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Fundamentação teórica para solução de problemas de uma cidade hipotética do Curso Gerente de Cidades.TRANSCRIPT
C U R S O CGC – Pós-Graduação Lato Sensu em Gerente de Cidade
Código 4859/2011
4ª AVALIAÇÃO
Aluno: Alexandre Cabral Cavalcanti Curso: CGC–Pós Graduação Lato Sensu em Gerente de Cidade Código Secundário: 4859/2011 Unidade: 34 - Turma: 014859/11
Rio Branco/AC Julho de 2012
Questão I – Uma diversificada fundamentação teórica sobre Direito Constitucional, Direito
Administrativo e Direito Tributário para embasar a sua análise sobre como deveria ser equacionado os seguintes problemas: a) aumentar a arrecadação do município sem aumentar tributos ou alíquotas; b) não haver evasão de receitas, e c) para dirimir a citada falta de definição de competências entre o
Executivo e o Legislativo.
Fundamentação teórica sobre Direito Constitucional, Direito Administrativo e Direito
Tributário.
O constitucionalismo teve sua origem formal histórica à época da celebração da
Carta Magna na Inglaterra, assim pela primeira vez fora elaborado um texto de lei,
que delimitava os limites das terras que ficariam sobre o poder do monarca, as
condições estabelecidas permitiu ao Rei João sem terra, obrigando-o aceitar as
condições de limitação de seu poder para que pudesse assumir a coroa. Assim em
1215, foi criada a primeira Constituição.
No decorrer dos anos seguintes, houveram desdobramentos da constituição inglesa,
no entanto, ocorriam de forma não escrita, fundamentadas nos usos e costumes,
sem a Carta Magna, chamava-se de Direito Consuetudinário.
Consuetudinário (latim consuetudinarius, -a, -um) adj. 1. Ordinário; habitual, acostumado. Direito consuetudinário: o que não está escrito e é só fundado nos usos ou costumes. (acesso: http://www.priberam.pt/dlpo/default.aspx?pal=Consuetudin%C3%A1rio)
Em 1787 nos Estados Unidos da América, é criada a primeira constituição moderna,
que criou o Estado de forma a organizar seus poderes, suas competências internas,
os limites das ações de seus governantes, explicitando os direitos e deveres
fundamentais de seus cidadãos.
Neste momento tão importante para os Estados Unidos da América, no outro lado do
mundo, na Inglaterra, treze colônias tornam-se independentes, a França promulgada
sua primeira constituição que fora escrita em 1704, com base na coletânea de idéias
da época da Revolução Francesa que sem dúvida influenciou a Constituição Norte-
americana.
O CONCEITO DE CONSTITUIÇÃO O conceito mais difundido de constituição é o que define como sendo o estatuto
jurídico fundamental da comunidade e lei fundamental do Estado, no entanto, a
Constituição é muito mais, pois definirá a forma de ser do Estado.
Segundo Norberto Bobbio, o Estado moderno, liberal e democrático surgiu da
reação contra o Estado absoluto. Para Bobbio, o problema fundamental do Estado
constitucional moderno, que se desenvolve como uma antítese do Estado absoluto,
é o dos limites do poder estatal.
A Constituição tem como princípio a divisão dos poderes, assim garante e controla
os abusos dos poderes estatuais, mas, contempla as garantias da liberdade, da
participação de todos nos atos de poder e de direitos fundamentais inalienáveis do
cidadão.
Para Ferdinand Lassale (1825-1864), conceituado advogado na antiga Prússia, as
questões constitucionais não são somente jurídicas, mas políticas também, onde os
fatores reais do poder formam a chamada Constituição real do país.
Para Lassalle, o poder da força seria sempre superior ao poder das normas
jurídicas, situação em que a normatividade é submetida à realidade fática. Isso
significaria a negação da Constituição jurídica, que teria unicamente a função de
justificar as relações de poder dominantes.
A Constituição é um conjunto de princípios e normativas que consistem em um
sistema aberto de princípios de Direito Internacional, podemos exemplificar os
Direitos Humanos.
Vários são os tipos constitucionais, há constituições que não se preocupam com a
liberdade e direitos individuais dos cidadãos, são chamadas essas de Constituições
dos países totalitários.
Os tipos constitucionais diferem, pois existem Constituições sem qualquer
preocupação com a liberdade e com os direitos individuais dos cidadãos, como, por
exemplo, as Constituições dos países totalitários apontam-se China e Cuba.
De modo geral as demais Constituições existentes, priorizam os direitos individuais,
dentre essas, a Constituição Federal do Brasil.
Identifica-se de forma clara que algumas experiências constitucionais em vários
países, das quais a Constituição Brasileira após o ano de 1988 e, particularmente,
da Era FHC(Presidente do Brasil-Fernando Henrique Cardoso), o direito
constitucional passou a ser encarado sobre uma lógica de flexibilização política,
verdadeira mercadoria política, prestando-se servilmente as vontades dos
programas de governo e rompendo com seu cunho verdadeiro de estabilidade e
duradoura, contudo sem que signifique um rotulamento do real, nem tão pouco a
destruição das conquistas sociais consolidadas.
A Constituição Brasileira de 1988 tem sua origem de forma promulgada, onde
através de um processo democrático de elaboração, onde o povo por meio de seus
representantes eleitos, elaborou na forma escrita as leis, depois de aprovada por um
órgão constituinte e somente depois de todo esse processo entrou em vigor.
Outro exemplo de Constituição pode advir de um movimento de golpe, onde não há
a participação popular, ou também uma Constituição imposta, por força de um
regime ditatorial, assim ocorrendo tem-se uma Constituição de origem outorgada, no
entanto, não ocorreu segundo o desejo do povo, é outorgada pela força das armas
de um ditador.
Em nosso país a Constituição nos anos de 1891, 1934, 1946 e a de 1988, foram
elaboradas de forma democrática, também chamada de popular, foi baseada no
trabalho de uma assembléia Nacional Constituinte, esta eleita pelo povo para este
fim.
Nos anos de 1824, 1937, 1967 e a Emenda Constitucional de 1969, o Brasil viveu
exatamente sobre a imposição de uma Constituição outorgada, que foi estabelecida
por imposição do poder do governante, sem a participação popular.
Nas várias classificações da criação de uma constituição, temos quanto ao conteúdo
a separação formal e material; quanto a forma a classificação é escrita e não escrita;
quanto elaboração temos a classificação dogmática e histórica, quanto a origem
divididas em promulgadas e outorgadas; quanto a estabilidade temos as imutáveis,
rígidas, flexíveis e semi-rígidas; quanto a extensão e finalidade temos as chamadas
sintéticas e analíticas.
Classificada a Constituição como sintética, entende-se quando o texto constitucional
consagra linhas gerais, elegendo princípios norteadores da organização do Estado.
Pode-se citar a Constituição norte-americana, quanto à extensão e finalidade, como
exemplo clássico de texto constitucional sintético. Já tendo ocorrido apenas 27
emendas, o que demonstra a longevidade e estabilidade desse tipo de construção
estatal.
As Constituições classificadas como analíticas, detalham com mais especificidade
um quadro normativo tipicamente infraconstitucional, constitucionalizando temas
inerentes ao Direito Civil ou Comercial, os quais, uma vez tratados expressamente
na Constituição, são alçados à matéria constitucional.
A Constituição brasileira é, portanto, formal, escrita, dogmática, promulgada, rígida e
analítica. Considerada sim extremamente rígida no que se refere aos procedimentos
de revisão ou alteração, pois exige o quorum de 3/5 para alteração do texto por meio
de emenda, em dois turnos de votação na Câmara dos Deputados e no Senado. E,
ainda, qualquer proposta de emenda só poderá ser admitida se for subscrita por no
mínimo 1/3 dos membros do Congresso Nacional.
Constituição do Brasil promulgada em 1988 estabeleceu, de forma extremamente
rígida, em seu artigo 60, a proibição de emendas tendenciosas a abolir, a forma
federal, a democracia, os direitos individuais e suas garantias e por fim a separação
dos poderes.
São objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, enunciados no art. 3º
da Constituição Federal, Construir uma Sociedade Livre, Justa e Solidária, onde os
valores do Estado contemporâneo se voltam contra as injustiças, e ainda tendo papel
importante na restauração e redução das desigualdades humanas.
Nesse sentido, a noção de liberdade é compatibilizada com igualdade, de um
exercício de liberdade utilizado com equilíbrio, moderação e fraternidade.
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; II - garantir o desenvolvimento nacional; III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. (Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.)
No inciso II do mesmo artigo, temos como objetivo a garantia do desenvolvimento
nacional, portanto, as ações e programas de governo em todas as esferas de
governo, devem objetivar e garantir o desenvolvimento nacional, assegurando a
melhoria das condições de saúde, educação, cultura e capacitação para o pleno
desenvolvimento socioeconômico do cidadão.
Agora o inciso III do art. 3º da nossa Constituição Federal aponta para uma questão
se suma importância para a nossa Nação, que é a de erradicar a Pobreza e a
Marginalização e Reduzir as Desigualdades Sociais e Regionais.
Ao estabelecer como fundamento do Estado a erradicação da pobreza, admite como
imperativo ao desenvolvimento do país promover ações que viabilizem condições
mais dignas de vida para a população brasileira.
Assim sendo, tem o sentido de promover o aumento do produto interno bruto e a
expansão da economia do país, devendo permitir avanços tecnológicos e sociais
para o bem comum dos cidadãos com vistas à erradicação da pobreza.
E por fim, no inciso 3º da Constituição, que prevê a igualdade para todos, estabelece
o preceito de promover o bem comum, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor,
idade e quaisquer formas de discriminação, consagrando formalmente a igualdade
entre os cidadãos.
Para José Afonso da Silva, as Constituições contemporâneas, em sua estrutura
normativa, apresentam-se em cinco categorias de elementos destacáveis: orgânicos;
limitativos; sócio-ideológicos; de estabilização constitucional; e, finalmente, formais
de aplicabilidade.
Elementos orgânicos, aqueles contidos em normas jurídicas que regulam a estrutura
e o funcionamento do poder estatal, na Constituição brasileira, tais elementos são
encontrados nos Títulos III (Da Organização do Estado), no Título IV (Da
Organização dos Poderes e do Sistema de Governo), no Título V, Capítulos II e III
(Das Forças Armadas e da Segurança Pública), e no Título VI (Da Tributação e do
Orçamento).
Elementos limitativos, aqueles têm origem no liberalismo clássico, estabelecem
limites à ação do Estado, assegurando um Estado de Direito onde os direitos
individuais e coletivos obrigam-se a estar presentes no texto constitucional, são
assim encontrados no Título II (Dos Direitos Garantias Fundamentais)
Já os elementos sócio-ideológicos, não apareciam nas primeiras Constituições
escritas, isso porque elas tratavam exclusivamente da limitação à ingerência estatal.
