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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA CURSO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA/AUTOMAÇÃO ALISSON PERICO CINDI SAYUMI SHINOHARA CRISTIANO DELLANI SARMENTO AUTOMAÇÃO BASEADA EM COMPUTADOR POR COMANDO DE VOZ TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO CURITIBA 2013

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA

CURSO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA/AUTOMAÇÃO

ALISSON PERICO

CINDI SAYUMI SHINOHARA

CRISTIANO DELLANI SARMENTO

AUTOMAÇÃO BASEADA EM COMPUTADOR POR COMANDO DE

VOZ

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

CURITIBA

2013

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ALISSON PERICO

CINDI SAYUMI SHINOHARA

CRISTIANO DELLANI SARMENTO

AUTOMAÇÃO BASEADA EM COMPUTADOR POR COMANDO DE

VOZ

Proposta de Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação, apresentado à disciplina de Metodologia Aplicada ao TCC, do curso de Engenharia Industrial Elétrica – Ênfase em Automação do Departamento Acadêmico de Eletrotécnica (DAELT) da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), como requisito parcial para obtenção do título de Engenheiro Eletricista. Orientador: Prof. Roberto Cesar Betini, Dr. Eng. Co-Orientador: Prof. João Israel Bernardo, Me. Eng.

CURITIBA

2013

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 4

1.1 TEMA ................................................................................................................ 4

1.1.1 Automação Residencial Baseada em Computador/Domótica ..................... 4

1.1.2 Tecnologia Assistiva .................................................................................... 5

1.1.3 Comando de voz ......................................................................................... 7

1.1.4 Programa de Tecnologia Assistiva (PROTA) ............................................... 9

1.2 PROBLEMA..................................................................................................... 10

1.3 OBJETIVOS .................................................................................................... 12

1.3.1 Objetivo Geral .............................................................................................. 12

1.3.2 Objetivos Específicos ................................................................................... 13

1.4 JUSTIFICATIVA ............................................................................................... 13

1.5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ........................................................ 14

1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO ........................................................................ 16

1.7 CRONOGRAMA .............................................................................................. 17

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 18

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1 INTRODUÇÃO

1.1 TEMA

1.1.1 Automação Residencial Baseada em Computador/Domótica

A automação difundiu-se amplamente no setor industrial ao longo de sua

história, com o objetivo de substituir a mão-de-obra humana e, assim, aumentar os

ganhos da produção do estabelecimento. Para seu desenvolvimento, foi necessária

a criação de hardwares e softwares cada vez mais modernos e robustos. Mais

recentemente, esse conceito passou a fazer parte também dos projetos residenciais,

utilizando-se das tecnologias já elaboradas pela automação industrial para

automatizar processos dentro de uma unidade residencial e, com isso, propiciar

benefícios em setores como: gerenciamento de recursos, conforto, economia,

prevenção de acidentes e, mais importante, segurança dos usuários.

Segundo Dias (2004), os benefícios provenientes da tecnologia da

automação são mais facilmente incorporados pelas instalações industriais e

comerciais do que pelas residenciais, pelo fato de destinarem-se a reduzir custos

operacionais e objetivarem resultados financeiros. Allameh et al. (2012) afirma ainda

que grande parte das pessoas considera os investimentos na área de automação

residencial como sendo secundários, razão pela qual não possuem o costume de

reservar recursos para este fim.

Apesar dessa resistência, o estudo do tema é justificado, pois, como aponta

Chan et al. (2008), a automação de residências é uma das áreas mais promissoras

para o desenvolvimento de tecnologias eletrônicas. Além disso, segundo o Censo

2010, algo em torno de 24% da população do Brasil afirma possuir algum tipo de

deficiência física (IBGE), o que abre espaço para a aplicação da automação

residencial nos lares de pessoas portadoras de necessidades especiais.

Para se referir ao sistema integrado de tecnologias que constitui a

automação residencial, utiliza-se o termo “domótica”, resultado da união da palavra

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latina domus (residência) e da palavra robótica, que remete ao controle

automatizado de um determinado processo.

