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Page 1: Aumentar a fiscalização sobre as motos é uma das próximas ... · Também é preciso escolher bem o profissional responsável pela ... importante verificar se a pigmentação usada

Diário de Pernambuco - PE 01/03/2015 - 08:05

Estado "perde" 8 hospitais com acidentes de trânsito Ipea calcula em R$ 230 mil o custo por paciente grave em internação hospitalar. Acidentados ficam em média de 35 a 41 dias hospitalizados Tânia Passos

O número de feridos em acidentes de trânsito no estado aumentou 8,5% para os acidentes em geral e até 13% para os que envolvem moto, entre 2013 e 2014. O aumento é mais um dado preocupante para a capital pernambucana, que foi considerada a mais violenta no trânsito no país na última pesquisa do Datasus, de 2012.

Naquele ano, o custo para a saúde no estado com feridos e mortos no trânsito chegou a R$ 650 milhões, o equivalente ao custo de construção e instalação de equipamentos de oito hospitais como o Dom Helder Camara, que realiza 2,7 mil atendimentos na emergência por mês. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) calcula em R$ 230 mil o custo médio por paciente grave em internação hospitalar. Os acidentados de moto são os que costumam passar mais tempo nos leitos hospitalares. Eles são submetidos a pelo menos duas intervenções cirúrgicas. O tempo médio de internação é de 35 a 41 dias, mas no Hospital da Restauração (HR), a principal unidade de trauma do estado há pacientes com até seis meses de internação. É o caso do agricultor José Soares de Melo, 37 anos, internado desde setembro do ano passado e ainda sem previsão de alta. Morador de Vitória de Santo Antão, ele foi trazido para o HR pelo Samu, depois de colidir contra um carro em uma estrada de terra na Zona Rural do município. A perna quebrou em cinco lugares e ele já passou por duas cirurgias. “Tem parte da perna sem osso. Ainda dependo de um equipamento para colocar na perna e para aguentar a dor, só tem dipirona”, lamentou o agricultor, que tem esperança de voltar a andar, mas não quer mais pilotar moto. “A gente pilota e pensa que nunca vai acontecer nada.” O coordenador do Comitê de Prevenção de Acidentes de Moto (Cepam-PE), o médico João Veiga, acredita que o aumento no número de acidentes com moto é reflexo da falta de fiscalização. “Esse é o principal fator, e não a quantidade de motos nas ruas.”

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Aumentar a fiscalização sobre as motos é uma das próximas estratégias da Operação Lei Seca. “Com o aumento no número de acidentes, vamos intensificar as blitzes com os motociclistas. Mas acredito que a maioria dos acidentes ocorra por imprudência do condutor, e não necessariamente pelo consumo de álcool”, ressaltou o coronel André Cavalcanti, coordenador da Operação Lei Seca.

Diário de Pernambuco - PE 01/03/2015 - 08:05

Desastres com moto são maioria Um dos principais termômetros para medir o aumento no número de vítimas de acidentes de trânsito é o pagamento do seguro DPVAT. De acordo com o presidente da Conselho da Federação Nacional das Empresas Corretoras de Seguro, Carlos Valle, os acidentes de moto no Nordeste respondem por 59% das ocorrências de acidentes. As empresas de seguro, no entanto, constataram que grande parte das vítimas não paga o seguro DPVAT. “Muita gente financia seu bem em nome de um parente ou amigo, que não possui habilitação, e a motocicleta é vendida e licenciada sem que nenhum responsável pelo veículo seja indicado. E as multas não serão atribuídas a ninguém”, criticou Valle. O assunto já foi debatido pela Operação Lei Seca. “Não dispomos de mecanismo legal para condicionar a venda à habilitação. Mas reconhecemos que é um problema”, revelou o coronel André Cavalcanti.