Na Constituição Federal esses elementos são encontrados no Capítulo II, do Título II
(Dos Direitos Sociais), e, também, nos Títulos VII e VIII (Da Ordem Econômica
Financeira e da Ordem Social);
O Município de Pestanópolis tem de como premissa baseado nos elementos
descritos acima com o propósito de aumentar a arrecadação do município sem
aumentar tributos ou alíquotas, garantir a promoção dos direitos sociais direcionado
aos menos favorecidos, sem é claro aumento dos gastos públicos e conseqüente
endividamento, mas com medidas bem planejadas que visem o correto emprego das
receitas, de forma eficaz.
A Estabilização Constitucional trazem inseridos no contexto a necessidade da
proteção do texto constitucional, e, por isso mesmo, tem como destino à defesa da
Constituição e à solução de conflitos constitucionais, garantindo a continuidade da
norma constitucional através de meios de efetivos, descritos nos arts. 102, I, a, e 103
(relativos à jurisdição constitucional), nos arts. 34 a 36 (Da Intervenção nos Estados
e Municípios), nos arts. 59, I, e 60 (referentes ao processo de emendas à
Constituição), e no Título V, Capítulo I (Do Estado de Defesa e do Estado de Sítio).
Os elementos Formais de Aplicabilidade, dizem respeito à criação das regras de
aplicação das normas constitucionais, destacados com ênfase nos artigos 1o ao 4o,
que revelam princípios fundamentais da Constituição, assim também as disposições
constitucionais transitórias, concomitantemente ainda com aplicabilidade o §1º, do
art. 5º, que dispõe normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais de
aplicação imediata, ainda se completam com o artigo 24 apresentando regras para
aplicação do federalismo cooperativo, consagrando os elementos formais de
aplicabilidade.
O Município de Pestanópolis como os demais municípios brasileiros, tem autonomia,
que estão fundamentados nos artigos 29 e 30 da Constituição Federal e são de
grande relevância, pois o município integra a organização político-administrativa do
país, com as três capacidades de auto-organização e normatização própria,
autogoverno e auto-administração.
O Município de Pestanópolis, é um dos membros federativo da República, tendo
característica exclusiva da organização do estado federal brasileiro, diferente de
outros países que tão somente concebem a União dos estados-membros como
seus elementos fundamentais de existência.
Segundo Zimmermann, o município é pessoa jurídica de direito público interno, com
“status de unidade autônoma de poder dentro de nossa peculiar estrutura federativa
tridimensional”.
Os Municípios brasileiros organizam-se através das suas Leis Orgânicas Municipais,
que vem a ser uma espécie de Constituição Municipal, promulgada de acordo com o
que esta previsto na Constituição Federal no caput do artigo 29.
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos:
I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de quatro anos, mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o País;
II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no caso de Municípios com mais de duzentos mil eleitores;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de1997)
III - posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1º de janeiro do ano subseqüente ao da eleição;
Segundo Carraza (2004.), o principio impresso neste dispositivo, é de grande
importância, pois “nenhum poder, nenhuma autoridade (inclusive judiciária) poderá,
direta ou indiretamente, às claras ou sub-repticiamente, mediante ação ou omissão,
derrogá-lo ou, de algum modo, amesquinhá-lo".
Muito se questionou a respeito de serem os Municípios partes integrantes ou não de nossa Federação, bem como sobre sua autonomia. A analise dos artigos 10 a 18, bem como de todo o capimlo reservado aos Municipios (apesar de vozes em contrario), leva ao único entendimento de que eles são entes federativos, doados de autonomia própria, materializada por sua capacidade de auto-organização, autogoverno, autoadministração e autolegislação. Ainda mais diante do art. 34, VII, "c'" que estabelece a intervenção federal na hipótese de o Estado não respeitar a autonomia municipal. (Lenza 2008.)
Segundo Meirelles(2005), sem maiores objeções: "A característica fundamental da
atual carta é a ampliação da autonomia municipal no tríplice aspecto político,
administrativo e financeiro [... ] outorgando-lhe, inclusive, o poder de elaborar sua lei
orgânica".
Convém compreender de forma clara que se trata de autonomia e não de soberania,
pois sabemos que soberania é um dos fundamentos da República Federativa do
Brasil, pois apenas o Estado Federal é considerado soberano, internamente os
Municípios são realmente autônomos, de acordo com sua competência,
constitucionalmente definida, delimitada e assegurada.
Em dezembro de 2004, foi publicada a lei n° 11.079, que instituiu normas gerais
sobre licitação e contratação de parceria público-privada no âmbito da Administração
Pública.
Aplicando-se a todos os órgãos da Administração Pública direta, aos fundos
especiais, às autarquias, às fundações públicas, às empresas públicas, às
sociedades de economia mista e às demais entidades controladas direta ou
indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Um novo panorama de participação do setor privado na implantação e
desenvolvimento possível aponta para melhoria da gestão da infra-estrutura pública,
voltado para áreas e setores que demandam significativos investimentos, a exemplo
dos sistemas viários, fornecimento de energia elétrica e saneamento básico.
Motivada pela crescente dificuldade financeira do Estado em programar suas
atividades, a criação desta lei possibilita grandes vantagens para a coletividade,
ressaltando que, as modalidades de contrato se ajustaram, na forma da lei,
admitindo duas modalidades: a concessão patrocinada e a concessão
administrativa.
[...] às parcerias público-privadas contratadas por Estados, Distrito Federal e Municípios, a lei fixa limites para tais despesas, considerando a receita corrente líquida da pessoa federativa. Somente se forem observados tais Iimites é que a União poderá conceder-lhes garantia e realizar transferência voluntária de recursos. Em conseqüência, a lei exige que aqueles entes, antes da contratação, encaminhem [...] as informações indicativas do cumprimento dos aludidos limites. (Filho 2009).
Fica evidente que na referida lei 11.079 de 2004, o legislador buscou premiar
mecanismos que a sua vista impediriam o gestor público de cometer mau uso dos
recursos públicos.
O limite de endividamento vem estabelecido com rigor no art. 28 da Lei, isto é, não tendo sido excedido 1% da receita corrente liquida no exercício anterior [...) Da mesma forma, há o impedimento de nova assunção de despesas no caso de projeto de dez anos, em que não pode haver o comprometimento da receita corrente liquida projetada." (Oliveira,2009).
Com uma visão clara e ampla deste modelo, verifica-se que são várias as relações
estabelecidas entre o Poder Público e o particular. Existindo regras temporais para
duração e concretização das relações estabelecidas, ainda com responsabilidade
bem definida onde o parceiro privado é responsável pelo desenvolvimento das
atividades que, são estabelecidas no interesse comum.
Esta relação Público-privado, asseguradamente ajustada é um modelo de parceria
que difere dos outros modelos de forma significativa, pois as outras relações de
parceria de modo geral, não criam vínculo de interesse.
Segundo Sunfeld 2007, por não haver relevância na tratativa do negócio o modelo
não cria suficiente vínculo, então afirma: “a simples venda, pelo menor preço, de
bem dominical sem utilidade para a Administração”.
Fica evidente que quando há transferência de riscos ao parceiro privado, com base
em preceitos legais, a iniciativa privada tem grande foco em diretrizes eficientes,
assim como resultado à eficiência econômica.
“risco de construção e operação de um ativo de interesse público para o particular, este tem um incentivo econômico muito maior para construir e operar aquele ativo de forma eficiente”.(Pinto 2005).
Os legisladores foram muito bem intencionados na elaboração dos limites de gastos
por expressa previsão legal, no entanto, dada à necessidade de compromissos de
grande valor e longa duração, restringi maiores possibilidades uma vez que vincula
os valores de contrato de parceria ao percentual de endividamento com base na
receita corrente líquida do ano anterior do evento.
Segundo Celso Antonio Bandeira de Mello, essas medidas visavam tão somente
evitar abusos e vícios, atentando, no entanto, contra princípios outros descritos na
Constituição. Isso ocorre porque a União interfere nos assuntos pertinentes ao
interesse peculiar e autônomo dos Municípios, abalando assim o princípio
constitucional da autonomia do ente Municipal. Enfim, não resta outro alternativa a
não ser bater pela total inconstitucionalidade do art. 28 da Lei 11.079/04.
Mas, segundo Mauricio Portugal RIBEIRO e Lucas Navarro PRADO e, de acordo
com o parágrafo único do artigo 7° desta lei, permite o repasse da remuneração
pelos cofres públicos de maneira parcial, “quando parcela fruível do serviço for
disponibilizado.”
Art. 7o A contraprestação da Administração Pública será obrigatoriamente precedida da disponibilização do serviço objeto do contrato de parceria público-privada.
Parágrafo único. É facultado à Administração Pública, nos termos do contrato, efetuar o pagamento da contraprestação relativa a parcela fruível de serviço objeto do contrato de parceria público-privada. (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/lei/l11079.htm)
Assim os importantes autores apresentam a realização de PPP para a construção de
rodovia com uma extensão 500 (quinhentos) quilômetros como exemplo. Tendo a
previsão de prazo no contrato de um ano, 150 (cento e cinquenta) quilômetros
estarão prontos para o tráfego dos usuários.
Cumprido parcialmente, neste caso, o prazo contratual, o ente parceiro público
poderá iniciar o repasse do pagamento cabível ao parceiro particular, referente aos
quilômetros da rodovia concluídos, por encontrar-se efetivamente fruível.
O Brasil tem seguido a tendência global e vem aprimorando a economia criativa, no
emprego das concessões conforme outros países as fazem, com intuito de
desenvolver o país, visando à ampliação e recuperação das infra-estruturas,
incluem-se também as realizações de serviços públicos, antecedidos muitas das
vezes de obra pública, podendo ser remunerada por tarifa, com a certeza obrigatória
da contraprestação do ente público.
Analisando o que esta disposto nas leis sobre o tema, quanto ao seu conteúdo
obrigatório de prazo mínimo e máximo contratual e ainda, a preocupação do vultoso
valor do investimento, verifica-se a importância considerada sobre a matéria, bem
como é inovadora para os problemas de infra-estrutura e de serviço público.
O tema é bastante recente, e merece toda à atenção necessária e devida dada a
grande contribuição que possa dar aos interesses comuns público e privado, claro
sempre prezando pela licitude e com os pertinentes questionamentos sobre sua
constitucionalidade, obtendo acima de tudo sua finalidade precípua que é a plena
satisfação da dignidade do povo brasileiro.
Assim sendo os Municípios brasileiros, devem exercer os direitos e obrigações
previstas nos artigos da Constituição, como o de instituir e arrecadar tributos de sua
competência.
Direito Administrativo
O Direito Administrativo coloca regras jurídicas de organização e funcionamento do
complexo estatal; as técnicas de administração apontam instrumentos e as condutas
mais amoldadas ao pleno desempenho das atribuições da Administração.
Governo, no sentido mais amplo da palavra, é o Agrupamento de Poderes e órgãos
constitucionais, representa o complexo de funções estatais básicas no sentido
material; no sentido operacional, a condução política dos negócios públicos.