O sistema domótico integra uma série de equipamentos de sensoriamento -

a fim de obter informações sobre o meio em que se encontra - com um sistema de

controle, que efetua ações para supervisionar e gerenciar os dispositivos (Dias,

2004).

Werneck (1999) afirma que:

Depois de o público conhecer uma residência automatizada, não haverá como retroceder, toda a cadeia de concepção da moradia, (a arquitetura, construção, etc.), evoluirá, e, principalmente, o ocupante do imóvel. Assim, deverão ser necessários vários profissionais que, interagindo, permitirão o real desenvolvimento das técnicas da domótica.

Ao se projetar uma residência automatizada, deve-se considerar os

seguintes aspectos:

Sistema de comunicação – apresentar soluções para integração entre

Internet, telefone, interfone e televisão, implementar protocolo de

comunicação (X10, Inteligence House Control, Lonworks, European

Installation Bus, tecnologia Wireless);

Sistema de interface com o usuário – mostradores interativos, avisos

sonoros e sinal de saída do computador (porta paralela opto-acoplada);

Cargas controladas – iluminação, som, acesso (portas, portões,

elevadores) e aquecimento, ventilação e ar condicionado (AVAC).

1.1.2 Tecnologia Assistiva

Por ser um termo relativamente novo, há diversos modos de se definir a

tecnologia assistiva, como por exemplo:

[...] uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação, de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e

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inclusão social (GALVÃO FILHO, 2002, apud COMITÊ DE AJUDAS TÉCNICAS, CAT/SDH/PR, 2007).

Ou ainda: [...] uma ampla gama de equipamentos, serviços, estratégias e práticas concebidas e aplicadas para minorar os problemas funcionais encontrados pelos indivíduos com deficiências (COOK & HUSSEY, 1995).

Fazendo-se uma analogia: Para exemplificar, podemos chamar de tecnologia assistiva uma bengala, utilizada por nossos avós para proporcionar conforto e segurança no momento de caminhar, bem como um aparelho de amplificação utilizado por uma pessoa com surdez moderada ou mesmo veículo adaptado para uma pessoa com deficiência (MANZINI, 2005).

Deve-se salientar que para pessoas sem deficiência, a tecnologia torna as

coisas mais fáceis, sendo meramente um artigo de conforto. Já para pessoas com

deficiência, a tecnologia torna as coisas possíveis, caracterizando, pois, uma

necessidade (RADABAUGH, 1993).

A tecnologia assistiva pode ter duas funções: ser um auxílio para ampliar

uma habilidade funcional deficitária; ou possibilitar a realização de uma que se

encontra impedida por causa de deficiência. Pode-se dizer que o objetivo principal

da tecnologia assistiva é proporcionar independência e qualidade de vida à pessoa

com deficiência, por meio da ampliação da sua mobilidade, controle de ambiente e

comunicação (BERSCH, 2008).

Neste sentido, faz-se necessário discriminar cada tipo de deficiência, para

um melhor desenvolvimento da tecnologia assistiva específica para cada caso.

Dentre as muitas categorias existentes, destacam-se:

Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA) – pranchas de

comunicação com os símbolos PCS ou Bliss além de vocalizadores e

softwares destinados a este fim;

Recursos de acessibilidade ao computador – equipamentos de

entrada e saída (síntese de voz, Braille), teclados modificados, softwares de

reconhecimento de voz;

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Sistemas de controle de ambiente – sistemas eletrônicos que

permitem controlar remotamente aparelhos eletroeletrônicos, os quais

podem ser acionados de forma direta ou indireta (por acionadores de

pressão, de tração, de sopro, de piscar de olhos ou por comando de voz);

Projetos arquitetônicos para acessibilidade – adaptações

estruturais através de rampas e elevadores, que removem ou reduzem as

barreiras físicas;

Auxílios de mobilidade – cadeiras de rodas manuais e motorizadas,

bases móveis e andadores;

Auxílios para cegos ou com visão subnormal – lupas e lentes,

Braille para equipamentos com síntese de voz, grandes telas de impressão e

sistema de display com aumento para leitura de documentos.

