
SUL58%
Figura 1.2 - Distribuição da produção do arroz na safra 2003/2004 por região. (Dados
CONAB 2004).
A Figura 1.3 mostra a evolução da produtividade e da produção do arroz no Brasil. O aumento
considerável da produtividade se deve ao aumento da irrigação nas lavouras de arroz. Enquanto
à produtividade brasileira é de aproximadamente 3500 kg/ha, o Rio Grande Sul produz cerca de
6000 kg/ha. A maior produtividade alcançada no RS se deve, entre outros, ao fato de cerca de
80% de suas lavouras serem irrigadas.
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
1990
/91
1991
/92
1992
/93
1993
/94
1994
/95
1995
/96
1996
/97
1997
/98
1998
/99
1999
/200
0
2000
/01
2001
/02
2002
/03
2003
/04
Safra
Prod
ução
(100
0 to
nela
das)
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000Pr
odut
ivid
ade
(Kg/
ha)
Produção (1000 toneladas) Produtividade (Kg/ha)
Figura 1.3 - Evolução da produção e da produtividade do arroz no Brasil. (Dados
CONAB 2004).
4
Por esses motivos, a utilização da cinza de casca de arroz sem controle na queima pode trazer
várias vantagens do ponto de vista econômico, uma vez que não se tem um resíduo e sim um
subproduto com valor de venda. Já do ponto vista ecológico, pode-se ter uma diminuição da
produção do clínquer de cimento Portland e, conseqüentemente, a diminuição dos impactos por
ele causados, além de evitar a poluição ocasionada pelo depósito da cinza a céu aberto.
O presente trabalho se insere na linha de pesquisa de “Sistemas Construtivos e Desempenho de
Materiais e Componentes” do Programa de Pós-Graduação em Estruturas e Construção Civil da
Universidade de Brasília. Nesta linha vários trabalhos já foram desenvolvidos, dentre eles pode-
se destacar: Monteiro (1996), Guimarães (1997), Vasconcelos (1997), Lopes (1999), Pessôa
(2002) e Rêgo (2004).
1.2 - OBJETIVO
O objetivo do presente trabalho é avaliar a influência da adição de dois tipos de CCA, uma com
estrutura amorfa, obtida com controle na queima, e outra predominantemente de estrutura
cristalina obtida sem controle na queima, na corrosão de armaduras embutidas em argamassas
confeccionadas com esses materiais, em ambientes contaminados com CO2. Para isso será
utilizada a técnica eletroquímica de resistência de polarização para mensurar a intensidade de
corrosão.
Também foi utilizada a sílica ativa, por se tratar de uma adição já consagrada, além de possuir
muitas semelhanças com a CCA amorfa, com o intuito de obter mais uma referência
comparativa.
As alterações microestruturais proporcionadas pelo uso da cinza amorfa e cristalina também
serão avaliadas diretamente por porosimetria de intrusão de mercúrio e indiretamente por
medidas de absorção e resistência à compressão.
1.3 - ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO
Para melhor entendimento da pesquisa, a presente dissertação de mestrado está dividida em sete
capítulos.
5
Neste Capítulo são apresentados: a importância do tema, os objetivos e a estruturação do
trabalho.
No Capítulo 2 apresenta-se uma explanação sobre diversos conceitos básicos como:
durabilidade, vida útil e corrosão de armaduras, destacando-se principalmente o mecanismo de
carbonatação.
No Capítulo 3 é apresentada uma revisão bibliográfica sobre a cinza de casca de arroz
mostrando desde as características da casca até a obtenção da cinza, suas características e a
influência da utilização da CCA em concretos.
Todo o programa experimental adotado nesta pesquisa, desde procedimentos preliminares
como: a caracterização dos materiais empregados, definição dos traços, preparação das barras,
moldagem e cura dos corpos-de-prova, até a descrição dos ensaios para avaliar a corrosão e dos
ensaios complementares, serão apresentados no Capítulo 4.
No Capítulo 5 são apresentados os resultados dos ensaios de corrosão e ensaios
complementares. Posteriormente, no Capítulo 6, é apresentada uma discussão destes resultados.
As conclusões do trabalho, bem como sugestões para novas pesquisas, são apresentadas no
Capítulo 7.
6
2 - CORROSÃO POR CARBONATAÇÃO EM ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO
Neste capítulo são apresentados conceitos básicos sobre durabilidade, vida útil e corrosão das
armaduras de aço, contemplando principalmente o mecanismo de carbonatação.
2.1 - CONSIDERAÇÕES SOBRE DURABILIDADE DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO
No início da utilização do concreto armado em estruturas, a preocupação principal do projetista
era avaliar a resistência à compressão do concreto, sem levar em consideração a durabilidade,
pois se acreditava que um concreto bem dosado, lançado, vibrado e curado, era capaz de resistir
indefinidamente às ações do tempo. Hoje em dia, sabe-se que isto não é verdade, uma vez que o
meio ambiente interage com o concreto alterando suas características, avaliadas normalmente
aos 28 dias. Naturalmente o concreto perde, com o passar do tempo, certas propriedades que
são responsáveis pela estabilidade e adequação ao uso da estrutura. Desse modo, o
conhecimento do meio ambiente em que esta inserida a estrutura, bem como o mecanismo de
interação desse com o concreto armado, devem subsidiar a adoção de medidas durante o
projeto, execução e utilização, a fim de garantir um bom funcionamento da construção.
Considerando esses aspectos, a ABNT NBR 6118: 2003, recentemente, introduziu o conceito
de durabilidade em suas recomendações definindo: “as estruturas de concreto armado devem
ser projetadas e construídas de modo que, sob as condições ambientais previstas na época do
projeto e quando utilizadas conforme preconizado em projeto, conservem suas segurança,
estabilidade e aptidão em serviço durante o período correspondente à sua vida útil.”
Outra definição é dada pelo CEB (1997), que considera que durabilidade é a capacidade da
estrutura oferecer um desempenho requerido durante um período desejado de vida útil, de
acordo com a influência dos fatores de degradação.
2.2 - CONCEITO DE VIDA ÚTIL
O CEB (1989) define a vida útil como o tempo em que a estrutura mantém um limite mínimo
de comportamento em serviço para qual foi projetada, sem elevados custos de manutenção e
reparação.
7
Segundo a ABNT NBR 6118: 2003, entende-se por vida útil de projeto o período de tempo
durante o qual se mantêm as características das estruturas de concreto, desde que atendidos os
requisitos de uso e manutenção prescritos pelo projetista e pelo construtor, bem como de
execução dos reparos necessários decorrentes de danos acidentais.
Outro conceito de vida útil é dado por Tuutti (1982), no qual o autor considera que, do ponto de
vista da corrosão de armaduras, a vida útil de estruturas de concreto é constituída de um período
de iniciação e outro de propagação, até se atingir um estado inaceitável de deterioração, como
pode ser visto na Figura 2.1.
Figura 2.1 - Modelo qualitativo de vida útil com relação à corrosão de armaduras
(Tuutti, 1982).
A duração do estágio de iniciação é determinada pelo período de tempo no qual o cobrimento
de concreto sofre mudanças como resultado de sua neutralização pela carbonatação ou da
penetração de substâncias agressivas que chegam até à armadura, atingindo concentrações que
proporcionam a despassivação das armaduras, dando início ao processo de corrosão. O período
de propagação, depois de iniciado o processo de corrosão, terá seu tempo de duração
determinado pelos fatores que influenciam na intensidade de corrosão. Dentre esses fatores que
influenciam a taxa de corrosão destacam-se principalmente o conteúdo de umidade do concreto
influenciado pela umidade relativa do ambiente, o teor de oxigênio e a temperatura. Outros
fatores também podem acelerar o processo como a quantidade de cloretos e a formação de
macropares galvânicos. (Tuutti, 1982).
8
2.3 - CONCEITOS BÁSICOS SOBRE CORROSÃO DE ARMADURAS
Segundo Gentil (1996) a corrosão de um material metálico pode ser definida como deterioração
por ação química ou eletroquímica do ambiente aliada ou não a esforços mecânicos. Esta
deterioração pode acarretar a destruição ou a inutilização do material gerando prejuízos
econômicos.
Uma observação interessante foi feita por Gentil (1996). Ele afirma que em alguns casos, pode-
se admitir a corrosão como o inverso do processo metalúrgico, cujo objetivo principal é a
extração do metal a partir de seus minérios ou de outros compostos, ao passo que a corrosão
tende a oxidar o metal. Assim, muitas vezes o produto de corrosão de um metal é bem
semelhante ao minério do qual é originalmente extraído. O óxido de ferro mais comumente
encontrado na natureza é a hematita, Fe2O3, e dentre os produtos de corrosão constituintes da
ferrugem, um dos mais freqüentes é o Fe2O3 hidratado, Fe2O3nH2O, isto é, o metal tende a
retornar à sua condição mais alta de estabilidade.
Segundo Wolynec (sd) quando um metal é mergulhado numa solução aquosa, imediatamente se
inicia a reação, representada pela Equação 2.1, com a formação dos íons dentro da solução e
com a permanência dos elétrons dentro do metal. Estes elétrons carregam eletricamente o metal
e criam um campo elétrico dentro da solução, com o que os íons, que são carregados
positivamente, tendem a ficar retidos na vizinhança da interface metal/solução. Após um tempo
relativamente curto (fração de segundo) estabelece-se uma situação de equilíbrio ou estado
estacionário, caracterizada pela formação da dupla camada elétrica, como mostra Figura 2.2.
Me + nH2O Me(H2O) +zn + ze (Equação 2.1)
Ainda segundo Wolynec (sd), nota-se nesta configuração a presença da dupla camada de
Helmholtz, a qual se assemelha a um condensador elétrico, e de uma camada difusa, conhecida
como camada Gouy-Chapman, na qual os íons se espalham por uma distância de
aproximadamente um mícron (1µm). O plano P, saturado com íons metálicos, é chamado de
Helmholtz externo, enquanto o plano Q, que constitui a região em que os íons não solvatados
ou parcialmente solvatados podem ser especificamente adsorvidos, constitui o plano de
Helmholtz interno.
9
Figura 2.2 - Estrutura da dupla camada elétrica (West, 1970 apud Wolynec, sd).
Um metal que forma uma dupla camada elétrica é chamado eletrodo (Wolynec, sd).
Deste modo, como observado por Gentil (1996), a imersão de um metal nas soluções
eletrolíticas determina o estabelecimento de uma diferença de potencial (ddp) entre as duas
fases, a sólida e a líquida. Esta diferença de potencial é, simultaneamente, de natureza elétrica e
química, e por isso se denomina diferença de potencial eletroquímico.
Segundo Cascudo (1997) a medida direta de uma ddp entre um dado metal e uma solução
qualquer, é inviável na prática, utilizando-se então um eletrodo de referência, este eletrodo é um
instrumento que se destina a auxiliar a determinação ou quantificação do potencial de eletrodo.
Admitindo a reação geral, representada pela Equação 2.2, o potencial de eletrodo pode ser
estimado através da equação de Nernst (Equação 2.3).
Men+ + ne- Me (Equação 2.2)
Me
MelnzFRTEE a
Za0
+
+= (Equação 2.3)
10
Onde:
E = potencial de eletrodo de equilíbrio (V);
E0 = potencial de eletrodo de equilíbrio padrão (V);
R = constante universal dos gases (J/k.mol);
T = temperatura absoluta (K);
z = número de elétrons envolvidos no processo eletroquímico;
F = constante de Faraday (C); +Za Me = atividade do íon metálico na solução; e
Mea = atividade do metal.
Nas condições de equilíbrio estabelece-se, através da dupla camada, um potencial de equilíbrio
(Ee) que caracteriza a reação de um dado eletrodo. Segundo Wolynec (sd) se, por um processo
qualquer, por exemplo, por imposição de um potencial externo, este potencial for alterado
diz-se então que o eletrodo sofreu polarização. A extensão da polarização medida com relação
ao potencial de equilíbrio, é chamada de sobretensão ou sobrepotencial, e é normalmente
designada por η. Assim, se o potencial resultante da polarização for E, temos a representação da
Equação 2.4.
η = E - Ee (Equação 2.4)
Segundo Gentil (1996), nos casos de corrosão eletroquímica, os metais apresentam, em sua
superfície, regiões anódicas e catódicas, e a velocidade de corrosão dependerá da forma das
curvas de polarização anódica e catódica, como pode ser visto na Figura 2.3: (a) a polarização
ocorre predominantemente nas áreas anódicas, a região de corrosão é controlada anodicamente;
(b) a polarização ocorre predominantemente nas áreas catódicas, a região de corrosão é
controlada catodicamente; e (c) a polarização ocorre, em extensão apreciável, tanto no anodo
quanto no catodo, tendo-se, então um controle misto.
11
Figura 2.3 - Esquematização da influência da forma das curvas de polarização na velocidade de
corrosão (Gentil, 1996).
A corrosão de armaduras do concreto é um processo eletroquímico caracterizado pela formação
de uma célula de corrosão, a qual é constituída por uma zona anódica e outra catódica na
superfície do metal, sendo que o processo de transferência de elétrons ocorre através do metal, e
o transporte de íons através do eletrólito que envolve as armaduras. Nas regiões anódicas
ocorrem às reações de dissolução do metal, ou seja, o mesmo passa para a solução em forma de
íons positivos, sendo que os elétrons gerados na reação são conduzidos pelo metal até as zonas
catódicas. Nestas regiões ocorrem as reações de redução do oxigênio dissolvido, consumindo-se
os elétrons. A Figura 2.4 mostra esquematicamente a corrosão de armaduras no concreto.
Figura 2.4 - Representação esquemática da corrosão da armadura no concreto (Moskiv et al.
apud Bauer, 1995).
Para o caso da corrosão em armaduras a reação anódica mais provável é a Equação 2.5. A
reações catódicas mais prováveis são mostradas na Equação 2.6, para meios aerados com pH
neutro e básicos (pH > 7), e na Equação 2.7 para meios ácidos (pH < 7) desaerados.
12
Fe Fe++ + 2e- (Equação 2.5)
2H2O + O2 + 4e- 4OH- (Equação 2.6)
2H+ + 2e- H2 (Equação 2.7)
O concreto armado, além de apresentar características mecânicas muito amplas, tem
demonstrado possuir uma durabilidade adequada para a maioria dos usos a que se destina. Esta
durabilidade das estruturas de concreto armado é resultado de duas características, que o
concreto proporciona ao aço: por uma parte, o cobrimento de concreto é uma barreira física, e
por outra, a elevada alcalinidade do concreto desenvolve sobre o aço uma camada passiva que o
mantém inalterado por um tempo indefinido (Andrade, 1992).
Quando o cimento é misturado à água, seus compostos hidratam formando um sólido compacto
e pouco poroso, constituindo uma barreira física. Esta barreira dificulta o ingresso de agentes
agressivos à armadura, mas não impede totalmente sua passagem. Portanto, a qualidade do
concreto de cobrimento é fundamental para aumentar a durabilidade do concreto armado.
Por outro lado, o caráter altamente alcalino do concreto, com pH em torno de 12,5, devido à
presença de hidróxidos alcalinos dissolvidos na solução do poro e à uma reserva de hidróxido
de cálcio existente na microestrutura do concreto capaz de entrar em solução na fase aquosa,
proporciona condições para a formação e a manutenção de uma película capaz de proteger a
armadura contra a corrosão.
Pourbaix apud Gentil (1996) desenvolveu um método gráfico, relacionando potencial e pH, que
apresenta uma possibilidade para se prever as condições sob as quais pode-se ter corrosão,
imunidade ou possibilidade de passivação. A Figura 2.5 mostra o diagrama de Pourbaix
simplificado para o ferro em água a 25°C. A região de imunidade corresponde à zona onde a
corrosão é termodinamicamente desfavorável, ou seja, a água é estável. As linhas tracejadas (a
e b) delimitam essa região. Abaixo da linha a, ocorre à redução do hidrogênio, enquanto que
acima da linha b, tem-se a evolução de oxigênio.
13
Figura 2.5 - Diagrama de Pourbaix: equilíbrio pH - potencial para o ferro em água a 25°C
(Andrade, 1992).
Essencialmente são duas as causas que podem dar lugar à destruição da capa passivante do aço.
A primeira é a presença de uma quantidade suficiente de cloretos, adicionado durante o
amassamento do concreto ou penetrando do exterior. A outra é a diminuição da alcalinidade do
concreto por reações com substâncias ácidas do meio e entre as quais destaca-se, pela sua
freqüência de ocorrência, a carbonatação do concreto devido à presença do CO2 (Andrade,
1992). Este último fenômeno será detalhado no item 2.5, dada a sua importância para o objetivo
desta dissertação.
A Figura 2.6 ilustra a morfologia dos ataques, sendo dividida em três principais tipos: corrosão
generalizada normalmente resultante da carbonatação, corrosão por pites ou putiforme
proveniente do ataque de cloretos e a corrosão sob tensão, pouco comum para o concreto
armado, sendo mais relevante para o concreto protendido.
Figura 2.6 - Representação gráfica dos tipos de corrosão em armadura no concreto
(Cascudo, 1997).
14
2.4 - RESISTÊNCIA DE POLARIZAÇÃO COMO TÉCNICA ELETROQUÍMICA PARA AVALIAÇÃO DA CORROSÃO
Existem várias técnicas para avaliar a velocidade de corrosão de metais, mas no caso da
corrosão de armaduras em concreto, as técnicas eletroquímicas são as mais atrativas, pois
buscam interpretar as variáveis intervenientes no processo eletroquímico no momento em que
se desenvolve o fenômeno, além de necessitar de um número menor de amostras, já que
algumas delas não são destrutivas (Nepomuceno, 1992).
Segundo Bauer (1995), a técnica de resistência de polarização foi desenvolvida por Stern e
Geary (1957) e aplicada a concreto pela primeira vez por Andrade (1973). Esta técnica é
bastante utilizada para avaliar a corrosão, sendo empregada por vários autores como González e
Andrade (1980), Alonso e Andrade (1987), Nepomuceno (1992), Bauer (1995), Cascudo
(1997), entre outros.
A resistência de polarização (Rp) representa a inércia que um sistema possui em desenvolver
um processo eletroquímico de corrosão, isto é, um processo de transferência de carga elétrica
no metal ante uma polarização imposta (Cascudo, 1997).
O trecho reduzido de uma curva de polarização em torno do potencial de corrosão é linear e a
inclinação da reta é igual à resistência de polarização, conforme a Equação 2.8.
ERpi
∆=
∆ (Equação 2.8)
Onde:
E∆ = incremento do potencial de corrosão imposto; e
i∆ = incremento da corrente elétrica registrado.
Para a determinação da intensidade de corrosão (icorr) instantânea utiliza-se a equação Stern-
Geary (Equação 2.9).
.corr
BiRp S
= (Equação 2.9)
15
Sendo:
icorr = intensidade de corrosão (µA/cm2);
B = constante de Stern-Geary; e
S = superfície exposta do metal (cm2).
A constante B, pode ser obtida a partir das constantes de Tafel e no caso da corrosão de
armaduras B varia entre 13 mV e 52 mV. Normalmente adota-se um valor intermediário, ou
seja, B = 26 mV. A Equação 2.10 apresenta a fórmula para determinação da constante de Stern-
Geary.
βc)a2,3(
βa.βcB+
=β
(Equação 2.10)
Onde βa e βc são as constantes de Tafel anódica e catódica, respectivamente, sendo medidas
em mV/década.
Com os valores de icorr obtidos, ao longo do tempo, pode-se determinar a intensidade de
corrosão total (It) através da Equação 2.11. Usando-se It na fórmula da lei de Faraday (Equação
2.12), obtém-se a perda de massa eletroquímica (Pelet), por meio da Equação 2.13.
∫= .dtiIt corr (Equação 2.11)
F
/V).t.(Wi∆m mcorr= (Equação 2.12)
Onde:
∆m = variação de massa (g/cm²);
Wm = peso molecular;
V = valência; e
F = 96 500 C.
∫= .dti0,025Pelet corr (Equação 2.13)
16
Posteriormente a perda de massa eletroquímica pode ser comparada à perda de massa
gravimétrica.
2.5 - CORROSÃO POR EFEITO DA CARBONATAÇÃO
2.5.1 - Mecanismo da carbonatação
A elevada alcalinidade do concreto, parâmetro fundamental para a formação e manutenção da
película passivante da armadura, é mantida pela presença dos seguintes hidróxidos (dissolvidos
na fase aquosa ou precipitados): Ca(OH)2, NaOH e KOH. O hidróxido de cálcio, produzido
pela hidratação do C3S e C2S, representa 20% do material sólido no cimento hidratado e
constitui a reserva alcalina do concreto. Esse composto se apresenta normalmente no estado
sólido e tem sua solubilidade limitada pela presença dos álcalis na fase aquosa do concreto. O
processo de carbonatação do concreto consiste na reação do CO2 presente no meio ambiente
com os hidróxidos, primeiramente NaOH e KOH, e posteriormente do Ca(OH)2, o qual se
apresenta em maior quantidade, resultando dessa reação uma diminuição significativa da
alcalinidade, sendo ela suficiente para permitir a despassivação da armadura (Tuutti, 1982).
As reações químicas fundamentais do CO2 com os constituintes do concreto são:
CO2 + Ca(OH)2 ⎯→⎯ OH2 CaCO3 + H2O (Equação 2.14)
CO2 + 2NaOH ⎯→⎯ OH2 Na2CO3 + H2O (Equação 2.15)
CO2 + 2KOH ⎯→⎯ OH2 K2CO3 + H2O (Equação 2.16)
O CO2 dissolve-se na fase aquosa dos poros do concreto e forma o ácido carbônico (Equação
2.17), o qual reage com o Ca(OH)2, formando o CaCO3, como mostra a Equação 2.18
(Banfill, 1997).
CO2 + H2O H2CO3 (Equação 2.17)
H2CO3 + Ca(OH)2 CaCO3 + 2H2O (Equação 2.18)
17
A carbonatação do concreto dá-se a partir da superfície, formando uma “frente de
carbonatação” que separa duas zonas de pH muito distintas, uma com pH superior a doze e
outra com pH próxima a oito. Essa frente avança progressivamente para o interior do concreto
e, ao atingir a armadura, gera sua despassivação (Kazmierczak, 1995).
A carbonatação, apesar de responsável por um incremento pequeno de retração, não prejudica
por si só o concreto simples. Pelo contrário, concretos carbonatados são mais resistentes e mais
impermeáveis à penetração de agentes agressivos que os mesmos concretos não carbonatados
(Helene, 1993).
Américo e Nepomuceno (2003) compararam a microestrutura, através do ensaio de
porosimetria por intrusão de mercúrio, de argamassas com três consumos de cimento (C)
diferentes (G4 - C = 445 kg/m³, G5 - C = 545 kg/m³, e G6 - C = 645 kg/m³), antes e depois do
ensaio de carbonatação acelerada, e constataram o refinamento significante dos poros para
todos os traços estudados, como pode ser visto na Figura 2.7.
Figura 2.7 - Distribuição do tamanho dos poros em corpos-de-prova com diferentes consumos
de cimento: (a) não carbonatados e (b) carbonatados (Américo e Nepomuceno, 2003).
2.5.2 - Fatores que influenciam a carbonatação
Dentre os principais fatores que influenciam a velocidade de carbonatação podem ser citados: a
relação água/cimento, cura, condições de umidade, concentração de gás carbônico (CO2),
consumo de cimento, teor e tipo de adições.
18
2.5.2.1 - Relação água/cimento
Concretos feitos com relações água/cimento mais altas são mais porosos, pois grande parte da
água usada no concreto para dar trabalhabilidade adequada, não será consumida na hidratação
gerando os vazios, como pode ser constatado na Figura 2.8. Segundo Mehta e Moteiro (1994),
uma relação água/cimento de 0,32 seria suficiente para gerar uma pasta sem vazios capilares
quando o cimento estivesse com 100% de hidratação.
Figura 2.8 - Variação da porosidade na pasta, com 100% de hidratação do cimento, para várias
relações a/c (Mehta e Monteiro, 1994).
Os concretos mais porosos tendem a facilitar o ingresso de gás carbônico e água, essenciais
para desencadear a carbonatação. A Figura 2.9 reúne resultados de vários pesquisadores, com o
objetivo de quantificar a influência da relação água/cimento no processo de carbonatação,
ficando evidente a necessidade do uso de baixas relações água/cimento para obter concretos
mais resistentes à carbonatação.
Figura 2.9 - Profundidade de carbonatação em função da relação água/cimento (Helene, 1993).
19
2.5.2.2 - Cura
Fattuhi (1988) estudou a influência do regime de cura em corpos-de-prova de concreto com
relação água/cimento de 0,70, submetidos à carbonatação acelerada com concentração de CO2
igual a 100%. Em seus experimentos foram utilizadas amostras sem cura úmida e amostras
curadas em água por períodos de 1, 3, 5, 7, ou 28 dias, sendo o restante do tempo curados ao ar,
de modo que cada corpo-de-prova completasse 28 dias. Os resultados demonstraram que a
carbonatação do concreto decresce com o aumento de período de cura como se pode verificar
na Figura 2.10. É importante ressaltar que a cura não afeta diretamente a carbonatação e sim o
grau de hidratação que repercute na microestrutura do concreto.
Figura 2.10 - Variação da profundidade de carbonatação para corpos-de-prova com regime de
cura diferentes (Fattuhi, 1988).
Já Martins et al. (2001) analisaram a influência do três tipos de procedimentos de cura: por
imersão, térmica e ao ar. Utilizaram também dois tipos de cimento, o CP III e o CP V-ARI. Os
resultados demonstraram que a cura ao ar gerou maiores profundidades de carbonatação. Para o
CP III, a cura térmica apresentou resultados semelhantes à cura por imersão, no entanto, para o
CP V-ARI esta paridade não se verificou, com a cura por imersão apresentando menores
profundidades carbonatadas, como pode ser visto na Figura 2.11.
20
Figura 2.11 - Carbonatação acelerada medida em concretos submetidos a diferentes
procedimentos de cura (Martins et al., 2001).
2.5.2.3 - Umidade relativa do ar
A Figura 2.12 mostra a representação esquemática da carbonatação do concreto, em três
situações: (a) com os poros totalmente secos, (b) com os poros saturados d´água, e (c) com os
poros parcialmente preenchidos d´água. Segundo Andrade (1992), em umidades relativas
superiores a 80% os poros estão saturados de água e o gás CO2 penetra com dificuldade até a
armadura, e em umidades inferiores a 50%, os poros estão quase secos e o CO2 não pode reagir
sem existência de um meio líquido, sendo que a umidade ótima para o avanço da frente de
carbonatação situa-se em torno de 50% a 80% de umidade relativa.
Figura 2.12 - Representação esquemática da carbonatação do concreto: (a) com os poros
totalmente secos, (b) com os poros saturados d´água, e (c) com os poros parcialmente
preenchidos d´água (Bakker, 1988 apud Cascudo, 1997).
21
2.5.2.4 - Concentração de CO2 na atmosfera
Verbeck (1958) desenvolveu uma pesquisa para avaliar o efeito da concentração de CO2, com
corpos-de-prova prismáticos feitos em argamassa composta por cimento e areia, com relação
a/c igual a 0,54. Tais corpos-de-prova foram submetidos à carbonatação acelerada em um
ambiente com 50% de umidade relativa e concentrações de 1, 5, 25 e 100 % de CO2, além da
concentração natural do ambiente de 0,03% de CO2. O resultado encontrado pode ser conferido
na Figura 2.13.
Figura 2.13 - Efeito de concentração de dióxido de carbono (Verbeck, 1958).
Analisando a Figura 2.13, pode-se dizer que a concentração de CO2 influencia somente a baixas
concentrações, nas quais os corpos-de-prova apresentaram uma maior variação de massa.
Concentrações de CO2 entre 5% e 100% apresentam pequenas variações de massa, não
influenciando de forma decisiva na carbonatação (Verbeck, 1958).
Grande parte das pesquisas desenvolvidas é realizada com concentração de CO2 superior às
encontradas naturalmente no meio ambiente, na forma de ensaios acelerados devido à
necessidade de menor duração (Nepomuceno, 1992; Bauer, 1995; Lopes, 1999; Pessôa, 2002).
Em contraposição, à utilização de altos teores de CO2 em ensaios acelerados, deve-se alertar
para a possibilidade de alterações na microestrutura da pasta carbonatada (Mehta e Monteiro,
1994). Deste modo alguns autores preferem utilizar concentrações de CO2 em torno de 5%
(Lara, 2002; Castro et al., 2003).
22
2.5.2.5 - Consumo de cimento
Segundo Helene (1993), concretos de elevado consumo de cimento por m3, ou seja, elevado
teor total de Ca(OH)2, devem apresentar mesma espessura carbonatada que concretos de baixos
consumos, mantida a mesma relação água/cimento e as mesmas condições de exposição.
No entanto, Pessôa (2002) realizou um trabalho específico para verificar a influência do
consumo de cimento na velocidade de carbonatação, chegando a conclusão que quanto maior o
consumo de cimento maior será a resistência à carbonatação, como ilustra a Figura 2.14.
Figura 2.14 - Variação da profundidade de carbonatação em função do consumo de cimento
(Pessôa, 2002).
Os resultados de Pessôa (2002) também mostraram que quanto maior o consumo de cimento
maior é o tempo para despassivar as armaduras. Além disso, essa pesquisadora verificou
também que as intensidades de corrosão eram menores em todas as etapas de corrosão quando o
consumo de cimento era menor.
2.5.2.6 - Teor de adições
Com o aumento do uso de adições minerais ao cimento por parte da indústria cimenteira nos
últimos anos e o surgimento de novas adições principalmente dentro do enfoque de construções
ambientalmente sustentáveis, houve uma motivação de muitos pesquisadores para estudar a
23
influência do uso destas adições minerais na durabilidade das estruturas de concreto armado,
especialmente no processo de carbonatação, uma vez que elas reduzem a reserva alcalina pelo
consumo do hidróxido de cálcio, além de diminuírem o consumo de cimento Portland.
Bauer (1995) avaliou a influência da adição de escória de alto forno na carbonatação, através
das medidas de intensidade de corrosão, e constatou, em todos os casos, desempenho inferior
para as séries que empregavam o cimento com adição em relação às séries de controle.