Contudo verifica-se que o Governo ora se torna idêntico com os Poderes e órgãos
supremos do Estado, ora se apresenta nas funções originárias desses Poderes e
órgãos como manifestação da Soberania.
Segundo Medauar 2001, o Direito Administrativo é o “Conjunto de normas e
princípios que regem a atuação da Administração Pública”.
O que permanece, porém, do Governo é a sua maior expressão política de
comando, também de iniciativa, de fixação de objetivos do Estado e de manutenção
da ordem jurídica vigente. Assim o Governo atua mediante atos de Soberania, de
autonomia política na condução dos negócios públicos.
Segundo Meirelles “ Direito Administrativo é o conjunto harmônico de princípios
jurídicos que regem os órgãos, os agentes, as atividades públicas tendentes a
realizar, concreta, direta e imediatamente os fins desejados do Estado”.
Já Bandeira de Mello, defini: “Direito Administrativo é o ramo do Direito Público que
disciplina o exercício da função administrativa”.
Vejamos a origem do direito administrativo, nasceu no final do século XVIII e início
do século XIX, no entanto, não significa dizer que não existissem anteriormente
normas administrativas, considerando a existência do Estado em qualquer época,
significa intrinsecamente existir órgãos encarregados do exercício de funções
administrativas.
Verificou-se na idade média, não terem existido condições necessárias para o
desenvolvimento do direito administrativo. Evidentemente se deve ao fato dos
regimes monárquicos absolutos onde todo o poder estava nas mãos do Rei,
soberano a tudo, a lei era segundo a sua vontade e assim todos tinham de
obedecer, pois a vontade do Rei era a lei, seus súditos eram chamados de servos ou
vassalos.
A verdadeira formação do direito administrativo, se deu de forma autônoma,
inicialmente ocorreu de forma paralela com o direito constitucional e outros ramos do
direito público, desenvolveu-se na fase do Estado moderno o conceito de Direito,
com base na legalidade, apresentando uma grande mudança de pensamento onde
até mesmo os governantes se submetiam à lei, principalmente a lei maior a
Constituição, adotando os princípios da separação do poder, para assegurar a
proteção dos direitos individuais em todas as estâncias, principalmente entre
cidadão e Estado.
A expressão mais clara destinada ao entendimento do que venha a ser o Direito
Administrativo, através da visão de regime jurídico administrativo é aquela que
designa, em sentido mais amplo, o regime de Direito Público a que se submete a
administração pública, que obrigatoriamente tem de observar a normas de caráter
público, prevalecendo sobremaneira o interesse coletivo como finalidade única dos
atos administrativos praticados pelo Administrador público.
As questões de supremacia que circundam o Regime Jurídico Administrativo, são se
suma importância com destaque especial que tem o interesse público sobre o
interesse privado, elevando a Administração pública e colocando-a condição
superior ao particular, portanto, impondo a sua vontade, que representa o interesse
coletivo, em detrimento da vontade particular, verificando-se exemplos claros nas
questões de desapropriações, sobrepondo-se o interesse público sobre o direito
privado da propriedade que por sua vez é assegurado ao particular, isto ocorrendo
evidentemente é garantido indenização prevista em lei.
O princípio acima citado previsto nas normativas do Direito Administrativo, são
prerrogativas voltadas ao interesse comum e para complementar essa visão pública
da administração, a Constituição Federal promulgada em 1988, introduz no seu art.
37 os seguintes princípios:
“A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 04/06/98)”, são princípios constitucionais e portanto devem ser observados pela administração publica direta e indireta, por todas as esferas de governo e por todos os poderes.
Aumentar a arrecadação do município sem aumentar tributos ou alíquotas
A administração do Prefeito Claro Pestana, tem um grande desafio em promover o
aumento da arrecadação do seu município sem aumentar tributos ou alíquotas,
minimizando o impacto negativo que essa medida pudesse causar a sua gestão.
A planta genérica de valores imobiliários do município de Pestanópolis, encontra-se
desatualizada, uma vez que no período de 6 anos os valores unitários genéricos,
referidos ao metro quadrado de terreno, obtidos através de pesquisas de mercado, a
todos os terrenos de cada face dos quarteirões de todos bairros da cidade de
Pestanópolis e suas características diferenciais não foram atualizados, implicando
no necessário levantamento cadastral para regularização.
A evolução da construção habitacional, ampliações dos imóveis, novos
empreendimentos imobiliários são muito dinâmicos, e dão impacto significativo aos
serviços prestados pela Prefeitura nas áreas de sua competência, como por
exemplo, coleta de esgoto, coleta de lixo, escoamento de águas pluviais com a
devida destinação, conservação e manutenção das vias, transporte público e etc.
A base de calculo do IPTU é o valor venal do Imóvel, cuja variação se dá em função
do mercado imobiliário, segundo o art. 33 do Código Tributário Nacional que
estabelece que “a base de calculo é o valor venal do imóvel”.
Para então promover atualização dos valores venais assim denominados e
consequentemente aumento da arrecadação faz-se necessário executar um
processo de modernização e gestão tributária utilizando recursos tecnológicos
adequados, que possibilitem levantar dados territoriais urbanos e rurais, prediais,
comerciais, a exemplo da implantação de sistema georeferenciado, de tal forma que
atualização cadastral se transforme em base de dados imobiliário, que
proporcionarão desenvolver as devidas correções não só nos valores a serem
aplicados no Imposto Predial Territorial Urbano, mas auxiliarão outras áreas da
gestão municipal como transporte, saúde e educação, dada a transversalidade que
as informações geoprocessadas poderão fornecer.
Mediante a atualização cadastral, para obter-se eficiência constante no controle e
gestão das informações georeferenciadas, necessitar-se-á adotar a atualização
constante das informações, através de uma fiscalização integrada,
acompanhamento técnico desde o fornecimento de alvarás de funcionamento e
localização a estabelecimentos comerciais, requeridos voluntariamente ou
motivados pela notificação da fiscalização urbana, acompanhamento de pedidos de
alvará de construção e habite-se, atualizando automáticamente os banco de dados
imobiliário de forma georeferenciada, utilizando tecnologias de ponta, como imagens
aéreas.
A integração dos dados e informações de campo, num processo contínuo de
atualização minimizará gastos com a contratação de consultoria e/ou tercerização do
llevantamento imobiliário por empresas prestadoras de serviços, a integração das
informações nos vários órgãos internos da gestão municipal, a exemplo do sinstema
financeiro e tributário, com inclusão do sistema jurídico através da procuradoria que
promoverá a inscrição dos inadimplentes no cadastro da dívida ativa ajuizada.
As informações assim geradas em tempo de real, integrando os vários setores como
arrecadação, divida ativa proporcionarão o ajuizamento em tempo hábil as ações
judiciais de cobrança e recuperação de crédito, evitando as prescrições, previstas
em lei.
Importante medida a ser adotada pela prefeitura de Pestanópolis é a implantação de
programas de treinamento dos servidores municipais de modo a profissionalizar o
servidor publico, melhorando a eficiência e eficácia da gestão do Prefeito Claro
Pestana, modificando o panorama da gestão municipal de tal forma a conquistar a
credibilidade do munícipe e motivando-o a pagar seus tributos em dia, por
reconhecimento dos serviços públicos prestados.
Evasão de receita
O combate da evasão de receita, que ocorre na gestão do Prefeito Claro Pestana,
tem de ser solucionada com medidas eficientes, eficazes e inteligentes, de maneira
a obtenção de sucesso sem impactos negativos sobre a visão política.
O sistema tributário do município de Pestanópolis, deve buscar a excelência,
modernizando a estrutura de arrecadação, buscando dar rapidez ao atendimento do
contribuinte municipal.
Com o advento da internet, consultas, boletins e certificados, devem ser fornecidos
automaticamente por meio digital, implantação do sistema de nota fiscal eletrônica,
consulta de débitos, pagamento de tributos a débito e sistemas de cartão de crédito.
O sistema de fiscalização tributária deve ser incentivado através de produtividade
controlada e setorizada a fazer acompanhamento dos livros fiscais da empresas
prestadoras de serviços.
Outra medida de grande importância para melhora das atividades de planejamento e
gestão é a elaboração do Plano Diretor Municipal, que definirá vários regramentos
de modo a organizar a expansão da cidade de forma planejada, orientar o
desenvolvimento controlado da cidade.
O Plano Diretor conterá regras de uso e ocupação da Cidade, com definição de
gabaritos específicos de ocupação de cada área de forma organizada, de acordo
com a potencialidade e aptidão designada em prévio estudo de viabilidade.
As medidas de controle e regramento descritas no Plano Diretor, deverão ser
acompanhadas pela fiscalização urbana e tributária, que evitarão a ocupação
desordenada de áreas através de loteamentos irregulares, sem prévia aprovação do
município, sem matrícula cartorial, de maneira que ocasionará evasão de receita e
desgastes políticos nas medidas posteriores de regularização.
A prática de loteamento irregular é uma realidade inegável que ocorre em todo
território nacional, a irregularidade ocupacional tem sido uma constante artimanha de
empresários inescrupulosos do mercado imobiliário, que agem a margem da lei,
devido à fragilidade do sistema de fiscalização.
Esta irregularidade fundiária tem como uma das consequências a sonegação de
recolhimento do imposto de transmissão de bens imóveis (ITBI), por parte do
adquirente nas transações imobiliárias entre vivos, visto que estas são feitas na
informalidade.
Em suma se medidas inteligentes não forem tomadas pelo Prefeito Claro Pestana, a
Câmara Municipal no cumprimento de sua finalidade, poderá declarar a omissão do
poder executivo pela omissão e renuncia de receita, assim cabe ao Prefeito
promover a atualização e correção da planta genérica de valores imobiliários, que
tem impacto direto na receita do IPTU, bem como, estimular uma fiscalização urbana
e tributária que promoveram as arrecadações de taxas de alvarás de construção e
habite-se, ISS, ITBI.
Definição de Competências entre o Executivo e o Legislativo
A Lei Orgânica é uma lei genérica, elaborada no âmbito jurisdicional do município e
conforme as determinações e limites impostos pelas constituições federais e do
respectivo governador, aprovada em dois turnos pelo legislativo municipal a Câmara
Municipal de Vereadores, observado o voto da maioria de dois terços de seus
membros.
Conhece-se como lei orgânica qualquer lei de que se necessita de um ponto de vista
constitucional para regular os aspectos da vida social. As leis orgânicas têm uma
competência diferente das leis ordinárias e requer alguns requisitos extraordinários,
como a maioria absoluta na hora de serem aprovadas.
Tratam as leis orgânicas do desenvolvimento dos poderes públicos e dos direitos
fundamentais. Em nosso país, a lei orgânica está prevista na Lei Complementar 35
de 1979 no âmbito da Magistratura Nacional, e requer a aprovação do Congresso,
isto é, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal.
