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MACAÉ (RJ), QUARTA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 2014 ANO XXXVII Nº 8337 FUNDADOR/DIRETOR: OSCAR PIRES NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE A Yamaha recorreu à cultura “underground” do Japão para apresen- tar – como ela mesma classi- fica – um dos seus principais produtos em muito tempo. Lançada no ano passado, a nova motocicleta atende pelo nome de MT-09 e teve o visual inspirado no “lado negro” do país oriental – expresso nas insanas corridas de drift e nas estapafúrdias motos customi- zadas das ruas de Tóquio. A moto une elementos de naked e de motard e traz um pequeno painel de instrumentos digital e lanternas de leds. Pág. 5 DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO MOTOMUNDO VITRINE Yamaha privilegia o torque, mas não deixa a potência de lado na MT-09 com motor tricilíndrico A3 sedã com uma estratégia agressiva e se prepara voltar a ser marca nacional Pág. 6 Audi A3: ensaio geral Engenharia de resultados Na Hayasa você encontra os Seminovos Prime, uma possibilidade de adquirir veículos de outras marcas, sob o aval Hayasa Pág. 3 Honda em Rio das Ostras... só a Hayasa tem!

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MACAÉ (RJ), QUARTA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 2014 • ANO XXXVII • Nº 8337 • FUNDADOR/DIRETOR: OSCAR PIRES • NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE

A Yamaha recorreu à cultura “underground” do Japão para apresen-

tar – como ela mesma classi-fica – um dos seus principais produtos em muito tempo.

Lançada no ano passado, a nova motocicleta atende pelo nome de MT-09 e teve o visual inspirado no “lado negro” do país oriental – expresso nas insanas corridas de drift e nas

estapafúrdias motos customi-zadas das ruas de Tóquio. A moto une elementos de naked e de motard e traz um pequeno painel de instrumentos digital e lanternas de leds. Pág. 5

DIVULGAÇÃODIVULGAÇÃOMOTOMUNDO VITRINE

Yamaha privilegia o torque, mas não deixa a potência de lado na MT-09 com motor tricilíndrico

A3 sedã com uma estratégia agressiva e se prepara voltar a ser marca nacional Pág. 6

Audi A3: ensaio geral

Engenharia de resultados

Na Hayasa você encontra os Seminovos Prime, uma possibilidade de adquirir veículos de outras marcas, sob o aval Hayasa Pág. 3

Honda em Rio das Ostras... só a Hayasa tem!

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2 Automóveis MACAÉ, QUARTA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 2014

Segurança máxima

AUTOTAL

Lançado recentemen-te na Europa, o Audi A8 L Security já pode

ser encomendado no Brasil. O modelo conta com um con-junto de equipamentos com-plementares à blindagem e tem duas opções de motores a gasolina: 4.0 V8 biturbo, que chega a atingir 441 cv, e o propulsor 6.3 V12, capaz de entregar 506 cv. Em ambos os casos, o carro é equipado com transmissão automática de

oito marchas com tração in-tegral. As entregas, porém, só devem começar a partir de ju-lho. Os milionários amedron-tados interessados ainda terão de desembolsar R$ 3,5 milhões pelo carro.

O A8 L Security foi certifi-cado oficialmente pelo Cen-tro Alemão de Testes Balís-ticos, em Munique, e atende às especificações da classe de proteção balística nível III-A. Para conseguir esse registro,

é necessário que painéis da carroceria e vidros da célula de passageiros resistam a ti-ros com munição de calibre médio, como pistolas 9 mm e até submetralhadoras Uzi. Em algumas áreas, a blindagem do A8 L Security atende até mes-mo os critérios das classes VR 9 e VR 10, equivalentes aos ní-veis III e IV, o maior permiti-do para uso civil no Brasil, que resistem a perfuração de tiros de fuzis AR-15, M16 e AK-47.

Imigrante confirmadoAo que tudo indica, a Ford está pronta para lançar o uti-litário Kuga no Brasil. O mo-delo, que nos Estados Unidos recebe o nome de Escape, é uma espécie de EcoSport en-corpado, com linhas que re-metem bastante ao Focus atual – carro do qual é derivado. Por aqui, ele deve ser oferecido em

apenas uma versão. Na confi-guração prevista, o utilitário é equipado com um motor 1.6 EcoBoost turbinado capaz de gerar 180 cv acoplado ao câmbio automatizado Power-shift de seis marchas e tração integral.