Estudos realizados por Lopes (1999), utilizando concretos com e sem sílica ativa, e resistência à
compressão entre 50 MPa e 60 MPa, mostraram que os concretos sem adição apresentaram
melhor desempenho nas idades iniciais, no entanto para as idades avançadas os resultados dos
dois concretos se equivaliam.
Já Gjorv (1995) observou que o fato dos concretos com adição de sílica ativa conterem menores
teores de CH que os concretos sem adição, não significa obrigatoriamente que estes são mais
vulneráveis à carbonatação, pois a adição de sílica ativa proporciona o refinamento dos poros,
diminuindo assim a carbonatação.
Outros trabalhos, como os de Isaia (1995), Venquiauto et al. (2001) e Azevedo (2001), indicam,
de um modo geral, que o uso de adições aumenta a profundidade de carbonatação para as
mesmas condições de exposição.
O aparente paradoxo no qual concretos amassados com cimentos cujas adições melhoram a
maioria das propriedades do concreto, tais como redução da porosidade, aumento das
resistências mecânicas, etc., porém ao mesmo tempo também aumentam a velocidade de
carbonatação, pode ser explicado, como colocado por Neville (1997), pois, cimentos com
adições pozolânicas conduzem ao menor teor de hidróxido de cálcio na pasta de cimento, em
função do consumo de hidróxido de cálcio por parte da sílica das adições, de modo que é
necessária uma quantidade menor de CO2 para reagir com o hidróxido de cálcio formando
carbonato de cálcio. Por outro lado, o efeito da reação pozolânica resulta uma estrutura mais
densa da pasta de cimento, de modo que a difusividade é reduzida e a carbonatação seria mais
lenta. Qual dos dois efeitos é mais relevante? Dependerá de vários fatores como: relação a/c,
tipo e teor das adições utilizadas, finura, entre outras.
24
3 - A CINZA DE CASCA DE ARROZ COMO ADIÇÃO MINERAL AO CIMENTO
Neste capítulo é apresentada uma revisão bibliográfica sobre a utilização da cinza de casca de
arroz (CCA), partindo das características da casca, até o estudo das propriedades da cinza e as
conseqüências da sua utilização como adição mineral ao cimento, enfocando principalmente
aspectos da durabilidade em estruturas de concreto.
3.1 - CARACTERÍSTICAS DA CASCA DE ARROZ
A casca de arroz é a carapaça produzida durante a operação de beneficiamento do arroz colhido.
Sendo volumosa, a casca apresenta um sério problema de acúmulo para as centrais
beneficiadoras de arroz. Cada tonelada de arroz em casca produz ao redor de 200 kg de casca, o
que por combustão produz 40 kg de cinza (Mehta e Monteiro, 1994).
Segundo Jauberthie et al. (2000), a concentração de sílica é alta na face externa da casca, bem
menor na face interna e praticamente nula no interior da casca. A Tabela 3.1 mostra o resultado
da análise química feita por zona na casca do arroz.
Tabela 3.1 - Análise das zonas da casca de arroz (Jauberthie et al., 2000).
Elemento Superfície externa da
casca (% de massa)
Interior da casca
(% de massa)
Superfície interna da
casca (% de massa)
C 6,91 62,54 30,20
O 47,93 35,19 42,53
Si 45,16 2,27 27,27
Total 100,00 100,00 100,00
A Figura 3.1 mostra a microscopia eletrônica de varredura feita na seção da casca de arroz,
podendo-se observar no entorno do perfil mais claro indicando uma maior concentração de
sílica.
25
(a) (b)
Figura 3.1 - Observação da casca de arroz em perfil no microscópio eletrônico de varredura. (a)
500x e (b) 700x (Jauberthie et al., 2000).
Outro aspecto importante a considerar é a estrutura altamente celular da casca de arroz, como se
observa na Figura 3.2. A CCA herda a estrutura celular da casca, propiciando uma elevada
superfície específica.
Figura 3.2 - Estrutura celular da casca de arroz (Coutinho, 2001).
3.2 - CARACTERÍSTICAS DA CINZA DA CASCA DE ARROZ
A cinza de casca de arroz, dependendo das condições de queima, principalmente da temperatura
de queima, apresenta características peculiares que a transforma em uma pozolana altamente
reativa, quais sejam, o alto conteúdo de sílica amorfa, a forma angular das partículas, a estrutura
26
celular, a área superficial elevada e o diâmetro médio dependendo do grau de moagem,
geralmente inferior a 45 µm. Essas características lhe conferem atributos importantes para seu
uso como adição ao cimento (Rêgo, 2001).
A casca de arroz é composta de 50% de celulose, 30% de lignina e 20% de sílica, em base
anidra. Quando sofre uma combustão, cerca de 20% da casca é convertida em cinza, sendo que
a lignina e a celulose podem ser removidas (Mehta, 1992).
Houston (1972), em seu trabalho, avaliou a composição química de diversas cinzas de casca de
arroz, de várias origens, concluindo que as variações dos elementos não são significativas e os
teores de sílica geralmente encontram-se entre 90 e 95%.
Segundo Prudêncio et al. (2003), quando queimada parcialmente, a casca de arroz gera uma
cinza com certo teor de carbono e, por isso, possui cor preta. Quando inteiramente queimada,
resulta numa cinza de cor acinzentada, branca ou púrpura, dependendo das impurezas presentes
e das condições de queima.
Dependendo do processo de queima da casca, as características da cinza podem variar bastante.
O objetivo é o de obter sílica amorfa para agir como material pozolânico. Entretanto, algumas
vezes são encontradas formas cristalinas da sílica se o processo não for bem controlado. Os
fatores determinantes da qualidade da cinza são a temperatura da combustão, o tempo e o
ambiente de combustão (Cook, 1984).
Segundo Mehta e Monteiro (1994), a cinza formada durante a queima a céu aberto ou pela
combustão não controlada em fornos industriais, geralmente contém uma grande proporção de
minerais de sílica não reativos tais como cristobalita e a tridimita, e deve ser moída a tamanhos
de partículas muito finas, de modo a desenvolver atividade pozolânica. Por outro lado, uma
cinza altamente pozolânica pode ser produzida por combustão controlada quando a sílica é
mantida na forma não cristalina e em estrutura celular.
A CCA contém uma grande quantidade de sílica e sua reatividade depende da combinação de
dois fatores, a quantidade de sílica amorfa e a superfície específica. A CCA amorfa é obtida na
combustão com temperatura abaixo de 600oC, consistindo principalmente na desordenação da
27
estrutura Si-O. Ocasionalmente uma pequena quantidade de impurezas cristalina pode estar
presente incluindo quartzo, cristobalita e a tridimita. Quando a CCA é produzida sem controle
de temperatura, a cinza formada é geralmente cristalina e apresenta pouca atividade pozolânica.
Assim, a reatividade da CCA como material pozolânico depende da relação entre a sílica
cristalina e amorfa (Payá et al., 2000).
A maior parte dos pesquisadores estudados converge suas opiniões no sentido de obter a CCA
amorfa com temperatura em torno de 600ºC e com duração de queima de até 4 horas. Desta
forma, dependendo da queima, tem-se dois tipos de cinza: uma de estrutura interna
predominantemente amorfa obtida com a queima controlada e outra de estrutura interna
tipicamente cristalina obtida sem controle de queima, conhecida no meio técnico-científico
como CCA residual.
Um dos grandes entraves para a produção em escala industrial da CCA deve-se à necessidade
da queima controlada, uma vez que, no Brasil, a maioria das beneficiadoras de arroz não tem
condições de investir em fornos mais modernos que propiciem este controle.
Para muitos autores a reatividade da cinza de casca de arroz, dita amorfa, é similar ou muitas
vezes superior à da sílica ativa, uma adição mineral comprovadamente eficiente no uso do
concreto. Contrariando muitos trabalhos internacionais, alguns pesquisadores brasileiros têm
encontrado bons resultados utilizando a CCA residual, com estrutura interna tipicamente
cristalina, dentre estes pesquisadores destacam-se Guerdert (1989), Isaia (1995), Silveira
(1996), Santos (1997) e Rêgo (2001).
Segundo Isaia (1995), existe um certo preconceito no meio técnico quanto às cinzas de casca de
arroz queimadas a temperaturas elevadas, principalmente pelo estigma das mesmas serem
consideradas de baixa pozolanicidade, pela presença marcante de fases cristalinas, sem que
tenham sido apresentadas evidências de mau desempenho quando adicionadas a concretos e
argamassas.
Outro entrave para a produção em escala industrial é que, ao contrário da sílica ativa, para ser
utilizada com sucesso a CCA precisa ser moída, o que gera mais custos.
28
Guedert (1989) avaliou a eficiência da moagem através da medida da área especifica, obtida em
cinzas queimadas sem controle de temperatura. Os resultados mostraram, claramente, o
crescimento da área superficial com o aumento do tempo de moagem, correspondentes a 1, 2, 4
e 8 horas. Para esses tempos de moagem, as amostras de cinza foram submetidas ao ensaio de
pozolanicidade com a cal, que indicou também um crescimento da resistência à compressão aos
7 dias com o aumento da área específica.
Já Santos (1997) obteve um acréscimo do índice de pozolanicidade com o aumento do tempo de
moagem até 4 horas e a partir daí um decréscimo. Este comportamento até certo ponto
surpreendente talvez possa ser atribuído ao fato de que a diminuição das partículas pode
dificultar a dispersão da cinza na argamassa, fazendo com que elas se aglutinem e não reajam,
na sua totalidade, com o hidróxido de cálcio proveniente da hidratação do cimento Portland.
Nos trabalhos de pesquisa tem-se utilizado, normalmente, o moinho de bolas para processar a
cinza. A eficiência deste tipo de aparelho pode ser questionada, uma vez que ele não foi
projetado para moer a cinza e sim para executar o ensaio de abrasão “Los Angeles” em
agregados graúdos, descrito na ABNT NBR 6465: 1984. Porém, nenhum trabalho foi
encontrado no sentido otimizar o uso deste moinho ou, até mesmo, utilizar ou desenvolver
outros aparelhos como, por exemplo, o moinho de disco.
Segundo Coutinho (2001), a elevada superfície específica apresentada pela CCA é
responsabilidade não apenas do tamanho reduzido de suas partículas, mas também de sua
estrutura altamente celular, como pode ser visto na Figura 3.3.
Figura 3.3 - Micrografia eletrônica de varredura da CCA (Mehta e Monteiro, 1994).
29
3.3 - MECANISMO DE AÇÃO
Para melhor compreensão da influência da CCA nas propriedades do concreto, é necessário
entender os mecanismos que agem na microestrutura da pasta de cimento. Estes mecanismos
são o efeito pozolânico e o efeito fíler.
3.3.1 - Efeito pozolânico
O cimento Portland é formado essencialmente por quatro compostos anidros: silicato tricálcio
(C3S), silicato dicálcio (C2S), aluminato tricálcio (C3A) e ferroaluminato tetracálcio (C4AF).
Num primeiro instante o C3S reage com a água formando principalmente o hidróxido de cálcio
(CH) e o silicato de cálcio hidratado (C-S-H). Num segundo instante, o CH produzido na
primeira reação acontece, de forma mais lenta, com a água e com o material pozolânico,
formando C-S-H semelhante aos formados na hidratação do cimento. No entanto, esses
produtos têm menor relação C/S, sendo, por isso, produtos mais estáveis quimicamente
(Neville, 1997). A Figura 3.4 mostra um esquema da reação pozolânica.
Figura 3.4 - Esquema da reação pozolânica.
Na reação envolvendo C2S também são formados C-S-H e CH, porém se trata de uma reação
mais lenta e com menor produção de CH, quando comparada às reações envolvendo o C3S,
portanto de menor importância em se tratando do efeito pozolânico.
30
Segundo Qijun Yu et al. (1998), a partir da Figura 3.5, pode-se verificar que a quantidade de
CH na pasta com 30% de CCA (W3) adicionado, começa a diminuir depois de 3 dias e, aos 91
dias encontra-se quase a zero, enquanto na pasta de controle (W0) apresenta um crescimento
com o tempo de hidratação da pasta, ocorrendo uma pequena diminuição aos 91 dias.
Figura 3.5 - Difração de raio X de pastas com relação a/c igual a 0,55, onde W0 é uma pasta de
cimento Portland e W3 é uma pasta com 30% de adição de CCA (Qijun Yu et al., 1998).
3.3.2 - Efeito Fíler
Segundo Aitcin (2000), as partículas ultrafinas podem agir como um local natural para a
formação de cristais de CH, os quais são desenvolvidos como uma multidão de pequenos
cristais de portlandita que não são detectáveis com microscópio eletrônico de varredura ou
ainda quando fazemos um difratograma de raios X. Entretanto, quando a mesma parte é
submetida a uma análise termogravimétrica e termodiferencial, a característica de perda de
massa da portlantida a 450 oC é bem identificada.
Segundo Mehta apud Isaia (1995), a introdução de partículas finas na pasta de cimento, mesmo
não totalmente pozolânicas, ocasiona segmentação dos poros maiores e incrementa os locais de
nucleação para precipitação dos produtos de hidratação, acelerando as reações e formando
cristais de CH menores. A ação química via reações pozolânicas reforça a ação física,
segmentando em maior grau os poros e refinando, à medida que a idade aumenta, os grãos de
CH.
31
Goldman e Bentur (1993) avaliaram o efeito fíler e efeito pozolânico utilizando três concretos
com relação a/c 0,46: o primeiro com adição de sílica ativa, o segundo com adição de negro de
fumo e por último um concreto sem adição. Os resultados ilustrados na Figura 3.6 apontam a
maior influência do efeito fíler em relação ao efeito pozolânico.
91,1
81,4
52,9
40
60
80
100
Sílica ativa Negro de fumo Referência
Concretos (a/c = 0,46)
Res
istê
ncia
à c
ompr
essã
o (M
Pa)
Efeito Pozolânico
Efeito Fíler
Figura 3.6 - Comparação da resistência à compressão dos traços de referência, contendo sílica
ativa e contendo negro de fumo, com a/c = 0,46 (a relação a/agl dos traços com sílica ativa e
negro de fumo é de 0,40) (modificado - Goldman e Bentur, 1993).
3.4 - EFEITO DO USO DA CCA NAS PROPRIEDADES DO CONCRETO FRESCO
Coutinho (2003) avaliou a consistência de argamassas contendo CCA amorfa, por meio do
diâmetro de espalhamento utilizando o ensaio descrito na norma americana (ASTM
Designation C109-90-Standard Test Method for Compressive Strength of Hydraulic Cement
Mortars), similar a ABNT NBR 7215 (1991), e obteve uma diminuição do diâmetro de
espalhamento com o aumento da proporção de CCA como substituição parcial ao cimento,
mesmo aumentando a quantidade de superplastificante nas misturas à medida que aumentava a
quantidade de cinza, o que mostra o aumento da consistência com o acréscimo de CCA.
Zhang e Malhotra (1996) demonstraram que concretos dosados com cimento contendo 10% de
CCA em substituição à parte do cimento, necessitam de maior quantidade de superplastificante
e maior teor de ar incorporado para que apresentem o mesmo abatimento no tronco de cone,
32
quando comparados com concretos sem adições minerais. Isso é atribuído à maior superfície
específica e ao alto teor de carbono da cinza de casca de arroz usada.
Deve-se notar que embora todas as adições minerais tendam a melhorar a coesão e a
trabalhabilidade do concreto fresco, muitas não têm a capacidade de reduzir o consumo de
água. Para uma dada consistência do concreto, o emprego de materiais de área específica muito
elevada, tais como a pumicita, cinza de casca de arroz e sílica ativa, tende a aumentar o
consumo de água (Mehta e Monteiro, 1994).
De acordo com Zhang e Malhotra (1996), o tempo final de pega de um concreto dosado com
cimento com substituição de 10% de CCA foi somente um pouco maior do que o do concreto
de referência. A temperatura máxima do concreto com CCA foi alcançada em 16,3 horas, um
tempo menor do que o concreto de referência (19,7 horas) e do que um concreto com cimento
com substituição de 10% de sílica ativa (18,9 horas). Isso indica a alta reatividade da CCA e
seu efeito na aceleração da hidratação do cimento, resultante de sua alta superfície específica.
Deve-se ressaltar que o concreto de referência possui maior quantidade de clínquer para
produzir calor.
3.5 - EFEITO DA CCA NAS PROPRIEDADES DO CONCRETO ENDURECIDO
Neste item são mostrados estudos a respeito da influência da CCA nas propriedades do concreto
endurecido.
3.5.1 - Propriedades mecânicas
Segundo Mehta e Monteiro (1994), em quantidades comumente empregadas, muitas cinzas
volantes de baixo teor de cálcio e pozolanas naturais tendem a reduzir as resistências iniciais até
28 dias, mas melhorar as resistências últimas. Comparado ao concreto sem adições, os
concretos contendo uma escória granulada de alto-forno ou cinza volante de alto teor de cálcio,
mostram resistências mais baixas a 1 e 3 dias, mas ganhos de resistência podem ser substanciais
após cerca de 7 dias de cura. As pozolanas altamente reativas, como a cinza de casca de arroz e
a sílica ativa, são capazes de produzir resistência elevada no concreto, tanto nas primeiras
idades quanto nas idades posteriores, especialmente quando são usados redutores de água.
33
Santos (1997) utilizou corpos-de-prova de concreto sem adições e com teores de substituição de
15% e 40% para CCA residual, 15% para sílica ativa e 40% para cinza volante, para as relações
a/agl de 0,4; 0,5 e 0,6, nos ensaios de resistência à compressão realizados aos 3, 7, 28 e 90 dias.
Até os 28 dias, os concretos com sílica ativa apresentaram maiores resistências em relação aos
concretos com CCA, para todas as relações a/agl estudadas. Aos 90 dias, os concretos com
sílica ativa e CCA apresentaram resistências similares, para as relações a/agl de 0,4 e 0,5. Para
relação a/agl de 0,6, aos 90 dias, o concreto contendo CCA é consideravelmente mais resistente.
Comparado à cinza volante, a CCA apresentou maiores resistências para todas as idades e
relações a/agl avaliadas.
Rêgo (2001), estudando as propriedades mecânicas de concretos feitos com CCA residual,
substituindo parte do cimento em 5%, 10% e 20%, observou o aumento da resistência para três
relações a/agl (0,35; 0,50 e 0,70). Segundo o autor, o maior ganho de resistência geralmente se
deu para o teor de 5% de substituição (aumento de cerca de 17%), seguido pelo teor de
substituição de 10% (aumento de cerca de 10%). Para a relação a/agl de 0,50, houve um
aumento do módulo de deformação até o teor de 10% de substituição. Já para 20% de
substituição, houve uma redução do módulo de deformação quando comparados ao concreto de
referência.
Zhang et al. (1996) compararam a resistência à compressão de corpos-de-prova confeccionados
com pastas sem adição, com adição de 10% de CCA e com adição de 10% de sílica ativa em
substituição ao cimento e observaram que o exemplar sem adição apresentou maior resistência.
Já quando é usado o concreto para avaliar a influência das adições na resistência à compressão
utilizando traços com a mesma relação a/agl (0,30) das pastas, aqueles contendo 10% de CCA e
10% de sílica ativa apresentaram resistências similares e superiores as alcançadas pelo concreto
de referência. Este trabalho demonstra como é significativa a ação da CCA e da sílica ativa na
zona de transição do concreto pelos efeitos fíler e pozolânico.
3.5.2 - Aspectos de durabilidade
Neste item são abordados alguns estudos a respeito da influência da CCA na durabilidade de
concretos, no que diz respeito ao ataque por sulfatos, reações álcali-agregado e a corrosão
causada pelo ataque de cloretos e pelo fenômeno da carbonatação.
34
3.5.2.1 - Ataque por sulfatos
O desenvolvimento do ataque de sulfatos pode ser dividido em duas etapas, a primeira de
natureza física, que corresponde ao período de penetração dos íons sulfatos para o interior do
concreto, e a segunda de natureza química, que envolve as reações entre os compostos
hidratados da pasta de cimento e os íons sulfatos.
Silveira (1996) analisou o efeito da cinza de casca de arroz em ambientes sulfatados e observou
que a adição apresentou uma influência positiva na resistência à tração e à compressão após 120
dias de imersão em solução de sulfatos.
Bretanha e Dal Molin (2000) avaliaram as mudanças que ocorreram em concretos com cimento
Portland de Alta Resistência Inicial (CP V-ARI) e vários teores de adição de CCA em
substituição parcial ao cimento, frente ao ataque de sulfatos. O estudo foi conduzido através de
ensaios de resistência à tração na flexão, análises por difração de raios X, MEV (microscopia
eletrônica por varredura), análise de EDS (Energy Dispersive Spectrometry), acompanhada da
observação do aspecto visual dos corpos-de-prova, por um período de 180 dias, verificando que
a degradação foi mais intensa nos exemplares sem adição de CCA.
Com relação às adições pozolânicas altamente reativas (CCA e sílica ativa), parece que, mesmo
que presentes em quantidades baixas, da ordem de 30%, estas adições são capazes de consumir
quase completamente o hidróxido de cálcio presente na pasta de cimento, sendo por isso
excelentes não só por melhorar a resistência do concreto ao ataque ácido, como também ao
ataque por sulfatos (Mehta e Monteiro, 1994).
Além disso, as mudanças na microestrutura na pasta de cimento tendem a resultar em concretos
menos porosos e permeáveis, o que dificulta a penetração dos íons sulfatos.
3.5.2.2 - Reação álcali-agregado
As reações álcali-agregado são reações químicas que ocorrem entre os hidróxidos alcalinos
provenientes do cimento e alguns minerais reativos presentes no agregado. Dependendo da
35
composição mineralógica reativa do agregado, a reação álcali-agregado pode ser dividida em
três categorias: reação álcali-sílica, álcali-silicato e álcali-carbonato. Estas reações ocorrem
internamente em uma estrutura de concreto e formam produtos que na presença de umidade são
capazes de expandir, resultando fissuras que podem levar ao colapso desta estrutura.
Ramachandran (1998), em ampla revisão bibliográfica a respeito da influência das adições
minerais nas reações álcali-agregado, cita o trabalho de Mehta (1976). Neste trabalho o autor
consegue resultados significantes do efeito benéfico da CCA na reação álcali-agregado. Estes
resultados estão dispostos na Tabela 3.2.
Tabela 3.2 - Efeitos da cinza de casca de arroz na expansão causada pela reação álcali-agregado
(modificado - Mehta, 1976 apud Ramachandran, 1998)
Redução da expansão (% em relação ao exemplar de controle) Teor de CCA
(%) 14 dias 3 meses 6 meses
5 52,2 50,2 49,3
10 90,4 87,8 86,6
15 97,4 95,0 94,0
20 98,6 96,9 95,8
Hasparyk et al. (1999) estudaram os efeitos da CCA e da sílica ativa na reação álcali-agregado.
Para tanto, utilizaram o ensaio de reatividade acelerado, descrito na norma ASTM C – 1260,
bem como observações microestruturais das amostras após ensaio de expansão através de
microscopia eletrônica de varredura, em conjunto com a técnica de espectrometria por energia
dispersiva de raios X (EDX). Os resultados obtidos indicaram que a CCA tem um efeito
positivo na reação álcali-agregado, sendo capaz de reduzir as expansões de maneira tão
eficiente quanto à sílica ativa na presença do quartzito e basalto, agregados potencialmente
reativos que foram estudados.
3.5.2.3 - Corrosão causada por cloretos
No concreto simples, a presença de cloretos tem pouca influência nas suas propriedades
mecânicas. No entanto, quando tratamos do concreto armado, a presença de cloretos passa a ser
36
assunto da mais alta relevância, uma vez que os cloretos são uma das principais causas de
corrosão de armaduras no concreto.
Isaia (1995) utilizando o ensaio de penetrabilidade de cloreto, descrito na ASTM C 1202,
avaliou corpos-de-prova sem adição e com 10%, 20% e 30% de CCA em substituição parcial ao
cimento, tendo observado uma diminuição da penetração em até 5,5 vezes com o aumento do
teor de CCA no aglomerante. Vale ressaltar que a cinza utilizada na pesquisa foi resultado da
mistura, em partes iguais, de uma cinza obtida sem controle de queima e outra queimada com
controle em laboratório.
Coutinho (2003), empregando o mesmo ensaio (ASTM C 1202), avaliou a influência da CCA
amorfa na penetração de cloretos e observou uma diminuição significativa da corrente elétrica
que quantifica a penetração de cloretos, com o aumento do teor de CCA no aglomerante.
Uma explicação para a maior resistência à penetração de cloretos nos concretos contendo CCA,
parece ser as mudanças na microestrutura causadas pelos efeitos filer e pozolânico.
3.5.2.4 - Corrosão causada por carbonatação
Pelo exposto até o presente momento, a utilização da cinza de casca de arroz como adição ao
cimento resulta em uma série de vantagens ao concreto, principalmente a respeito da
durabilidade. Entretanto como foi visto no Capítulo 2, muitas pesquisas têm apontado que o uso
das adições pozolânicas é prejudicial ao concreto quanto à carbonatação.
Segundo Neville (1997), o desenvolvimento das reações pozolânicas induz a uma diminuição
nos teores de hidróxido de cálcio na solução dos poros do concreto, permitindo que se necessite
de menor quantidade de CO2 para reagir com o hidróxido de cálcio e formar carbonatos.
Azevedo (2001) avaliou a profundidade de carbonatação em concretos feitos com sílica ativa,
escória de aciaria e cinza de casca de arroz residual, observando que, para 10% de substituição,
o concreto feito com CCA foi aquele que obteve maiores profundidades de carbonatação.
37
Sugita et al. (1992) apud Venquiaruto et al. (2001) mostraram que, para teores de até 30% de
CCA como substituição ao cimento, as profundidades carbonatadas foram iguais ou inferiores
ao concreto sem adições. Já Isaia (1995), utilizando o mesmo teor de CCA em substituição ao
cimento, encontrou coeficiente de carbonatação potencialmente inferiores nos concretos de
referência. Isto demonstra que as propriedades da cinza podem sofrer uma influência
considerável do tipo de queima.
No sentido de contribuir para solucionar o problema da carbonatação em concretos com altos
teores de adições pozolânicas, alguns estudos, até certo ponto inovadores, estão sendo
realizados. Dentre eles o uso de adições em misturas ternárias, o uso de ativadores químicos e o
uso da cal no concreto (Isaia, 1995; Stumpp et al., 2003; e Sperb et al., 2004). Espera-se que
estudos desta natureza venham a minimizar a influência negativa não só do uso da CCA, mas
também das adições pozolânicas em geral.
Apesar dos trabalhos acima citados abordarem o fenômeno da carbonatação em concretos e
argamassas com cinza de casca de arroz, não foram encontrados trabalhos específicos que
avaliassem a corrosão de armaduras em concretos e argamassas contendo CCA. Sabe-se que a
carbonatação em si não compromete a durabilidade do concreto, mas será prejudicial às
armaduras se houver a presença de oxigênio e água. Assim, parece mais adequado o estudo da
carbonatação abordando não só do ponto de vista do concreto, mas considerando o fenômeno
da corrosão; desta maneira se estará analisando, indiretamente, a penetração de água e oxigênio
após a carbonatação, quando as alterações microestruturais devido à deposição dos carbonatos
nos poros do concreto já tiverem ocorrido.
38
4 - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Para obter resultados condizentes com o objetivo da pesquisa, que é avaliar a influência do uso
da CCA com estrutura cristalina e com estrutura amorfa como adição ao cimento, na
carbonatação do concreto, o trabalho experimental foi dividido em quatro etapas. Na primeira
etapa foi feita uma série de ensaios visando à caracterização dos materiais. Na segunda etapa
foram realizados estudos para a definição dos traços usados na etapa seguinte, que consistiu na
produção dos corpos-de-prova, e por último a execução dos ensaios de avaliação da corrosão,
através da técnica de resistência de polarização e os ensaios complementares. A Figura 4.1
apresenta esquema das variáveis em estudo.
Projeto de pesquisa
Variáveisindependentes
Relaçãoa/agl
TipoCCA
ConsumoCCA Cobrimento Medidas
eletroquímicas
Variáveisdependentes
0,35 0,50
Amorfa Cristalina
0% 10%5% 20%
1cm 2cm
Ensaioscomplementares
0,65 Intensidade decorrosão
Potencial de corrosão
Resistênciaôhmica
Resistência àcompressão
Absorção de águapor capilaridade
Absorção de águapor imersão
Projeto de pesquisa
Variáveisindependentes
Relaçãoa/agl
TipoCCA
ConsumoCCA Cobrimento Medidas
eletroquímicas
Variáveisdependentes
0,35 0,50
Amorfa Cristalina
0% 10%5% 20%
1cm 2cm
Ensaioscomplementares
0,65 Intensidade decorrosão
Potencial de corrosão
Resistênciaôhmica
Resistência àcompressão
Absorção de águapor capilaridade
Absorção de águapor imersão
Figura 4.1 - Esquema das variáveis de estudo.
É importante ressaltar que esta pesquisa está inserida no projeto “A Cinza de Casca de Arroz
Como Adição Mineral do Cimento”, resultante de um convênio entre FURNAS/ANEEL/UnB.
Atualmente, além deste trabalho, existem uma tese de doutorado concluída, de autoria de Rêgo
(2004), que estuda o despenho de cimentos com a adição das CCA´s amorfa e cristalina e uma
dissertação de mestrado em fase de conclusão a respeito da influência das duas cinzas na
corrosão de armaduras causadas pelo ataque de cloretos. Para estes trabalhos o cimento
Portland (CP I) e as cinzas são os mesmos.
39
4.1 - CARACTERIZAÇÃO DOS MATERIAIS
4.1.1 - Cinza de casca de arroz
Foram utilizadas nesta pesquisa dois tipos de CCA, uma com estrutura amorfa (CCA amorfa),
obtida com controle na queima, e outra de estrutura predominantemente cristalina (CCA
cristalina), obtida sem controle na queima. Os ensaios para caracterização das cinzas foram
feitos pelo Centro Tecnológico de Engenharia Civil de FURNAS, localizado em Aparecida de
Goiânia/GO, e os resultados estão descritos na Tabela 4.1. As Figuras 4.2 e 4.3 mostram o
difratograma de raios X na CCA cristalina e na CCA amorfa, respectivamente. O principal
composto identificado na CCA cristalina foi a cristobalita, enquanto, no caso da CCA amorfa,
não foi constatada a presença de picos no difratograma, caracterizando sua estrutura como
amorfa.
