Foto: Divulgação

Dia das Mulheres: PB cria a Patrulha Maria da PenhaTrabalho será iniciado em 27 municípios e será parte do Programa Mulher Protegida, por meio do Paraíba Unida pela Paz, desenvolvido pelo Governo do Estado. Página 4

126 anos - PaTRIMÔnIo Da PaRaÍBa AUNIÃO

Ano CXXVI Número 030 João Pessoa, Paraíba - sEXTa-FEIRa, 8 de março de 2019 – R$ 1,50 - Assinatura anual R$ 200,00

www.paraiba.pb.gov.br auniao.pb.gov.brfacebook.com/uniaogovpb Twitter > @uniaogovpb

Casos de crimes letais, roubos e furtos tiveram queda na PB

PRF registra redução de mais de 50% no número de acidentes

Números foram divulgados na manhã de ontem pela Secretaria da Segurança e da Defesa Social, após o término da Operação Carnaval 2019. Página 6

Redução no período de Carnaval também ocorreu em relação aos números de mortos e feridos nas rodovias federais que cruzam o Estado da Paraíba. Página 6

ParaíbaFoto: Marcos Russo

Mobilidade urbana. Governador João Azevêdo inspecionou, ontem, o andamento das obras do Eixo das Nações, que vai interligar pontos extremos de Campina Grande e desafogar o trânsito no centro da cidade. Página 5

Construções irregulares. Em vários pontos da cidade de João Pessoa, há registros de espaços públicos sendo invadidos e ocupados irregularmente por construções, colocando em risco a vida de muitas pessoas. Página 8

Fotos: Francisco França

Foto

: Div

ulga

ção

Hospitais de Patos, JP e Taperoá realizam programação especial

Ações nas escolas contra violência, com promoção da equidade de gênero

Bloco Mulheres em Luta faz marcha de protesto em Campina Grande

Marielle será tema de ato público na capital, na Praça Pedro Américo

Foto: Ortilo Antônio

Dívidas: inadimplência cresce 12% em Campina GrandeConsumidor campinense continua se individando. É o que mostra um levantamento divulgado pelo Sistema de Proteção ao Crédito e pela CDL de Campina Grande. Página 19

Diversidade

Evento debate o papel da mulher na cena cultural‘Chá com Arte’ acontece hoje no Teatro Lima Penante, em JP, com mesas redondas e performances de teatro e dança. Página 9

Hoje é dia de festa e de luta. As mulheres, que vários países homena-geiam, neste 8 de março, têm muitos motivos para celebrar a data, e mais ainda para protestar e reivindicar. Afinal, pelos números da violência contra as mulheres, não é recomendá-vel baixar a guarda, e sim manter-se alerta e proativa.

As diversas frentes abertas pelas mulheres, na luta internacional pela emancipação, renderam importantes conquistas econômicas, políticas e sociais. A presença feminina é mar-cante em praticamente todas as ati-vidades humanas, exercendo funções antes atribuídas exclusivamente aos homens.

Quem imaginaria - algumas déca-das atrás - mulheres alistadas nas For-ças Armadas; dirigindo táxis, ônibus, ambulâncias e caminhões; salvando vidas, como integrantes de Corpos de Bombeiros e Serviços de Atendimento Móvel de Urgência; erguendo casas e edifícios, na construção civil?

São exemplos, apenas. A revolução de gênero abalou os alicerces das tra-dicionais representações de mascu-lino e feminino, estabelecendo novos parâmetros para os papéis sociais. A bandeira do respeito às diferenças é fundamental para a consolidação de-finitiva desse processo.

Os meios de comunicação, que, de tanto explorar imagens e conceitos negativos, relacionados à mulher -

principalmente, ao seu corpo -, deram enorme contribuição à famigerada cultura sexista, atualmente estão na defensiva, e encampam, também, vá-rios postulados feministas.

No caso do Brasil, o aumento do número de agressões contra mulheres - inclusive da mais intolerável moda-lidade de violência, o feminicídio -, ao que parece, seria, entre outros fatores, uma consequência do retrocesso polí-tico que caracteriza o momento histó-rico. Violência gera violência.

Em fevereiro, pesquisa realizada pelo Datafolha, sob encomenda do Fó-rum Brasileiro de Segurança Pública, constatou que, nos últimos 12 meses, no Brasil, 1,6 milhão de mulheres fo-ram espancadas ou sofreram tentati-va de estrangulamento, enquanto 22 milhões foram vítimas de assédios.

Os números da averiguação feita pelo Datafolha justificam a mobiliza-ção e organização contínua de milha-res de mulheres, em todo o país, para radicalizar a luta em prol de mais e melhores políticas públicas, destina-das a protegê-las, de forma efetiva, e punir, com mais rigor, seus agressores.

Em princípio, não há lugar seguro, no Brasil, para as mulheres. O ambien-te doméstico, paradoxalmente, é palco privilegiado de agressões. É preciso dar um basta a esse absurdo. E não há outro caminho senão o da luta. Quem cala pode até não consentir, mas com certeza colabora com a impunidade.

UNIÃO A João Pessoa, Paraíba - SEXTA-FEIRA, 8 de março de 20192Opinião

Festa e luta

Será uma manifes-tação de força. Uma manifestação de cora-gem. Uma manifesta-ção afirmativa. Uma manifestação impressa nas almas, nos corpos, nas vozes, nos gestos delas, as mulheres da Paraíba.

Haverá canto, dan-ça e poesia. E já de-fronte do Teatro Santa Roza, a partir das 14 horas, haverá a presença da alegria, da ternura, do segurar das mãos, tudo regado a um misto de apreensão, de tristeza, tudo regado à uma aura de “sororidade”, sentimento que vem presidindo a luta das mulheres brasileiras e pa-raibanas.

Um misto de tristeza sim. De in-dignação. As ruas do centro estarão cheias de mulheres, mas cada uma lembrará o vazio de uma mulher mor-ta, em casa, no trabalho, na rua. Cada uma terá em si mesma, o vazio de uma mulher anulada, encerrada no medo, guardada entre quatro paredes, sob o olhar vigilante da opressão.

Ecoarão seu grito de guerra, re-partindo as sílabas por entre o baru-lho da cidade: “Mulheres vivas, livres e por direitos”!

Mulheres vivas, cada palavra batendo com vigor nos muros da ci-dade, vozes suaves, vozes fortes, vo-zes de adolescentes e de senhoras, ecoando esse coro pungente, urgen-te, premente.

Caminharão. Passos decididos, le-vando seu grito de guerra até à Praça dos Três Poderes, seguirão para a La-goa do Parque Solon de Lucena, os ros-tos e corpos pintados, faixas e carta-zes nas mãos, a urgência de dizer, com o corpo inteiro, da necessidade de que

se atalhe a violência, a in-justiça, a opressão, o assé-dio, a brutal intolerância, de companheiros, de fami-liares, de desconhecidos a golpeá-las com o aço da sua crueldade.

Muitas mulheres, li-vres e por direitos, mu-lheres em carne viva, refazendo o caminho, reorganizando a trilha, o ciclo, olhos marejados,

olhos brilhando de tenacidade e de-terminação.

Mulheres vivas, arrancando da força da sua luta, a presença de tantas outras guerreiras, arrancadas brutal-mente do centro da batalha. Margari-da Maria Alves, Violeta Formiga, Maria da Penha, esta outra Maria da Penha, martirizada, mas ainda lutando.

Mulheres em carne viva, sem um momento sequer para descansar a cabeça. E convocam quem já não está aqui, mas parece tão viva, entre as árvores, os carros, as botas dos mili-tares, os ternos engomados dos parla-mentares. Marielle, presente! Mariel-le, presente! Marielle, presente!

Os dias caindo na bacia do tempo, mais de trezentos dias, quem matou Marielle? O silêncio sombrio dos ca-deados, das metralhadoras escondi-das, o cinismo no riso da autoridade, o processo engordando suas folhas de inutilidade.

Voltam para casa, lavam o suor do rosto, mulheres vivas, livres e por di-reitos, e retomarão de novo as ruas, vão escavar com seus gritos, a indi-ferença e a covardia dos criminosos. Quem matou Marielle? Ficarão rou-cas, mas não descansarão. Quem ma-tou Marielle? Quem surrupia, todos os dias, com um ódio nojento, a vida das mulheres?

Artigo

As mulheres lutam com seus corpos

Joana Belarmino joanabelarmino00@gmail.com

Cada uma terá em si mesma, o vazio de uma

mulher anulada, encerrada no medo,

guardada entre quatro paredes, sob o olhar

vigilante da opressão

Editorial

HumorDomingos Sáviosavio_fel@hotmail.com

UN Informe

O vereador socialista ainda fez um desafio para os vereadores da bancada de oposi-ção, durante seu pronunciamento: “Eu de-safio a qualquer vereador para tirar uma foto no pier da Lagoa. Aquilo não é píer”, disse Léo Bezerra. Quem se habilita a fazê--lo, para uma possível postagem nas redes sociais? Até agora ninguém se mostrou dis-posto a aceitar o desafio proposto.

A Patrulha Maria da Penha, a ser criada pelo Governo do Estado, em parceria com o Tribunal de Justiça, atua-rá em duas frentes: fará o acompanhamento de mulhe-res em situação de violência doméstica e o monitoramento do cumprimento de medidas protetivas contra seus agres-sores. Hoje, em alusão ao Dia Internacional da Mulher, o governador João Azevêdo as-sinará o termo de cooperação com aquela corte.

Léo Bezerra (PSB) cobrou ontem ao prefeito Luciano Cartaxo (PV), no plenário da Câmara Municipal de João Pessoa, uma solução para conter a erosão da barreira do Cabo Branco, que há quase sete anos vem sendo protelada pela gestão municipal: “Tá todo mundo can-sado [de ouvir promessas]. O prefeito usou a tribuna para dizer que vai salvar a barreira. Quando ele vai fazer algo? Desde 2012 que ele promete e nada faz”,

“Todo mundo cansado”

ProTeção à mulher

Ja confirma cenTro de convenções e vlT, em cG

não volTa ‘déJà vu’

Jackson: não deseJo a ele o que fizeram com dilma

Dinaldinho (PSDB), prefeito afastado de Patos, não logrou êxito na tentativa de voltar ao cargo. O ministro Celso de Mello, do STF, indeferiu o pedido de liminar para que ele reassumisse o comando da prefeitura, hoje exercido pelo vice-prefeito, Bonifácio Rocha (PPS). De acordo com o Ministério Público, ele está envolvido num esquema de la-vagem de dinheiro e fraude na licitação de um contrato emer-gencial de iluminação pública.

A senadora Daniella Ribeiro garante que seu nome não será o escolhido pelo PP para disputar a prefeitura de Cam-pina Grande, em 2020, mas assegura que o partido terá candidatura própria. Será? É que declaração dela, no que concerne à segunda assertiva, nos remete a uma espécie de ‘déjà vu’: na eleição de 2016, o PP chegou a cogitar lançar candidato, mas terminou por se contentar em ser vice do tu-cano Romero Rodrigues.