O Ford Kuga já é vendido na Argentina, mas na terra dos

“hermanos” é comercializado em duas versões com o motor 1.6 EcoBoost. Uma capaz de atingir 150 cv e a outra, 182 cv. No país vizinho, a versão mais cara é a mesma que será lançada no Brasil. Aqui, a pre-visão é de que ele não saia das concessionárias por menos de R$ 110 mil.

FORD

O lado negroA linha 2014 da Harley-Davidson Fat Bob, que che-ga agora ao Brasil, ganhou um jeito bem “malvado”. Com novos detalhes na cor preta – assim como as rodas de 16 polegadas – e porte agressivo, a moto incorpo-ra ainda mais o estilo Dark Custom e vem equipada com o motor dois cilindros de 1.600 cm³ associado à transmissão manual de seis marchas.

Produzido em Manaus, o modelo apareceu pela primeira vez no Brasil no ano passado, no Salão Duas Rodas. Chega com pneus largos, guidão com fiação interna, tanque e para-lama com novos grafismos, farol

HARLEY-DAVIDSON

duplo e lanterna com LED. O preço inicial, de R$ 45.900, vale para a cor Vivid Black.

Nos tons preto fosco, laranja metálico e bege perolizado, o valor pula para R$ 46.250.

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MACAÉ, QUARTA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 2014 Automóveis 3

DICAS

Fabricantes fazem jogo de empurra com garantia dos componentes do carroÉ inaceitável a montadora transferir para o fornecedor a responsabilidade sobre qualquer componente com problema de qualidade

Alguém já ouvir falar que, ao comprar um au-tomóvel zero, este seja

entregue sem bateria, apare-lho de som ou pneus, com a recomendação de que sejam adquiridos nas lojas especia-lizadas?

Embora a resposta seja ób-via, a pergunta se faz a propó-sito de uma antiga e inexpli-cável prática das montadoras de transferir para seus forne-cedores a responsabilidade so-bre componentes de um auto-móvel. Digamos que um carro tenha rodado apenas cinco mil

quilômetros, esteja dentro do prazo da garantia, um ou dois pneus ficaram carecas e o do-no o leva à concessionária para reclamar do desgaste prema-turo. A resposta da oficina: “Pode levar o carro na loja da Goodyear para que ela resolva o problema”. Em vez de pro-testar, ir ao Procon ou chamar a polícia, o dono é suficiente-mente cordato para ir à loja de pneus e ainda ter o dissabor de ouvir que a culpa é da monta-dora, pois algum problema na suspensão foi o responsável pelo desgaste. É o ponto de

partida do famoso “jogo de empurra”, em que ninguém se responsabiliza por nada (e sobra para o bolso do dono do carro). A mesma linha de conduta se aplica para outros componentes, como aparelho de som ou bateria: “Quem ga-rante é a Bosch, leve lá o car-ro”. E a Bosch argumenta que o problema não é da bateria, mas do circuito elétrico. E so-bra de novo para o freguês.

As fábricas são chamadas de “montadoras” exatamente por encomendar de terceiros (fornecedores) a maioria das

peças utilizadas na linha de montagem. São responsáveis pela qualidade de todo o au-tomóvel e não podem se exi-mir da garantia de qualquer componente. Transferir essa responsabilidade é inaceitá-vel e merece uma análise por parte do Departamento de Proteção e Defesa do Consu-midor (DPDC) do Ministério da Justiça.

Por falar em respeito ao con-sumidor, o Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro) está, passo a passo, tentando or-ganizar a anarquia geral que

reina no setor de peças de reposição. Não se controla a qualidade do que se vende fora das concessionárias, no chamado mercado paralelo. Não há obrigatoriedade de se certificarem componentes de segurança: fabriqueta de fundo de quintal produz (ou “recon-diciona”) e vende livre e impu-nemente peças da suspensão, direção, transmissão e freios. O Inmetro já iniciou processo de certificação de alguns itens de segurança, como cadeiri-nhas, rodas e catalisadores. No mês passado, estabeleceu

os critérios para a certificação de componentes do freio, co-mo lonas e pastilhas. Dentro de três anos, só poderão ser comercializados se homologa-dos de acordo com as normas padronizadas.