Diferentemente de outras áreas de tecnologia de apoio, a tecnologia

assistiva não se destina a áreas específicas de atuação, nem ao uso profissional. A

pessoa com deficiência deve ser capaz de utilizar os recursos sozinha e não ter de

depender de um técnico para intermediar os serviços. Ainda assim, dependendo da

modalidade, o serviço da tecnologia assistiva pode agregar profissionais de

diferentes áreas para o atendimento ao usuário, mas desempenhando papel de

suporte e não de operador.

Para se realizar o projeto de um serviço de tecnologia assistiva deve-se

sempre incluir o usuário para se conhecer seu contexto, ou seja, suas intenções e

necessidades, além de suas habilidades atuais. A equipe de profissionais envolvida

no projeto pode utilizar seus conhecimentos prévios de tecnologia assistiva e apenas

adaptar uma generalização para um caso específico ou desenvolver um projeto

inteiramente novo, no caso de existir uma necessidade especial por parte do

usuário.

1.1.3 Comando de voz

Grandes esforços foram feitos para tornar-se capaz a obtenção de sistemas

que consigam comunicar-se entre si através da fala. Esta área tem sido aprimorada

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a cada dia com o progresso do poder de processamento dos computadores e

sistemas embarcados.

Segundo Silva (2009), reconhecimento da fala consiste no processo de

conversão de um sinal acústico produzido pelo homem em um sinal digital de áudio

através de um hardware associado a um software que identifica o conjunto de

palavras faladas. As palavras reconhecidas podem ser o resultado final do sistema

como no caso de aplicações de comandos de controle ou servir de entrada a outros

sistemas.

De acordo com Pereira (2009), o reconhecimento de voz passa pelo seguinte

processo: o computador precisa encadear uma sequência de passos para realizar o

reconhecimento do som da voz juntamente com a fonética da palavra pronunciada e

depois a realização da aplicação desejada. Primeiramente a fala que se quer

reconhecer deve ser digitalizada, para isso, ele utiliza um conversor analógico-digital

que capta as vibrações criadas pela sua voz e converte essas ondas em dados

digitais.

Em seguida o som digitalizado é filtrado para separá-lo de ruídos e

interferências, aplica-se uma medida para cada onda captada, então se efetua uma

computação das características que representam o domínio espectral (frequências)

contido na voz. Como as pessoas não utilizam o mesmo tom e nem falam na mesma

velocidade, nessa etapa do processo o som pode necessitar ser sincronizado, para

isso pode-se efetuar um ajuste com modelos de som já armazenados na memória

do classificador.

A digitalização do som captado é separado em frações menores, ou seja, em

sons fonéticos não maiores do que uma sílaba, para que o programa compare os

sons captados com fonemas conhecidos e presentes no banco de dados que

corresponda com o que o locutor tenha falado. Em outras palavras, é aplicado um

método de busca para associar as saídas com padrões de palavras e da voz de

quem as emitiu.

Por fim, o sistema analisa o resultado e o compara com frases e palavras

conhecidas, e a partir do que o usuário disse converte-se a uma funcionalidade

desejada.

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1.1.4 Programa de Tecnologia Assistiva (PROTA)

O Programa de Tecnologia Assistiva (PROTA) do campus Curitiba da

Universidade Tecnológica Federal do Paraná, coordenado pelo professor Claiton

Voigt Warnk, é destinado à comunidade externa e interna do Campus e promove a

elaboração de tecnologias assistivas, de serviços e desenvolvimento de recursos

para acessibilidade e assistência técnica.