Ontem, durante visita ao Eixo das Nações, uma das maiores obras de mobilidade urbana já reali-zadas em Campina Grande, o governador João Azevêdo (PSB) anunciou que, no próximo ano, o governo deverá lançar o processo licitatório para a instalação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na cidade, que tem uma malha ferroviária já propícia para tal projeto. “Tive acesso a todo o pro-jeto elaborado ainda na gestão de Veneziano [senador, ex-prefeito da ‘Rainha da Borborema’] e devemos ter essa licitação já preparada no próximo ano”, declarou, fazendo menção também a outra obra que a sua gestão vai realizar na cidade: a construção do Centro de Convenções.

desafiou vereadores

“Não quero que façam com ele o que fizeram com Dilma”. A declaração foi dada ontem à coluna pelo presidente do PT da Paraíba, Jackson Macedo (foto), em referência ao debate segundo o qual a publicação de cenas obscenas do Carnaval feitas pelo presiden-te Jair Bolsonaro em sua conta no twitter teria força para um pedido de impeachment. “Não acho que seja esse o debate, sobre pedir o impeachment dele ou não. O que não desejei pra Dilma não desejaria pra ele”, afirmou, ressaltando que para o fato em si - assim como para aquele que levou a derrubada da ex-presidente, referente a supostas pedaladas fiscais, não caberia uma solicitação de impedimento. “Po-rém, é lamentável que um presidente da República se permita fazer uma coisa dessas, usar as redes sociais para postar obscenidades que até poderiam ser acessadas por crianças. Aquilo que ele postou não é o Carnaval, que é uma festa democrática, popular, aquilo é um fato isolado, também lamentável. Mostra que Bolsonaro é totalmente des-preparado para o cargo que ocupa. Ele quis, na verdade, flertar com movimentos pentecostais que o apoiam. Bolsonaro precisa ir a público pedir desculpas à população”, afirmou. Para o dirigente petista, o presidente fez uma espécie de retaliação aos blocos e ao Carnaval como um todo, “por que em todo o país, houve uma onda de protestos contra ele”.

Ricco Farias papiroeletronico@hotmail.com

Foto: Divulgação

CONTATOS: uniaogovpb@gmail.com REDAÇÃO: (83) 3218-6539/3218-6509

Editoração: Paulo SergioEdição: José Napoleão Ângelo

CONTATOS: uniaogovpb@gmail.com

A UNIÃOUma publicação da EPC

BR-101 Km 3 - CEP 58.082-010 Distrito Industrial - João Pessoa/PB

PABX: (083) 3218-6500 / ASSINATURA-CIRCULAÇÃO: 3218-6518 / Comercial: 3218-6544 / 3218-6526 / REDAÇÃO: 3218-6539 / 3218-6509

E-mail: circulacaoauniaopb@gmail.com (Assinaturas)ASSINATURAS: Anual ..... R$200,00 / Semestral ..... R$100,00 / Número Atrasado ..... R$3,00

EmprEsa paraibana dE ComuniCação s.a.sECrETaria dE EsTado da ComuniCação insTiTuCionaL

Albiege Léa Araújo FernandesdirETora dE mÍdia imprEssa

Jorge RezendeGErEnTE ExECuTivo dE mÍdia imprEssa

Maria Eduarda dos Santos FigueiredodirETora dE rÁdio E Tv

Renata FerreiraGErEnTE opEraCionaL dE rEporTaGEm

Naná Garcez de Castro DóriadirETora prEsidEnTE

O U V I D O R I A :3 2 1 8 - 6 5 0 0

UNIÃO AJoão Pessoa, Paraíba - SEXTA-FEIRA, 8 de março de 2019

Deputada estadual declarou que há muito ainda a fazer para se alcançar a igualdade entre homens e mulheres

Deputada es-tadual em seu 2º mandato, ex-presidente da Comissão de Direitos da Mulher da As-

sembleia Legislativa da Paraíba e ex-coordenadora de Políticas para as Mulheres da Prefeitura de João Pessoa, Estela Bezerra (PSB) avalia que no dia 8 de março, proclamado o Dia Inter-nacional da Mulher, há muito o que comemorar, mas ainda há muita luta por um país com igualdade de gêneros.

A avaliação da parlamen-tar foi feita ontem, durante o programa ‘Fala Paraíba’ da Rá-dio Tabajara. Sabatinada pelos âncoras Fernando Caldeira, Pe-trônio Torres e Yvina Souto, Es-tela avaliou a situação das mu-lheres neste começo de 2019. “A gente tem o que celebrar (...) Nós conquistamos muitas coisas, porém, nós temos mui-to por que lutar. Se existe uma desigualdade na sociedade, é a desigualdade que diferencia homens e mulheres e não exis-te nada de diferente entre ho-mens e mulheres que justifique tanta barbárie, tanta opressão e tanta falta de respeito à con-dução das mulheres no nosso país”, desabafou.

De acordo com a parla-mentar, na defesa pelos direitos das mulheres, a violência talvez seja o lugar mais explicito quan-to ao preconceito e as desigual-dades que são mantidas pelo que ela chama de “não-lugar das mulheres”. “Existem muitos não-lugares para as mulheres. Os principais estão na remune-ração, na política, no lugar de to-mada de decisão e na violência explicita”, detalhou, para acres-centar: “O que é mais absurdo é quando você é violado, ou quan-do sofre de um abuso por conta de determinada característica. As mulheres sofrem violência porque são mulheres. Os ne-gros, da mesma forma, através do racismo. Esse tipo de discri-minação é absurdo”.

No entender de Estela, a

violência contra a mulher está muito atrelada ao aumento da violência em geral, espe-cialmente a que ocorre nas cidades. “A violência urbana alavanca todas as outras vio-lências”, sublinhou. Segundo ela, a Paraíba teve 97 mulheres assassinadas em 2016, 24 de-les tipificados como feminicí-dio e muito embora em 2017 esses números caíram para 78 mulheres mortas, 22 por femi-nicídio, eles voltaram a subir em 2018 (cravando 84).

Para a deputada, no pas-sado o assunto “violência” era tabu entra as mulheres e a prá-tica dessa violência era vista com certa naturalidade pela sociedade. “A gente não conse-gue medir se no passado exis-tia menos ou mais, porque essa violência era escondida. (...) A gente só pôde medir femini-cídio de 2015 para cá, mesmo que (antes) nós tivéssemos uma convenção internacional realizada em Belém do Pará, que o Brasil subscreveu, que a gente se responsabilizou por tipificar a violência e reconhe-cê-la criminalmente. Mas nós só chegamos a fazer isso em 2015”, esclarece.

Ainda de acordo com Es-tela, a Paraíba é o Estado que mais tem enfrentado a violên-cia contra a mulher. “Enfrentar a violência não é só uma ação de segurança pública. É uma questão de educação, de infra-estrutura, de saúde, de cultu-ra. E no que tange à violência contra a mulher, é muito uma questão cultural”, enfatizou.

A deputada continua: “Di-minuir a violência com ações de educação e cultura: é isso que este governo socialista tem feito, e continua fazendo com o governador João Azevêdo. Tivemos a campanha ‘Paraíba, Mulher Forte e de Valor’; nós tivemos a multiplicação das delegacias especializadas das mulheres; criou-se a coordena-doria das delegacias especiali-zadas das mulheres e a política de medida protetiva, que pou-cos estados implementaram (como na Paraíba), que tem, de imediato, um monitoramento com a segurança pública”.

André Cananéa andrecananea2@gmail.com

Estela Bezerra diz que o 8 de março é data de celebração

Editoração: Ulisses DemétrioEdição: José Napoleão Ângelo

OAB-PB promove atividades no Mês da MulherA Ordem dos Advogados do

Brasil, Seccional Paraíba (OAB-PB), através das Comissões da Mulher Advogada, de Combate à Violência e Impunidade Contra a Mulher, de Combate à Violência Homofóbica e Transfóbica; a Rede Sororidade; a Caixa de Assistência dos Advogados (CAA-PB); e a Nova ESA, realizarão, durante todo o mês de março, diversas ações alusivas ao mês da mulher.

As ações serão iniciadas nesta sexta-feira com o lançamento da campanha “Sou Mulher do Jeito que eu quiser”, a partir das 16h, no Holanda’s Prime, em Tambaú. Já no próximo dia 11, será reali-zado um café da manhã e ativida-des no Fórum Trabalhista e Cível de João Pessoa. A programação segue até o final do mês.

As ações têm como objetivo combater a desigualdade e a violência de gênero, mostrar que a mulher pode fazer exatamen-te tudo o que tem vontade sem

medo de ser oprimida, que ela poder escolher a profissão que quiser, usar a roupa que desejar e ter o corpo que conseguir.

Dando continuidade às ativi-dades, será realizado na semana que vem o ciclo de palestras na ESA com os temas: “Mulheres no empreendedorismo: seu papel e desafios; “A mulher e o poder da alta performance”; e “Mulheres, Advocacia 4.0 e Jurimetria: a atuação da mulher na tecnologia e na advocacia.”

Também na próxima sema-na, acontecerá o café literário, um bate-papo sobre “a quem interessa a proteção de dados? Uma abordagem prática da lei de proteção de dados brasileira.”

Já na terceira semana de atividades, será realizada “Ação OAB Mulher Cidadã”, no Ponto de Cem Réis, que tem como objetivo oferecer serviços odontológicos, de estética, de saúde, bem-estar, entre outros. Também será rea-

lizado um ato público contra o feminicídio e palestra sobre “Su-cesso para as mulheres”, com os palestrantes Fernanda Marinella e Paulo Nicholas. As atividades em alusão ao Mês das Mulheres serão encerradas em 29 de mar-ço, com um seminário que será realizado durante todo o dia no auditório da OAB-PB e abordará a violência contra a mulher.

Outro ponto bastante rele-vante das atividades será mos-trar para as advogadas e toda a sociedade, que empreender é um verbo que toda mulher que deseja ser bem-sucedida deve conjugar. Seja como funcionária de carreira, profissional liberal, freelancer ou empresária.

“A mulher quer mais do que trabalhar: ela deseja ter a liberdade de conquistar o seu espaço. Não o lugar onde dizem que ela deve estar, mas aquele em que ela escolheu estar”, comentou o pre-sidente da OAB-PB, Paulo Maia.

Clonagem

Turma Recursal da Capital reconhece que cartão com chip pode ser fraudado

A Primeira Turma Re-cursal Permanente da Capi-tal reconheceu a possibilida-de de clonagem de cartões com chip. O fato se deu no julgamento do Recurso Ino-minado, sob a relatoria do juiz José Ferreira Ramos Júnior. O recurso foi inter-posto pelo Banco do Bra-sil, questionando sentença proferida nos autos da Ação de Indenização por Danos Morais e Materiais proposta por Patrícia Matias da Silva. A autora alega que sofreu vários saques e descontos em sua conta-corrente de fora do país, mais precisa-mente da Alemanha.

Na Justiça de 1º Grau, o Banco do Brasil foi conde-nado a pagar uma indeniza-ção no valor de R$ 4 mil a título de danos morais e R$ 11.831,66 por danos mate-riais. Ao apelar da sentença, alegou que o chip contido nos cartões armazena cha-ves criptografadas inaces-síveis, que não podem ser copiadas em processo de clonagem, logo não há de-feito no serviço. Informou, ainda, que as operações foram realizadas na agên-cia situada na Rua Treze de Maio em João Pessoa. Reba-teu os danos morais e mate-riais e pleiteou pela impro-

cedência dos pedidos.Em seu voto, o relator

do recurso destacou que, conforme sites especializa-dos na área de tecnologia, como o Ecommercenews, existe a possibilidade de clonagem de cartões com chip. No caso dos autos, ele observou que o extrato da cliente apresenta compras e saques realizados na mes-ma data (25/07/2016 e 27/07/2016) dentro e fora do país, o que seria impos-sível. “Assim, não prospera a alegação da instituição ban-cária no sentido de que as transações foram efetuadas pela autora na agência Tre-

ze de Maio em João Pessoa”, afirmou o relator, para quem houve falha na segurança do serviço prestado pelo banco.

