aulas teóricas - prof. josé melo alexandrino

7/23/2019 Aulas Tericas - Prof. Jos Melo Alexandrino

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Direito Constitucional II

Aulas tericas - Prof. Melo Alexandrino

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CAP!"# I

HISTRIA CONSTITUCIONAL

$ 1. Introdu%&o'O que acontece quando falamos em Histria Constitucional que a

maioria dos autores limitam-se a estudar as constitui!es"

O #rofessor $elo Ale%andrino ac&a insu'ciente( uma )e* que s o seu

estudo n+o marca al,o no)o e tem de &a)er uma articula+o entre os

di)ersos fenmenos que com#!e as constitui!es"

uas ra*!es #ara n+o interessarem s as constitui!es.

/" A Constitui+o n+o se resume s ao te%to( #ois )ai #ara alm do

te%to0

1" A &istria constitucional e%i,ente" Ou se2a( interessa como o ireito

Constitucional foi a#licado( interessa a realidade &istrica"

1.1 Periodi(ca%&o da )istria constitucional *ortu+uesa'3er4odo. /516.

Anterior. 7ase #r-li8eral0

3osterior.

a9 :ra das constitui!es escritas. N+o se #ode confundir constitui!es

escritas com constitucionalismo moderno( #orque o se,undo um

mo)imento de ideias"

89 Constitucionalismo moderno. i)ide-se em );rias fases"

Doutrina *ortu+uesa'Tr


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consequentemente( uma crise na monarquia( que dura de /=/6 a

/=1>"

Traos marcantes.

i*o de stado'Li8eral de ireito0

e+i,e Pol3tico'Camin&a #ara a emocracia0

iste,a de oerno'3arlamentar0

iste,a de Partidos' At /56 sem #artido0 A #artir de /56

8i#artidismo0 e /=// a /=1> multi#artidarismo"

2. Constitucionalis,o Anti-lieral' e /516 a /=1>0

uas fases.

- / fase. de /=1> a /=BB0

- 1 fase. de /=BB a /=DE"

Traos marcantes.

i*o de stado'Inter)encionista0

e+i,e Pol3tico'Autorit;rio0

iste,a de oerno' Concentra+o de #oderes no c&anceler

FSala*ar e $arcello Caetano90

iste,a de Partidos'3artido Gnico"

6. Constitucionalis,o Para-de,ocrtico e De,ocrtico'

De 1784 at9 : actualidade;


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iste,a de oerno'Hi8rido0

iste,a de Partidos'$ulti#artid;rio F/ #artido dominante9"

1.2. le,entos do *er3odo *r9-lieral'

3rofessor 3aulo Otero. 3rinci#ais acontecimentos &istricos.

/" 3roclama+o e recon&ecimento da inde#ends Pr9-"ieral'

Ri8eiro dos Santos.

Leis fundamentais resultam de con)en!es entre o #o)o e o #r4nci#e0

S+o as #rimeiras e as mais im#ortantes0 7ontes das leis fundamentais. :scritas e costume"

P+ina 6 ara odri+ues


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$elo 7reire.

Leis fundamentais.

- ireitos que as #essoas tin&am de n+o serem alteradas estas leis0

- ireito de s#lica0

- ireito de #ro#riedade"

O #rofessor 3aulo Otero defende que &; ideias que ainda se reMectem na

constitui+o de &o2e.

Limita+o do #oder dos ,o)ernantes0 A altera+o das leis constitucionais s+o r4,idas0

:%ist


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Traos erais.

:la8orada #or Assem8leia Constituinte0

A Rain&a ao a#ro)ar d; a sua sauda+o0

Constitui+o #act4cia"

E" Constitui+o de A,osto de /=// F#ro)oca o caos9.

3er4odo de ?i, @ /=/D #elo ,ol#e

militar de Sidnio 3ais9"

Traos erais.

Assem8leia Nacional Constituinte

Concentra+o do #oder #ol4tico num s r,+o0 Assem8leia com um nico #artido Fre#u8licano90

Puase outor,ada"

" Constitui+o de A8ril de /=BB FSala*ar9.

3er4odo de ?i," Constitui+o de A8ril de /=D> Factual9.

3er4odo de ?i,


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E" e'ne-se #elo seu contedo"

ois sentidos.

1 entido'Constitucionalismo KritQnico em que a constitui+o n+o-escrita

sucede no tem#o" Uma constitui+o que dis#ensa os te%tos e re#ousa em

costumes e #r;ticas" ?i,ora( em 3ortu,al( at /516"

2 entido' Atra)essa os te%tos" Si,ni'ca isto que n+o destru4da #elos

te%tos e nem destru4da" O que interessa mais este se,undo sentido"

Conceito. Con2unto de )alores( #rinc4#ios e institui!es fundamentais que

a#resentem uma continuidade 2ur4dica efecti)a num ordenamento concreto

e situado" Se for caso disso( inde#endentemente dos te%tos. A Constitui+o

#ara alm dos te%tos e das )icissitudes constitucionais o8ser);)eis"

xe,*lo'

7ernando Ara2o a'rma que a#esar de n+o ter )i,orado a constitui+o de

/511( continuou a )i)er nos te%tos constitucionais #osteriores"

Constitui%&o escrita'Constitui+o formal"

Caracter4sticas.

/" A lei constitucional escrita Fdocumental90

1" um acto com autor e com data0

B" :n)ol)e uma forma0

E" e'ne-se #ela sua fora( est; a cima0

" N+o #re)alece contra a constitui+o real"

Constitui%&o real'

3aulo Otero c&ama constitui+o real( uma constitui+o n+o o'cial"

Conceito. Con2unto de normas da constitui+o de um estado que s+o

efecti)amente a#licadas" 3ara a &istria constitucional s interessa as

normas que foram efecti)amente a#licadas"

Caracter4sticas./" :n)ol)e todas as fontes Ffontes escritas e n+o escritas90

P+ina B ara odri+ues


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1" Re)ela-se #ela #r;tica0

B" ?< #ara alm das formas0

E" e'ne-se #ela efecti)idade das formas0

" 3re)alece contra a constitui+o escrita"

Conclus+o.

Re,ente. N+o e%iste a#enas uma constitui+o escrita( #ois e%iste costume

constitucional" :lementos da &istria rele)antes" A constitui+o uma

forma"

2.2. A nor,atiidade li,itada das nossas Constitui%?es

escritas'

os oaquim Lo#es . A constitui+o de /511 n+o era )i;)el( #ois.

3ela ofensa que tin&a feito ao Rei0

O #a4s n+o esta)a #re#arado #ara essa mesma constitui+o"

$a,al&+es Colao.

:m /516 tudo era t+o radical( que antes de ano e meio )oltou-se ao

re,ime a8soluto"

$anuel Lucena.

A constitui+o de /=D> tal como a de /=BB esta)am c&eias de normas

#ara n+o cum#rir Relati)amente conce#tual( &o2e em dia"

Lcia Amaral.

A constitui+o de /=BB resumia-se a um ritualismo constitucional

)a*io de sentido e contudo0

A de /=D>( na #arte( econmica( nos anos 56( 2; era t+o 8em

semQntica"

Co,*roar esta i+>ncia li,itada'

/" Sete constitui!es Fn+o se li,aram com o es#ao nem com o tem#o(

da4 &a)er sem#re outra90



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1" Hou)e 1 re)is!es constitucionais. Al,umas destas re)is!es

alteraram imenso o te%to( o que re)ela a inca#acidade do te%to" No

caso #ortu,u0

B" H; constitui!es que quase n+o )i,ora)am ou n+o )i,ora)am0

E" H; #er4odos em que se modi'ca a constitui+o( mas matem-se em

fun!es os mem8ros dos r,+os0

" :m /=//( e%iste na Assem8leia Constituinte( a#enas um #artido

F#artido re#u8licano9 n+o era #reciso )otar Fat /=/ n+o &ou)e

elei!es #ara os r,+os constitucionais #ara o #oder #ol4tico9

or,atiidade li,itada'

$a,al&+es colao. A ra*+o #ara estes factos reside na circunstQncia da

#ol4tica instrumentali*ar a norma constitucional"

2.6. A extraordinria *er,eailidade factual das

Constitui%?es escritas'

A#enas as que )i,oraram"

Carta Constitucional.