Já que chegou ao sistema de freios, o Inmetro tem que passar agora para o fluido de freio, fácil de ser falsificado: basta colorir álcool com anili-na vermelha. E deixar o carro sem freios na esquina seguin-te. Até lá, melhor você mesmo prestar atenção na marca do fluido que está comprando.

DIVULGAÇÃO

As fábricas são chamadas de “montadoras” exatamente por encomendar de terceiros (fornecedores) a maioria das peças utilizadas na linha de montagem. São responsáveis pela qualidade de todo o automóvel e não podem se eximir da garantia de qualquer componente. Transferir essa responsabilidade é inaceitável e merece uma análise por parte do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) do Ministério da Justiça

Honda em Rio das Ostras... só a Hayasa tem!AUTOMUNDO

Na Hayasa você encontra os Seminovos Prime, uma possibilidade de adquirir veículos de outras marcas, sob o aval Hayasa

14 anos de mercado, 4 lojas, sendo a única concessionária Honda

em Rio das Ostras,a Hayasa hoje conta com filiais em Petrópolis, Teresópolis e Niterói.

Inaugurada em Rio das Ostras no mês de maio de 2009 na ZEN – Zona Especial de Negócios, a Hayasa está sempre compro-metidacom a excelência na co-mercialização de veículos novos e usados, oferecendo serviços de alta qualidade técnica, pro-fissionais treinados, aliado aos mais modernos equipamentos disponíveis no mercado, junto ao completo estoque de peças originais Honda.

Nossa assistência técnica ofe-rece aos clientes serviços reali-zados de acordo com os rígidos padrões Honda de qualidade, executado por profissionais pre-parados na fábrica, utilizando peças genuínas e equipamentos de última geração.

Além disso, temos os progra-mas “Honda Conduz, O Frotis-

ta e Pro Driver” criados pela Honda pensando em atender a necessidade de todos os seus clientes e proporcionar maior satisfação ao seu público.

Na Honda Hayasa você en-contra os Seminovos Prime, uma possibilidade de adquirir veículos de outras marcas, sob o aval Hayasa.

É por isso que contamos hoje com umextenso quadro funcio-nal. Nossos colaboradores estão-preparados para proporcionar sa-tisfação, tranqüilidade, conforto e segurança aos nossos clientes.

Venha nos visitar!› RIO das Ostras - Rua do

Engenheiro s/n - Mar do Norte (ZEN) - (22) 3321-8600

› NITERÓI-ESTRADA Francisco da Cruz Nunes, 600 - Pendotiba - (21)2616-9600

› PETRÓPOLIS - Rua Coronel Veiga, 1520 - Quitandinha - (24) 2249-9600

› TERESÓPOLIS - Av. Feliciano Sodré 829 - Várzea - (21) 2008-0600

DIVULGAÇÃO

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4 Automóveis MACAÉ, QUARTA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 2014

Ford apresenta novo Ka sedã no Brasil e na Índia

FORD

A Ford apresentou seu novo conceito global nesta segunda-feira (3), em evento simultâneo no Brasil e na Índia. Trata-se do protótipo do inédito Ka Se-dã que deve chegar às lojas no segundo semestre deste ano, substituindo de vez as unidades do Fiesta Sedan Rocam.

No visual, o sedã traz o mes-mo design do hatch com a nova linguagem da Ford, exibindo a grade dianteira trapezoidal e linhas semelhantes ao New Fiesta. Como bom sedã, ele mostra uma traseira "arrebi-tada" que aguarda um grande porta-malas e amplo espaço

interno para os ocupantes.Sob o capô, o veículo deve ser

equipado com motor 1.0 de três cilindros e 12 válvulas. Além dis-so, ainda tem a versão Sigma 1.5 de 111 cv de potência e 15 kgfm com etanol e 107 cavalos e 14,8 kgfm de torque a gasolina, tam-bém oferecido no New Fiesta.

