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Desenvolvendo Projetos Integrados com Autodesk Plant 3D e REVIT – Experiência de Integração Multiplataforma para Projetos Industriais – PLANAVE S/A Palestrante/Co-Palestrante: João Paulo Laudares/Márcia Doring Integrar fluxos de atividades entre disciplinas da engenharia que utilizam diferentes plataformas para seu trabalho apresenta o desafio de interoperar ferramentas de software com estruturas e requisitos diferentes. Harmonizar estes fluxos de trabalho a fim de a garantir a sincronia das atividades é pré- requisito para o desenvolvimento de um projeto integrado. O trabalho apresenta exemplos de integração entre as plataformas Plant 3D e Autodesk REVIT em empreendimentos industriais bem como um “framework” para a realização de projetos com integração deste conjunto de ferramentas. Objetivo de aprendizado Ao final desta palestra você terá condições de: Compreender os esquemas de trabalho integrado usando as ferramentas PLANT 3D e AutoDesk REVIT Discutir as dificuldades de tais implementações e as soluções propostas para operacionalização Compreender as características especificas dos fluxos de informação entre as disciplinas

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Desenvolvendo Projetos Integrados com Autodesk Plant 3D e REVIT – Experiência de Integração Multiplataforma para Projetos Industriais – PLANAVE S/A

Palestrante/Co-Palestrante: João Paulo Laudares/Márcia Doring

Integrar fluxos de atividades entre disciplinas da engenharia que utilizam diferentes plataformas para seu trabalho apresenta o desafio de interoperar ferramentas de software com estruturas e requisitos diferentes. Harmonizar estes fluxos de trabalho a fim de a garantir a sincronia das atividades é pré-requisito para o desenvolvimento de um projeto integrado. O trabalho apresenta exemplos de integração entre as plataformas Plant 3D e Autodesk REVIT em empreendimentos industriais bem como um “framework” para a realização de projetos com integração deste conjunto de ferramentas.

Objetivo de aprendizado

Ao final desta palestra você terá condições de:

• Compreender os esquemas de trabalho integrado usando as ferramentas PLANT 3D e AutoDesk REVIT

• Discutir as dificuldades de tais implementações e as soluções propostas para operacionalização

• Compreender as características especificas dos fluxos de informação entre as disciplinas

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Sobre o Palestrante

João Paulo Laudares

Formado em Engenharia Química pela Universidade Federal Fluminense e com especialização em curso em Tecnologia de Sistemas da Computação pela mesma universidade, exerce a atividade de Coordenação de Sistemas CAD/CAE na Planave. [email protected]

Márcia Doring

Formada em Engenharia Civil pelas Faculdades Reunidas Nuno Lisboa. Especializada em Gerenciamento de Projetos e Processo. Exerce a função de Gerente do PMO corporativo. [email protected]

Sobre a PLANAVE Estudos e Projetos de Engenharia

A PLANAVE é uma empresa de engenharia consultiva genuinamente brasileira, organizada por áreas de negócio. Os principais segmentos em que atua são a engenharia de infraestrutura, com ênfase no setor

portuário, e a de energia, com foco principal no setor de petróleo e gás.

A empresa tem seu escritório central Instalado em prédio próprio com 3.410m² distribuídos em quatro

pavimentos no centro do Rio de Janeiro, onde funciona a equipe funcional. Dispõe ainda de duas outras instalações anexas também no Centro do Rio de Janeiro e escritórios em diversas cidades onde detém contratos.

Com relação a portos e terminais vem a partir dos anos setenta, executando estudos de viabilidade técnica, ambiental e econômico-financeira, pesquisas de localização, alternativas institucionais, avaliação de mercado,

business plans, estudos ambientais e assessoria para licenciamento, relatórios de modelagem de hidráulica marítima e oceanografia, além de projetos conceituais, básicos e executivos completos, compreendendo todas as obras marítimas, de retroárea e acessos. Atua ainda na elaboração de estudos de logística, transportes,

manuseio, estocagem e transferência, acompanhados de soluções de engenharia para os mais diferentes fluxos de carga. Está plenamente capacitada a oferecer aos seus clientes respostas integradas e completas para a viabilização de seus empreendimentos no setor.