Autor. 3aulo Otero"

/" Constitui+o escrita.

/" Rei tem a centralidade no sistema de ,o)erno Ftitular do #oder

e%ecti)o e moderador90

1" As cortes concentra)am em si a com#et


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E" Atra)s dos decretos ditatoriais( &ou)e actos de re)is+o da carta"

Constitui+o de /=//.

Autor. $a,al&+es Colao"

Constitui+o escrita.

/" O #arlamento tem o e%clusi)o do #oder constituinte0

1" A constitui+o assenta na su#remacia do 3arlamento so8re o

e%ecuti)o0

B" O 3residente da Re#8lica um r,+o tolerado Fn+o tem #oder

efecti)o9"

Constitui+o n+o-o'cial. ;-se uma re)olta dos factos contra a lei

escrita

/" 3raticamente )i)e-se em re,ime de decretos com fora de lei0

1" Todos )oltam os ol&os #ara o es#ao do ,o)erno0

B" O #residente da re#8lica foi o8ri,ado a destacar-se"

Constitui+o de /=BB.Autor. 3aulo Otero"

/" A#esar do te%to fa*er do 3residente da Re#8lica o centro do sistema

#ol4tico" Na #r;tica( o centro era o 3reside do Consel&o de $inistros0

1" A#esar de a constitui+o di*er que o 3residente da Re#8lica nomeia

o 3rimeiro-$inistro( a )erdade que era ao contr;rio0

B" A#esar de a constitui+o dar um #oder le,islati)o ao o)erno em

casos es#eciais( o facto que o o)erno cont4nua a ter as mesmas

#r;ticas que )in&am anteriormente( e le,isla)a normalmente"

Constitui+o de /=D>.

Autor. 3aulo Otero"

As institui!es #ol4ticas est+o con',uradas se,undo tr


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:m rela+o ao estatuto do 3residente da Re#8lica( no nosso sistema

constitucional( reside( ainda a &o2e( um eni,ma n+o com#letamente

des)endado"

Constitui+o n+o-o'cial.

/" 3rimado le,islati)o do o)erno so8re a Assem8leia. O o)erno

introdu* as ,randes leis no 3arlamento0

1" Sistema 3arlamentar de a8inete. o)ernamentali*a+o e%trema

do ,o)erno"

$ 6. ece*%?es@ interre+nos e *adr?es estruturantes das

Constitui%?es escritas

6.1. As rece*%?es no constitucionalis,o *ortu+u>s'

Tese de 7ernando 3essoa. Como urbanizar Portugal?

Se,undo este( o constitucionalismo #ortu,u


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Constitui+o de /51>.

7onte irecta. Carta Constitucional de /51E( Constitui+o /511( #ro2ecto de

constitui+o de /51B e Constitui+o Krasileira de /5=/"

7onte $ediata. Constitui+o francesa"

7onte 3rofunda. Tradi+o #r-Li8eral e o constitucionalismo 8ritQnico"

Constitui+o de /5B5.

7onte irecta. Constitui+o de /511 e #recedentes"

7onte $ediata. Constitui+o 7rancesa de /5B6( mais a constitui+o Kel,a(

entre outras"

7onte #rofunda. Tradi+o #r-li8eral e constitucionalismo 8ritQnico"

Constitui+o de /=//.

7onte irecta. Constitui+o 8rasileira de /5=/ e( em #arte( a Constitui+o

francesa da III Re#8lica"

7onte $ediata. Constitui+o dos :stados Unidos e Constitui+o 7ederal

Su4a"7ontes 3rofundas. Anteriores constitui!es #ortu,uesas mon;rquias"

Constitui+o de /=BB.

7onte irecta. 3r;tica militar( Constitui+o alem+ de /51=( Carta de /=1> e

Constitui+o de /=//"

7onte $ediata. Constitui+o alem+ e Constitui+o italiana"

7onte 3rofunda. Tradi+o #r-li8eral( Constitui+o li8eral de /=// e

Sidonismo"

Constitui+o de /=D>.

7onte irecta. As duas #lataformas de acordo constitucional e al,umas leis

re)olucion;rias"

7onte $ediata. Constitui+o italiana( alem+( #eruana( entre outras"

7onte 3rofunda. Anteriores constitui!es #ortu,uesas F/=BB( em es#ecial9"

Conclus+o.



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/" As Constitui!es #ortu,uesas re)elam uma ,rande a8ertura ao

e%terior0

1" muito )ari;)el e relati)a dessas constitui!es0

B" Cada Constitui+o #ortu,uese ins#ira-se nas constitui!es

#ortu,uesas anteriores0

E" 3odemos aceitar a tese de RuV e $artim de Al8urquece que a'rma

que estamos #erante );rias edi!es da mesma constitui+o" Ho2e. >

edi+o0

" Se,undo o #rof" 3aulo Otero( estas inMuncia'

Sculo WIW. 7rana Fmas a#ro%imadamente aos :UA e In,laterraX90

7inal do sculo WW. Aleman&a e :UA"

6.2. #s interre+nos constitucionais'

Conceito. Aus


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/=1> @ /=BB. A constitui+o de /=// est; em )i,or na #arte dos ireitos

fundamentais"

/=DE @ /=D>. B> leis a#ro)adas Fleis re)olucion;rias9( a Lei nYBJDE que re#Zs

materialmente em )i,or a constitui+o de /=BB naquilo que n+o ofendesse

o #ro,rama do $7A"

# Gue te, e, co,u,H

/" Corres#ondem sem#re a #er4odos de ditadura e destes #er4odos

que resulta a maior ofensa s duas 'nalidades do constitucionalismo.

se#ara+o de #oderes( 8em como aos direitos das #essoas01" O #oder #ol4tico e es#ecialmente o #oder le,islati)o est; sem#re

concentrado nas m+os do e%ecuti)o0

B" Nestes #er4odos( #articularmente no seculo WW( &; #uls+o criadora e

ino)adora dos #ortu,ueses Fdecis!es fundamentais9"

6.6. #s *adr?es estruturantes das Constitui%?es escritas'

Princ3*ios Gue identi(ca, cada constitui%&o'

Constitui+o de /511.

Rom#eu com o anti,o re,ime Ffundado num #rinci#io de le,itimidade

tradicional( onde n+o &a)ia se#ara+o de #oderes( ,arantia dos direitos

indi)iduais e uma Constitui+o escrita9"

Ao ro,*er co, este re+i,e@ a*resentou 6 inoa%?es'

/" A constitui+o funda-se num #oder constituinte

1" :ste #oder e%i,e uma certa formali*a+o" Neste caso( uma elei+o

#ela assem8leia constituinte0

B" esta decreta+o resulta um estatuto fundamental do estado

decretado a8ru#tamente( decretado daqui #ara diante0

uma constitui+o com as#ira+o democr;tica" omes Canotil&o( como

outros autores( a'rmam que uma Constitui+o quase re#u8licana"

Caracteria-se'



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/" 3ela di)is+o r4,ida de #oderes. O #oder e%ecuti)o #ertence ao rei Fque

nomeia e demite os seus secret;rios de :stado9( o #oder le,islati)o

#ertence a um #arlamento unicameral Fcortes9 e o #oder 2udicial ca8e

aos 2u4*es0

1" A constitui+o n+o media freios e contra#esos" :ra uma se#ara+o

r4,ida maneira de [ant"

B" O Rei n+o tin&a #oder de )eto( nem de dissolu+o das cortes"

=or,a de estado'

A corte #ortu,uesa foi #ara o Krasil( em /5/( e #assou-se de um

:stado unit;rio #ara uma Uni+o Real" Contudo( entretanto o Krasil decreta a

sua inde#end.



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Tra* ino)a!es( so8retudo( no #lano #ol4tico" esde lo,o( na forma como o

#oder #ol4tico e o #oder constituinte s+o e%ercidos. o rei a8soluto que

e%erce o #oder constituinte( auto-limitando o seu #oder" A isto se c&ama o

fenmeno de auto-limita+o do #oder"

Caracter4sticas.