Já a lei maior de um município (Lei Orgânica Municipal), é uma lei genérica
elaborada conforme as determinações das constituições federais e do respectivo
governador, que requer a aprovação da Câmara Municipal e a maioria de dois terços
dos seus membros.
Entre as várias funções da Lei Orgânica do Município, uma das mais importantes é
definir as competências entre o Legislativo e o Executivo. Em particular a Câmara de
Vereadores de Pestanópolis através do seu Presidente Regis Nota, deseja criar
Subprefeituras e Conselhos de Representantes, assim podemos crer que a LOM,
não defini em seu artigos de forma clara estas competências, assim o Prefeito só
terá como alternativa recorrer a Justiça para assim garantir o direito de executar as
ações que estão previstas no Plano Plurianual(PPA), na Lei de Diretrizes
Orçamentárias(LDO) e na Lei Orçamentária Anual(LOA).
Portanto as ações que demandam despesas que não tenham sido previstas no PPA
não podem e não devem ser implantadas. No entanto se estivessem previstas no
PPA, deveriam também estar previstas na LOA do ano que se quer implantar.
Entendamos então que estando na LOA, foram autorizadas pela Câmara para que o
Poder Executivo as execute no período. Deduz-se que a atitude liderada pelo
Presidente da Câmara Municipal de Pestanópolis Regis Nota é um procedimento
errôneo que caracteriza interferência ilegal do poder Legislativo no poder Executivo
Municipal.
Fundamentação Teórica do Direito Tributário
O Direito Tributário no contexto de sistema jurídico não admite divisão, como as
demais matérias até aqui expostas, por assim dizer o Direito Tributário é uma ciência
que regra as relações jurídicas entre o Estado e os particulares no que diz respeito
às atividades financeiras do Estado.
"Direito Tributário é o ramo do direito público que rege as relações jurídicas entre o Estado e os particulares, decorrentes da atividade financeira do Estado, no que se refere à obtenção de receitas que correspondem ao conceito de tributo".(Souza 1975).
Segundo Paulo de Barros Carvalho, que define o Direito Tributário como: “ ...ramo
didaticamente autônomo do direito, integrado pelo conjunto das proposições jurídico-
normativas que correspondem, direta ou indiretamente, à instituição arrecadação e
fiscalização de tributos”.
Já o autor Eduardo Sabbag define da seguinte forma: “O Direito Tributário é o
conjunto de normas que regula o comportamento das pessoas de levar dinheiro aos
cofres públicos”.
Zelmo Denari, especialista em Direito Tributário pela Universidade de Roma define-o
como "ramo do direito público que regula as normas relativas à imposição,
fiscalização e arrecadação dos tributos e disciplina a relação entre fisco e
contribuinte".
Portanto podemos definir o Direito Tributário com sendo o ramo da ciência jurídica
que cuida da obtenção dos impostos pelo processo de arrecadação dos recursos
públicos, no entanto não é de qualquer recurso público, mas unicamente daqueles
que configuram tributos.
È preciso compreender o conceito de tributo como esta definido no código Tributário
Nacional, Tributo de acordo com o art. 3º.:
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.( Lei nº 5.172, de 25 de Outubro de 1966).
Os municípios são tratados na Constituição Federal de 1988, onde é dada a redação
própria a respeito das competências de legislar e instituir impostos, conforme segue:
Art. 30. Compete aos Municípios:I - legislar sobre assuntos de interesse local; II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei.(Constituição Federal do Brasil, 1988).
A competência do município de criar e arrecadar tributos serão tratados também no
âmbito do código tributário, cuja fundamentação esta citada no Direito Tributário. O
conceito de direito tributário nas citações de Souza M. Vinicius (2005) “é o conjunto
das leis reguladoras da arrecadação dos tributos (taxas, impostos e contribuição de
melhoria), bem como de sua fiscalização. Regula as relações jurídicas estabelecidas
entre o Estado e contribuinte no que se refere à arrecadação dos tributos”.
Em todas as fundamentações teóricas pesquisadas identifica-se que todos definem
o tributo como relacionado ao fato de ser o Direito Tributário um ramo do Direito
público e ao fato de ser o tributo o objeto de uma relação jurídica obrigacional,
imposta unilateralmente ao sujeito passivo.
Como o Direito Tributário, considerando um ramo do Direito Público, lança o tributo a
partir de um fato gerador, como a relação obrigacional tributária é imposta ao sujeito
passivo, e como vivemos em um Estado de Direito, em que a única forma de impor
unilateralmente uma obrigação a alguém é por meio de lei, fica claro que a causa do
vínculo obrigacional é sempre a lei.
O Direito Tributário é uma barreira contra o arbítrio, que poderia ser demandado pelos governantes, na ânsia de querer usurpar toda e
qualquer riqueza proveniente do indivíduo e/ou da sociedade de forma ditatorial, vingativa, sem critérios, pois, apenas através da lei e de nenhuma outra fonte formal é que se pode criar ou aumentar impostos de forma racional, porque o Estado tem a obrigação de prever os seus gastos e a forma de financiá-los. (Souza, 2005).
Portanto tributos são prestações obrigatórias, em espécie, aplicadas e exigidas pelo
Estado, em função de seu poder, no entanto, não tem caráter de sanção. Visando
tão somente à finalidade fiscal, para obtenção dos recursos necessários para o
regular funcionamento do Estado. A modernidade e estudos apontam, porém para
algumas medidas de finalidade extra-fiscal, que visa a estimular ou desestimular
certas atividades, como forma de intervenção do Poder Público no domínio
econômico.
O Direito Tributário tem princípios definidos a seguir:
Princípio da Legalidade.
O princípio da legalidade, definido no art. 5º, inciso II, da Constituição e determina
que “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em
virtude de lei”.
Fica claro a imposição tributária não é possível sem uma lei que a determine,
contudo, o constituinte originário, como é tradição em nossa Constituição,
preocupou-se em formular um enunciado específico para o Direito Tributário,
constante do art. 150, inciso I, segundo o qual “é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios exigir ou aumentar tributo sem lei que o
estabeleça”.
Princípio da Isonomia.
Igualdade ou isonomia é um princípio que tem sua formulação no enunciado “todos
são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”, conforme parte inicial
do caput do art. 5º da Constituição.
“É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos.” (Inciso II do art. 150, específico para o Direito Tributário)
O princípio da isonomia ordena que haja tratamento igual aos equivalentes, mas
também que se tratem desigualmente os desiguais. Assim, tanto fere a isonomia
uma lei que pretenda isentar do imposto de renda as remunerações recebidas por
uma determinada categoria profissional, sendo contrária ao princípio da igualdade
uma lei que pretenda estabelecer uma alíquota única e uniforme de imposto de
renda, aplicável a todas as remunerações.
Nesse último caso, pessoas em situação econômica diferente estariam recebendo
tratamento, tributário igual e “tratar igualmente os desiguais” também fere o princípio
da isonomia.
Principio da irretroatividade.
A Irretroatividade é outro princípio importante no Direito Tributário, está expresso no
art. 150, inciso III, alínea “a”, da Constituição Federal, nestes termos: “É vedado à
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar tributos em relação
a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver
instituído ou aumentado.”
Fica adotada como ponto de referência, a data de início de vigência da lei, não de
sua publicação, daí fica claro que uma lei tem que estar publicada para ter vigência,
Perceba que não basta à lei estar publicada, também é necessário que já esteja,
também, vigente, para que possa ser aplicada aos fatos geradores que ocorrerão.
Anterioridade do Exercício Financeiro.
O princípio da anterioridade do exercício financeiro também previsto na Constituição
Federal, mas as exceções ao princípio já sofreram alterações pelo constituinte
derivado, onde primeiro, a regra geral, estabelecida no art. 150, inciso III, alínea “b”,
cita que: “é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios
cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que
os instituiu ou aumentou.”.
Assim fica determinado que o mais importante da regra seja atentar para o fato de
que ela não diz respeito à vigência da lei, mas só à publicação. Fica simples o
entendimento que para que uma lei que crie e/ou aumente o valor do tributo e possa
produzir efeitos legais, em um ano é necessário que ela tenha sido publicada no ano
anterior.
O Princípio da Noventena
Emenda Constitucional nº. 42, de 19 de dezembro de 2003, instituiu uma exigência
geral de um prazo mínimo de 90 dias entre a publicação e o início de produção de
efeitos da lei que cria ou aumenta tributo e essa exigência, como regra, é cumulativa
com a anterioridade do exercício financeiro.
A Emenda Constitucional 42/2003, originou-se na chamada “reforma tributária”. Com
o objetivo de tornar mais efetivo, o princípio maior que está por trás do princípio da
anterioridade, conhecido como “princípio da não-surpresa”.
Para melhor entendimento em certos casos, transformava o princípio da
anterioridade do exercício financeiro em mera formalidade, sem assegurar de forma
efetiva uma não-surpresa relacionada ao aumento de carga tributária.
O Princípio prevê não surpreender o contribuinte, permitindo-lhe tomar
conhecimento com antecedência e possa estruturar seus negócios para adaptar-se
a um aumento da carga tributária, ficava frustrado nesses casos de aumentos por
leis publicadas no final do ano.
Princípio do Não-Confisco
A relação do não-confisco esta diretamente relacionada com o direito de
propriedade, respeitado obrigatoriamente, dentro de limites, mesmo pelo Direito
Tributário, onde a Constituição Federal do Brasil foi muito vaga, propositalmente ao
enunciar o princípio, citando em seu art. 150, inciso IV, que: “É vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios utilizar tributo, com efeito, de confisco”.
Dada a impossibilidade de estabelecer-se limites objetivos a partir do qual a alíquota
de cada tributo seria confiscatória, portanto não-confisco pode ser entendido como
uma exigência de razoabilidade da carga tributária, ou pelo menos, de
suportabilidade da transferência de riqueza privada para o Estado por meio dos
tributos.
Princípio da Não-discriminação Tributária
Esta princípio denominado não-discriminação tributária é o único princípio previsto
no art. 152 da Constituição Federal do Brasil, o referido artigo, tem como
destinatários os estados, o Distrito Federal e os municípios brasileiros.
“Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.”
Capacidade Contributiva
A capacidade contributiva é um dos princípios do Direito Tributário mais geral, no
entanto, a Constituição Federal, só o trata, para impostos, garantindo condições
particulares a capacidade contributiva.
art. 145, § 1º, estabelece: “Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte.” O exemplo mais típico é o do imposto de renda da pessoa física, que permite deduções relacionadas a gastos com saúde, educação, dependentes e outros gastos essenciais do contribuinte. (Constituição Federal do Brasil de 1988).
Tributos Municipais
A Constituição Federal do Brasil apresenta redação específica sobre a competência
para a criação de tributos. Quanto aos municípios determina o seguinte:
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
I - propriedade predial e territorial urbana;
II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição;
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 18/03/93). (Constituição Federal do Brasil de 1988).
