auxilio doença
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INTRODUÇÃO
Este trabalho visa dar uma menção sobre Auxílio-doença e Auxílio-doença acidentário,
fazendo-se entender um pouco mais sobre eles, favorecendo a propagação e divulgação dos
conhecimentos aqui descritos, buscando de forma clara, objetiva e sucinta, demonstrar como
devem se aplicar na pratica e teoria as normas e leis mencionadas no texto a seguir.
Auxílio-doença é um benefício concedido ao segurado impedido de trabalhar por doença
ou acidente por mais de 15 dias consecutivos.
Auxílio-doença acidentário é um benefício concedido ao segurado incapacitado para o
trabalho em decorrência de acidente de trabalho ou de doença profissional.
Surgem-nos algumas dúvidas em relação a esses dois tipos de benefícios, tendo os dois
algumas diferenças que serão comentadas e descritas no decorrer dos próximos parágrafos.
AUXÍLIO-DOENÇA
Benefício concedido ao segurado impedido de trabalhar por doença ou acidente por mais
de 15 dias consecutivos. No caso dos trabalhadores com carteira assinada, os primeiros 15 dias
são pagos pelo empregador, exceto o doméstico, e a Previdência Social paga a partir do 16º dia
de afastamento do trabalho. Para os demais segurados inclusive o doméstico, a Previdência paga
o auxílio desde o início da incapacidade e enquanto a mesma perdurar. Em ambos os casos,
deverá ter ocorrido o requerimento do benefício. Clique aqui para mais informações sobre
pagamento.
Para concessão de auxílio-doença é necessária a comprovação da incapacidade em
exame realizado pela perícia médica da Previdência Social.
Para ter direito ao benefício, o trabalhador tem de contribuir para a Previdência Social
por, no mínimo, 12 meses (carência). Esse prazo não será exigido em caso de acidente de
qualquer natureza (por acidente de trabalho ou fora do trabalho) ou de doença profissional ou do
trabalho.
Terá direito ao benefício sem a necessidade de cumprir o prazo mínimo de contribuição
e desde que tenha qualidade de segurado quando do início da incapacidade, o trabalhador
acometido de tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, neoplasia maligna, cegueira,
paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose
anquilosante, nefropatia grave, doença de Paget em estágio avançado (osteíte deformante),
síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), contaminação por radiação (comprovada em
laudo médico) ou hepatopatia grave.
Não tem direito ao auxílio-doença quem, ao se filiar à Previdência Social, já tiver
doença ou lesão que geraria o benefício, a não ser quando a incapacidade resulta do agravamento
da enfermidade.
O trabalhador que recebe auxílio-doença é obrigado a realizar exame médico periódico
e, se constatado que não poderá retornar para sua atividade habitual, deverá participar do
programa de reabilitação profissional para o exercício de outra atividade, prescrito e custeado
pela Previdência Social, sob pena de ter o benefício suspenso.
Quando o trabalhador perder a qualidade de segurado, as contribuições anteriores só
serão consideradas para concessão do auxílio-doença se, após nova filiação à Previdência Social,
houver pelo menos quatro contribuições que, somadas às anteriores, totalizem, no mínimo, a
carência exigida (12 meses).
O auxílio-doença deixa de ser pago quando o segurado recupera a capacidade e retorna
ao trabalho ou quando o benefício se transforma em aposentadoria por invalidez.
A empresa poderá requerer o benefício de auxílio-doença para seu empregado ou
contribuinte individual que lhe preste serviço e, nesse caso, terá acesso às decisões referentes ao
benefício.
A Previdência Social processará de ofício o benefício, quando tiver conhecimento, por
meio de documentos que comprovem essa situação, de que o segurado encontra-se incapacitado
para o trabalho e impossibilitado de se comunicar com o INSS. Nesse caso, será obrigatória a
realização de exame médico-pericial pelo INSS para comprovação da alegada incapacidade.
REQUERIMENTO DE AUXÍLIO-DOENÇA
Você pode requerer o auxílio-doença e escolher a Agência da Previdência Social onde
deverá comparecer para fazer a avaliação médico-pericial.
