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1 AUTO IMAGEM E AUTOESTIMA DE MULHERES PRATICANTES DE POLE DANCE Amanda dos Passos Godinho Resumo: Considerado uma modalidade de exercício físico, o Pole Dance consiste em uma dança na barra ou no mastro. Sua prática data do século XII que consistia em uma espécie de yoga praticada na barra ou em cordas verticais na Índia. Este estudo descritivo tem como objetivo geral avaliar os efeitos da prática regular de Pole Dance sobre a autoestima e autoimagem de mulheres. Fizeram parte da amostra 25 mulheres que praticam a modalidade por no mínimo 6 meses. Os instrumentos utilizados foram: Escala de Silhuetas (STUNKARD et al, 1983) e Escala de Autoestima (ROSENBERG, 1965). O tratamento estatístico utilizado foi média e frequência simples. Os resultados evidenciaram que: a média de idade é de 30,12 anos, com tempo médio de prática de 1 ano e 4 meses, e a maioria (48%) pratica a atividade 2 vezes por semana. Em relação a variável autoimagem verificou- se que a maioria está insatisfeita pelo excesso de peso (48%), e algumas (16%) estão insatisfeitas pela magreza. Entretanto verificou-se que 36% das praticantes estão satisfeitas com a sua imagem corporal no momento. No que diz respeito a autoestima, a grande maioria (96%) pode ser classificada com uma boa autoestima. Nenhuma das participantes foi classificada com a auto estima baixa. Concluiu-se que as contribuições da prática regular do pole dance reflete em uma boa autoestima, já com relação a auto imagem, parece haver muita insatisfação corporal das praticantes, devido a exigência de cada uma consigo mesma, além da forte influência da mídia e sociedade que traz um padrão de corpo perfeito. Palavras-chave: Pole Dance. Autoestima. Autoimagem. 1 INTRODUÇÃO O pole dance é uma modalidade recente que não tem uma origem definida e clara. O pole dance, dança na barra ou no mastro, vem da prática do Mallakham que significa “homem de força”, sendo uma espécie de yoga praticada na barra ou em cordas vertical na Índia, existindo desde século XII. Parizzi (apud FERNANDES, 2012, p. 17) reforça que existem muitas vertentes sobre a história do Pole Dance, algumas dizem que começou nos circos na Inglaterra nos anos de 1980 e outras Artigo apresentado como trabalho de conclusão de curso de graduação da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Educação Física). Orientador: Prof. George Roberts Piemontez, Msc. Palhoça, 2018. Acadêmico (a) do curso de Educação Física da Universidade do Sul de Santa Catarina. [email protected]

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Page 1: AUTO IMAGEM E AUTOESTIMA DE MULHERES PRATICANTES DE …

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AUTO IMAGEM E AUTOESTIMA DE MULHERES PRATICANTES DE POLE

DANCE

Amanda dos Passos Godinho

Resumo: Considerado uma modalidade de exercício físico, o Pole Dance consiste em uma dança na barra ou no mastro. Sua prática data do século XII que consistia em uma espécie de yoga praticada na barra ou em cordas verticais na Índia. Este estudo descritivo tem como objetivo geral avaliar os efeitos da prática regular de Pole Dance sobre a autoestima e autoimagem de mulheres. Fizeram parte da amostra 25 mulheres que praticam a modalidade por no mínimo 6 meses. Os instrumentos utilizados foram: Escala de Silhuetas (STUNKARD et al, 1983) e Escala de Autoestima (ROSENBERG, 1965). O tratamento estatístico utilizado foi média e frequência simples. Os resultados evidenciaram que: a média de idade é de 30,12 anos, com tempo médio de prática de 1 ano e 4 meses, e a maioria (48%) pratica a atividade 2 vezes por semana. Em relação a variável autoimagem verificou-se que a maioria está insatisfeita pelo excesso de peso (48%), e algumas (16%) estão insatisfeitas pela magreza. Entretanto verificou-se que 36% das praticantes estão satisfeitas com a sua imagem corporal no momento. No que diz respeito a autoestima, a grande maioria (96%) pode ser classificada com uma boa autoestima. Nenhuma das participantes foi classificada com a auto estima baixa. Concluiu-se que as contribuições da prática regular do pole dance reflete em uma boa autoestima, já com relação a auto imagem, parece haver muita insatisfação corporal das praticantes, devido a exigência de cada uma consigo mesma, além da forte influência da mídia e sociedade que traz um padrão de corpo perfeito.

Palavras-chave: Pole Dance. Autoestima. Autoimagem.

1 INTRODUÇÃO

O pole dance é uma modalidade recente que não tem uma origem definida e

clara. O pole dance, dança na barra ou no mastro, vem da prática do Mallakham que

significa “homem de força”, sendo uma espécie de yoga praticada na barra ou em

cordas vertical na Índia, existindo desde século XII. Parizzi (apud FERNANDES,

2012, p. 17) reforça que existem muitas vertentes sobre a história do Pole Dance,

algumas dizem que começou nos circos na Inglaterra nos anos de 1980 e outras

Artigo apresentado como trabalho de conclusão de curso de graduação da Universidade do Sul de Santa

Catarina, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Educação Física). Orientador: Prof.