Repartição de receitas
A divisão dos impostos federais que são arrecadados diretamente pertence ou são
repassados aos Estados e Municípios. Portanto, cabem aos Estados e ao Distrito
Federal:
O produto da arrecadação do imposto da União sobre a renda e proventos de
qualquer natureza, incidente na fonte, no ato do pagamento, sobre rendimentos
pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e fundações conforme art. 157
inciso 1 da Constituição Federal, portanto, cabe aos Estados o imposto de renda
retido na fonte sobre os rendimentos pagos por eles, suas autarquias e fundações.
Assim o imposto na fonte incidente sobre vencimentos pagos a servidores públicos,
ou sobre juros de títulos da dívida pública estadual, pertence ao Estado que efetuar
o pagamento. Então o que ocorre na verdade é que o Estado só dispende a parte
líquida realmente paga, pois retém para si o respectivo imposto de renda na fonte.
A regra vale apenas para o imposto na fonte e não prejudica a compensação desse
imposto, quando for o caso, com o apurado na declaração anual do imposto de
renda pessoa física, devido à União. Não altera, tampouco, a competência para
legislar sobre imposto de renda (mesmo incidente sobre os rendimentos de
servidores respectivos) que continua sendo da União.
A lei complementar nº.116 de 2003, que trata das normas gerais sobre o ISS(
imposto sobre serviços de qualquer natureza), devendo este ser regulamentado pela
legislação municipal, no caso do município de Pestanópolis, os serviços contratados
e executados por empresa, Oscip e etc., fora do município deverão ser recolhidos no
município que deu origem a prestação de serviços, com alíquota máxima fixada em
5% conforme art. 8º da lei complementar.
Art. 1o O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos Municípios e do Distrito Federal, tem como fato gerador a prestação de serviços constantes da lista anexa, ainda que esses não se constituam como atividade preponderante do prestador. § 1o O imposto incide também sobre o serviço proveniente do exterior do País ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do País. § 2o Ressalvadas as exceções expressas na lista anexa, os serviços nela mencionados não ficam sujeitos ao Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS, ainda que sua prestação envolva fornecimento de mercadorias. § 3o O imposto de que trata esta Lei Complementar incide ainda sobre os serviços prestados mediante a utilização de bens e serviços públicos explorados economicamente mediante autorização, permissão ou concessão, com o pagamento de tarifa, preço ou pedágio pelo usuário final do serviço. § 4o A incidência do imposto não depende da denominação dada ao serviço prestado.(Lei Complementar nº. 116, de 31 de julho de 2003. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp116.htm.
O sistema tributário permitiu aos Municípios impostos cuja base de tributação mais
expressiva é naturalmente a urbana, fato que faz com que exista uma elevada
concentração das receitas tributárias nos Municípios de maior porte demográfico,
que são os municípios brasileiros que apresentam a maior parcela de população
urbana do País.
Assim podemos deduzir que os Municípios de pequeno porte e até mesmo os
menores dentre aqueles de média densidade populacional tenham uma baixa
participação quanto à receita tributária, ou seja, que em 70,47% dos Municípios do
País a participação deste conjunto de Municípios não ultrapasse os 4,59% da sua
receita orçamentária.
A constatação é que o atual sistema tributário existente lamentavelmente, não
vislumbra uma perspectiva diferente para os municípios de pouca densidade
populacional, mesmo que se promovesse uma profunda alteração no sistema
tributário nacional, porque o fato esta diretamente ligada à quantidade de
contribuintes e baixa capacidade contributiva da sua população, não só devido a
grande desigualdade na distribuição da renda de sua população, mas na maioria das
vezes pela grande concentração da pobreza nestes Municípios.
Verificasse que por este motivo os únicos Municípios que têm conseguido aumentar
de maneira significativa suas receitas tributárias são aqueles de grande porte
demográfico, ou seja, de grande densidade populacional, através da arrecadação do
Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS, não apenas em decorrência da
ampliação da lista de serviços, como também pelo aperfeiçoamento do seu aparato
de fiscalização, daí a grande importância de manter uma fiscalização operante,
pequenos municípios normalmente não as têm.
Portanto, a única solução possível para atenuar as desigualdades entre os
Municípios brasileiros, é uma ampliação dirigida das transferências constitucionais,
de forma a equacionar as receitas per capita destes Municípios.
“A observação dos valores “per capita” da receita tributária municipal mostra que a média
nacional somente é ultrapassada pelos Municípios com população superior a 200 mil
habitantes”. (François E. J. de Bremaeker – [email protected] set/2010)
Fundamentação Teórica do Direito Ambiental
O Direito Ambiental é um ramo do direito, que constitui um conjunto de princípios
jurídicos e de normas jurídicas voltado à proteção jurídica da qualidade do Meio
Ambiente.
Segundo o autor e professor Victor Emanuel Christofari 2007, “ Direito é o conjunto
de normas ou regras que regem a conduta humana, prevendo sanções para casos
de descumprimento”.
No ano de 1981, foi criada a lei da Política Nacional do Meio Ambiente de número
6938 do mesmo ano, lei que deu início ao desenvolvimento do Direito Ambiental
Brasileiro conforme art. 14 parágrafo 1º.
Art. 14 - Sem prejuízo das penalidades definidas pela legislação federal, estadual e municipal, o não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção dos inconvenientes e danos causados pela degradação da qualidade ambiental sujeitará os transgressores: I - à multa simples ou diária, nos valores correspondentes, no mínimo, a 10 (dez) e, no máximo, a 1.000 (mil) Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional - ORTNs, agravada em casos de reincidência específica, conforme dispuser o regulamento, vedada a sua cobrança pela União se já tiver sido aplicada pelo Estado, Distrito Federal, Territórios ou pelos Municípios. II - à perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais concedidos pelo Poder Público; III - à perda ou suspensão de participação em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais de crédito; IV - à suspensão de sua atividade. § 1º - Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o poluidor obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade. O Ministério Público da União e dos Estados terá legitimidade
para propor ação de responsabilidade civil e criminal, por danos causados ao meio ambiente. § 2º - No caso de omissão da autoridade estadual ou municipal, caberá ao Secretário do Meio Ambiente a aplicação das penalidades pecuniárias previstas neste artigo. § 3º - Nos casos previstos nos incisos II e III deste artigo, o ato declaratório da perda, restrição ou suspensão será atribuição da autoridade administrativa ou financeira que concedeu os benefícios, incentivos ou financiamento, cumprindo resolução do CONAMA. (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938.htm).
Para muitos autores, porém, trata-se de um direito "transversal" ou "horizontal", que
tem por base as teorias geopolíticas ou de política ambiental transpostas em leis
específicas, pois abrange todos os ramos do direito, estando intimamente
relacionado com o direito constitucional, direito administrativo, direito civil, direito
penal, direito processual e direito do trabalho.
O Direito Ambiental diz respeito à proteção jurídica do meio ambiente. Para facilitar a
sua abordagem didática, Celso Fiorillo define o meio ambiente em: natural, artificial,
cultural e do trabalho.
Esta divisão não é a única e exclusiva, pois vários autores costumam não incluir o
meio ambiente do trabalho dentro do objeto do direito ambiental. A legislação
ambiental faz o controle de poluição, em suas diversas formas. A quantidade de
normas dificulta a complexidade técnica, o conhecimento e a instrumentalização e
aplicação do direito neste ramo do direito.
Carta da Terra apresentada na Rio 92, é uma declaração universal direcionada a
proteção ambiental, bem como, para o desenvolvimento sustentável, que propõe em
seu contexto a adoção de vários princípios fundamentais para a construção de uma
sociedade global justa, ética e pacífica no século XXI.
Sua elaboração foi uma das metas da conferência Rio 92 e naquela ocasião, foi
redigido um documento prévio à carta, conhecido como Declaração do Rio de
Janeiro sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.
Mais tarde dando continuidade aos interesses ambientais, o texto complementar foi
desenvolvido por iniciativa do conselho internacional independente com participação
da sociedade civil e sua versão final foi divulgada e apresentada no ano de 2000.
Dada a grande importância e repercussão da Carta da Terra, esta foi traduzida para
40 línguas e subscrita por 4.600 organizações, incluindo a UNESCO, IUCN (A União
Internacional para a Conservação da Natureza) e ICLEI (Conselho Internacional para
Iniciativas Ambientais Locais), representando os interesses de centena de milhares
de pessoas.
A Carta da Terra reconhece que os objetivos de proteção ecológica, erradicação da
pobreza, desenvolvimento econômico equitativo, respeito aos direitos humanos,
democracia e paz são interdependentes e indivisíveis.
Na Constituição Federal de 1988 em seu art. 225 cita “Todos têm direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à
sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações".
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm)
Existem várias normativas, regulamentos e leis brasileiras que prevêem uma série
de princípios e regras para obtenção de resultados de proteção ao desenvolvimento
da pessoa humana através do controle da qualidade ambiental, além de constar em
nossa Constituição Federal, outros diversos dispositivos sobre meio ambiente, como
o Código Florestal (Lei 4.771/1965), a Lei da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei
6.938/1981) e a Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Lei
9.985/2000), Lei nº. 7347/1985, que disciplina a ação civil pública de
responsabilidade por danos causados ao meio ambiente, consideradas instrumentos
específicos para a proteção do meio ambiente.
Entre a vasta legislação existente há também a lei 9605 de 1998, que promoveu
uma significativa alteração na tipificação penal das condutas, transformando
condutas de contravenção em condutas penais contra o meio ambiente.
Foi recentemente criada a lei 12.305 de 2 de agosto 2010, perfazendo apenas 2
anos de sua aprovação que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos e altera
a Lei nº. 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências.
É notório o desenvolvimento rápido de regras, normas, regulamentos na área
ambiental, isso devido às tragédias que serviram de precursores iniciais para o
desenvolvimento da preocupação com o meio ambiente.
Fatos que se denominaram “desastres ecológicos” ou “acidentes ambientais”,
“catástrofes ecológicas”, somatizaram acontecimentos trágicos, convergindo num
certo momento histórico, destacando atenção especial para se cuidar da vida
humana e do meio que a abriga. Quebrando a ordem cronológica, embora se possa
juntar tudo no que se denomina “era ambiental”. Mesmo em épocas diferentes, a
importância para a Comunidade Internacional é inconteste.
“O Direito Ambiental é um conjunto de normas e institutos jurídicos pertencentes a vários ramos do direito reunidos por sua função instrumental para a disciplina do comportamento humano em relação ao meio ambiente.” (Toshio Mukai, 2002).
Interpretemos que ainda que não seja dispensado o tratamento por bem ambiental
específico, deve-se sempre trabalhar com o panorama totalizante, o meio ambiente
na realidade, visto como constituído por um complexo de relações que não podem
ser vistas de forma segmentada, isoladamente, inconsequente.
