avaliação da aprendizagem

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  Avaliação das Aprendizagens Referencial de Formação Pedagógica Contínua de Formadores Centro Nacional de Formação de Formadores

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Avaliação da Aprendizagem

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  • Avaliao das Aprendizagens

    Referencial de Formao Pedaggica Contnua de Formadores

    Centro Nacional de Formao de Formadores

  • Guia de Desenvolvimento .................................................................................................................................................................................................. 3

    1. Enquadramento A formao em avaliao:

    uma necessidade para uma aprendizagem mais eficiente ............................................................................................ 5

    2. Finalidade ..................................................................................................................................................................................................................................... 6

    3. Objectivos Gerais/Competncias Visadas

    A formao em avaliao: as competncias a desenvolver e a adquirir ...................................................... 6

    4. Contedos, Estrutura e Competncias Especficas

    A formao em avaliao: a estrutura de formao

    Quadro de Referncia do Programa ......................................................................................................................................................... 6

    5. Metodologias de Desenvolvimento A formao em avaliao:

    um modelo centrado nas representaes e prticas dos formadores ........................................................... 8

    6. Avaliao das Aprendizagens A formao em avaliao: avaliao das aprendizagens .. 9

    7. Planificao da Formao ........................................................................................................................................................................................ 10

    8. Bibliografia .................................................................................................................................................................................................................................. 11

    Roteiros de Trabalho ................................................................................................................................................................................................................ 13

    Ficha de Avaliao Final .................................................................................................................................................................................................... 23

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    Edio

    Instituto do Emprego e Formao Profissional

    Coleco

    Referenciais de Formao Pedaggica Contnua de Formadores

    Ttulo

    Avaliao das Aprendizagens

    Coordenao Tcnica

    Centro Nacional de Formao de Formadores

    Ncleo de Inovao e Desenvolvimento

    Autores

    Maria Leonor de Almeida Domingues dos Santos

    Jorge Manuel Bento Pinto

    Design

    Fase 4

    ISBN

    972-732-808-3

    Data de Edio

    Junho de 2003

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    1. Enquadramento

    A formao em avaliao: uma necessidade para uma aprendizagem mais eficiente

    A avaliao tem vindo nos ltimos tempos a ganhar maior destaque nos debates sobre Educao/Formao. Este debate nem sempre tem sido proveitoso no que respeita tomada de conscincia e clarificao do que a avaliao, mas ao afirm-la como uma necessidade obriga a que, pelo menos, no a possamos ignorar. De facto, por detrs da designao de avaliao escondem-se ideias e prticas muito diversas que importa trazer a primeiro plano, para ento, se poder clarificar do que se est efectivamente a falar.

    Durante quase um sculo, a avaliao foi vista apenas como uma medida, como uma tcnica, tendo uma finalidade meri-tocrtica, isto , construir e revelar hierarquias do melhor ao pior. este tipo de avaliao que a maior parte das pessoas viveram. No admira assim, que sejam estas as ideias dominantes em avaliao. Esta forma de pensar a avaliao faz es-quecer, para alm de outras coisas, que mais importante que a avaliao so as aprendizagens, e que estas no esto directamente relacionadas com a quantidade de avaliaes que se realizam, mas sim com a sua qualidade.

    Neste quadro, qualidade no significa tcnicas mais sofisticadas, mas antes assenta na relao de formao, onde a avaliao desempenha um papel decisivo. A avaliao, independentemente da sua natureza, faz-se no quadro de uma relao interpessoal complexa. Formandos e formadores no so peas de uma mquina, mas actores capazes de construir contextos e processos formativos especficos, facilitadores ou inibidores da eficcia dos processos de ensino e de aprendizagem.

    Assim, desenvolvem-se hoje novos olhares para a avaliao, pondo a tnica nas suas funes e tambm na tica; nos conhecimentos adquiridos e tambm nos processos de trabalho, nas relaes entre os actores e nos seus processos de comunicao.

    Em suma, tenta-se encarar a avaliao no apenas como uma medida do saber, mas como um processo com potencial para gerar aprendizagem.