George Roberts Piemontez, Msc. Palhoça, 2018.

Acadêmico (a) do curso de Educação Física da Universidade do Sul de Santa Catarina.

[email protected]

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afirmam que o pole dance já era praticado muitos anos atrás pelos habitantes da

Índia.

Esta modalidade vem crescendo a cada dia com mais adeptos, e sendo

divulgado pela mídia e também na realização de campeonatos. É um esporte que

pode ser praticado por qualquer pessoa, independente do gênero, idade, altura e

peso (KOHEK, 2017).

O pole dance exige do corpo físico do praticante, desenvolve diversas

capacidades físicas e motoras. Por ser uma prática esportiva recente faz cada vez

mais profissionais da área da Educação Física se apropriarem da modalidade

buscando pesquisar os reais benefícios da prática para melhorar os diferentes

aspectos na vida do praticante.

Conforme Wilke (2018), as aulas englobam aquecimento, abdominais,

alongamento, flexibilidade, giros, inversões, subidas, condicionamento dos pulsos e

antebraços, membros superiores e inferiores, coreografias, flexões, paradas de

mãos para fortalecer os braços, movimentos chão e postura.

Uma auto estima elevada significa se sentir confiante adequado a vida, é ter

segurança e confiança em si próprio, é procurar a felicidade, não nos considerar

superior nem inferior dos outros, é ser aberto e compreensivo, principalmente ser

coerente e consequente consigo mesmo (BRANDEN, 1995; MOSQUERA;

STOBAUS, 2006; KOHEK, 2017). Já a auto imagem pode ser entendida então como

uma concepção, visão ou imaginação em que o indivíduo tem de si próprio,

resultando de suas experiências ou fatores que a pessoa passa durante a sua vida

(SANTANA, 2017).

Fazer atividades físicas regulares é um estímulo ao bem-estar. Além disso

previne a dependência e reflete na melhora da autoimagem e auto estima. Desta

forma há indícios de que pessoas ativas ou estilo de vida mais ativo, tendem a ter

uma autoestima elevada (BENEDETTI; PETROSKI; GONÇALVES, 2003; NAHAS,

2010). Nesse contexto entre auto imagem e auto estima, a atividade física além de

prevenir a dependência é um estímulo para o bem estar, melhora a autonomia e a

independência, assim refletindo em uma melhora na autoimagem e autoestima

(BENEDETTI, 2003; NAHAS, 2010).

Pesquisas afirmam (BRAGA; DALKE, 2009), que os principais fatores que

fazem com que as pessoas permaneçam na prática do exercício físico é a de

melhorar seu desempenho físico, adotar um estilo de vida saudável, relaxar,

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melhorar a saúde e melhorar a autoimagem. Diante disso o Pole Dance, é

considerado um exercício físico, também está associado à está busca de um estilo

de vida saudável e que vem trazendo mais adeptos a esta modalidade.

Nesse contexto entre auto imagem e auto estima, a atividade física além de

prevenir a dependência é um estímulo para o bem estar, melhora a autonomia e a

independência, assim refletindo em uma melhora na autoimagem e autoestima

(BENEDETTI, 2003; NAHAS, 2010).

De acordo com Ferreira (2015), o pole dance está associado à autoestima,

devido às possibilidades de ir sempre um pouco mais adiante do exercício físico, em

que permite conhecer os limites do próprio corpo e proporcionando ao praticante

enfrentar sua vida com mais coragem e determinação. Fernandes (2012), conclui

com a importância em relatos de mulheres que o pole dance pode influenciar em

vários aspectos da vida, tanto em condições sociais, familiares e íntimas.

É uma modalidade praticada nos circos e que há pouco tempo apresentou-se

como uma modalidade esportiva. Embora encontra-se efeitos da prática regular de

exercícios sobre a autoestima e auto imagem, não foram encontrados estudos

relacionados a prática do pole dance sobre estas variáveis, assim os estudos que

tratam de exercícios físicos, autoestima e auto imagem, são relativos a modalidade

de dança, especificamente à dança do ventre. Na prática é possível perceber uma

melhora da auto estima onde as pessoas tem o melhor enfrentamento consigo

mesma, perante a confiança da sua auto imagem, mas nada comprovado

cientificamente. Os desafios que a pratica proporciona tanto em acrobacias que cada

dia a pessoa vai aprendendo e realizando, faz ela se sentir mais apta na prática e

também sendo uma pessoa realizada e feliz.

OBJETIVO GERAL

Analisar os efeitos da prática regular de Pole dance sobre a auto imagem e

autoestima de mulheres.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Caracterizar as praticantes quanto: idade, tempo de prática na modalidade

(meses/anos), frequência semanal de treino.

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Verificar a satisfação ou insatisfação com a imagem corporal das praticantes

de Pole Dance.

Verificar a autoestima de praticantes de pole dance no que diz respeito a

aprovação/desaprovação em relação a si mesmas.

2 MATERIAIS E MÉTODOS

2.1 TIPO DE PESQUISA

A abordagem do presente estudo é de natureza aplicada, pois preocupa-se

em identificar os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos

fenômenos. Esta pesquisa tem como procedimento, em um segundo momento,

caráter descritivo, pois tem como objetivo “a descrição das características de

determinada população e também possuem a finalidade de identificar possíveis

relações entre as variáveis” (GIL, 2010, p. 27).