BMW revela o novo Série 4 Gran CoupéA BMW antecipa os detalhes do novo Série 4 Gran Coupé antes do lançamento oficial no Salão de Genebra, em março. O veículo traz a combinação de design esportivo com o es-tilo cupê. Em comparação ao Série 4, o modelo é mais alto para acomodar melhor os ocu-pantes traseiros e mais longo. O novo Série 4 também será apresentado nos Estados Uni-dos, em Nova York.

Sob o capô, o carro traz as mesmas opções de motori-zação do Série 4 Coupé. São eles, o motor 2.0 turbo, a ga-solina, de quatro cilindros de 240 cv de potência e 35,2 kgfm de torque, além do 3.0 de seis cilindros, capaz de gerar 300 cavalos de potência. No mer-cado europeu, o modelo che-ga com motor 2.0 turbo de 181 cv de potência e duas a diesel com as versões de 418d e 420d,

respectivamente de 141 e 184 cavalos.

Quanto às dimensões, o carro possui 4,64 metros de comprimento, com 2,81m de espaço entre-eixos, e 1,82m de largura. Com a estreia marcada para o Salão de Genebra, o Sé-rie 4 Gran Coupé deve chegar às concessionárias norte-ame-ricanas em meados deste ano, custando a partir de 43.225 dólares (cerca de R$ 104 mil).

BMW

Notícia de impactoAUTOTAL

Depois de inúmeras “vítimas” com emble-mas de renome, como

Mercedes-Benz e Audi, o teste “small overlap” do Instituto de Segurança Viária das Se-guradoras dos Estados Unidos

tem conseguido separar alguns carros que, segundo eles, pro-tegem melhor os ocupantes. O ensaio, que consiste numa co-lisão a 64 km/h onde somente 25% da frente do carro atinge um obstáculo sólido, testa a

proteção do habitáculo em pontos normalmente “esque-cidos” pelas fabricantes. Nesse cenário, nem sempre tamanho é documento – fato provado pelo pequeno Chevrolet Spark. O carrinho foi o único subcom-

pacto a conseguir a classifica-ção “aceitável” na avaliação do instituto.

O mesmo teste reprovou modelos conhecidos no Brasil, como Honda Fit, Fiat 500, Nis-san Versa e Ford Fiesta. Além

deles, o Toyota Yaris e o híbri-do Prius C também obtiveram classificação apenas marginal. Fit e 500 foram os piores, com sério comprometimento da integridade do habitáculo. No Fiat, a porta do motorista se

abriu, possibilitando a ejeção do ocupante.. Enquanto isso, o pequeno Chevrolet Spark limi-tou a deformação da carroce-ria para o interior e manteve a salvo pernas e quadris de mo-torista e passageiro da frente.

DIVULGAÇÃO

O pequeno Chevrolet Spark foi o único subcompacto a conseguir a classificação “aceitável” na avaliação do instituto

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MACAÉ, QUARTA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 2014 Automóveis 5

MT-09: engenharia de resultadosMOTOMUNDO

Yamaha privilegia o torque, mas não deixa a potência de lado na MT-09 com motor tricilíndrico

A Yamaha recorreu à cultura “underground” do Japão para apresentar

– como ela mesma classifica – um dos seus principais produ-tos em muito tempo. Lançada no ano passado, a nova motoci-cleta atende pelo nome de MT-09 e teve o visual inspirado no “lado negro” do país oriental – expresso nas insanas corri-das de drift e nas estapafúrdias motos customizadas das ruas de Tóquio. A moto une elementos de naked e de motard e traz um pequeno painel de instrumen-

tos digital e lanternas de leds. O “detalhe” fica na dianteira, em cima do farol, onde há a sen-sação da falta de uma parte da carenagem. E na verdade falta mesmo, já que a peça é vendida como acessório. Com a etiqueta de 7990 euros na Itália – cerca de R$ 26,5 mil –, o objetivo da MT-09 é entrar no segmento de grande porte, que cresceu mesmo durante a grave crise que atinge a indústria europeia. Mas o modelo não deve encon-trar vida fácil e a concorrência deve ser acirrada com a Ka-

wasaki Z800, Ducati Monster, BMW F800 R, Triumph Street Triple e MV Agusta Rivale 800.