    Muito embora no oferea grandes dificuldades a adeso intelectual a este novo olhar sobre a avaliao, o mes-mo j no se poder dizer quanto sua concretizao ao nvel das prticas. A formao pode constituir um contributo para minimizar esta contradio.

    O Instituto do Emprego e Formao Profissional (IEFP), consciente da importncia da formao dos formadores neste domnio, concebeu e validou, no mbito do Centro Nacional de Formao de Formadores, o presente Re-ferencial de Formao Pedaggica Contnua de Formadores em Avaliao das Aprendizagens, sendo agora disponibilizado a fim de integrar a oferta formativa da sua Rede de Centros de Formao Profissional e de entidades formativas que o solicitem.

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    2. Finalidade

    Face a este enquadramento, o presente Referencial de Formao Pedaggica Contnua de Formadores em Avaliao das Aprendizagens visa propiciar o desenvolvimento e a aquisio de competncias dos formadores que intervm nos diferentes processos de ensino e de aprendizagem, em contextos de Educao/Formao, no domnio da Avaliao das Aprendizagens.

    3. Objectivos Gerais/Competncias Visadas

    A formao em avaliao: as competncias a desenvolver e a adquirir:

    l Ser capaz de perceber e tomar posio, de uma forma fundamentada, sobre as vrias perspectivas de ava-liao;

    l Ser capaz de conceber um dispositivo de avaliao das aprendizagens;l Ser capaz de construir e usar instrumentos de recolha de informao adequados aos objectivos

    pretendidos;l Ser capaz de construir um sistema de informao dos resultados, mobilizador e incentivador para os

    formandos;l Adoptar uma tica centrada no respeito pelo trabalho pedaggico e pelo projecto pessoal do formando;l Ser capaz de reflectir sobre as suas vivncias de formao.

    4. Contedos, Estrutura e Competncias Especficas

    Toda a elaborao de um programa construda com base em escolhas sobre o que se pretende que os formandos aprendam e o modo como aprendem.

    Dado a natureza do curso e a sua durao, 30 Horas, entendemos que as aprendizagens dos formandos se devem organizar em redor de quatro plos:

    l as teorias implcitas sobre avaliao, porque sem a sua consciencializao no pode haver mudana; l os instrumentos de avaliao e os seus usos, porque s conhecendo-os se podem usar de uma forma

    adequada aos fins pretendidos; l os usos da informao avaliativa, porque a avaliao tem repercusses individuais e sociais;l a tica subjacente a uma relao de formao porque atravs dela que os diversos actores se posicionam no

    terreno da formao.

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    A formao em avaliao: a estrutura de formao

    O Quadro de Referncia do Programa que a seguir se apresenta, resume os principais eixos organizadores deste programa.

    Na coluna da esquerda destaca-se a competncia que est a ser objecto de trabalho, muito embora todas as competncias estejam articuladas entre si.

    Na coluna do centro apresenta-se a situao de trabalho a desenvolver, apresentada como um problema a resolver. Estas tarefas podem ser trabalhadas, quer individualmente, quer em grupo, embora se aponte para um primeiro momento de trabalho individual e, posteriormente, em grupo.

    Na coluna da direita esto indicados alguns saberes ou noes que podem funcionar como recursos para a resoluo das tarefas em curso.

    Quadro de Referncia do Programa

    continua

    Competncias a Desenvolver

    l Ser capaz de perceber e tomar posio de forma fundamentada sobre as vrias perspectivas de avaliao.

    l Ser capaz de conceber um dispositivo de avaliao das aprendizagens.

    l Ser capaz de construir e usar instrumentos de recolha de informao adequados aos objectivos pretendidos.

    Recursos Cognitivos

    l Concepes sobre avaliao;l Modalidades de avaliao;l Funes da avaliao.

    l Noo de dispositivo;l Funes da avaliao;l Relaes entre as funes da avaliao e as

    aprendizagens;l Critrios de avaliao;l Intervenientes no processo de avaliao.

    l Diversidade de tarefas e de instrumentos de avaliao;

    l Indicadores de avaliao;l Processos de comunicao (explicitao

    dos critrios);l A fidelidade e fidedignidade dos instrumentos.

    l Instrumentos centrados no processo de aprendizagem;

    l O erro como revelador das dificuldades.

    l Portflios como instrumento de avaliao formativa e globalizante.