Para efetuar o requerimento você deve informar:
NIT - Número de Identificação do Trabalhador (PIS/PASEP/CICI), Nome completo do(a)
requerente, nome completo da mãe e data do nascimento;
Indicar a categoria do trabalhador, se contribuinte individual, facultativo, trabalhador
avulso, segurado especial (trabalhador rural), empregado(a) doméstico(a), empregado(a)
e desempregado(a);
Data do último dia de trabalho no caso do (a) empregado(a), CID constante do atestado
médico que gerou o afastamento e CNPJ da Empresa;
CPF e Nome do Empregador no caso de Empregado(a) Doméstico(a).
Verificar se o endereço que consta no banco de dados está correto. Caso contrário, ligar para a
Central 135 e atualize seu cadastro antes de requerer seu benefício, pois toda documentação será
enviada no endereço cadastral que consta em nosso banco de dados.
VALOR DO BENEFÍCIO
Corresponde a 91% do salário de benefício.
O salário de benefício dos trabalhadores inscritos até 28 de novembro de 1999
corresponderá à média dos 80% maiores salários de contribuição, corrigidos monetariamente,
desde julho de 1994.
Para os inscritos a partir de 29 de novembro de 1999, o salário de benefício será a média
dos 80% maiores salários de contribuição de todo o período contributivo.
O segurado especial (trabalhador rural) terá direito a auxílio-doença no valor de um
salário mínimo, se não contribuiu facultativamente.
PAGAMENTO
Se requerido benefício até 30 dias a contar da data do afastamento do trabalho, os
primeiros 15 dias de afastamento serão pagos pela Empresa, exceto para o doméstico, e a partir
do 16.º dia o pagamento será de responsabilidade do INSS.
Demais segurados inclusive o doméstico: a partir da data do início da incapacidade ou a
partir da data de entrada do requerimento, quando o benefício for solicitado após o 30º dia do
início da incapacidade.
Restabelecimento de benefício anterior:
Havendo novo pedido de auxílio-doença em decorrência da mesma doença, cujo
requerimento tenha ocorrido até 60 dias da cessação do benefício anterior, e concluindo a Perícia
Médica pela concessão do benefício, será negado o novo pedido e prorrogado o benefício
anterior, descontando-se os dias trabalhados, se for o caso.
Nos casos em que o segurado empregado se afastar do trabalho por 15 dias consecutivos,
retornar à atividade no 16º dia e se afastar novamente dentro de 60 dias desse retorno, em razão
da mesma doença, o benefício será pago a partir da data do novo afastamento. Se o retorno à
atividade ocorrer antes de 15 dias do afastamento, o pagamento será a partir do dia seguinte ao
que completar os 15 dias, desde que esses 15 dias estejam dentro do prazo máximo de 60 dias.
PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO
Para ter direito aos benefícios da Previdência Social, o trabalhador precisa estar em dia
com suas contribuições mensais, caso contrário, pode perder a qualidade de segurado.
Há situações em que os segurados ficam um período sem contribuir e, mesmo assim,
têm direito aos benefícios previdenciários, enquanto mantiverem a qualidade de segurado.
Mantém a qualidade de segurado:
Sem limite de prazo, quem estiver recebendo benefício;
Até 12 meses após cessar o benefício por incapacidade ou o pagamento das contribuições
mensais.
Esse prazo pode ser prorrogado para até 24 meses, se o trabalhador já tiver pago mais de
120 contribuições mensais sem interrupção que acarrete perda da qualidade de segurado;
Para o trabalhador desempregado, os prazos anteriores serão acrescidos de mais 12
meses, desde que comprovada a situação por registro no Ministério do Trabalho e Emprego;
Até 12 meses após cessar a segregação, para o segurado acometido de doença de
segregação compulsória;
Até 12 meses após o livramento, para o segurado preso;
Até três meses após o licenciamento, para o segurado incorporado às Forças Armadas;
Até seis meses após interrompido o pagamento, para o segurado facultativo.
Observação:
A perda da qualidade de segurado não será considerada para a concessão das
aposentadorias por tempo de contribuição e especial. Também não será considerada para a
aposentadoria por idade, desde que o segurado conte com a carência e idade mínima exigidas.
REABILITAÇÃO PROFISSIONAL
Serviço da Previdência Social que tem o objetivo de oferecer, aos segurados
incapacitados para o trabalho (por motivo de doença ou acidente), os meios de reeducação ou
readaptação profissional para o seu retorno ao mercado de trabalho.