Devido a ser um sistema de grande complexidade, intervir pontualmente não
significa necessariamente conseqüências apenas pontuais, pois quase sempre, tal
procedimento afeta toda uma cadeia de relações ambientais chegando a casos
extremos, a interromper um ciclo vital, por abordar de forma inadequada a proteção
do ambiente.
O Direito Ambiental tem um caráter multidisciplinar, lida com o meio ambiente
incorporando outras matérias auxiliares, assim, seus conceitos, normas e doutrina,
necessariamente recorrem às ciências que estudam o meio ambiente para serem
construídos. Neste aspecto, o direito ambiental necessita grandemente de recorrer à
Biologia, à Geografia, à Agronomia, Engenharia Florestal, Biotecnologia, Ecologia,
Engenharia Civil e etc.
Assim concluiu-se que o Direito Ambiental é um ramo autônomo da Ciência Jurídica,
visto que possui objetivo e princípios próprios que o diferencia dos demais ramos do
Direito.
A produção do lixo é um problema que aflige toda cidade brasileira, levantando a
discussão para resolução dos problemas de destinação dos resíduos sólidos, como
alternativa para a solução do problema desenvolve-se o reaproveitamento dos
resíduos, antes de serem descartados, diminuindo o acúmulo desses resíduos no
meio ambiente.
A obrigação dos poderes públicos em seus três níveis, Federal, Estadual e
Municipal, assim como para a sociedade, nas suas diferenças e igualdades, através
do artigo 4º da Lei 12.305/2010, citada acima defini:
Art. 4o A Política Nacional de Resíduos Sólidos reúne o conjunto de princípios, objetivos, instrumentos, diretrizes, metas e ações adotados pelo Governo Federal, isoladamente ou em regime de cooperação com Estados, Distrito Federal, Municípios ou particulares, com vistas à gestão integrada e ao
gerenciamento ambientalmente adequado dos resíduos sólidos.
Assim obrigam-se todos cidadãos e Administração Pública a observar e cumprir os
ditames da lei, o art. 6º desta Lei dispõe sobre os princípios da Política Nacional de
Resíduos Sólidos:
I.- a prevenção e a precaução;
II.-o poluidor-pagador e o protetor-recebedor;
III.-a visão sistêmica, na gestão dos resíduos sólidos, que considere as variáveis
ambiental, social, cultural, econômica, tecnológica e de saúde pública;
IV.-o desenvolvimento sustentável;
V.- a ecoeficiência, mediante a compatibilização entre o fornecimento, a preços
competitivos, de bens e serviços qualificados que satisfaçam as necessidades
humanas e tragam qualidade de vida e a redução do impacto ambiental e do
consumo de recursos naturais a um nível, no mínimo, equivalente à capacidade de
sustentação estimada do planeta;
VI.-a cooperação entre as diferentes esferas do poder público, o setor empresarial e
demais segmentos da sociedade;
VII.- a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos;
VIII o reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem
econômico e de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania;
IX- o respeito às diversidades locais e regionais;
X.-o direito da sociedade à informação e ao controle social;
XI.- a razoabilidade e a proporcionalidade.
Fundamentação teórica do Direito Urbanístico
Nos últimos dez anos, a ordem jurídica urbanística no Brasil evoluiu de forma
significativa, consolidando por meio de importantes legislações específicas, como o
da Lei nº. 10257/2001, conhecida como Estatuto da Cidade e a Lei Federal nº.
10931/2004, ainda também com o crescente envolvimento de diferentes atores
governamentais e não-governamentais com as questões urbanas e ambientais,
municípios, ONG’s, OSCIP’s, Ministério Público, associações de moradores, entre as
quais incluem-se a proteção dos valores de desenvolvimento sustentável e
integrado, a preservação e manutenção do patrimônio cultural e ambiental, da
habitação e da moradia nas cidades.
Direito Urbanístico é o ramo do Direito que trata e estuda a ocupação, uso e
transformação do solo, englobando as cidades, o território urbano propriamente dito,
assim como no Direito Ambiental, hoje o Direito Urbanístico, entre as ciências
urbanas, é pesquisada sob a influência das novas teorias Geopolíticas ou de Política
Ambiental, sempre voltada aos problemas históricos e geográficos das grandes
cidades brasileiras como conurbação, alta densidade demográfica que causa
conflitos de terras e também problemas ambientais que envolvem o Código de
Trânsito Brasileiro.
A Lei da Política Nacional do Meio Ambiente, bem como, a Lei de Parcelamento do
Solo Urbano e demais dispositivos sobre organização administrativa pública,
ambiental, de manejos geográficos das cidades em matéria tributária relativo aos
impostos municipais e sua função social, além da mais importante norma: a
Constituição Federal do Brasil, que dispõe da Política Urbana nos artigos 182 e 183.
Assim verifica-se que O direito urbanístico é o reflexo contemporâneo, no mundo
jurídico, dos desafios e problemas derivados da urbanização moderna e das idéias
da ciência do urbanismo.
“as cidades são um imenso laboratório de tentativa e erro, fracasso e sucesso, em termos de construção e desenho urbano. É nesse laboratório que o planejamento urbano deveria aprender elaborar e testar suas teorias. Ao contrário, os especialistas e os professores dessa disciplina (...) têm ignorado o estudo do sucesso e do fracasso na vida real, não têm tido curiosidade a respeito das razões do sucesso inesperado e pautam-se por princípios derivados do comportamento e da aparência de cidades, subúrbios, sanatórios de tuberculose, feiras e cidades imaginárias perfeitas – qualquer coisa que não as cidades reais”. (Jacob. 2000).
Direito Urbanístico é produto das transformações sociais que vem ocorrendo nos últimos tempos. Sua formação ainda em processo de afirmação, decorre da nova função do direito, consiste em oferecer instrumentos normativos ao poder Publico a fim de que possa, com respeito ao principio da legalidade, atuar no meio social e no domínio privado, para ordenar a realidade no interesse da coletividade. (Silva 2008, p.36)
As atividades urbanísticas ambientais, devem expressar-se uma política urbana,
entendida como um conjunto estratégico de ações imprescindíveis para a
elaboração de políticas públicas que direcionem uma ocupação organizada dos
espaços urbanos habitáveis ou não, tendo como cenário principal a qualidade de
vida da população.
Por determinação legal do dispositivo constitucional, a política de desenvolvimento
urbano, tem de ser executado pelo Município. Muito bem definido em seu art. 182, a
Constituição Federal cita: “A política de desenvolvimento urbano, executada pelo
Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei tem por objetivo
ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-
estar de seus habitantes”
O adensamento populacional urbano impõe ao Poder Público municipal, agravado
pelo êxodo rural, tem o dever de prover saneamento, saúde, educação, segurança,
habitação áreas de laser, acessibilidade, mobilidade urbana, variáveis
condicionantes de garantia de qualidade de vida.
Planejamento Municipal, é um processo pelo qual uma pessoa ou instituição busca
racionalizar sua decisões, tanto no que tange à fixação de objetivos quanto à forma
de alcançá-los.
O planejamento na esfera governamental não é um método de trabalho de natureza
diferente daquele que se prática nas empresas privadas e instituições em geral, mas
com certas nuances, se diferencia no que diz respeito aos objetivos, por que obriga
muito mais ao administrador público a envolver-se continuamente com complexos
problemas de interesse público e dar prestar satisfações a respeito do que está
sendo feito com o patrimônio da comunidade.
... o que se está vendo é que a atividade urbanística tem um sério compromisso com a preservação do meio ambiente natural cultural, buscando assegurar, de um lado, condições de vida respirável e, de outro lado, a sobrevivência de legados históricos e artísticos e a salvaguarda de beleza naturais e paisagísticas de deleites do homem. Ao inverso em certos casos a ação urbanística incide em áreas envelhecidas e deterioradas, procurando renová-las com o mesmo objetivo de criar condições para o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e a garantia do bem estar de seus habitantes. (Silva,1995 p.153).
Um dos mecanismos de planejamento da Cidade, que defini o ordenamento e o
zoneamento do perímetro da urbano e da zona rural, possibilitando a partir daí,
traçar as diretrizes que orientam o desenvolvimento e crescimento da cidade, é o
Plano Diretor da Cidade.
Art. 39. A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor, assegurando o atendimento das necessidades dos cidadãos quanto à qualidade de vida, à justiça social e ao desenvolvimento das atividades econômicas, respeitadas as diretrizes previstas no art. 2o da lei 10257 de 10 de Julho de 2001.
Cabe ressaltar que a lei enfatiza a elaboração o Plano Diretor de forma obrigatória
para as cidades com mais de 20.000 habitantes e segundo o artigo 182 da
Constituição de 1988 que cita:
"A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei têm por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes".
A função social da propriedade é princípio mais importante, direciona e estabelece
ao Município a diretrizes de políticas urbanas, com base na legislação em especial
através do Plano Diretor, principal responsável pela implementação e avaliação
permanente da sua política urbana, de forma a garantir para os cidadãos o direito à
cidade e a justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de
urbanização.
"com as normas dos artigos 182 e 183, a Constituição fundamenta a doutrina segundo a qual a propriedade urbana é formada e condicionada pelo direito urbanístico a fim de cumprir sua função social específica: realizar as chamadas funções urbanísticas, de propiciar habitação (moradia), condições adequadas de trabalho, recreação e de circulação humana". (Silva 2002, p. 77)
Segundo Dallari (2011 p. 127) que conceitua na forma: “Assim, podemos conceituar
a função ambiental da cidade como sendo o conjunto de atividades que visam
garantir a todos o direito constitucional de desfrutar um meio ambiente equilibrado e
sustentável, na busca da sadia e satisfatória qualidade de vida, para a presente
futuras gerações”.
As diretrizes e a qualidade de vida nas cidades urbanas, esta associada a uma
política urbana e também a uma política ambiental, que seja capaz de preconizar o
urbanismo como um instrumento de conservação dos recursos naturais presentes,
com ações de saneamento, redução da poluição do ar e das águas, propiciando
ordenamento do território municipal, vinculado à qualidade de vida.
Comentários sobre a Instalação da Usina de Compostagem e Reciclagem de
Resíduos Sólidos em Pestanópolis.
O tratamento e a destinação final dos resíduos sólidos urbanos, é uma preocupação
crescente dos administradores municipais e principalmente das organizações
governamentais e não governamentais ligadas a área de saneamento ambiental.
A compostagem proveniente de resíduos sólidos é o processo de transformação de
materiais grosseiros, como palhada e estrume, em materiais orgânicos utilizáveis na
agricultura, Contudo, este processo envolve transformações extremamente
complexas de natureza bioquímica, promovidas por milhões de microorganismos do
solo que têm na matéria orgânica in natura sua fonte de energia, nutrientes minerais
e carbono.