    Situao de Trabalho

    l Fazer a anlise crtica de uma situao de avaliao vivida e das suas consequncias.

    l Elaborar de uma forma fundamentada um dispositivo de avaliao, para uma situao real ou construda para o efeito.

    l Tendo em conta o dispositivo construdo, delinear e construir os instrumentos de avaliao mais adequados aos objectivos pretendidos.

    l A partir de uma situao problema, iden-tificar os pontos fortes e fracos e delinear o que deveria ser feito para melhorar a situao.

    l Tendo em conta o dispositivo (re)elabo-rado, organizar as informaes recolhidas atravs dos diversos instrumentos, utili-zados em momentos distintos.

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    Competncias a Desenvolver

    l Ser capaz de construir um sistema de informao dos resultados, mobilizador e incentivador para os formandos.

    l Adoptar uma tica centrada no respeito pelo trabalho pedaggico e pelo projecto pessoal do formando.

    l Ser capaz de reflectir sobre as suas vivn-cias de formao.

    Recursos Cognitivos

    l Processos de comunicao;l A interaco formativa;l Tipo de informao e empenhamento na

    aco;l Auto-avaliao reguladora.

    l Objectividade e veracidade;l Transparncia de processos;l Negociao da avaliao.

    l A auto-avaliao regulada como um pro-cesso de aprendizagem.

    Situao de Trabalho

    l Recordar uma situao de avaliao vivida e analisar o modo como conheceu os re-sultados e as suas consequncias.

    l Analisar uma situao de avaliao vivida e perspectivar formas alternativas, tendo por base a sua experincia enquanto avaliador ou avaliado.

    l Descrever o curso de formao, analisando a existncia ou no de mudanas no modo de pensar a avaliao.

    5. Metodologias de Desenvolvimento

    A formao em avaliao: um modelo centrado nas representaes e prticas dos formadores

    Ao planear este modelo de formao, temos presente que se trata de um modelo de formao para adultos.

    Estes tm uma histria e uma vivncia em termos de avaliao, como estudantes, formandos ou formadores, que influencia fortemente as suas ideias sobre esta matria. Assim, a sua histria torna-se um instrumento de formao importante.

    Mas a formao no deve ficar centrada apenas sobre o vivido de cada um, mas tambm sobre as representaes que tem actualmente sobre estas questes e sobre o modo como perspectiva possveis evolues.

    Associado a estas representaes, h todo um conjunto de saber-fazer que importa analisar e toda uma re-flexo necessria de empreender sobre a coerncia e adequao entre o que se prope fazer, o que se faz, e os constrangimentos e/ou exigncias que tais opes implicam, tanto em termos tcnicos, como em termos humanos e institucionais.

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    Mas a formao para o adulto significa, tambm, um constante vai e vem entre as reflexes, propsitos e anli-ses de todos os participantes, com o objectivo de facilitar a emergncia de uma cultura comum no grupo de formao que sustente um agir profissional.

    Juntando ao que atrs se disse, podemos deduzir as seguintes linhas de fora como caractersticas centrais deste modelo de formao:

    l A importncia do vivido (individualmente) como ponto de partida do processo de formao;l O confronto com situaes problema, de modo a analisar e a desbloquear ideias e preconceitos e a recons-

    truir novas representaes;l A importncia do trabalho em colaborao entre o grupo de modo a fazer emergir um saber profissional

    nesta matria.

    Assim, as aprendizagens realizadas no constituiro um conjunto de saberes acumulados, de uma forma individual, mas antes um conjunto de saberes mobilizveis em situaes especficas, e portanto singulares, capazes de cons-tituir uma plataforma cultural de olhar a avaliao das aprendizagens.

    A metodologia de desenvolvimento dos cursos, organizados com base neste Referencial, activa e assente no desenvolvimento, em conformidade com o quadro de referncia do programa captulo 4, de um conjunto de actividades, tarefas e trabalhos individuais e grupais, bem como da construo de um portflio individual, a propor aos participantes no incio da formao e a realizar ao longo de toda o curso/aco.