“Nos termos do artigo 14, §1º, do Código de De-fesa do Consumidor, pode-mos classificar o serviço prestado como defeituoso. Isso porque não forneceu a segurança que a consu-midora dele podia esperar. Desta forma, as consequên-cias não podem ser assu-midas integralmente pela recorrida”, enfatizou o juiz José Ferreira Ramos Júnior, negando provimento ao re-curso e mantendo a senten-ça em todos os termos.

Estela: “Se existe uma desigualdade na sociedade, é a desigualdade que diferencia homens e mulheres e não existe nada de diferente entre homens e mulheres”

Foto: Secom-PB

Citando uma reportagem do jornal El País, Estela Bezer-ra revelou que a participação das mulheres na representa-ção política cresceu cerca de 4,5% na última década. No mundo, esse crescimento foi de 18%. “Nós somos 11,3% da representação do Con-gresso Nacional, e nós somos 51,4% da população”, infor-ma. “O Brasil ficou na 161ª posição, de 186 países. Para se ter uma ideia, a gente per-de para o norte da África, nós perdemos para todos os paí-ses da América Latina e a pre-visão é que a gente chegará a ter igualdade de gênero na re-presentação do Congresso em 2080”, acrescenta Estela.

Durante o programa, a parlamentar paraibana tam-bém criticou auxiliares do Governo Bolsonaro. “Mais pe-rigosa do que Damares (mi-nistra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos que

chegou a dizer que menina deveria vestir rosa e menino, azul) são ministros da Edu-cação que tentam proibir dis-cussões de igualdade de gêne-ro ou diversidade de gênero nas escolas. Esse (debate) vai dizer, por exemplo, para a me-nina que ela não é menos que o menino, e para o menino, que ele não pode usar a for-ça física contra alguém que é mais frágil que ele e que ele tem que usar o diálogo, e que ensina a civilidade e o respei-to mútuo e recíproco dentre as pessoas, independente de sexo”, compara, antes de ar-rematar: “Ou um presidente que acha que ele fraquejou quando ele diz que teve uma filha. Isso é muito mais pe-rigoso, porque ele autoriza, simbolicamente, a ideia de que mulher é menos, e que por ser menos, ela pode esta em menor grau, sendo assisti-da em qualquer área”.

No Congressso Nacional

Dia Internacionalda Mulher

demarço

UNIÃO A João Pessoa, Paraíba - SEXTA-FEIRA, 8 de março de 2019

Calendário de ações será lançado hoje e inclui a criação da Patrulha Maria da Penha e assinatura de contratos do Empreender

Dia da Mulher: Estado realizará 50 atividades ao longo do mês

O governador João Azevêdo lança hoje, às 10h, no Palácio da Redenção, o calendário de ações alu-

sivas ao Dia Internacional da Mulher, que ocorrerá durante todo o mês de março, numa realização da Secretaria de Estado da Mulher e da Diver-sidade Humana, em parceria com outras secretarias, ór-gãos e instituições. Também anuncia a criação da Patrulha Maria da Penha, mais um Cen-tro Estadual de Referência da Mulher na cidade de Sumé, na região do Cariri, assina contratos do Programa Em-preender, que beneficiarão mulheres e associações femi-ninas, e lança a campanha pu-

blicitária “Sororidade – Juntas Podemos Mais”.

Mais de 50 atividades serão realizadas durante o mês, envolvendo o trabalho interinstitucional de órgãos e instituições do governo, como Segurança Pública, Cultura, Saúde, Educação, Economia Solidária, Ação Penitenciária, Cagepa, Funda, Emater. No sábado (9), às 21h, na Praça do Povo do Espaço Cultural, as cantoras Céu e Daúde farão show celebrativo abrindo a programação cultural da Fu-nesc, com entrada gratuita.

O governador João Aze-vêdo assinará um termo de cooperação com o Tribunal de Justiça da Paraíba para im-plantação da Patrulha Maria da Penha. O governo entrará com as ações em conjunto de-

senvolvidas pela Secretaria de Segurança e Defesa Social (Sesds), por meio daPolícia Militar, Polícia Civil, Coor-denação das Delegacias Es-pecializadas de Mulheres e Secretaria da Mulher e da Di-versidade Humana.

O trabalho começará em 27 cidades da Paraíba, incluindo a Região Metro-politana de João Pessoa, e será parte do Programa Mu-lher Protegida do Programa Paraíba Unida pela Paz. A patrulha realizará um tra-balho ostensivo preventivo para acompanhar mulheres em situação de violência do-méstica e familiar e de moni-toramento do cumprimento das medidas protetivas de urgência e medidas judiciais contra os agressores.

Trauma de JP dá início aprojeto de educação médica

Visando capacitar a classe médica, o Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, deu início ao programa de Edu-cação Médica Continuada. As reuniões acontecem mensal-mente, no auditório da ins-tituição, e pretende entrar no calendário de atividades permanentes da unidade de saúde.

Para o gerente médico e coordenador do progra-ma, Fagner Dantas, tem sido muito importante estes mo-mentos para discutir sobre a qualidade no atendimento ao paciente, como também aproximar mais a equipe, já que a rotina é corrida. “Mensalmente escolhemos

um caso emblemático ou de grande repercussão, que ne-cessitou ser visto por vários médicos, para avaliar todas as etapas de atendimento deste paciente, e consequen-temente planejar melhor o atendimento médico”, res-saltou.

A última reunião acon-teceu no dia 26 de fevereiro e contou com participação de um bom número de médi-cos, entre eles o clínico geral e intensivista Breno Gracio-so, que pretende participar sempre que puder das re-uniões. “Uma iniciativa ex-celente, mesmo tendo uma carga muito preenchida, pre-tendo participar de todos os eventos, que eu tiver acesso. É muito bom, pois no final,

todos aprendem com os ca-sos”, frisou.

Dantas ressaltou que o hospital conta com um quadro de 438 médicos, di-vididos entre mais de 30 especialidades. “Nossa ins-tituição oferece, quase que diariamente, casos de gran-de destaque na medicina, e que pode ser objeto de estudo e aperfeiçoamento. Sempre estamos procurando nos aperfeiçoar no que fa-zemos, e, por isso, o projeto de educação continuada foi pensado. Pegamos o pron-tuário referente ao caso que estamos debatendo e refaze-mos todos os passos, assim nos capacitamos, bem como verificamos novas possibili-dades de tratamento.

Atendimento à população

Unidades de saúde prestam homenagens no 8 de Março

Cuidados pessoais e exames

Unidades de serviço ligadas à Secretaria de Es-tado da Saúde (SES) prepa-raram uma programação especial para comemorar o Dia Internacional da Mu-lher, celebrado nesta sexta-feira, 8 de março.

A Maternidade Frei Damião, por meio do Nú-cleo das Ações Estratégi-cas Especiais, montou uma programação especial em comemoração à data. Dis-tribuição de brindes, roda de conversa, palestras, en-tre outras atividades, farão parte da programação.

As atividades come-çam nesta sexta-feira (8), às 10h, com a distribuição de brindes para todas as mulheres. Já no sábado (9), às 15h, acontecerá a distri-buição de 65 brindes pela Igreja Adventista do 7º Dia. Na quinta-feira (14), às 9h, acontecerá uma roda de

conversa com as mulheres do ambulatório, além de café da manhã.

Dando continuidade às atividades, na terça-feira (19), às 9h, será ministrada uma palestra sobre violência sexual e sobre amamenta-ção. Na quinta-feira (21), às 9h, acontecerá uma palestra sobre saúde da mulher que abordará pré-natal, puerpé-rio e planejamento familiar. Para fechar a programação, na quinta-feira (28), às 9h, será realizada uma palestra sobre a importância da pre-venção ao câncer de mama e autoexame.

Além das atividades, a unidade de saúde, em parceria com o Centro Es-pecializado de Diagnóstico do Câncer (CEDC), oferta-rá exames preventivos ao câncer da mama para todas as servidoras, a exemplo da mamografia.

PatosA Maternidade Dr. Pe-

regrino Filho, de Patos, pres-tará uma homenagem hoje a pacientes e funcionárias com mensagens alusivas ao 8 de março, entrega de brin-des e realização de palestras itinerantes nos alojamentos sobre temas de interesse do universo feminino.

A comemoração do Dia Internacional da Mulher acontecerá em todos os se-tores da unidade, ao longo do dia, com as palestras e distribuição de brindes. As refeições (café da manhã, almoço e ceia) vão ter um cardápio especial e diversi-ficado. As ações serão coor-denadas pela equipe de Hu-manização da unidade, que reúne profissionais de di-versos setores e as palestras serão dadas por acadêmicos e preceptores de Enferma-gem nos alojamentos.

Foto: Secom-PB

Na Maternidade Frei Damião haverá distribuição de brindes, roda de conversa, palestras e outras atividades

DER-PB autua 123 motoristas durante operação de carnaval

O Departamento de Es-tradas de Rodagem da Paraíba divulgou ontem à noite que a Operação Carnaval Seguro 2019 fez 1.200 abordagens, que resultaram em 123 au-tuações do dia 1º ao dia 5 de março nas rodovias PB-041 (Rio Tinto/Marcação/Baía da Traição); PB-025 (BR-101/Lucena); PB-019 (PB-025/Igreja da Guia); PB-018 (BR-101/Conde/Jacumã e PB-008/Jacumã. A operação foi lançada com o objetivo de promover a segurança nas ro-dovias do Litoral paraibano.

A Gerência de Transportes do DER informou que as blitze tiveram o objetivo de fiscalizar e promover a educação para o trânsito. O maior número de autuações ocorreu por causa do não uso do cinto de segu-rança e falta de licenciamento de veículos. Muitas autuações foram feitas a motociclistas sem habilitação. As equipes do DER atuaram em conjunto com a Polícia Militar, BPtran e Cor-po de Bombeiros. Lembrando ainda que nas rodovias fiscali-zadas não aconteceu nenhum acidente durante o Carnaval.

Essas ações de fiscalização

Equipes do DER atuaram em conjunto com PM, BPtran e Corpo de Bombeiros

de trânsito e transportes já fa-zem parte do planejamento do DER, mas foram intensificadas durante o feriado prolongado. Em paralelo com as ações de fiscalização foram feitas ações educativas para um ‘Trânsito Seguro’, com distribuição de material informativo contendo dicas sobre cinto de segurança, cadeirinha para criança, veloci-dade, bebida alcoólica, sinaliza-ção, vagas de estacionamento obrigatórias, entre outras.

A Operação Carnaval Se-guro terminou na quarta-feira com um trabalho de fiscaliza-ção nas balsas Cabedelo e Costi-

nha. No período de Carnaval, as balsas transportaram 13.954 veículos entre caminhões, tra-tores, carros de pequeno porte e motos. Neste feriado, os ho-rários foram ampliados, sendo que na sexta-feira os trajetos prosseguiram até as oito horas da noite. Entre sábado e terça-feira, as pessoas puderam fazer as viagens até as dez horas da noite. Na quarta-feira de Cin-zas, o horário voltou ao nor-mal. Já o Terminal Rodoviário de João Pessoa esteve prepara-do para atender a demanda da população que, nesse período festivo, tende a crescer.