Figura 4.2 - Difratograma de raios X na CCA cristalina.
Figura 4.3 - Difratograma de raios X na CCA amorfa.
40
Tabela 4.1 - Resultados dos ensaios de caracterização das CCA amorfa e cristalina.
Propriedades Determinadas CCA
amorfa
CCA
cristalina
Massa Específica (g/cm3) 2,12 2,22
Perda ao fogo 8,10 5,26
Óxido de magnésio (MgO) 0,41 0,40
Dióxido de silício (SiO2) 86,72 88,88
Óxido de ferro (Fe2O3) 0,23 0,59
Óxido de alumínio (Al2O3) <0,01 <0,01
Óxido de cálcio (CaO) 0,70 1,05
Óxido de sódio (Na2O) 0,13 0,08
Óxido de potássio (K2O) 1,27 1,38
Análise química
(%)
Álcalis
totais Equiv. alcalino 0,97 0,99
Teor de umidade em materiais pozolânicos (%) 0,90 0,28
com a cal (MPa) 6,8 4,5 Índice de Atividade
Pozolânica (IAP) com o cimento (%) 85,3 81,9
Chapelle modificado (mg CaO/g amostra) 657 450
Finura Resíduo na peneira 325 (%) 1,8 0,2
Dimensão média (µm) 8,52 8,39
Diâmetro abaixo do qual encontram-
se 10% das partículas (µm) 1,35 1,27
Diâmetro abaixo do qual encontram-
se 90% das partículas. (µm) 29,57 24,46
Granulometria a
laser
Porcentagem de partículas menores
que 5 µm (%) 36,60 37,51
Índice de amorfismo (%) (Difração de raios X
quantitativa) 100 6,35
41
4.1.2 - Cimento
O cimento utilizado foi o CP I, da marca CIPLAN, feito especialmente para esta pesquisa. Os
ensaios para caracterização das cinzas foram feitos por FURNAS e os resultados estão listados
na Tabela 4.2.
Tabela 4.2 - Resultados dos ensaios de caracterização do cimento CP I.
Propriedades Determinadas Cimento CP I
Massa Específica (g/cm3) 3,10
Perda ao fogo 1,63
Óxido de magnésio (MgO) 4,29
Dióxido de silício (SiO2) 19,19
Óxido de ferro (Fe2O3) 5,33
Óxido de alumínio (Al2O3) 3,71
Óxido de cálcio (CaO) 59,71
Óxido de sódio (Na2O) 0,30
Óxido de potássio (K2O) 1,18 Álcalis
totais Equiv. Alcalino 1,08
Análise
química (%)
Sulfato de cálcio (CaSO4) 7,65
4.1.3 - Areia
O agregado miúdo usado nesta pesquisa é uma areia natural oriunda do rio Corumbá. Esta areia
foi passada na peneira de abertura 4,8 mm, sendo desprezado o material retido. Este
procedimento visou diminuir a influência da zona de transição entre o agregado e a matriz, nos
resultados dos ensaios posteriores.
Para caracterizar a areia foram feitos os ensaios mostrados na Tabela 4.3, sendo o ensaio de
absorção de água realizado em FURNAS e os demais ensaios realizados no Laboratório de
Materiais da UnB (LEM).
42
Tabela 4.3 - Caracterização da areia utilizada.
Ensaio Norma Resultado
Massa específica (g/cm3) NBR 9776/87 2,63
Massa unitária no estado solto (kg/dm3) NBR 7251/82 1,55
Massa unitária no estado compactado seco (kg/dm3) NBR 7810/83 1,71
Absorção de água (%) NBR 9777/87 0,50
Dimensão máxima (mm) 4,80 Granulometria
Módulo de finura NBR 7217/87
2,63
A Figura 4.4 representa a curva de distribuição granulométrica da areia, além das linhas
pontilhadas que representam os limites impostos pela ABNT NBR 7211: 1983 para uma areia
tipo média, Zona 3, a qual pertence a areia utilizada.
Curva granulométrica
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Peneinas (mm)
Porc
etag
em r
etid
a e
acum
ulad
a (%
)
Areia utilizada Limite superior (Zona 3) Limite inferior (Zona 3)
0 0,15 0,30 0,60 1,20 2,40 4,80 6,30 9,50
Figura 4.4 - Curva granulométrica da areia utilizada.
4.1.4 - Sílica ativa
A sílica ativa utilizada nesta pesquisa é da marca SILMIX. Os ensaios para caracterização da
sílica ativa foram feitos por FURNAS e os resultados estão relacionados na Tabela 4.4.
43
Tabela 4.4- Caracterização da sílica ativa utilizada.
Propriedades determinadas Valores
encontrados
Limites
NBR 13956/97
Massa específica (g/cm³) 2,20 - Características
físicas Índice de atividade pozolânica
com a cal (MPa) 7,5 -
Perda ao fogo 4,92 ≤ 6,0
Óxido de magnésio (MgO) 0,93 -
Trióxido de enxofre (SO3) 0,30 -
Dióxido de silício (SiO2) 91,32 ≥ 85,0
Óxido de ferro (Fe2O3) 0,06 -
Óxido de alumínio (Al2O3) 0,00 -
Óxido de cálcio (CaO) 0,49 -
Óxido de sódio (Na2O) 0,28 -
Óxido de potássio (K2O) 1,23 - Álcalis
totais Equivalente alcalino 1,09 -
Análise
química (%)
Sulfato de Cálcio (CaSO4) 0,51 -
4.1.5 - Água
Utilizou-se água potável para confecção dos traços, sendo distribuída pela Companhia de Água
e Esgotos de Brasília (CAESB).
4.2 - ESTUDO E DEFINIÇÃO DOS TRAÇOS
Na definição dos traços existiu o cuidado para que o volume total de pasta fosse sempre igual
ou maior que o volume de vazios da areia. Esta medida foi tomada para que houvesse a garantia
de que os grãos do agregado seriam totalmente envolvidos pela pasta. Detalhes do cálculo para
definição dos traços podem ser conferidos no Apêndice A. A Tabela 4.5 mostra os traços, em
massa, escolhidos.
44
Tabela 4.5 - Traços escolhidos para pesquisa e suas características.
grupo Denominação Relação
a/c
Teor de
substituição
Cons. de
adição
(kg/m³)
Cons.
de agl.
(kg/m³)
A(%) Traço (agl:
areia:água)
R35 0,350 - -
5SA35 0,368 5% - SA 26
5AM35 0,368 5% - AM 26
10AM35 0,388 10% - AM 52
20AM35 0,437 20% - AM 104
5CR35 0,368 5% - CR 26
10CR35 0,388 10% - CR 52
35
20CR35 0,437 20% - CR 104
8,20
1:3,
27:0
,35
R50 0,350 - -
5SA50 0,368 5% - SA 26
5AM50 0,368 5% - AM 26
10AM50 0,388 10% - AM 52
20AM50 0,437 20% - AM 104
5CR50 0,368 5% - CR 26
10CR50 0,388 10% - CR 52
50
20CR50 0,437 20% - CR 104
12,88
1:2,
88:0
,50
R65 0,350 - -
5SA65 0,368 5% - SA 26
5AM65 0,368 5% - AM 26
10AM65 0,388 10% - AM 52
20AM65 0,437 20% - AM 104
5CR65 0,368 5% - CR 26
10CR65 0,388 10% - CR 52
65
20CR65 0,437 20% - CR 104
520
18,68
1:2,
48:0
,65
SA – sílica ativa; AM – CCA amorfa; CR – CCA cristalina; A – relação água/materiais secos.
45
4.3 - PRODUÇÃO DOS CORPOS-DE-PROVA
Para os ensaios de corrosão foram utilizados corpos-de-prova prismáticos, os mesmos utilizados
por Pessôa (2002), com dimensões de 45 mm x 70 mm x 90 mm e quatro barras de aço
posicionadas com cobrimento de 10 mm e 20 mm, de acordo com a Figura 4.5. As barras de
aço utilizadas são do tipo CA-50, com diâmetro de 5 mm. Para os ensaios de carbonatação
acelerada foram utilizados os corpos-de-prova prismáticos desprovidos das barras de aço.
Figura 4.5 - Detalhe das dimensões, em centímetro, do corpo-de-prova prismático, (a)
perspectiva, (b) corte transversal e (c) corte longitudinal (Pessôa, 2002).
Para os demais ensaios complementares foram utilizados corpos-de-prova cilíndricos com
50 mm de diâmetro e 100 mm de altura.
A Tabela 4.6 mostra a distribuição dos corpos-de-prova para cada ensaio por traço.
46
Tabela 4.6 - Distribuição dos corpos-de-prova utilizados para cada ensaio por traço.
Corpo-de-prova
Cilíndrico
Corpo-de-prova
Prismático Ensaio grupo
35 50 65 35 50 65
Corrosão - - - - 16 16
Profundidade de carbonatação - - - 16* 16* 16*
Absorção por capilaridade 24 24 24 - - -
Absorção por capilaridade (CP carbonatados) 24 24 24 - - -
Absorção por imersão 24 24 24 - - -
Resistência à compressão 32 32 32 - - -
312 80 Total geral
392
* Corpos-de-prova prismáticos sem as barras de aço.
As barras de aço usadas para compor os corpos-de-prova para os ensaios de corrosão tiveram
que passar por um processo de limpeza, com o objetivo de retirar os óxidos presentes e garantir
que todas as barras tivessem homogeneidade. Para tanto se utilizou o mesmo procedimento
feito por Bauer (1995), baseado norma ASTM G1-88:
a) Imersão da barra de aço na solução de ácido clorídrico 1:1, com 3,5 g/l de
hexametilenotetramina por quinze minutos;
b) Lavagem em água corrente e escovação (escova de cerdas plásticas) para renovação
final dos óxidos;
c) Imersão das barras em acetona, por 2 minutos;
d) Secagem das barras com jato de ar quente.
Para obter o maior grau de homogeneização na mistura, foi usado um misturador mecânico.
Primeiramente colocavam-se o agregado e o cimento, misturando-se por um minuto.
Posteriormente colocava-se a adição (CCA ou da sílica ativa), misturando-se por mais dois
minutos, logo em seguida procedia-se com a raspagem das paredes do misturador. Na seqüência
colocava-se a metade da água, misturando-se por um minuto. Após nova raspagem das paredes
do misturador, colocava-se o restante da água. Finalmente a argamassa era mistura por três
minutos com raspagem das paredes do misturador à metade deste tempo.
47
Os corpos-de-prova cilíndricos foram moldados em fôrmas metálicas e os prismáticos em fôrma
de madeirite plastificado com as faces impermeabilizadas com tinta esmalte. Em ambos foram
distribuídas quatro camadas iguais do material, recebendo 30 golpes cada uma. Após a
compactação da segunda e da última camada, os moldes eram adensados na mesa vibratória.
Para os corpos-de-prova do grupo 65 foi dispensado o uso da mesa vibratória, pois existia o
risco de forte exsudação, uma vez que a mistura apresentou-se muito fluida. Em nenhum dos
casos foi utilizado desmoldante, pois existia o receio que esse viesse a alterar a superfície dos
corpos-de-prova e, portanto, influir nos resultados de alguns ensaios. A Figura 4.6 mostra a
fôrma de madeira, sobre a mesa vibratória, sendo preenchida por camadas da argamassa para
posterior adensamento.
Figura 4.6 - Fôrma de madeira utilizada para a moldagem dos corpos-de-prova prismáticos
sobre a mesa vibratória.
Após a moldagem, os corpos-de-prova foram cobertos por um pano úmido, como forma de
promover a cura. Depois de 24 horas as fôrmas foram retiradas e os corpos-de-prova colocados
em câmara úmida por mais seis dias. Por último, foram colocados em ambiente de laboratório,
com umidade e temperatura monitoradas, até a data dos ensaios.
O preparo dos corpos-de-prova para corrosão consistiu em prender os fios flexíveis de 4,0 mm
de diâmetro na ponta das barras de aço dos corpos-de-prova; posteriormente, a emenda era
48
isolada com fita apropriada e por último foi aplicada uma camada de epóxi. A Figura 4.7 mostra
o corpo-de-prova após a desmoldagem (a) e pronto para o ensaio de carbonatação acelerada (b).
(a) (b)
Figura 4.7 - (a) corpo-de-prova após a desfôrma e (b) pronto para o ensaio de carbonatação
acelerada.
4.4 - EXECUÇÃO DOS ENSAIOS DE CORROSÃO E COMPLEMENTARES
4.4.1 - Ensaio acelerado de carbonatação
O ensaio de carbonatação acelerada teve inicio após 91 dias da moldagem, para os corpos-de-
prova dos grupos 35 e 50, e de 108 dias para os corpos-de-prova do grupo 65, sendo observada
a constância de massa dos corpos-de-prova, já que estes se encontravam em ambiente
climatizado, com temperatura e umidade monitoradas, apresentando aproximadamente em 24°C
e 50% respectivamente. Este cuidado foi tomado para garantir que os poros não estivessem
saturados, nem totalmente secos.
Para medir o avanço da frente de carbonatação utilizadas neste trabalho utilizou-se o
acompanhamento do ganho de massa, um indicador à base de fenolftaleína e a variação das
medidas eletroquímicas feitas nas barras (potencial de corrosão, resistência ôhmica e
intensidade de corrosão).
A fenolftaleína é um indicador, cuja faixa de viragem é 8,3 a 10,0, ou seja, para valores de pH
superiores a essa faixa o concreto não carbonatado permanece vermelho carmim, enquanto o
49
concreto carbonatado apresenta-se sem alteração de cor. Portanto, o uso da fenoftaleína, devido
ao seu campo de viragem, é só uma aproximação da determinação da frente de carbonatação.
A variação de massa do corpo-de-prova pode ser um indicativo do avanço da carbonatação
porque ocorrem acréscimos de massa durante o processo de carbonatação devido à
incorporação do CO2 para formação de CaCO3 dentro do corpo-de-prova e a baixa velocidade
de liberação da água. Quando há estabilização ou redução lenta de massa, deduz-se que o
processo estabilizou ou está muito lento.
Para este ensaio, foi utilizada uma câmara de carbonatação desenvolvida a partir das câmaras
utilizadas na UnB por Pessôa (2002) e Lara (2003). Devido ao grande número de corpos-de-
prova, foi necessário que a câmara funcionasse com dois compartimentos independentes como
mostra a Figura 4.8.
Figura 4.8 - Câmara de carbonatação.
Inicialmente os corpos de prova eram submetidos a ciclos diários de 40 minutos, sendo 10
minutos de fluxo de CO2 com vazão de 5 l/min e 30 minutos de espera (Procedimento 1). Como
os corpos-de-prova estavam demorando a carbonatar, o tempo de espera passou a ser de 17
horas e 50 minutos com o ciclo totalizando 18 horas (Procedimento 2). Por último, o ciclo
50
passou a contar com dois fluxos sendo um no início e outro após 6 horas, com o ciclo durando
as mesmas 18 horas (Procedimento 3). A Tabela 4.7 mostra a distribuição dos ciclos para as
relações a/agl utilizadas. Após o término do ciclo os corpos-de-prova eram submetidos à
determinação de suas massas e o acompanhamento das medidas eletroquímicas.
Tabela 4.7 - Distribuição dos procedimentos para as relações a/agl utilizadas.
grupo 35 50 65
Procedimento 1 Do 1º ao 27º ciclo Do 1º ao 18º ciclo -
Procedimento 2 Do 28º ao 31º ciclo Do 19º ao 24º ciclo Do 1º ao 12º ciclo
Procedimento 3 - Do 25º ao 28º ciclo -
Considerou-se que a alteração dos procedimentos durante os ensaios não comprometeria a
análise, uma vez que o objetivo do trabalho é comparar o comportamento das cinzas amorfas e
cristalinas quando submetido à carbonatação acelerada.
4.4.2 - Ciclo de imersão parcial
Imediatamente após a conclusão da etapa da carbonatação acelerada os corpos-de-prova eram
colocados parcialmente imersos em água durante 5 dias, como mostra a Figura 4.9. Esta
imersão foi feita para que ocorresse o ingresso de água por absorção de modo a favorecer o
desenvolvimento da corrosão.
Figura 4.9 - Corpos-de-prova parcialmente imersos em água.
51
4.4.3 - Medidas eletroquímicas de corrosão
Após o final de cada ciclo de carbonatação e durante o período de tempo em que os corpos-de-
prova ficaram parcialmente imersos em água, foram feitas medidas diárias das variáveis
eletroquímicas: potencial de corrosão, intensidade de corrosão e resistência ôhmica.
Para a obter as leituras dessas variáveis utilizou-se um potenciostato, desenvolvido por
Montalvão (1992), com compensação de queda ôhmica acoplado a um sistema aquisitor de
dados, um eletrodo de calomelano saturado como referência para medição do potencial de
corrosão, um contra-eletrodo de aço inox e dois voltímetros com sensibilidade de décimo de
mV. O equipamento utilizado pode ser visto na Figura 4.10.
Figura 4.10 - Equipamento utilizado para obtenção das medidas eletroquímicas.
A célula eletroquímica utilizada no ensaio era composta pelo eletrodo de trabalho, que é a barra
de aço embutida no corpo de prova prismático, pelo contra-eletrodo, neste caso uma chapa de
aço inoxidável colocada na base do corpo-de-prova, e pelo eletrodo de referência, que neste
caso é o calomelano saturado. Para facilitar o contato entre os eletrodos utilizou-se uma esponja
umedecida na parte superior e inferior do corpo de prova. Esta célula pode ser vista na
Figura 4.11.
52
Figura 4.11 - Célula eletroquímica.
Para aquisição dos dados, foi realizada uma polarização anódica de -10 mV em relação ao
potencial de corrosão da barra de aço estudada, e uma varredura de potencial de -10 mV a
10 mV a uma velocidade de 10 mV/min. A resistência ôhmica foi obtida pela compensação de
queda ôhmica no momento do experimento.
Utilizando um programa computacional que calcula a tangente da curva de variação de
potencial, obtém-se a resistência de polarização (Equação 2.4), usada no cálculo da intensidade
de corrosão com o auxílio da equação de Stern e Geary (1957), conforme apresentada na
Equação 2.9 (Capítulo 2).
4.4.4 - Ensaios complementares
Para entender os fenômenos de carbonatação e de corrosão, principalmente de difusão do CO2 e
de penetração de água, foram realizados alguns ensaios complementares. Estes ensaios são:
profundidade de carbonatação, absorção capilar dos corpos-de-prova carbonatados e não
carbonatados, absorção por imersão, resistência à compressão e perda de massa gravimétrica
das barras.
4.4.4.1 - Profundidade de carbonatação
Durante todo o ensaio de carbonatação acelerada foram feitas medidas da profundidade de
carbonatação, utilizando como indicador uma solução de 1% de fenolftaleína e 70% de álcool
etílico, como recomenda a RILEM CPC-18 (1988).
53
Os corpos-de-prova usados para medição da profundidade de carbonatação foram os
prismáticos desprovidos das barras de aço, descritos no item 4.3. Estes foram carbonatados
juntamente com os corpos-de-prova utilizados para realização das medidas eletroquímicas.
Para execução das leituras, os corpos-de-prova foram fraturados no sentido transversal, como
pode ser visto na Figura 4.12 (a), e cada fatia só era usada em uma leitura. Não foi feita
nenhuma pintura na superfície da fratura, para prosseguir com o ensaio de carbonatação
acelerada, por este motivo, os corpos-de-prova só eram fraturados três vezes, para evitar que o
avanço da frente de carbonatação pela fratura viesse a influir nas medidas da profundidade de
carbonatação na lateral do corpo-de-prova. Em seguida a solução de fenoftaleína era aspergida
na seção fraturada do mesmo, como mostrado na Figura 4.12 (b), e após 24 horas eram feitas as
leituras, com o auxílio de um escalímetro.
(a) (b)
Figura 4.12 - (a) corpo-de-prova sendo fraturado em fatias e (b) a solução de fenolftaleína
sendo aspergida sobre a seção transversal do corpo-de-prova.
4.4.4.2 - Absorção de água por capilaridade
O ensaio de absorção por capilaridade baseou-se na norma ABNT NBR 9779: 1995. Foram
utilizados corpos-de-prova cilíndricos de argamassa carbonatados e não carbonatados. Nos
corpos-de-prova não carbonatados o ensaio foi realizado aos 91 dias, para os corpos-de-prova
carbonatados o ensaio foi feito após o término do ensaio de carbonatação acelerada.
54
O procedimento desse ensaio consiste na secagem dos corpos-de-prova a uma temperatura de
(100±5)ºC até constância de massa. Considera-se que a massa é constante quando a diferença
entre duas determinações de massa consecutivas do mesmo corpo-de-prova, entre períodos de
24 horas de permanência na estufa, não exceder 0,5% do menor valor obtido. Após esta etapa
os corpos-de-prova são resfriados ao ar, são determinadas as massas e, por fim, são colocados
em contato com uma lâmina d´água de (5±1) mm. A evolução de massa dos corpos-de-prova
foi monitorada durante 72 horas, sendo feitas leituras em 1, 2, 3, 6, 24, 48 e 72. As duas
primeiras leituras (1 e 2 horas) não constam em norma, mas foram feitas no intuito de melhorar
o monitoramento da absorção de água no início do ensaio.
O resultado de absorção de água por capilaridade é dado segundo a Equação 4.1.
cp
secoumcap S
MMA
−= (Equação 4.1)
Onde:
Acap = absorção de água por capilaridade (g/cm2);
Mum = massa do corpo-de-prova que permanece com uma das faces em contato com a água
durante um período de tempo especificado (g);
Mseco = massa do corpo-de-prova seco (g); e
Scp = área da seção transversal do corpo-de-prova (cm2).
4.4.4.3 - Absorção de água por imersão
O ensaio de absorção por imersão seguiu os procedimentos da norma ABNT NBR 9778: 1987.
Foram utilizados corpos-de-prova cilíndricos de argamassa não carbonatados. Os ensaios foram
realizados aos 91 dias.
O procedimento desse ensaio consiste na secagem dos corpos-de-prova a uma temperatura de
(100±5)ºC até constância de massa. Após esta etapa os corpos-de-prova são resfriados ao ar,
determinadas suas massas e colocados em contato com água de forma que nas primeiras 4 horas
1/3 de seu volume ficasse imerso, nas 4 horas subseqüentes 2/3 e totalmente imersos no restante
do ensaio. Foram feitas determinações de massa em 4, 8, 24, 48 e 72 horas. As duas primeiras
55
leituras (4 e 8 horas) não constam em norma, mas foram feitas no intuito de melhorar o
monitoramento da absorção de água no início do ensaio.
O resultado de absorção de água por imersão é dado segundo a Equação 4.2.
100M
MMA
seco
secosatim x−
= (Equação 4.2)
Onde:
Aim = absorção de água por imersão (%);
Msat = massa do corpo-de-prova saturado (g); e
Mseco = massa do corpo-de-prova seco (g).
4.4.4.4 - Resistência à compressão
O ensaio de resistência à compressão baseou-se na norma ABNT NBR 7215: 1996. Foram
utilizados corpos-de-prova de argamassa não carbonatados. Em todos os grupos, os ensaios
foram feitos aos 28 dias.
4.4.4.5 - Perda de massa gravimétrica e perda de massa eletroquímica das barras de aço
As barras de aço foram retiradas dos corpos-de-prova após o término do ensaio de carbonatação
acelerada. Em seguida foram limpas conforme procedimento realizado antes da moldagem,
como descrito no item 4.3. Por último tiveram suas massas determinadas.
A perda de massa gravimétrica é obtida pela diferença entre a massa da barra após o primeiro
processo de limpeza e o segundo processo de limpeza, depois da carbonatação.
Já a perda de massa eletroquímica é obtida utilizando a Equação 2.13 (Capítulo 2), de Andrade
e Gonzalez (1978), baseada na lei de Faraday. Onde a integral corresponde à área abaixo da
curva de intensidade de corrosão, sendo o tempo dado em horas e a perda de massa
eletroquímica obtida em miligramas.
56
4.4.4.6 - Porosimetria por intrusão de mercúrio
Estava inicialmente prevista a realização dos ensaios de porosimetria por intrusão de mercúrio
em pastas e argamassas com relação a/agl 0,35; 0,50 e 0,65. No entanto, por problemas
técnicos, apenas as pastas com relação a/agl 0,35 e 0,50 foram ensaiadas. Os ensaios foram
realizados por FURNAS.
A preparação das amostras para o ensaio consistia em:
a) retirada de amostras do terço médio interno de corpos de prova 5x10cm, através de corte
de prismas da pasta através de cortadeira metalográfica;
b) paralisação da hidratação através da imersão em acetona durante 1 hora e secagem em
estufa a 100ºC durante 24 horas; e
c) estocagem em dessecador até a realização dos ensaios.
O equipamento utilizado é um porosímetro de mercúrio da marca Quantachrome - modelo
Poremaster 60/1999 acoplado ao microcomputador com impressora.
57
5 - APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
Neste capítulo são apresentados os resultados obtidos no programa experimental.
Primeiramente são apresentados os resultados das medidas eletroquímicas; posteriormente é
apresentada uma comparação entre a perda de massa eletroquímica e gravimétrica das barras de
aço e, em seguida são mostrados os resultados da variação de massa dos corpos-de-prova
cilíndricos durante a carbonatação acelerada. Por último são mostrados os resultados dos
ensaios complementares.
5.1 - MEDIDAS ELETROQUÍMICAS
Os resultados das medidas eletroquímicas dos ensaios de corrosão, durante a carbonatação
acelerada e imersão parcial em água, estão apresentados neste item. As grandezas
eletroquímicas medidas foram: intensidade de corrosão (icorr), potencial de corrosão (Ecorr) e
resistência ôhmica (Rohm).
As medidas eletroquímicas estão representadas em gráficos cujos pontos são a média das quatro
barras embutidas em dois corpos-de-prova. Para as grandezas de intensidade de corrosão e
potencial de corrosão, optou-se por representar os gráficos agrupando os traços com mesmo
teor de substituição ao cimento e o traço de referência, para a mesma relação a/agl. Os
resultados de resistência ôhmica estão representados em gráficos com todos os traços com a
mesma relação a/agl.
As linhas vermelhas, na horizontal dos gráficos de intensidade de corrosão limitam, a zona de
passivação das barras de aço. Valores de icorr abaixo da faixa entre de 0,1 µA/cm2 e 0,2 µA/cm2
indicam uma corrosão insignificante em termos de vida útil da estrutura (Andrade, 1992) e
maiores que 0,2 µA/cm2 são consideradas prejudiciais.
As linhas vermelhas horizontais, nos gráficos de potencial de corrosão, indicam os limites de
probabilidade da zona de despassivação das barras de aço, segundo a ASTM C 876. De acordo
com essa norma, há uma probabilidade de corrosão menor que 5% para valores superiores a
-126 mV, maior que 95% para valores de potencial inferiores a -276 mV, e na faixa entre as
duas linhas tem-se uma região de incertezas.
58
5.1.1 - Ensaios de corrosão do grupo 50, com cobrimento de 10 mm
Neste item são apresentados os resultados obtidos nas barras de aço do grupo 50, com
cobrimento de 10 mm.
5.1.1.1 - Evolução de intensidade de corrosão (icorr)
Observa-se nas Figuras 5.1, 5.2 e 5.3 um comportamento semelhante das curvas com a CCA
amorfa e cristalina, e um desempenho levemente melhor para o traço de referência. Na Figura
5.1 pode ser visto que os traços contendo as CCA´s apresentam resultados semelhantes ao traço
feito com a sílica ativa.
0,0001
0,001
0,01
0,1
1
10
100
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900
Tempo (horas)
Icor
r (µ
A/cm
2 )
R50
5AM50
5SA50
5CR50
Limite de Despassivação
Procedimento 1 ImersãoProcedimento 2
Procedimento 3
Figura 5.1 - Evolução da intensidade de corrosão para as barras com c=10 mm e 5% de adição
mineral em substituição ao cimento.
0,0001
0,001
0,01
0,1
1
10
100
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900
Tempo (horas)
Icor
r (µ
A/c
m2 )
R50
10AM50
10CR50
Limite de Despassivação
Procedimento 1 ImersãoProcedimento 2
Procedimento 3
Figura 5.2 - Evolução da intensidade de corrosão para as barras com c=10 mm e 10% de adição
mineral em substituição ao cimento.
59
0,0001
0,001
0,01
0,1
1
10
100
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900
Tempo (horas)
Icor
r (µ
A/c
m2 )
R5020AM5020CR50
Limite de Despassivação
Procedimento 1 ImersãoProcedimento 2
Procedimento 3
Figura 5.3 - Evolução da intensidade de corrosão para as barras com c=10 mm e 20% de adição
mineral em substituição ao cimento.
Após a imersão nota-se que as barras de aço apresentaram maiores intensidades de corrosão,
evidenciando o papel do eletrólito no processo de corrosão, uma vez que as barras com
cobrimento de 10 mm estão mais sujeitas às alterações de umidade no ambiente, já que estão
mais próximas da superfície.
5.1.1.2 - Evolução do potencial de corrosão (Ecorr)
As Figuras 5.4, 5.5 e 5.6 apresentam os resultados da evolução do potencial de corrosão.
-800
-600
-400
-200
0
200
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900
Tempo (horas)
Ecor
r (m
V)
R505AM505SA505CR50
Limite de Despassivação
Procedimento 1 ImersãoProcedimento 2 Procedimento 3
Figura 5.4 - Evolução do potencial de corrosão para as barras com c=10 mm e 5% de adição
mineral em substituição ao cimento.
60
-800
-600
-400
-200
0
200
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900
Tempo (horas)
Ecor
r (m
V)
R5010AM5010CR50
Limite de Despassivação
Procedimento 1 ImersãoProcedimento 2 Procedimento 3
Figura 5.5 - Evolução do potencial de corrosão para as barras com c=10 mm e 10% de adição
mineral em substituição ao cimento.
Na Figura 5.4 nota-se um comportamento semelhante entre os traços contendo adições e uma
sutil melhora no desempenho do traço de referência. Na Figura 5.5 observa-se o desempenho
levemente pior para o traço com 10% de substituição de CCA cristalina. Por último, na
Figura 5.6, observa-se uma superioridade relativa do traço de referência.