/" A carta uma Constitui+o Fo te%to9 com#romissrio( uma )e* que

tenta conciliar o li8eralismo franc" O rei ocu#a o lu,ar central( #orque titular e e%erce o #oder

moderador"

D" O rei tem ainda faculdade de se intrometer nos demais #oderes" 3or

e%em#lo( nomeando os 2u4*es"

5" A lei s e%iste se o rei concordar FSan+o real9" A San+o Real

si,ni'ca um acto de consentimento da #arte do rei0

=" O rei codecide em matria le,islati)a0

Marcello Caetano' A carta era a mais mon;rquica das constitui!es

mon;rquicas"



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Contudo( tenta-se a concilia+o com a se#ara+o de #oderes" Ou se2a(

#assa &a)er um #arlamento que tem o #oder de re)is+o constitucional"

3ortanto( o #oder de re)er a carta n+o #ertence ao rei( mas( em e%clusi)o(

ao #arlamento"

/6"H; tam8m o recon&ecimento dos direitos indi)iduais dos cidad+os -

arti,o /EY0

//"Sistema equili8rado de #rotec+o dos direitos indi)iduais" 3or

e%em#lo( um desses direitos o direito a socorros #8licos F&o2e em

dia denomina-se ireito ao m4nimo de e%ist


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1" 3rocurou conciliar duas coisas. O #rinc4#io mon;rquico Fque )in&a da

Carta Constitucional de /51>9 com o #rinc4#io da so8erania nacional

Fque )in&a da Constitui+o de /51190

B" Constitui+o #act4cia. H; um #acto entre a na+o e o #oder do rei FA

rain&a d; a sua san+o constitui+o90

E" O rei continua a ser o c&efe do #oder e%ecuti)o e continua a ter a

san+o da lei" O rei tem consider;)eis #oderes na constitui+o"

Princ3*ios estruturantes da constitui%&o' FS+o os mesmos que

decorrem das constitui!es anteriores9

/" 3rinc4#io da arantia dos ireitos Indi)iduais @ Arti+o 7. Nin,um

#ode ser o8ri,ado a fa*er ou dei%ar de fa*er sen+o o que a Lei ordena

ou #ro48e"0

1" 3rinc4#io da So8erania Nacional @ Arti+o 66. A So8erania reside

essencialmente em a Na+o( da qual emanam todos os #oderes

#ol4ticos"0

B" 3rinc4#io da i)is+o de 3oderes @ Arti+o 64. Os #oderes #ol4ticos

s+o o Le,islati)o( o :%ecuti)o e o udici;rio" \ /"Y ] O 3oderLe,islati)o com#ete s Cortes com a san+o do Rei" \ 1"Y ] O

:%ecuti)o ao Rei( que o e%erce #elos $inistros e Secret;rios de

:stado" \ B"Y ] O udici;rio aos u4*es e urados na conformidade da

Lei. e o arti+o 65. Os #oderes #ol4ticos s+o essencialmente

inde#endentes. nen&um #ode arro,ar as atri8ui!es do outro"0

E" Reforo do #rinc4#io re#resentati)o( #orque as duas cQmaras do

#arlamento FCQmara dos de#utados e Senado9 #assam a ser eleitas

#or sufr;,io directo"

oidades desta constitui%&o'

/" Introdu+o de no)os direitos" Como #or e%em#lo. direito de reuni+o(

direito de associa+o e direito de resist


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Continua ainda a ser uma constitui+o de estado li8eral( ou se2a( n+o

&; direitos sociais e n+o &; inter)en+o do estado na economia"

oidades desta constitui%&o'

/" Concis+o do te%to Fs tem 5D #receitos curtos90

1" 7orma re#u8licana de ,o)erno0

B" Se#ara+o das i,re2as e do estado0

E" Cl;usula a8erta de direitos fundamentais Farti,o EY9" Isto si,ni'ca que

alm dos direitos fundamentais #re)istos na constitui+o #ode &a)er

outros #re)istos nas leis0

" A #re)is+o do limite material ao #oder de re)is+o constitucional @

arti,o 51Y0

iste,a de +oerno'

At /=/= a Constitui+o consa,ra)a um sistema #arlamentar de

assem8leia.

/" O #residente da re#8lica( que eleito #elo #arlamento( n+o tin&a o

#oder de )eto( nem o #oder de dissolu+o01" O #arlamento #odia destituir o 3residente da Re#8lica #or um )oto

de 1JB0

B" O #arlamento( c&amado Con,resso nos :stados Unidos( era com#osto

#or uma cQmara de de#utados Fmandato de tr


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Constitui+o de /=BB.

Caracter3sticas desta constitui%&o'

/" Ino)a no que di* res#eito ao e%erc4cio do #oder constituinte( #orque

&; aqui um #le8iscito0

1" anti-li8eral( anti-democr;tica( anti-#arlamentar e anti-#artid;ria0

B" Tem uma ideia cor#orati)a do estado( num estado forte0

E" Constitui+o que inter)m na economia e que recon&ece direitos

sociais0

" Constitui+o( em ,rande medida( semQntica que restrin,e ou ne,a os

direitos( li8erdades e ,arantias( es#ecialmente( os #ol4ticos( como o

direito de associa+o #ol4tica0

>" Caracteri*a-se #or uma concentra+o de #oderes no 3residente do

Consel&o de $inistros e #ela atri8ui+o ao ,o)erno de uma

com#et


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B" Constitui+o que deu uma carin&osa aten+o aos direitos(

li8erdades e ,arantias"

iste,a de oerno'

3rocurou e)itar as constitui!es de /=BB e de /=//( isto ( e)itar dar um

#a#el e%cessi)o ao #arlamento e e)itar dar um #oder e%cessi)o ao

e%ecuti)o" este modo( #rocurou criar um sistema de ,o)erno &i8rido

Fmisto9.

/" O 3residente da Re#8lica #assou a ser eleito #or sufr;,io uni)ersal

directo( com o #oder moderador e o #oder de re)ela+o #ol4tica0

1" H; o Consel&o da Re)olu+o que tem fun!es #ol4ticas( le,islati)as e

de controlo da constitucionalidade0

B" :stado inter)encionista( ins#irado num #rinc4#io transformador da

sociedade( #ois quer camin&ar #ara uma sociedade sem classes

Fe%iste( assim( um #rinc4#io de transi+o #ara o socialismo90

E" Consa,ra um role )asto de direitos econmicos( sociais e culturais e

estes direitos im#licam. Arti+o 50 - A a#ro#ria+o colecti)a dos

#rinci#ais meios de #rodu+o( a #lani'ca+o do desen)ol)imentoeconmico e a democrati*a+o das institui!es s+o ,arantias e

condi!es #ara a efecti)a+o dos direitos e de)eres econmicos(

sociais e culturais"$uito im#ortante^^

3ntese reca*itulatia (nal'

Ti#os de :stado.

/" At /51> um :stado Li8eral de ireito0

1" :ntre /51> a /=DE( o estado anti-li8eral( autorit;rio e cor#orati)o0

B" :ntre /=DE a /=D>( o estado #ara-democr;tico e inter)encionista

mar%i*ante Finter)en+o mar%ista90

E" :ntre /=D> a /=51( o :stado tende a ser um estado social e

democr;tico de ireito"

Se#ara+o de #oderes.

/511. H; uma se#ara+o r4,ida maneira de [ant0

/51>. Introdu* o quarto #oder( o #oder moderador( de Ken2amin Constant0



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/5B5. Re,ressa aos tr. H; uma se#ara+o e interde#end. Na #r;tica( e)oluiu #ara o sistema #arlamentar ornianista" Isto ( o

,o)erno res#ondia #oliticamente #erante o rei e #erante o #arlamento"

um sistema dualista( uma )e* que &; uma du#la res#onsa8ilidade do,o)erno"

/5B5. Tam8m &; um sistema #arlamentar ornianista"

/=//. Sistema #arlamentar de assem8leia"

/=BB. Concentra+o de #oderes no ,o)erno( um ,o)erno autorit;rio"

/=DE @ /=D>. Sistema de ,o)erno autorit;rio"

/=D>- /=51. Sistema semi-#residencialista"

/=51 at actualidade. Sistema &i8rido( dif4cil de quali'car"

Sistema de 3artidos.