Atualmente, a PLANAVE tem como clientes algumas das maiores e mais conceituadas empresas públicas e privadas do país, constando em seu portfólio também contratos em diversos países da América do Sul e

África.

No segmento de óleo e gás, a PLANAVE vem atuando ininterruptamente há mais de trinta anos, tendo como principal cliente a PETROBRAS, na qual está plenamente habilitada e cadastrada para a prestação de serviços

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em mais de 30 “famílias”. Realizou também vários contratos para outras oil companies nacionais e estrangeiras.

Os serviços da empresa abrangem tanto o downstream , com projetos e fiscalizações para refinarias e indústrias correlatas, dutovias, bases de distribuição e indústria em geral, como o upstream , onde executa projetos de offshore , tais como jaquetas, manifolds e instalações em geral para plataformas fixas e móveis, e

ainda a engenharia e execução de operações e pesagens, transferências e load-outs , para o que a empresa possui equipamento próprio.

A Planave também é licenciada como armador para navegação de apoio marítimo, operando duas embarcações próprias para o transporte de passageiros, atualmente sob contrato para a Petrobras no nordeste do Brasil.

Outras áreas de negócios nas quais a PLANAVE atua tradicionalmente são o setor de desenvolvimento urbano, respondendo por contratos referentes a saneamento, urbanização, drenagem, entre outros; serviços

de meio ambiente, onde, além do setor portuário, desenvolveu serviços ambientais para implantação de hidrovias, rodovias, linhas de transmissão; e ainda em serviços de estudos e engenharia de Pequenas Centrais

Hidrelétricas (PCH´s).

Atualmente a empresa possui em seu quadro funcional cerca de seiscentos profissionais, a ampla maioria de

nível superior ou técnico com características multidisciplinares cobrindo as principais disciplinas técnicas, tendo como complemento as ambientais e econômicas e ainda um elenco de consultores altamente especializados em setores diferenciados. Caso necessário ou desejável são realizados convênios e associações

com empresas internacionais detentoras de conhecimentos, licenças e capacitações específicas.

O sistema corporativo, responsável por gerenciar todos os processos, foi criado e implantado ao longo dos

últimos vinte e cinco anos pela própria empresa, sendo mantida uma equipe interna permanente para continuar expandindo e incrementando este sistema. Adota um sistema próprio de Gerenciamento de projetos desenvolvido para as suas necessidades gerenciais e é flexível para se adaptar as necessidades dos

clientes.

A Planave é certificada segundo as normas de qualidade (ISO 9001/2008), ambiental (ISO 14.001/2004) e de

segurança e saúde ocupacional (OHSAS 18.001/2007) pela ABNT, para "Estudos de viabilidade, projetos de engenharia e gerenciamento, supervisão e fiscalização de projetos e obras de engenharia".

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Instalações Industriais – Multidisciplinaridade e Requisitos Multiplataforma

Projeto Integrado

A execução de projetos de engenharia de unidades industriais requer a integração de um grande número de atividades envolvendo diversas disciplinas do setor de Arquitetura, Engenharia e Construção. Disciplinas diversas, como Processo, Equipamentos e Tubulação, que constituem o núcleo de uma instalação industrial,

juntam-se às disciplinas de Arquitetura, Estruturas Civis, Instalações hidrosanitárias, Instalações elétricas, Telecomunicações, HVAC e Segurança para desenvolver um projeto capaz de

Integrar as atividades destas disciplinas de forma a garantir um produto final consistente, atendendo aos requisitos do cliente e em prazos cada vez mais justos, demanda conciliar fluxos de informação entre as disciplinas de projeto o que pode ser otimizado através de sofisticadas ferramentas de software. Para extrair

o máximo de valor destas ferramentas e otimizar a eficiência no trabalho de uma determinada disciplina é essencial compreender as atividades associadas ao projeto de engenharia e identificar os fluxos de informação que precisam ser estabelecidos para que o projeto seja desenvolvido.