O atendimento é feito por equipe de médicos, assistentes sociais, psicólogos, sociólogos,
fisioterapeutas e outros profissionais. A reabilitação profissional é prestada também aos
dependentes, de acordo com a disponibilidade das unidades de atendimento da Previdência
Social.
Depois de concluído o processo de reabilitação profissional, a Previdência Social emitirá
certificado indicando a atividade para a qual o trabalhador foi capacitado profissionalmente.
A Previdência Social fornecerá aos segurados recursos materiais necessários à
reabilitação profissional, quando indispensáveis ao desenvolvimento do respectivo programa,
incluindo próteses, órteses, instrumentos de trabalho, implementos profissionais, auxílio-
transporte e auxílio-alimentação.
O trabalhador em gozo de auxílio-doença terá prioridade de atendimento no programa de
reabilitação profissional. Não há prazo mínimo de contribuição para que o segurado tenha direito
à reabilitação profissional.
CATEGORIAS DE SEGURADOS
Empregado
Nesta categoria estão: trabalhadores com carteira assinada, trabalhadores temporários,
diretores-empregados, quem tem mandato eletivo, quem presta serviço a órgãos públicos, como
ministros e secretários e cargos em comissão em geral, quem trabalha em empresas nacionais
instaladas no exterior, multinacionais que funcionam no Brasil, organismos internacionais e
missões diplomáticas instaladas no país. Não estão nesta categoria os empregados vinculados a
regimes próprios, como os servidores públicos.
Empregado doméstico
Trabalhador que presta serviço na casa de outra pessoa ou família, desde que essa
atividade não tenha fins lucrativos para o empregador. São empregados domésticos: governanta,
jardineiro, motorista, caseiro, doméstica e outros.
Trabalhador avulso
Trabalhador que presta serviço a várias empresas, mas é contratado por sindicatos e
órgãos gestores de mão-de-obra. Nesta categoria estão os trabalhadores em portos: estivador,
carregador, amarrador de embarcações, quem faz limpeza e conservação de embarcações e vigia.
Na indústria de extração de sal e no ensacamento de cacau e café também há trabalhador avulso.
Contribuinte individual
Nesta categoria estão as pessoas que trabalham por conta própria (autônomos), os
empresários e os trabalhadores que prestam serviços de natureza eventual a empresas, sem
vínculo empregatício. São considerados contribuintes individuais, entre outros, os sacerdotes, o
sócio gerente e o sócio cotista que recebem remuneração decorrente de atividade em empresa
urbana ou rural, os síndicos remunerados, os motoristas de táxi, os vendedores ambulantes, as
diaristas, os pintores, os eletricistas, os associados de cooperativas de trabalho e outros.
Segurado especial
São os trabalhadores rurais que produzem em regime de economia familiar, sem
utilização de mão de obra assalariada permanente, e que a área do imóvel rural explorado seja de
até 04 módulos fiscais. Estão incluídos nesta categoria cônjuges, companheiros e filhos maiores
de 16 anos que trabalham com a família em atividade rural. Também são considerados segurados
especiais o pescador artesanal e o índio que exerce atividade rural e seus familiares.
Segurado facultativo
Nesta categoria estão todas as pessoas com mais de 16 anos que não têm renda própria,
mas decidem contribuir para a Previdência Social. Por exemplo: donas-de-casa, estudantes,
síndicos de condomínio não-remunerados, desempregados, presidiários não-remunerados e
estudantes bolsistas.
DEPENDENTES
São três classes:
Cônjuge, companheiro(a) e filhos menores de 21 anos ou inválidos, desde que não tenham
se emancipado entre 16 e 18 anos de idade;
Pais;
Irmãos não emancipados, menores de 21 anos ou inválidos.
Enteados ou menores de 21 anos que estejam sob tutela do segurado possuem os
mesmos direitos dos filhos, desde que não possuam bens para garantir seu sustento e sua
educação.
A dependência econômica de cônjuges, companheiros e filhos é presumida. Nos demais
casos deve ser comprovada por documentos, como declaração do Imposto de Renda e outros.
Para ser considerado companheiro(a) é preciso comprovar união estável com o(a) segurado(a).
A Ação Civil Pública nº 2000.71.00.009347-0 determina que companheiro(a)
homossexual de segurado(a) terá direito a pensão por morte e auxílio-reclusão, desde que
comprovada a vida em comum.
Havendo dependentes de uma classe, os integrantes da classe seguinte perdem o direito
ao benefício.