Apesar do design inspirado, a grande estrela da MT-09 é o motor. Feito todo de alumínio, seu foco principal é na entre-ga de torque – ressaltada pelas letras MT ou “Masters of Tor-que”. Com duplo comando no cabeçote, quatro válvulas por cilindro e injeção eletrônica, ele tem capacidade de 847 cm³ e desenvolve 115 cv a 10 mil rpm, além 8,9 kgfm a 8.500 giros. A força é gerida por um sistema

eletrônico – chamado Yamaha D-Mode –, que fornece três ajustes para o acelerador: um normal, outro que libera toda a potência e um terceiro mais “amansado”.. Este propulsor, inclusive, deve ser adotado pela fabricante japonesa em outros modelos.

O chassi também é inédito e não foi derivado de nenhum modelo existente na gama da empresa. A proposta foi criar uma moto ágil e com facilidade de manobrar no trânsito urba-no. Já o quadro é todo em alu-

mínio e se beneficia do tama-nho menor do motor para ter uma arquitetura que privilegia as dimensões mais compactas. As suspensões – invertida na frente e monoamortecida atrás – são ajustáveis. O uso dos ma-teriais mais leves faz a MT-09 ter 171 kg, um dos menores pe-sos da categoria.

A Yamaha ainda não confir-mou, mas a MT-09 deve apare-cer no Brasil este ano. A moto até já deu as caras por aqui “travestida” de FZ-09, no Sa-lão Duas Rodas que aconteceu

em outubro em São Paulo. Essa nomenclatura é adotada para o mercado norte-americano, onde a tricilíndrica substitui a FZ8 – uma naked com motor quatro cilindros que ainda con-tinua à venda na Europa. Caso desembarque em solo nacional, o nome usado deve ser mesmo FZ-09, já que os produtos da Yamaha vendidos no Brasil se-guem os padrões e estilos dos Estados Unidos. Ela se posicio-naria entre as esportivas de 600 cc – XJ6 N e XJ6 F – e a supe-resportiva YZF-R1, de 1.000 cc.

DIVULGAÇÃO

Ao subir na moto, a sensação é estar sentado em uma “motard” menos “extrema”. A MT-09 é estreita e possui o guidão largo. Já o propulsor três cilindros é compacto e parece ainda menor na motocicleta – até dar a partida. O motor gira discretamente e, desde os primeiros metros, o comportamento é parecido como um de quatro cilindros. Comparado a outros tricilíndricos, o da Yamaha se mostrou mais fluido e suave, além de preferir regimes de médias e altas rotações

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6 Automóveis MACAÉ, QUARTA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 2014

Audi desembarca o A3 sedã com uma estratégia agressiva e se prepara voltar a ser marca nacionalPor Eduardo RochaAutopress

É quase um déjà vu. A Audi cria um segmento no mer-cado premium e, logo em

seguida, faz o modelo no Brasil. Foi assim em 1999, quando pro-duziu em São José dos Pinhais, no Paraná, a primeira geração do A3, modelo que inaugurou o segmento de hatches médios de luxo. Agora, a fabricante alemã volta a investir – exatos R$ 500 milhões – em uma nova linha pa-ra montar no segundo semestre de 2015, na mesma planta parana-ense, o A3 sedã, que “inventou” o segmento entre os médios de lu-xo. A lógica dos dois movimentos é a mesma: oferecer um produto que valorize a imagem requinta-da da marca e tenha um custo de aquisição capaz de gerar uma boa massa de vendas. Para reforçar o poder de atração de seu novo três volumes, a Audi tratou de posi-cionar o modelo de forma bem agressiva. O A3 sedã chega em uma versão bem recheada, com bom desempenho e preço bastan-te interessante: R$ 116.400.

A única versão do A3 sedã que começou a ser vendida no Brasil traz um motor 1.8 turbo de 180 cv, gerenciado por um câmbio de dupla embreagem e sete marchas. Este conjunto dispõe de vários recursos, como o duplo sistema de injeção ou o sistema de vál-vulas de abertura variável, que são capazes de tornar o modelo bastante animado e desenvolto. Segundo a marca, o zero a 100 km/h é feito em 7,3 segundos e a final é de 235 km/h.. O torque de 25,5 kgfm é totalmente disponível entre 1.250 e 5 mil giros – ou seja, desde a arrancada até próximo à faixa de potência máxima.