Fig.:1 Mapeamento de Atividades – As atividades de projeto apresentam fluxos de informação que precisam ser coordenados para que as diferentes disciplinas tenham atuação conjunta, sendo demandadas de acordo com o cronograma do desenvolvimento do projeto. Da mesma forma os fluxos de informação devem estar mapeados para a identificação dos meios de troca de dados bem como do tempo e freqüência em que devem ocorrer.

FLUXOGRAMA DE PROCESSO

FLUXOGRAMA DE ENGENHARIA

FOLHAS DE DADOS DE PROCESSO PARA EQUIPAMENTOS

SELEÇÃO DE MATERIAIS DE TUBULAÇÃO

FOLHAS DE DADOS DE EQUIPAMENTOS

MODELAGEM DE EQUIPAMENTOS 3D

LAYOUT DE EQUIPAMENTOS

MODELAGEM DE TUBULAÇÃO

MODELO INTEGRADO PLANT 3D

CATÁLOGO DE ESPECIFICAÇÕES

MODELAGEM DE ESTRUTURAS

MODELO

REVIT DESENHOS

ISOMÉTRICOS

VISTAS ORTOGRÁFICAS

RELATÓRIOS

INTEGRAÇÃO NAVISWORKS MANAGE/SIMULATION

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Com base no mapeamento das atividades relacionadas ao projeto de engenharia de uma instalação industrial assim como no mapeamento das ferramentas de software que serão utilizadas para o desenvolvimento do projeto nas diversas disciplinas é possível identificar os fluxos de informação interdisciplinares necessários e

estabelecer as melhores estratégias de passagem de informação. A interoperabilidade entre ferramentas de software neste ponto pode ser feita por meio de troca de arquivos, associados por referência externa, ou por importação direta.

São diversas as possibilidades para atender a cada um dos fluxos de troca de informação identificados por meio de mapeamento inicial. A seleção da estratégia ótima requer uma compreensão das características de

cada meio de transferência de informação bem como das dimensões e prazos do projeto em questão. Todos estes fatores devem ser adequadamente balanceados para a identificação da melhor estratégia.

Especificamente para a passagem de informação relacionada à volumetria de um determinado objeto tridimensional, uma das formas mais usuais de compartilhamento de informações entre diferentes softwares e que define a estratégia de interoperabilidade por arquivos é a que faz uso de arquivos de formato

geralmente reconhecido, como STEP, ACIS e dxf. Para este tipo de interoperabilidade, uma perda de informação está associada à ausência nos arquivos compartilhados entre software ou entre disciplinas as

informações não relacionadas a atributos geométricos. Atributos associadas a determinado objeto, como centro de massa e momento de inércia, ou mesmo dados de materiais, podem não estar presentes dependendo da característica do arquivo selecionada para a troca.

Fig.:2 Integração entre disciplinas - Módulo de unidade de processamento de petróleo sendo importado para o ambiente do Revit. Com o modelo tridimensional já desenvolvido as disciplinas de estruturas de concreto e metálica podem desenvolver seus trabalhos diretamente com base no modelo. Informações como, por exemplo, as propriedades de massa do corpo podem estar perdidas neste momento dependendo do meio usado para interoperar os softwares. Na imagem um modelo exportado como dwg a partir do Plant 3D é

aberto como um bloco no software REVIT.

Para demonstrar a utilização integrada das ferramentas Autodesk Revit e Autodesk Plant 3D assim como da ferramenta Autodesk Navisworks Manage, que permite gerenciar fluxos de informação entre as diferentes disciplinas de Arquitetura e Engenharia faremos uso de um simples exemplo de projeto de engenharia em

que é feito o desenvolvimento de uma rede de combate a incêndio com sua respectiva casa de bombas e rede

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de distribuição. Nosso objetivo é acompanhar o fluxo de informação desde a concepção inicial de um determinado sistema até o seu desenvolvimento final a nível de projeto executivo.