At /51 n+o &; #artidos( em8ora &a2a setem8rista( cartistas( etc"( mas

n+o &; #ro#riamente um #artido( um estado sem #artido" e#ois( o

sistema um 8i#artidarismo a #olicial #ortu,uesa( que se c&ama

rotati)ismo" Na I re#8lica( comea-se com o #artido nico F/=/6-/=//9 e

de#ois entra-se num multi#artidarismo( com um #artido dominante" Neste

caso( o #artido de Afonso Costa" Na Constitui+o de /=BB( o :stado tem

um #artido nico( denominado Uni+o Nacional" :m /=DE( entramos no



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multi#artidarismo" :m #rimeiro lu,ar( num multi#artidarismo condicionado

#elos militares e de#ois( em se,undo lu,ar( desde /=51( num

multi#artidarismo de #artido dominante Fora 3S( ora 3S9" Ou se2a( um

#artido que tem mais de B_ dos )otos"

$ 4. 9nese@ a*roa%&o e transfor,a%?es da Constitui%&o de178B4.1. A +9nese atriulada da Constitui%&o de 178B'

:stamos a cele8rar os E6 anos da conce#+o Fum dos momentos mais

im#ortantes foi a elei+o da Assem8leia Constituinte" 3ela #rimeira )e*( o

#o)o #ortu,u foi( de facto( #articularmente

atri8ulada( tal como seria o nascimento e os #rimeiros anos de )ida da

constitui+o( uma )e* que.

/" :m /=D @ /=D>( &ou)e uma forma democr;tica do e%erc4cio do #oder

constituinte Fal,o que nunca tin&a acontecido( em termos #ol4ticos

anteriormente( ainda que so8 o condicionamento re)olucion;rio90

1" Os nossos interre,nos constitucionais( todos os interre,nos

constitucionais( foram #er4odos marcados #or ,rande tur8ul


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B" em /=D @ /=D> que se inicia o constitucionalismo #ara-

democr;tico e democr;tico"

3rocesso de ,nese da constitui+o.

:m 1 de A8ril de /=DE( &ou)e um ,ol#e de estado militar que derru8ou

o re,ime autorit;rio( o re,ime do :stado No)o( e que #roclamou( na

madru,ada do dia 1>( um #ro,rama do $o)imento das 7oras Armadas(

onde se esta8elecia( entre outras coisas que seria eleito( no #ra*o de /1

meses( uma Assem8leia Constituinte Fe foi cum#rido( #orque ela foi eleita

em A8ril de /=D9"

:ste ,ol#e de estado ra#idamente se transformou numa re)olu+o que

'cou ainda marcada #elo facto de &a)er );rias ru#turas na re,ularidade" Ou

se2a( &ou)e );rios e#isdios re)olucion;rios ao lon,o desses dois anos que

n+o recondu*iram( di,amos assim( ideia de direito e ideia de #oder

constituinte ori,in;rio"

ota'O #ro,rama do $o)imento das 7oras Armadas 2; c&ama)a a este

#er4odo( em que n+o &a)ia ainda constitui+o( #er4odo de e%ce#+o" O

#er4odo de e%ce#+o fa* lem8rar o estado de s4tioJestado de emer,


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le,itimidade da Assem8leia Constituinte Fque )ai ser eleita no m


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B" Sur,iu );rios #artidos. Seis #artidos que esti)eram de#utados na

Assem8leia Constituinte e todos eles a#resenta)am os seus #ro2ectos

de Constitui+o"

Juais as nor,as constitucionais Gue estiera, e, i+or

neste *er3odoH

7oram a#ro)adas B leis constitucionais e( ainda( 'cou esta8elecido

que a Constitui+o de /=BB mantin&a-se transitoriamente em )i,or naquilo

que n+o ofendesse os #rinc4#ios #re)istos no #ro,rama do $7A( 8em como

os #rinc4#ios #re)istos nessas leis constitucionais" curioso( na nossa &istria constitucional( este facto. interre,no em que

se fa* a distin+o entre leis formalmente constitucionais e leis ordin;rias"

Se,undo $i,uel al)+o Teles( uma das #articularidades das coisas mais

que sin,ulares do interre,no a distin+o entre leis constitucionais e leis

ordin;rias Fque eram os decretos de lei( a#ro)ados #elo ,o)erno e de#ois

tam8m a#ro)ados #elo Consel&o do C&efe-:stado $aior e( mais tarde(

a#ro)ados tam8m #elo Consel&o da Re)olu+o9"

Leis constitucionais.

/" as );rias leis constitucionais FB9( a maior #arte delas foram so8re

descoloni*a+o" Na o#ini+o do re,ente( tem a )er com o territrio e(

#ortanto( da inde#end


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remete-nos #ara a constitui+o de /=BB( em matria de direitos

fundamentais" :st+o aqui as tr


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cederam im#osi+o dos militares de assinarem o tal acordo com

estes F#lataforma de acordo constitucional9" :( #ortanto( em /B de

A8ril( a /1 dias das elei!es( foi cele8rado esse acordo com os

#rinci#ais #artidos" :ste documento( #lataforma de acordo

constitucional( tin&a um elemento doutrin;rio Fsocialismo( que se

c&ama)a na #lataforma a )ia ori,inal #ara o socialismo #ortu,u(E_0 o 3C3 /1(_0 o CC D(D_ e o 73C: Ffora muito #r%ima do

3C39 o8te)e E(_0 $3 o8te)e /_ Nen&um #artido te)e maioria

a8soluta"

>" Nesse #er4odo( entre o 25 de Aril de 1785 e a elei%&o da

Asse,leia ConstituinteFque comea a tra8al&ar no dia 1 de ul&o

de /=D at a 1 de No)em8ro9( estamos num #er4odo de ditaduramilitar( em que o #a4s est; naquilo a que se c&amou o 3R:C F3rocesso

Re)olucion;rio em Curso9" H; ,o)ernos( e al,uns desses ,o)ernos

seriam #resididos #or militares afectos esquerda" 3ortanto( &; um

conMito entre esse #oder #ol4tico mar%i*ante e( #or o outro lado( a

Assem8leia Constituinte que esta)a a fa*er a constitui+o" :m ul&o

de /=D( o #rof" or,e $iranda escre)e Fe ainda &o2e matem essa

ideia9. A Assem8leia da Re#8lica #ensou at que ia desa#arecer

F9( #orque o $7A esta)a a a#ro)ar no)os documentos #ol4ticos

tendentes a neutrali*ar o tra8al&o da Assem8leia da Re#8lica" $as

foi nesses meses Fun&o( ul&o( A,osto e Setem8ro9 que a Assem8leia

da Re#8lica a#ro)ou a maior #arte das normas" 3ortanto( a

Assem8leia Constituinte ela8orou a Constitui+o no #er4odo mais

tur8ulento do interre,no constitucional Ffe* a constitui+o em clima

de re)olu+o9 e ela #r#ria reMecte as condi!es #elo #rocesso a que

#assou" Alm disso( a constitui+o foi ,randemente limitada em

)irtude dos condicionamentos que resultaram das #lataformas de



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acordo constitucional( no que di* res#eito ao sistema de ,o)erno e no

que di* res#eito 'scali*a+o da constitucionalidade( mas tam8m

no que toca aos #rinc4#ios fundamentais"

Conclus&o' Uma ,esta+o traum;tica que( naturalmente( tin&a-se que

reMectir na #r#ria constitui+o"

4.2. # ,odelo Kur3dico-*ol3tico ori+inrio' u,a Constitui%&odiidida'A constitui%&o co,o sur+iu na sua ers&o ori+inria'

O resultado deste #rocesso aca8ou lo,o #or n+o ser o nascimento de

uma constitui+o que se a#resenta)a( )ista desarmada( #articularmente#ro8lem;tica"