Foto: Secom-PB

Odebrecht não podeter contasbloqueadas

3 bairros da capital ficam sem água hoje

Editoração: Bhrunno FernandoEdição: Renata Ferreira

Já o Hospital Geral de Taperoá (HGT) realizará atividades de hoje até a segunda-feira (11). Na pro-gramação estão palestras, testes de glicemia, entrega de brindes e ações de cui-dados pessoais.

No primeiro dia, as ações serão voltadas para as usuárias do serviço. Se-rão apresentados vídeos informativos, mensagens e fotos sobre a importância da mulher na sociedade,

além de uma palestra so-bre o tema “Violência con-tra a mulher”, ministrada por uma assistente social e uma psicóloga.

As atividades do sá-bado (9) serão voltadas para as mulheres da zona rural e urbana, participan-tes da feira de Taperoá. Serão ofertados serviços como aferição da pressão arterial, teste de glicemia, além da entrega de folders, material educativo e men-

sagens em homenagem às mulheres.

Já na segunda-feira (11), o HGT promove um dia dedicado às colaborado-ras do hospital. Serão reali-zadas oficinas de cuidados pessoais e ações voltadas para o bem-estar das traba-lhadoras como relaxamen-to, massagem. O evento será finalizado com uma missa em Ação de Graças e um momento de confraterniza-ção entre as servidoras.

A Companhia de Água e Esgotos da Paraí-ba (Cagepa) vai suspen-der o abastecimento de água em três bairros de João Pessoa hoje, para executar uma manuten-ção preventiva no con-junto motor-bomba do reservatório R-07, loca-lizado no bairro de Man-gabeira.

Em decorrência dos trabalhos, o abas-

tecimento de água será interrompido, das 8h às 21h, nas seguintes localidades: Mangabei-ras (do I ao VIII), Jardim Cidade Universitária e Conjunto Cidade Verde.

Mais informações sobre os serviços exe-cutados pela Cagepa po-dem ser obtidas gratui-tamente pelo telefone 115, que também aten-de ligações de celular.

A Terceira Turma do Tri-bunal Regional Federal (TRF4) da 4ª Região, sediado em Porto Alegre, confirmou, por unani-midade, que a Odebrecht não pode ter contas bloqueadas em função do acordo de le-niência assinado com o Go-verno Federal no âmbito das investigações da Operação Lava Jato. A decisão foi pro-ferida na semana passada e divulgada ontem à noite.

UNIÃO AJoão Pessoa, Paraíba - SEXTA-FEIRA, 8 de março de 2019 5

Ocupação irregularCasas construídas em áreas de invasão têm sido cada vez mais comuns em João Pessoa. Além do risco aos moradores, as construções podem degradar o meio ambiente. Página 8

Foto

: Ort

ilo A

ntôn

io

Dividida em duas etapas, a obra está recebendo investimentos superiores a R$ 5 milhões do tesouro estadual O governador João Aze-

vêdo inspecionou ontem o andamento das obras do Eixo das Nações, que vai interligar pontos extremos de Campina Grande e irá desafogar o trân-sito no Centro da cidade. A obra – dividida em duas etapas - está recebendo investimen-tos superiores a R$ 5 milhões do tesouro Estadual e é con-siderada uma das principais ações de mobilidade urbana na Rainha da Borborema. Deputados, vereadores, lide-ranças da região e auxiliares do governo acompanharam o gestor na visita às obras.

Na ocasião, o chefe do Executivo estadual destacou que a ação do governo facilita-rá o deslocamento e garantirá o conforto de quem trafega pela área. “O governo vem investin-do muito nessas intervenções nas grandes cidades e Cam-pina Grande precisava desse Anel que vai facilitar muito para quem vem do Brejo em direção ao Sertão e que poderá passar por aqui sem enfrentar o Centro da cidade, o que causa transtorno para todo mundo. Com essa obra, o Governo do Estado está resolvendo, em de-

finitivo, um problema de mobi-lidade urbana”, enfatizou.

Na primeira etapa estão sendo contempladas as Ruas Frei Damião Bozano, Vereador Benedito Mota, Maestro Nelson Ferreira e Antônio Alves Lima. Já a segunda etapa terá início na Rua XV de Novembro e segue até a Rua Sem Nome, no Bairro do Araxá. Quando concluída, as pessoas que desejarem se deslocar até as universidades (UEPB ou UFCG), por exemplo, não terão mais de passar pelo Centro da cidade, porque pode-rão utilizar a via expressa.

De acordo com a superin-tendente da Suplan, Simone Guimarães, a primeira etapa do Eixo das Nações deve ser concluída em até 70 dias, a de-pender das chuvas, e está rece-bendo investimentos de aproxi-madamente R$ 3 milhões. “Nós já estamos colocando CBUQ na primeira etapa e a parte de pavimentação asfáltica, terra-planagem e drenagem já está pronta e pretendemos terminar essa fase com a iluminação pú-blica que já foi contratada e vai começar em 30 dias”, declarou.

Ela também explicou que a segunda etapa já foi iniciada

João inspeciona o andamento das obras do Eixo das Nações

Editoração: Ulisses DemétrioEdição: Denise Vilar

Foto: Francisco França

Uma das principais ações de mobilidade urbana em Campina Grande, o Eixo das Nações vai interligar pontos extremos da cidade, desafogando o trânsito no Centro

e deve ser entregue até agosto. Nesta fase, os principais serviços que serão executados são: terra-plenagem, pavimentação asfál-tica, calçada de ambos os lados, sinalização, iluminação pública, além das obras complementares que incluem piso em concreto,

rampa em calçada de passeio e piso tátil direcional ou alerta de concreto para deficientes visuais.

O comerciante Nicome-dos Cardoso comemorou o investimento do Estado na região. “Essa obra só vem nos favorecer porque aumenta o

movimento do meu comércio, pois aqui é uma rotatória; uma entrada para Campina Grande. Enfim, só teremos melhorias a partir de agora”, falou.

Mototaxista há 15 anos na Rainha da Borborema, João Batista da Silva relatou que a

ação do governo já está melho-rando sua rotina de trabalho. “Agora, eu consigo me deslo-car com mais agilidade, ganhei tempo nas minhas corridas e está sendo importante para quem trafega diariamente por esse trecho”, disse.

UNIÃO A João Pessoa, Paraíba - SEXTA-FEIRA, 8 de março de 2019

Homicídios diminuíram 35% e roubos e furtos de veículos, 24% em relação ao mesmo período do ano passado

Os crimes violentos le-tais intencionais (CVLIs) e os furtos ou roubos de veícu-los tiveram uma queda con-siderável durante o feriado do Carnaval no Estado da Paraíba. Os números foram divulgados na manhã de on-tem pelo secretário de Segu-rança e da Defesa Social da Paraíba, Jean Nunes, duran-te coletiva sobre o término da Operação Carnaval 2019, que teve duração de cinco dias, envolvendo Polícia Ci-vil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. "Os números foram positivos, o que de-monstra a importância do planejamento das ações da força policial no combate ao crime", avaliou o secretário.

Ele observou que os crimes violentos letais in-tencionais estão em queda há quatro anos durante os carnavais (uma queda de aproximadamente 58% nos últimos quatro anos). Nesse Carnaval, a redução foi de 35% em relação ao ano de 2018. Nos festejos momes-cos deste ano, foram regis-trados 11 crimes desse tipo. Em 2018 aconteceram 17. Os crimes letais nesse Car-naval foram registrados nos seguintes dias: dois na sexta-feira, um no sábado, três no domingo, dois na segunda-feira e três na terça-feira.

Jean Nunes destacou também a queda no número de furtos e roubos de veícu-los. Houve uma redução ge-ral de 24% em crimes dessa natureza. Foram 35 regis-tros neste ano, contra 46 em 2018. No total foram 29 rou-

José Alves zavieira2@gmail.com

Segurança revela redução nos crimes durante Carnaval na PB

Saulo Mendonça e a essência do haicaiMal começa e já termina. Mesmo

assim, a poesia haicai, de Saulo Men-donça, como todo haicai, pode deixar a gente pensando por horas e horas, de tanto que tem a dizer.

Na sua poesia, habita uma forma elementar de arte que valoriza a simpli-cidade, cujo objetivo é aguçar em quem

lê o espírito contemplativo e descritivo das imagens expressas no poema.

A forma curta tem mais uma vanta-gem: faz com que o texto seja ideal para ser lido por crianças, seja as que estão ainda aprendendo a ler as primeiras palavras ou as que já dominam a leitura e têm capacidade para debruçar-se sobre

os diferentes significados da poesia. Não é à toa que, ultimamente, tantos livros de haicai são lançados para o público infantil.

A poesia haicai de Saulo Mendonça é uma janela aberta que faz o olhar via-jar. É uma dualidade entre a palavra e a imagem. Sua poesia, Saulo, não deixa nada a desejar a estilo pioneiro de

Paulo Leminski, Afrânio Peixoto, Gui-lherme de Almeida, Olga Savary, entre outros. A poesia de Saulo Mendonça constitui a preciosidade deste gênero tão singular e preciso que é o haicai.

(Branca Claudino de Mesquita é professora e escritora).

Branca Claudino de Mesquita saulomendonca33@hotmail.comOpinião CONTATOS: uniaogovpb@gmail.com

Editoração: Bhrunno FernandoEdição: Denise Vilar

A Polícia Rodoviária Fe-deral finalizou a Operação Carnaval 2019 na última quarta-feira (6) registrando uma redução no número de acidentes, feridos e mortos nas rodovias federais da Pa-raíba. Durante a operação, realizada no período de 1º a 6 de março, ocorreram 20 acidentes, sendo que 24 pessoas ficaram feridas e duas vieram a óbito.

Os números de aciden-tes, feridos e mortos apre-sentaram reduções quando

comparados com a Operação Carnaval do ano anterior. Em 2018, durante a Operação Carnaval, foram registrados 41 acidentes, 40 pessoas feridas e quatro mortes. Os dados registrados este ano representam uma redução de 51% no número de aci-dentes, 40% de redução no número de pessoas feridas e 50% no número de mortes.

No BrasilEm todo o país foram re-

gistrados 1.157 acidentes de

trânsito em rodovias federais durante esse Carnaval, o que representa uma redução de 24% quando comparado com o mesmo feriado prolongado do ano anterior. O número de pessoas feridas foi de 1.464, quantidade 7% menor do que o registrado na Operação Carnaval 2018, quando ocor-reram 1.569 feridos. A quan-tidade de vítimas fatais nesse período carnavalesco foi de 83 pessoas, o que represen-ta uma redução de 19% dos dados registrados na Ope-

ração de 2018, quando 103 pessoas morreram.

FiscalizaçãoDurante todo o período

da Operação Carnaval fo-ram intensificadas as ações de fiscalização em todas as rodovias federais do Esta-do. Ao todo foram fiscaliza-dos 4.804 veículos, 4.710 pessoas foram abordadas, 1.546 testes de etilômetro foram realizados, sendo 60 pessoas flagradas dirigindo sob efeito de álcool e 1.860

infrações de trânsito diver-sas foram flagradas.

Excesso de velocidadeA PRF intensificou du-

rante todo o período da Operação a utilização dos radares portáveis para coi-bir o excesso de velocidade nas rodovias federais do Es-tado. Nesse período, 3.027 motoristas foram flagrados dirigindo com excesso de velocidade, o que represen-tou um aumento de 333% quando comparada com a

mesma operação do ano anterior, quando foram fla-grados 699 motoristas com excesso de velocidade.