Projeto de Processo e Projeto de Engenharia O projeto começa com o dimensionamento por parte da engenharia de Segurança Industrial dos itens

necessários para atendimento aos critérios normativos bem como para adequação do grau de risco da instalação. Neste momento são definidos os dados básicos do sistema de proteção contra incêndio e pânico, como tipo de sistema hidráulico, dimensões da reserva técnica de incêndio, quantidade de hidrantes em

operação simultânea, dentre outros. São definidas também as especificações técnicas do projeto com relação à característica dos materiais e equipamentos, como mangueiras, hidrantes, material de tubulação, tipo de instalação para a reserva técnica de incêndio, dentre outros.

Estas definições iniciais são consolidadas em documentos para serem repassadas às disciplinas que farão uso destas informações. Dados de processo, características de performance de bombas hidráulicas, dados de

pressão e vazão bem como o posicionamento dos hidrantes definidos através do estudo de raio de cobertura são consolidados no fluxograma do sistema de combate a incêndio e no desenho planimétrico do sistema de

combate a incêndio.

Fig.: 3 Planta de locação de hidrantes no Plant: Mesmo tarefas de avaliação mais complexa, como o estudo de locação dos hidrantes em áreas industriais, podem ser realizadas diretamente na interface do Autodesk Plant 3D, o que beneficia os desenvolvimentos posteriores relacionados ao desenvolvimento dos sistemas de tubulação. A utilização de blocos inteligentes, parametrizados para a verificação do atendimento a normas e otimização de demais parâmetros, como por exemplo as distâncias permite um trabalho itimizado e um resultado final integrado ao fluxo de trabalho da ferramenta.

Um fluxograma é uma representação gráfica de uma planta de processo ou de um sistema de utilidades e

pode envolver uma série de operações de caráter físico ou químico, aplicadas à determinada matéria prima ou fluido de utilidade. Em essência, um fluxograma contém informações sobre equipamentos, tubulações e instrumentos, necessários ao desenvolvimento do processo em questão, apresentando também o fluxo de um

determinado material bem como as informações sobre como este material é manipulado.

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Fig.:4 Fluxograma de Engenharia: Contendo em essência informações sobre equipamentos, tubulações e instrumentos, um fluxograma apresenta o fluxo de um determinado material bem como as informações sobre como este material é manipulado. Na imagem acima um fluxograma do sistema de combate a incêndio é representado com seus equipamentos, tubulações e instrumentos e condições gerais de

processo, como pressão de descarga das bombas e algumas características dos instrumentos.

Na medida em que são adicionadas ao fluxograma as informações de identificação de equipamentos, tubulações e instrumentos, suas respectivas simbologias que na maioria das vezes está associada a

características funcionais de tais itens, estas informações passam a fazer parte de um repositório de dados que pode ser posteriormente acessado e utilizado para a elaboração de novos documentos e mesmo o

interfaceamento com outras ferramentas de software.

Fig.:5 – Base de dados integrada – Uma importante característica das ferramentas de projeto é que elas permitam a inclusão de informação de forma inteligente, de forma a eliminar a redundância de dados. No exemplo acima o Plant 3D é utilizado junto com as informações de tubulações que permitem posteriormente gerar a partir do próprio sistema o documento conhecido como “lista de linhas”. Desta forma documentos como listas de linhas, instrumentos e equipamentos, assim como, folhas de dados de equipamentos tanto de processo quanto mecânicas podem ser customizadas nas ferramentas para garantir o fluxo de trabalho continuo dentro das ferramentas.

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Para o fluxo específico referente ao desenvolvimento dos sistemas de tubulação, é com base nas informações cadastradas na base de dados do Plant 3D durante a execução do fluxograma, que a disciplina de Tubulação pode começar a desenvolver seu trabalho, começando com a elaboração de um arranjo de equipamentos que

deve ser harmonizado com os requisitos de processo e adequado às restrições espaciais específicas impostas por conta de necessidades especiais, como locação do sistema em espações restritos de plataformas offshore ou em construções já existentes.

Fig.:6 Linhas disponíveis para modelagem: Uma vez que estão definidas com suas características dentro do software, as tubulações ficam disponíveis para a modelagem dentro da interface do Plant 3D, estabelecendo um fluxo de trabalho direto entre as disciplinas de

Processo e Segurança e a Tubulação.