3ro8lem;tica( #orque ela nascia de um conMito de le,itimidades. Ha)ia a

le,itimidade re)olucion;ria( que esta)a incor#orada nas #lataformas e que

foi transitada #ara a Constitui+o( e a le,itimidade democr;tica"

3ro8lem;tica( #orque tin&a sido tra*ida #ara a Constitui+o fruto de uma

im#osi+o de uma doutrina #o#ula+o( que era o socialista" : o ,o)erno

era o8ri,ado a #rosse,uir esta doutrina"

Se,undo o arti,o /5YJ1 da CR3 O ,o)erno e%ecuta a sua #ol4tica comres#eito #ela constitui+o( #or forma a corres#onder aos o82ecti)os da

democracia e da constru+o do socialismo" Ou se2a( os ,o)ernos( mesmo

que n+o fossem socialistas( eles tin&am que fa*er a sua #ol4tica com a

doutrina do socialismo"

3ro8lem;tica( #orque se sa8ia( desde lo,o em fun+o dos resultados

eleitoral( que a constitui+o n+o e%#rimia um 8om senso fundamental(

desi,nadamente em torno desta direc+o doutrin;ria e( #ortanto( a

constitui+o n+o cum#ria a sua fun+o #rim;ria Fque a fun+o de

conse,uir a unidade #ol4tica( fun+o de inte,ra+o9"

Caracter3sticas'

A constitui+o a#resenta)a-se como um con2unto de );rios acordos entre

);rios #artidos #ol4ticos diferentes( conforme as #artes da constitui+o(

foram feitos numa situa+o &istrica cr4tica( es#ecial"



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Constitui+o marcada( na sua estrutura( #or e%cesso( entorses(

desequil48rios( contradi!es( matrias que n+o de)iam contar nela e #odiam

ter sido erradicadas( de#ois do 1 de No)em8ro de /=D"

e todas estas ideias( ressal)ou a ideia de que a Constitui+o era uma

constitui+o di)idida" 3ara al,uns autores( como( #or e%em#lo( o #rof" Lucas

3ires( &a)ia mesmo dentro da Constitui+o duas constitui!es( &a)ia duas

alas" :( se,undo este( uma de)ia matar a outra( #orque n+o #odiam )i)er as

duas na mesma carta.

/" Uma Constitui+o Li8eral e emocr;tica0

1" Uma Constitui+o Autorit;ria e Socialista"

3ara outros( na Constitui+o( &a)eria so8re#osi+o de tend


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sucessi)amente feitos e s no 'nal do acordo de /=5= que se #ode di*er

que e%istiu um consenso funcional so8re a constitui+o"

Se,undo autores como o #rof" $arcelo Re8elo de Sousa( 3edro de

Andrade ou 3aulo Otero( as res#ostas s ,randes quest!es que a

Constitui+o coloca)a iam ser dadas( essencialmente( #ela #r;tica

constitucional( #ela forma como as normas iam ou n+o ser a#licadas( e #ela

forma+o do costume contr;rio da dele,a+o ori,in;ria" :( se,undo estes

autores( al,umas normas da constitui+o nunca sa4am do #a#el( isto (

#artida( estas normas( nunca foram normas 2ur4dicas( como( #or e%em#lo( a

transi+o #ara o socialismo"

A constitui+o de /=D> 2; sofreu D re)is!es constitucionais. /=51( /=5=(

/==1( /==D( 166/( 166E e 166D" :( ao lon,o destes E6 anos( #odemos falar

em );rias fases quanto aos #rocessos de re)is+o da constitui+o.

/" Pri,eira fase' 7ase da Puest+o Constitucional" H; uma quest+o

constitucional( isto ( o #ro8lema sa8er se a constitui+o tem

)ia8ilidade ou n+o - dura at /=5=( ano em que se resol)e este

#ro8lema"

1" e+unda fase' 7ase da su#ress+o da quest+o constitucional( queocorre de /=5= a /==D"

B" erceira fase'7ase da quest+o das re)is!es constitucionais( que se

inicia em /==D e dura at 16//( #orque em 16/6 o Y 3assos Coel&o

a#resentou um #ro2ecto de re)is+o que continua)a nessa o8sess+o

#elo re)isionismo constitucional"

E" Juarta fase' 7ase de a#arente su#ress+o do Re)isionismo

Constitucional" A #artir de 16//( #arece ter cessado essa o8sess+o"

Contedo destas re)is!es constitucionais.

eis&o de 172'3rocedeu desmilitari*a+o do sistema #ol4tico

Fafastando tam8m as #rinci#ais frmulas re)olucion;rias9(

consolidou a a'rma+o do #rinc4#io do :stado de ireito e remo)eu

di)ersas entorses ao #rinc4#io democr;tico( at a4 su8sistentes0

eis&o constitucional de 177' Redireccionou o re,ime

econmico Fa8olindo nomeadamente a re,ra que im#un&a a



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irre)ersi8ilidade das nacionali*a!es9 e #reocu#ou-se com o

a#erfeioamento 2ur4dico do te%to constitucional0

eis&o de 1772'3rocedeu constitucionali*a+o das solu!es do

Tratado de $aastric&t0

eis&o de 1778' Reforou os direitos fundamentais

Fnomeadamente #ela #re)is+o de um direito ao desen)ol)imento da

#ersonalidade9 e Me%i8ili*ou di)ersas estruturas constitucionais

Fnomeadamente #ela desconstitucionali*a+o de matrias90

eis&o de 2001'A8riu a #orta rati'ca+o do :statuto do Tri8unal

3enal Internacional e introdu*iu im#ortantes restri!es a di)ersosdireitos( li8erdades e ,arantias0

eis&o de 2004' 3rocedeu ao a#rofundamento das autonomias

re,ionais0

eis&o de 2005'?eio #ermitir o referendo a tratados euro#eus"

Conclus&o'

Re,ente. O facto de terem sido feitas D re)is!es( com centenas de

altera!es Fmais de D66 #receitos9 constitui+o( mostra que( #elo menos(n+o &; um res#eito #articular da constitui+o" :( #ortanto( o consenso

constitucional ainda al,o que falta alcanar( de al,um modo( na nossa

&istria constitucional"

!,a e Gue a Llti,a reis&o 9 de 2005@ *assados de anos ser

Gue entretanto existiu consensoH N+o( nem &; um reforo do consenso

constitucional( #orque todos os dias qualquer 2urista #ro#!e reformas

constitui+o( dos mais )ariados temas"

4.4. Duas datas funda,entais' 172 e 17B'

172' 3onto de c&e,ada do constitucionalismo #ortu,u


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e%em#lo( um )ast4ssimo consenso #or #arte das foras #ol4ticas quanto s

solu!es encontradas"

17B'$arca a reorienta+o euro#eia de 3ortu,al" 3ortu,al 'nalmente )olta-

se( de um #onto de )ista constitucional( #ara a euro#a e com ades+o s

comunidades econmicas euro#eias" urante sculos( 3ortu,al este)e

)irado #ara o ultramar" :ste facto rele)ante de um #onto de )ista do

desen)ol)imento constitucional e da identidade constitucional"

esen)ol)imento constitucional. Isto ( da forma como de)emos

inter#retar a constitui+o" Ao entrarmos na C::( em /=5>( 'cou

automaticamente certi'cado que as normas da constitui+o de D>( da

#arte econmica( n+o tin&am a#lica+o" Certi'ca+o do desuso

dessas normas( #orque 4amos entrar num sistema que era ca#italista

e a nossa constitui+o tin&a uma direc+o ainda socialista" :sta

reorienta+o econmica 'cou con'rmada na re)is+o constitucional de

/D=5( como todas as outras re)is!es"