2.2 SUJEITOS DA PESQUISA

A amostragem se caracterizou como sendo não probabilística intencional por

voluntariado composta por 25 mulheres que praticam o Pole Dance por no mínimo 6

meses, com frequência semanal do treino, de pelo menos uma vez na semana.

Foram considerados critérios de inclusão: mulheres que praticam a modalidade

regularmente (semanalmente) por no mínimo 6 meses e que não realizaram outra

modalidade de atividade física. Como critério de exclusão: Mulheres que não

praticam a modalidade regularmente (semanalmente), prática inferior a 6 meses e

que realizem outra modalidade de atividade física.

2.3 INSTRUMENTO DE PESQUISA

Foram utilizados neste estudo dois instrumentos:

a) ESCALA DE SILHUETAS (STUNKARD et al., 1983):

Para verificar a percepção da imagem corporal real e ideal está escala

consiste em um conjunto de silhuetas (figuras humanas), numeradas de 1 a 9,

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representando um contínuo desde a magreza (silhueta 1) até a obesidade severa

(silhueta 9).

As figuras foram apresentadas as mulheres e, na sequência, as mesmas

responderam às seguintes perguntas: a) Qual a silhueta que melhor representa a

sua aparência física atualmente (silhueta real)? b) Qual a silhueta que você gostaria

de ter (silhueta ideal)? Para verificar a satisfação ou a insatisfação com a imagem

corporal deve-se calcular a diferença entre a silhueta real e a silhueta ideal,

apontadas pelo indivíduo. Este número pôde variar de oito até menos oito. Caso o

resultado encontrado for igual a zero as mulheres seriam classificadas como

satisfeitas com a sua imagem corporal, já se o resultado for diferente de zero serão

classificadas como insatisfeitas. Porem se a diferença for positiva a insatisfação será

pelo excesso de peso (desejo de diminuir o tamanho da silhueta), já negativa a

insatisfação será pela magreza (desejo de aumentar o tamanho da silhueta).

b) ESCALA DE AUTOESTIMA (ROSENBERG, 1965):

O instrumento é constituído por 10 frases com conteúdo referentes aos

sentimentos de respeito e de aceitação de si mesmo. As respostas das questões são

apresentadas em quatro itens no formato Likert (concordo totalmente = 4; concordo

= 3; discordo = 2; discordo totalmente = 1). No entanto, metade dos itens é

enunciada positivamente, sendo que as opções de resposta representam os

números descritos, e a outra metade negativamente, cujos números das respostas

devem ser: concordo totalmente = 1; concordo = 2; discordo = 3; discordo totalmente

= 4. Assim, cada item pode receber uma pontuação de no mínimo 1 e no máximo 4.

A soma das respostas dos 10 itens fornece o escore da escala, cuja pontuação total

oscila de 10 a 40, sendo que a obtenção de uma pontuação alta reflete autoestima

elevada. Conforme Simonetti (1989), a autoestima satisfatória é definida como

escore maior ou igual a 30 na referida Escala.

2.4 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS

O projeto foi enviado ao Comitê de Ética e Pesquisa com Seres Humanos da

UNISUL para apreciação e, após a aprovação pelo CEP, o estudo aconteceu em um

Studio de Pole Dance na cidade de Palhoça-SC. Foi realizada uma reunião com o

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responsável do local para apresentar os objetivos do estudo e seus respectivos

benefícios.

Após permissão do mesmo, foi feito uma apresentação dos objetivos deste

estudo para as participantes voluntárias, mulheres que praticam modalidade

regularmente (semanalmente) por no mínimo 6 meses e que não realizaram outra

modalidade de atividade física. Como critério de exclusão: Mulheres que não

praticam a modalidade regularmente (semanalmente), prática inferior a 6 meses e

que realizem outra modalidade de atividade física. A convidando-as para

participarem do estudo, sendo assinado o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (TCLE) e entregue os instrumentos para preenchimento em suas

residências, devendo devolvê-los no prazo máximo de sete dias à pesquisadora no

Studio.

2.5 ANALISE DE DADOS

Para analisar os resultados da caracterização das participantes foi utilizada

estatística descritiva e frequência simples. Para a Escala de Silhueta (STUNKARD et

al, 1983) e Escala de Autoestima (ROSENBERG, 1965) foi utilizada frequência

simples.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

De acordo com o primeiro objetivo específico que foi caracterizar as

praticantes quanto: idade, tempo de prática na modalidade (meses/anos), frequência

semanal de treino, verificou que a média de idade é de 30,12 anos, com o tempo

médio de prática de 1 ano e 4 meses e com frequência semanal de treino de 1 a 2

vezes. Sendo 48%, 2 vezes por semana, 40% realizam 1 vez na semana e 12%, 3

vezes por semana. (GRÁFICO 1)

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GRAFÍCO 1: Frequência semanal de treino.