A primeira tarefa relacionada à modelagem do projeto é a realização de um estudo com base nos quantitativos e informações geométricas dos equipamentos bem como das características previstas para a tubulação informadas no fluxograma de engenharia por meio da padronização de material definida para cada

uma delas de acordo com suas necessidades operacionais. Tais informações estão contidas em sua maioria na base dados do Plant 3D, por meio do prório fluxograma bem como das folhas de dados que podem ser

customizadas na ferramenta Report Creator, parte integrante do Plant 3D.

Fig.: 7 Documentos Customizados: A interface do Report Creator, ferramenta de criação de relatórios permite a criação de relatórios customizados com dados extraídos diretamente da ferramenta Plant 3D. A imagem acima mostra diversos dos documentos customizados segundo a padronização da Planave para a emissão de documentação de projeto.

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Folhas de dados com um completo conjunto de informações são essenciais para a disponibilização de dados para as disciplinas que fazem interface ao processo e a mecânica. A simplicidade de uso do Report Creator na customização de folhas de dados, seja de Processo e Segurança, seja as de mecânica, elaboradas com base em

normas internacionais é um facilitador para a utilização da ferramenta do Plant dentro de um workflow integrado.

Fig.: 8 Folhas de dados customizadas: A possibilidade de customizar folhas de dados na ferramenta Plant 3D representa um diferencial em termos de fluxo de informações entre as disciplinas de concepção como Processo e Segurança e as outras mais envolvidas no detalhamento da instalação, como Mecânica e Instrumentação e Controle. A facilidade de customizar tais relatórios é um ponto importante para a escolha das ferramentas uma vez que impacta n custo do processo de implantação. Na imagem acima, uma folha de dados de equipamento, customizada no Report Creator com o padrão da empresa está pronta para receber os dados adicionados ao modelo

A lista de linhas, um documento que consolida informações importantes sobre o projeto pode ser customizada para extração e controle automático. Este documento serve como base de informação para

diversas disciplinas como a própria tubulação e a Instrumentação, sendo de grande importância a facilidade de sua manipulação e a garantia de consistência frente aos fluxogramas e demais informações de projeto.

Com o Plant 3D extraímos este documento diretamente a partir dos fluxogramas, o é essencial para reduzir o quantitativo de horas para a produção deste documento e assegurar a sua qualidade.

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Fig.:9 Lista de Linhas: Um dos documentos de maior custo em termos de horas trabalhadas é a lista de linhas. Dado o volume de informação contida neste documento e a complexibilidade dos relacionamentos de origem e destino das tubulações manter uma lista de linhas consistente sem ter a disposição um sistema automatizado é virtualmente impossível. Na imagem acima uma lista de linhas customizada na ferramenta Report Creator do Plant 3D é gerada automaticamente com base nas informações fornecidas durante a

criação do fluxograma

Com este conjunto preliminar de informações e com base no conhecimento a priori das especificações de material de tubulação, a disciplina de Tubulação é capaz de desenvolver um arranjo preliminar de equipamentos e uma identificação dos alinhamentos que serão realizados para o desenvolvimento do projeto

das tubulações.

Fig.: 10 – Arranjo preliminar. Rascunho original da tubulação para permitir o desenvolvimento da casa de bombas do Sistema de Combate a Incêndio

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A partir do desenho preliminar gerado pela disciplina de tubulação a disciplina de Arquitetura inicia o desenvolvimento da estrutura da casa de bombas considerando questões como necessidades de espaço para equipamentos e de manutenção. São consideradas neste momento questões relacionadas a normas aplicáveis.

Arquitetura, normalizações como as normas regulamentadoras de ergonomia, bem como questões relativas a conforto térmico, lumínico, dentre outros. O projeto conceitual da edificação é feito diretamente no REVIT, de forma a eliminar a necessidade de retrabalho na transição entre o conceito e os primeiros modelos em três

dimensões.

Fig.: 11 – Casa de Bombas do Sistema de Combate a Incêndio: Com base nas informações de arranjo obtidas do layout preliminar a Arquitetura é capaz de desenvolver diretamente um arranjo de edificação e realimentar o fluxo de trabalho de outras disciplinas, como a

própria Tubulação.