NOTA:
O filho ou o irmão inválido maior de 21 anos somente figurarão como dependentes do
segurado se restar comprovado em exame médico-pericial, cumulativamente, que:
A incapacidade para o trabalho é total e permanente;
A invalidez é anterior à eventual causa de emancipação civil ou anterior à data em que
completou 21 anos;
A invalidez manteve-se de forma ininterrupta até o preenchimento de todos os requisitos
de elegibilidade ao benefício.
O irmão ou o filho maior inválido terão direito à pensão por morte desde que a invalidez
seja anterior ou simultânea ao óbito do segurado e o requerente não tenha se emancipado até a
data da invalidez.
CARÊNCIA
É o tempo mínimo de contribuição que o trabalhador precisa comprovar para ter direito a um
benefício previdenciário. Varia de acordo com o benefício solicitado:
BENEFÍCIO CARÊNCIA
Salário-maternidade (*)
Sem carência para as empregadas,
empregadas domésticas e trabalhadoras
avulsas;
10 contribuições mensais (contribuintes
individual e facultativo);
10 meses de efetivo exercício de atividade
rural, mesmo de forma descontínua, para a
segurada especial.
Auxílio-doença (**) 12 contribuições mensais
Aposentadoria por
invalidez12 contribuições mensais
Aposentadoria por idade 180 contribuições
Aposentadoria especial 180 contribuições
Aposentadoria por
tempo de contribuição180 contribuições
Auxílio-acidente sem carência
Salário-família sem carência
Pensão por morte sem carência
Auxílio-reclusão sem carência
Nota: (*)
- A carência do salário-maternidade, para as seguradas contribuinte individual e facultativa, é de
dez contribuições mensais, ainda que os recolhimentos a serem considerados tenham sido
vertidos em categorias diferenciadas e desde que não tenha havido perda da qualidade de
segurado.
- Em caso de parto antecipado, o período de carência será reduzida em número de contribuições
equivalente ao número de meses em que o parto foi antecipado;
- Para o salário-maternidade nas categorias que exijam carência, havendo perda da qualidade de
segurada, as contribuições anteriores a essa perda somente serão computadas para efeito de
carência depois que a segurada contar, a partir da nova filiação ao RGPS, com, no mínimo, três
contribuições, observada a legislação vigente na data do evento.
(**) Independe de carência a concessão de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos
casos de acidente de qualquer natureza e nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, for
acometido de doença ou afecção especificada em lista do Ministério da Saúde e do Ministério da
Previdência Social.
Observação:
Para os segurados filiados ao Regime Geral de Previdência Social até 24/07/91, data anterior a
publicação da Lei 8.213/1991, a carência exigida no caso das aposentadorias por idade, tempo
de contribuição e especial, será de acordo com a tabela abaixo:
Ano de implementação das
condições
Meses de contribuição
exigidos
1991 60 meses
1992 60 meses
1993 66 meses
1994 72 meses
1995 78 meses
1996 90 meses
1997 96 meses
1998 102 meses
1999 108 meses
2000 114 meses
2001 120 meses
2002 126 meses
2003 132 meses
2004 138 meses
2005 144 meses
2006 150 meses
2007 156 meses
2008 162 meses
2009 168 meses
2010 174 meses
2011 180 meses
Para o (a) empregado (a) doméstico(a), o contribuinte individual e o facultativo a primeira
contribuição a ser contada deve ter o seu pagamento efetuado dentro do prazo legal de
vencimento (Arts. 24 a 27, Lei nº 8.213/91 e Art. 30 da Lei nº 8.212/91).
Para o Segurado(a) Especial/Trabalhador(a) Rural, será exigida a comprovação de exercício de
atividade rural por tempo igual ao número de meses de contribuição correspondentes à carência
do benefício pretendido (§ 2º do art. 48 e art. 142 da Lei 8.213/91).
O tempo de recebimento de auxílio-doença ou de aposentadoria por invalidez, intercalado com
período de atividade não é computado para efeito de carência e somente para tempo de
contribuição (Art. 55 da Lei nº 8.213/91 e Art. 60 do Decreto nº 3.048/99).
O tempo de serviço como trabalhador rural, anterior à 11/91, não é computado para efeito de
carência (§ 2º, Art. 55, Lei nº 8.213/91).