    Para clarificao do processo de desenvolvimento do programa, apresenta-se um roteiro de trabalho para cada competncia enunciada (ver Roteiros de Trabalho), a aplicar no processo formativo.

    6. Avaliao das Aprendizagens

    A formao em avaliao: avaliao das aprendizagens realizadas

    Tendo em conta que o processo de avaliao das aprendizagens realizadas no mbito deste curso deve igualmente contribuir para essas mesmas aprendizagens, prope-se a construo de um portflio individual que decorrer ao longo do curso e incluir obrigatoriamente alguns trabalhos realizados durante o curso, acompanhados da

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    justificao da sua seleco e o produto realizado a partir da ltima tarefa apresentada no quadro constante no ponto 4 deste Referencial anlise de mudanas no modo de pensar a avaliao. O portflio poder incluir outros elementos a negociar com os formandos.

    Esta proposta de trabalho dever ser apresentada aos formandos no incio do curso/aco, explicitando--se o que se pretende e como se espera que a sua construo se v desenvolvendo.

    O formador, ao longo da durao da aco dever criar momentos especficos para se fazerem pontos de situao e para regular e (re) orientar este trabalho. No final da formao o formador refletir, numa Ficha de Avaliao Final (ver Ficha de Avaliao), a sua opinio sobre cada participante, no que respeita aos com-portamentos observados e ao dominio das competncias visadas, observado nas vrias actividades de aplicao desenvolvidas e na construo do portflio individual.

    7. Planificao da Formao

    Para operacionalizar a formao no mbito do presente Referencial apresenta-se uma estrutura e respectiva sequncia pedaggica, no ponto 4, Quadro de Referncia do Programa cujo processo de desenvolvimento clarificado pelos Roteiros de Trabalho por cada competncia enunciada, constantes em Roteiros de Trabalho.

    recomendvel a realizao desta formao, sempre que possvel, em dois perodos ou fases de formao em sala, alternando-se a formao com a prtica profissional, por forma a potenciar os resultados preconizados, designadamente pela construo do portflio individual. Por exemplo, realizao de uma aco com a durao de 2 dias na primeira fase a que se segue um intervalo mnimo de 1 semana, retomando-se a formao em sala por mais trs dias.

    A durao total de referncia para esta formao de 30 horas.

    A distribuio do tempo de formao em sala, 30 horas, por cada uma das componentes do curso, pode ser varivel em funo dos destinatrios, muito embora a ttulo indicativo se possa apontar para que no trabalho sobre as duas primeiras competncias se dispense 10 horas, na terceira competncia 10 horas e, nas restantes competncias, outras 10 horas.

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    8. Bibliografia

    Para alm da bibliografia especfica, constante em cada um dos roteiros, apresenta-se uma bibliografia geral de aprofundamento da temtica:

    BARBIER, J. M. (1990). A avaliao em formao. Porto: Edies Afrontamento.

    BLAIR, L. (1996). tude dun modle de formation lvaluation des apprentissages. Mesure et valuation en ducation, vol. 19 (1), pp. 95-117.

    ESTRELA, A. E NVOA, A. (1993). Avaliaes em educao: novas perspectivas. Porto: Porto Editora.

    FIGARI, G. (1996). Avaliar: que referencial? Porto: Porto Editora.

    HADGI, C. (1994). Avaliao, regras do jogo. Porto: Porto Editora.

    PINTO J., SANTOS, L. (2000). Documento sobre avaliao integrado na reviso dos programas da componente sociocultural dos dispositivos de formao do IEFP.

    Livros e artigos da revista Formar editados, nesta rea, pelo IEFP.

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    Competncia a desenvolver

    Ser capaz de perceber e tomar posio de uma forma fundamentada sobre as vrias perspectivas de avaliao.

    Tarefa a realizar

    Fazer a anlise crtica de uma situao de avaliao vivida e das suas consequncias.

    Desenvolvimento da actividade (sugesto)

    Trabalho individual:

    l Pea a cada um dos seus formandos que recorde e descreva por escrito uma situao de avaliao, importante na sua vida, quer como for-mador, quer como formando. Esta descrio deve ser livre. Deve encorajar-se os formandos a explicitarem a razo da sua significao, bem como os sentimentos associados a essa experincia.