Por esse motivo entendamos que uma pilha de composto não é apenas um monte
de lixo orgânico empilhado ou acondicionado em um compartimento apropriado. É
um modo de fornecer as condições adequadas aos microorganismos para que esses
degradem a matéria orgânica e disponibilizem nutrientes para as plantas. Com o
desenvolvimento de mentalidade ambientalista mais atuante, hoje vemos o retorno
dos investimentos neste setor, cujos ingressos econômico-financeiros, estão
garantidos pela reciclagem de matéria prima nobre e pela colocação do produto
HUMMUS na cadeia produtiva agrícola.
Na grande maioria dos municípios brasileiros de pequeno e médio porte a
administração pública, se limita a varrer os logradouros e recolher o lixo domiciliar
de forma nem sempre regular e constante, quase sempre depositando-o em locais
afastados da vista da população sem maiores cuidados sanitários, locais estes que
criam situações de contaminação do solo e conseqüente prejuízo ao lençol freático,
desprendimento de gases nocivos, mau cheiro, proliferação de insetos e roedores.
Verifica-se a grande falta de consciência das autoridades municipais, muitas das
vezes o próprio desconhecimento da problemática e causas do lixo urbano ou pelas
dificuldades financeiras que impedem a aquisição de equipamentos necessários e
disponíveis no mercado para coleta, transporte e destinação final dos resíduos
sólidos.
Em função das sérias dificuldades financeiras que os municípios de pequeno porte vem enfrentando, os mesmos não podem desprezar as oportunidades de gerar recursos para o erário público e o bem estar da população. Dentre as oportunidades Enciclopédia Biosfera, N.02, 2006 ISSN 1809-0583 reais existentes, a reciclagem e compostagem dos resíduos sólidos começam a ser vistas como solução factível tanto para a destinação final do lixo recolhido como para a geração de riquezas, (Chermont,2000).
A legislação brasileira no que trata de resíduos sólidos não permite a elaboração de
uma norma única, de caráter nacional, que obrigue os estados e municípios a
adotarem um determinado modelo de controle e gestão, mas permiti editar normas
gerais, como vem fazendo para fornecer as diretrizes para os órgãos da
administração pública a respeito do assunto sob o aspecto da proteção ambiental e
da função pública de interesse comum.
Segue que muitos estados e/ou municípios já possuem legislação específica sobre a
gestão dos resíduos sólidos em vigor, a lei 12305 de 2010 cita:
Art. 10. Incumbe ao Distrito Federal e aos Municípios a gestão integrada dos resíduos sólidos gerados nos respectivos territórios, sem prejuízo das competências de controle e fiscalização dos órgãos federais e estaduais do Sisnama, do SNVS e do Suasa, bem como da responsabilidade do gerador pelo gerenciamento de resíduos, consoante o estabelecido nesta Lei.
Como promulgado Lei, corresponde ao Município e ao Distrito Federal a gestão do
lixo produzido na sua jurisdição, no entanto, não é possível implantar uma usina de
compostagem e de reciclagem sem que observância da legislação ambiental e
urbanística.
Observando a Política Nacional de Resíduos Sólidos, segundo a Lei 12.305 de
2010, temos:
Art. 18. A elaboração de plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos, nos termos previstos por esta Lei, é condição para o Distrito Federal e os Municípios terem acesso a recursos da União, ou por ela controlados, destinados a empreendimentos e serviços relacionados à limpeza urbana e ao manejo de resíduos sólidos, ou para serem beneficiados por incentivos ou financiamentos de entidades federais de crédito ou fomento para tal finalidade.
§ 1o Serão priorizados no acesso aos recursos da União referidos no caput os Municípios que:
I - optarem por soluções consorciadas intermunicipais para a gestão dos resíduos sólidos, incluída a elaboração e implementação de plano intermunicipal, ou que se inserirem de forma voluntária nos planos microrregionais de resíduos sólidos referidos no § 1o do art. 16;
II - implantarem a coleta seletiva com a participação de cooperativas ou outras formas de associação de
catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa renda.
A despeito da implantação de uma Usina de Compostagem e Reciclagem de
resíduos sólidos pelo Município de Pestanóplis, localizado na divisa com o Município
de Mariolanda, deverá o Prefeito Claro Pestana apresentar proposta de formação de
convênio com a Prefeitura de Mariolanda, para a implantação deste empreendimento
e assim de forma conjunta elaborar um Plano Intermunicipal de Gestão Integrada.
A geração crescente e diversificada de resíduos sólidos nos meios urbanos e a disposição final dos mesmos estão entre os mais sérios problemas ambientais Enciclopédia Biosfera, N.02, 2006 ISSN 1809-0583 enfrentados pelos países industrializados e os em desenvolvimento. A geração é proporcional ao aumento da população e desproporcional à disponibilidade de soluções para o gerenciamento dos detritos, resultando em sérias defasagens na prestação de serviços, tais como a diminuição gradativa da qualidade do atendimento, a redução do percentual da malha urbana atendida pelo serviço de coleta e o seu abandono em locais inadequados. O correto manejo dos resíduos sólidos é certamente um dos principais desafios dos centros urbanos neste início de milênio. Soluções isoladas e estanques que não contemplam a questão dos resíduos desde o momento de sua geração até a destinação final, passando pelo seu tratamento, mesmo sendo boas a princípio, não conseguem resolver o problema como um todo, (Reichert,1999).
Deverá conter neste plano além das exigências previstas no artigo 19 (O plano
municipal de gestão integrada de resíduos sólidos tem o seguinte conteúdo mínimo)
do inciso I, ao XIX da lei 12305 de 2 de agosto de 2010, devendo ainda ser
observada a legislação concernente ao impacto ambiental que este empreendimento
deve causar. Para isso, deve ser definida previamente a área, observada a
legislação urbanística quanto o uso e ocupação, de acordo com o que estiver
definido também no Plano Diretor da Cidade do Município onde será implantada a
Usina.
O município de Pestanópolis juntamente como o Município de Mariolanda, devem
previamente fazer um estudo do impacto de vizinhança ambiental para avaliar os
conflitos que possam se causados e somente a partir da aprovação, expedir o
Certificado de Viabilidade, então posse desse certificado possa ser solicitada à
licença ambiental prévia, para a elaboração do projeto e o relatório de impacto
ambiental para submetê-lo a entidade ambiental competente para sua aprovação e
posterior licenciamento.
O prefeito Claro Pestana, não deverá cobrar taxa de reciclagem do lixo urbano, pois
a cobrança pode prosseguir da mesma forma como vinha sendo cobrada, até a
presente data, permitindo-se no entanto, majorar o valor da taxa cobrada de forma
tornar o serviço auto-sustentável do ponto de vista econômico.
No que diz respeito a nova geração de emprego e renda devem de comum acordo
os Prefeitos de ambas cidades Pestanópolos e Mariolanda, incentivar a criação de
uma cooperativa de agentes ambientais(catadores).
As aplicações corretas dessas medidas irão receber incentivos do Governo Federal
e os agentes ambientais terão renda compatível com a atividade exercida e se
sentiram motivados. Essa atividade econômica necessita de financiamento, por esta
razão é indispensável que o poder público crie fontes de financiamentos apropriadas
para dar início ao processo.
A criação de fontes de financiamentos para as diversas atividades relativas à política, desde práticas ambientais, como reflorestamento das margens de rios e educação ambiental, como para atividades econômicas que utilizam racionalmente os recursos naturais constituem instrumentos econômicos de efetividade das políticas públicas. (Granziera,2006)
Observar a elaboração de memorial descritivo fazendo constar as formas de atuação
e de operacionalização e controle, definidas no Plano Intermunicipal de Gestão
Integrada de Resíduo Sólidos, fazendo constar também no Plano as
responsabilidades de cada órgão tanto em nível Municipal como Estadual, como dos
profissionais e trabalhadores da Comunidade que participarão da seleção dos
resíduos sólidos.
Recomenda-se também a elaboração de campanha de conscientização da
população para a seleção resíduos domésticos que facilitará muito o trabalho dos
catadores envolvidos no processo, para maior motivação por parte dos munícipes a
campanha poderá se estender a entrega de Cestos de lixo com identificação
seletiva, propiciando através da coleta melhor rendimento na separação dos
resíduos no processo de separação.
A comercialização do produto da compostagem, o fertilizante orgânico chamado
Hummus, tem alta aceitação no mercado local e pode ser comercializado com os
produtores de hortaliças orgânicas, substituindo os fertilizantes químicos. A partir da
compostagem se produzem alimentos livres de agrotóxicos e outros produtos
químicos que fazem mal a saúde e ao meio ambiente, principalmente contaminando
mananciais e córregos.
Cenário criado pela divisão de obras e pelo departamento de projetos especiais.
Divisão de Obras
A escolha do princípio da padronização e a utilização de marca, para a aquisição de
veículos e máquinas, junta-se a necessidade que encontramos de esclarecer
peculiaridades acerca do princípio da padronização, bem como demais aspectos,
referentes ao seu procedimento e à vinculação de marca, com o intuito de identificar
o produto de interesse da administração publica.
Parte da doutrina silencia ou omite e, por vezes, não discute a matéria a fundo,
sendo certo que a Lei 8.666/93, explicita em seu art. 15, inciso I, primeira parte,
ser imperativo atender ao principio da padronização, no entanto, resta pensar, o que
é e como fazer a padronização de uma frota de veículos e máquinas.
Devemos questionar quais os princípios, requisitos e fundamentos da padronização,
que podem ser vinculada a ‘Marca’ à luz do sistema normativo em vigência. Essas e
outras respostas devem ser respondidas, à luz da boa doutrina, jurisprudência e
demais fontes do Direito, para que o administrador público, não recaia em erros.
A lei 8.666 de Licitações, quando trata de compras em seu art. 15, Inciso I, expressa
que sempre que possível, deve-se atender ao princípio da padronização, que
impondo a compatibilidade técnica e o desempenho, observadas, quando for o caso,
as condições de manutenção, assistência técnica e garantias oferecidas.
Existe certa dúvida, quando se discute o tema da padronização. Parte da doutrina
faz confusão acerca dos fundamentos postos nos dispositivos do art. 7º, parágrafo
5º cumulado com art. 25, inciso I em face do princípio da padronização, com dicção
do art. 15, inciso I.
Deve-se analisar a escolha de marca e preferência de modelo face as características
de uso e aplicação dos veículos e máquinas, cada um com sua especificidade, no
entanto, para diferenciar a preferência por marca e utilização para identificação do
estander padronizado.
Quais as considerações iniciais devem ser postas para a escolha correta a serem
adquiridas, o que está estatuído no art. 15, incico I, da lei de licitações, não constitui
uma faculdade do poder público de imprimir a padronização. O
verbo deverão denota que o legislador desejou que sempre nas compras fossem
atendidos os aspectos relativos ao principio da padronização.
Assim fica claro que a padronização é obrigatória em todos os casos onde existam
possibilidades para tal, inclusive para bens de consumo.