Fonte: elaboração dos autores, 2018

Segundo Kohek (2017), o Pole Dance é um esporte que pode ser praticado

por qualquer pessoa, independente do gênero, idade, altura e peso. Utiliza-se

apenas a força do próprio corpo para realizar movimentos estáticos, giratórios, onde

incorporam e lembram modalidades como ginástica olímpica, dança contemporânea,

o balé e movimentos livres. Além disso o Pole Dance ajuda a fortalecer a autoestima

e auto confiança.

No que diz respeito ao segundo objetivo específico que foi verificar a

satisfação ou insatisfação com a imagem corporal das praticantes de Pole Dance

constatou-se que a maioria das praticantes está insatisfeita pelo excesso de peso

(48%) pois desejam diminuir o tamanho da silhueta, e algumas (16%) estão

insatisfeitas pela magreza, pois desejam aumentar o tamanho da silhueta.

Entretanto, verificou-se que 36% das praticantes estão satisfeitas com a sua imagem

corporal no momento. (GRÁFICO 2)

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GRÁFICO 2: Satisfação/insatisfação com a imagem corporal.

Fonte: elaboração dos autores, 2018

Para Mello Filho (1992 apud KAKESHITA, 2004, p. 5) e Mataruna (2004) a

imagem que uma pessoa tem de si mesma é formada pela inter-relação entre três

informações distintas e que sofrem alterações e adaptações ao longo da vida: a

imagem idealizada, a imagem representada pela impressão de terceiros e a imagem

objetiva. Além disso relaciona-se as relações intra e interpessoais, as emoções e

sentimentos do indivíduo consigo, com os outros e seu ambiente (SILVA; VENDITTI

JUNIOR; MILLER, 2010).

A auto imagem pode ser entendida então como uma concepção, visão ou

imaginação em que o indivíduo tem de si próprio, resultando de suas experiências

ou fatores que a pessoa passa durante a sua vida (SANTANA, 2017).

Pode-se considerar a auto imagem como sendo um importante componente

da autoestima, referindo-se à satisfação de uma pessoa com seu tamanho corporal

ou partes específicas de seu corpo. São considerados importante marco do

desenvolvimento da imagem corporal, a puberdade e a importância do ritmo de

maturação, com muitas mudanças físicas e psicológicas, outro fator que vem

chamando a atenção refere-se ás influências de comentários negativos verbais na

construção e formação da imagem corporal (KAKESHITA, 2004).

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Segundo Fraquelli (2008) a auto imagem sofre muitas influências em que o

humano tem das suas próprias experiências, caracterizando assim como um quadro

de comportamento em que o indivíduo compreende e tem de si mesmo.

Desenvolver a auto imagem positiva é ter a certeza de ser capaz de levar

uma vida plena e realizada em nossa sociedade, sendo esta imagem estimulante,

inquietante ou decepcionante (BENEDETTI, 2003).

A literatura apresenta que a maioria das pessoas que pratica atividade física

em um tempo maior, tendem a estar mais satisfeitas com a sua imagem corporal, já

as praticantes de Pole Dance, uma grande parcela (48%) deste estudo, ainda

buscam o emagrecimento para então poder estar satisfeita com o seu próprio corpo.

Referente ao terceiro objetivo específico que foi verificar a autoestima de

praticantes de pole dance no que diz respeito a aprovação/desaprovação em relação

a si mesmas, pode-se apontar que 96% das praticantes estão com a autoestima

classificada como boa na escala de Rosenberg (1965) e 4% estão com a autoestima

elevada. Nenhuma das participantes foi classificada com a auto estima baixa.

(GRÁFICO 3)

GRÁFICO 3: Aprovação/desaprovação em relação a autoestima.

Fonte: elaboração dos autores, 2018

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Segundo autores possuir uma auto estima elevada significa se sentir

confiante adequado a vida, é ter segurança e confiança em si próprio, é procurar a

felicidade, não nos considerar superior nem inferior dos outros, é ser aberto e

compreensivo, principalmente ser coerente e consequente consigo mesmo

(BRANDEN, 1995; MOSQUERA; STOBAUS, 2006). Uma auto estima média

significa se sentir adequado ou não, as vezes agir com sabedoria ou ás vezes com a

incerteza, já uma auto estima baixa é sentir se errado como pessoa, é não se aceitar

da maneira que você é (BRANDEN, 1995).

Assim a auto estima engloba vários conceitos, como o de poder onde você

tem controle das coisas, o de aceitação junto com a auto aprovação, o conceito de

competência geral e também o de amor próprio. Sendo assim relacionado com a

atividade física a auto estima está ligada com a sua própria auto aceitação, onde

principalmente inclui várias partes do corpo (EGITO; MATSUDO; MATSUDO, 2005).

A auto estima também pode ser considerada um conjunto de ideias positivas

ou negativas e percepções em si próprio, podendo variar conforme o tempo,

sentimentos emocionais, causas sociais e psicológicas (EGITO; MATSUDO;

MATSUDO, 2005; MOSQUERA, STOBAUS; 2006). Percebe-se então que o

movimento traduz a busca pela auto estima dando importância para a prática de

atividades físicas contribuindo para tais aspectos.