    Trabalho em grupo:

    l Organize agora os formandos em grupo (3/4) e pea a cada membro do grupo para contar brevemente a sua situao aos outros. l Aps esta troca de impresses, cada grupo procurar identificar e descrever o que h de comum e de distinto entre as vrias histrias em

    termos de:

    objectivos da avaliao; momento em que foi realizada; quem a concebeu e conduziu; quais os instrumentos usados; quais as consequncias para os sujeitos; quais os sentimentos que experimentaram.

    Trabalho em grande grupo:

    l O formador, em interaco com os formandos, analisar as semelhanas e as diferenas, bem como as propostas de evoluo, tendo como quadro de fundo os conceitos tericos respeitantes s:

    Principais correntes da avaliao; Modalidades de avaliao e suas funes.

    Trabalho em grupo:

    l Em relao a uma situao vivida por um dos elementos do grupo, fazer uma proposta exequvel de melhoria face aos aspectos identificados como mais problemticos.

    l Analisar a proposta realizada, identificando se as evolues correspondem ou no a outra concepo de avaliao.

    Quadros conceptuais para o desenvolvimento e enquadramento do trabalho

    Concepes de avaliao:

    l A avaliao como uma medida centrada em situaes normativas;l A avaliao como uma medida centrada nos objectivos;l A avaliao como um processo de comunicao.

    Roteiro de Trabalho I

    (continua)

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    Modalidades de avaliao:

    l A avaliao sumativa;l A avaliao formativa;l A regulao formativa.

    Funes da Avaliao:

    l Sociais (seleco, orientao, certificao);l Institucionais (controlo e gesto dos processos de formao);l Pedaggicas (instrumento de ensino e aprendizagem).

    Bibliografia de apoio

    HADGI, C. (1994 ). A avaliao, regras do jogo. Porto: Porto Editora.Livros e artigos da revista Formar editados nesta rea pelo IEFP.

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    Roteiro de Trabalho 2

    Competncia a desenvolver

    Ser capaz de conceber um dispositivo de avaliao das aprendizagens.

    Tarefa a realizar

    A partir de uma situao real j vivida, ou a partir de um caso, pedir aos formandos para elaborarem de uma forma to completa quanto possvel o esquema de avaliao para essa situao, e para explicitarem as relaes entre as diversas componentes da avaliao.

    Desenvolvimento da actividade (sugesto)

    Trabalho individual:

    l A partir de uma experincia vivida pelo formando, recordar um curso de formao e descrever como foi avaliado ao longo desse curso.

    Trabalho em grupo:

    l Organize os formandos em grupo e pea para compararem as avaliaes realizadas de uma forma crtica em cada um dos grupos, identificando os objectivos, os critrios, os indicadores, os instrumentos, os sujeitos e os momentos.

    l Pea para os formandos elegerem uma situao e fazerem uma proposta de melhoria da avaliao de uma forma justificada.

    Trabalho em grande grupo:

    l Cada grupo apresenta o seu trabalho de uma forma sucinta e discute-se.l Nesta discusso, o formador dever estar atento aos argumentos utilizados na discusso e sublinhar:

    Os objectivos do curso e da avaliao; As diversas modalidades e momentos de avaliao; As funes de cada modalidade; A explicitao dos critrios; A coerncia do modelo tendo em conta os objectivos do curso.

    Quadros conceptuais para o desenvolvimento e enquadramento do trabalho

    O dispositivo de avaliao:

    l A coerncia entre os objectivos do curso e os objectivos de avaliaol Os objectivos de avaliao e as modalidades e momentos de avaliaol As modalidades e os instrumentosl Os instrumentos e os critrios de avaliao

    Bibliografia de apoio Hadgi, C. (1994) A avaliao, regras do jogo. Porto: Porto Editora.

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    Competncia a desenvolver

    Ser capaz de construir e usar instrumentos de recolha de informao adequados aos objectivos pretendidos.