Identidade constitucional. Se,undo o #rof" 3aulo Otero( &; uma srie

de sinais que #ro)am que a identidade da Constitui+o n+o

e%actamente a mesma( em )irtude desta inte,ra+o no es#ao

euro#eu" 3or e%em#lo( a #erda da com#et


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a8andonado o mar%ismo( e s )ai acontecer em /=D=" ado muito

im#ortante( #orque desde /=D> )i)emos num estado de #artidos^

1" 7acto de( em /=5D( o #rof" Ca)aco Sil)a ter o8tido uma maioria

a8soluta #ara as elei!es #ara assem8leia da re#8lica" : isto( )eio

de al,um modo( transformar o nosso sistema de ,o)erno( #orque

desde /=5D que o nosso sistema de ,o)erno tem funcionado em

termos de #arlamento( #arlamentarismo de ,a8inete" Ou se2a( o

#oder est; concentrado no ,a8inete do 3rimeiro-$inistro" 3rimado

do :%ecuti)o. Ho2e( o #rimado do o)erno e do 3rimeiro-$inistro"

4.B. xcurso' u,a Constituio transfguradaH

Uma #er,unta destas( feita a 2uristas e%iste )ariadas res#ostas"

Al,uns autores( como o #rof" Lu4s $" FX9( c&e,aram a di*er que em /=51(

nasceu uma no)a constitui+o"

H; outros autores( como Cardoso da Costa( que dei%am a res#osta

em )rtice F dif4cil de res#onder9"

O #rof" Lucas 3ires( defendia que &a)ia duas constitui!es dentro da

Constitui+o Fsendo que uma constitui+o de)ia matar a outra. A

constitui+o li8eral democrata matou a constitui+o socialista e autorit;ria

que e%istia ao inicio9"

No entanto( uma 8oa #arte da doutrina( como( #or e%em#lo( o #rof"

or,e $iranda( o #rof" omes Canotil&o( entre outros( admitem que a

constitui+o ainda se2a a mesma"

Se,undo o #rof" 3aulo Otero( a constitui+o( uma constitui+o

trans',urada( isto ( mudou a sua identidade em resultado de uma srie de

factores. A#arecimento de uma constitui+o n+o-o'cial( &erana do :stado

No)o( #a#el dos #artidos #ol4ticos( #a#el da inte,ra+o euro#eia e o

constitucionalismo transnacional"

e+ente'

/" Se( #ara ns( a constitui+o fosse a#enas um te%to( eu teria deadmitir n+o s a trans',ura+o( 8em como o facto de estarmos



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#erante outra constitui+o( #ois o te%to n+o o mesmo" $as #ara

ns( a constitui+o n+o o te%to" O te%to a#enas a #arte )is4)el da

constitui+o" A constitui+o tem uma estrutura( s+o os seus #rinc4#ios

fundamentais e a constitui+o tem uma li,a+o com a #r;tica

constitucional0

1" A Constitui+o ( antes de mais( um con2unto de #rinc4#ios que se

e%#rime atra)s de uma ordem quadro e uma ordem a8erta" Isto ( a

constitui+o uma estrutura Me%4)el de #rinc4#ios( n+o uma lei

)ul,ar" A constitui+o uma ordem es#ecial0

B" Se nos admitirmos a #ossi8ilidade de manter a#enas uma

constitui+o com );rias edi!es( isto n+o im#ede de que &ou)e

mudanas #rofundas( #orque foram alterados #rinc4#ios"

$ 5. !,a s3ntese do constitucionalis,o *ortu+u>s'uas di)er,


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B" A terceira nota tem a )er com a ori,em e a sucess+o das );rias

constitui!es #or ru#turas"

E" A quarta nota a im#ortQncia do constitucionalismo #ortu,u


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desde o sc" WII( o atraso educati)o( o im#ro)iso( a #rima*ia do dissenso

so8re o consenso( as ra*!es #ara discordar s+o mais do que as ra*!es #ara

concordar( a de8ilidade da sociedade ci)il( os lon,os #er4odos da nossa

&istria constitucional de concentra+o de #oderes( a#elo constante

ru#tura como forma de resol)er os #ro8lemas( a de8ilidade do sistema de

#artidos"

A(nal@ o nosso constitucionalis,o caracteria-se *elas

ru*turas ou *elas continuidadesH

7ormalmente( &; ru#turas e( #or isso( sucede-se constitui!es"Contudo( materialmente( &; continuidades( #ois o que 'ca muito mais do

que aquilo que o82ecto de re)olu+o"

Jual a relencia dos factores extra-Kur3dicosH

Na o#ini+o do re,ente( estes factores #esam mais do que os te%tos

constitucionais e( #ortanto( s+o #re)alecentes so8re os factores 2ur4dicos"

5.1. As ,arcas do constitucionalis,o *ortu+u>s'Caracteri*a+o do Const" 3ortu,u


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1" Puando c&e,amos era das constitui!es( /511( n+o &; d)ida que

em 3ortu,al &; uma miti'ca+o da constitui+o" 3assa a ser uma

es#cie de eusa( mas a#enas um mito( #orque est; sem#re a ser

reno)ada e a n+o ser a#licada" O mito com#ro)a-se( uma )e* que nos

#er4odos de interre,no constitucional )eri'ca-se que( de facto( as

fun!es da constitui+o a4 que s+o mesmo des#re*;)eis( #orque

n+o &; nem se#ara+o de #oderes( nem ,arantia dos direitos"

B" A#esar das ru#turas formais das re)olu!es( dos );rios te%tos

constitucionais que se )+o sucedendo( &; uma im#ressionante

continuidade entre esses te%tos Fos te%tos s+o muito #r%imos uns

dos outros9" Os #rinc4#ios que est+o nessas constitui!es s+o tam8m

muito #r%imos" As institui!es s+o tam8m elas #r%imas" e tal

modo que #oss4)el defender a tese se,undo a qual cada

constitui+o est; sem#re mais #r%ima da constitui+o anterior"

E" Os interre,nos constitucionais #ortu,ueses t


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de dissenso( #orque #referem discordar do que concordar( da4 n+o

&a)er um consenso"

D" Os te%tos constitucionais mostram uma ,rande intranquilidade( isto (

os te%tos est+o sem#re a ser me%idos" A#esar de &a)er uma

su8stQncia e uma continuidade( entre aquilo que eles di*em( o que

um facto que os te%tos est+o sem#re a ser alterados" 3rimeiro(

temos seis constitui!es0 Se,undo( temos 1 re)is!es constitucionais0

Terceiro( mais do que mil arti,os alterados em constitui!es que s+o

muito #arecidas"

5.2. A )i*tese de u,a Constituio portuguesan&o datada'e+ente'

N+o de)emos confundir Constitui+o de /=D> com Constitui+o

#ortu,uesa" Neste sentido( a Constitui+o 3ortu,uesa de)e ser entendida

e de)e com#reender.

/" Com#reende o te%to da constitui+o escrita em )i,or( no nosso caso(

a constitui+o de /=D>( mas n+o se resume constitui+o de /=D>"

1" Com#reende as ra4*es &istricas e as inMu"

B" Constitui+o realmente a#licada" O que interessa ao

constitucionalismo a constitui+o real e( #ortanto( a Constitui+o

#ortu,uesa n+o #ode dis#ensar( nem ne,li,enciar a #r;tica

constitucional"

5.6. xcurso' a *roKec%&o externa do constitucionalis,o*ortu+u>s'

H; autores que di*em 2; &o2e que( de tal modo( e%iste uma #ro2ec+o

do constitucionalismo #ortu,u


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Constitucionalismo #ortu,u

Fsendo que a maior #arte dos autores fala da Constitui+o #ortu,uesa de

/=D>9( #orque n+o #odemos estar a falar da #ro2ec+o te%tual( uma )e* que

2; sa8emos que e%iste cada )e* mais copy & past( #or e%em#lo( a

Constitui+o de Timor( de S+o Tom e 3r4nci#e( mas isto n+o #ro2ec+o do

constitucionalismo #ortu,u( #ro2ectou-se na Constitui+o :s#an&ola de /=D5( 8em como na

Constitui+o 8rasileira de /=55 e na Constitui+o moam8icana de

166E"

3ro2ec+o da constitui+o #or #l;,io. Caso da Constitui+o de S+oTom e 3r4nci#e( de muitos #receitos da Constitui+o de Ca8o ?erde(

da Constitui+o da uin Kissau( da Constitui+o de Timor Leste e(

em 8oa medida( da Constitui+o an,olana de 16/6"

e+ente'