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991 e alterações posteriores;
Lei nº 10.666, de 8 de maio de 2003 e alterações posteriores;
Decreto nº 3.048, de 6 de maio 1999 e alterações posteriores;
Instrução Normativa INSS/PRES nº 45, de 06 de agosto de 2010 e alterações posteriores.
AUXÍLIO-DOENÇA ACIDENTÁRIO
Benefício concedido ao segurado incapacitado para o trabalho em decorrência de
acidente de trabalho ou de doença profissional. Considera-se acidente de trabalho aquele ocorrido
no exercício de atividades profissionais a serviço da empresa (típico) ou ocorrido no trajeto casa-
trabalho-casa (de trajeto).
Têm direito ao auxílio-doença acidentário o empregado, o trabalhador avulso, o médico-
residente e o segurado especial. A concessão do auxílio-doença acidentário não exige tempo
mínimo de contribuição.
Ao trabalhador que recebe auxílio-doença, a Previdência oferece o programa de
reabilitação profissional.
A comunicação de acidente de trabalho ou doença profissional será feita à Previdência
Social em formulário próprio (veja como preencher o CAT), preenchido em quatro vias: 1ª via
(INSS), 2ª via (segurado ou dependente), 3ª via (sindicato de classe do trabalhador) e 4ª
(empresa).
A CAT deverá ser emitida pela empresa ou pelo próprio trabalhador, por seus
dependentes, pela entidade sindical, pelo médico ou por autoridade (magistrados, membros do
Ministério Público e dos serviços jurídicos da União, dos estados e do Distrito Federal e
comandantes de unidades do Exército, da Marinha, da Aeronáutica, do Corpo de Bombeiros e da
Polícia Militar). O formulário preenchido tem que ser entregue em uma Agência da Previdência
Social pelo emitente.
A retomada de tratamento e o afastamento por agravamento de lesão decorrentes de
acidente de trabalho ou doença profissional têm de ser comunicados à Previdência Social em
formulário próprio. Nessa CAT deverão constar as informações da época do acidente e os dados
atualizados do novo afastamento (último dia trabalhado, atestado médico e data da emissão).
Também devem ser informadas à Previdência Social por meio da CAT mortes de
segurados decorrentes de acidente de trabalho ou doença ocupacional.
A empresa é obrigada a informar à Previdência Social acidentes de trabalho ocorridos
com seus funcionários, mesmo que não haja afastamento das atividades, até o primeiro dia útil
seguinte ao da ocorrência. Em caso de morte, a comunicação deve ser imediata. A empresa que
não informar acidentes de trabalho está sujeita à multa.
Nos primeiros 15 dias de afastamento, o salário do trabalhador é pago pela empresa.
Depois, a Previdência Social é responsável pelo pagamento. Enquanto recebe auxílio-doença por
acidente de trabalho ou doença ocupacional, o trabalhador é considerado licenciado e terá
estabilidade por 12 meses após o retorno às atividades.
O auxílio-doença deixa de ser pago quando o segurado recupera a capacidade e retorna
ao trabalho ou quando o benefício se transforma em aposentadoria por invalidez.
REQUERIMENTO DE AUXÍLIO-DOENÇA ACIDENTÁRIO
O benefício pode ser solicitado via Internet. Para requerer diretamente na Agência
da Previdência Social apresente os seguintes documentos:
Atestado Médico e/ou Exames de Laboratório (se houver);
Atestado de Afastamento de Trabalho preenchido pela empresa com as informações
referentes ao afastamento do trabalho - se for segurado(a) empregado(a);
Documento de identificação (Carteira de Identidade/Carteira de Trabalho e Previdência
Social - CTPS);
Cadastro de Pessoa Física- CPF (não obrigatório);
PIS/PASEP;
Certidão de Nascimento dos filhos menores de 14 anos;
Exigências cumulativas para recebimento deste tipo de benefício:
1. Parecer da Perícia Médica atestando a incapacidade física e/ou mental para o trabalho
ou para atividades pessoais (Art. 59, Lei nº 8.213/91);
2. Comprovação da qualidade de segurado (Art.15 da Lei nº 8.213/91 e Art. 13 e 14 do
Regulamento aprovado pelo Decreto nº 3.048/99 e
3. Carência de no mínimo 12 contribuições mensais (Arts. 24 a 26 da Lei nº 8.213/91 e
Arts. 26 a 30 do Regulamento citado no item anterior).