-800
-600
-400
-200
0
200
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900
Tempo (horas)
Ecor
r (m
V)
R50
20AM50
20CR50
Limite de Despassivação
Procedimento 1 ImersãoProcedimento 2 Procedimento 3
Figura 5.6 - Evolução do potencial de corrosão para as barras com c=10 mm e 20% de adição
mineral em substituição ao cimento.
Assim como na intensidade de corrosão, nota-se que as barras de aço apresentaram grandes
alterações nos resultados após a imersão parcial; no caso, os potenciais se tornam bem mais
negativos indicando uma maior probabilidade de corrosão.
61
5.1.1.3 - Evolução da resistência ôhmica (Rohm)
A Figura 5.7 apresenta os resultados da evolução da resistência ôhmica.
10
100
1000
10000
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900
Tempo (horas)
Roh
m (ô
hm)
R505AM5010AM5020AM505SA505CR5010CR5020CR50
Procedimento 1 ImersãoProcedimento 2
Procedimento 3
Figura 5.7 - Evolução da resistência ôhmica para as barras com c=10 mm.
Na Figura 5.7 não é possível comparar os resultados entre as várias misturas. No entanto, é
possível observar que as curvas convergem quando os corpos-de-prova são colocados em
imersão parcial. É provável que isto ocorra devido a maior umidade proporcionada pela
imersão.
5.1.2 - Ensaios de corrosão do grupo 50, com cobrimento de 20 mm
Neste item são apresentados os resultados obtidos nas barras de aço do grupo 50, com
cobrimento de 20 mm.
5.1.2.1 - Evolução de intensidade de corrosão (icorr)
As Figuras 5.8, 5.9 e 5.10 apresentam os resultados da evolução da intensidade de corrosão com
5%, 10% e 20% de adição mineral, respectivamente.
62
0,0001
0,001
0,01
0,1
1
10
100
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900
Tempo (horas)
Icor
r (µ
A/c
m2 )
R505AM505SA505CR50
Procedimento 1 Imersão
Limite de Despassivação
Procedimento 2
Procedimento 3
Figura 5.8 - Evolução da intensidade de corrosão para as barras com c=20 mm e 5% de adição
mineral em substituição ao cimento.
Verifica-se o equilíbrio entre as séries estudadas durante o processo de carbonatação. No
entanto, na Figura 5.8, para 5% de adição, observa-se que após a imersão parcial a argamassa
de referência, sem adição, tem um desempenho levemente superior, pois a sua intensidade de
corrosão é menor em comparação aos traços com CCA. No entanto, para todos os teores de
adição, nota-se, após a imersão parcial dos corpos-de-prova, esta mesma tendência (Figuras 5.9
e 5.10). É importante observar também que, após a imersão parcial, as armaduras protegidas por
argamassas que contém adição de CCA cristalina têm uma tendência de maiores intensidades
de corrosão.
0,0001
0,001
0,01
0,1
1
10
100
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900
Tempo (horas)
Icor
r (µ
A/c
m2 )
R5010AM5010CR50
Limite de Despassivação
Procedimento 1 ImersãoProcedimento 2
Procedimento 3
Figura 5.9 - Evolução da intensidade de corrosão para as barras com c=20 mm e 10% de adição
mineral em substituição ao cimento.
Esta tendência é mais importante para as argamassas que contêm 20% de cinza cristalina
(Figura 5.10).
63
0,0001
0,001
0,01
0,1
1
10
100
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900
Tempo (horas)
Icor
r (µA
/cm
2 )
R5020AM5020CR50
Limite de Despassivação
Procedimento 1 ImersãoProcedimento 2
Procedimento 3
Figura 5.10 - Evolução da intensidade de corrosão para as barras com c=20 mm e 20% de
adição mineral em substituição ao cimento.
Outro aspecto importante que se nota, comparativamente aos resultados com cobrimento de
10 mm, é que os valores de intensidade de corrosão começam a aumentar até atingir
velocidades de corrosão mais importantes a partir do Procedimento 3. Esse comportamento
pode ser explicado, provavelmente, pelo maior teor de umidade interna junto às armaduras com
cobrimento de 20 mm, no início da carbonatação.
5.1.2.2 Evolução do potencial de corrosão (Ecorr)
As Figuras 5.11, 5.12 e 5.13 apresentam os resultados da evolução do potencial de corrosão.
-800
-600
-400
-200
0
200
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900
Tempo (horas)
Ecor
r (m
V)
R50
5AM50
5SA50
5CR50
Limite de Despassivação
Procedimento 1 ImersãoProcedimento 2
Procedimento 3
Figura 5.11 - Evolução do potencial de corrosão para as barras com c=20 mm e 5% de adição
mineral em substituição ao cimento.
64
-800
-600
-400
-200
0
200
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900
Tempo (horas)
Ecor
r (m
V)
R5010AM5010CR50
Limite de Despassivação
Procedimento 1 ImersãoProcedimento 2
Procedimento 3
Figura 5.12 - Evolução do potencial de corrosão para as barras com c=20 mm e 10% de adição
mineral em substituição ao cimento.
Comparando os resultados das Figuras 5.11, 5.12 e 5.13, nota-se que as últimas armaduras a
ultrapassar o limite de -276 mV é sempre a série de referência. Quanto às CCA´s, percebe-se
um certo equilíbrio, uma vez que nas séries com 5%, a CCA amorfa e cristalina ultrapassam
esse limite praticamente ao mesmo tempo e, para a série com 10%, a CCA amorfa despassiva
primeiro e nas séries com 20% acontece o inverso.
-800
-600
-400
-200
0
200
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900
Tempo (horas)
Ecor
r (m
V)
R50
20AM50
20CR50
Limite de Despassivação
Procedimento 1 ImersãoProcedimento 2 Procedimento 3
Figura 5.13 - Evolução do potencial de corrosão para as barras com c=20 mm e 20% de adição
mineral em substituição ao cimento.
No entanto, a maior probabilidade de corrosão, indicada pelos valores mais negativos durante a
imersão parcial, correspondem às cinzas cristalinas. As armaduras embutidas em argamassas de
referência são as que têm os potenciais menos negativos.
65
5.1.2.3 Evolução da resistência ôhmica (Rohm)
Observando a Figura 5.14, as considerações mais importantes que podem ser feitas são que os
maiores valores e os mais dispersos, comparativamente entre as curvas, correspondem à
condição dos corpos-de-prova secos e que há queda da resistividade quando os corpos-de-prova
são colocados em imersão parcial. Não foi possível observar diferenciação de comportamento
de acordo com o teor de cinza e em relação à característica de amorficidade das adições
utilizadas nas argamassas.
10
100
1000
10000
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900
Tempo (horas)
Roh
m (ô
hm)
R505AM5010AM5020AM505SA505CR5010CR5020CR50
Procedimento 1 ImersãoProcedimento 2
Procedimento 3
Figura 5.14 - Evolução da resistência ôhmica para as barras com c=20 mm.
5.1.3 - Ensaios de corrosão do grupo 65, com cobrimento de 10 mm
Neste item são apresentados os resultados obtidos nas barras de aço do grupo 65,
correspondente às argamassas de relação a/agl = 0,65, com cobrimento de 10 mm.
5.1.3.1 - Evolução de intensidade de corrosão (icorr)
As Figuras 5.15, 5.16 e 5.17 apresentam os resultados da evolução da intensidade de corrosão
durante o processo de carbonatação e em imersão parcial. É importante lembrar que o
procedimento de carbonatação foi alterado neste ensaio, com argamassas de relação
água/aglomerante igual a 0,65, tendo sido utilizado apenas o Procedimento 2 com o objetivo de
reduzir o tempo de ensaio, o que não permite comparação com os resultados obtidos com as
argamassas de relação água/aglomerante igual a 0,50.
66
Percebe-se que para o grupo 65 os valores de intensidade de corrosão são maiores durante a
carbonatação, não só pela maior relação a/agl utilizada, mas também pela maior quantidade de
água gerada durante o processo, em função da diferenciação entre os procedimentos utilizados.
0,0001
0,001
0,01
0,1
1
10
100
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
Tempo (horas)
Icor
r (µ
A/cm
2 )R655AM655SA655CR65
Imersão
Limite de Despassivação
Procedimento 2
Figura 5.15 - Evolução da intensidade de corrosão para as barras com c=10 mm e de 5% adição
mineral em substituição ao cimento.
0,0001
0,001
0,01
0,1
1
10
100
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
Tempo (horas)
Icor
r (µ
A/c
m2 )
R65
10AM65
10CR65
Imersão
Limite de Despassivação
Procedimento 2
Figura 5.16 - Evolução da intensidade de corrosão para as barras com c=10 mm e 10% de
adição mineral em substituição ao cimento.
67
0,0001
0,001
0,01
0,1
1
10
100
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
Tempo (horas)
Icor
r (µ
A/c
m2 )
R65
20AM65
20CR65
Imersão
Limite de Despassivação
Procedimento 2
Figura 5.17 - Evolução da intensidade de corrosão para as barras com c=10 mm e 20% de
adição mineral em substituição ao cimento.
Mais uma vez percebe-se pouca diferença entre o comportamento das séries estudadas. Quando
comparados os resultados entre os corpos-de-prova com adições, nota-se equilíbrio para os
teores de 5% e 10% de substituição ao cimento, porém para 20% de substituição tem-se que a
argamassa com CCA cristalina apresenta uma tendência a maiores intensidades de corrosão.
Observa-se também que as armaduras embutidas nas argamassas sem adições (referência) têm
uma menor intensidade de corrosão em todas as etapas quando comparadas com as demais, com
exceção daquelas com adição de 5% que apresentou desempenho semelhante.
5.1.3.2 - Evolução do potencial de corrosão (Ecorr)
As Figuras 5.18, 5.19 e 5.20 apresentam os resultados da evolução do potencial de corrosão.
-800
-600
-400
-200
0
200
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
Tempo (horas)
Ecor
r (m
V)
R655AM655SA655CR65
Imersão
Limite de Despassivação
Procedimento 2
Figura 5.18 - Evolução do potencial de corrosão para as barras com c=10 mm e 5% de adição
mineral em substituição ao cimento.
68
-800
-600
-400
-200
0
200
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
Tempo (horas)
Ecor
r (m
V)
R65
10AM65
10CR65
Imersão
Limite de Despassivação
Procedimento 2
Figura 5.19 - Evolução do potencial de corrosão para as barras com c=10 mm e 10% de adição
mineral em substituição ao cimento.
-800
-600
-400
-200
0
200
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
Tempo (horas)
Ecor
r (m
V)
R65
20AM65
20CR65
Procedimento 2 Imersão
Limite de Despassivação
Figura 5.20 - Evolução do potencial de corrosão para as barras com c=10 mm e 20% de adição
mineral em substituição ao cimento.
Os resultados de potencial de corrosão mostrados nos gráficos das Figuras 5.18, 5.19 e 5.20
mostram que não há diferenças de comportamento das armaduras embutidas nas diversas
argamassas, tanto na fase de carbonatação quanto durante a imersão parcial.
5.1.3.3 Evolução da resistência ôhmica (Rohm)
A Figura 5.21 apresenta os resultados da evolução da resistência ôhmica.
69
10
100
1000
10000
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
Tempo (horas)
Roh
m (ô
hm)
R655AM6510AM6520AM655SA655CR6510CR6520CR65
ImersãoProcedimento 2
Figura 5.21 - Evolução da resistência ôhmica para as barras com c=10 mm.
Mais uma vez nenhuma observação importante pode ser feita observando o gráfico da
resistência ôhmica.
5.1.4 - Ensaios de corrosão do grupo 65, com cobrimento de 20 mm
Neste item são apresentados os resultados obtidos nas barras de aço do grupo 65, com
cobrimento de 20 mm.
5.1.4.1 - Evolução de intensidade de corrosão (icorr)
As Figuras 5.22, 5.23 e 5.24 apresentam os resultados da evolução da intensidade de corrosão.
0,0001
0,001
0,01
0,1
1
10
100
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
Tempo (horas)
Icor
r (µ
A/cm
2 )
R655AM655SA655CR65
Imersão
Limite de Despassivação
Procedimento 2
Figura 5.22 - Evolução da intensidade de corrosão para as barras com c=20 mm e 5% de adição
mineral em substituição ao cimento.
70
0,0001
0,001
0,01
0,1
1
10
100
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
Tempo (horas)
Icor
r (µ
A/c
m2 )
R6510AM6510CR65
Imersão
Limite de Despassivação
Procedimento 2
Figura 5.23 - Evolução da intensidade de corrosão para as barras com c=20 mm e 10% de
adição mineral em substituição ao cimento.
Observando as Figuras 5.22, 5.23 e 5.24, nota-se que a série de referência apresenta-se como a
última a despassivar. Comparando as séries com CCA amorfa e cristalina, observa-se o melhor
desempenho das séries com a cinza cristalina, muito embora as diferenças não sejam tão
marcantes. A série com sílica ativa tem um desempenho semelhante ao da série com 5% de
CCA amorfa.
0,0001
0,001
0,01
0,1
1
10
100
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
Tempo (horas)
Icor
r (µ
A/cm
2 )
R6520AM6520CR65
Imersão
Limite de Despassivação
Procedimento 2
Figura 5.24 - Evolução da intensidade de corrosão para as barras com c=20 mm e 20% de
adição mineral em substituição ao cimento.
5.1.4.2 - Evolução do potencial de corrosão (Ecorr)
As Figuras 5.25, 5.26 e 5.27 apresentam os resultados da evolução do potencial de corrosão.
71
-800
-600
-400
-200
0
200
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
Tempo (horas)
Ecor
r (m
V)
R655AM655SA655CR65
Imersão
Limite de Despassivação
Procedimento 2
Figura 5.25 - Evolução do potencial de corrosão para as barras com c=20 mm e 5% de adição
mineral em substituição ao cimento.
-800
-600
-400
-200
0
200
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
Tempo (horas)
Ecor
r (m
V)
R65
10AM65
10CR65
Imersão
Limite de Despassivação
Procedimento 2
Figura 5.26 - Evolução do potencial de corrosão para as barras com c=20 mm e 10% de adição
mineral em substituição ao cimento.
-800
-600
-400
-200
0
200
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
Tempo (horas)
Ecor
r (m
V)
R65
20AM65
20CR65
Imersão
Limite de Despassivação
Procedimento 2
Figura 5.27 - Evolução do potencial de corrosão para as barras com c=20 mm e 20% de adição
mineral em substituição ao cimento.
72
Ratificando a conclusão obtida no estudo com a intensidade de corrosão, tem-se mais uma vez a
série de referência como sendo a última a despassivar. Quanto à comparação entre as cinzas,
tem-se um equilíbrio para as séries com 5% de substituição; nas séries com 10% e 20% de
substituição, a cinza cristalina resultou na última a despassivar.
5.1.4.3 - Evolução da resistência ôhmica (Rohm)
A Figura 5.28 apresenta os resultados da evolução da resistência ôhmica.
10
100
1000
10000
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
Tempo (horas)
Roh
m (ô
hm)
R655AM6510AM6520AM655SA655CR6510CR6520CR65
ImersãoProcedimento 2
Figura 5.28 - Evolução da resistência ôhmica para as barras com c=20 mm.
Mais uma vez nenhuma conclusão importante pode ser feita observando o gráfico da resistência
ôhmica.
5.2 - PERDA DE MASSA GRAVIMÉTRICA X ELETROQUÍMICA
A Figura 5.29 apresenta a comparação entre a perda de massa gravimétrica e a eletroquímica
para as barras embutidas nos corpos-de-prova dos grupos 50 e 65.
O objetivo desta comparação é avaliar a precisão do método de resistência de polarização
utilizado neste trabalho. As linhas pontilhadas apresentam os limites da faixa de validade para o
método, o qual corresponde ao fator de erro igual a 2, de acordo com o sugerido por Stern e
Geary (1957).
73
1
10
100
1 10 100Perda de massa gravimétrica (mg)
Per
da d
e m
assa
ele
troq
uím
ica
(mg)
Grupo 50
Grupo 65
Figura 5.29 - Perda de massa gravimétrica x eletroquímica dos grupos 50 e 65.
Apesar de alguns pontos ficarem fora da faixa de validade, pode-se dizer que se trata de um
bom resultado já que a 82,8% dos pontos estão dentro da faixa.
Outro aspecto importante a ser considerado é a maior concentração de pontos do grupo 65 com
maior perda de massa tanto eletroquímica como gravimétrica. Isto pode ser explicado não só
pela maior relação a/agl usada no grupo 65, mas também pela mudança na metodologia
utilizada uma vez que propiciou maior tempo na câmara de carbonatação e, conseqüentemente,
maior acúmulo de umidade, apesar do grupo 50 ter sido exposto ao número maior de ciclos,
evidenciando o papel fundamental do eletrólito no processo de corrosão.
5.3 - VARIAÇÃO DE MASSA CORPOS-DE-PROVA CILÍNDRICOS
Durante o ensaio de carbonatação acelerada, mais precisamente antes e depois de cada ciclo de
carbonatação aplicados, a variação de massa dos corpos-de-prova era monitorada. Os resultados
da variação de massa dos corpos-de-prova cilíndricos são apresentados nesta seção.
5.3.1 - Corpos-de-prova do grupo 35
Observando as Figuras 5.30, 5.31 e 5.32, nota-se que as séries com CCA amorfa apresentam o
maior ganho de massa, em relação às demais. Para o teor de 5% de substituição, o melhor
desempenho é obtido pela série com sílica ativa.
74
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
0 5 10 15 20 25 30 35
N° de Ciclos
Gan
ho d
e m
assa
(%)
R35 5AM35 5SA35 5CR35
Procedimento 2Procedimento 1
Figura 5.30 - Variação de massa dos corpos-de-prova cilíndricos do grupo 35, com 5% de
adição mineral em substituição ao cimento.
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
0 5 10 15 20 25 30 35
N° de Ciclos
Gan
ho d
e m
assa
(%)
R35 10AM35 10CR35
Procedimento 2Procedimento 1
Figura 5.31 - Variação de massa dos corpos-de-prova cilíndricos do grupo 35, com 10% de
adição mineral em substituição ao cimento.
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
0 5 10 15 20 25 30 35
N° de Ciclos
Gan
ho d
e m
assa
(%)
R35 20AM35 20CR35
Procedimento 2Procedimento 1
Figura 5.32 - Variação de massa dos corpos-de-prova cilíndricos do grupo 35, com 20% de
adição mineral em substituição ao cimento.
75
Percebe-se na linha vermelha, que demarca a mudança do Procedimento 1 para o Procedimento
2, pontos de inflexão que são resultantes do maior tempo de permanência dos corpos-de-prova
na câmara de carbonatação em contato com o gás carbônico o quê, conseqüentemente, implicou
em maior ganho de massa.
5.3.2 - Corpos-de-prova do grupo 50
As Figuras 5.33, 5.34 e 5.35 ilustram os resultados obtidos com relação à variação de massa dos
corpos-de-prova cilíndricos do grupo 50. É notável que os maiores ganhos de massa são
registrados nas séries com a CCA cristalina, ocorrendo uma inversão dos resultados obtidos nos
corpos-de-prova do grupo 35, uma vez que para este grupo os exemplares contendo CCA
amorfa apresentaram maiores ganhos de massa.
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
0 5 10 15 20 25 30
N° de Ciclos
Gan
ho d
e m
assa
(%)
R50 5AM50 5SA50 5CR50
Procedimento 2Procedimento 1
Procedimento 3
Figura 5.33 - Variação de massa dos corpos-de-prova cilíndricos do grupo 50, com 5% de
adição mineral em substituição ao cimento.
76
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
0 5 10 15 20 25 30
N° de Ciclos
Gan
ho d
e m
assa
(%)
R50 10AM50 10CR50
Procedimento 2Procedimento 1
Procedimento 3
Figura 5.34 - Variação de massa dos corpos-de-prova cilíndricos do grupo 50, com 10% de
adição mineral em substituição ao cimento.
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
0 5 10 15 20 25 30
N° de Ciclos
Gan
ho d
e m
assa
(%)
R50 20AM50 20CR50
Procedimento 2Procedimento 1
Procedimento 3
Figura 5.35 - Variação de massa dos corpos-de-prova cilíndricos do grupo 50, com 20% de
adição mineral em substituição ao cimento.
A mudança do Procedimento 1 para o Procedimento 2 é marcada por pontos de inflexão que
indicam o aumento significativo no ganho de massa. Este fato não é percebido de maneira tão
incisiva na mudança do Procedimento 2 para o Procedimento 3, apontando que o fluxo dado a
mais no Procedimento 3 teve pouca influência na velocidade de carbonatação.
77
5.3.3 - Corpos-de-prova do grupo 65
As Figuras 5.36, 5.37 e 5.38 apresentam os resultados da variação de massa dos corpos-de-
prova cilíndricos do grupo 65.
0
1
2
3
4
5
6
0 2 4 6 8 10 12
N° de Ciclos
Gan
ho d
e m
assa
(%)
R65 5AM65 5SA65 5CR65
Procedimento 2
Figura 5.36 - Variação de massa dos corpos-de-prova cilíndricos do grupo 65, com 5% de
adição mineral em substituição ao cimento.
0
1
2
3
4
5
6
0 2 4 6 8 10 12
N° de Ciclos
Gan
ho d
e m
assa
(%)
R65 10AM65 10CR65
Procedimento 2
Figura 5.37 - Variação de massa dos corpos-de-prova cilíndricos do grupo 65, com 10% de
adição mineral em substituição ao cimento.
Comparando os resultados das Figuras 5.36, 5.37 e 5.38, nota-se que a série de referência é
sempre a que obtém maior ganho de massa. Quanto às CCA´s, percebe-se que nas séries com
5% a CCA amorfa tem maior ganho de massa e para a série com 10% e 20%, a CCA cristalina
é a que tem maior ganho de massa.
78
0
1
2
3
4
5
6
0 2 4 6 8 10 12
N° de Ciclos
Gan
ho d
e m
assa
(%)
R65 20AM65 20CR65
Procedimento 2
Figura 5.38 - Variação de massa dos corpos-de-prova cilíndricos do grupo 65, com 20% de
adição mineral em substituição ao cimento.
5.4 - ENSAIOS COMPLEMENTARES
Neste item são apresentados os resultados obtidos nos ensaios complementares relativos à:
profundidade de carbonatação, absorção por capilaridade (corpos-de-prova carbonatados e não
carbonatados), absorção por imersão, resistência à compressão e porosimetria por intrusão de
mercúrio.
5.4.1 - Profundidade de carbonatação
À medida que o ensaio de carbonatação acelerada era realizado, foram feitas medidas da
profundidade de carbonatação com a utilização de um indicador à base de fenolftaleína. Como
descrito no Capítulo 4, a fenolftaleína em contato com o concreto não carbonatado dá ao
mesmo uma coloração vermelha e quando o concreto não está carbonatado não há alteração na
cor.
5.4.1.1 - Corpos-de-prova do grupo 35
As medições da profundidade de carbonatação, para o grupo 35, foram feitas depois de 6, 12,
20 e 31 ciclos de carbonatação. A Figura 5.39 mostra as fotos das fatias dos corpos-de-prova,
após a aplicação do último ciclo.
79
R35 5AM35 10AM35 20AM35
5SA35 5CR35 10CR35 20CR35
Figura 5.39 - Profundidade de carbonatação dos corpos-de-prova do grupo 35, após 31 ciclos.
Nota-se, na Figura 5.39, que a frente de carbonatação não esta bem definida, o que pode ter
levado a pouca precisão de sua medida.
Observando o gráfico da Figura 5.40, nota-se a grande influência do teor de CCA, uma vez que
as maiores profundidades de carbonatação são registradas para as séries com 20% de
substituição. É importante ressaltar que, apesar dos dois corpos-de-prova com 20% de cinza
terem a mesma profundidade de carbonatação ao fim do 31°, o exemplar contendo a CCA
amorfa já se apresenta totalmente carbonatado após o 20° ciclo. O corpo-de-prova de referência
apresentou menor profundidade de carbonatação. Para os demais exemplares nota-se um
comportamento semelhante quando comparadas as duas CCA´s.
80
0
5
10
15
20
25
0 5 10 15 20 25 30 35
N° de Ciclos
Prof
undi
dade
de
Cab
onat
ação
(mm
)
R35 5AM35
10AM35 20AM35
5SA35 5CR35
10CR35 20CR35
Figura 5.40 - Evolução da profundidade de carbonatação nos corpos-de-prova do grupo 35.
5.4.1.2 - Corpos-de-prova do grupo 50
As medições da profundidade de carbonatação, para o grupo 50, foram feitas depois de 2, 6, 12,
18 e 28 ciclos de carbonatação. A Figura 5.41 mostra as fotos das fatias dos corpos-de-prova,
após a aplicação do último ciclo.
R50 5AM50 10AM50 20AM50
5SA50 5CR50 10CR50 20CR50
Figura 5.41 - Profundidade de carbonatação dos corpos-de-prova do grupo 50, após 28 ciclos.
81
0
4
8
12
16
0 5 10 15 20 25 30
N° de Ciclos
Prof
undi
dade
de
Car
bona
taçã
o (m
m)
R50 5AM50 10AM50 20AM50
5SA50 5CR50 10CR50 20CR50
Figura 5.42 - Evolução da profundidade de carbonatação nos corpos-de-prova do grupo 50.
Na Figura 5.42, observa-se que a menor profundidade de carbonatação foi atingida pelo o
corpo-de-prova de referência. À medida que a porcentagem de adições aumentou, a
profundidade de carbonatação também aumentou. Com relação às cinzas utilizadas, as com a
CCA amorfa apresentaram-se menos carbonatadas, com exceção do traço com 10% de adição.
Assim como no grupo 35, os corpos-de-prova do grupo 50 também demonstram uma certa
indefinição da frente de carbonatação.
5.4.1.3 - Corpos-de-prova do grupo 65
As medições da profundidade de carbonatação, para o grupo 65, foram feitas depois de 2, 5 e 12
ciclos de carbonatação. A Figura 5.43 mostra as fotos das fatias dos corpos-de-prova, após a
aplicação do último ciclo.
82
R65 5AM65 10AM65 20AM65
5SA65 5CR65 10CR65 20CR65
Figura 5.43 - Profundidade de carbonatação dos corpos-de-prova do grupo 65, após 12 ciclos.
Ao contrário do que aconteceu nos grupos 35 e 50, os corpos-de-prova do grupo 65 apresentam
a frente de carbonatação bem definida. Provavelmente por ter umidade mais uniforme no
interior do corpo-de-prova devido à metodologia utilizada, que propiciou aos corpos-de-prova
maior tempo na câmara de carbonatação e, conseqüentemente menor influência da umidade
externa.
A Figura 5.44, mostra a evolução da profundidade de carbonatação. Verifica-se a menor
influência, no grupo 65, da porcentagem de adição em relação aos grupos 35 e 50.
83
0
4
8
12
16
20
0 2 4 6 8 10 12 14
N° de Ciclos
Prof
undi
dade
de
Car
bona
taçã
o (m
m)
R65 5AM65 10AM65 20AM65
5SA65 5CR65 10CR65 20CR65
Figura 5.44 - Evolução da profundidade de carbonatação nos corpos-de-prova do grupo 65.
5.4.2 - Absorção de água por capilaridade
Neste capítulo estão apresentados os resultados da absorção de água por capilaridade dos
corpos-de-prova cilíndricos. Optou-se por representar os gráficos agrupando os corpos-de-prova
antes e depois do ensaio de carbonatação acelerada, deste modo é possível observar a influência
da carbonatação na absorção capilar.
Os corpos-de-prova não carbonatados foram ensaiados aos 91 dias e estão representados nos
gráficos com linhas contínuas, enquanto os corpos-de-prova carbonatados foram ensaiados logo
após o término da carbonatação acelerada e estão representados por linhas tracejadas.
5.4.2.1 - Corpos-de-prova do grupo 35
As Figuras 5.45, 5.46 e 5.47 mostram o comportamento quanto à absorção por capilaridade,
antes e após a carbonatação. Observa-se que após a carbonatação os corpos-de-prova
diminuíram a quantidade de água absorvida. Observa-se também que o traço de referência foi o
que apresentou menor absorção tanto quando comparados aos carbonatados, quando
comparados aos não carbonatados. Confrontando os traços com adições, aquele contendo a
CCA amorfa apresentou maior absorção, seguido pelo traço com CCA cristalina. Para o caso
dos traços com 5% de substituição, o traço com sílica ativa apresentou o melhor resultado.
84
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Raiz quadrada do tempo (h1/2)
Abs
orçã
o de
águ
a po
r cap
ilarid
ade
(g/c
m²)
R35C 5SA35C 5CR35C R35
5AM35 5SA35 5CR35
Figura 5.45 - Absorção de água por capilaridade nos corpos-de-prova do grupo 35, com 5% de
adição mineral em substituição ao cimento.
Ressaltamos que os traços 20AM35, não carbonatado, e os traços 5AM35, 20CR35 e 20AM35,
foram desprezados, pois a ascensão capilar máxima atingiu o topo dos corpos-de-prova,
conforme orientação da norma.
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Raiz quadrada do tempo (h1/2)
Abs
orçã
o de
águ
a po
r cap
ilarid
ade
(g/c
m²)
R35C 10AM35C 10CR35CR35 10AM35 10CR35
Figura 5.46 - Absorção de água por capilaridade nos corpos-de-prova do grupo 35, com 10% de
adição mineral em substituição ao cimento.
85
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Raiz quadrada do tempo (h1/2)
Abs
orçã
o de
águ
a po
r cap
ilarid
ade
(g/c
m²)
R35C R35 20CR35
Figura 5.47 - Absorção de água por capilaridade nos corpos-de-prova do grupo 35, com 20% de
adição mineral em substituição ao cimento.
5.4.2.2 - Corpos-de-prova do grupo 50
As Figuras 5.48, 5.49 e 5.50 mostram a evolução da absorção capilar de água, para os corpos-
de-prova do grupo 50. Para as amostras com 5% de substituição nota-se que a maior absorção
foi obtida pelo traço contendo a CCA cristalina, seguido pelos traços com a CCA amorfa, sem
adição e o com SA. Para os demais traços com 10% e 20% de substituição foram obtidas
observações semelhantes às feitas para os traços do grupo 35.