CriminalidadeAs ações de enfrenta-

mento à criminalidade tam-bém foram intensificadas du-rante esse período. Ao todo foram detidas 16 pessoas, três armas de fogo foram apreendidas, cinco veículos roubados foram recuperados e 150 comprimidos de anfe-taminas foram apreendidos.

Número de acidentes nas rodovias federais cai 51%

bos de motocicletas e seis de automóveis.

PrisõesDurante o Carnaval, a

Polícia Militar da Paraíba fez 270 prisões e apreensões, realizando blitze em diversos municípios, juntamente com os homens da Operação Lei Seca, que realizaram 870 tes-tes de alcoolemia resultando na autuação de 93 conduto-res dirigindo seus veículos sob o efeito de álcool. Desse

total, dois motoristas foram conduzidos à delegacia pela prática de direção perigosa e embriaguez ao volante.

Nesse período, também foram realizadas fiscaliza-ções preventivas, envolvendo os policiais militares, os po-liciais civis e os bombeiros, que monitoraram mais 110 quilômetros de praia. Para se ter uma ideia do trabalho dos Bombeiros, durante todo o fe-riadão do Reinado de Momo só foi registrado um óbito

por afogamento. Eles conse-guiram salvar 23 pessoas de possíveis afogamentos.

O secretário revelou também que a campanha so-bre importunação sexual foi muito forte, o que provocou a redução de prisões durante o Carnaval. Sobre importuna-ção sexual, foram registrados três casos que aconteceram nas cidades de Campina Gran-de e João Pessoa. "Nossa meta foi garantir a tranquilidade do cidadão e nesse trabalho

ostensivo e preventivo a Ope-ração Carnaval teve resultado positivo na redução de cri-mes", enfatizou Jean Nunes.

Ainda durante o Carna-val, foram feitas 40 prisões por violência doméstica. Ou seja, 47 mulheres em situa-ção de violência foram aten-didas pela Polícia Civil. Para o delegado-geral da Paraíba, Isaías Gualberto, esses regis-tros mostram que as mulhe-res estão procurando mais a ajuda da polícia nos casos de

violência doméstica.Numa avaliação geral

sobre a Operação Carnaval 2019, o secretário Jean Nunes pontuou que a operação foi vi-toriosa. "À medida em que os eventos vão ocorrendo, a gente vai montando planejamentos. Estamos sempre nos sentin-do desafiados a fazer melhor. Precisamos transformar es-tratégias, sempre buscando novas formas de fazer policia-mento e também campanhas preventivas", finalizou.

Foto: Marcos Russo

Números da Operação Carnaval 2019 foram divulgados ontem durante entrevista coletiva na

sede da Secretaria de Segurança e da Defesa Social

UNIÃO AJoão Pessoa, Paraíba - SEXTA-FEIRA, 8 de março de 2019 7Paraíba

Atividades que acontecem durante todo o mês em vários municípios do estado integram a Jornada das Mulheres

Dezenas de ati-vidades, entre atos públicos, marchas, pa-lestras, mobi-lizações, ofi-cinas e outras

ações serão realizadas durante este mês de março, na Jornada das Mulheres, promovida por organizações e agrupamentos de mulheres em toda a Paraí-ba. Na capital, o ato público será realizado hoje, às 14h, com concentração em frente ao Teatro Santa Roza, na Pra-ça Pedro Américo, com o tema "Mulheres Vivas, Livres e por Direitos: Somos todas Mariel-le". As atividades fazem parte de uma agenda global da luta das mulheres por mais direitos e menos violência.

A programação é descen-tralizada e se estende de João Pessoa a Cajazeiras, que tam-bém terá um ato público hoje pela manhã. Em Patos, o ato público denunciará como a Reforma da Previdência pre-judica a vida das mulheres, enquanto Remígio recebe no dia 14 a Marcha pela Vida das Mulheres e pela Agroecologia.

O ato em João Pessoa lem-bra o assassinato da vereado-ra Marielle Franco, há um ano, no Rio de Janeiro, cuja investi-gação aponta para milicianos. Marielle era vereadora pelo PSOL e defensora das causas sociais. Sua morte, ainda sem solução, vem sendo lembra-da em atos no país inteiro na busca de respostas e justiça. No Carnaval, blocos e escolas de samba também realizaram homenagens.

Para Socorro Borges, uma das organizadoras do ato, este ano o desafio de organizar a jornada ainda é maior, por-que também traz à tona as violações de direitos que vêm sendo retirados com o atual governo através das reformas trabalhista e previdenciária, que atingem toda a sociedade, porém às mulheres de modo mais significativo. Além dis-so, de acordo com Socorro, há também a escalada do femini-cídio e da violência contra as mulheres.

“O 8M de 2019 nos traz de volta às ruas em um grande e colorido coletivo de mulhe-res que se unem, mais uma e

tantas vezes para afirmar que é possível uma sociedade sem opressão, sem exploração, sem racismo, sem discrimi-nação sexual e sem violências. Estamos nas ruas ainda para cobrar punição aos assassi-nos de Marielle e de todos os jovens negros e negras as-sassinados pelo racismo ins-titucional. Estamos nas ruas para denunciar as mortes de nossos parentes indígenas e cobrar demarcações se suas terras”, pontuou Socorro.

Outro eixo da programa-ção são as ações culturais, que envolvem exposições, sessões de filmes, batucadas e feiras em todo o Estado, durante todo o mês de março, como o Festival Marielle Vive. Confor-me a artista Gláucia Lima, esse é um momento de dialogar entre as diferentes práticas para mostrar à sociedade as pautas das mulheres. “É muito importante quando a cultura assume o discurso de gênero e tem, nas suas práticas, ações voltadas para o empodera-mento da mulher. As ações conjuntas do 8M vêm reafir-mar isso”, resumiu Gláucia.

Atos públicos e mobilizações marcam o 8 de Março na PB

Editoração: Ulisses DemétrioEdição: Denise Vilar

Foto: Divulgação

Na capital, a programação será aberta hoje à tarde, no Centro, com um ato pelo Dia Internacional da Mulher

Em Campina Grande

Mulheres protestam contra a reforma da Previdência

“Pela vida das mulhe-res, somos todos Marielle. Em defesa da Previdência, dos direitos e das liberda-des democráticas”. Este é o chamamento do Bloco Mulheres em Luta, para a Marcha, que será reali-zada na tarde de hoje, em Campina Grande. A con-centração será a partir das 15h, na Praça da Bandeira, como parte das comemo-rações alusivas ao 8 de Março, Dia Internacional da Mulher.

A professora Luciana Leandro da Silva, diretora da Associação dos Docen-tes da Universidade Fe-deral de Campina Grande (UFCG), uma das entidades organizadoras do evento, alerta para o número de assassinatos de mulheres. “No Brasil chega a quase 300 casos de feminicídios, afora aqueles que não che-gam a ser denunciados ofi-cialmente”, disse Luciana.

“Então, nós vamos marchar neste dia 8 de março, estamos em clima de carnaval, vamos formar o Bloco Mulheres em Luta, que vai sair a partir das 15h da Praça da Bandeira, para que Campina Grande também participe desse conjunto de manifestações em todo o Brasil”, ressal-tou a professora Luciana.

O lema central é “Pela Vida das Mulheres somo todas Marielle”, numa alu-são ao assassinato da ve-readora Marielle Franco e de seu motorista Anderson

Gomes, no Rio de Janeiro. “Nós pedimos justiça ao assassinato de Marielle, que ocorreu em março do ano passado”, reforçou a dirigente da ADUFCG.

DestruiçãoAlém da violência

contra as mulheres, ou-tros temas como a refor-ma da Previdência e a reforma trabalhista com-põem a pauta da Marcha das Mulheres neste dia 8 de março. “Este ano nós também trazemos a pauta das reformas e uma delas é a destruição da Previ-dência. A gente sabe que a reforma é injusta para as mulheres, cuja maioria é composta de trabalhado-ras informais, sem cartei-ra assinada; e essa refor-ma vem dificultar ainda mais o acesso ao direito, que é a Previdência So-cial”, esclareceu.

“Nós mulheres es-tamos marchando neste ano, principalmente em defesa dos nossos direitos e contra a reforma da Pre-vidência, que na verdade é uma forma de destruição da Previdência no Brasil”, destacou a professora Lu-ciana Leandro, da Unidade Acadêmica de Educação da UFCG.

Crime de MarielleNo que se refere ao

assassinato da vereado-ra Marielle Franco, do PSOL, no Rio de Janeiro, em março de 2018, no en-tendimento da professora Luciana Leandro, não há interesse das autoridades

na elucidação do crime e punição dos culpados. “A gente sabe que não há in-teresse das autoridades brasileiras em elucidar, identificando não só quem matou, mas quem mandou matar”, sustentou Luciana.

Segundo ela, é im-perioso que se informe à população quem foram os executores e os mandan-tes do crime de Marielle Franco e do seu motoris-ta. Luciana assegura que o atual Governo não tem esse interesse, partindo do princípio da ligação, já divulgada, de milicianos (ex-policiais) vinculados a políticos governistas, com o crime da vereadora ca-rioca, que tem raízes fami-liares na Paraíba.

Ainda de acordo com a professora, a demora na elucidação do crime e punição dos criminosos chega a ser propositada, pelo fato, do resultado da investigação, comprome-ter, de alguma forma, o atual Governo. “Não inte-ressa às autoridades essa elucidação, o que pra nós é algo muito triste”, con-cluiu Luciana.

Escolas recebem atividades sobre prevenção à violência

Em alusão ao Dia In-ternacional da Mulher, co-memorado em 8 de março, a Secretaria de Estado da Educação e da Ciência e Tec-nologia (SEECT) mobiliza a comunidade escolar nas 14 Gerências Regionais de Ensino (GRE) para rodas de conversas com o tema ‘Pre-venindo a violência: o prota-gonismo juvenil na equida-de de gênero nas escolas da Rede Estadual’. As rodas de conversa terão início na ter-ça-feira (12), seguindo até o dia 17 de abril.

A abertura da ação ocor-re hoje na sede da secretaria, a partir das 9h, e também nas 14 Gerências Regionais, que irão discutir o tema em todo o Estado durante o planeja-mento pedagógico realizado com gestores e professores. A partir da terça-feira (12) serão realizadas duas rodas de conversas com 40 horas

de duração em duas escolas de cada Gerência Regional, totalizando 112 horas de formação com a comunidade escolar e local.

Organizado pela Gerên-cia Executiva de Diversidade e Inclusão (GEDI) da SEECT, a ação tem como objetivo trazer o conhecimento da história de lutas, violência, leis e vitórias conquistadas pelas mulheres no Brasil, visando o protagonismo ju-venil das mulheres e o forta-lecimento da cultura de paz.

Também busca fomen-tar discussões sobre a im-portância da mulher e do seu papel na sociedade, seus avanços sociais e profissio-nais, informando sobre os direitos e deveres da mu-lher, a fim de que se tornem cada vez mais protagonistas em busca do seu espaço.

A atividade acontece em parceria com órgãos

estaduais de defesa e pro-teção à mulher; Secreta-ria de Estado da Mulher e da Diversidade Humana (SMDH/PB); Secretaria de Estado da Saúde (SES/PB) e a Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa So-cial (SESDS/PB).

Também vai contar com o apoio da Secretaria de Estado da Saúde para montar nas escolas onde será realizada as rodas de conversas uma tenda de serviços de prevenção à saúde da mulher.