Para os autores Mosquera e Stobaus (2006), profissionais que poderiam

ajudar no papel de elevar a autoestima seria nas áreas de: Educação Física,

Pedagogia, Psicologia, Medicina, Serviço Social e Psicopedagogia. Ainda para

esses autores a auto estima é o quanto aceitamos e gostamos de nós mesmos do

jeito em que somos e a auto imagem é como nos enxergamos, como realmente nos

vemos, a auto imagem surge na relação da pessoa com o seu contexto social,

resultante de relações estabelecidas com os outros e para si mesmo.

A literatura traz que fazer atividades físicas regulares é um estímulo ao bem

estar, além disso previne a dependência e reflete na melhora da auto imagem e auto

estima. Desta forma há indícios de que pessoas ativas ou estilo de vida mais ativo,

tendem a ter uma autoestima elevada (BENEDETTI; PETROSKI; GONÇALVES,

2003; NAHAS, 2010).

Percebe-se então que o movimento traduz a busca pela auto estima dando

importância para a prática de atividades físicas contribuindo para tais aspectos.

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Ferreira (2015), também afirma que o pole dance está associado à

autoestima, devido às possibilidades de ir sempre um pouco mais adiante do

exercício físico, em que permite conhecer os limites do próprio corpo e

proporcionando ao praticante enfrentar sua vida com mais coragem e determinação.

Ainda no estudo de Ferreira (2015), é verificado que a prática regular do pole

dance por mais de três meses, incorre em alterações na autoestima, no

condicionamento físico e na formação de novas amizades. Contudo é afirmado

ainda pelas praticantes em seus discursos que no encontro com uma barra vertical

puderam reencontrar a si mesmo.

Fernandes (2012), conclui com a importância em relatos de mulheres que o

pole dance pode influenciar em vários aspectos da vida, tanto em condições sociais,

familiares e íntimas. “Como por exemplo no seu relacionamento com o próprio

marido ou namorado e também consigo mesma, se achar e enxergar que é bonita.”

(FERNANDES, 2012, p. 34).

Nesse contexto entre auto imagem e autoestima, a atividade física além de

prevenir a dependência é um estímulo para o bem estar, melhora a autonomia e a

independência, assim refletindo em uma melhora na auto imagem e autoestima

(BENEDETTI, 2003; NAHAS, 2010).

Pesquisas afirmam (BRAGA; DALKE, 2009), que os principais fatores que

fazem com que as pessoas permaneçam na prática do exercício físico é a de

melhorar seu desempenho físico, adotar um estilo de vida saudável, relaxar,

melhorar a saúde e melhorar a autoimagem. Diante disso o pole dance, é

considerado um exercício físico, também está associado à está busca de um estilo

de vida saudável e que vem trazendo mais adeptos a esta modalidade.

4 CONCLUSÃO E SUGESTÃO

Com base na literatura e após a apresentação e discussão dos resultados,

pode-se concluir que as contribuições da prática regular do pole dance reflete em

uma autoestima boa das praticantes. Já com relação a auto imagem, parece haver

insatisfação corporal das praticantes, devido a exigência de cada uma com elas

mesma. Talvez justificada pela forte influência da mídia e sociedade que traz um

padrão de corpo perfeito. Isto reflete em uma busca desenfreada por um corpo

aparentemente magro e definido. Alguns autores defendem que o ideal seria que as

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pessoas aprendessem a conviver com suas fragilidades e defeitos para assim

supera-los e também saber cultivar as suas qualidades, tornando se realista. Além

disso, deve-se considerar experiências vivenciadas por cada pessoa, afim de criar

um referencial para o seu corpo.

Na prática constata-se características semelhantes encontrada neste estudo,

onde a procura pela modalidade é pelo público adulto feminino, geralmente casadas

e com independência financeira. Além disso essas mulheres já tiveram experiências

físicas com outras modalidades em academias, ou seja já praticavam exercícios

antes do Pole Dance.

Embora os resultados apontem uma insatisfação maior com a imagem

corporal, e a autoestima da maioria está classificada como sendo boa e não

elevada, na prática de acordo com relatos, houve uma melhora significativa em

relação ao aumento da autoestima depois da pratica de Pole Dance. Verifica-se

também que algumas notaram melhorias no seu próprio corpo com a modalidade,

porém, ainda buscam mais benefícios em termos de resistência, aparência e

qualidade de vida.

Os resultados deste estudo foram diferentes do que observa-se na prática,

onde há vários relatos sobre o aumento significativo da autoestima delas, também

registrado por familiares e que através do estudo não foi percebido.

Sugere-se novos estudos de acompanhamento de praticantes antes, durante

e depois de praticar Pole Dance, para verificar as reais mudanças proporcionadas

por essa modalidade (questionários, avaliações físicas e acompanhamento

multidisciplinar). Acredita-se que com isso pode-se obter dados mais reais dessa

prática, além de maior familiarização com a modalidade. Por ser uma prática

esportiva recente faz cada vez mais profissionais da área da Educação Física se

apropriarem da modalidade buscando pesquisar os reais benefícios da prática para

melhorar os diferentes aspectos na vida do praticante.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Leonardo. A liga. [S.l.]: Liga Brasileira Pole Sports, 2016. Disponível em: <https://www.ligapolesports.com/a-liga>. Acesso em: 20 abr. 2018. BENEDETTI, Tânia Bertoldo; PETROSKI, Édio Luiz; GONÇALVES, Lúcia Takase. Exercícios físicos, auto-imagem e auto-estima em idosos asilados. Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano, Santa Catarina, v. 5, n.