    Tarefas a desenvolver

    Tarefa 1 Tendo em conta o dispositivo elaborado em traos gerais, delinear e construir os instrumentos de avaliao mais adequados aos objectivos pretendidos.

    Tarefa 2 Sobre a tarefa anterior ou sobre uma outra, criar um momento de reflexo, que possibilite aos formandos reflectir sobre instru-mentos e/ou propostas de avaliao e formular sugestes para a sua melhoria.

    Tarefa 3 A partir da experincia anterior voltar a olhar para a proposta de dispositivo de avaliao e para os instrumentos propostos, e verificar a sua adequao aos objectivos que se pretendem avaliar e sua oportunidade temporal.

    Desenvolvimento da actividade (sugesto)

    l Partindo do trabalho realizado em torno do dispositivo, desenvolver as actividades propostas no ponto anterior.l Utilizar de preferncia o trabalho de grupo.l No final de cada uma das tarefas deve prever-se um momento para que os grupos apresentem as suas produes e justifiquem as suas opes,

    em grande grupo.l Nestas justificaes o formador dever estar atento e fundamentar teoricamente aspectos como:

    A relao entre os objectivos de avaliao e os instrumentos; Os objectos de avaliao; A diversidade de instrumentos; A diversidade de situaes; A coerncia entre os diversos instrumentos propostos.

    Quadros conceptuais para o desenvolvimento e enquadramento do trabalho

    Tarefa 1:

    l Os objectivos de avaliao e os instrumentos de avaliao;l A recolha de informao os indicadores;l A comunicao num processo de avaliao;l Requisitos de um processo de avaliao: a fidelidade e a validade dos instrumentos.

    Tarefa 2:

    l Instrumentos de avaliao formativa centrados no desenvolvimento das tarefas e na anlise dos erros.

    Tarefa 3:

    l Os portflios como instrumentos de avaliao.

    Bibliografia de apoio

    HADGI, C. (1994) A avaliao, regras do jogo. Porto: Porto Editora.PERRETI, A. (1991) Organizer des formations. Paris: Hachette.PINTO, J., SANTOS, L. (2000). Documento sobre avaliao integrado na reviso dos programas da componente socio-cultural dos dispositivos de

    formao do IEFP. (no prelo). Obras editadas pelo IEFP sobre avaliao.

    Roteiro de Trabalho 3

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    Competncia a desenvolver

    Ser capaz de construir um sistema de informao dos resultados, mobilizador e incentivador para os formandos.

    Tarefas a realizar

    Recordar uma situao de avaliao vivida e analisar o modo como se conheceram os resultados e as suas consequncias.

    Desenvolvimento da actividade (sugesto)

    l Comear por pedir esta reflexo em termos individuais;l Em seguida, passar a trabalho de grupo e pedir para escolherem uma situao como base de reflexo;l Procure que os formandos relacionem o conhecimento dos resultados e as consequncias que esse conhecimento provocou, na mobilizao

    do sujeito para novas aprendizagens;l No final, em grande grupo, organizar um debate sobre:

    A importncia do conhecimento dos resultados; O tipos de informaes a dar; O papel da auto-avaliao.

    Quadros conceptuais para o desenvolvimento e enquadramento do trabalho

    A avaliao como um processo de comunicao

    Conhecimento dos resultados e atribuio causal

    A auto-avaliao:

    l limites e vantagens;l um instrumento de aprendizagem.

    Bibliografia de apoio

    HADGI, C. (1994) A avaliao, regras do jogo. Porto: Porto Editora.ABRCHT, R. (1991) L valuation formative. Bruxelas: De Boeck.

    Roteiro de Trabalho 4

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    Roteiro de Trabalho 5

    Competncia a desenvolver

    Ser capaz de adoptar uma tica centrada no respeito pelo trabalho pedaggico e pelo projecto pessoal do formando.

    Tarefa a realizar

    Analisar uma situao de avaliao vivida e perspectivar formas alternativas, tendo por base a sua experincia enquanto avaliador ou avaliado.