Diário de Pernambuco - PE 01/03/2015 - 08:05

Diario Urbano Na expectativa Com o aumento dos casos de dengue no estado, a expectativa é com a estatística de fevereiro. Autoridades na área temem que, frente a medidas acanhadas de parte dos municípios, o número aumente. Das dez maiores incidências, três eram da Região Metropolitana: Recife, Camaragibe e Cabo de Santo Agostinho.

Folha de Pernambuco - PE 01/03/2015 - 07:32

O perigo escondido nas tintas Pigmentação inadequada em tatuagens causa problemas graves. No Brasil, apenas três marcas são regulamentadas Na hora de fazer uma tatuagem, não basta escolher o desenho que você vai carregar na pele pelo resto da vida. Também é preciso escolher bem o profissional responsável pela arte desejada e conhecer os materiais que serão utilizados, especialmente a tinta. É importante verificar se a pigmentação usada para a tatuagem é autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A reportagem da Folha visitou alguns

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estúdios e constatou que menos da metade respeita o que determina a Lei nº 15.417/14, que exige que a pigmentação usada para tatuagem deve ser registrada pelo órgão regulamentador do sistema de saúde. Dos 25 espaços inspecionados pela Vigilância Sanitária do Recife, no ano passado, a maior parte no bairro da Boa Vista, apenas dois seguiam à risca os padrões de higienização exigidos pela instituição. Outros dois foram interditados, somente um deles conseguiu reabrir as portas após 15 dias, prazo dado pela vigilância. Os demais continuam em monitoramento. No Brasil, apenas três marcas têm licença do órgão regulador: Starbrite Colors, Electric Ink Irons Work. Uma pesquisa realizada no ano passado pelo entro de Metrologia em Química do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) comprovou existência de benzeno e metais pesados em tintas para tatuagem não registradas junto à Anvisa. Os tóxicos podem ocasionar doenças graves como câncer e até afetar o cérebro. “O grande problema é que esse nicho de mercado é muito volátil, o que atrapalha muito a nossa fiscalização. Não dá para ter um controle exato sobre eles (os tatuadores) porque muitos fazem de suas casas um estúdio, outros têm de outras cidades para tatuar no estúdio fixo de algum amigo no Centro e até em salão de beleza”, explicou a assistente do setor de saúde da Vigilância Sanitária do Recife, Rozimare Sales. Outro problema apontado por ela, é a clandestinidade. Quando esses profissionais recebem alguma notificação, acabam migrando para outros ambientes de trabalho que não são regularizados. As principais irregularidades foram encontradas pela pasta nos edifícios Tabira e Pirapama. Entre os problemas mais comuns está a falta de esterilização e a estrutura física dos estúdios. Bruno Leonardo tatua há aproximadamente 15 anos. E diz que é muito importante ser seletivo na hora de escolher o estúdio onde se fará a tatuagem para evitar problemas. O local deve ter CNPJ e alvará de funcionamento. Os materiais utilizados devem ser todos descartáveis. “As pessoas têm que procurar, em primeiro lugar, um ambiente limpo e agradável. É importante ver os trabalhos do profissional responsável e conversar muito com ele. Tatuagem não é brincadeira. Colocamos na pele, não no papel”, destacou. NEGLIGÊNCIA A falta de informação fez com que a comerciante T.L., 22 anos, fosse vítima de negligências cometidas por alguns profissionais da área. O drama dela começou há um mês, quando buscou um profissional para cobrir um desenho feito na panturrilha direita. Ela acabou indo na casa de um tatuador e terminou com uma inflamação que a fez ter que tomar antibióticos e ser afastada do trabalho por 15 dias. “Não tive como avaliar se o material era descartável, já que estava sob a mesa. E a tinta, eu não tinha conhecimento se era autorizada ou não”, confessou. A perna da comerciante já está cicatrizada, mas ainda é possível ver as marcas deixadas pelo procedimento. “Lembro que a tinta não pegava de jeito nenhum na minha perna e ele forçou bruscamente com a agulha, sem nem se importar com a minha dor. No mesmo dia, não consegui nem pôr o pé no chão de tão inflamado. Hoje, vejo o quanto é importante avaliar com calma antes de decidir onde fazer”, disse.