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2, p. 69-74, 2003. Disponível em: <https://www.researchgate.net/publication/26452377_Exercise_activity_and_self-imageself-esteem_in_nursing_home_residents>. Acesso me: 24 abr. 2018. BRAGA, Rafael Kanitz; DALKE, Robson. Motivos de adesão e permanência de praticantes de musculação da Academia Ativa Fitness: um estudo de caso. Revista Digital, Buenos Aires, v. 13, n. 130, mar. 2009. Disponível em: <http://efdeportes.com/efd130/motivos-de-adesao-e-permanencia-de-praticantes-de-musculacao.htm>. Acesso me: 24 abr. 2018. BRANDEN, Nathaniel. Auto-estima: como aprender a gostar de si mesmo. São Paulo: Saraiva, 1995. EGITO, Mariana do; MATSUDO, Sandra; MATSUDO, Victor. Auto-estima e satisfação com a vida de mulheres adultas praticantes de atividade física de acordo com a idade cronológica. R. bras. Ci e Mov., Distrito Federal, v. 13, n. 2, p. 59-66, 2005. Disponível em: <https://portalrevistas.ucb.br/index.php/RBCM/article/viewFile/646/657>. Acesos em: 20 abr. 2018. FERNANDES, Jadna Martinho. Motivo na aderência de mulheres a pratica regular de aulas de pole dance na cidade de Criciúma-SC. 2012. 45 f. Trabalho de conclusão de curso (Bacharel em Educação Física)- Universidade do Extremo Sul Catarinense, Criciúma, 2012. Disponível em: <http://docplayer.com.br/35236753-Universidade-do-extremo-sul-catarinense-unesc-curso-de-educacao-fisica-bacharelado-jadna-martinhago-fernandes.html>. Acesso em: 20 abr. 2018. FERREIRA, Carolina Fernandes. Re-descobrindo ser-si-mesmo: a existencialidade de mulheres praticantes de pole dance.2015. 80 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia)- Faculdade de Psicologia, Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2015. Disponível em: <https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4892>. Acesso em: 20 abr. 2018. FRAQUELLI, Ângela Aita. Relação entre auto-estima, auto-imagem e qualidade de vida em idosos participantes de uma oficina de inclusão digital. 2008. 104 f. Dissertação (Mestrado em Gerontologia Biomédica)- Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2008. Disponível em: <http://repositorio.pucrs.br/dspace/bitstream/10923/3573/1/000400281-Texto%2bCompleto-0.pdf>. Acesso em: 20 abr. 2018. KAKESHITA, Idalina Shiraishi. Estudo das relações entre o estado nutricional, a percepção da imagem corporal e o comportamento alimentar em adultos. 2004. 79 f. Dissertação (Mestrado em Ciências)- Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2004. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59134/tde-05032007-111354/publico/Dissertacaopdf.pdf>. Acesso em: 20 abr. 2018. KOHEK, Gabriela. De arte a esporte, conheça a história do pole dance. Rio Grande do Sul: RRPP atualidades online, 30 mar. 2017. Disponível em:

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<https://rrpponline.com.br/site/de-arte-a-esporte-conheca-a-historia-do-pole-dance/>. Acesso em: 24 abr. 2018. MATARUNA, Leonardo. Imagem Corporal: noções e definições. Revista Digital, Buenos Aires, v. 10, n. 71, abr. 2004. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd71/imagem.htm>. Acesso em 24 abr. 2018. MOSQUERA, Juan José Mouriño; STOBAUS, Claus Dieter. Auto-imagem, auto-estima e auto-realização: qualidade de vida na universidade. Psicologia, Saúde & Doenças, v. 7, n. 1, p. 83-88, 2006. Disponível em: <http://www.scielo.mec.pt/pdf/psd/v7n1/v7n1a06.pdf>. Acesso em: 20 abr. 2018. NAHAS, Markus V. Atividade física, saúde e qualidade de vida: conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo. 5. ed. rev. atual. Londrina: Midiograf, 2010. OLIVEIRA, Andressa Karla da Silva. Pole Dance: contextos e aproximações com os estudos de Rudolf Laban. 2016. 35 f. Trabalho de conclusão de curso (Licenciatura Plena em Dança)- Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2016. Disponível em: <https://monografias.ufrn.br/jspui/bitstream/123456789/2943/1/TCC%20-%20Andressa%20Oliveira.pdf>. Acesso em: 20 abr. 2018. SANTANA, Antônio Marcos da Rosa. Autoestima e autoimagem: repercussões psicológicas no processo do envelhecimento. 2017. 18 f. Trabalho de Conclusão de Curso (graduação em Psicologia)- Centro Universitário La Salle, Canoas, 2017. Disponível em: <https://biblioteca.unilasalle.edu.br/docs_online/tcc/graduacao/psicologia/2017/amrsantana.pdf>. Acesso em: 20 abr. 2018. SILVA, Rita de Fátima da; VENDITTI JUNIOR, Rubens; MILLER, Jussara. Imagem corporal na perspectiva de Paul Schilder: contribuições para trabalhos corporais nas áreas de educação física, dança e pedagogia. Mal-estar na cultura, Rio Grande do Sul, abr./nov. 2010. Disponível em: <http://www.saosebastiao.sp.gov.br/ef/pages/Corpo/Esquema/leituras/imagem.pdf>. Acesso em: 24 abr. 2018. WAS BRASIL. Pole sport. Rio Grande do Sul: RRPP atualidades online, 2015. Disponível em: <http://wasbrasil.com.br/modalidade/pole-dance-fitness-sport>. Acesso em: 24 abr. 2018. WILKE, Renata. Aulas de pole dance fitness. São Paulo, 2018. Disponível em: <http://www.escoladepoledance.com.br/iw-courses/aulas-pole-dance-sao-paulo/>. Acesso em: 20 abr. 2018.