De acordo com a GEDI, a ação não se encerra em abril. Durante o ano letivo de 2019, as escolas terão um calendário de atividades interdisciplinares tratando da prevenção da violência contra a mulher e um dia para sua culminância a ser apresentada para toda a co-munidade.

Direitos da mulher são tema de encontro em JP

O 3º Encontro de Mulheres Paraibanas da Rede de Educação Cida-dã (Recid) acontece hoje e amanhã, no Mosteiro de São Bento, em João Pes-soa, com o objetivo de propor uma análise crítica de como o cenário antes e durante o pleito eleitoral reforçou a situação de vio-lência contra as mulheres.

Na programação de hoje, as mulheres que participam do encontro juntam-se à Mobilização de Enfrentamento às Vio-

lações e Retirada de Di-reitos, organizada pelo movimento feminista na Paraíba, e levam para as ruas o slogan "Onda lilás: por direitos, quando as mulheres se juntam o po-der se espalha".

"Diante das dificul-dades que surgem, com o cenário político desenha-do atualmente, percebe-mos e comungamos com a urgência de realizar um encontro estadual de mu-lheres, costurando os pe-daços de tudo o que nos

custou nesse pós-proces-so eleitoral, sem dúvida, o mais dolorido das nos-sas vidas. Tecemos ideias, traçamos estratégias para potencializar espaços co-muns, onde as mulheres possam se juntar, se aco-lher e se fortalecer para a luta que este ano não vai nos dar trégua", resumiu Dora Delfino, educadora da Recid. O evento espera contar com a participação de 55 representante de grupos do Litoral ao Ser-tão da Paraíba.

Chico Joséchicodocrato@gmail.com

Concentração será a partir das 15h, na Praça da Bandeira,

como parte das comemorações alusivas

ao 8 de Março, Dia Internacional da Mulher

Dia Internacionalda Mulher

demarço

UNIÃO A João Pessoa, Paraíba - SEXTA-FEIRA, 8 de março de 2019

Mesmo com ameaça de chuva, o movimento nas praias de Cabede-lo durante o Carnaval foi intenso. As

praias ficaram lotadas de banhistas ou simplesmente de pessoas que queriam apenas fazer caminhada, comerciantes que alugam cadeirinhas com guarda-sol, passeios em embarcações, vende-dores ambulantes de diversos produtos tiveram um dia de grande faturamento

na terça-feira, último dia do Carna-val. A tranquilidade e a qualidade das águas nas praias do município chama-ram a atenção de turistas que elogia-

ram a temporada no Carnaval.

Baía da Traição

Cabedelo II: CaBedelon A embarcação Catamarã 100% Lazer 10 está com um animado passeio para o próxi-mo domingo que contará com o show da Banda Tuareg’s. A embarcação, com capacida-de para até 330 pessoas, é equipada com banheiros nos dois pavimentos, material de segurança, coletes salva-vidas, vistoriada pela Capitania dos Portos da Paraíba. Com o tema “Tuareg’s a Bordo”, a concen-tração será a partir das 11h no píer da Praia do Jacaré e o embarque no catamarã será às 12h. Informações no (83) 98709-2377, (83) 98881-2044 ou (83) 99840-4858.

JardIm BoTânICo

O Jardim Botânico Benjamin Maranhão, que é gerenciado pela Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), funciona de terça a sábado, das 8h às 16h30. Os ensaios fotográficos e vídeos se encerram às 16h. As escolas e grupos com mais de dez pessoas que quiserem visitar o Jardim, que fica na Avenida Dom Pedro II, bairro da Torre, devem ligar para os telefones: (83) 3218-7880 ou 3218-7881, para realizar agendamento. Todas as atividades são gratuitas.

areia

nnn Falar em casos do empreendedorismo de sucesso na Paraíba na área do turismo é impossível não destacar a Comunidade Chã de Jardim, limite do município de Areia com a cidade de Remígio, região do brejo paraibano. Foi lá que a empresária Luciana balbino, hoje proprietária do restaurante rural Vó Maria e do Camping & Hotel de barraca, iniciou um trabalho junto à comunidade, fazendo rifas, bingos, organizando festas e vendendo lanches para arrecadar dinheiro e ajudar aos residentes do local. A sobrevivência vem do trabalho na produção da polpa de frutas, artesanato feito com a folha da bananeira, piquenique na mata, trilha ecológica, restaurante rural Vó Maria e o Camping & Hotel de barraca. Vale a pena conferir. Informações (83) 99998-2597.

Fotos: Teresa Duarte

nnnnnnnnnnnnnn

nnnnnnnnnnnnnn

Se você quer desfrutar do turismo de vivência e experiência na vida, costumes e gastronomia dos índios brasileiros uma boa opção é uma visita a Aldeia São Francisco. Essa é a primeira aldeia indígena do município de Baía da Traição, que fica localizado no Litoral norte da Paraíba, vizinho às cidades de Marcação e Rio Tinto, distante aproximadamente 90 km de João Pessoa. É uma região bastante visitada, principalmente pela presença de índios potiguaras.

Paraíba: todos os cantos Teresa duarteteresaduarte2@hotmail.com

Além de invadir o espaço público, as casas que ocupam áreas inadequadas na capital são um risco aos moradores

Casas que ocupam luga-res considerados irregulares. Sejam construídas entre o concreto de um viaduto se equilibrando no início da la-deira da Avenida Tito Silva, em Miramar, ou na barreira do Cabo branco, logo atrás de uma placa degradada, mas que informa: “área de preservação”, são comuns em João Pessoa e, além de inva-dir o espaço público são um risco aos moradores.

O tijolo da casa construí-da em Miramar chega a se con-fundir com o concreto do via-duto. De tão próximos, a área inferior, que dá sustentação ao viaduto, é utilizada como uma espécie de “quintal” pe-los moradores da residência, onde roupas são estendidas em um varal improvisado. Na parte de cima, já na Avenida beira Rio, um pequeno portão dá acesso a uma escada que leva à casa, aparentemente em constante expansão, com res-tos de material de construção próximo ao local.

Outro exemplo é facil-mente encontrado na barrei-ra do Cabo branco. Uma casa transformada em restaurante tem avançado gradualmente na área verde e já foi alvo de di-

versas denúncias ambientais. O chefe da divisão de

fiscalização da Secretaria do Meio Ambiente de João Pessoa (Semam), Allison Cavalcan-ti, informou que a prefeitura tem feito o acompanhamento da residência, através das de-núncias ambientais, mas que, até o momento, nenhum cri-me ambiental foi encontrado. “Faz um bom tempo que nós acompanhamos ali e eles não estão fazendo derrubada de material na mata. O que eles fizeram na penúltima vez que tivemos foi retirar o lixo, como plástico e restos de papel que, muitas vezes, o pessoal passa por lá e joga, acumulando na-quela área. A primeira denún-cia foi feita à ouvidoria muni-cipal, no ano passado. Então fizemos fotos e constatações que realmente não se tratava de crime ambiental. Recen-temente, já nesse ano, estive-mos lá de novo, recebemos uma nova denúncia através da Sedurb, e quando chegamos, questionamos os vizinhos, inclusive foi a mesma equipe de fiscais do ano passado, e a área estava da mesma forma que foi deixada da outra vez que tivemos ali, então a de-núncia foi respondida como improcedente”, explicou.

Ele comenta que se trata de uma área invadida e que

apesar do trabalho de preser-vação realizada pela Semam, não é de responsabilidade da Secretaria do Meio Ambiente a ocupação irregular. “A edi-ficação, construir casas ou qualquer outro tipo de imóvel naquela área não é permitido por lei, mas a casa já está con-solidada ali há um bom tempo. Não só aquela casa, mas várias outras daquela área inteira. No mérito ambiental, não foi constatado nada, apenas vi-mos que realmente era uma área que havia sido invadida”.

A Secretaria de Plane-jamento de João Pessoa (Se-plan) foi procurada pela re-portagem de A União, mas, apesar das ligações terem sido atendidas, não havia uma pes-soa disponível, no momento da ligação para responder aos questionamentos.

Iluska Cavalcante cavalcanteiluska@gmail.com

Construções irregulares causam degradação ambiental em JP

editoração: Klécio Bezerraedição: denise Vilar

Violando a madrugadaQuem pensa que a folia do Carnaval ter-

minou em João Pessoa, está muito enganado. Amanhã o bairro dos Bancários será animado com a turma do bloco Violando a Madruga-da, que completa 19 anos, e se concentra sempre no sábado após o Carnaval, no Bar do Baiano, fazendo um pequeno percurso em volta do mesmo.

Casa transformada em restaurante tem

avançado gradualmente na área verde da

barreira e já foi alvo de diversas denúncias

ambientais

Casas construídas junto ao viaduto, em Miramar, e da barreira do Cabo Branco, são exemplos de ocupação irregular

Fotos: Ortilo Antônio

UNIÃO AJoão Pessoa, Paraíba - SEXTA-FEIRA, 8 de março de 2019

2o CadernoArtes cênicasPeça ‘Elas não cederão’ é atração hoje em Queimadas. Outros quatro espetáculos do projeto ‘Matriz’ serão encenados em Sertãozinho, Sossego, Matinhas e Capim Página 12

Evento gratuito será hoje no Teatro Lima Penante, com mesas redondas, vídeos e performances de teatro e dança

A 2ª edição do Chá com Arte: Atrizes em Diálogo será realizada, nesta sexta-feira, pelo Núcleo de Teatro Uni-versitário da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a partir das 17h, no Teatro Lima Penante, que se localiza na cidade de João Pessoa. O objetivo do evento, promovi-do pelo NTU, é homenagear o Dia Internacional da Mulher e a programação - gratuita e voltada apenas para as mu-lheres - inclui apresentações de performances, declama-ção de poesia e exibição de vídeos e peças de artesanato, além de uma conversa, em clima informal, a respeito de vários temas, sobretudo o universo feminino nas artes e na sociedade.

“Será um bate-papo, sob a minha mediação, a respeito de vários temas, com o obje-tivo de promover uma maior integração entre as atrizes, inclusive as que são trans. A programação começará com as apresentações nas mais diversas áreas das artes, mas sem esquecer, é claro, do tradicional chá das 5h da tarde, como bem deixa claro o título do evento. Depois é que haverá a conversa”, disse para o jornal A União a atriz Fabíola Ataíde, que também é produtora cultural do Nú-cleo de Teatro Universitário da Universidade Federal da Paraíba.

A programação inclui as seguintes atrações: na área da literatura, performance de nada mais, nada menos do que a Dama do Teatro da Paraíba, Zezita Matos, que declamará uma poesia; a

Guilherme Cabral guipb_jornalista@hotmail.com

‘Chá com Arte’ debate papel da mulher na cena cultural

Editoração: MaradonaEdição: Jãmarrí Nogueira

SERVIÇO n Evento: Chá com Arte: Atrizes em Diálogon Data: 8 de março, Dia Internacional da Mulhern Hora: 17hn Local: Teatro Lima Penante, em João Pessoan Endereço: Avenida João Machado, n0 67, Centro da cidade

bailarina e coreógrafa Kilma Farias apresentará uma per-formance de dança, enquanto Mônica Macedo vai interpre-tar trecho do monólogo inti-tulado Maria’s, espetáculo da Cia Oxente de Teatro dirigido por Antônio Deol, que tam-bém assina o texto.