    Desenvolvimento da actividade (sugesto)

    l Comear por pedir esta reflexo em termos individuais.l Em seguida passar a trabalho de grupo e pedir para escolherem uma situao como base de reflexo.l Procurar que os formandos faam uma reflexo sobre:

    A objectividade dos resultados de avaliao; O tipo de relao existe entre a objectividade e a verdade; Como se pode garantir a objectividade da avaliao e a verdade social da avaliao.

    l No final organizar um debate no grande grupo.

    Quadros conceptuais para o desenvolvimento e enquadramento do trabalho

    A tica e a avaliao:

    l As relaes entre os actores num processo de avaliao;l A objectividade como um valor a concretizar;l A negociao de processos.

    A credibilizao social dos processos de avaliao

    Bibliografia de apoio

    CARDINET, J. (1988) valuation scolaire et msure. Bruxelas: De Boeck (existe traduo em Portugus).PINTO J., SANTOS, L. (2000). Documento sobre avaliao integrado na reviso dos programas da componente socio-cultural dos dispositivos de

    formao do IEFP. (no prelo)

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    Roteiro de Trabalho 6

    Competncia a desenvolver

    Ser capaz de reflectir sobre as suas vivncias de formao.

    Tarefa a realizar

    Descrever o curso de formao, analisando a existncia ou no de mudanas no modo de pensar a avaliao.

    Desenvolvimento da actividade (sugesto)

    l Esta tarefa configura um processo de auto-avaliao. l Assim, num primeiro momento e em grupo devem ser identificados alguns critrios que orientem e organizem a reflexo. Por exemplo:

    os aspectos que mudaram, o que ficou na mesma, o que mais gostaram, as actividades mais interessantes, etc.

    l Depois de negociado o quadro de referncia desta avaliao, os formandos devem realizar esta tarefa de um modo individual.l Como opo, pode organizar-se uma discusso do grupo em torno dos pontos mais conseguidos e menos conseguidos do curso, numa

    perspectiva de encontrar solues para a sua melhoria.

    Bibliografia de apoio Portfolio

    ASTURIAS, H. (1994). Using Students. Portfolio to Assess Mathematical Uderstanding. Mathematics Teacher, vol. 87, n. 9, 698-699.CLARKE, D. (1996). Assessment. In A. J. Bishop; K. Clements; C. Keitel; KilpatricK, J.e C. Laborde. (Eds.) International Handbook of Mathematics

    Education. Netherlans:Kluwer Academic Publishers.CROWLEY, M. (1993). Student Mathematics Portfolio: More than a Display Case. Mathermatics Teacher, October.DUSCHEL, R. e GITOMER, D. (1991). Epistemological Perspectives on Conceptual Change: Implications for Educacional Pratices. Journal of Research

    in Science Teaching, vol. 28, n.9, p.839-858.FORGETTE-GIROUX, R. e SIMON, M. (1997). Une Nouvelle Faon dvaluer le Progrs de lleve: le Dossier dAprentissage. Documento distribudo

    na ADM 19 Session dtudes. Ottawa, Canada.LAMBDIN, D. e WALKER, V. (1994). Planning for Classroom Portfolio Assessment. Arithmetic Teacher, February.LEAL, L. (1997). Portfolio ou Pasta do Aluno. Educao e Matemtica, n. 42, p. 11-12.

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    Ficha de Avaliao Final

    Nome do Participante: ______________________________________________________________________

    Aco n.: _______________________________ Data de Realizao: ____________________________

    Parmetros de Avaliao Observaes/Orientaes

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    Participao nas actividades

    Sentido de responsabilidade

    Relacionamento interpessoal

    Perceber e tomar posio sobre as vrias perspectivas de avaliao

    Conceber um dispositivo de avaliao das aprendizagens

    Construir e usar instrumentos de recolha de informao face aos objectivos

    Construir sistema de informao de resultados da avaliao

    Reflectir e partilhar vivncias pessoais de formao

    Integrao Qualidade pedaggica dos trabalhos produzidos

    Nvel global de desempenho na formao: ______________________________________________________________________________

    _________________________________________________________________________________________________________________

    _________________________________________________________________________________________________________________

    O(A) Formador(a) O(A) Coordenador(a)

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  • Ficha de Avaliao Final

    Definio dos Parmetros de Avaliao

    Competncias Gerais Comportamento Observado

    Participao nas actividades evidencia escuta activa e ateno, interesse e motivao pelas situaes vi-venciadas e participa, intervindo e colaborando de forma pertinente, oportuna e facilitadora do desenvolvimento das actividades propostas no decurso das sesses.