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ANEXOS

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UNIVERIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Você está sendo convidado(a) como voluntário(a) a participar da pesquisa:

“AUTOESTIMA E AUTO IMAGEM D

E MULHERES PRATICANTES DE POLE DANCE” e que tem como objetivo “Analisar as

contribuições da prática regular de Pole Dance sobre a autoestima e auto imagem de

mulheres”. Acreditamos que ela seja importante, pois permitirá traçar um perfil das

praticantes e identificar as principais contribuições desta modalidade sobre a sua percepção

na autoestima e auto imagem nos aspectos: orgânicos, social, intelectual e emocional.

Participação do estudo – Sua participação no referido estudo estudo consiste em responder dois instrumentos (escalas de percepções) com questões fechadas, onde levará o tempo médio de 30 minutos. Você poderá responder os instrumentos em local de sua preferencia, devendo os mesmos retornarem ao pesquisador no prazo de 7 dias no Studio. Riscos e Benefícios – Tendo em vista os riscos, acredita-se que o grau de risco deste estudo aos indivíduos pesquisados será mínimo. O estudo envolve coleta de dados com procedimentos não invasivos, sem riscos físicos, pois trata-se de uma pesquisa com aplicação de escalas de percepções. Todos os procedimentos utilizados na pesquisa, para coleta de dados serão mostrados antecipadamente aos sujeitos do estudo para seu conhecimento e aprovação. As informações de todos os participantes envolvidos só serão obtidas a partir do consentimento prévio destes e após estarem cientes do objetivo do trabalho, da metodologia a ser utilizada, da forma e local onde os dados serão armazenados e do destino dos dados após a realização do estudo. Assim, após ciência sobre os procedimentos, os participantes deverão concordar e assinar o termo de consentimento livre de participação, que só serão utilizadas estritamente com fins de pesquisa científica, sem fins lucrativos, não sendo divulgadas de qualquer outro modo, sem o conhecimento e a autorização dos envolvidos. A qualquer momento, durante a realização do estudo, qualquer sujeito, ao sentir-se constrangido ou desconfortável com os procedimentos da pesquisa adotada, poderá de imediato retirar-se do estudo e solicitar a inutilização de todos os dados obtidos sobre ele. Todos os dados serão armazenados em computador institucional de acesso restrito ao pesquisador. Em relação a prática do Pole Dance acredita-se que a pesquisa irá compreender os reais benefícios da referida desta modalidade, bem como suas contribuições sobre a autoestima e autoimagem das praticantes. Além disso proporcionará a divulgação da modalidade no meio acadêmico para maior conhecimento desta prática e sua aplicabilidade em academias e estúdios como forma de melhorias na qualidade de vida de seus adeptos.

Sigilo e Privacidade – Sua privacidade será respeitada, ou seja, seu nome ou qualquer dado ou elemento que possa, de qualquer forma identificá-lo(a) será mantido em sigilo. Os pesquisadores se responsabilizam pela guarda e confidencialidade dos dados, bem como a não exposição dos dados da pesquisa. Autonomia – É assegurada a assistência durante toda a pesquisa, bem como a garantia de livre acesso a todas as informações e esclarecimentos adicionais sobre o estudo e suas consequências, enfim, tudo queira saber antes, durante e depois da sua participação. A qualquer momento você poderá decidir encerrar sua participação

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no estudo, consultar os dados obtidos ou mesmo solicitar a eliminação dos dados obtidos sobre sua pessoa. Ressarcimento e Indenização – Você não terá despesas e nem será remunerado pela participação na pesquisa. Todas as despesas decorrentes de sua participação poderão ser ressarcidas. Em caso de dano, durante a pesquisa será garantida a indenização. Devoluvitva dos resultados – A devolutiva dos resultados será através de explanação antes de uma aula de pole dance e envio dos resultados por email as participantes. Contatos - Pesquisador Responsável: George Roberts Piemontez Telefone para contato: (48) 98463-8771 E-mail para contato: [email protected]