TESTE DIVULGAÇÃO

À primeira vista, o A3 sedã não é tão impressionante. As linhas, tanto por dentro quanto por fora, são as típicas da marca, sem nada que diferencia este de outros Audi. O estilo é sempre o “elegantemente robusto”, que serve para reafirmar a qualidade construtiva de seus carros. O fato de serem características conhecidas, porém, não é necessariamente negativo. Afinal, qualidades tradicionais dos modelos da montadora alemã estão lá. A ergonomia precisa, o bom acabamento e o ambiente refinado – embora, nesse caso, sem maiores requintes. Mas há também uma boa surpresa: o A3 tem um comportamento dinâmico acima da média, mesmo no universo dos automóveis de luxo

Em boa parte, este desempe-nho se deve também às carac-terísticas menos visíveis, mas perfeitamente perceptíveis, de qualidade construtiva. O sedã de 4,46 metros de comprimento tem uma composição de mate-riais bastante complexa, com o objetivo de reduzir ao máximo o peso final – que se reverte em eficiência dinâmica de consumo e de emissões. Na estrutura, há quatro tipos de aço diferentes e ainda alumínio. No motor, várias peças foram moldadas em plásti-cos especiais – como o cárter ou os dutos de admissão. Na carro-ceria, há também partes em alu-mínio – caso do capô. A ideía era aliviar um pouco o peso no eixo dianteiro, que ainda ficou com 59% do peso total. O peso ficou em 1.295, 10% kg a menos que o único rival direto, o Mercedes-Benz CLA, que ainda tem motor menor. No final, a relação peso/potência ficou em bons 7,2 cv/kg.

A tecnologia construtiva do modelo é acompanhada por uma boa seleção de itens de assistên-cia à condução, consistente com o segmento de médios de luxo. Boa parte deles é comandada pelo mó-dulo do ABS, como os controles de tração e de estabilidade, veto-rização do torque diretamente no diferencial e até o sistema de seca-gem dos freios em caso de chuva. Tem ainda o Drive Select, capaz de alterar o mapeamento do mo-tor, o comportamento do câmbio e o peso e a reação da direção. Como é um modelo de entrada, o ajuste de suspensão, presente em modelos maiores, ficou de fora.

Apesar da função de modelo de entrada, o A3 sedã traz alguns recursos desejáveis, como bancos elétricos, teto solar panorâmico e central mutimídia com tela de 5,7

FICHA TÉCNICA

Audi A3 sedã TSFI 1.8 › MOTOR: A gasolina, dianteiro, transversal, 1.798 cm3, quatro cilindros em linha, com quatro válvulas por cilindro. Com injeção direta de combustível, turbocom-pressor e comando variável de válvulas. Acelerador eletrônico. › TRANSMISSÃO: Câmbio auto-matizado de dupla embreagem com sete marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Oferece controle eletrônico de tração e diferencial vetorizado. › POTÊNCIA máxima: 180 cv a 6.200 rpm. › TORQUE máximo: 25,5 kgfm en-tre 1.250 e 5 mil rpm. › ACELERAÇÃO 0-100 km/h: 7,3 segundos. › VELOCIDADE máxima: 235 km/h. › DIÂMETRO e curso: 82,5 mm x 84,1 mm. Taxa de compressão: 9,6:1. › SUSPENSÃO: Dianteira inde-pendente do tipo McPherson, com triângulos inferiores e barra estabilizadora, apoiada em sub-chassi em alumínio. Traseira inde-pendente do tipo Multilink, com barra estabilizadora e apoiada em subchassi de aço. Oferece con-trole eletrônico de estabilidade. › PNEUS: 225/45 R17. › FREIOS: Discos ventilados na frente e sólidos atrás.