Nota: Para o auxílio-doença acidentário não é exigida a carência do item 3.
Informações complementares:
A Apresentação de Atestado(s) Médico(s), Exames de Laboratório e de Atestado(s) de
Internação hospitalar, é opcional e não obrigatória;
No caso do segurado requerer o benefício após 30 dias o início do benefício será na data
do requerimento.
CADASTRO DA COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO - CAT
A Comunicação de Acidente do Trabalho – CAT foi prevista inicialmente na Lei nº
5.316/67, com todas as alterações ocorridas posteriormente até a Lei nº 9.032/95, regulamentada
pelo Decreto nº 2.172/97.
A Lei nº 8.213/91 determina no seu artigo 22 que todo acidente do trabalho ou doença
profissional deverá ser comunicado pela empresa ao INSS, sob pena de multa em caso de
omissão.
Cabe ressaltar a importância da comunicação, principalmente o completo e exato
preenchimento do formulário, tendo em vista as informações nele contidas, não apenas do ponto
de vista previdenciário, estatístico e epidemiológico, mas também trabalhista e social.
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA:
PORTARIA Nº 5.051, de 26 de fevereiro de 1.999
VALOR DO BENEFÍCIO
Corresponde a 91% do salário de benefício. O salário de benefício dos trabalhadores
inscritos até 28 de novembro de 1999 corresponderá à média dos 80% maiores salários de
contribuição, corrigidos monetariamente, desde julho de 1994.
Para os inscritos a partir de 29 de novembro de 1999, o salário de benefício será a média
dos 80% maiores salários de contribuição de todo o período contributivo.
REABILITAÇÃO PROFISSIONAL
Serviço da Previdência Social que tem o objetivo de oferecer, aos segurados
incapacitados para o trabalho (por motivo de doença ou acidente), os meios de reeducação ou
readaptação profissional para o seu retorno ao mercado de trabalho.
O atendimento é feito por equipe de médicos, assistentes sociais, psicólogos, sociólogos,
fisioterapeutas e outros profissionais. A reabilitação profissional é prestada também aos
dependentes, de acordo com a disponibilidade das unidades de atendimento da Previdência
Social.
Depois de concluído o processo de reabilitação profissional, a Previdência Social emitirá
certificado indicando a atividade para a qual o trabalhador foi capacitado profissionalmente.
A Previdência Social fornecerá aos segurados recursos materiais necessários à
reabilitação profissional, quando indispensáveis ao desenvolvimento do respectivo programa,
incluindo próteses, órteses, instrumentos de trabalho, implementos profissionais, auxílio-
transporte e auxílio-alimentação.
O trabalhador em gozo de auxílio-doença terá prioridade de atendimento no programa de
reabilitação profissional. Não há prazo mínimo de contribuição para que o segurado tenha direito
à reabilitação profissional.
CONCLUSÃO:
É extremamente necessário para as empresas manterem sempre uma conduta de
conhecimento para com as leis trabalhistas, visando assim proteger a entidade e seus funcionários
de qualquer problema futuro.
As empresas têm de estar cada vez mais preparadas e com seu pessoal atualizado, pois
sempre surgem novas leis, decretos e outros tipos de regulamentação, sendo assim dever de toda
a empresa estar em contato com seus colaboradores para que eles tenham todo o suporte
necessário caso venham a sofrer com algum problema de saúde, seja ele doença ou acidentário.
REFERÊNCIAS:
http://www.previdencia.gov.br/conteudoDinamico.php?id=21
http://www.previdencia.gov.br/conteudoDinamico.php?id=430
http://www.previdencia.gov.br/conteudoDinamico.php?id=431
http://www.previdencia.gov.br/conteudoDinamico.php?id=85
http://www.previdencia.gov.br/conteudoDinamico.php?id=149
http://www.previdencia.gov.br/conteudoDinamico.php?id=86
http://www.previdencia.gov.br/conteudoDinamico.php?id=87
http://www.previdencia.gov.br/conteudoDinamico.php?id=88
http://www.dataprev.gov.br/servicos/auxdoe/auxdoe_ajuda_basica.htm
http://www.previdencia.gov.br/conteudoDinamico.php?id=297
http://www.previdencia.gov.br/conteudoDinamico.php?id=432
http://www.previdencia.gov.br/conteudoDinamico.php?id=149