Segundo Gasparini, a padronização é a regra, sendo necessário que a
impossibilidade da aquisição de certos bens, com a observância desse princípio,
fique devidamente demonstrada, senão restaria inócuo e não teria qualquer utilidade
à determinação ‘sempre que possível’, consignada no caput do art. 15. De sorte que,
sendo possível a padronização, dela não pode escapar a entidade compradora.
"sempre que possível" não remete à discricionariedade da Administração. Não é equivalente a "quando a Administração quiser". A fórmula verbal torna impositiva e obrigatória a adoção das providências constantes do elenco, ressalvadas as hipóteses em que tal for "impossível".(Marçal Justen Filho, 2000,p.143).
As compras e aquisições neste caso, não devem ser feitas com total
despreocupação, é preciso que esteja presente o principio da eficiência, para assim
não se comprar com negligência, contudo, afirma-se que devem ser realizadas todas
as aquisições de forma pensada e decididas antes de sua efetivação, para agilizar e
planejar é preciso, antes de tudo, padronizar.
Entendemos que o Administrador Público, deve ser atento no aspecto de bem
administrar, procurando sempre buscar procedimentos eficazes e eficiênica para sua
administração.
A maioria dos legisladores entende que face à obrigatoriedade do atendimento ao
principio da padronização, que toda compra, necessariamente, deverá ser avaliada
de forma criteriosa como um princípio especial, tudo com muito cuidado para evitar
aquisições de bens diferentes nos seus elementos componentes, na qualidade, na
produtividade, na durabilidade, em respeito à historicidade das aquisições, e com
ainda, considerando o estoque, manutenção, assistência técnica, custo e beneficio à
administração pública.
De forma geral, a padronização é um princípio, que implica em aquisições que
deverão utilizar de padrões previamente fixados, chegando, inclusive, em muitos
casos, à autorização e permissão da própria MARCA, tudo embasado na mais lícita
consciência do interesse público.
Portanto, o que se pretende administrativamente, nos casos de padronização, via de
regra passa, necessariamente, pelo crivo dos ditames legais do princípio do
interesse público, acima de qualquer coisa, somando a isto as idéias
da funcionalidade, segurança, compatibilidade de especificações, garantia,
assistência e economia para os cofres públicos.
Tendo o Diretor de obras, Sr. Reinaldo Terra Molhada, feito o que lei preconiza
quanto a possibilidade de padronização, assinalando preferência de marcas de
veículos e máquinas, promovendo a publicidade e incentivando a competitividade,
no processo licitatório, objetivando a seleção da melhor proposta entre as
apresentadas, cumprindo regras, respeitando a isonomia entre os participantes, e os
princípios citados na Lei de Licitações de nº. 8.666/93, o termo pejorativo de festival
não deve ser encarado como ação fora da legalidade.
Departamento de projetos Especiais da Prefeitura de Pestanópolis, avaliação de
Contratação de Fundação sem fins lucrativos.
A lei 8.666 de 21 de junho de 1993, que regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal e que institui normas para licitações e contratos da Administração Pública, prevê em seu artigo 24 a dispensa de licitação para:
Art. 24. É dispensável a licitação:
XIII - na contratação de instituição brasileira incumbida regimental ou estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento institucional, ou de instituição dedicada à recuperação social do preso, desde que a contratada detenha inquestionável reputação ético-profissional e não tenha fins lucrativos.
”A dispensa de licitação verifica-se em situações, em que embora viável a competição entre particulares, a licitação afigura-se objetivamente incompatível com os valores da atividade administrativa”. Além disso, afirma que, “as hipóteses de dispensa de licitação podem ser sistematizadas segundo o ângulo da manifestação de equilíbrio na relação custo beneficio do seguinte modo: quando a contratação não for norteada pelo critério de vantagem econômica por que o Estado busca realizar outros fins”. (Justem Filho, 2012).
Fundamentação Teórica de Direito Eleitoral.
A fonte primeira de consagração do Direito Eleitoral é a Constituição da República
Federativa do Brasil, promulgada em 1988, constituição principal de seus institutos e
preceitos. Podendo ser também citadas as leis exclusivamente federais, as
resoluções do Tribunal Superior Eleitoral e os estatutos dos partidos políticos.
Nesse ponto, diz a Constituição Federal, em seu art. 22, inciso I, que compete
privativamente à União legislar sobre matéria eleitoral, podendo delegar tal
competência aos Estados através de lei complementar.
O Direito Eleitoral é o ramo do Direito Público que orienta e disciplina a elaboração e
a formação dos partidos políticos, bem como, o ingresso do cidadão na estrutura
eleitoral, para fruição dos direitos políticos, todas as etapas do processo eleitoral,
como o registro das candidaturas, a publicidade eleitoral, o processo da eleição e a
investidura no mandato.
Referem-se a um conjunto de normas que disciplinam a participação de um indivíduo na vida política e na estrutura de
seu país. São normas que regulam o exercício da soberania popular e “o acesso ao poder estatal”(Gomes, 2008, p.2.)
Segundo Cândido, 2006, que apresenta a seguinte definição de Direito Eleitoral “...é
o ramo do Direito Público que trata de institutos relacionados com os direitos
políticos e as eleições, em todas as suas fases, como forma de escolha dos titulares
dos mandatos políticos e das instituições do Estado”.
O Direito Público no Brasil, tem um importante ramo, no Direito Eleitoral, capaz de
modificar os rumos da nação, que tem como função regulamentar os direitos
políticos dos cidadãos e o processo eleitoral, ainda com muita propriedade o direito
constitucional, em seu conjunto de normas sistematizadas, assegura a organização
e o exercício de direitos políticos, principalmente os que envolvem votar e ser
votado, expresso no artigo 22 da Constituição Federal temos:
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; Quanto aos direitos dos cidadãos de canditar-se a cargo letivo a Lei 4.737/1965 –Codigo Eleitoral, assim se refere: Art. 2º Todo poder emana do povo e será exercido em seu nome, por mandatários escolhidos, direta e secretamente, dentre candidatos indicados por partidos políticos nacionais, ressalvada a eleição indireta nos casos previstos na Constituição e leis específicas. Art. 3º Qualquer cidadão pode pretender investidura em cargo eletivo, respeitadas as condições constitucionais e legais de elegibilidade e incompatibilidade.
Direitos políticos são as normas que disciplinam o exercício da soberania popular, ou
seja, a participação nos negócios jurídicos do Estado. Um Estado Democrático de
Direito é aquele que permite a efetiva participação do povo na administração da
coisa pública, visando sobretudo alcançar uma sociedade livre, justa e solidária em
que todos inclusive os governantes estão igualmente submetidos à força da lei.
Na questão da soberania popular fica muito bem assegurado no art. 1º. da
Constituição Federal em seu parágrafo único que diz: “Todo o poder emana do povo,
que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta
Constituição.
Destaque ainda para os incisos do mesmo art. 1º. que são:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Ainda quanto a soberania popular a Constituição Federal aponta em seu art. 14:
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I - plebiscito; II - referendo; III - iniciativa popular. § 1º - O alistamento eleitoral e o voto são: I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; II - facultativos para: a) os analfabetos; b) os maiores de setenta anos; c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. § 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos. § 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei: I - a nacionalidade brasileira; II - o pleno exercício dos direitos políticos; III - o alistamento eleitoral; IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; V - a filiação partidária;
VI - a idade mínima de: a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador; b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; d) dezoito anos para Vereador. § 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. § 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subseqüente.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997) § 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito. § 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. § 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. § 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. ( Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº. 4, de 1994) § 10 - O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude. § 11 - A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.(
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm)
A Lei Complementar nº. 135 de 4 de junho de 2010, que altera a Lei Complementar
no 64, de 18 de maio de 1990, que estabelece, de acordo com o § 9o do art. 14 da
Constituição Federal, casos de inelegibilidade, prazos de cessação e determina
outras providências, para incluir hipóteses de inelegibilidade que visam a proteger a
probidade administrativa e a moralidade no exercício do mandato, mudou o
ordenamento jurídico eleitoral, desafiando uma interpretação dos diplomas eleitorais
que se amoldem à nova ordem estabelecida, em que as inelegibilidade passaram a
ter uma dimensão bem mais ampla e mais grave, atendendo aos anseios da nação
brasileira.
O Tribunal Superior Eleitoral, deu início na construção das jurisprudências sobre o
art.41-A, a sanção de inelegibilidade raramente gerava resultados práticos na esfera
jurídica do candidato infrator, que normalmente terminava se beneficiando da
infração cometida, ademais, o prazo de três anos era, de fato, insuficiente para inibir
conjugações e estripulias praticadas por candidatos no ânsia de obterem o mandato
eletivo tão almejado.
Assim, a interpretação dada àquele dispositivo passou a ser construída de modo a
atender os reclamos da comunidade jurídica, ansiosa de maior efetividade das
sanções eleitorais.
Foi com essa diretriz que o Tribunal Superior Eleitoral, passou a interpretar que a
cassação de registro de candidatura não se confundia com a inelegibilidade,
afastando a necessidade de trânsito em julgado da decisão para gerar efeitos
práticos, consoante determinava a revogada redação do art.15 da Lei Complementar
64 de 1990.
Apesar disso, com a entrada em vigor da Lei Complementar 135 de junho de 2010,
todas as inelegibilidades passaram a ter o prazo mínimo de oito anos, exacerbando-
se sobremaneira a amplitude da sanção e contagiando diversas hipóteses de ilícitos
eleitorais, inclusive a captação de sufrágio.
Vale lembrar que as condições referidas tratam da elegibilidade e da
incompatibilidade previstas no art. 14º da Constituição Federal de 1988. Dentre as
mais importantes pode-se citar:
Art. 14º. § 7º. São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
Outro regra importante dos ditames da lei é a limitação apresentada no art. 9º da lei
9504 de 1997, e em seu parágrafo único:
Art. 9º Para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de, pelo menos, um ano antes do pleito e estar com a filiação deferida pelo partido no mesmo prazo.
Parágrafo único. Havendo fusão ou incorporação de partidos após o prazo estipulado no caput, será considerada, para efeito de filiação partidária, a data de filiação do candidato ao partido de origem.
Parecer sobre a pretensão do Secretário de Governo ser candidato nas próximas
eleições tendo este ainda trocado de partido político a 3(três) meses anterior da data
da eleições.
O Secretário de Governo pretende ser candidato a Prefeito do Município de
Pestanóplis. A princípio todo cidadão que esteja apto a votar e ser votado pode ser
candidato a Prefeito, pois a Lei das Eleições assim dispõe:
Art. 3º. Qualquer cidadão pode pretender investidura em cargo eletivo, respeitadas as condições constitucionais e legais de elegibilidade e incompatibilidade.
Mas, o Secretario de Governo está impedido por não ter um ano de registro no
partido político que se filiou às vésperas da data das novas eleições para Prefeito e
Vereadores, como dispõe o Art. 9º da lei das eleições; além disso, por ser parente
do Prefeito se torna inelegível conforme dispõe o parágrafo 7º do art. 14 da
Constituição Federal de 1988.
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