Uma vez que o arquivo da Arquitetura é desenvolvido diretamente no modelo 3D o mesmo é aproveitado para as emissões iniciais da própria disciplina. Neste momento as disciplinas de Arquitetura e Estrutura Civil

devem estar com seus projetos sincronizados e harmônicos.

Lançadas as bases da edificação existe a necessidade de transferência de informações para realimentar a disciplina de tubulação, de forma a validar a previsão de espaços inicialmente feita e principalmente para

permitir o posicionamento do projeto nas coordenadas corretas, um requisito fundamental para o uso da ferramenta de gerenciamento Navisworks. Para tanto é feita uma cópia via XREF a partir do modelo desenvolvido no REVIT e a mesma é disponibilizada para a disciplina de Tubulação.

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Fig.: 12 – Importação REVIT para Plant 3D: A fim de disponibilizar uma referencia durante o projeto de tubulação, um modelo do desenvolvimento preliminar é disponibilizado como referencia externa para a disciplina de tubulação. Na imagem acima, um modelo

tridimensional preliminar é disponibilizado para a disciplina de Tubulações através por meio de referencia externa (XREF).

O modelo tridimensional preliminar enviado para disciplina de Tubulação permite aos projetistas,

desenvolver seus encaminhamentos diretamente sobre o modelo tridimensional, uma vez que fornece um melhor entendimento sobre as possibilidades de roteamento de tubulação a ser empregado.

Fig:.13 – Modelagem com referência 3D: Durante o processo de desenvolvimento das tubulações, a possibilidade de contar com uma referência externa evita que o projetista cometa erros envolvendo as chamadas “interferências duras”, onde dois itens de projeto colidem. A utilização do modelo 3D permite avaliar de forma imediata questões relacionadas a construtibilidade e usabilidade das instalações sendo propostas.

Toda a documentação usualmente gerada em ferramentas de representação bidimensional, pode ser extraída dos modelos tridimensionais. Desenhos ortográficos e isométricos, como plantas de tubulação, cortes assim

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como os isométricos dos trechos de tubulação com as respectivas listas de materiais podem ser extraídos garantindo uma correspondência entre o objeto modelado e a documentação contratual entregue.

Fig.:14 – Documentação: Vistas ortográficas e isométricas assim como listas de materias podem ser extraídas do modelo garantindo confiabilidade da informação. Na imagem acima as vistas ortográficas compoem o documeto planta de tubulação, sendo gerados a partir

do modelo 3D e garantindo consistência com o mesmo.

O resultado final do desenvolvimento de tubulações realizado diretamente no modelo 3D assegura um

elevado nivel de qualidade na geração de informações sobre quantitativos de materiais, bem como elimina a possibilidade de inconsistencias entre desenhos em uma mesma revisão, posto que são todos extraídos de um mesmo modelo.

Fig.: 15 – Exportando modelos do Plant 3D: Durante todo o processo de desenvolvimento do sistema de tubulações as informações do

modelo 3D são exportados usando um arquivo dwg que pode ser referenciado no REVIT.

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Além da modelagem da própria tubulação é possível inserir informações de itens acessórios, como os suportes para tubulação, de forma a criar listas de materiais que quantifiquem todos os itens necessários ao projeto, tornando mais precisa a previsão dos dispêndios e mais facilitado o controle de materiais.

Fig.: 16 Suportes de Tubulação: A possibilidade de inserir todas as informações de projeto no modelo do Plant 3D fornece uma capacidade superior para a locação de itens acessírios por exemplo como é o caso dos suportes de tubulação. A existência de tais itens no modelo permite a extração de informações precisas sobre quantidades de materiais a serem comprados, garantindo que os dispêndios para aquisição de materiais sejam realizados exatamente de acordo com as necessidades do projeto, sem perdas de material.