O objetivo do PROTA é promover o desenvolvimento de atividades

tecnológicas de cunho social, adaptando equipamentos para a reabilitação e

melhoria da qualidade de vida de pessoas que possuem necessidades especiais

(PNEs), permanentes ou temporárias, a fim de proporcionar para elas independência

e autonomia, contribuindo assim nos processos de qualificação, inclusão digital e

social. Além da confecção de bengalas articuláveis, a manutenção de impressoras e

máquinas de escrever em braile para o auxílio aos deficientes visuais, de regletes e

de sensores de emulador de teclado (ETM), e instalação de elevadores para

cadeirantes, a equipe do PROTA disponibiliza equipamentos e softwares para as

Pessoas com Necessidade Específicas - PNEs, atuando de forma integrada com os

demais setores da Instituição (WARNK, 2011). A Figura 1 abaixo mostra o Programa

de Tecnologia Assistiva (PROTA) instalado na UTFPR e sua estrutura.

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Figura 1 – Fotografia PROTA

1.2 PROBLEMA

A Figura 2 mostra a plataforma de elevação existente no PROTA. Ela é

acionada somente por controle remoto atualmente, por isso, ao se fazer o controle

por voz, este deve ser instalado paralelamente ao controle existente. Isso implica

estudos bem aprofundados da tecnologia instalada, para somente depois se poder

dar início à implantação do controle por voz a ser desenvolvido.

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Figura 2 - Plataforma de Elevação

A placa de interface entre o computador e as cargas não aceita entrada

analógica. Consequentemente, há necessidade de se escolher entre possíveis

soluções, tais como: utilizar o hardware de entrada de voz do próprio computador

central (microfone); ou utilizar um hardware de um dispositivo portátil com sistema

operacional Android. Deve-se levar em conta fatores como disponibilidade de

recursos, custo, conhecimento de programação necessário e velocidade de resposta

para se fazer a melhor escolha.

Como o projeto é destinado a pessoas com necessidades especiais, é

possível que o usuário possua uma dificuldade grave de fala. Com isso, o software

de reconhecimento de voz deve ter uma ampla margem de erro, para que possa

atender a pessoas com diferentes graus de dificuldades.

Deve-se atentar ainda para o fato de que o motor que aciona a plataforma é

alimentado por uma tomada trifásica, enquanto que a interface entre computador e

carga existente possui saída com relé monofásico. Faz-se necessário estudar

formas de se transferir um controle monofásico para uma carga trifásica.

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1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Objetivo Geral

Automatizar a plataforma de elevação localizado no laboratório do Programa

de Tecnologia Assistiva (PROTA) na Universidade Tecnológica Federal do Paraná

através do princípio de automação baseada em computador com a implementação

de controle por comando de voz.

O sistema será constituído por um hardware, um software e a própria

plataforma de elevação. O hardware adquirirá um sinal de entrada (comando de voz)

e, após realizar o processamento em um software específico, fornecerá um sinal de

saída o qual irá abaixar ou elevar a plataforma. Vale ressaltar que o algoritmo

implantado no software para detectar o comando de voz deve considerar uma ampla

faixa de reconhecimento para que diferentes entonações, sotaques e tons de voz

possam ser identificados. A

Figura 3 mostra o diagrama do sistema a ser desenvolvido com seus

componentes base cujas funções foram descritas anteriormente.

Figura 3 - Diagrama do sistema a ser desenvolvido.

COMANDO DE VOZ

HARDWARE

SOFTWARE

sinal de entrada

sinal de saída PLATAFORMA DE

ELEVAÇAO

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1.3.2 Objetivos Específicos

Estudar sistemas de automação baseada em computador e tecnologia

assistiva

Compreender o funcionamento do comando por voz

Analisar e aprimorar o hardware e o software já existentes

Desenvolver o algoritmo de comando de voz

Implementar o sistema na plataforma de elevação

Testar e validar o desempenho do sistema

1.4 JUSTIFICATIVA

Segundo o princípio da sociedade inclusiva, todas as pessoas portadoras de

deficiência devem ter suas necessidades especiais atendidas. Como já citado

anteriormente, quase um quarto da população do país considera possuir algum tipo

de deficiência (mental, motora, visual ou auditiva). Assim sendo, a automação e a