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HENNA- As tatuagens de henna ou temporárias, geralmente oferecidas em praias, são consideradas uma ameaça recorrente ao estado de saúde. Isso porque, para acentuar a cor negra do pigmento e prolongar o efeito na pele, são adicionadas concentrações elevadas de corantes que podem desencadear reações alérgicas. As denúncias podem ser feitas à Vigilância Sanitária pelo número 0800.281.1520. Folha Resume: Grande concentração de metais pesados nas tintas de tatuagem pode ocasionar em doenças graves como câncer e até afetar o cérebro. AFolhavisitou estúdios situados no Recife e constatou que menos da metade respeita o que determina a lei que exige o uso de pigmentação registrada pela Anvisa.

Folha de Pernambuco - PE 01/03/2015 - 07:32

No rótulo, autorizado pela Anvisa. Já o conteúdo... O frasco com o rótulo de um tinta permitida não garante que os tatuadores estejam usando uma pigmentação regulamentada. Alguns profissionais da área denunciaram que boa parte deles enche os frascos com um outro tipo de pigmentação. Normalmente essas tintas são compradas facilmente pela Internet e chegam ao País sem fiscalização. “Nesse caso, só poderemos saber se a tinta é própria ou não por meio de denúncias. Durante uma inspeção, não temos autoridade de confiscar (os tubos de tinta) sem motivos. Se no rótulo diz que é autorizado pela Anvisa, é nisso que temos que nos basear”, esclareceu a assistente do setor de saúde da Vigilância Sanitária do Recife, Rozimare Sales. Denunciar estabelecimentos que não estão de acordo com as normas sanitárias é o primeiro passo para evitar que outras pessoas sejam prejudicadas. A assistente do setor de saúde da Vigilância Sanitária do Recife salientou que, sem a ajuda das pessoas, é impossível combater as irregularidades. “Esse mercado é leviano, volátil. O problema é que a maioria não está preocupada com a saúde e deixa passar detalhes que, para a gente, chegam a ser motivo de interdição”, alertou. A dermatologista Carla Silveira lembrou que a intoxicação se dá pela ingestão, ao longo da vida, visto que os metais pesados se depositam nos tecidos ósseos e gordurosos, não sendo eliminados com o passar do tempo. “Todas as cores utilizadas são provenientes dos metais de transição, chamados metais pesados. Porém, em algumas tintas, a concentração é muito baixa, não causando danos imediatos à saúde, mas os metais se acumulam.”

Jornal do Commercio - PE 01/03/2015 - 08:17

Blitzes contra a dengue também no fim de semana O mutirão de combate ao mosquito transmissor da dengue e da febre chicungunha, reforçado nos fins de semana pela Prefeitura do Recife, visitou ontem bairros das Zonas Norte e Sul da cidade. Agentes de saúde ambiental e controle de endemias entraram em imóveis, até as 16h, para vistoriar reservatórios de água e orientar a população sobre a necessidade de manter os depósitos bem fechados. "Acho importante a ação, muita gente da vizinhança teve dengue recentemente", afirma Cristina de Araújo, moradora do Córrego do Botijão, em Vasco da Gama, bairro da