Fabíola Ataíde observou que há atrizes que vão mos-trar, no evento, o resultado do trabalho que realizam em outra atividade, exercida fora dos palcos. É o caso das atrizes Margarida Santos e Penha Barreto, que peças que produziram como artesãs. “É que, normalmente, há cole-gas que ainda atuam em ou-tras áreas além do teatro”, co-mentou a produtora cultural do NTU. Ela prosseguiu infor-

mando que a atriz Marinalva Rodrigues participará do Chá com Arte apresentando um número de circo.

Outra participante do evento, Cely Farias, irá exibir alguns vídeos dos trabalhos que realizou como diretora de cinema e de teatro. Já a própria Fabíola Ataíde dis-se que também vai cantar em dueto com a atriz Sânzia Márcia. E, também, haverá performance da atriz e trans Danny Barbosa.

“A nossa rotina costuma ser bastante corrida e nem sempre é possível nos encon-tramos, por causa da agenda. Por isso, o Chá com Arte: Atri-zes em Diálogo é o momento ideal para dar uma parada e se reunir numa roda de con-

versa para falar, por exemplo, não apenas sobre o universo feminino nas artes e na so-ciedade, mas também a res-peito de outros temas, como o protagonismo feminino, o papel da mulher no teatro e nas artes. A gente vai ter uma integração maior, aproveitan-do a possibilidade desse dia de comemoração pelo 8 de março”, acrescentou Fabíola Ataíde.

Fabíola Ataíde comen-tou, ainda, que será um even-to ideal para a reflexão. “Esse diálogo vai servir para que se saia da bolha, do isolamento, permitindo que haja a inte-gração e o intercâmbio de conhecimentos entre atrizes veteranas com as da nova geração, além de ser a opor-

tunidade de se revelar o que cada uma está produzindo no momento”, comentou ela.

“É necessária a forma-ção de novas diretoras de espetáculos e de filmes. Nós sabemos que a mulher está cada vez mais assumindo o papel de protagonista em áreas como a da própria Sé-tima Arte, que há alguns anos era dominada pelos homens. Na música, principalmente a sertaneja, vem acontecendo o mesmo fenômeno, com o surgimento de duplas de mu-lheres. E isso precisa ser con-versado no bate-papo, pois avançamos, como mulheres, mas é preciso continuar, pois o caminho é longo”, disse Fa-bíola Ataíde, que considerou “ótima” a 1ª edição do Chá

com Arte: Atrizes em Diá-logo, realizada em 2018. “A resposta foi muito positiva”, garantiu ela, acrescentando que a ideia é que o evento aconteça anualmente.

Em sequência: Fabíola Ataíde, Zezita Matos e Mônica Macedo compõem a programação do ‘Cha com Arte: Atrizes em Diálogo’

Como o próprio nome sugere, as participantes do encontro vão se reunir para um chá e, logo após, farão um debate sobre diferentes manifestações artísticas, com performances de dança, recitais e apresentação de monólogos

Fotos: Divulgação

UNIÃO A João Pessoa, Paraíba - SEXTA-FEIRA, 8 de março de 2019102o Caderno

A obra ‘Os últimos dias em preto e branco - Um romance nos bastidores da TV em 1970’ foi lançada pela Editora Ponteiro

A TV Carioca do Rio de Janeiro deixa de ser fictícia e vira tema do livro “Os últimos dias em preto e branco – Um romance nos bastidores da TV em 1970”, do jornalista Marcus Veras. O cenário é um Rio de Ja-neiro visto por todos lados e câ-meras, mas com alavancadas de uma realidade nua e crua com a presença da ditadura militar. Um programa de calouros faz o canal resistir à concorrência da TV Tupi, da Rede Globo e de tantas outras. Veras leva o leitor a muitos lugares. Prepararem-se para a viagem. A editora é

Ponteio.Sim, ele confirma a

TV Carioca é fictícia, ou seja, o canal que ele criou para chegar aos bastidores da histó-ria. “Mas a TV traz no

DNA duas emissoras cariocas que foram muito importan-

tes para a vida da cidade: a TV Continental e a TV Rio. Eu quis prestar uma home-nagem às e m i s s o r a s locais, que a c a b a r a m sendo engo-lidas pelas redes que

hoje dominam o espaço tele-

visivo no Brasil. O avanço das telecomu-

nicações era inevitável, mas com isso houve uma padronização da lingua-gem que encerrou o ciclo das emissoras locais, vol-tadas para as suas cida-des”, analisa o autor em entrevista A União

A ideia de expandir no papel “Os últimos dias em preto e branco” logo pare-ce um pouco nostálgica, mas o caminho festeja antecipados os 70 anos da TV brasileira que ocorrerá em 2020. “Um

Kubitschek Pinheiro Especial para A União

Jornalista Marcus veras lança livro sobre TV Carioca do RJ

Editoração: MaradonaEdição: Jãmarrí Nogueira

pouco de nostalgia e a consta-tação de que a televisão, prestes a completar 70 anos no Brasil, tem uma presença ínfima na nossa literatura. Até parece que o brasileiro não gosta de TV”,

Já existem dois romances tratam do tema: “A glória e seu cortejos de horrores”, da Fer-nanda Torres, e “Aquiles: entre estrelas”, do Marcílio Moraes. “Todos ótimos. Mas ainda é mui-to pouco”, afirma Marcus.

Ao todo, lembra Marcus foi um ano de pesquisa, incluindo algumas entrevistas, e dois anos escrevendo. “Como eu comecei muito cedo a trabalhar em TV (com 21 anos eu era assistente de produção dos Concertos para a Juventude, da TV Globo), dei o nome de colegas de trabalho a alguns personagens como for-ma de lembrar que TV é, antes de tudo um trabalho de equipe, dos engenheiros eletrônicos mais anônimos aos atores mais famosos, passando por uma ex-tensa escala de profissionais”.

São diversos personagens no seu livro: um diretor de pro-gramas decidido a tomar todo o gim do mundo, o locutor de rádio que não arreda o pé para refazer a carreira, a aspirante a atriz que brigou com a família de classe alta para ser estrela da TV e o coronel do exército man-dado por Brasília para criar uma atração que exaltasse os valores da “saagrada” família brasileira. Personagens é o que não sobra, não é? “Sim. De Flávio Cavalcan-ti a Blota Junior, Manuel da Nó-brega Carequinha. Foi ótimo re-unir estes personagens, que me proporcionaram uma adoles-cência muito divertida. Só para lembrar, a primeira TV do Rio de Janeiro foi a TV Tupi, funda-da em janeiro de 1951. Como eu nasci em setembro do mesmo ano, posso dizer que vivemos juntos a infância, a adolescência e parte da juventude, até que eu, amante infiel trocasse a TV pela literatura e a música”.

Outros nomes como Mister Eco, Marisa Raja, Cesar Ladeira aprontam no romance de Mar-cos. Ele conta: “Mister Eco e Ma-risa Raja Gabaglia faziam parte do corpo de jurados do progra-

ma Flavio Cavalcanti. Já Cesar Ladei-ra foi a maior voz do rádio b r a s i l e i r o entre 1940 e 1950, depois de ter sido a voz da Revo-lução Consti-tucionalista de 1932 em São Paulo. Casado com a atriz e ve-dete Renata Fronzi, foi o primeiro brasileiro a trazer a ideia da TV para nosso País, ao voltar de uma viagem aos Estados

Unidos em 1938. Pessoalmente, devo muito a ele, porque me ins-pirou e me ajudou a me tornar um roteirista quando tinha só 17 anos...

A vivência do autor em três televisões ( a Globo, Manchete e TVE) foi fundamental para que ele pudesse navegar com segu-rança pelos vários mundos que compõem a galáxia TV. Mas os leitores se inquietaram para sa-ber o quem é quem no livro de Marcos Veras.

“Foram muitos. Vários lei-tores que trabalham ou traba-lharam em TV me mandaram mensagens perguntando se o personagem A ou B eram fula-no ou sicrano. Acho que um dos fatores que tornaram “Os últi-mos...” um romance muito diver-tido é exatamente deixar que os leitores imaginem quem são as pessoas que por ali passaram. Eu não confirmo nem desminto – cada qual que coloque ali sua aposta”, anuncia.

O autor participou de co-letâneas antes de partir para formatos maiores. Sua primeira tentativa foi “O homem que o Brasil devorou”, que conta a his-tória de Gabriel Soares de Sou-za, o português que em pleno século XVI fez uma maravilhosa viagem pelo litoral brasileiro. O segundo foi o “Só para Homens”. Em seguida “Qualquer Maneira de Amar” e agora “Os últimos dias em preto e branco”. “Para 2019, estou com um novo livro de contos pronto “O Perpétuo Devenir”. “E já pesquiso para o terceiro e último volume da sé-rie aberta com o “Qualquer...”. O cenário será o mundo dos fes-tivais de música entre 1966 e 1972”, disse.

Nesses tempos confusos, o romance de Marcus Veras foca-do nos anos de Chumbo “Qual-quer maneira de amar”, lembra a assertiva da canção do Caeta-no e Milton, mas uma coisa não fecha a outra. Esse livro é auto-biográfico? Sim, em muitos as-pectos, embora a literatura se aposse da realidade para dar a ela o que falta – uma cronologia, uma sequência ordenada de fa-tos, um começo e um fim. A vida é um infinito de histórias que se complementam, se imbricam, se misturam. E o personagem central do “Qualquer...” testemu-nhou, como eu testemunhei, a ascensão e a queda de uma ge-ração que apostou na luta arma-da para derrubar a ditadura”.

O autor vem de um Rio de Janeiro mais tranquilo. “Eu tive a sorte de viver em um Rio de Ja-neiro ameno, amigável. E a trans-formação que a cidade sofreu nos últimos 40 anos trouxe a violên-cia para onde só havia beleza. Os sucessivos governos estaduais que aqui tivemos pouco se im-portaram com o crescimento das comunidades, e ao não provê-las com os serviços básicos – esgoto, transporte, saúde e educação – deixaram nas mãos dos trafican-tes e milicianos o poder sobre a vida e a morte de milhões de cariocas. Sinceramente, não sei como vão resolver isso, se é que vão”, lamenta.

O jornalista Marcus Veras e a capa da obra que pretende resgatar a históriae prestar uma homenagem àEmpresa de Comunicação

Fotos: Divulgação

• Funesc [3211-6280] • Mag Shopping [3246-9200] • Shopping Tambiá [3214-4000] • Shopping Iguatemi [3337-6000] • Shopping Sul [3235-5585] Shopping Manaíra (Box) [3246-3188] • Sesc - Campina Grande [3337-1942] Sesc - João Pessoa [3208-3158] • Teatro Lima Penante [3221-5835 ] • Teatro Ednaldo do Egypto [3247-1449] • Teatro Severino Cabral [3341-6538] • Bar dos Artistas [3241-4148] Galeria Archidy Picado [3211-6224] • Casa do Cantador [3337-4646]

Despedida

Destamparam geral o caldeirão dos ódios. Tem ódio pra todo gosto espalhado por todo can-to. De ódio racial à homofobia, do preconceito contra deficientes à intolerância religiosa, da in-citação à brutalidade contra idosos ao bullying que atinge na escola quem não se enquadra a padrões corporais, do ciúme demencial gerador de feminicídio à xenofobia transmitida ao vivo na TV…ódio por todo canto de todo tipo pra todo gosto. Não podemos, não devemos aceitar tudo isso passivamente.