    Sentido de responsabilidade cumpre horrios, prazos, tarefas e compromissos acordados com o formador e com o grupo.

    Relacionamento interpessoal comunica e interage com os colegas, formador e outros, demonstrando abertura, tolerncia e esprito de equipa. Demonstra capacidade de gesto de conflitos com base na negociao e assume atitudes assertivas, quando oportuno.

    Competncias especificas observadas em situaao de aplicao

    Integrao Qualidade pedaggica dos trabalhos produzidos evidencia a aplicao das competncias visadas pela formao (anteriormente observadas e apreciadas) nos diversos trabalhos desenvolvidos roteiros de trabalho, portflio individual e outros, adoptando uma tica centrada no respeito pelo trabalho pedaggico e pelo projecto pessoal do formando.

  • Misso e Atribuies do CNFFO Centro Nacional de Formao de Formadores (CNFF) uma unidade orgnica do Instituto do Emprego e Formao Profissional cuja criao foi prevista na Portaria n. 297/97, de 6 de Maio, que aprova a estrutura orgnica dos servios centrais do Instituto.

    O CNFF tem por misso contribuir para a elevao da qualidade da Formao Profissional, atravs da formao pedaggica dos principais agentes da Formao, procurando introduzir factores de inovao nas estratgias e metodologias de interveno dos Formadores, que possa conduzir a uma maior adequabilidade aos diversos pblicos, natureza de contedos/competncias e modalidades de formao.

    Compete especificamente ao CNFF a concepo, experimentao e validao de planos, programas, metodologias e recursos didcticos para a formao inicial e contnua de Formadores e de outros Tcnicos que intervm no sistema de Formao Profissional inserida no mercado de emprego, articulando, para o efeito, com outras unidades orgnicas do IEFP e entidades congneres, nacionais e internacionais.

    Neste quadro, so concebidos, elaborados e experimentados os referenciais de formao dirigidos a Formadores e a ou-tros Tcnicos, os quais, aps validao e a devida formao de formadores, so integrados na oferta formativa da Rede de Centros de Formao Profissional do IEFP para serem disponibilizados aos destinatrios finais e s entidades formadoras que os solicitem.

    Formao Pedaggica Contnua de FormadoresOs diversos referenciais de formao concebidos e produzidos no mbito do CNFF tm em conta as necessidades de forma-o dos Formadores e constituem-se, em particular no caso da formao contnua de formadores, numa estrutura modular organizada em torno de quatro grandes domnios:

    l Sistemas de Educao, Formao e Certificaol Gesto da Formaol Concepo e Programao da Formaol Desenvolvimento da Formao

    A estrutura modular de Formao Contnua de Formadores integra diversos mdulos/cursos autnomos, correspondentes a conjuntos de competncias relativas a determinadas funes desempenhadas pelos Formadores, pelos Formadores de Formadores e outros Tcnicos de Formao.

    Cada formador poder seleccionar, dentre esta oferta assim organizada, os mdulos/cursos que melhor respondam s suas necessidades especficas de formao e ir construindo o seu percurso de formao contnua, numa perspectiva de melhora-mento permanente das suas competncias e da qualidade da sua interveno. Por outro lado, tal permitir-lhe- corresponder a um dos requisitos de renovao do Certificado de Aptido Profissional de Formador, de acordo com as normas estabelecidas pelo Sistema Nacional de Certificao Profissional.

    A formao pedaggica respeitante ao presente Referencial considerada relevante para efeitos de renovao do Certificado de Aptido de Formador Competncia Pedaggica,

    no mbito do Sistema Nacional de Certificao Profissional.

    Este Referencial, bem como os demais referenciais produzidos pelo Centro Nacional de Formao de Formadores, encontra-se disponvel, para consulta e impresso, na Internet, no stio do Instituto do Emprego e Formao Profissional.

    www.iefp.pt

    CNFF/Referenciais de Formao de Formadores