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Zona Norte. "Tenho um filho de 11 anos que fica muito tempo em casa e me preocupo", diz ela. Cristina precisa juntar água em vasilhames para tomar banho e lavar banheiros. "Não tenho água todos os dias, mas cubro os baldes com plástico e com a capa doada pela prefeitura." Na mesma região, os agentes também visitaram a casa de Neci Alves da Silva Barros, que já teve dengue duas vezes, há mais de dez anos. "Os baldes são necessários porque a gente não recebe água diariamente, mas estou sempre olhando para ver se há larva do mosquito. Tenho criança pequena em casa e vizinhos ao meu redor, por isso não posso deixar de lado esse cuidado", declara Neci Barros. Por causa do racionamento de água, os agentes de saúde ambiental também distribuíram com os moradores frascos contendo hipoclorito de sódio, para desinfetar água de beber, frutas e verduras. No primeiro sábado do mutirão trabalharam 18 agentes. Cada um deles tem como meta visitar 30 imóveis. A prefeitura priorizou os locais com maior concentração de casos de dengue: Vasco da Gama, Nova Descoberta, Morro da Conceição, Alto José Bonifácio e Passarinho (Zona Norte) e a região do Ibura (Zona Sul).

Diário de Pernambuco - PE 01/03/2015 - 08:05

Doações de órgãos crescem no país, mas ainda há desafios A fila de cerca de 30 mil pessoas que esperam algum órgão no Brasil está andando mais rápida, mas não no ritmo em que desejam as instituições responsáveis pela saúde no país. De acordo com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), em 2014, a taxa de doações cresceu 7,6% em relação ao ano anterior, para um total de 14,2 doadores para cada milhão de pessoas. No entanto, a meta era atingir um total de 15 doadores por milhão ainda no ano passado, seguindo cronograma que tinha como objetivo chegar a 20 doadores por milhão até 2017, cenário que só deve ser alcançado em 2018 “com grande esforço”, de acordo com a associação. O índice de doadores no Brasil vem aumentando progressivamente desde 2007, quando apenas 6,3 doações eram efetivadas para cada milhão de pessoas - menos da metade da taxa atual de 14,2. O progresso é grande, superando inclusive nações como Alemanha (10,9), Israel (9,5) e Coreia do Sul (8,4), segundo levantamento realizado em 2013. A diferença para os líderes do ranking, no entanto, ainda é grande. Nações como Croácia e Espanha atingem taxas de 35 doações efetivas para cada milhão de habitantes. A prioridade para que a taxa cresça de forma mais acelerada, segundo o presidente da ABTO, Lúcio Pacheco, é melhorar o atendimento nos Centros de Tratamento Intensivo (CTIs) e emergência do Sistema Único de Saúde (SUS). “Muitas vezes, não há leitos nem para pacientes que estão vivos, então perdemos potenciais doadores que não têm o tratamento devido de seus órgãos”, explica Pacheco. Outro desafio que muitas vezes impede a doação é a recusa das famílias em permitir que os órgãos dos parentes sejam retirados. Segundo os dados da ABTO, quase metade das famílias brasileiras (46%) não autoriza o procedimento. Em alguns estados, como Goiás, o índice chega a 80%. O relato de quem passou por essa dilema mostra a

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complexidade da situação. Iracema Corrêa era tia de Emerson Rafael, 30 anos, que morreu no fim do ano passado em Sobradinho durante um treino de Muay Thai. “Quando recebemos o diagnóstico de morte cerebral, nem toda a família queria doar os órgãos. Ele parecia estar vivo, respirava, o coração batia”, relembra.