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
1,6
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Raiz quadrada do tempo (h1/2)
Abs
orçã
o de
águ
a po
r cap
ilarid
ade
(g/c
m²)
R50C 5AM50C 5SA50C 5CR50C
R50 5AM50 5SAM50 5CR50
Figura 5.48 - Absorção de água por capilaridade nos corpos-de-prova do grupo 50, com 5% de
adição mineral em substituição ao cimento.
86
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
1,6
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Raiz quadrada do tempo (h1/2)
Abs
orçã
o de
águ
a po
r cap
ilarid
ade
(g/c
m²)
R50C 10AM35C 10CR50C
R50 10AM50 10CR50
Figura 5.49 - Absorção de água por capilaridade nos corpos-de-prova do grupo 50, com 10% de
adição mineral em substituição ao cimento.
Os resultados da evolução da absorção capilar para os traços com 10% de substituição podem
ser vistos na Figura 5.49; nela observa-se, para os corpos-de-prova não carbonatados, que a
maior absorção é do traço contento 10% de CCA amorfa, seguido pelo traço com 10% de CCA
cristalina e do traço de referência, todavia com diferenças muito pequenas. Para os corpos-de-
prova carbonatados a mesma seqüência é respeitada, mas em comparação com os corpos-de-
prova não carbonatados a quantidade de água absorvida é menor, bem como as diferenças entre
as várias misturas são mais pronunciadas.
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
1,6
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Raiz quadrada do tempo (h1/2)
Abs
orçã
o de
águ
a po
r cap
ilarid
ade
(g/c
m²)
R50C 20AM50C 20CR50C
R50 20AM50 20CR50
Figura 5.50 - Absorção de água por capilaridade nos corpos-de-prova do grupo 50, com 20% de
adição mineral em substituição ao cimento.
87
Observando a Figura 5.50, nota-se que o traço contendo 20% de CCA amorfa é o único que tem
resultados semelhantes para os corpos-de-prova carbonatados e não carbonatados. Para os
corpos-de-prova não carbonatados, tem-se a maior absorção para os traços contendo a CCA
cristalina. Para os corpos-de-prova carbonatados, a maior absorção é do traço contendo CCA
amorfa. Para ambos tem-se o traço de referência como o que menos absorveu água.
5.4.2.3 - Corpos-de-prova do grupo 65
Observando a Figura 5.51, percebe-se para os corpos-de-prova não carbonatados que dois
conjuntos de curvas estão sobrepostas, um conjunto formado pelos traços contento a CCA
amorfa e cristalina, com maior absorção, e outro formado pelo traço de referência e o traço
contento a sílica ativa. Com a carbonatação, a absorção capilar diminui, sendo que o segundo
conjunto é desfeito, com o traço de referência apresentando menor absorção capilar.
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Raiz quadrada do tempo (h1/2)
Abs
orçã
o de
águ
a po
r cap
ilarid
ade
(g/c
m²)
R65C 5AM65C 5SA65C 5CR65C
R65 5AM65 5SA65 5CR65
Figura 5.51 - Absorção de água por capilaridade nos corpos-de-prova do grupo 65, com 5% de
adição mineral em substituição ao cimento.
Os resultados da evolução da absorção capilar para os traços com 10% de substituição podem
ser vistos na Figura 5.52; nela observa-se que a maior absorção é do traço contento 10% de
CCA amorfa, seguido pelo traço com 10% de CCA cristalina e do traço de referência, para os
corpos-de-prova carbonatados e não carbonatados.
88
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Raiz quadrada do tempo (h1/2)
Abs
orçã
o de
águ
a po
r cap
ilarid
ade
(g/c
m²)
R65C 10AM65C 10CR65C
R65 10AM65 10CR65
Figura 5.52 - Absorção de água por capilaridade nos corpos-de-prova do grupo 65, com 10% de
adição mineral em substituição ao cimento.
Na Figura 5.53 são mostrados os resultados das séries com 20% de substituição. Pode-se
observar, para os corpos-de-prova não carbonatados, que a maior absorção é do traço com CCA
cristalina, seguido pelo traço com CCA amorfa e o traço de referência. Para os corpos-de-prova
carbonatados tem-se a maior absorção para o traço com CCA amorfa, seguido muito próximo
pelo traço com CCA cristalina e com menor absorção dentre todas, o traço de referência.
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Raiz quadrada do tempo (h1/2)
Abs
orçã
o de
águ
a po
r cap
ilarid
ade
(g/c
m²)
R65C 20AM65C 20CR65C
R65 20AM65 20CR65
Figura 5.53 - Absorção de água por capilaridade nos corpos-de-prova do grupo 65, com 20% de
adição mineral em substituição ao cimento.
89
5.4.3 - Absorção de água por imersão
Os ensaios de absorção por imersão foram feitos, aos 91 dias, apenas com os corpos-de-prova
não carbonatados e a apresentação dos resultados médios podem ser visto na Figura 5.54. O
gráfico é apresentado como a percentagem de massa absorvida em relação à massa do corpo-de-
prova na condição seca.
11,1911,66
12,30
12,99
11,79 11,6811,24
12,79
6,136,12
5,446,02
4,45
6,59
5,384,94
7,958,21 8,38 8,45
7,768,11 8,12
8,56
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
R 5AM 10AM 20AM 5SA 5CR 10CR 20CR
Abso
rção
(%)
Grupo 35Grupo 50Grupo 65
Figura 5.54 - Resultados do ensaio de absorção de água por imersão.
A Tabela 5.1 mostra os resultados do ensaio de absorção por imersão, bem como os índices de
absorção de água por imersão (Iabs). O índice de absorção de água por imersão corresponde à
relação entre a absorção do traço em estudo e a do traço de referência, para o mesmo grupo.
90
Tabela 5.1 - Resultados médios de absorção de água por imersão e o índice de absorção de água
por imersão.
Grupo Tipo de adição
Teor de adição
Absorção por imersão (%)
Iabs
- - 4,94 1,005 5,38 1,09
10 6,59 1,3420 4,45 0,90
SA 5 6,02 1,225 5,44 1,10
10 6,12 1,2420 6,13 1,24
- - 7,95 1,005 8,21 1,03
10 8,38 1,0620 8,45 1,06
SA 5 7,76 0,985 8,11 1,02
10 8,12 1,0220 8,56 1,08
- - 11,19 1,005 11,66 1,04
10 12,30 1,1020 12,99 1,16
SA 5 11,79 1,055 11,68 1,04
10 11,24 1,0120 12,79 1,14
65
AM
CR
50
AM
CR
35
AM
CR
De um modo geral observa-se que, para todos os grupos de estudo, à medida que aumentou o
teor de substituição, aumentou a quantidade de água absorvida por imersão; as exceções para
esta constatação são os traços 20AM35 e 10CR65, além dos traços com sílica ativa do grupo 50
e 65 que apresentaram Iabs um pouco menores que 1.
Quando comparados os corpos-de-prova contendo as cinzas amorfa e cristalina
correspondentes, tem-se um equilíbrio considerável; as exceções são as mesmas apontadas
anteriormente, ou seja, os traços 20AM35 e 10CR65.
Nota-se que para as maiores relações a/agl tem-se as maiores absorções por imersão, o que é
um indício de maior porosidade.
5.4.4 - Resistência à compressão
A Figura 5.55 apresenta os resultados obtidos no ensaio de resistência à compressão realizados
aos 28 dias.
91
37,7
61,6
43,440,5
45,8
59,2
37,7
34,4
39,5
47,5
53,4
44,141,8
46,7
52,2
44,3
35,634,4
36,935,6 36,1
30,6 30,5
25,5
0
10
20
30
40
50
60
70
R 5AM 10AM 20AM 5SA 5CR 10CR 20CR
Grupo 35Grupo 50Grupo 65
Figura 5.55 - Resultados do ensaio de resistência à compressão.
A Tabela 5.2 mostra os resultados de resistência à compressão realizados aos 28 dias e os
índices de resistência (Ifc), calculado analogamente ao índice de absorção de água por imersão.
Tabela 5.2 - Resultados de resistência à compressão e o índice de resistência.
Grupo Tipo de adição
Teor de adição
Resistência à compressão (Mpa) Ifc
- - 37,7 1,005 61,6 1,63
10 43,4 1,1520 40,5 1,07
SA 5 45,8 1,215 59,2 1,57
10 37,7 1,0020 34,4 0,91
- - 39,5 1,005 47,5 1,20
10 53,4 1,3520 44,1 1,12
SA 5 41,8 1,065 46,7 1,18
10 52,2 1,3220 44,3 1,12
- - 35,6 1,005 34,4 0,97
10 36,9 1,0420 35,6 1,00
SA 5 36,1 1,015 30,6 0,86
10 30,5 0,8620 25,5 0,72
65
AM
CR
35
50
AM
CR
AM
CR
92
Para o grupo 35, os maiores valores de resistência à compressão foram obtidos nas séries com
5% de CCA, tanto amorfa como cristalina, e à medida que este percentual de substituição foi
aumentando, a resistência a compressão diminuía. Já para o grupo 50, os maiores valores de
resistência foram obtidos nas séries com 10% de CCA amorfa e cristalina e as menores
resistências foram obtidas nos corpos-de-prova com 20% de substituição. Para o grupo 65, é
notório que as menores resistências à compressão foram obtidos no corpo-de-prova contendo a
CCA cristalina.
Na maioria dos casos quando comparados os corpos-de-prova com o mesmo percentual de
adição, aqueles contendo a CCA amorfa apresentaram maior resistência à compressão em
relação aos que contém a CCA cristalina, apesar desta diferença ser bastante pequena nos
corpos-de-prova do grupo 50 e no corpo-de-prova com teor de 5% de CCA em substituição ao
cimento.
Vale frisar que os corpos-de-prova foram ensaiados aos 28 dias e que, por se tratar em de traços
com adições pozolânicas, a resistência à compressão ainda poderia aumentar
consideravelmente.
5.4.5 - Porosimetria por intrusão de mercúrio
Neste item são apresentados os resultados obtidos no ensaio de porosimetria por intrusão de
mercúrio nas pastas com relação a/agl 0,35 e 0,50.
5.4.5.1 - Pastas com relação a/agl 0,35
As Figuras 5.56 e 5.57 apresentam a distribuição de poros das pastas com 5% de adição das
cinzas amorfa e cristalina e da pasta de referência. Observa-se que a pasta com a CCA cristalina
apresentou uma menor porosidade em relação à pasta de referência e também em relação aquela
contendo 5% de CCA amorfa.
93
0
5
10
15
20
25
30
35
0,001 0,010 0,100 1,000 10,000
Diâmetro dos Poros (microns)
Poro
sida
de A
cum
ulad
a (%
)
Cristalina Amorfa Referência
Figura 5.56 - Perfil acumulado da distribuição de poros das pastas sem adições e com 5% de
CCA amorfa e cristalina (Relação a/agl 0,35).
0
2
4
6
8
10
0,001 0,010 0,100 1,000 10,000
Diâmetro dos Poros (microns)
Poro
sida
de In
crem
enta
l (%
)
Cristalina Amorfa Referência
Figura 5.57 - Perfil incremental da distribuição de poros das pastas sem adições e com 5% de
CCA amorfa e cristalina (Relação a/agl 0,35).
Para as pastas com 10% de adições, nota-se que a porosidade das pastas com as CCA´s
cristalina e amorfa apresentaram-se mais refinadas, em ralação a pasta de referência. Como
pode ser visto nas Figuras 5.58 e 5.59.
94
0
5
10
15
20
25
30
35
0,001 0,010 0,100 1,000 10,000
Diâmetro dos Poros (microns)
Poro
sida
de A
cum
ulad
a (%
)
Cristalina Amorfa Referência
Figura 5.58 - Perfil acumulado da distribuição de poros das pastas sem adições e com 10% de
CCA amorfa e cristalina (Relação a/agl 0,35).
0
2
4
6
8
10
0,001 0,010 0,100 1,000 10,000
Diâmetro dos Poros (microns)
Poro
sida
de In
crem
enta
l (%
)
Cristalina Amorfa Referência
Figura 5.59 - Perfil incremental da distribuição de poros das pastas sem adições e com 5% de
CCA amorfa e cristalina (Relação a/agl 0,35).
As Figuras 5.60 e 5.61 mostram, para as pastas com 20% de adições e de referência, a
distribuição acumulada e incremental dos poros, respectivamente. Pode-se observar que a
adição das cinzas, tanto amorfa como cristalina, proporcionou às pastas uma distribuição mais
refinada.
95
0
5
10
15
20
25
30
35
0,001 0,010 0,100 1,000 10,000
Diâmetro dos Poros (microns)
Poro
sida
de A
cum
ulad
a (%
)
Cristalina Amorfa Referência
Figura 5.60 - Perfil acumulado da distribuição de poros das pastas sem adições e com 20% de
CCA amorfa e cristalina (Relação a/agl 0,35).
0
2
4
6
8
10
0,001 0,010 0,100 1,000 10,000
Diâmetro dos Poros (microns)
Poro
sida
de In
crem
enta
l (%
)
Cristalina Amorfa Referência
Figura 5.61 - Perfil incremental da distribuição de poros das pastas sem adições e com 20% de
CCA amorfa e cristalina (Relação a/agl 0,35).
5.4.5.2 - Pastas com relação a/agl 0,50
As Figuras 5.62 e 5.63 apresentam a distribuição de poros das pastas com 5% de adição das
cinzas amorfa e cristalina e da pasta e referência. Observa-se que a pasta com a CCA cristalina
apresentou uma porosidade mais refinada em relação à pasta de referência e a contendo 5% de
CCA amorfa.
96
0
5
10
15
20
25
30
35
0,001 0,010 0,100 1,000 10,000
Diâmetro dos Poros (microns)
Poro
sida
de A
cum
ulad
a (%
)
Cristalina Amorfa Referência
Figura 5.62 - Perfil acumulado da distribuição de poros das pastas sem adições e com 5% de
CCA amorfa e cristalina (Relação a/agl 0,50).
0
2
4
6
8
10
0,001 0,010 0,100 1,000 10,000
Diâmetro dos Poros (microns)
Poro
sida
de In
crem
enta
l (%
)
Cristalina Amorfa Referência
Figura 5.63 - Perfil incremental da distribuição de poros das pastas sem adições e com 5% de
CCA amorfa e cristalina (Relação a/agl 0,50).
Para as pastas com 10% de adições, nota-se que novamente a porosidade das pastas com a CCA
amorfa e cristalina apresentaram-se mais refinadas em relação à de referência. Como pode ser
visto nas Figuras 5.64 e 5.65.
97
0
5
10
15
20
25
30
35
0,001 0,010 0,100 1,000 10,000
Diâmetro dos Poros (microns)
Poro
sida
de A
cum
ulad
a (%
)
Cristalina Amorfa Referência
Figura 5.64 - Perfil acumulado da distribuição de poros das pastas sem adições e com 10% de
CCA amorfa e cristalina (Relação a/agl 0,50).
0
2
4
6
8
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0,001 0,010 0,100 1,000 10,000
Diâmetro dos Poros (microns)
Poro
sida
de In
crem
enta
l (%
)
Cristalina Amorfa Referência
Figura 5.65 - Perfil incremental da distribuição de poros das pastas sem adições e com 10% de
CCA amorfa e cristalina (Relação a/agl 0,50).
As Figuras 5.66 e 5.67 mostram, para as pastas com 20% de adições e de referência, a
distribuição acumulada e incremental dos poros, respectivamente. Pode-se observar que a
adição das cinzas, tanto amorfa como cristalina, proporcionou às pastas uma diminuição da
dimensão dos poros sem, contudo, diminuir o percentual de poros, ou seja, as cinzas
efetivamente produzem refinamento dos poros.
98
0
5
10
15
20
25
30
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0,001 0,010 0,100 1,000 10,000
Diâmetro dos Poros (microns)
Poro
sida
de A
cum
ulad
a (%
)
Cristalina Amorfa Referência
Figura 5.66 - Perfil acumulado da distribuição de poros das pastas sem adições e com 20% de
CCA amorfa e cristalina (Relação a/agl 0,50).
0
2
4
6
8
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0,001 0,010 0,100 1,000 10,000
Diâmetro dos Poros (microns)
Poro
sida
de In
crem
enta
l (%
)
Cristalina Amorfa Referência
Figura 5.67 - Perfil incremental da distribuição de poros das pastas sem adições e com 20% de
CCA amorfa e cristalina (Relação a/agl 0,50).
99
6 - DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Neste capítulo são discutidos não apenas os resultados obtidos, mas também alguns aspectos
relacionados com a metodologia utilizada.
6.1 - INFLUÊNCIA DAS ADIÇÕES NAS CARACTERÍSTICAS MICROESTRUTURAIS
No presente trabalho a porosimetria, técnica específica para caracterizar a microestrutura do
material, só foi empregada em pastas de relação a/agl 0,35 e 0,50, mas também se avaliou a
influência da microestrutura nos ensaios de absorção por imersão e absorção por capilaridade.
Os resultados obtidos no ensaio de porosimetria das pastas com relação a/agl 0,35 e 0,50,
demonstraram um comportamento semelhante para as diferentes relações a/agl, mas
diferenciado entre as cinzas. Enquanto nas pastas com a CCA cristalina o refinamento dos
poros foi significativo para todos teores de substituição utilizados, nas pastas com a CCA
amorfa o refinamento foi mais pronunciado para os teores de 10% e 20%. Para o entendimento
do comportamento diferenciado entre as cinzas são necessários mais estudos, porém estes
resultados indicam a maior eficiência da CCA cristalina no refinamento dos poros.
As argamassas usadas nesta pesquisa são compostas de três componentes, a saber: o
aglomerante (cimento Portland CP I mais adições), o agregado miúdo e a água. Optou-se por
manter o consumo de aglomerante constante, no entanto, é necessário observar que o consumo
de cimento Portland diminui com o acréscimo das adições e que, de acordo com o trabalho de
Américo e Nepomuceno (2003), o consumo de cimento tem influência significativa na
velocidade de carbonatação. Optou-se também por fixar três relações a/agl (0,35; 0,50 e 0,65).
Portanto a única variável que poderia ser alterada é o consumo de agregado. Naturalmente, à
medida que se aumentava a relação a/agl, diminuía-se o consumo de agregado para manter o
mesmo consumo de aglomerante. Obteve-se então três argamassas com características
reológicas bem diferentes. As argamassas do grupo 35 apresentaram-se muito secas e ásperas
pela falta de água e pelo excesso de agregado. As argamassas do grupo 50 não ofereceram
dificuldades na moldagem, sendo de fácil manuseio. E as argamassas do grupo 65
apresentaram-se muito fluidas, dispensando o uso da mesa vibratória no adensamento, desta vez
pelo excesso de água e pela falta de agregado.
100
Comparando a absorção de água por capilaridade dos corpos-de-prova, antes e depois da
carbonatação acelerada, percebe-se uma diminuição da absorção com a carbonatação o que é
decorrente de mudanças significativas na microestrutura dos corpos-de-prova estudados.
Segundo Helene (1993), concretos carbonatados são mais resistentes e impermeáveis que os
mesmos concretos não carbonatados.
Para todos os grupos estudados, os exemplares que absorveram menor quantidade de água por
capilaridade, quando comparados os corpos-de-prova não carbonatados, foram os
corpos-de-prova sem adições e os contendo 5% de sílica ativa. Nos corpos-de-prova
carbonatados, o de referência apresentou menor absorção para todos os grupos estudados,
provavelmente por haver maior carbonatação pela maior reserva alcalina. Não foi encontrada
nenhuma referência bibliográfica que trata da absorção de água por capilaridade em corpos-de-
prova de concreto ou argamassa contendo CCA, no entanto, Lopes (1999), estudando a
absorção de água por capilaridade em corpos-de-prova com e sem sílica ativa, encontrou
sempre os piores resultados para os corpos-de-prova sem adição, mostrando que a sílica ativa
reduziu a porosidade. Já Bauer (1995) estudando a escória de alto-forno como adição ao
cimento, constatou que a adição da mesma aumentou a absorção por capilaridade; ele deduziu,
pelos resultados da porosimetria por intrusão de mercúrio e da absorção de água por imersão,
que a adição de escória atuou significativamente na porosidade para relações a/agl superiores a
0,4, e que o aumento do volume de poros ocorre relevantemente nos poros de pequena
dimensão (3 a 5 nm), embora ocorra aumento do diâmetro médio de poros.
No ensaio de absorção por imersão, observou-se uma tendência de aumento do percentual
absorvido com o aumento do teor de adição, em todos os grupos. Rêgo (2001), estudando a
absorção por imersão de concretos utilizando, 5%, 10% e 20% de CCA cristalina, com relações
a/agl de 035, 0,50 e 0,70, constatou também o aumento na absorção por imersão para concretos
com relação a/agl 0,50 e 0,70, à medida que se aumentou o teor de adição. Porém, para
concretos com relação a/agl 0,35 houve uma diminuição da absorção com a utilização da cinza.
Segundo o autor, para os corpos-de-prova com relação a/agl 0,35 o efeito filer se fez presente
tamponado os poros. No entanto, para os demais corpos-de-prova o efeito fíler não foi
suficiente para tamponar os poros, pois estes seriam maiores em função da maior relação a/agl
utilizada, fazendo com que a absorção aumentasse. É importante ressaltar as diferenças entre os
101
experimentos de Rêgo (2001) e os da presente pesquisa, uma vez que, no primeiro, foram
usados corpos-de-prova de concreto ao invés de corpos-de-prova de argamassa. Outra diferença
é que, em alguns traços, Rêgo (2001) utilizou superplastificante, o que não aconteceu na
presente pesquisa.
Comparando os resultados do ensaio de absorção por capilaridade para os corpos-de-prova do
grupo 35, para todos os percentuais de substituição estudados, houve uma tendência de maior
absorção de água por parte dos exemplares com CCA amorfa. Para os grupos 50 e 65, de modo
geral, os corpos-de-prova com CCA cristalina absorveram maior quantidade de água. Estes
resultados estão coerentes com os resultados obtidos no monitoramento da variação de massa.
Uma provável explicação para o comportamento das cinzas quanto à absorção de água por
capilaridade é que, para a relação a/agl 0,35, houve um refinamento efetivo dos poros, como
observado no ensaio de porosimetria nas pastas com CCA cristalina, promovendo o
tamponamento de parte dos poros. Já para as demais relações a/agl, o refinamento dos poros por
parte desta cinza não foi suficiente para tamponar os poros em função da maior disponibilidade
de água.
Quanto à comparação dos resultados obtidos no ensaio de absorção por imersão, entre as cinzas
amorfa e cristalina, verificou-se que as mesmas são semelhantes, considerando todos os grupos
estudados. No entanto, Pouey e Dal Molin (2002) estudando três CCA´s, uma de estrutura
totalmente cristalina, outra denominada pouco cristalina e por último uma de estrutura
tipicamente amorfa, verificaram em concretos com relação a/agl 0,50, com 10% de adição das
CCA´s em substituição ao cimento e com três diâmetros diferentes para cada cinza, que os
coeficientes de absorção obtidos com a cinza amorfa foram mais baixos que os obtidos com as
demais cinzas. Esses resultados contraditórios mostram que são necessárias outras pesquisas
para esclarecer esse comportamento, tendo em vista que existe uma variação muito grande nas
características das cinzas ditas residuais.
6.2 - EFEITOS DAS ADIÇÕES NA CARBONATAÇÃO
Quanto às mudanças de ciclo ocasionadas pela demora dos corpos-de-prova dos grupos 35 e 50
carbonatarem, propiciaram verificar que os Procedimentos 2 e 3 foram mais adequados à
pesquisa, uma vez que diminuiu a influência do meio externo, pois no Procedimento 1 os
corpos-de-prova passavam um bom tempo no laboratório, com umidade diferenciada da
102
câmara. Talvez em função disso, observou-se que a frente de carbonatação não estava bem
definida nos corpos-de-prova dos grupos 35 e 50, pois nestes o Procedimento 1 foi bastante
utilizado. Enquanto no grupo 65 ela mostrou-se bem delineada, neste só foi usado o
Procedimento 2.
Nos grupos 35 e 50, notou-se que as menores profundidades de carbonatação foram obtidas
pelo corpo-de-prova de referência, mas para os corpos-de-prova do grupo 65, a menor
profundidade foi obtida pelo corpo-de-prova contendo sílica ativa seguidos pelo corpo-de-prova
de referência e pelo corpo-de-prova contendo 10% de CCA cristalina. Segundo Neville (1997),
cimentos com adições pozolânicas conduzem ao menor teor de hidróxido de cálcio na pasta de
cimento, em função do consumo de hidróxido de cálcio por parte da sílica das adições, de modo
que é necessária uma quantidade menor de CO2 para reagir com o hidróxido de cálcio formando
carbonato de cálcio. Por outro lado, o efeito da reação pozolânica resulta uma estrutura mais
densa da pasta de cimento, de modo que a difusividade é reduzida e a carbonatação será mais
lenta. Para a presente pesquisa é importante ressaltar que, apesar de verificar, por meio dos
resultados da porosimetria das pastas com relação a/agl 0,35 e 0,50, modificações consideráveis
na microestrutura pela adição das cinzas, fica constatado, quando se observa os resultados dos
ensaios de absorção de água por imersão e por capilaridade, que o refinamento dos poros não
pareceu ser atuante de forma a representar uma barreira física; pelo contrário, de modo geral, os
corpos-de-prova com a adição das cinzas apresentaram maior absorção de água.
Para os corpos-de-prova dos grupos 35 e 50, notou-se que as profundidades alcançadas pelos
exemplares contendo 20% de cinza, tanto amorfa como cristalina, foram muito superiores às
profundidades alcançadas pelos demais exemplares. Isso pode ser explicado pelo menor
consumo de cimento Portland e pelo aumento do teor de adições, o que propiciou, para um alto
teor de substituição, a redução drástica da reserva alcalina, possibilitando uma maior velocidade
de avanço da frente de carbonatação. Portanto não é aconselhável a utilização de altos teores de
CCA, tendo em vista os resultados apresentados. Rêgo (2004), estudando o teor de hidróxido de
cálcio nas pastas formadas com os mesmos materiais utilizados na presente pesquisa,
demonstrou, ao fim de 91 dias, que a reserva de hidróxido de cálcio diminuía com o aumento
do teor de adições usados em substituição à parte do cimento, como mostra a Figura 6.1.
103
0
5
10
15
20
25
0,35 0,50
Relação água/aglomerante
Teor
de
hidr
óxid
o de
cál
cio
(%)
Ref 5% CCA amorfa 10% CCA amorfa 20% CCA amorfa5% CCA cristalina 10% CCA cristalina 20% CCA cristalina
Figura 6.1 - Teor de hidróxido de cálcio pelos vários aglomerantes utilizados (Dados
Rêgo, 2004).
Como foi mostrado no Capitulo 2, vários trabalhos, como Bauer (1995), Isaia (1995), Lopes
(1999), Venquiauto et al. (2001) e Azevedo (2001) indicam, em maior ou menor grau, a
influência negativa do uso de adições pozolânicas na velocidade de carbonatação. Estes
trabalhos explicam o efeito negativo das adições na carbonatação pelo consumo do hidróxido
de cálcio em fase aquosa nas reações pozolânicas, diminuindo o pH. Outro aspecto a se
considerar é que, à medida que se aumentou o teor de adições diminuiu-se o consumo de
cimento e, conseqüentemente, a quantidade de hidróxido de cálcio produzido durante a
hidratação do mesmo.
Observou-se ainda para os corpos-de-prova do grupo 35 com 20% de adições que, apesar de
terminarem os ciclos totalmente carbonatados, o corpo-de-prova contendo CCA amorfa
carbonatou primeiro, o que se justifica também pelo menor teor de hidróxido de cálcio para essa
CCA presente, conforme observado por Rêgo (2004). Já para o grupo 50 é necessário observar
que dentre os corpos-de-prova com alto teor de adição (20%), aqueles que contêm a cinza
cristalina apresentaram maiores profundidades de carbonatação. É possível que a microestrutura
tenha tido uma interferência nestes resultados, pois como se observou nas argamassas com
relação a/agl 0,35, aquelas feitas com a cinza cristalina absorveram menor quantidade de água
por capilaridade o que não ocorreu nas demais argamassas com maior relação a/agl. A maior
absorção das argamassas com 20 % CCA, tanto amorfa como cristalina, com relação a/agl 0,35,
104
comparado aos demais traços, pode ser devido à maior dificuldade de moldagem pela
consistência excessivamente seca.
Para os corpos-de-prova do grupo 65, o resultados de profundidade de carbonatação
apresentaram uma tendência para o aumento da profundidade com o aumento do teor de
substituição. No entanto os traços contendo 20% de CCA cristalina e 10% de CCA amorfa
fogem dessa tendência. Com os dados disponíveis no presente trabalho não se pode explicar a
discrepância desde resultado.
Comparando os resultados da variação de massa monitorada durante o período de carbonatação,
nota-se que os corpos-de-prova contendo CCA amorfa do grupo 35 ganharam mais massa, ao
contrário do que se observa nos grupos 50 e 65, onde os corpos-de-prova com CCA cristalina
obtiveram maior ganho, o que corrobora os resultados da profundidade de carbonatação.
Toda esta aleatoriedade de resultados pode justificar-se pela quantidade de variáveis que
interferem em todo o processo. Além da mudança da metodologia de fluxos durante o ensaio de
carbonatação entre os diversos grupos, o que pode haver influído na umidade interna dos
corpos-de-prova durante o processo, deve-se considerar que as condições microestruturais
também foram alteradas. Ao se manter o consumo de aglomerante constante em 520 kg/m3, o
teor de agregados não foi constante, sendo maior para a relação a/agl 0,35, o que pode
modificar a zona de transição mesmo para agregados com dimensão máxima igual a 4,8 mm, tal
como constado por Américo e Nepomuceno (2003). Por outro lado, o consumo de cimento
também não foi constante variando com a quantidade de adições. É importante ressaltar que o
efeito filer também é diferenciado para as diversas relações a/agl, sendo mais efetivo para
baixas relações, tal como constatado por Rêgo (2004). Isto foi aqui também observado pela
porosimetria das pastas com relações a/agl 0,35 e 0,50, onde se constatou que a cinza cristalina
mostrou uma redução no volume de poros, provavelmente pelo efeito filer mais pronunciado
neste tipo de cinza, uma vez que ela é menos reativa.