Na sua #er#ecti)a temos de ir um #ouco mais lon,e do que

#ro#riamente a #ro2ec+o do te%to( noutros te%tos" Temos que analisar n+o

s a #arte )is4)el da Constitui+o de /=D> e a #arte )is4)el das constitui!es

#or ela inMuenciadas( mas temos que )er 8em a #arte #ura( a #arte in)is4)el

da Constitui+o de /=D>( 8em como a #arte in)is4)el das constitui!es #or

ela( e)entualmente( inMuenciadas"

S se #oder; a'rmar que &; uma a#ro%ima+o e)idente entre o

constitucionalismo #ortu,u


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H;( de facto( uma ,rande comun&+o a res#eito dos )alores fundamentais

su82acentes constitui+o"

Relati)amente aos outros #a4ses( o m;%imo que se #ode di*er que(

se,undo o #rof" or,e $iranda( em muitas formas e solu!es( &; inMu"

xiste u, constitucionalis,o de ,atri *ortu+uesaH

A doutrina maiorit;ria ne,a um constitucionalismo de l4n,ua

#ortu,uesa" 3rof" Klanco $orais( #or e%em#lo"

O #rof" $edeiros FX9( admite a e%ist


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:st; #ro)ado que e%iste uma corres#ond.

Nas )estes que ela &o2e a#resenta( a8andona)a a #arte &istrica( a

#arte da ci


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ireito( #rinc4#io democr;tico( #rinc4#io da socialidade( #rinc4#io da

i,ualdade( entre outros" e#ois( esses su8-#rinc4#ios( #or seu lado(

trans8ordam e )+o dar a uma in'nidade de re,ras que a ades+o( ent+o(

do meio ao #rinc4#io"

esde a nascente at s re,ras( o #rinc4#io tem este desen)ol)imento

em cascata"

3or isso mesmo e( uma )e*( que estamos #erante ,randes #rinc4#ios

muito )astos( e de#ois( uma )e* que eles se concreti*am nos su8-#rinc4#ios

e nas re,ras( al,uns destes su8-#rinc4#ios n+o tem contedo normati)o

#r#rio" Isto ( normati)amente( eles n+o di*em nada de seu( uma )e* que

aquilo que o seu contedo dado #elos tais su8-#rinc4#ios( re,ras e

#rinc4#ios" 3or isso( #odemos a'rmar que n+o tem um contedo muito

rele)ante #ara ser utili*ado autonomamente"

Contudo( o facto de n+o ter um contedo #r#rio n+o si,ni'ca que ele

n+o sir)a #ara al,uma coisa"

Puais s+o as fun!es destes #rinc4#iosX 3ara que ser)emXAqui 2; n+o o contedo normati)o( mas sim as fun!es" : nos )amos

identi'car( #or e%em#lo( quais as fun!es do #rinc4#io do :stado de ireito

emocr;tico( do #rinc4#io da i,nidade da 3essoa Humana( da i,ualdade(

entre outros"

Como 2; )imos( s+o #rinc4#ios muito )astos( muito com#le%os e muito

tra8al&ados #ela doutrina com ,randes di)er,


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Arti,o 1Y da Constitui+o da Re#8lica 3ortu,uesa. A Re#8lica

3ortu,uesa um :stado de direito democr;tico( 8aseado na

so8erania #o#ular( no #luralismo de e%#ress+o e or,ani*a+o #ol4tica

democr;ticas( no res#eito e na ,arantia de efecti)a+o dos direitos e

li8erdades fundamentais e na se#ara+o e interde#end


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e%#ress+o :stado de ireito nem :stado Social( #orque( na altura( a

constitui+o era socialista e ac&a)a-se que :stado de ireito era uma

',ura 8ur,uesa e n+o se quis :stado Social( uma )e* que na Constitui+o

de /=BB 2; a#ela)a ao :stado Social( #or e%em#lo( no arti,o >Y" : de#ois de

/=>5( com $arcello Caetano( na re)is+o de /=D/( fala)a-se num :stado

Social" 3ortanto( falar em :stado Social tin&a uma conota+o com o re,ime

do :stado No)o"

a4 se ter ado#tado a e%#ress+o :stado de ireito emocr;tico"

Ho2e em dia( en)ol)e :stado de ireito( mas tam8m n+o dei%a de en)ol)er

:stado Social( estado de 8em-estar"

Puanto su8stQncia.

Ns s #odemos ter uma ideia de su8stQncia de#ois de )ermos o

contedo" Isto ( as com#onentes deste #rinc4#io do :stado de ireito"

A )erdade que( como )imos anteriormente( no constitucionalismo

#ortu,u"

O #rinc4#io democr;tico( a democracia( essa sim( uma ino)a+o"

Antes de /=D> n+o &ou)e( de facto( um re,ime democr;tico( nem um

#rinc4#io democr;tico( no sentido que ele de)e ter actualmente"

?oltamos quest+o da #ositi)a+o.

Puais s+o as normas da constitui+o que esta8elecem este #rinc4#ioX

; )imos o arti,o 1Y e o arti,o =YJ89" H; que acrescentar.

Arti+o 8/B' 3ortu,al #ode( em condi!es de reci#rocidade( com

res#eito #elos #rinc4#ios fundamentais do :stado de direito

democr;tico e #elo #rinc4#io da su8sidiariedade e tendo em )ista a



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reali*a+o da coes+o econmica( social e territorial( de um es#ao de

li8erdade( se,urana e 2ustia e a de'ni+o e e%ecu+o de uma

#ol4tica e%terna( de se,urana e de defesa comuns( con)encionar o

e%erc4cio( em comum( em coo#era+o ou #elas institui!es da Uni+o(

dos #oderes necess;rios constru+o e a#rofundamento da uni+o

euro#eia" Arti+o /4' As dis#osi!es dos tratados que re,em a Uni+o

:uro#eia e as normas emanadas das suas institui!es( no e%erc4cio

das res#ecti)as com#et


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nascente( nascente de normas que s+o desco8ertas #elo Tri8unal

Constitucional" A comear #elo #rinc4#io da #ro#orcionalidade e o

#rinc4#io da #rotec+o da con'ana" :m 16/E( o Tri8unal

Constitucional desco8riu um no)o #rinc4#io. O #rinc4#io da

ra*oa8ilidade( retirado do arti,o 1Y" e#ois( retirou di)ersas

,arantias( #or e%em#lo( ,arantias em matria criminal" 7oi atra)s do

arti,o 1Y( em articula+o com o arti,o /Y e o arti,o >BY( da

Constitui+o( que o Tri8unal Constitucional fundamentou o direito ao

m4nimo de e%ist


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Constitui+o estar; sem#re a equi#arar com formas de concreti*a+o do

#rinc4#io do :stado de ireito emocr;tico" Acrescenta ainda( o cora+o da

Constitui+o encontra-se nele"

3rof" 3aulo Otero.

O conceito de :stado de ireito emocr;tico uma e%#ress+o s4ntese

da orienta+o ltima da Constitui+o nos res#ecti)os #ressu#ostos e meios

de concreti*a+o"

omes Canotil&o e ?ital $oreira.

:stamos #erante um conceito-c&a)e que ( #articularmente(

com#le%o( na Constitui+o"

.6. Caracter3sticas e fun%?es; re,iss&o'

Caracter4sticas.

/" Carcter *ri,rio'Como di* a #rof" Lcia Amaral( o #rinc4#io do

:stado de ireito emocr;tico a #rimeira decis+o que um le,islador

constituinte toma" Isto ( no arti,o 1Y que est; esta #rimeira

decis+o F ori,in;ria e a #rimeira9"

1" Carcter co,*lexo ou co,*reensio'Uma )e* que uma forma

muito am#la( ela en)ol)e muito mais do que uma #areceria em

termos lin,u4sticos" :stado de ireito emocr;tico ( de facto( mais

do que emocracia( mais do que :stado de ireito" Alm disso(

a#arece dentro da frmula realidades que est+o nos outros #a4ses

se#aradas"

6. Carcter de s3ntese' O #rinc4#io )ai alm disso( mais do que

com#reensi)o" um #rinc4#io que( no 'm de contas( resume toda a

Constitui+o"

S que nestas tr


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dado #or si mesmo" 3ode ser usado #ara e%trair uma norma" uma fun+o

que desem#en&a. ar ori,em a outra norma que )ai resol)er o caso Fn+o

o #rinc4#io que )ai resol)er directamente o caso9"

7un!es deste #rinc4#io.