Diário de Pernambuco - PE 01/03/2015 - 08:05

"Vamos transplantar o colega" Cláudio Lacerda, cirurgião. Professor da UPE e da UNINASSAU Ao contrário dos leigos, um médico gravemente doente não tem ilusões. Consequentemente, sofre mais. Por isso, desperta em nós, colegas, imenso sentimento de solidariedade e vontade de ajudar. Atuando como ginecologista na cidade de Suzano, em São Paulo, Cássio tinha 48 anos quando, em meados de 2012, procurou o cirurgião transplantador de fígado Paulo Massarollo, na capital paulista. Era portador de cirrose e um pequeno câncer nos canais biliares. Sua via crucis tivera inicio em abril daquele ano, quando começou a ficar com os olhos amarelos (icterícia), tendo surtos de infecção, com queda da pressão arterial, que exigiam frequentes internações hospitalares. Ocorre que, como o caso era raro e atípico, seu médico teve que pedir autorização especial à Secretaria de Saúde para inscrevê-lo em lista. O pedido foi indeferido. Acho, aliás, que Cássio estava sendo prejudicado, justamente, e paradoxalmente, por ser médico. Como se os especialistas que julgaram o caso, desconfiassem de que houvesse alguma tendenciosidade ou até manipulação de informações a favor dele. Inconformado, solidário e acreditando na cura do colega por meio do transplante, Paulo Massarollo telefonou para mim e perguntou sobre as chances que o caso teria de ser aceito em nossa lista, aqui em Pernambuco. Concordando com a indicação, encaminhei os dados para a Central de Transplantes de Órgãos do nosso Estado. Enquanto isso, em São Paulo, quando soube da nossa concordância e da chance concreta de aceitação em nossa lista, Paulo antecipou o seguinte diálogo com o seu paciente: - Cassio, você toparia ser transplantado fora de São Paulo, por outra equipe? -Com certeza Paulo. Estou sofrendo muito e está claro que é a minha única chance. Sou capaz de qualquer sacrifício que me permita sobreviver para poder criar minha filha. Vendo tudo que tenho para levantar os recursos. Não falo bem inglês, mas minha mulher fala. Quanto custaria uma cirurgia dessas, fora as despesas com passagens e hospedagem? -Nenhum real Cássio, tampouco precisaria falar inglês. A cirurgia seria feita pelo SUS, em Recife. -Em Recife? -Em Recife, Cássio, pela equipe do Cláudio Lacerda.

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Os minutos seguintes foram dedicados a explicar o porquê da proposta do cirurgião. A explicação era necessária, pois Cássio conhecia pessoas que saíram de Recife para ser tratadas em São Paulo, mas sair de São Paulo para ser tratado em Recife era inédito. Inédito para ele e muitas outras pessoas, mas não para a nossa equipe que já havia transplantado mais de dez pacientes procedentes daquele estado. Duas semanas depois, o caso foi discutido em nossa reunião multidisciplinar, já com a decisão favorável da Central. Foi o último caso da reunião, que terminou quando exclamei alegre: “vamos transplantar o colega”. Cássio mudou-se imediatamente para Recife, com esposa e filha, de poucos meses de idade. Enquanto esperava seu doador, teve vários surtos de infecção nos canais biliares, que exigiram internação no Hospital Jayme da Fonte, e que agravaram rapidamente sua condição sistêmica. Passou natal e ano novo angustiado, com muito sofrimento, esperando doador, que não surgia. Finalmente, em 8 de fevereiro de 2013, chegou o dia do seu transplante. O fígado do doador foi captado em Salvador, de um jovem de 26 anos. Montei uma equipe forte. Operamos com o esmero de sempre, mas com carinho de colega. A intervenção foi difícil pela extrema gravidade em que o paciente se encontrava, mas, felizmente, transcorreu bem, assim como o pós-operatório. No mês seguinte, Cássio desembarcou em São Paulo com a família, onde evoluiu com recuperação plena, reassumindo, normalmente, suas atividades de médico. Desde então, todo ano, no início de fevereiro, quando o seu transplante faz aniversário, vem a Recife, cidade que, segundo ele, passou a amar como nenhuma outra, e, com a família, leva a nossa equipe a um restaurante para tomar um vinho e celebrar sua grande vitória. Vitória da medicina, da fé e da solidariedade.