6.3 - INFLUÊNCIA DA UTILIZAÇÃO DAS CCA´S AMORFA E CRISTALINA NA CORROSÃO DAS ARMADURAS
Sabe-se que a carbonatação por si só não provoca a corrosão das armaduras, mas cria as
condições de sua despassivação de maneira generalizada. Quando existe água e oxigênio para
105
desenvolvimento do processo eletroquímico, é que pode ocorrer a corrosão com maior
intensidade de maneira a reduzir a vida útil das estruturas de concreto armado.
Ao se adotar a metodologia do presente trabalho utilizando as armaduras como sensores
embutidos em argamassas com adição das duas cinzas, amorfa e cristalina, o objetivo era
avaliar se as diferenças de comportamento destas cinzas nas reações pozolânicas e,
conseqüentemente, na microestrutura das argamassas, poderiam influir diferentemente, não só
na velocidade de carbonatação, mas também na velocidade de corrosão. Não se encontrou na
literatura nenhum trabalho abordando esse aspecto, pois, em sua maioria, os trabalhos
internacionais sobre cinza de casca de arroz utilizam a cinza com queima controlada, que tem
características basicamente amorfas. Os trabalhos nacionais, apesar de potencializar o uso da
cinza com estrutura cristalina, abordam principalmente o processo de carbonatação e resistência
à compressão sem avaliar a intensidade de corrosão.
Para avaliar a influência das adições minerais estudadas na corrosão de armaduras, utilizou-se
como parâmetros a evolução da intensidade de corrosão (icorr) e do potencial de corrosão (Ecorr).
A evolução da resistência ôhmica (Rohm) não foi considerada nessa discussão, pois seus
resultados não mostraram nenhuma observação importante que contribuísse para analisar o
comportamento das duas diferentes cinzas de casca de arroz utilizadas no presente trabalho.
Como era de se esperar, as armaduras que estavam com cobrimento 10 mm carbonataram
primeiro. Especialmente nestas armaduras, nota-se que os corpos-de-prova confeccionados sem
adições (referência) apresentaram melhores resultados tanto em relação à icorr, como em relação
ao Ecorr, ou seja, tardaram mais em carbonatar-se e tiveram menores intensidades de corrosão
durante todo o ensaio. Nota-se também que, geralmente, à medida que se aumentou o teor de
adições em substituição ao cimento, as diferenças entre os resultados obtidos com o corpo-de-
prova de referência e os demais corpos-de-prova tornavam-se mais relevantes.
Para o cobrimento de 20 mm, não se observou esta linearidade de comportamento da
intensidade de corrosão à medida que se aumentou o teor de adições, muito provavelmente por
que o teor de umidade interna dos corpos de prova era diferente por causa das diferenças de
microestrutura pelos aspectos assinalados anteriormente. No entanto, as armaduras que estavam
106
protegidas pelas argamassas de referência apresentaram em sua maioria menor intensidade de
corrosão, tanto no período da carbonatação quanto na condição de parcialmente submersas.
Deve-se ressaltar que, quanto se adotou um novo procedimento do processo de carbonatação
(Procedimento 2 - relação a/agl 0,65) foi possível distinguir mais perfeitamente a diferença
entre as argamassas de proteção para o cobrimento de 20 mm (Fig. 5.22 a 5.24). Quando se
compara a intensidade de corrosão das armaduras da argamassa de referência com as demais
armaduras, para todos os percentuais de substituição de cimento nas argamassas, verifica-se que
o momento de despassivação (momento em que a intensidade de corrosão ultrapassa a faixa de
0,1 µA/cm2 a 0,2 µA/cm2) das armaduras das argamassas de referência se dá posteriormente a
todas as demais.
Ainda considerando o momento de despassivação das armaduras com cobrimento de 20 mm e
relação a/agl 0,65, ao se analisar as diferenças entre as duas cinzas, observa-se que com os
resultados do presente trabalho constatou-se diferenças de comportamento em função do
percentual e tipo de cinza utilizado (amorfa ou cristalina). Dependendo do percentual de adição,
houve armaduras embutidas em argamassas com cinza amorfa (com 10 % de substituição) ou
cristalinas (20 % de substituição) que se despassivaram primeiro. Estes resultados coincidem
com os resultados de profundidade de carbonatação que, conforme já comentado anteriormente,
não são explicáveis com os dados disponíveis.
Esses resultados mostram que, apesar de se constatar que a adição de cinza de casca de arroz,
tal como qualquer adição em argamassas e concretos, tende a piorar a capacidade de proteção
das armaduras frente à carbonatação, não se pode distinguir uma diferença efetiva de
comportamento entre as duas cinzas, amorfa e cristalina, utilizadas no presente trabalho, sem
considerar o teor de substituição.
A utilização da sílica ativa no presente trabalho teve como objetivo servir como referência para
a CCA amorfa, pois se trata de materiais similares em relação ao teor de amorfismo e
composição química, apesar de terem estruturas físicas diferentes. No percentual de
substituição utilizado, verificou-se que as argamassas em se usou a CCA amorfa e a sílica ativa
tiveram praticamente o mesmo comportamento frente à corrosão das armaduras. Existem alguns
trabalhos que estudam o efeito de proteção contra a corrosão por carbonatação em argamassas e
107
concretos com adição de sílica ativa, como Gjorv (1995) e Castro et al. (2003), nas quais se
observou que a tendência é a redução da capacidade de proteção com o aumento da relação
a/agl e com o teor de substituição.
Não se percebeu uma influência mensurável nas intensidades de corrosão pela redução da
porosidade, verificada na porosimetria por intrusão de mercúrio em pastas para relação a/agl
0,50, para as argamassas com adição de CCA cristalina. A redução da porosidade devido à
carbonatação não foi suficiente para impedir a penetração de água e reduzir a intensidade de
corrosão das armaduras quando os corpos-de-prova foram colocados na condição de
parcialmente submersos após a carbonatação.
Os resultados de corrosão de armaduras mostram que, em ambientes com possibilidade de
carbonatação, a utilização da cinza de casca de arroz em substituição ao cimento requer
cuidados como qualquer outro tipo de adição tendo em vista a redução da alcalinidade. O
aumento do teor de cinza tanto amorfa quanto cristalina reduz a capacidade de proteção das
argamassas, principalmente para maiores relações a/agl.
De maneira geral pode-se verificar coerência entre os resultados obtidos nos ensaios de
corrosão das armaduras com a profundidade de carbonatação apresentada pelos corpos-de-
prova durante o ensaio de carbonatação acelerada: houve uma tendência de redução do tempo
de despassivação com a velocidade de carbonatação devido ao aumento do teor de adições. No
entanto, deve-se considerar que no fenômeno da carbonatação interferem outros fatores como a
presença de oxigênio e umidade. No caso da umidade, os mecanismos de transporte são
diferentes da difusão de CO2, o que torna a comparação limitada.
6.4 - EFEITO DAS ADIÇÕES NA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO
A resistência à compressão das argamassas estudadas neste trabalho é dependente de vários
fatores como a relação a/agl, o teor de cimento, o consumo de agregado e os diferentes tipos de
cinza.
Para o grupo 35, apenas o corpo-de-prova com 20% de cinza cristalina apresentou resistência
inferior ao corpo-de-prova de referência. As maiores resistências à compressão foram obtidas
pelos corpos-de-prova com 5% de CCA amorfa e cristalina, e à medida que o teor de
108
substituição aumentou a resistência diminuiu. Portanto, verifica-se um teor ótimo de 5% de
substituição para as cinzas, tanto amorfa como cristalina. Quanto ao comparativo entre as
cinzas, constatou-se que, para 5% de substituição, os corpos-de-prova apresentaram resistências
similares, no entanto, para 10% e 20%, os com a cinza amorfa apresentaram valores
consideravelmente superior.
Para o grupo 50, a resistência obtida pelo corpo-de-prova de referência foi superada por todas
as outras apresentadas pelos demais corpos-de-prova do grupo. As maiores resistências foram
alcançadas pelos corpos-de-prova com 10% de substituição das cinzas amorfas e cristalinas,
constituindo um teor ótimo de substituição para o grupo 50. Verificou-se que o desempenho das
CCA´s amorfa é similar ao da CCA cristalina.
Para o grupo 65 não se observou com nitidez um teor ótimo de substituição do cimento pelas
cinzas. Com relação às cinzas, os corpos-de-prova contendo CCA amorfa apresentaram maiores
resistências à compressão. Acredita-se que com maior disponibilidade de água, o efeito
pozolânico se fez mais relevante e tendo a CCA amorfa maior reatividade, conseqüentemente,
apresentou maior resistência.
Esses resultados mostram que o teor ótimo de adição da CCA para uma maior resistência
depende não só da relação a/agl, mas também do efeito filer juntamente com as reações
pozolânicas. Moraes et al. (2000) avaliaram a resistência à compressão em concretos utilizando
várias adições, inclusive a CCA, em misturas binárias e ternárias, e observaram que o efeito
fíler diminui quando a quantidade de adições e a relação a/agl aumentaram e observaram
também que o efeito pozolânico aumentou com o aumento da relação a/agl e com a idade.
Pouey e Dal Molin (2002), estudando três cinzas, uma de estrutura denominada pouco
cristalina, outra de estrutura predominantemente cristalina e uma terceira de estrutura amorfa,
verificaram em concretos com relação a/agl 0,50 e 10% de adição das CCA´s em substituição
ao cimento, que os corpos-de-prova confeccionados com a cinza amorfa apresentaram maior
resistência, enquanto os com a cinza pouco cristalina apresentaram resistências um pouco
inferior (4,5%) e a cinza cristalina teve o pior resultado, em média 14,12% menor. Já Rêgo
(2004) estudando a resistência a compressão em pastas e argamassas com relação a/agl 0,35 e
0,50, constatou que a influência das adições nas argamassas foi maior do que nas pastas,
109
evidenciando a ação das adições na zona de transição pasta/agregado. E nas argamassas,
observou que para relação 0,35, as argamassas feitas com CCA cristalina apresentaram maiores
resistências, o que não ocorreu com as argamassas com relação a/agl 0,50. Os resultados de
resistência à compressão das argamassas de Rêgo (2004), juntamente com os resultados do
presente trabalho, demonstram que a CCA cristalina estudada apresentou melhores resultados
para as mais baixas relações a/agl, possivelmente pela maior influência do efeito filer neste
caso.
O estudo da resistência à compressão embora não tenha sido o objetivo principal deste trabalho
do presente trabalho, mostra que, para os mesmos teores de sílica ativa normalmente utilizados
para concreto de alto desempenho (Aïtcin, 2000), o uso de cinza de casca de arroz tanto amorfa
como cristalina é adequado para produção de concreto de alto desempenho, tal como já
verificado por outros autores como Zhang et al. (1996), Venquiaruto et al. (2001), Pouey e Dal
Molin (2002) e Coutinho (2003).
110
7 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste Capítulo são apresentadas conclusões finais do trabalho, bem como sugestões para
trabalhos futuros.
7.1 - CONCLUSÕES
A partir da apresentação e discussão dos resultados obtidos podemos apresentar as seguintes
conclusões:
o Não se distinguiu uma diferença efetiva de comportamento entre as duas cinzas, amorfa
e cristalina, utilizadas no presente trabalho, sem considerar o teor de substituição.
o A adição de cinza de casca de arroz, tanto amorfa com cristalina, tal como qualquer
adição em argamassas e concretos, tende a piorar a capacidade de proteção das
armaduras frente a carbonatação. O aumento do teor da CCA, em substituição ao
cimento, proporciona o aumento na velocidade de carbonatação, no entanto o uso de 5%
de substituição parece não acarretar prejuízos consideráveis.
o A CCA cristalina apresentou o maior refinamento dos poros, em pastas com relação
a/agl 0,35 e 0,50, evidenciando o maior efeito físico da cinza cristalina, pois esta em
menos reativa que a cinza amorfa.
o O uso da CCA proporcionou corpos-de-prova com maior absorção de água tanto por
capilaridade, como por imersão.
o A carbonatação é responsável por um refinamento relevante na microestrutura,
considerando os resultados obtidos nos ensaios de absorção de água por capilaridade
realizados antes e depois do período de carbonatação acelerada. No entanto, este
refinamento não é suficiente para impedir a corrosão de armaduras quando os corpos-
de-prova são colocados em ambientes úmidos.
111
o A CCA amorfa apresentou um comportamento semelhante a CCA cristalina quanto à
resistência à compressão para baixas e usuais relações a/agl (0,35 e 0,50), no entanto os
corpos-de-prova contendo CCA amorfa demonstraram maiores resistências,
notadamente nos corpos-de-prova com 10 e 20% de substituição ao cimento e com
relação a/agl 0,35.
o Do ponto de vista da resistência à compressão o uso da CCA cristalina não é
recomendado para altas relações a/agl (0,65), tendo em vista que os resultados obtidos
são menores que o obtido pelos corpos-de-prova de referência.
o Concretos de alto desempenho podem ser confeccionados com a CCA amorfa ou
cristalina em substituição a sílica ativa, para baixos teores (até 10%) de substituição ao
cimento, em função dos resultados de resistência obtidos para baixas relações a/agl.
7.2 - SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS
O presente trabalho evidenciou a necessidade de estudos mais aprofundados a respeito da
influência da CCA amorfa e cristalina na carbonatação do concreto. Desta forma sugere-se a
realização de alguns trabalhos futuros:
o Estudo não só do processo de beneficiamento, mas também da viabilidade econômica da
utilização da CCA cristalina.
o Análise comparativa da utilização dos dois tipos de CCA com relação ao efeito fíler e ao
efeito pozolânico, utilizando como comparativo um material inerte com propriedades
físicas semelhantes.
o Estudo da influência da CCA amorfa e cristalina na carbonatação utilizando misturas
ternárias com outras adições e inclusive com a utilização da cal como forma de suprir a
quantidade de hidróxido de cálcio disponível não só para as reações pozolânicas, mas
também para aumentar a reserva alcalina.
112
o Avaliação de outros aspectos da durabilidade dos concretos com as cinzas amorfas e
cristalinas, como por exemplo, reação álcali-agregado e ataques ácidos.
o Avaliação da compatibilidade das CCA´s amorfa e cristalina com aditivos, objetivando
a confecção de concretos de alto desempenho.
113
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121
APÊNDICE A - CÁLCULO DO VOLUME MÍNIMO DE PASTA
Em uma argamassa, tem-se traço, em massa, representado por:
agl:a:x
Onde:
agl = relação aglomerante/aglomerante, sempre igual a 1;
a = proporção do material seco, neste caso, a areia; e
x = relação a/agl.
Para a pesquisa adotou-se a relação a/agol constante para três valores (0,35; 0,50 e 0,65). Deve-
se então determinar a proporção de areia, para que o volume total de pasta (Vpasta) seja igual ou
maior que o volume de vazios da areia (VVareia).
O termo A % representa a relação água/materiais secos que é dada pela Equação A.1:
100*1
%a
xA+
= (Equação A.1)
O consumo de cimento é obtido a partir da Equação A.2 (desprezando-se o ar aprisionado)
xaC
areiacim
++=
00
11000
γγ (Equação A.2)
Onde:
C = consumo de cimento em Kg (de cimento)/m3 (de concreto);
γ0cim = massa específica do cimento em Kg/dm3;
γ0areia = massa específica da areia em Kg/dm3.
122
Partindo da Equação A.1, tem-se:
1%.100
−=A
xa (Equação A.3)
A quantidade de areia (Mareia) na argamassa é dada por:
Mareia = a.C (Equação A.4)
E a quantidade de água (Mágua) é dada por:
Mágua = x.C (Equação A.5)
O volume de vazios da areia é dado por:
VVareia = CV.Vapareia (Equação A.6)
Onde:
areia
aCV0
1γ
γ−=
(Equação A.7)
E:
aa
areiaareia
aCMVap
γγ.
== (Equação A.8)
Sendo:
CV = Coeficiente de vazios da areia;
Vapareia = Volume aparente da areia;
γa = massa unitária da areia no estado compactado seco (kg/dm3).
123
Substituindo a Equação A.8 na A.6 tem-se:
aareia
aCCVVVγ
..=
(Equação A.9)
O volume total de pasta na argamassa é dado pelo volume absoluto de cimento somado ao
volume de água, ou seja:
CxCVPcim
.0
+=γ
(Equação A.10)
Igualando as Equações A.9 e A.10, tem-se:
CxCaCCV
cima
...
0
+=γγ
(Equação A.11)
De onde obtem-se o amáx, para tal valor o volume total de pasta (Vpasta) é igual ao volume de
vazios da areia (VVareia).
max0
1a
cim
a xCVγ
γ⎡ ⎤
= +⎢ ⎥⎣ ⎦
(Equação A.12)
Para a pesquisa optou-se por manter constante o consumo de aglomerante, em 520 kg/m3, para
todas as relações a/agol desta forma foi calculado a usando a Equação A.2. e este valor é
comparado com o valor de amax. Quando a ≤ amax.
124
APÊNDICE B – MEDIÇÕES ELETROQUÍMICAS
Tabela B.1 - Resultados médio da icorr das barras com 10 mm de cobrimento dos corpos-de-
prova do grupo 50.
Leitura Tempo (horas) R50 5AM50 10AM50 20AM50 5SA50 5CR50 10CR50 20CR50
1 24 0,0093 0,0062 0,0082 0,0086 0,0120 0,0058 0,0121 0,0093 2 48 0,0135 0,0159 0,0060 0,0087 0,0101 0,0227 0,0132 0,0141 3 72 0,0047 - - - - 0,0091 - - 4 96 0,0012 - - - - - - - 5 120 0,0028 0,0025 - - - 0,0018 0,0384 0,0118 6 144 0,0076 0,0527 - - - 0,0033 0,0064 - 7 168 - 0,0038 - - - - - - 8 192 - - - - - - - - 9 216 - - 0,1593 0,0703 - 0,0026 - - 10 240 - 0,1506 - - - - 0,0845 0,1062 11 264 0,0541 - - - - - - - 12 288 - - - 0,0836 0,0732 0,1164 0,0441 0,0714 13 312 0,0391 0,0677 0,0922 0,1044 0,1009 0,0616 0,0607 0,0778 14 336 0,0048 0,0753 0,0532 0,0533 0,0358 0,0592 0,0325 0,0141 15 360 0,0491 0,0672 0,0895 0,0849 0,0723 0,1121 0,1037 0,0564 16 384 0,0340 0,0768 0,0957 0,1278 0,0756 0,2036 0,1180 0,0789 17 408 0,0269 0,0760 0,0553 0,1193 0,0587 0,0569 0,0462 0,0227 18 432 0,0496 0,1157 0,0611 0,0969 0,0765 0,0992 0,0453 0,0571 19 456 0,0741 0,1280 0,1087 0,0943 0,0966 0,1738 0,1321 0,1531 20 480 0,1447 0,2064 0,1142 0,1832 0,1357 0,1930 0,1690 0,2001 21 504 0,1207 0,2125 0,1408 0,1888 0,1537 0,2072 0,1496 0,2614 22 528 0,2053 0,2404 0,1340 0,2075 0,1677 0,2076 0,1452 0,2594 23 552 0,1794 0,2170 0,1355 0,1863 0,2159 0,2173 0,1451 0,1323 24 576 0,2194 0,1876 0,1415 0,1891 0,1696 0,1537 0,1198 0,1104 25 600 0,0775 0,1861 0,1173 0,2141 0,2629 0,1758 0,1220 0,1869 26 624 0,0998 0,2271 0,1674 0,1686 0,2194 0,1704 0,1386 0,2090 27 648 0,1103 0,1885 0,1705 0,1591 0,2026 0,1773 0,1425 0,2138 28 672 0,1018 0,2361 0,1566 0,1732 0,2425 0,1614 0,1571 0,2025 i1 696 0,1971 0,7341 0,5394 0,8615 0,6630 0,8430 0,6098 1,2147 i2 720 0,2347 0,7261 0,5340 0,8274 1,8891 0,7875 0,5871 1,1570 i3 744 0,4950 0,6950 0,5430 0,9168 1,2483 0,7425 0,6474 1,0644 i4 768 0,8400 0,6934 0,5660 0,9941 0,6253 0,7388 0,5853 1,1843 i5 792 0,7216 0,6409 0,4342 0,9038 0,5989 0,4655 0,5724 1,0566
Cobrimento de 10mm
125
Tabela B.2 - Resultados médio da icorr das barras com 20 mm de cobrimento dos corpos-de-
prova do grupo 50.
Leitura Tempo (horas) R50 5AM50 10AM50 20AM50 5SA50 5CR50 10CR50 20CR50
1 24 0,0043 0,0080 0,0094 0,0077 0,0043 0,0124 0,0144 0,0069 2 48 0,0113 0,0120 0,0182 0,0046 0,0144 0,0163 0,0158 0,0214 3 72 0,0019 - - - - - - - 4 96 0,0020 0,0025 0,0143 - - - - - 5 120 0,0032 0,0031 0,0033 - - 0,0029 0,0090 - 6 144 0,0193 0,0041 0,0032 - - 0,0028 0,0123 - 7 168 0,0027 0,0031 0,0041 - - 0,0030 0,0024 - 8 192 0,0027 0,0022 0,0026 - - - - - 9 216 0,0020 0,0033 0,0348 0,0262 - 0,0031 0,0030 - 10 240 0,0029 0,0024 - - - - 0,0341 - 11 264 0,0080 0,0023 - - - 0,0022 0,0026 - 12 288 0,0030 0,0029 - - 0,0063 0,0367 0,0294 0,0315 13 312 0,0171 0,0323 0,0357 0,2890 0,0165 0,0378 0,0353 0,0240 14 336 0,0938 0,0333 0,0357 0,0161 0,0357 0,0242 0,0308 0,0319 15 360 0,0258 0,0504 0,0345 0,0193 0,0327 0,0271 0,0332 0,0268 16 384 0,0212 0,0371 0,0464 0,0305 0,0321 0,0265 0,0305 0,0360 17 408 0,0216 0,0360 0,0377 0,0121 0,0321 0,0346 0,0201 0,0296 18 432 0,0197 0,0265 0,0078 0,0124 0,0320 0,0215 0,0471 0,0454 19 456 0,0201 0,0237 0,0086 0,0099 0,0129 0,0131 0,0169 0,0123 20 480 0,0109 0,0324 0,0186 0,0278 0,0320 0,0337 0,0308 0,0358 21 504 0,0293 0,0434 0,0382 0,0702 0,0279 0,0738 0,0372 0,0359 22 528 0,0394 0,0509 0,1531 0,0987 0,0777 0,0358 0,0619 0,2969 23 552 0,1821 0,0463 0,2754 0,1705 0,1803 0,0241 0,2520 0,3880 24 576 0,1867 0,1100 0,2231 0,1426 0,3347 0,0574 0,2499 0,3021 25 600 0,3500 0,2291 0,2644 0,1603 0,2843 0,1900 0,2093 0,3723 26 624 0,9115 0,3973 0,4392 0,5070 0,4475 0,3641 0,4237 0,6002 27 648 0,5945 0,3626 0,4126 0,2227 0,3113 0,5871 0,4558 0,6986 28 672 0,6256 0,6919 0,4595 0,4355 0,4452 0,6891 1,2178 0,7797 i1 696 0,6171 1,1002 0,7687 0,4696 1,3399 1,5176 1,0195 1,9943 i2 720 0,5719 1,0742 0,7429 0,4737 1,2801 1,4515 0,9896 2,0130 i3 744 0,7754 1,8582 0,9646 0,6477 1,2715 1,9321 1,3330 2,1485 i4 768 0,5311 1,0168 1,0542 0,7423 0,9983 2,0826 1,3942 2,3393 i5 792 0,7227 1,9176 1,1778 0,8047 1,0460 1,7659 1,0463 2,3770
Cobrimento de 20mm
126
Tabela B.3 - Resultados médio do Ecorr das barras com 10 mm de cobrimento dos corpos-de-
prova do grupo 50.
Leitura Tempo (horas) R50 5AM50 10AM50 20AM50 5SA50 5CR50 10CR50 20CR50
1 24 -185 -127 -95 -72 -112 -121 -106 -582 48 -166 -110 -116 -157 -135 -112 -108 -673 72 -118 -58 -49 -145 -88 -79 -92 -814 96 -11 10 46 67 51 72 40 665 120 10 -10 20 -23 41 66 -39 396 144 -139 -82 101 125 171 112 31 627 168 79 88 90 112 114 133 128 328 192 84 76 39 18 141 159 117 1459 216 -15 -111 -259 -184 37 64 159 9010 240 -291 -274 -270 -193 -241 -275 -120 -9411 264 -79 47 66 84 -110 -60 96 7312 288 -52 -66 22 -97 -193 -89 -66 -8213 312 -291 -274 -270 -193 -241 -275 -120 -9414 336 -198 -185 -210 -101 -158 -161 -34 -6615 360 -277 -225 -246 -183 -203 -217 -109 -4216 384 -305 -248 -219 -223 -229 -272 -145 -12317 408 -216 -142 -97 -161 -131 -165 -41 -318 432 -228 -184 -120 -170 -156 -213 -88 -7319 456 -302 -300 -247 -324 -304 -296 -282 -28420 480 -286 -349 -301 -407 -321 -339 -333 -36121 504 -292 -340 -306 -437 -327 -355 -353 -41522 528 -290 -354 -301 -435 -325 -347 -353 -44423 552 -282 -346 -294 -436 -344 -351 -339 -44924 576 -238 -291 -245 -373 -270 -285 -291 -38125 600 -196 -220 -185 -252 -198 -239 -247 -26526 624 -211 -256 -209 -338 -274 -246 -274 -31827 648 -196 -262 -209 -333 -274 -243 -285 -33628 672 -216 -264 -206 -336 -263 -239 -276 -354i1 696 -540 -620 -573 -610 -596 -612 -583 -640i2 720 -541 -616 -570 -641 -608 -606 -606 -667i3 744 -612 -641 -598 -637 -625 -630 -587 -690i4 768 -641 -657 -615 -661 -634 -639 -605 -685i5 792 -668 -665 -616 -663 -632 -646 -602 -689
Cobrimento de 10mm
127
Tabela B.4 - Resultados médio do Ecorr das barras com 20 mm de cobrimento dos corpos-de-
prova do grupo 50.
Leitura Tempo (horas) R50 5AM50 10AM50 20AM50 5SA50 5CR50 10CR50 20CR50
1 24 -183 -157 -86 -53 -88 -79 -56 -312 48 -167 -150 -105 -106 -118 -54 -80 -343 72 -73 -56 -31 -81 -45 -45 -41 -484 96 -22 9 66 70 45 72 85 345 120 34 19 45 -36 57 36 50 286 144 -90 -17 86 116 189 131 75 517 168 58 83 80 98 88 128 132 1038 192 99 51 10 13 163 189 139 1559 216 25 -33 -51 -77 48 102 151 10310 240 -125 -105 -68 -73 -85 -44 -28 -2111 264 -17 57 95 59 -24 -76 40 10512 288 -39 -48 21 -36 -84 -35 -29 -1413 312 -125 -105 -68 -73 -85 -44 -28 -2114 336 -153 -82 -45 -38 -49 -27 -5 -115 360 -134 -109 -73 -67 -71 -18 -24 -2016 384 -132 -98 -50 -58 -64 -48 -30 -2517 408 -121 -72 -30 -36 -48 -29 -3 -2518 432 -109 -82 -27 -40 -39 -1 1 -6919 456 -91 -65 -7 -19 -47 -34 11 -3120 480 -86 -86 -59 -70 -113 -49 -62 -4421 504 -96 -95 -71 -139 -225 -105 -70 -4922 528 -117 -115 -271 -229 -271 -60 -111 -31623 552 -173 -153 -324 -277 -298 -49 -270 -37424 576 -179 -204 -326 -286 -290 -135 -286 -33325 600 -215 -225 -315 -324 -278 -204 -293 -36926 624 -238 -306 -352 -402 -304 -340 -303 -44727 648 -235 -324 -342 -377 -303 -360 -302 -46128 672 -247 -359 -321 -436 -302 -374 -315 -483i1 696 -362 -454 -457 -408 -472 -513 -478 -574i2 720 -407 -492 -482 -456 -513 -555 -492 -602i3 744 -434 -526 -503 -485 -540 -592 -521 -626i4 768 -486 -577 -529 -509 -553 -616 -562 -652i5 792 -512 -589 -521 -527 -565 -615 -553 -661
Cobrimento de 20mm
128
Tabela B.5 - Resultados médio da Rohm das barras com 10 mm de cobrimento dos corpos-de-
prova do grupo 50.
Leitura Tempo (horas) R50 5AM50 10AM50 20AM50 5SA50 5CR50 10CR50 20CR50
1 24 523,93 694,98 936,58 1.253,30 1.349,21 490,43 549,09 792,50 2 48 823,76 494,44 730,60 1.008,42 1.106,85 761,00 513,40 644,09 3 72 416,47 - - - - 481,93 - 47,39 4 96 1.632,65 - - - - - - - 5 120 4.596,77 8.224,30 - - - 9.079,90 445,65 571,43 6 144 6.154,05 537,22 - - - 9.452,61 540,54 - 7 168 9.862,07 8.732,88 - - - - - - 8 192 - - - - - - - - 9 216 9.752,07 651,85 762,44 - 9.146,69 - - 10 240 997,81 154,32 - - - - 360,36 2.030,30 11 264 483,58 - - - - - - - 12 288 - - - 706,47 866,24 782,12 477,60 959,61 13 312 706,07 167,52 445,51 1.376,86 1.038,57 814,46 463,34 409,29 14 336 658,16 39,84 431,07 392,81 803,38 103,48 366,08 583,47 15 360 979,53 638,19 324,33 380,82 648,51 855,57 277,38 649,70 16 384 816,40 251,84 325,40 524,37 605,16 837,19 401,34 246,90 17 408 444,93 280,76 510,71 461,64 861,57 395,60 321,62 760,77 18 432 42,18 136,92 349,09 70,77 1.004,40 219,74 340,90 426,69 19 456 448,87 471,46 908,56 1.245,52 901,59 214,95 439,20 588,55 20 480 627,02 596,61 717,48 1.057,32 1.195,37 375,96 428,05 800,71 21 504 382,70 598,53 742,40 937,78 977,66 547,46 458,86 701,30 22 528 486,39 508,59 674,11 825,48 960,35 441,91 417,03 343,57 23 552 520,35 533,95 686,53 728,03 792,60 472,40 435,35 384,62 24 576 318,67 792,80 515,87 658,08 883,36 371,02 626,44 598,81 25 600 570,36 685,76 1.023,18 656,16 1.044,48 580,44 852,90 1.007,25 26 624 829,97 807,64 927,64 834,26 1.024,76 600,32 1.089,17 722,94 27 648 389,17 470,34 827,59 533,62 868,09 441,43 621,45 581,95 28 672 465,36 528,04 519,99 556,49 728,41 342,48 517,63 436,14 i1 696 704,65 799,75 847,65 947,59 732,44 861,39 824,68 570,09 i2 720 534,41 664,71 897,13 895,82 887,03 761,05 784,83 545,41 i3 744 655,60 721,58 844,25 861,63 854,45 692,35 737,31 567,28 i4 768 832,28 703,23 660,77 854,98 450,30 800,64 735,37 484,11 i5 792 903,05 677,87 416,93 815,75 512,67 755,97 759,62 634,95
Cobrimento de 10mm
129
Tabela B.6 - Resultados médio da Rohm das barras com 20 mm de cobrimento dos corpos-de-
prova do grupo 50.