Essa nova onda que se relaciona intimamen-te com autoritarismo é condão, uma especiaria histórica, ou mesmo fascínio, que emerge no ho-rizonte cultural da civilização contemporânea típica da autocracia que acometeu boa parte do mundo.

Não é só no Brasil que um líder autocrata se desdobra para fundamentar o ódio enquanto li-nha auxiliar (ou seria preferencial?) de ação po-lítica e administrativa.

China, Rússia, Venezuela, Turquia, Egito, Es-tados Unidos, Índia, Filipinas entre outros, são países que amargam o fardo, que suportam a carga, que arrastam a condição nefasta de serem governados por pessoas e grupos que se carac-terizam pela afronta aos direitos humanos, pelo patrocínio da violência, do sexismo e antigloba-lismo comunitário, pela pregação do ódio ao mi-grante, ao dissidente, ao opositor.

O relatório mundial que o Observatório dos Direitos Humanos divulgou neste início de ano aponta sem meias palavras para a fabricação da intolerância por essas lideranças.

Nessa conjuntura, o ódio, commodity bizarra que atravessa os tempos desde o primeiro latejar da consciência humana frente ao desconhecido, ao medo, à repulsa, conquistou patamar inédito de adesão e criou a figura do odiador massivo.

Essa nova persona social - o odiador, a odia-dora, de plantão - foi possibilitada inegavelmen-te pelos meios digitais de transmissão de infor-mação e de interação comunicacional.

O fluxo do ódio nos últimos tempos entre nós pode ser comparável a uma hemorragia, algo in-contível e terrível, um descontrole que nos aflige e atemoriza. Fluxo que não se expressa apenas como enfermidade retórica, mas que se concreti-za objetivamente no cotidiano.

Os vários linchamentos, sejam os morais que tantos suicídios já causaram, mas principalmen-te os físicos, presenciais, vorazes além da conta em sua destrutividade, se multiplicam aqui e em outros países.

Por infeliz coincidência, mas não apenas isso, a exacerbação da malevolência e da fúria, da bes-tialidade desmedida e da repulsão injustificada ocorre quando a vida digital conquista marcos significativos, como no caso de aniversário de 10 anos de criação do aplicativo WhatsApp ocorrido em fevereiro último.

Também estamos vivendo neste 2019 o ciclo de 20 anos desde as primeiras experiências de autopublicação que possibilitaram o surgimen-to dos blogs, de onde evoluíram as ideias para disparadores de mensagens interativas do tipo twitter.

Além disso, há o guarda-chuva histórico da Arpanet para todos os apelos possíveis à intera-tividade armado em 1969, há 50 anos, portanto, Arpanet que foi a primeira rede de computado-res, laboratório em que se formularam os proto-colos da Internet que usamos agora.

O admirável mundo novo mergulhou par-cialmente no pesadelo da nova mentalidade co-nectada em tempo real descolada dos princípios éticos que favorecem a ideia de um humanismo prático em rede na pós-modernidade.

Há uma inconsciência das consequências da agressividade desmedida no âmbito da globali-dade tecnológica que nos assiste. É como se em frente ao computador propondo o assassinato de nordestinos participássemos de um jogo vir-tual. E só. Psicologizando essa nova faceta mo-ral da identidade contemporânea, recorremos ao fato, inúmeras vezes apontado neste espaço, de que a superexposição midiatizada mutila o ser em sua integralidade. E a área atingida é a da afetividade. Como é do conhecimento de todos, o afeto é para a psicologia uma das três funções mentais vitais, sendo as outras a voli-ção e a cognição.

Desprovidos de empatia e afetividade es-tamos na praça digital conectada entregues à própria sorte. A sorte do ódio. Como sair desta armadilha? A resposta deve ser encontrada em cada um(a) de nós.

Ódio livre

em destaqueConjuntura

Serviço

UNIÃO AJoão Pessoa, Paraíba - SEXTA-FEIRA, 8 de março de 2019 112o Caderno

Glue Trip e Berra Boi fazem show no Miragem na Capital

Serviço

Editoração: Maradona

Walter Galvãogalvaopvw@gmail.com

Edição: Jãmarrí Nogueira

Em cartaz

CAPITÃ MARVEL – (EUA 2018) Ação / Fantasia / Ficçaõ científica. Duração: 124 minutos. Sinopse: Aven-tura sobre Carol Danvers, uma agente da CIA que tem contato com uma raça alienígena e ganha poderes so-bre-humanos. Entre os seus poderes estão uma força fora do comum e a habilidade de voar. TAMBIÁ 2 DUB: 15:35 - 18:05 - 20:35. TAMBIÁ 3 DUB: 16:00 (11/03 a 13/03). TAMBIÁ 3 DUB: 18:30 - 21:00. TAMBIÁ 5 DUB: 15:45 - 18:15 - 20:45. TAMBIÁ 6 3D DUB: 15:30 - 18:00 - 20:30. MANGABEIRA 1 3D DUB: 13:45 - 16:30 - 19:15. MANGABEIRA 1 3D LEG: 22:00. MANGABEIRA 4 DUB: 13:15 - 16:00 - 18:45 - 21:30. MANGABEIRA 5 3D DUB: 12:45 - 15:30 - 18:15 - 21:00. MANAÍRA 4 LEG: 13:00 - 15:45 - 18:20 - 21:00. MANAÍRA 5 3D LEG: 14:00 - 16:45 - 19:20. MANAÍRA 6 3D DUB: 11:45 (SOMENTE SÁBADO E DOMNGO) - 15:00 - 17:45 - 20:20. MANAÍRA 7 DUB: 12:45 (SOMENTE SÁBADO E DOMINGO) - 18:00. MANAÍRA 7 LEG: 15:30 - 20:45. MANAÍRA 8 3D LEG: 19:15 - 22:00. MANAÍRA 9 3D DUB: 13:45 - 16:30. MANAÍRA 10 3D LEG: 14:15 - 17:00 - 19:30 - 22:15.

CINDERELA POP – (BRASIL 2018) Fantasia / Comédia / Família. Duração: 95 minutos. Sinopse: Cintia Dorel-la (Maisa Silva) é uma adolescente que descobre uma traição no casamento dos pais. Descrente no amor, ela vai morar na casa da tia e passa a trabalhar como DJ, se tornando a Cinderela Pop. Mas ela não esperava que um príncipe encantado pudesse fazê-la se apaixonar. TAMBIÁ 4: 15:10 - 17:00 - 18:50. MANGABEIRA 3: 13:00- 15:15. MANAÍRA 1: 14:20 - 16:20.

O PARQUE DOS SONHOS – (EUA / ESPANHA) An-imação / Comédia / Família. Duração: 86 minutos. Sinopse: A jovem otimista e sonhadora June encontra

escondido na floresta um parque de diversões chama-do Wonderland, que é cheio de passeios e animais que falam. O único problema é que o parque está confu-so e desorganizado. June logo descobre que o parque veio de sua imaginação e que ela é a única que pode deixar o lugar mágico de novo. TAMBIÁ 3 DUB: 14:50 - 16:40 (07/03 a 10/03). MANGABEIRA 2 DUB: 14:00 (SOMENTE DE QUINTA A DOMINGO). MANAÍRA 3 DUB: 13:10 (SOMENTE DE QUINTA A DOMINGO) - 15:10 (SOMENTE DE QUINTA A DOMINGO) - 17:10 (SOMENTE DE QUINTA A DOMINGO). A CAMINHO DE CASA – (EUA 2018) Drama / Aven-tura / Família. Duração: 96 minutos. Classificação indicativa: LIVRE. Sinopse: Bella é uma cadelinha es-pecial que vive com Lucas, um estudante de medicina veterinária que trabalha como voluntário em um hos-pital local. Um dia ela é encontrada pelo Controle de Animais na rua e acaba sendo levada para um abrigo a 400 milhas de distância de seu dono. No entanto, Bella, uma cachorra extremamente leal e corajosa, de-cide iniciar sozinha uma longa jornada de volta para a casa, emocionando a todos que cruzam o seu caminho. MANGABEIRA 2 DUB: 14:00 (EXCETO DE QUINTA A DOMINGO) - 16:15 (EXCETO SEGUNDA-FEIRA) - 18:30 (EXCETO SEGUNDA-FEIRA) - 20:45 (EXCETO SEGUN-DA-FEIRA). MANAÍRA 2 DUB: 13:30 - 15:30. MANAÍRA 2 LEG: 17:45 - 19:45.

SAI DE BAIXO – O FILME – (BRASIL 2018) Comédia. Sinopse: É a volta dos personagens icônicos da série de sucesso da Rede Globo, como Caco (Miguel Falabella), Magda (Marisa Orth) e Ribamar (Tom Cavalcante), assim como novos personagens que vão acrescentar à bagunça. TAMBIÁ 1: 15:10 - 19:00. MANGABEIRA 3: 17:30 (EXCE-

TO SEGUNDA E TERÇA). MANAÍRA 1: 18:20 - 20:20.

ALITA - ANJO DE COMBATE – (EUA / ARGENTINA / CANADÁ 2018) Ficção científica / Ação. Duração: 122 minutos. Sinopse: Uma ciborgue é descoberta por um cientista. Ela não tem memórias de sua criação, mas possui grande conhecimento de artes marciais. En-quanto busca informações sobre seu passado, trabalha como caçadora de recompensas e descobre um interesse amoroso. TAMBIÁ 4 DUB: 20:40. MANGABEIRA 3 DUB: 20:00 (EXCETO SEGUNDA E TERÇA). A MORTE TE DÁ PARABÉNS 2 – (EUA 2018) Comédia / Terror. Duração: 100 minutos. Sinop-se: Depois de morrer diversas vezes para quebrar o feitiço temporal que a mantinha presa no dia de seu aniversário, Tree Gelbman (Jessica Rothe) olha para o futuro, tentando escrever uma nova história ao lado de Carter (Israel Broussard). No entanto, quando um experimento científico dá errado, a jovem é forçada a retornar ao fluxo de repetição e, desta vez, morrer não será o bastante para escapar. TAMBIÁ 1 DUB: 17:00 - 20:50. MANGABEIRA 3 DUB: 22:30 (EXCETO SEGUNDA E TERÇA). MANAÍRA 3 DUB: 13:10 (EXCETO DE QUINTA A DOMINGO) - 15:20 (EXCETO DE QUINTA A DOMINGO) - 17:30 (EXCETO DE QUINTA A DOMINGO) - 19:45.

GREEN BOOK – O GUIA – (EUA 2018) Drama / Bio-grafia. Duração: 130 minutos. Sinopse: 1962. Tony Lip (Viggo Mortensen), um dos maiores fanfarrões de Nova York, precisa de trabalho após sua discoteca, o Copacaba-na, fechar as portas. Ele conhece um pianista e quer que Lip faça uma turnê com ele. Enquanto os dois se chocam no início, um vínculo finalmente cresce à medida que eles viajam. MANAÍRA 11 LEG: 14:30 - 17:30 - 20:30.

Após um ano e meio de intensa programação cultural em João Pessoa, o Miragem vai fechar de vez! Nesta sexta-feira, dia 8, você terá a última chance de visitar (e até conhecer) esse espaço. A partir das 19h, haverá shows das ban-das Glue Trip e Berra Boi, marcando a despedida do Miragem (rua Nevinha Cavalcanti, 92, Miramar). Ingressos an-tecipados (www.sympla.com.br) cus-tam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). Na hora dos shows, na bilheteria, ficam por R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia). As ban-das que abriram o Miragem há mais de um