arquitetura inclusiva baseiam-se no conceito de inclusão social visando beneficiar o

portador de necessidades especiais com a melhoria de qualidade de vida e aumento

de autonomia. Este tipo de automação volta-se para a acessibilidade, segurança,

saúde e bem estar do usuário. (GUEDES et al., 2012). Dentro deste contexto de

tecnologia assistiva, o princípio do sistema de automação baseada em computador

por comando de voz desenvolvido poderá ser implementado em diversas áreas,

principalmente na automação residencial, para automatizar os mais variados

dispositivos, diminuindo ou até mesmo eliminando a dificuldade encontrada

diariamente por pessoas com necessidades especiais. Além da aplicação dos

conceitos e teorias adquiridos durante o curso de forma integrada, este trabalho

ultrapassará os limites acadêmicos, pois considerará também o fator humano.

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1.5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

As etapas descritas abaixo foram organizadas de forma a direcionar o

esforço intelectual e técnico da equipe para que os objetivos propostos neste

trabalho fossem satisfatoriamente atendidos.

1ª Etapa: Revisão Bibliográfica

Nesta etapa será levantado material a respeito dos temas abordados em

livros e artigos:

Automação baseada em computador

Domótica

Tecnologia assistiva

Comando por voz

2ª Etapa: Análise do hardware e desenvolvimento do software

Durante esta etapa será analisado o funcionamento do hardware já existente

e será feito o aprimoramento do software. O hardware representado na Figura 4 fará

a interface de transmissão de dados entre o computador e a plataforma de elevação

por meio da porta paralela de saída do computador opto-acoplada a relés

monofásicos. Além disso, será responsável por fazer a conversão A/D do sinal de

entrada. O software já está desenvolvido para acessar a porta paralela do

computador. O desenvolvimento restante irá focar nos algoritmos de reconhecimento

da palavra através da comparação com uma referência previamente estabelecida e

no processamento de dados.

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Figura 4 - Fotografia do hardware já existente que será utilizado no sistema de estudo

3ª Etapa: Implementação do sistema de comando de voz na plataforma de

elevação

Como já foi citado anteriormente, a placa de interface não aceita entradas

analógicas, por esta razão será desenvolvido um sistema complementar para

entrada de voz no computador. Com relação à saída do sinal, deve-se lembrar que o

acionamento já é feito por controle remoto. Assim o controle por voz deverá ser

paralelo ao atual.

4ª Etapa: Teste e análises

Após a finalização das atividades anteriores serão realizados testes para

avaliação do novo sistema automatizado por comando de voz. Também nesta etapa

será realizada a análise dos resultados obtidos e as correções necessárias serão

efetuadas.

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1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO

Este trabalho será composto de cinco capítulos. O primeiro capítulo será

destinado à introdução sendo subdividido em tema, problema, objetivo geral,

objetivos específicos, justificativa e procedimentos metodológicos.

O segundo capítulo explicará detalhadamente através de pesquisa

bibliográfica os principais conceitos que envolvem a automação residencial baseada

em computador, domótica, tecnologia assistiva, comando por voz e parâmetros

eletroeletrônicos das portas de comunicação.

O terceiro capítulo tratará da análise e aprimoramento do hardware para

aquisição do comando de voz assim como envio do comando de saída para

plataforma de elevação. O desenvolvimento do software de reconhecimento de fala

também será abordado. Quanto à implementação, nesta parte serão listadas as

diretrizes referentes à metodologia executada.

O quarto capítulo realizará um estudo sobre a eficiência do sistema de

reconhecimento de voz e descreverá as dificuldades encontradas com as

consequentes correções aplicadas.

O quinto e último capítulo apresentará as principais conclusões obtidas com

o desenvolvimento da pesquisa realizada.