Além destes aspectos, de qualidade, outros itens, que são dificilmente abordadas quando da realização de um

projeto nos moldes usuais, passam a ser facilmente avaliados. Questões como construtabilidade, usabilidade, além de preocupações ergonômicas e de segurança, podem ser avaliadas de maneira antecipada e resolvidas com mais simplicidade em tempo de execução, e não como usualmente feito, após a realização de revisões e

passagem de informações para etapas posteriores. Isso permite reduzir consideravelmente a quantidade de revisões de documentos, uma vez que tais questões costumam gerar comentários e significativo retrabalho.

Outros documentos importantes podem ser gerados a partir do modelo desenvolvido garantindo precisão relacionada ao modelo já criado. Um dos exemplo mais importantes e que tem impacto significativo para a agilidade do projeto de tubulação é a agilidade na criação de isométricos. A extração destes documentos é

bastante simplificada por meio da Autodesk Plant 3D.

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Fig.:17 Extraindo isométricos e listas de materiais: A extração de isométricos é um dos pontos mais importantes do projeto de tubulação. Consumindo tempo elevado para a sua geração por meio dos processos manuais usuais, a utilização de ferramentas de automação como o Autodesk Plant 3D permite a extração e representação garantindo consistência com a tubulação representada no modelo.

Em paralelo ao trabalho da Tubulação, a disciplina de Arquitetura inicia o desenvolvimento da edificação, dimensionando as aberturas, bem como materiais de acabamento e as dimensões gerais da edificação.

Com a consolidação do conceito da edificação definido pela Arquitetura a disciplina de Estruturas inicia a sua atividade de modelagem da solução estrutural a ser adotada. Isso implica em algumas interferências com a

solução arquitetural originalmente definida, gerando a necessidade de uma posterior compatibilização pela disciplina de Arquitetura.

Esta etapa de definição da arquitetura e elaboração da solução estrutural tem o trabalho facilitado quando é utilizada a ferramenta de workshare do Revit, possibilitando o trabalho colaborativo entre as disciplinas. Mais do que a usual troca de informações entre as disciplinas o trabalho em workshare requer um nível de

colaboração que não encontra precedente na prática de projeto e permite o desenvolvimento de projetos com maior riqueza de detalhes, bem como soluções para questões que muitas vezes costumam ser passadas para a etapa de construção, gerando custos inesperados para o construtor e prejuízos de revisão de documentação

para a projetista.

O resultado do trabalho integrado das disciplinas de Segurança, Tubulação, Arquitetura e estruturas é um

modelo tridimensional que representa o projeto e permite a extração de documentação de projeto. Além disso, é uma base bem estabelecida para o desenvolvimento do projeto pelas outras disciplinas como as de instalações elétricas e hidráulicas, ar condicionado e ventilação e segurança industrial.

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Coordenação Multidisciplinar Multiplataforma – Plant 3D, Revit e Inventor –

Gerenciamento pelo Navisworks

Para coordenar as atividades de execução das diferentes etapas de projeto, em particular para o caso de projetos multidisciplinares, onde diferentes disciplinas interagem no desenvolvimento, é essencial ter a disposição uma ferramenta que permita integrar as todos os resultados de atividades de projeto e facilite a identificação de interferências. Para tanto, utilizamos a ferramenta Autodesk Navisworks Manage, que permite a integração de arquivos orindos de diferentes ferramentas. O ponto principal para viabilizar a aplicação do Navisworks Manage é o correto posicionamento das coordenadas e alinhamento referencial para cada um dos projetos em desenvolvimento nas disciplinas. Somente com uma correta utilização das ferramentas de locação de coordenadas de softwares como o Autodesk Plant 3D e Autodesk Revit é que podemos utilizar o Navisworks com precisão para a coordenação de projeto.