› CARROCERIA: Sedã em mono-bloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,46 metros de comprimento, 1,80 m de largura, 1,41 m de altura e 2,64 m de dis-tância entre-eixos. Oferece air-bags frontais, laterais, de cortina e de joelho. › PESO: 1.295 kg. › CAPACIDADE do porta-malas: 425 litros. › TANQUE de combustível: 50 litros. › PRODUÇÃO: Gyor, Hungria. › LANÇAMENTO mundial: 2013. › LANÇAMENTO no Brasil: 2014. › ITENS de série: Ar-condicionado dual zone, trio elétrico, direção elétrica, start/stop, retrovisores eletricamente rebatíveis, retrovi-sor interno eletrocrômico, sensor de chuva e luminosidade, revesti-mento dos bancos em couro sin-tético, volante multifuncional com revestimento em couro natural, computador de bordo, rodas de liga leve de 16 polegadas, airbags frontais, laterais, de cortina e de joelho para o motorista, controle de estabilidade e tração, sistema de entretenimento com rádio/CD/MP3/Bluetooth. › OPCIONAIS: Sistema multimídia com navegador e pintura metática. › PREÇO: R$ 116.400. › PREÇO completo: R$ 127.300.

NÚMEROS

1.8 turboMotor gerenciado por câmbio de dupla embreagem e 7 marchas

180 cvde potência máxima

25,5 kgfmtorque máximo

Ensaio geral

Ponto a pontoDesempenho – O propulsor 1.8 turbo, de 180 cv, dá uma enorme agilidade ao A3 sedã. Ele é recheado de tecnologias, como o duplo siste-ma de injeção, que consegue tirar o máximo de rendimento em todas as faixas úteis de giro. A sensação é de um motor sempre cheio e disposto ganhar velocidade. Nota 8.Estabilidade – A suspensão apoia-da em subchassis mantém o equilíbrio do sedã com bastante facilidade. E o baixo peso da carroceria ainda ajuda na dirigibilidade e elimina qualquer indício de rolagem lateral. Os vários sistemas de controle dinâmico difi-cilmente encontram uma brecha pa-ra intervir. Nas retas, a neutralizada é absoluta. Nota 9.Interatividade – Através do vo-lante multifuncional, tem-se acesso a algumas das funções oferecidas no A3 sedã, como ajuste de som, telefone e

computador de bordo. Como opcio-nal, há uma central multimídia mais completa, com GPS, comando vocal e tela escamoteável de 7 polegadas. Ela é controlada por um grande botão no console central que funciona tanto co-mo pad, quando lê o que se escreve em sua superfície, quanto no sistema giratório. Esta central também pode ser controlada pela voz – desde que o timbre tenha sido registrado. Outro sistema interessante é o Drive Select que configura câmbio, motor e dire-ção nos modos Econômico, Esporte, Conforto ou numa combinação de-les. No entanto, a decisão de vender sensor de ré e controle de cruzeiro somente nas concessionárias soa a avareza. Nota 8.Consumo – O A3 sedã chega com start/stop e sistema de recuperação de energia cinética, Kers, na busca de maior economia e menores emis-

sões.. O modelo testado enfrentou o trânsito urbano pesado e longos tre-chos rodoviários e o computador de bordo acusou no final a média de 10 km/l. Segundo o InMetro, o A3 sedã 1.8 faz em média 9,6 km/l na cidade e 14 km/l na estrada, números que o classificam como B na categoria e C no geral. Não é nada beberrão. Nota 7.Conforto – A calibragem bem do-sada e o apoio em subchassis tornam o sistema suspensivo do A3 sedã in-crivelmente versátil. O carro é capaz de enfrentar tanto irregularidades quanto ondulações sem perder a compostura – e sem deixar o ruído invadir o habitáculo. O espaço in-terno se mostra generoso no sentido longitudinal, com boa área para as pernas dos passageiros. Na altura, principalmente atrás, e na largura, as dimensões são menores. Os bancos, com ajustes elétrico e lombar para

os ocupantes da frente, são firmes e confortáveis. Nota 9.Tecnologia – Como um bom mode-lo premium recém-lançado, o A3 sedã tem bastante recursos. A plataforma é muito eficiente, composta por aços específicos, de acordo com a função. O modelo também usa alumínio em partes não estruturais – no capô e no subchassi dianteiro, por exemplo – para reduzir o peso. O motor turbo é bem moderno, trabalha com um câm-bio de sete marchas e dupla embrea-gem, tem duplo sistema de injeção – direta e multiponto –, kers, start/stop e comando de válvulas variável. E tem ainda um módulo de ABS com diver-sas funções, sete airbags, sensor de luz e de chuva e faróis de xenon. Ficam de fora itens mais tecnológicos, alguns até presentes em outros modelos mé-dios, como cruise control adaptativo, sistema de estacionamento automáti-