Leitura Tempo (horas) R50 5AM50 10AM50 20AM50 5SA50 5CR50 10CR50 20CR50
1 24 424,83 389,94 514,39 812,89 389,91 600,16 612,67 2.410,29 2 48 507,72 567,63 748,33 730,39 700,71 573,54 629,88 635,52 3 72 4.856,79 - - - - - - - 4 96 3.614,50 4.499,12 4.617,13 - - - - - 5 120 3.500,00 3.267,33 8.497,85 - - 4.417,92 2.667,99 - 6 144 1.369,37 4.051,27 8.307,54 - - 3.868,31 361,44 9.217,72 7 168 4.156,94 3.729,59 8.508,17 - - 5.555,42 6.770,46 - 8 192 4.049,66 4.308,51 9.982,49 - - - - - 9 216 4.159,42 3.202,57 795,38 960,55 - 4.531,06 5.303,91 - 10 240 7.960,53 5.877,40 - - - - 613,69 - 11 264 5.186,85 5.545,00 - - - 7.359,40 7.222,95 - 12 288 5.961,78 5.136,57 - - 1.716,83 1.590,62 508,99 707,77 13 312 462,28 602,26 757,31 822,34 807,48 801,09 574,71 704,74 14 336 542,71 673,81 176,36 400,30 346,78 358,17 608,07 1.117,69 15 360 401,09 542,69 798,75 457,07 820,78 447,05 498,10 645,44 16 384 306,00 490,57 810,04 636,48 683,93 387,87 500,84 698,78 17 408 813,76 659,09 924,53 394,78 797,62 407,41 566,50 741,30 18 432 459,14 693,07 169,49 569,94 858,48 491,17 580,56 839,72 19 456 631,68 822,12 1.315,24 315,23 398,66 729,70 987,07 372,99 20 480 533,32 772,40 726,44 264,74 706,10 646,06 636,03 778,34 21 504 603,73 782,60 463,67 500,35 743,98 641,78 623,16 662,00 22 528 570,48 713,85 779,29 684,50 905,25 585,62 713,81 735,66 23 552 543,32 690,06 898,88 872,65 776,50 553,57 657,61 532,89 24 576 520,81 694,71 948,15 596,72 820,95 700,96 849,98 854,91 25 600 594,01 689,86 379,84 458,30 585,55 405,02 501,70 938,40 26 624 673,60 816,53 688,38 795,91 789,89 741,86 856,55 674,88 27 648 570,20 809,88 947,03 752,70 713,61 714,90 795,78 611,49 28 672 606,10 714,36 899,85 830,83 735,04 620,35 603,28 599,46 i1 696 452,75 603,18 616,17 601,25 545,03 453,66 481,95 422,51 i2 720 413,59 511,13 564,72 521,84 488,44 379,92 426,98 380,22 i3 744 430,63 444,59 542,35 613,25 446,46 365,58 468,97 404,55 i4 768 542,38 440,52 656,87 526,16 530,89 342,44 419,05 387,24 i5 792 453,38 480,60 687,91 650,61 568,10 486,48 550,02 458,43
Cobrimento de 20mm
130
Tabela B.7 - Resultados médio da icorr das barras com 10 mm de cobrimento dos corpos-de-
prova do grupo 35.
Leitura Tempo (horas) R65 5AM65 10AM65 20AM65 5SA65 5CR65 10CR65 20CR65
1 24 0,0432 0,0375 0,0285 0,0216 0,0255 0,0191 0,0181 0,0203 2 48 0,0517 0,0246 0,0301 0,0535 0,0220 0,0306 0,0209 0,0229 3 72 0,0608 0,1047 0,0901 0,1663 0,0814 0,0389 0,0675 0,0242 4 96 - 0,0789 0,0378 0,2373 0,1595 0,0759 0,1167 0,2452 5 120 0,2936 0,5183 0,5550 0,4065 0,4680 0,1761 0,3483 0,3901 6 144 0,4550 0,8730 1,1444 0,5908 0,9888 0,3017 0,6273 0,5795 7 168 0,8108 0,8336 1,9026 0,8731 1,0188 0,7191 1,2145 0,9980 8 192 0,5510 1,4730 1,7178 0,9527 0,9466 0,5844 - - 9 216 0,7635 1,7158 1,8779 0,9901 1,2655 0,7009 1,6991 1,6448 10 240 0,7188 2,2347 2,6287 1,1886 1,4974 0,9832 1,4638 2,4594 11 264 1,0796 2,1721 2,5064 1,5789 1,2126 1,0550 2,0557 2,2020 12 288 0,9359 2,5940 2,3091 1,9516 1,6365 1,4246 1,7232 1,9731 i1 312 5,4637 6,6550 8,3227 9,3113 6,5620 4,1819 5,4502 - i2 336 4,1739 6,0284 5,8235 6,0791 5,2279 3,5115 5,3399 6,4226 i3 360 3,2119 5,9452 6,1342 5,9101 4,8330 3,7010 5,7234 8,7710 i4 384 2,8155 4,3368 5,7182 5,5441 4,5404 3,2416 5,1525 6,7606 i5 408 2,7686 4,3745 6,1702 4,3108 4,0728 3,1847 6,4991 8,3648
Cobrimento de 10mm
Tabela B.8 - Resultados médio da icorr das barras com 20 mm de cobrimento dos corpos-de-
prova do grupo 35.
Leitura Tempo (horas) R65 5AM65 10AM65 20AM65 5SA65 5CR65 10CR65 20CR65
1 24 0,0331 0,0131 0,0222 0,0184 0,0368 0,0121 0,0372 0,0336 2 48 0,0459 0,0386 0,0357 0,0361 0,0419 0,0250 0,0852 0,0334 3 72 0,0347 0,0307 0,0377 0,0358 0,0276 0,0469 0,0400 0,0466 4 96 0,0138 0,0567 0,0430 0,0343 0,0674 0,0256 0,0343 0,0200 5 120 0,0155 0,0299 0,0530 0,0285 0,0601 0,0631 0,0418 0,0432 6 144 0,0166 0,0630 0,0518 0,0481 0,0450 0,0354 0,0506 0,0332 7 168 0,0244 0,1351 0,0592 0,0553 0,1141 0,0469 0,0691 0,0587 8 192 0,0299 0,1411 0,0338 0,0325 0,1276 0,0444 - - 9 216 0,0293 0,9660 0,3370 0,1755 0,2565 0,2135 0,0546 0,0543 10 240 0,0477 0,3561 0,6430 0,2094 0,7477 0,2588 0,3902 0,5202 11 264 0,4077 0,7368 1,5980 0,3764 1,1522 0,2960 0,4421 1,3067 12 288 1,5333 1,1994 2,4831 0,5612 1,8081 0,4213 0,8250 2,2092 i1 312 2,1226 1,5670 5,1705 1,0861 2,7737 1,4088 1,9798 4,5189 i2 336 4,1286 1,7102 4,0681 0,5750 2,3329 0,8072 0,7974 4,1786 i3 360 2,8372 2,0508 5,0492 1,7618 2,1933 0,8217 1,5503 3,3777 i4 384 1,5973 1,8946 5,0439 1,6898 2,6346 0,8214 3,1066 3,5547 i5 408 1,7500 2,3684 5,3971 1,9904 4,1035 0,9147 3,2530 4,3162
Cobrimento de 20mm
131
Tabela B.9 - Resultados médio do Ecorr das barras com 10 mm de cobrimento dos corpos-de-
prova do grupo 35.
Leitura Tempo (horas) R65 5AM65 10AM65 20AM65 5SA65 5CR65 10CR65 20CR65
1 24 -101 -93 -57 -83 -124 -97 -95 52 48 -144 -88 -85 -120 -117 -122 -103 -293 72 -245 -294 -298 -271 -256 -221 -209 -574 96 -296 -306 -294 -259 -312 -260 -232 -2295 120 -416 -393 -420 -356 -395 -360 -327 -2986 144 -427 -435 -457 -377 -461 -422 -404 -3977 168 -467 -464 -494 -429 -499 -497 -481 -4868 192 -429 -450 -475 -399 -463 -472 -467 -4549 216 -460 -482 -515 -454 -509 -514 -503 -49810 240 -647 -632 -616 -609 -652 -639 -664 -59911 264 -483 -510 -520 -468 -539 -520 -550 -54812 288 -496 -525 -541 -485 -547 -528 -538 -542i1 312 -647 -632 -616 -609 -652 -639 -664 -599i2 336 -660 -659 -663 -655 -659 -654 -678 -669i3 360 -666 -672 -671 -672 -661 -668 -682 -682i4 384 -671 -679 -681 -668 -675 -676 -706 -695i5 408 -689 -694 -698 -689 -679 -686 -703 -726
Cobrimento de 10mm
Tabela B.10 - Resultados médio do Ecorr das barras com 20 mm de cobrimento dos corpos-de-
prova do grupo 35.
Leitura Tempo (horas) R65 5AM65 10AM65 20AM65 5SA65 5CR65 10CR65 20CR65
1 24 -115 -94 -25 13 -69 4 -17 622 48 -112 -78 -44 -10 -109 -41 -54 213 72 -130 -109 -84 -43 -87 -94 -69 144 96 -111 -158 -96 -38 -152 -104 -41 -475 120 -147 -189 -126 -62 -225 -203 -103 -416 144 -140 -194 -210 -104 -238 -237 -191 -287 168 -147 -287 -328 -205 -316 -290 -275 -898 192 -137 -310 -356 -265 -316 -273 -291 -1089 216 -144 -355 -354 -331 -409 -357 -337 -21510 240 -574 -499 -632 -467 -611 -386 -569 -60911 264 -415 -419 -499 -339 -431 -405 -414 -49112 288 -482 -423 -530 -396 -500 -442 -433 -519i1 312 -574 -499 -632 -467 -611 -469 -549 -638i2 336 -626 -533 -644 -423 -617 -501 -575 -653i3 360 -638 -556 -665 -508 -621 -514 -594 -644i4 384 -655 -581 -685 -528 -630 -532 -621 -666i5 408 -657 -605 -680 -539 -631 -533 -632 -700
Cobrimento de 20mm
132
Tabela B.11 - Resultados médio da Rohm das barras com 10 mm de cobrimento dos corpos-de-
prova do grupo 35.
Leitura Tempo (horas) R65 5AM65 10AM65 20AM65 5SA65 5CR65 10CR65 20CR65
1 24 841,52 1392,55 1596,08 1054,51 1371,12 1961,30 1442,60 920,662 48 762,48 687,87 729,44 679,17 611,12 1329,26 1436,94 547,583 72 324,50 387,27 342,63 522,23 538,94 766,27 431,63 478,264 96 1116,82 493,15 1013,59 530,61 703,77 745,03 366,11 371,045 120 369,43 366,09 218,39 440,79 458,12 607,32 347,86 90,176 144 139,59 344,31 374,68 122,78 728,11 356,52 689,25 878,597 168 832,96 773,76 699,46 535,86 481,59 888,86 540,71 625,808 192 885,15 733,67 763,01 483,02 723,07 856,18 828,47 797,269 216 794,74 552,83 674,40 893,76 547,82 427,16 700,43 722,6810 240 762,25 636,96 562,31 694,07 517,46 681,77 624,72 796,7111 264 730,86 621,67 584,45 755,56 532,36 817,37 514,14 505,5412 288 744,91 576,07 560,03 741,15 449,54 724,61 574,31 575,78i1 312 577,56 326,22 225,91 480,31 468,12 1131,04 265,89 805,27i2 336 540,56 339,14 247,80 455,63 416,73 452,39 287,68 122,43i3 360 480,85 489,80 306,98 522,64 498,83 501,86 359,27 205,26i4 384 497,78 441,84 308,17 419,24 405,44 439,70 326,55 196,73i5 408 507,84 317,28 259,51 432,00 315,88 470,40 345,96 151,36
Cobrimento de 10mm
Tabela B.12 - Resultados médio da Rohm das barras com 20 mm de cobrimento dos corpos-de-
prova do grupo 35.
Leitura Tempo (horas) R65 5AM65 10AM65 20AM65 5SA65 5CR65 10CR65 20CR65
1 24 606,28 531,16 2005,97 667,99 740,15 825,53 916,17 728,632 48 781,14 713,68 535,21 703,34 1013,51 1017,39 742,21 366,073 72 609,57 510,91 706,77 776,61 715,38 737,22 595,61 553,834 96 645,25 625,67 739,41 756,47 743,17 901,99 417,21 759,915 120 454,51 430,84 498,14 550,43 502,20 771,28 335,63 419,976 144 466,70 514,39 505,29 499,92 414,82 644,37 358,02 378,517 168 538,12 495,73 320,75 451,95 316,89 475,60 258,83 277,158 192 576,52 538,11 397,29 532,21 373,66 461,50 490,90 441,569 216 504,10 426,88 286,34 422,43 302,29 635,06 383,15 251,8810 240 490,52 494,90 233,04 381,43 296,74 379,51 337,49 413,9211 264 519,01 441,80 276,62 339,34 305,60 355,08 251,25 199,8212 288 493,33 437,90 277,69 338,43 282,71 379,29 300,05 344,52i1 312 101,32 76,72 184,33 283,97 102,92 148,69 85,62 100,32i2 336 127,57 74,28 122,39 236,34 62,11 125,43 30,40 113,55i3 360 109,68 104,39 180,98 360,16 124,88 169,49 113,91 123,33i4 384 70,98 113,92 184,88 232,00 74,68 140,48 105,83 114,77i5 408 159,66 94,97 122,96 104,70 69,46 131,23 103,32 84,97
Cobrimento de 20mm
133
APÊNDICE C – VARIAÇÃO DE MASSA DURANTE O ENSAIO DE
CARBONATAÇÃO
Tabela C.1 - Resultados do monitoramento da variação de massa durante o ensaio de
carbonatação para os corpos-de-prova cilíndricos do grupo 35.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 101 458,47 459,75 460,65 461,65 463,42 465,19 465,73 466,16 466,53 466,72 466,762 463,86 465,61 466,64 467,75 469,16 470,02 470,52 470,96 471,23 471,58 471,773 447,19 447,93 448,55 449,02 449,90 450,94 451,32 451,77 452,08 452,39 452,464 447,16 448,16 448,67 449,10 449,97 450,65 451,12 451,53 451,88 452,07 452,245 407,48 408,64 409,32 410,07 411,99 414,54 415,33 416,19 416,29 416,32 416,286 448,87 451,01 452,18 453,69 455,93 457,32 457,94 458,32 458,57 458,86 458,747 416,79 417,98 418,59 419,23 420,79 423,66 424,20 424,65 425,01 425,36 425,148 422,46 424,09 424,73 425,52 427,76 429,52 430,32 430,71 430,95 431,11 431,179 436,04 437,02 437,81 438,44 439,70 441,24 441,82 442,35 442,81 443,07 443,0510 451,99 453,92 454,90 456,07 457,82 459,10 459,68 460,28 460,61 460,90 460,9911 455,52 456,79 457,78 458,77 460,50 462,03 462,62 463,12 463,45 463,69 463,7912 448,75 450,53 451,43 452,40 454,00 455,14 455,71 456,27 456,85 457,20 457,2013 407,28 408,35 408,98 409,50 410,99 413,92 415,62 417,01 417,41 417,53 417,3514 441,54 443,58 444,61 445,95 448,33 450,21 451,18 452,08 452,28 452,56 452,6915 435,89 437,31 438,19 439,17 441,33 444,14 445,18 446,04 446,41 446,69 446,4216 402,32 403,89 404,54 405,43 407,64 409,77 411,20 411,80 412,08 412,20 412,4117 431,27 432,46 433,25 434,11 435,71 437,28 437,70 438,23 438,40 438,67 438,5418 469,85 470,60 471,02 471,33 471,94 472,53 472,93 473,34 473,69 473,99 474,0419 469,56 470,13 470,65 470,99 471,62 472,42 472,71 473,02 473,30 473,62 473,6320 469,48 470,36 470,81 471,13 471,82 472,50 472,96 473,35 473,69 473,99 474,0821 434,78 435,93 436,83 437,78 439,29 440,80 441,19 441,69 441,99 442,22 442,2622 450,94 451,69 452,10 452,40 453,00 453,53 453,80 454,14 454,50 454,73 454,8323 440,36 441,47 442,23 443,06 444,40 445,62 445,96 446,36 446,70 446,92 446,9224 434,78 436,18 437,16 438,38 440,24 441,85 442,20 442,57 442,91 443,11 442,9925 442,74 444,16 444,89 445,65 446,88 447,79 448,28 448,65 448,98 449,27 449,4526 447,45 448,49 449,26 450,02 451,26 452,51 452,87 453,26 453,65 453,97 454,0227 445,55 446,69 447,36 448,01 449,09 450,03 450,47 450,86 451,26 451,56 451,7028 450,75 451,71 452,23 452,67 453,44 454,11 454,57 454,99 455,49 455,76 455,9829 432,05 433,16 433,94 434,69 436,16 438,14 438,89 439,27 439,47 439,77 439,6930 429,24 431,23 432,14 433,32 435,30 436,95 437,67 438,29 438,64 439,12 439,2731 436,44 437,70 438,46 439,24 440,67 442,24 442,87 443,34 443,62 443,99 444,0432 435,71 436,35 436,90 437,30 438,09 439,12 439,51 439,90 440,19 440,50 440,59
Leitura
R35
5A35
10A35
20A35
5SA35
5CR35
10CR35
20CR35
134
Tabela C.1 - Resultados do monitoramento da variação de massa durante o ensaio de
carbonatação para os corpos-de-prova cilíndricos do grupo 35 (continuação)
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 211 467,04 467,03 467,19 467,19 467,26 467,27 467,19 467,30 467,35 467,32 467,142 472,06 472,17 472,24 472,28 472,31 472,31 472,22 472,28 472,31 472,26 472,033 452,68 452,81 452,91 453,07 453,28 453,32 453,32 453,47 453,55 453,54 453,384 452,50 452,69 452,77 452,94 453,04 453,08 453,07 453,18 453,22 453,20 453,065 416,39 416,29 416,45 416,42 416,46 416,37 416,25 416,28 416,27 416,22 416,036 458,96 458,94 458,86 458,91 458,77 458,76 458,63 458,69 458,72 458,65 458,457 425,30 425,34 425,41 425,28 425,37 425,28 425,17 425,20 425,23 425,16 425,078 431,35 431,33 431,56 431,54 431,47 431,42 431,25 431,33 431,34 431,28 431,119 443,30 443,36 443,36 443,48 443,47 443,48 443,42 443,50 443,55 443,50 443,2610 461,18 461,25 461,30 461,43 461,44 461,35 461,23 461,25 461,30 461,21 460,9611 463,96 463,95 464,20 464,14 464,17 464,18 464,08 464,14 464,21 464,09 463,8612 457,42 457,48 457,48 457,53 457,51 457,46 457,34 457,40 457,39 457,30 457,0913 417,54 417,42 417,47 417,56 417,47 417,45 417,25 417,27 417,30 417,23 416,9714 452,80 452,68 452,65 452,68 452,53 452,37 452,14 452,13 452,14 452,03 451,8215 446,60 446,54 446,61 446,68 446,45 446,48 446,24 446,25 446,25 446,17 445,9716 412,41 412,26 412,17 411,99 411,97 411,80 411,63 411,74 411,72 411,58 411,3117 438,69 438,64 438,91 438,95 438,90 438,85 438,75 438,78 438,80 438,74 438,5318 474,23 474,39 474,45 474,54 474,55 474,58 474,53 474,62 474,66 474,59 474,3919 473,84 473,86 474,07 474,11 474,13 474,17 474,15 474,24 474,30 474,25 474,0920 474,35 474,47 474,49 474,59 474,62 474,63 474,62 474,68 474,73 474,68 474,5021 442,52 442,61 442,73 442,91 442,91 442,90 442,86 442,94 442,98 442,89 442,7222 455,03 455,19 455,24 455,32 455,41 455,42 455,41 455,49 455,55 455,51 455,3223 447,15 447,22 447,29 447,40 447,45 447,42 447,37 447,45 447,48 447,41 447,2324 443,22 443,17 443,21 443,29 443,34 443,24 443,16 443,22 443,23 443,14 442,9725 449,64 449,70 449,76 449,82 449,86 449,83 449,76 449,83 449,89 449,80 449,5926 454,27 454,32 454,46 454,60 454,57 454,60 454,53 454,62 454,65 454,61 454,3927 451,93 452,02 452,14 452,24 452,25 452,26 452,21 452,30 452,34 452,28 452,0828 456,23 456,39 456,54 456,63 456,66 456,69 456,69 456,79 456,84 456,79 456,5929 439,91 439,89 440,08 440,16 440,15 440,05 439,96 440,03 440,05 439,98 439,7430 439,45 439,43 439,55 439,54 439,48 439,37 439,22 439,24 439,28 439,18 438,9731 444,24 444,26 444,44 444,49 444,50 444,43 444,35 444,42 444,46 444,39 444,1932 440,78 440,89 441,10 441,20 441,28 441,30 441,28 441,41 441,48 441,44 441,29
Leitura
R35
5A35
10A35
20A35
5SA35
5CR35
10CR35
20CR35
135
Tabela C.1 - Resultados do monitoramento da variação de massa durante o ensaio de
carbonatação para os corpos-de-prova cilíndricos do grupo 35 (continuação)
22 23 24 25 26 27 28 29 30 311 467,03 467,16 467,00 467,14 467,14 467,00 467,55 467,88 468,05 468,242 471,91 472,01 471,84 472,01 471,99 471,89 472,45 472,87 473,08 473,283 453,29 453,43 453,30 453,48 453,50 453,39 454,39 455,14 455,54 455,894 452,96 453,07 452,96 453,13 453,14 453,05 453,96 454,72 455,19 455,575 415,99 416,08 415,91 416,04 416,06 415,97 416,27 416,49 416,56 416,696 458,35 458,44 458,28 458,42 458,38 458,32 458,67 458,89 458,99 459,157 424,94 425,02 424,89 425,00 425,00 425,00 425,31 425,54 425,64 425,798 431,01 431,12 430,94 431,06 431,04 430,96 431,31 431,60 431,66 431,819 443,12 443,25 443,14 443,32 443,33 443,22 443,92 444,33 444,52 444,6910 460,82 460,96 460,73 460,90 460,90 460,77 461,31 461,62 461,72 461,8611 463,77 463,88 463,71 463,89 463,89 463,80 464,36 464,71 464,85 465,0212 456,94 457,07 456,89 457,04 457,02 456,92 457,44 457,75 457,86 458,0313 416,91 417,03 416,88 417,01 416,98 416,88 417,30 417,54 417,60 417,7414 451,73 451,77 451,58 451,73 451,70 451,57 451,93 452,20 452,27 452,3615 445,80 445,91 445,74 445,91 445,87 445,77 446,15 446,41 446,49 446,6816 411,28 411,28 411,09 411,21 411,21 411,13 411,40 411,63 411,69 411,8017 438,38 438,50 438,33 438,48 438,48 438,44 438,83 439,12 439,21 439,5518 474,30 474,42 474,26 474,43 474,41 474,32 475,13 475,82 476,21 476,5619 473,97 474,10 473,95 474,12 474,12 474,03 474,87 475,55 475,94 476,2820 474,34 474,48 474,32 474,49 474,49 474,35 475,21 475,90 476,28 476,6221 442,58 442,71 442,56 442,74 442,72 442,62 443,26 443,66 443,80 443,9722 455,18 455,28 455,14 455,30 455,31 455,18 456,00 456,68 457,06 457,3923 447,10 447,22 447,06 447,22 447,22 447,09 447,72 448,17 448,37 448,5824 442,86 442,98 442,79 442,93 442,95 442,79 443,22 443,49 443,59 443,7225 449,46 449,56 449,40 449,55 449,55 449,46 450,14 450,61 450,80 451,0026 454,18 454,33 454,13 454,32 454,31 454,20 454,95 455,40 455,55 455,7027 451,93 452,05 451,89 452,06 452,06 451,95 452,74 453,26 453,49 453,7128 456,50 456,61 456,47 456,64 456,66 456,52 457,47 458,13 458,49 458,8029 439,67 439,76 439,61 439,78 439,77 439,64 440,26 440,63 440,77 440,9330 438,81 438,92 438,78 438,91 438,88 438,79 439,21 439,47 439,55 439,6731 444,08 444,19 444,04 444,21 444,21 444,09 444,79 445,25 445,45 445,6432 441,18 441,32 441,17 441,36 441,40 441,26 442,33 443,06 443,45 443,73
Leitura
R35
5A35
10A35
20A35
5SA35
5CR35
10CR35
20CR35
136
Tabela C.2 - Resultados do monitoramento da variação de massa durante o ensaio de
carbonatação para os corpos-de-prova cilíndricos do grupo 50.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 91 432,75 433,85 434,65 435,29 435,93 436,57 437,35 437,94 438,44 438,882 464,27 465,59 466,32 466,83 467,76 468,25 469,04 469,51 469,94 470,323 437,28 438,34 439,16 439,74 440,43 441,11 441,91 442,52 442,98 443,354 437,34 438,68 439,53 440,34 441,86 442,41 443,19 443,59 444,06 444,485 444,69 446,07 446,91 447,72 449,06 449,54 450,34 450,69 451,20 451,476 445,43 446,47 447,24 447,79 448,37 448,95 449,67 450,21 450,71 451,117 452,29 453,52 454,15 454,79 455,78 456,06 456,65 456,95 457,33 457,588 439,52 440,92 441,84 442,61 443,39 444,19 445,05 445,68 446,13 446,599 465,26 466,43 467,17 467,68 468,26 468,71 469,41 469,75 470,18 470,6310 443,14 444,33 444,97 445,49 446,51 447,00 447,68 448,04 448,47 448,7711 430,37 431,35 432,12 432,60 433,07 433,62 434,31 434,71 435,17 435,6312 438,86 440,17 440,88 441,49 442,62 443,08 443,74 444,08 444,57 444,8313 429,39 430,69 431,38 431,97 432,91 433,26 433,97 434,13 434,50 434,7514 435,25 436,36 437,01 437,62 438,17 438,84 439,55 439,84 440,40 440,7415 435,44 436,79 437,49 438,19 439,27 439,61 440,14 440,35 440,70 440,9216 465,19 466,30 467,04 467,42 467,91 468,41 469,04 469,42 469,76 470,0817 437,96 439,04 439,74 440,32 440,93 441,54 442,20 442,61 443,00 443,3418 436,94 438,29 438,96 439,68 440,82 441,21 441,86 442,22 442,60 442,9719 460,39 461,49 462,27 462,81 463,41 463,91 464,62 464,99 465,34 465,6920 455,38 456,57 457,11 457,67 458,61 459,01 459,71 459,97 460,38 460,6821 439,73 440,97 441,66 442,41 443,69 444,07 444,75 445,10 445,59 445,8822 431,72 433,00 433,98 434,67 435,47 436,20 436,97 437,48 437,98 438,4723 438,16 439,48 440,19 441,01 442,22 442,60 443,22 443,61 444,05 444,3524 435,07 436,30 437,20 437,89 438,66 439,38 440,15 440,63 441,22 441,6425 438,16 439,28 440,10 440,67 441,29 441,91 442,64 443,27 443,70 444,1426 451,73 453,22 454,07 454,76 455,87 456,43 457,28 457,66 458,18 458,5427 430,06 431,26 432,14 432,78 433,52 434,21 435,06 435,81 436,36 436,8628 427,56 428,89 429,72 430,64 431,89 432,43 433,24 433,58 434,07 434,4029 428,93 430,33 431,12 431,91 433,15 433,72 434,61 434,98 435,57 435,8930 431,45 432,66 433,56 434,21 434,80 435,50 436,38 436,98 437,51 437,9631 430,74 432,24 433,12 433,94 435,31 435,82 436,62 437,02 437,60 437,9832 425,95 427,31 428,24 428,88 429,67 430,48 431,46 431,85 432,55 432,98
Leitura
R50
5A50
10A50
20A50
5SA50
5CR50
10CR50
20CR50
137
Tabela C.2 - Resultados do monitoramento da variação de massa durante o ensaio de
carbonatação para os corpos-de-prova cilíndricos do grupo 50 (continuação)
10 11 12 13 14 15 16 17 18 191 439,06 439,29 439,71 439,95 439,94 440,25 440,56 440,59 440,79 442,202 470,49 470,54 470,79 471,15 471,17 471,55 471,80 471,79 471,93 473,503 443,52 443,59 444,06 444,28 444,29 444,58 444,90 444,92 445,09 446,404 444,70 444,71 445,00 445,40 445,45 445,88 446,12 446,23 446,43 448,135 451,70 451,76 452,11 452,51 452,54 453,01 453,26 453,27 453,48 455,286 451,32 451,37 451,79 452,03 452,15 452,40 452,68 452,68 452,87 454,207 457,75 457,76 458,06 458,39 458,36 458,70 458,98 458,96 459,12 460,648 446,78 446,81 447,32 447,66 447,49 447,85 448,21 448,23 448,51 450,239 470,81 470,87 471,28 471,51 471,51 471,76 472,03 472,00 472,18 473,5210 448,95 448,95 449,29 449,63 449,62 450,00 450,24 450,28 450,45 451,7911 435,77 435,76 436,31 436,56 436,51 436,80 437,10 437,11 437,33 438,7112 445,09 445,14 445,45 445,81 445,74 446,15 446,41 446,39 446,60 448,2313 434,98 434,77 435,08 435,44 435,33 435,69 435,99 435,81 436,07 437,1514 440,90 440,71 441,28 441,49 441,50 441,78 442,12 441,88 442,15 443,2815 441,02 440,76 441,08 441,40 441,32 441,70 441,96 441,80 442,03 443,1316 470,21 470,26 470,70 470,91 470,74 471,02 471,31 471,13 471,34 472,4717 443,46 443,47 443,77 443,99 443,96 444,24 444,52 444,54 444,72 446,0918 443,13 443,18 443,46 443,83 443,79 444,16 444,41 444,47 444,66 446,1419 465,80 465,76 466,15 466,31 466,28 466,56 466,80 466,85 467,01 468,2720 460,87 460,84 461,13 461,44 461,46 461,78 462,00 462,05 462,20 463,6221 446,10 446,19 446,46 446,85 446,89 447,26 447,53 447,67 447,84 449,6122 438,72 438,93 439,41 439,68 439,72 440,01 440,32 440,36 440,58 442,1023 444,58 444,60 444,89 445,23 445,26 445,62 445,84 445,93 446,09 447,7124 441,91 441,96 442,47 442,75 442,71 443,04 443,39 443,43 443,66 445,2625 444,35 444,37 444,83 445,11 445,09 445,41 445,71 445,79 446,02 447,5826 458,77 458,80 459,11 459,53 459,55 460,02 460,25 460,25 460,47 462,2927 437,12 437,21 437,81 438,09 438,13 438,46 438,85 438,86 439,12 440,9028 434,16 434,83 435,19 435,62 435,72 436,18 436,47 436,46 436,72 438,6129 436,07 436,09 436,49 436,97 436,87 437,37 437,62 437,68 437,91 439,6330 438,15 438,32 438,86 439,11 438,91 439,22 439,56 439,52 439,77 441,3931 438,17 438,15 438,49 438,91 438,91 439,36 439,59 439,55 439,77 441,4632 433,14 433,20 433,75 433,97 433,77 434,14 434,53 434,46 434,76 436,26