Fig:. X Criando referencias externas no Navisworks – A criação de referencias externas no Navisworks permite a coordenação integrada de projetos de infraestrutura de grande porte, possibilitando a verificação do atendimento ao cronograma de projeto, a verificação do uso correto de coordenadas, o check de interferências assim como a realização de passeios virtuais interativos junto com o cliente onde, o que ajuda a garantir o atendimento das expectativas do mesmo, dirimir dúvidas por parte

Um dos momentos iniciais na atividade de montagem do modelo tridimensional para a coordenação do projeto integrado é a realização do referenciamento de arquivos por meio da ferramenta de attachment de arquivos. Um ponto importante antes de qualquer projeto é identificar as formas de interoperabilidade que serão utilizadas e neste ponto a definição de um arquivo capaz de ser lido pela ferramenta de coordenação é uma escolha importante. Para alguns projetos, itens de grande complexidade mecânica que são necessariamente desenvolvidos no software Autodesk Inventor podem ser importados para o Navisworks e coordenados de forma bastante sinplificada, usando por exemplo a exportação para modelos com extensão ADSK ou mesmo para famílias e projetos do REVIT, potencializando as informações disponibilizadas no modelo para cada uma das disciplinas.

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Desenvolvendo Projetos Integrados com Autodesk Plan t 3D e REVIT – Experiência de Integração Multiplata forma para Projetos Industriais – PLANAVE S/A

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Fig.: X Exportando componentes BIM a partir do Autodesk Inventor: A possibilidade de criação de famílias de Revit por meio do Inventor permite a criação de modelos facilmente manipuláveis, aproveitando as facilidades de locação de coordenadas e a posterior utilização integrada na ferramenta Navisworks.

Utilizando o Clash Detective para Tratamento de Interferências Na medida em que as atividades das disciplinas são desenvolvidas, muitas vezes surgem interferências físicas que precisam ser resolvidas. Detectar tais interferências é uma atividade importante da coordenação, de forma a permitir uma rápida resposta, antes que tais interferências se transformem em custo, seja para o projeto, seja para a construção. A ferramenta de detecção de interferências, Clash Detective do Navisworks Manage, permite um fluxo de trabalho otimizado para a identificação de interferências, seja elas interferências físicas, como colisão direta de tubulações e estruturas metálicas, cruzamento de bandejamentos de elétrica e telecomunicação e estruturas de concreto, sejam interferências relacionadas à violação de critérios de projeto ou normativos, como distanciamento de tubulações, bandejamentos de elétrica dentre outros.

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Fig.: X – Navisworks para detecção e tratamento de interferências: Com base no Navisworks além da realização de passeios virtuais, para verificação de atendimento a requisitos, verificações de segurança e acompanhamento geral do andamento do projeto é possível detectar interferências, sejam elas de superposição volumétrica ou relacionadas ao não atendimento a regras de distanciamento, por

exemplo.

A detecção prematura de interferências, conciliada às outras facilidades existentes no Navisworks como por exemplo formas simplificadas de geração e disponibilização do relatório de interferências, facilitam a tarefa

de gerenciamento do modelo, o que impacta diretamente na qualidade final do projeto integrado, que é essencialmente livre de interferências, o que garante ao construtor uma obra sem retrabalhos devido a este tipo de problema

Fig.: X – Utilização do Clash Detective: A ferramenta de detecção de interferências do Navisworks permite identificar interferências diretas ou baseadas em regras. Aplicando continuamente ao longo do projeto, um procedimento de detecção de interferências é possível evitar possíveis retrabalhos devido a necessidade de antecipar trabalhos que usualmente estão encadeados de maneira paralela. Na imagem acima é possível identificar a colisão entre estrutura e tubulação.

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A utilização das ferramentas de automação de projetos da Autodesk, em particular as suítes de Plant e

Building Design permitem a realização de um projeto multidisciplinar de forma integrada, aproveitando ao máximo o esquema de trabalho colaborativo entre as disciplinas para o desenvolvimento de um produto final, seja ele uma instalação industrial ou um grande projeto de infraestrutura integrado e consistente, dando ao

construtor a confiança necessária nas informações de projeto.

Referências Bibliográficas

• Eastman, Chuck; Theicolz, Paul; Sacks, Rafael; Liston, Hathleen; Manual de Bim – Um guia de modelagem

da Informação da Construção;

• Tickoo, Sam; – Plant 3D 2014 for Designers; Purdue University, Calumet, USA;

• Tickoo, Sam; – AutoCAD P&ID Tutorial; Purdue University, Calumet, USA;