Diário de Pernambuco - PE 01/03/2015 - 08:05

Malhação noturna ajuda a combater a diabetes Exercitar-se depois do jantar é um bom hábito para amenizar as complicações causadas pela doença, indica estudo de universidade norte-americana O aumento da quantidade de açúcares e gorduras no sangue, tornando o corpo insensível à quantidade de insulina — hormônio responsável pela redução da taxa de glicose —, caracteriza o diabetes tipo 2. Uma das principais recomendações às pessoas acometidas por essa doença é a prática de atividades físicas, principalmente para a prevenção de doenças cardiovasculares. Pesquisadores da Universidade de Missouri, nos Estados Unidos, identificaram o horário mais indicado para esse exercício estratégico: depois do jantar. Nesse período, segundo Jill Kanaley, professor do Departamento de Nutrição e Fisiologia do Exercício da universidade, há redução maior da glicose e dos níveis de gordura. “Esse estudo mostra que não é apenas a intensidade ou a duração do exercício que é importante, mas também o momento em que ele ocorre”, analisa. Para chegar à conclusão, Kanaley e seus colegas estudaram indivíduos obesos e com diabetes tipo 2. Em uma parte do experimento, os voluntários tiveram que praticar

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exercícios de resistência — flexão de perna e abdominais, por exemplo — antes do jantar. Em outra parte, repetiram as atividades 45 minutos depois de se alimentarem. As análises indicaram que, nos integrantes do primeiro grupo, houve a redução do nível de açúcar no sangue. Nos do segundo, caíram as taxas de açúcar e de gordura. Em ambos os casos, ele consumiram uma refeição moderada composta, principalmente, por carboidratos. Kanaley acredita que os resultados são essenciais também para quem acompanha os pacientes com a doença metabólica. “Saber que o melhor momento para a atividade física é após uma refeição permite aos cuidadores personalizar prescrições de exercícios para otimizar os benefícios”, diz. O pesquisador ressalta, porém, que as melhorias nos níveis de açúcar no sangue e gordura dos participantes tiveram curta duração; não se estenderam para o dia seguinte. Por isso, a importância da prática regular do exercício após o jantar.

Diário de Pernambuco - PE 01/03/2015 - 08:05

Café pode reduzir risco de esclerose Pessoas que bebem de quatro a seis xícaras de café por dia podem estar menos propensas a desenvolver esclerose múltipla, segundo pesquisa internacional publicada na última quinta-feira. “A ingestão de cafeína foi associada à redução dos riscos das doenças de Parkinson e Alzheimer”, afirmou a autora Ellen Mowry, da Universidade Johns Hopkins de Medicina em Baltimore, Maryland. “Nosso estudo demonstra que a ingestão de café pode também proteger contra a esclerose múltipla, reforçando a ideia de que a substância pode ter efeitos protetores para o cérebro”, completou. Um estudo americano e um sueco - feitos antes da reunião anual da Academia Americana de Neurologia, em Washington - compararam, cada um, mais de 1 mil pacientes com esclerose múltipla a um número similar de pessoas saudáveis. Os cientistas rastrearam a quantidade de café que os indivíduos com esclerose múltipla ingeriram um, cinco e dez anos antes de os sintomas começarem a aparecer. Depois de considerar outros fatores como idade, sexo, tabagismo, índice de massa corporal e exposição ao sol, o estudo sueco descobriu que “em comparação com as pessoas que bebiam pelo menos seis xícaras de café por dia um ano antes de os sintomas aparecerem, aqueles que não bebiam café mais de uma vez e meia por dia aumentaram os riscos de desenvolver esclerose múltipla”.

Diário de Pernambuco - PE 01/03/2015 - 08:05

Teste de pele para Parkinson e Alzheimer Cientistas da Academia Americana de Neurologia apresentaram um teste de pele que pode ajudar no diagnóstico de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer e o Parkinson. Uma biópsia realizada na epiderme detecta elevados níveis de proteínas anormais, comuns às duas enfermidades.

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Diário de Pernambuco - PE 01/03/2015 - 08:05

Campanha contra o HPV A Prefeitura de Jaboatão, em parceria com o MS, realiza a partir de amanhã a Campanha de Vacinação contra o Vírus do HPV. A imunização segue até 31 de março nas escolas e unidades básicas de saúde da cidade.