Pesquisador: Amanda Passos Telefone para contato: (48) 98419-9702 E-mail para contato: [email protected] Comitê de Ética – O Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos (CEP) é composto por um grupo de pessoas que estão trabalhando para garantir seus direitos como participante sejam respeitados, sempre se pautando da Resolução 466/12 do CNS. Ele tem a obrigação de avaliar se a pesquisa foi planejada e se está sendo executada de forma ética. Caso você achar que a pesquisa não está sendo realizada da forma como você imaginou ou que está sendo prejudicado de alguma forma, você pode entrar em contato com o Comitê de Ética da UNISUL pelo telefone (48) 3279-1036 entre segunda e sexta-feira das 9 às 17horas ou pelo e-mail [email protected]. Declaração – Declaro que li e entendi todas as informações presentes neste Termo e tive a oportunidade de discutir as informações do mesmo. Todas as minhas perguntas foram respondidas e estou satisfeito com as respostas. Entendo que receberei uma via assinada e datada deste documento e que outra via será arquivada por 5 anos pelo pesquisador. Enfim, tendo sido orientado quanto ao teor de todo o aqui mencionado e compreendido a natureza e o objetivo do já referido estudo, eu manifesto meu livre consentimento em participar, estando totalmente ciente de que não há nenhum valor econômico, a receber ou pagar, por minha participação. Nome e Assinatura do pesquisador responsável:

______________________________ Nome e Assinatura do pesquisador que coletou os dados:

______________________

Eu, _______________________________, abaixo assinado, concordo em participar desse estudo como sujeito. Fui informado(a) e esclarecido(a) pelo pesquisador _____________________________ sobre o tema e o objetivo da pesquisa, assim como a maneira como ela será feita e os benefícios e os possíveis riscos decorrentes de minha participação. Recebi a garantia de que posso retirar meu consentimento a qualquer momento, sem que isto me traga qualquer prejuízo.

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Nome por extenso:

_______________________________________________

RG: _______________________________________________

Local e Data: _______________________________________________

Assinatura: _____________________________________________

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ESCALA DE SILHUETAS (STUNKARD et al., 1983):

Para verificar a percepção da imagem corporal real e ideal está escala

consiste em um conjunto de silhuetas (figuras humanas), numeradas de 1 a 9,

representando um contínuo desde a magreza (silhueta 1) até a obesidade severa

(silhueta 9), conforme Figura 1.

Figura 1 - Escala de Silhuetas

Fonte: Stunkard et al., 1983.

As figuras foram apresentadas as mulheres e, na sequência, as mesmas

responderam às seguintes perguntas: a) Qual a silhueta que melhor representa a

sua aparência física atualmente (silhueta real)? b) Qual a silhueta que você gostaria

de ter (silhueta ideal)? Para verificar a satisfação ou a insatisfação com a imagem

corporal deve-se calcular a diferença entre a silhueta real e a silhueta ideal,

apontadas pelo indivíduo. Este número pôde variar de oito até menos oito. Caso o

resultado encontrado for igual a zero as mulheres seriam classificadas como

satisfeitas com a sua imagem corporal, já se o resultado for diferente de zero serão

classificadas como insatisfeitas. Porem se a diferença for positiva a insatisfação será

pelo excesso de peso (desejo de diminuir o tamanho da silhueta), já negativa a

insatisfação será pela magreza (desejo de aumentar o tamanho da silhueta).

ESCALA DE AUTOESTIMA (ROSENBERG, 1965):

O instrumento é constituído por 10 frases com conteúdo referentes aos

sentimentos de respeito e de aceitação de si mesmo. As respostas das questões são

apresentadas em quatro itens no formato Likert (concordo totalmente = 4; concordo

= 3; discordo = 2; discordo totalmente = 1). No entanto, metade dos itens é

enunciada positivamente, sendo que as opções de resposta representam os

números descritos, e a outra metade negativamente, cujos números das respostas

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devem ser: concordo totalmente = 1; concordo = 2; discordo = 3; discordo totalmente

= 4. Assim, cada item pode receber uma pontuação de no mínimo 1 e no máximo 4.

A soma das respostas dos 10 itens fornece o escore da escala, cuja pontuação total

oscila de 10 a 40, sendo que a obtenção de uma pontuação alta reflete autoestima

elevada. Conforme Simonetti (1989), a autoestima satisfatória é definida como

escore maior ou igual a 30 na referida Escala.

Figura 2 - Escala de Autoestima

Fonte: Rosenberg, 1965.

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AGRADECIMENTOS

Esta fase da minha vida é muito especial e não posso deixar de agradecer a

Deus por toda força, ânimo e coragem que me ofereceu para ter alcançado minha

meta. À Universidade eu quero deixar uma palavra de gratidão por ter me recebido

de braços abertos e com todas as condições que me proporcionaram dias de

aprendizagem. Aos professores, principalmente meu orientador Prof. George

Roberts Piemontez, Msc. E sua mulher Ana Claudia Vieira Martins, Dra. Reconheço

um esforço gigante com muita paciência e sabedoria. Todos os professores do curso

que me deram recursos e ferramentas para evoluir um pouco mais todos os dias. E é

claro que não posso esquecer da minha família, minha mãe, pai, avós, noivo e

também os meus amigos, porque foram eles que me incentivaram e inspiraram

através de gestos e palavras a superar todas as dificuldades. A todas as pessoas

que de uma alguma forma me ajudaram a acreditar em mim eu quero deixar um

agradecimento eterno, porque sem elas não teria sido possível, obrigada!