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1.7 CRONOGRAMA

ATIVIDADE

2013 2014

FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR

Revisão bibliográfica e estudo do elevador

Compreender Sistemas de automaçao baseada em PC e o funcionamento de comando de voz

Analisar e aprimorar software/hardware ja existentes

Desenvolver algoritmo de comando de voz

Implementar sistema na plataforma de elevação

Testes no elevador

Análises e correções

Testes finais

Documentação

Submissão de pelo menos um artigo científico a revistas ou congressos da área

Defesa do TCC

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REFERÊNCIAS

ALLAMEH, E.; JOZAM, M. H.; VRIES, B.; TIMMERMANS, H.; BEETZ, J.; MOZAFFAR, F. The role of Smart Home in Smart Real Estate. Journal of European Real Estate Research, v. 5, n. 2, p. 156-170, 2012. BERSCH, Rita. Introdução à tecnologia assistiva, Centro Especializado em Desenvolvimento Infantil (CEDI), Porto Alegre, 2008. CHAN, M.; ESTÈVE, D.; ESCRIBA, C.; CAMPO, E. A review of smart homes – Present state and fututre challenges. Computer methods and programs in biomedicine, n. 91, p. 55-81, 2008. COMITÊ DE AJUDAS TÉCNICAS, CAT, Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), Brasília, 2007, Ata da Reunião VII. COOK, A.M. & HUSSEY, S. M., Assistive Technologies: Principles and Practices. St. Louis, Missouri. Mosby - Year Book, Inc, 1995. DA SILVA, Anderson G. Reconhecimento de Voz para Palavras. Trabalho de Graduação, Universidade Federal de Pernambuco, 2009. DIAS, César Luiz de Azevedo; PIZZOLATO, Nélio Domingues. Aplicabilidade e Sistemas de Automação Residencial. Disponível em: <

http://essentiaeditora.iff.edu.br/index.php/vertices/issue/view/9/showToc>. Acesso em: março 2013. GALVÃO FILHO, Teófilo A. e DAMASCENO, Luciana L. As novas tecnologias e a tecnologia assistiva: utilizando os recursos de acessibilidade na educação especial. Fortaleza, Anais do III Congresso Ibero-americano de Informática na Educação Especial, MEC, 2002. GUEDES, Lucas e al. O papel social da automação – automação inclusiva e mais sustentável. SNCS, Passo Fundo, nov. 2012. Disponível em <http://sncs.imed.edu.br/anais/artigos/Pr%C3%A1ticas%20de%20Interven%C3%A7%C3%A3o%20Urbana%20e%20Habitacional/O%20papel%20social%20da%20automa%C3%A7%C3%A3o%20%E2%80%93%20Automa%C3%A7%C3%A3o%20inclusiva%20e%20mais%20sustent%C3%A1vel.pdf>. Acesso em: março 2013.

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INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Censo Demográfico 2010 - Características gerais da população, religião e pessoas com deficiência. Disponível em: <http://www.censo2010.ibge.gov.br>. Acesso em: março 2013. MANZINI, E. J. Tecnologia assistiva para educação: recursos pedagógicos adaptados. In: Ensaios pedagógicos: construindo escolas inclusivas. Brasília: SEESP/MEC, p. 82-86, 2005. PEREIRA, Ana P. Como Funciona o Reconhecimento de Voz?, 2009. Disponível em <http://www.tecmundo.com.br/curiosidade/3144-como-funciona-o-reconhecimen to-de-voz-.htm>. Acesso em: Março 2013. RADABAUGH, M. P. NIDRR's Long Range Plan - Technology for Access and Function Research – Disponível em: <http://www.ncddr.org/new/announcements/ lrp/fy1999-2003/lrp_techaf.html>. Acesso em: Março 2013. WARNK, Claiton V. Apresentação PROTA Programa de Tecnologia Assistiva, Universidade Tenológica Federal do Paraná, 2011. WERNECK, Siva Bianchi de Frontin. Domótica: União de arquitetura e tecnologia da informação na edificação residencial urbana. Tese de Mestrado em Arquitetura, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1999.