co ou câmara de ré. Nota 8.Habitabilidade – Apesar do re-vestimento em preto, meio opressor, o interior do A3 sedã é agradável. Tem bom espaço para quatro ocupantes e o teto solar panorâmico deixa o am-biente mais atraente. Os acessos são facilitados pelo bom ângulo de aber-tura das portas e o interior tem um número bem aceitável de nichos para objetos. O porta-malas, de 425 litros, não provoca espanto ou admiração. As luzes internas, de cortesia nos es-pelhos e de leitura são sempre em led. Tudo bem de acordo com um modelo premium. Nota 8.Acabamento – O habitáculo do sedã da Audi não tem maiores requintes, mas a boa qualidade dos materiais, da montagem e dos encaixes é evidente. Há superfícies macias em todos os pontos em que os passageiros natu-ralmente tocam. Por outro lado, os

bancos são em couro sintético. Nota 8.Design – O A3 sedã é um Audi bas-tante previsível. As linhas que va-lorizam robustez, dão um aspecto estático ao modelo. Frente e traseira parecem uma pequena variação de outras frentes e traseiras de modelos da marca. Nem mesmo o perfil, que teoricamente funde caimento de um cupê com o de um sedã, dá um toque de ousadia. Nota 6.Custo/benefício – A Audi foi agressiva com o A3 sedã. Ele não dá a impressão de ter sido “depenado”, como acontece com outros premium de entrada, e tem um preço atraen-te. Por R$ 116.400, é capaz de atrair consumidores de modelos maiores de marcas generalistas – como Ford Fu-sion, Volkswagen Passat ou Hyundai Sonata. Nota 7.Total – O Audi A3 sedã obteve 78 pontos em 100 possíveis.

polegadas e conexão Bluetooth. Por quase R$ 10 mil, há um up-grade neste sistema, com uma tela de 7 polegadas e recursos de navegação por GPS e comandos de voz. O revestimento interno é bem cuidado, mas os bancos recebem forração em couro sin-tético – recurso bastante comum na Europa.

Por fora, o A3 sedã mantém a personalidade típica dos modelos da marca, com volumes corpu-lentos, que valorizam mais a ideia de robustez do que a sensação de velocidade. De fato, é preciso ir aos detalhes para diferenciar este de outros Audi. Mesmo que careçam de uma certa individua-lidade, são linhas harmoniosas e charmosas que valorizam a pre-sença das quatro argolas na grade. Independentemente de a forma ser clássica, o conteúdo interes-sante e o preço competitivo, a

montadora aposta em um volume de vendas relativamente modes-to: 3500 unidades até dezembro – menos de 300 por mês. Isso só por conta da estrutura modesta da marca no país – são apenas 27 concessionárias. Pois poder de sedução não falta ao menor sedã da Audi.

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AUTOTAL

Novo Jeep Grand CherokeeAs 42 concessioná-

rias Chrysler no Brasil iniciaram as vendas do

novo Jeep Grand Cherokee 2014, que passou por uma pequena reestilização, atua-lização tecnológica e ganhou câmbio automático de oito ve-locidades. A mudança no visu-al do utilitário-esportivo inclui grade frontal, faróis diurnos de

LED, novos para-choques, lan-ternas traseiras com luzes de LED e rodas de liga leve de 20 polegadas (na versão Limited, vendida por R$ 214,9 mil). A veersão Laredo, a de entrada,é ofereceida por R$ 185,9 mil.

Por dentro, destacam-se o volante multifuncional, o novo sistema multimídia, com tela de 8,4 polegadas, que inclui o

sistema de navegação por sa-télite; quadro de instrumentos personalizável, com tela de LCD de sete polegadas; novos revestimentos em couro dos bancos (com aquecimento e ventilação); sistema Uconnect Acess, que facilita a conexão com smarthphones (é possível destravar as portas pelo telefo-ne); entre outros.

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