Leitura
R50
5A50
10A50
20A50
5SA50
5CR50
10CR50
20CR50
138
Tabela C.2 - Resultados do monitoramento da variação de massa durante o ensaio de
carbonatação para os corpos-de-prova cilíndricos do grupo 50 (continuação)
20 21 22 23 24 25 26 27 281 444,07 445,16 446,12 446,94 447,17 447,42 448,09 448,28 448,732 475,40 476,49 477,18 477,79 477,99 478,27 478,86 479,14 479,553 448,12 449,13 450,01 450,76 451,01 451,34 452,05 452,25 452,734 450,14 451,30 452,07 452,77 452,99 453,28 453,94 454,23 454,695 457,13 458,18 458,85 459,51 459,65 460,03 460,72 461,02 461,476 455,77 456,71 457,52 458,20 458,36 458,62 459,26 459,42 459,907 462,31 463,21 463,78 464,33 464,49 464,80 465,38 465,64 466,008 452,04 453,05 453,98 454,80 454,93 455,25 456,00 456,16 456,659 474,80 475,46 476,07 476,64 476,74 477,08 477,75 477,88 478,2910 453,15 453,87 454,38 454,85 454,96 455,31 455,85 456,09 456,4511 439,92 440,58 441,15 441,69 441,80 442,16 442,76 442,85 443,2212 449,60 450,34 450,80 451,30 451,41 451,92 452,53 452,80 453,1713 438,24 438,23 439,17 439,63 439,74 440,33 440,89 441,07 441,3414 444,35 444,98 445,47 445,99 446,08 446,62 447,23 447,32 447,6115 444,12 444,63 444,91 445,31 445,36 445,89 446,40 446,55 446,8016 473,47 474,07 474,55 475,07 475,17 475,69 476,35 476,44 476,7717 447,50 448,24 448,83 449,38 449,52 449,75 450,35 450,49 450,9018 447,64 448,45 448,94 449,43 449,56 449,93 450,49 450,71 451,0419 469,55 470,24 470,80 471,33 471,45 471,75 472,35 472,50 472,9420 465,04 465,73 466,19 466,63 466,73 467,11 467,67 467,93 468,3021 451,69 452,82 453,64 454,41 454,62 455,02 455,79 456,18 456,7122 444,09 445,30 446,41 447,36 447,57 447,87 448,65 448,83 449,2523 449,69 450,88 451,66 452,38 452,57 452,94 453,64 453,99 454,4824 447,17 448,27 449,24 450,07 450,26 450,49 451,22 451,40 451,9225 449,47 450,58 451,56 452,41 452,65 452,92 453,67 453,86 454,3426 464,30 465,49 466,28 467,03 467,21 467,58 468,28 468,58 469,0027 442,77 443,82 444,78 445,63 445,76 445,99 446,73 446,91 447,3628 440,62 441,75 442,55 443,28 443,45 443,71 444,33 444,61 444,9329 441,31 442,33 443,01 443,68 443,74 443,77 444,20 444,36 444,6130 442,95 443,91 444,76 445,52 445,58 445,79 446,37 446,46 446,7831 443,08 444,04 444,65 445,27 445,32 445,63 446,20 446,41 446,7732 437,78 438,73 439,53 440,25 440,23 440,07 440,46 440,48 440,70
Leitura
R50
5A50
10A50
20A50
5SA50
5CR50
10CR50
20CR50
139
Tabela C.3 - Resultados do monitoramento da variação de massa durante o ensaio de
carbonatação para os corpos-de-prova cilíndricos do grupo 65.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 111 396,64 401,54 404,34 406,16 408,43 410,64 412,54 413,46 415,01 416,38 417,40 418,582 395,48 400,97 403,18 405,80 408,49 410,73 413,13 414,09 415,64 416,87 417,73 418,053 392,44 397,87 400,63 402,56 405,31 407,41 409,56 410,23 411,82 413,03 413,88 414,614 394,68 400,13 403,22 405,39 407,91 410,07 412,51 413,27 414,86 415,99 416,54 416,625 402,30 407,44 410,33 412,35 415,05 417,18 419,29 420,10 421,63 422,97 423,96 424,806 398,85 404,48 407,21 408,94 411,50 413,60 416,09 417,00 418,53 419,60 420,34 420,667 399,00 404,78 407,62 409,50 412,29 414,34 416,42 417,17 418,88 420,12 420,83 421,028 394,26 400,08 402,93 404,86 407,40 409,64 411,89 412,61 414,16 415,20 415,82 415,969 416,81 421,78 424,16 425,75 428,10 429,97 431,96 432,76 434,21 435,39 436,02 436,5610 421,36 426,38 428,83 430,52 432,73 434,70 436,98 438,03 439,62 440,82 441,52 441,7511 398,76 403,85 406,40 407,75 410,19 411,96 413,94 414,20 415,34 416,10 416,37 416,5512 393,44 398,48 401,09 402,80 405,07 406,89 408,82 409,33 410,64 411,24 411,57 411,2813 425,16 429,53 431,75 432,89 434,90 436,70 438,40 439,27 440,97 442,28 443,26 444,2114 405,78 410,94 412,97 414,35 416,45 418,20 420,36 421,16 422,66 423,84 424,76 425,0715 418,99 423,28 425,33 426,63 428,94 430,72 432,44 433,44 435,12 436,49 437,53 438,5616 412,25 417,24 419,27 420,69 422,78 424,45 426,29 427,34 428,95 430,16 431,15 431,6317 398,09 403,49 406,12 408,20 410,71 412,79 414,83 415,50 417,12 418,36 419,44 420,1418 421,18 426,30 428,82 430,79 433,18 435,14 437,33 438,29 439,97 441,39 442,58 443,3019 401,09 406,36 408,91 410,86 413,33 415,14 417,26 418,08 419,76 420,24 422,01 423,0220 414,52 419,54 422,25 424,04 426,44 428,55 430,60 431,55 433,15 434,50 435,63 436,3221 428,28 433,60 436,45 438,37 441,28 443,61 445,98 447,11 448,94 450,43 451,63 452,6022 406,11 411,31 413,92 416,09 418,69 420,91 423,30 424,28 426,00 427,50 428,52 429,0523 424,38 429,45 432,09 434,75 437,34 439,70 442,27 443,45 445,38 446,94 448,27 449,3424 394,19 399,13 401,70 403,60 406,09 408,30 410,53 411,47 413,07 414,40 415,34 415,7725 416,67 421,84 424,58 426,58 429,15 431,22 433,27 434,37 436,12 437,56 438,46 439,2826 396,11 401,38 404,03 406,26 408,99 411,12 413,52 414,36 415,86 416,97 417,64 418,0227 400,30 405,46 408,40 410,17 412,84 414,93 416,96 417,80 419,22 420,30 420,70 420,9628 394,93 400,27 402,92 405,07 407,75 409,92 412,30 413,10 414,61 415,76 416,27 416,5529 402,99 407,87 410,37 411,87 414,24 416,00 417,70 418,30 419,42 420,12 420,16 420,1230 394,51 399,73 401,98 403,54 405,74 407,40 409,28 409,78 410,86 411,66 411,93 412,1231 398,23 403,08 405,60 407,14 409,51 411,15 413,14 413,50 414,66 415,49 415,68 415,6232 393,48 398,80 401,30 403,06 405,58 407,41 409,45 409,86 411,00 411,49 411,47 411,35
20CR65
5A65
10A65
5SA65
5CR65
10CR65
20A65
Leituras
R65
140
APÊNDICE D – ABSORÇÃO DE ÁGUA POR CAPILARIDADE
Tabela D.1 - Resultados do monitoramento da massa durante o ensaio de absorção por imersão
para os corpos-de-prova do grupo 35, aos 91 dias. Descrição CP Seco 1h 2h 3h 6h 24h 48h 72h
1 423,90 429,18 430,56 431,15 431,86 436,13 438,77 439,982 445,84 448,72 450,02 450,61 451,52 456,96 459,45 461,363 438,76 441,84 443,12 443,82 444,60 449,27 451,71 453,544 426,28 433,65 434,96 435,65 436,28 440,09 441,99 443,205 419,47 427,95 429,41 430,38 431,21 436,16 441,03 443,236 426,35 431,40 432,63 433,27 433,99 438,29 440,49 441,587 440,65 455,00 457,33 458,50 459,50 465,49 467,94 468,858 436,48 446,42 448,12 449,48 450,60 457,30 462,53 466,019 431,84 435,09 436,35 436,94 437,79 442,88 445,57 446,9110 428,58 434,76 436,13 436,78 437,55 442,15 446,62 448,6611 429,61 434,38 435,83 436,63 437,43 442,25 444,83 446,0812 433,15 439,82 441,27 442,12 443,05 448,62 453,62 456,8913 422,44 444,62 452,35 455,79 456,07 457,78 458,42 458,6214 402,35 423,62 429,79 432,58 432,99 435,48 435,77 435,7015 417,37 428,73 432,48 434,31 436,54 449,89 451,35 451,8416 400,18 416,38 421,71 424,93 426,35 434,86 435,63 435,9517 418,52 429,39 431,51 432,38 433,07 437,18 439,20 440,1018 432,87 436,62 438,03 438,61 439,43 444,32 446,37 447,5819 431,25 438,03 439,15 439,63 440,22 443,73 445,50 446,5820 419,10 423,40 424,47 425,00 425,68 429,73 431,56 432,8421 422,76 427,29 428,68 430,89 432,16 439,79 442,67 444,0622 437,62 441,23 442,64 443,28 444,07 448,79 451,55 453,1523 437,37 441,39 442,87 443,58 444,51 450,07 453,17 454,8124 420,12 428,32 431,87 432,93 433,70 438,30 439,75 440,8925 436,48 441,04 442,35 443,19 444,10 449,54 452,33 453,9926 445,90 450,05 451,47 452,22 453,17 458,90 462,85 465,9127 430,40 436,79 438,27 438,86 439,70 444,72 447,36 449,3828 443,48 447,59 448,74 449,23 450,02 454,75 457,51 459,3329 420,32 425,93 429,66 431,24 432,73 441,69 444,33 444,8830 436,35 440,26 441,57 442,10 442,99 448,30 452,13 455,0831 436,34 441,41 442,81 443,36 444,18 449,09 451,99 454,4332 425,99 436,01 437,66 438,55 439,69 446,50 450,10 453,37
5SA35
5CR35
10CR35
20CR35
R35
5A35
10A35
20A35
Obs. Os valores em vermelho são dos corpos-de-prova descartados.
141
Tabela D.2 - Resultados do monitoramento da massa durante o ensaio de absorção por imersão
para os corpos-de-prova do grupo 50, aos 91 dias. Descrição CP Seco 1h 2h 3h 6h 24h 48h 72h
1 424,32 428,51 429,99 430,72 433,08 439,39 443,46 445,932 422,50 427,66 429,49 430,51 433,28 440,28 444,58 447,193 454,87 459,50 460,81 461,56 463,80 469,95 473,99 476,374 450,25 455,17 456,81 457,70 460,37 467,11 471,58 474,285 449,39 454,48 455,96 456,82 459,32 466,00 470,48 473,176 448,86 453,92 455,41 456,27 458,78 465,75 470,57 473,457 444,03 448,94 450,40 451,20 453,53 459,97 464,43 466,878 416,13 421,34 423,13 424,10 426,96 433,96 438,84 441,599 445,88 451,62 453,36 454,30 457,05 463,86 468,39 470,90
10 414,07 420,00 421,60 422,61 424,91 431,34 436,14 438,9811 441,78 446,68 448,19 449,00 451,32 457,76 462,26 464,9512 412,21 417,78 419,49 420,49 423,02 424,54 434,13 437,0613 419,83 424,48 426,02 426,94 429,39 435,50 439,36 441,5214 417,48 422,40 424,05 424,98 427,47 434,09 438,31 440,6515 427,48 431,74 433,21 434,02 436,30 442,28 446,05 448,0516 420,96 425,68 427,47 428,44 431,26 439,07 444,20 446,8917 421,01 425,88 427,60 428,55 431,26 438,78 443,82 446,5418 419,15 424,17 425,82 426,75 429,35 436,57 441,52 444,2719 425,58 431,39 432,68 433,37 435,45 441,55 445,81 448,2420 424,02 429,19 430,58 431,38 433,66 440,29 444,80 447,4421 421,97 426,50 427,98 428,90 431,38 438,53 443,30 446,1522 414,10 419,77 421,46 422,43 425,14 432,72 438,23 441,8723 415,30 421,33 423,04 424,00 426,72 434,65 439,29 442,4724 416,90 423,28 425,02 425,97 428,70 436,98 440,75 443,47
R50
5A50
10A50
20A50
5SA50
5CR50
10CR50
20CR50
142
Tabela D.3 - Resultados do monitoramento da massa durante o ensaio de absorção por imersão
para os corpos-de-prova do grupo 65, aos 91 dias. Descrição CP Seco 1h 2h 3h 6h 24h 48h 72h
1 380,93 387,13 390,27 392,27 396,78 409,28 415,57 419,632 381,95 387,96 391,10 393,11 397,59 410,16 416,66 420,783 379,55 385,37 388,51 390,52 394,98 407,62 414,33 418,504 394,34 400,99 404,44 406,75 411,57 425,93 433,42 437,535 385,05 391,92 395,50 397,79 402,65 416,56 423,80 428,486 380,83 387,91 391,62 393,90 398,80 412,25 419,24 424,507 386,10 392,36 395,71 397,74 402,24 414,93 421,64 425,758 390,05 396,19 399,43 401,52 406,14 419,14 425,81 429,879 396,62 402,64 405,77 407,91 412,65 425,96 432,59 436,6110 392,65 398,56 401,80 403,82 408,06 420,44 427,97 433,0311 392,34 398,82 402,05 404,05 408,45 421,23 428,71 433,6312 384,56 391,61 394,83 396,80 401,37 414,55 421,97 426,7513 402,06 407,42 410,62 412,59 417,09 429,70 435,98 439,8514 382,51 388,92 392,08 394,06 398,47 410,65 417,26 421,5815 387,43 393,63 396,59 398,56 403,08 415,02 421,62 424,9316 389,44 395,16 398,56 400,70 405,58 419,89 427,72 432,2217 409,81 416,44 419,84 422,02 426,85 441,12 448,88 453,6218 392,17 397,90 401,25 403,37 408,34 423,21 431,48 436,1619 380,51 386,83 390,11 392,10 396,70 409,50 416,02 419,9720 402,94 410,08 413,57 415,80 420,84 435,59 442,74 446,7921 406,27 412,90 416,13 418,37 423,38 437,55 445,24 449,7622 385,56 392,19 395,47 397,58 402,45 416,13 423,46 428,2123 377,27 383,93 387,07 389,25 393,92 407,49 415,70 420,8024 386,09 392,89 396,36 398,62 403,84 418,58 427,10 432,19
5CR65
10CR65
20A65
R65
5A65
10A65
20A65
5SA65
143
Tabela D.4 - Resultados do monitoramento da massa durante o ensaio de absorção por imersão
para os corpos-de-prova do grupo 35, carbonatados. Descrição CP Seco 1h 2h 3h 6h 24h 48h 72h
1 457,48 459,89 460,73 461,38 462,53 465,22 466,42 467,332 461,88 464,19 465,04 465,70 466,98 469,96 471,27 472,343 443,13 445,78 446,55 447,20 448,41 451,21 452,50 453,464 409,13 422,95 425,33 426,93 430,23 434,10 433,99 434,525 449,79 463,55 465,39 466,72 468,64 471,71 472,17 472,546 418,09 430,89 433,78 435,99 438,77 442,09 442,36 442,717 433,27 436,85 437,77 438,60 440,02 443,37 445,01 446,138 451,01 456,40 457,42 458,19 459,38 462,36 463,96 465,389 453,38 457,78 458,86 459,74 461,00 463,96 465,28 466,4910 410,08 418,03 420,00 421,95 425,61 438,73 439,56 440,0311 442,89 454,83 458,37 461,12 466,09 470,60 470,87 471,1312 437,95 458,33 462,10 464,53 465,14 463,97 466,45 466,5513 429,15 436,01 436,73 437,40 438,33 440,23 440,96 441,8714 462,05 464,53 465,36 466,08 467,36 470,92 472,60 473,7215 462,17 464,63 465,46 466,19 467,47 470,77 472,33 473,3916 440,10 445,08 446,09 446,89 448,22 451,32 452,66 453,6417 444,09 446,66 447,52 448,29 449,67 453,56 455,47 456,8618 434,33 441,71 442,88 443,70 444,98 447,30 448,07 448,6319 445,53 3,31 449,81 450,62 451,92 455,10 456,58 457,7020 444,32 448,37 449,42 450,25 451,56 454,29 455,48 456,4421 446,10 448,66 449,55 450,34 451,64 455,26 457,03 458,3122 437,25 446,06 447,92 449,14 450,94 455,92 457,86 459,6823 431,74 441,85 443,87 445,03 446,56 450,06 451,60 453,2524 431,30 438,81 440,51 441,79 443,86 450,31 452,65 454,64
R35
5A35
10A35
20A35
5SA35
5CR35
10CR35
20CR35
Obs. Os valores em vermelho são dos corpos-de-prova descartados.
144
Tabela D.5 - Resultados do monitoramento da massa durante o ensaio de absorção por imersão
para os corpos-de-prova do grupo 50, carbonatados. Descrição CP Seco 1h 2h 3h 6h 24h 48h 72h
1 437,54 439,86 440,60 441,56 442,53 445,75 447,98 449,122 435,42 437,78 438,50 439,55 440,60 444,31 446,78 448,523 438,20 440,48 441,23 442,12 443,00 445,72 447,71 448,264 448,52 451,72 452,80 454,18 455,57 461,09 465,15 468,195 447,67 450,96 452,09 453,58 455,06 461,39 466,05 469,516 445,07 448,17 449,20 450,49 451,77 456,49 459,94 462,567 444,36 447,28 448,40 449,90 451,40 457,53 462,07 465,378 442,21 445,01 446,06 447,52 448,98 454,92 459,22 462,399 429,50 432,53 433,73 435,27 436,80 443,13 447,90 451,3410 433,49 437,60 438,83 440,42 442,02 449,22 454,59 458,7111 434,31 438,16 439,43 441,06 442,69 450,10 455,60 459,7412 433,57 437,94 439,12 440,69 442,25 449,24 454,47 458,5713 440,56 443,28 444,15 445,28 446,42 450,72 453,47 455,3614 436,24 438,59 439,43 440,48 441,52 445,81 448,83 450,9115 457,00 460,08 460,98 462,21 463,44 467,75 470,22 471,9216 439,42 441,97 442,87 444,03 445,20 449,66 453,01 455,6117 443,33 445,73 446,64 447,86 449,08 453,68 457,03 459,6318 436,57 439,27 440,16 441,27 442,37 446,69 450,04 452,6419 443,81 446,77 447,80 449,12 450,43 456,13 460,17 462,9020 441,24 444,10 445,06 446,29 447,51 452,70 456,46 459,0221 435,81 438,86 439,97 441,38 442,78 448,99 453,31 456,2122 433,54 436,80 438,03 439,56 441,10 447,57 452,43 456,1123 434,61 437,93 439,19 440,85 442,51 449,33 454,52 458,5224 436,09 439,29 440,48 441,89 443,30 449,42 453,95 457,31
5SA50
5CR50
10CR50
20A50
R50
5A50
10A50
20A50
145
Tabela D.6 - Resultados do monitoramento da massa durante o ensaio de absorção por imersão
para os corpos-de-prova do grupo 65, carbonatados. Descrição CP Seco 1h 2h 3h 6h 24h 48h 72h
1 405,42 409,72 411,31 412,61 415,09 421,14 425,11 428,312 402,35 407,06 408,53 409,62 412,05 417,84 421,72 424,323 404,69 409,86 411,49 412,80 415,29 421,15 424,84 427,874 407,84 411,81 413,22 414,40 416,57 423,88 429,97 434,475 408,30 413,37 415,22 416,76 419,65 426,92 432,11 436,646 403,31 407,95 409,59 411,00 413,70 421,26 426,95 431,787 428,10 432,91 434,56 435,96 438,80 447,97 456,10 462,058 405,08 410,92 413,03 414,64 417,96 429,05 438,11 442,729 399,74 404,79 406,56 408,18 411,47 422,33 431,16 436,5410 408,58 413,58 415,50 417,10 420,28 431,45 440,17 445,8811 420,67 425,14 426,94 428,49 431,67 441,70 450,49 456,4812 414,40 418,32 419,99 421,35 424,27 433,98 442,54 448,4213 428,08 431,36 432,47 433,38 435,42 443,40 450,34 455,0314 409,19 413,68 415,17 416,35 418,71 425,47 430,44 434,2815 421,60 424,96 426,12 427,18 429,06 436,56 443,26 447,8616 415,33 420,37 421,82 422,98 425,48 433,17 439,24 443,6217 434,97 439,52 441,23 442,59 445,07 453,48 459,76 464,5018 402,78 406,90 408,21 409,37 411,55 418,51 424,62 429,2319 405,59 410,63 412,48 413,93 416,58 425,03 431,83 436,6220 409,07 414,61 415,93 417,43 420,22 427,49 432,62 438,7621 404,53 408,75 410,37 411,67 414,34 422,18 428,38 434,7422 400,54 405,18 406,86 408,27 411,20 420,68 428,91 435,1223 404,36 408,64 410,21 411,54 414,37 423,99 432,51 438,7624 400,05 406,39 408,90 410,86 414,51 427,56 437,76 439,88
5SA65
5CR65
10CR65
20CR65
R65
5AM65
10AM65
20AM65
Obs. Os valores em vermelho são dos corpos-de-prova descartados.
146
APÊNDICE E – ABSORÇÃO DE ÁGUA POR IMERSÃO
Tabela E.1 - Resultados do monitoramento da massa durante o ensaio de absorção por imersão
para os corpos-de-prova do grupo 35, aos 91 dias.
Descrição CP Seco 4h 8h 24h 48h 72h1 445,01 453,57 460,22 466,23 466,68 467,042 441,04 450,50 457,32 462,22 462,60 462,903 459,70 468,93 475,72 481,53 481,90 482,244 440,58 450,58 458,26 463,67 463,98 464,425 437,47 448,42 455,74 460,33 460,70 460,976 439,12 450,61 457,64 462,01 462,44 462,667 442,83 454,56 461,88 466,91 467,19 467,518 435,27 449,71 457,08 462,41 462,67 462,969 426,53 447,64 455,39 459,36 459,80 460,00
10 427,77 440,58 448,23 452,06 452,40 452,5711 435,97 440,85 448,41 452,98 453,20 453,5312 444,85 446,70 454,24 459,95 460,24 460,4913 435,37 455,06 462,29 467,46 467,71 468,2114 458,32 472,14 478,56 483,66 484,03 484,2715 463,51 474,60 482,27 488,22 488,68 489,1216 461,82 474,71 485,13 486,44 486,80 487,2417 456,20 470,66 478,32 480,16 480,51 480,7318 438,24 452,01 461,12 461,67 461,86 462,3719 422,38 437,37 444,59 447,03 447,47 448,1520 449,46 463,24 474,84 475,43 475,95 476,2021 442,36 456,63 468,56 469,56 469,87 470,3222 446,88 461,74 467,05 473,24 473,41 473,7323 447,88 465,29 475,38 476,25 476,66 477,3224 431,62 444,90 452,07 456,06 456,37 456,72
R35
5AM35
10AM35
20CR35
20AM35
5SA35
5CR35
10CR35
147
Tabela E.2 - Resultados do monitoramento da massa durante o ensaio de absorção por imersão
para os corpos-de-prova do grupo 50, aos 91 dias.
Descrição CP Seco 4h 8h 24h 48h 72h1 420,82 436,71 449,79 453,29 453,79 454,142 416,28 433,76 445,10 447,72 448,16 448,473 418,90 437,55 450,62 452,35 452,80 453,194 424,73 442,04 454,86 458,09 458,43 458,775 436,77 453,25 467,56 471,62 472,03 472,366 417,10 435,72 449,73 451,59 452,05 452,387 415,15 434,44 448,82 450,43 450,78 451,098 415,06 434,63 446,42 447,14 447,50 447,919 412,46 431,19 444,64 447,21 447,72 447,86
10 416,93 434,24 445,52 451,07 451,38 451,6111 431,61 451,69 464,78 468,76 468,52 468,8112 433,14 454,10 466,51 470,06 470,40 470,6613 441,98 460,58 471,29 475,03 475,49 475,8314 443,20 458,13 469,46 476,49 476,87 477,2515 418,11 435,37 448,56 450,84 451,28 451,5816 436,88 456,37 467,61 470,72 471,20 471,5317 414,98 433,35 445,23 448,70 449,20 449,5418 434,62 452,69 463,58 469,10 469,46 469,8219 435,88 453,49 467,88 469,87 470,29 470,6820 413,79 432,11 445,21 446,49 446,95 447,2621 418,46 436,46 449,78 452,33 452,75 453,1422 413,18 430,20 444,37 448,81 449,21 449,5323 430,81 449,65 461,01 466,20 466,63 466,9124 425,79 443,68 456,10 461,95 462,42 462,70
20CR50
R50
5A50
10A50
20A50
5SA50
5CR50
10CR50
148
Tabela E.3 - Resultados do monitoramento da massa durante o ensaio de absorção por imersão
para os corpos-de-prova do grupo 65, aos 91 dias.
Descrição CP Seco 4h 8h 24h 48h 72h1 393,14 419,90 434,75 436,42 437,12 437,612 409,28 433,62 448,73 452,15 452,70 453,203 391,36 419,45 432,72 435,21 435,86 436,374 389,29 426,16 434,54 435,73 436,31 436,775 409,29 414,48 453,37 455,37 455,88 456,356 390,26 414,48 431,63 434,44 435,05 435,437 390,44 417,43 434,51 437,42 437,97 438,308 403,93 431,43 448,79 452,87 453,42 453,729 383,99 412,50 429,25 430,36 430,89 431,2810 399,19 428,71 446,42 450,07 450,49 450,7911 386,34 416,11 431,82 436,53 437,99 437,2912 398,24 423,59 442,19 448,74 449,18 449,5113 401,83 430,65 447,12 448,41 449,37 449,4814 384,87 431,10 428,54 429,61 430,16 430,6115 403,16 431,71 447,63 449,08 449,69 450,1916 396,77 426,51 441,94 442,99 443,65 444,0217 394,74 424,84 439,26 440,17 440,87 441,2918 399,61 428,05 442,91 443,87 444,46 444,9119 392,30 423,42 437,63 438,45 439,09 431,2720 398,34 428,51 443,77 444,70 445,36 445,8121 392,84 422,80 437,49 438,42 439,08 439,5022 389,03 422,15 436,87 437,72 438,25 438,4823 386,98 421,56 434,75 435,51 436,13 436,4824 390,03 423,80 438,55 439,38 440,04 440,24
R65
20CR65
10CR65
5CR65
5SA65
20A65
10A65
5A65
149
APÊNDICE F – RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO
Tabela F.1 - Resultados individuais de resistência à compressão, aos 28 dias.
Descrição CP 35 50 651 35,5 40,1 34,32 39,3 39,2 34,23 36,8 38,3 36,74 39,2 40,5 37,25 64,8 48,6 34,46 58,5 44,3 36,27 62,7 46,9 32,68 60,4 46,9 39,29 45,3 55,2 40,110 53,1 54,1 37,911 41,8 52,4 35,812 43,2 51,9 36,913 39,6 36,2 37,714 40,2 45,2 35,315 39,1 44,9 34,216 43,1 42,3 35,317 48,2 40,4 36,218 44,8 39,3 36,219 44,3 43,7 31,320 50,2 43,6 35,921 60,1 49,1 30,922 61,3 47,3 30,823 52,1 45,3 29,124 56,2 44,9 31,525 33,1 54,3 30,426 38,2 53,1 28,927 38,8 47,2 32,128 36,0 49,2 26,529 35,4 44,3 24,230 36,3 45,3 26,931 33,2 46,1 26,432 32,6 41,6 24,3
Grupo
5SA
5CR
10CR
20CR
R
5AM
10AM
20AM
Obs. Os valores em vermelho são dos corpos-de-prova descartados.