Naturalmente( uma )e* que este #rinc4#io concreti*ado #or muitas

outras realidades( s+o essas realidades que desem#en&am as res#ecti)as

fun!es. ireitos fundamentais s+o uma fun+o0 i,nidade da #essoa

&umana tem outra0 I,ualdade tem outra0 3rinc4#io da con'ana outra( entre

outras" 3ortanto( ele desen)ol)e( na sua concreti*a+o( uma multi#licidade @

de*enas @ de fun!es"

irectamente e%istem E fun!es.

/" =un%&o enunciatia' Como a'rma a #rof" Lcia Amaral( uma

fun+o enunciati)a( #orque ele tem este car;cter de resumir a

Constitui+o" e sinteti*ar e identi'car uma srie de com#onentes da

Constitui+o"

1" =un%&o nor,o-+en9tica' :le ,ere normas 2ur4dicas como uma

)erdadeira fonte( #or isso( que o Tri8unal Constitucional dele

e%traiu aquelas normas todas a#resentadas anteriormente e outras

ainda" 3ortanto( tem uma ca#acidade de ser fonte de outras normas"

7un+o $uito Im#ortante^

B" =un%&o instru,ental'Uma )e* que um dos ,randes #rinc4#ios da

Constitui+o( ele ser)e #ara orientar intr#retes e ser)e de au%4lio da

inter#reta+o"

E" =un%&o de li,ite e de Par,etro da s no ,ito da !ni&o uro*eia F3rof" 3aulo Otero9.

7unciona como limite transfer


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outrina $aiorit;ria.

3ara esta( o #rinc4#io do :stado de ireito tem tr


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comunidade9 e essas normas( que s+o #r#rias do :stado de ireito( como a

con'ana( a i,ualdade( 2ustia( entre outras" Tens+o interna"

Tr


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$as o :stado de ireito s foi formulado( em termos modernos( no

Constitucionalismo das Re)olu!es( so8retudo atra)s dos escritos de [ant I

e de#ois na doutrina alem+ ao lon,o do sc" WIW"

Nasce( desse modo( como uma conota+o( essencialmente( 'los'ca

Fna constru+o [antiana9 e de#ois os 2uristas( ao lon,o do sc" WIW tentam

fa*er essa constru+o #ara o Qm8ito da ci


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A e%#ress+o :stado de ireito si,ni'ca que o #oder do :stado s

#ode ser e%ercido com fundamento na constitui+o e em leis que( formal e

materialmente( que se2am conformes Constitui+o( com o 'm de ,arantir

a i,nidade da 3essoa Humana( a Li8erdade( a ustia e a Se,urana"

3ortanto( o si,ni'cado essencial do :stado de ireito ( #or um lado( a ideia

anti,a da su8miss+o do #oder #ol4tico do :stado a #rinc4#ios e a normas

2ur4dicas0 3or outro lado( a ideia moderna( a )incula+o do :stado a um

con2unto de 'ns( que animam o ireito"

7.2. #s ele,entos for,ais do *rinc3*io do stado de Direito' Se#ara+o e interde#end


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t4n&amos uma ,arantia essencial contra o ar84trio dos #oderes do

:stado F#oder e%ecuti)o e #oder le,islati)o90

Tutela 2urisdicional efecti)a @ arti+o 20" Tem a )er com anecessidade da e%ist


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10.1. Di+nidade da *essoa )u,ana'

7oi( durante milnios uma realidade e%tra-2ur4dica( #ois )i)ia no

mundo da 7iloso'a Fteori*ada #or [ant9" S c&e,ou ao mundo do ireito no

sc" WW"

Ori,em.

Teoria da d;di)a. ?em desde C4cero e de#ois tem como

continuadores( #or e%em#lo( [ant" 3ara esta conce#+o( a i,nidade

da 3essoa Humana constitui uma ess( na Constitui+o alem+ de /=E= e( na mesma altura( na

Constitui+o #ortu,uesa de /=BB"

3ositi)a+o Constitucional.



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A i,nidade da 3essoa Humana encontra-se no arti,o /Y da CR3( como

um )alor de 8ase de todo o sistema constitucional" Contudo( ela tem outras

e%#ress!es na Constitui+o( desi,nadamente( no arti,o /BYJ/( arti,o 1>YJ1 e

arti,o >DYJ1"

Alm de ser referida indirectamente no arti,o /Y da eclara+o

Uni)ersal dos ireitos do Homem. Todos os seres &umanos nascem li)res e

i,uais em di,nidade e em direitos" otados de ra*+o e de consci


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A i,nidade ( de al,um modo( a nossa estrela #olar" Isto ( o )alor

su#remo do ordenamento" Ora( n+o tin&a muito sentido que us;ssemos o

)alor su#remo #ara resol)er #ro8lemas corriqueiros"

7un!es.

/" ?alor de 8ase em que assenta a comunidade nacional01" 7un+o Sim8lica( #orque ela um )alor e( como )alor( ela #reside ao

sistema0B" 7un!es instrumentais( ao n4)el da inter#reta+o( ao n4)el da #oss4)el

restri+o de direitos fundamentais( #or e%em#lo0E" 7un+o de #rotec+o( desi,nadamente( naquelas situa!es e%tremas

quando n+o se2a #oss4)el resol)er um #ro8lema de acordo com as

normas( a ""3"H #ode resol)er certas situa!es"

10.2. I+ualdade'

A #rimeira o8ser)a+o a fa*er que a i,ualdade ( tal)e*( o conceito

mais dif4cil de todos( de tal modo que ainda n+o &; um estudo claro so8re a

i,ualdade"

Ori,em.

A ori,em de i,ualdade tam8m sur,e da tica e( mais uma )e*( em

Confcio" A#areceu tr


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:st; consa,rada no arti+o 16/1 da C"R"3"" A ideia de di,nidade

social tem a sua ori,em no arti,o >YJB da Constitui+o de /=BB"

Arti+o 16/2' C&ama-se a estes factores( se,undo a tradi+o norte-

americana( cate,orias sus#eitas" Ou se2a( se &ou)er uma diferencia+o

em fun+o da reli,i+o( raa( orienta+o se%ual( ou de outro ti#o de factores(

estamos #erante uma cate,oria sus#eita( al,o que( #artida( #arece

constitucional" :ste arti,o incide so8re um factor que( no #assado( 2;

demonstrou ser #eri,oso #ara a i,nidade da 3essoa Humana"

H; #elo menos mais 16 #receitos na Constitui+o que falam em

i,ualdade( como( #or e%em#lo( arti,o =Y Fduas al4neas9( B>Y( B5YJE( EDYJ1(

6Y( 5Y( entre outros" 3ortanto( a i,ualdade atra)essa toda a constitui+o"

H; ainda que reter que os direitos s+o i,uais F#or e%em#lo( todos os

Homens tem direito )ida9" No que di* res#eito aos ireitos Sociais( s+o

direitos que )isam com#ensar a desi,ualdade( i,ualdade real e n+o a

i,ualdade formal" A i,ualdade tam8m est; #resente na or,ani*a+o do

#oder #ol4tico Fsufr;,io i,ual0 as candidaturas nas elei!es t


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#orque a i,ualdade #ressu#!e a com#ara+o de situa!es" : um conceito

relacional( ou se2a( relaciona fenmenos"

:stamos #erante um conceito &istrico( relati)o e relacional

FTri8unal Constitucional9"

Uma )e* que n+o #odemos de'nir o que a i,ualdade( #odemos( no

entanto( a8ordar a sua nature*a"

e+ente'

A i,ualdade na Constitui+o ( antes de mais( um de)er do :stado e uma #resun+o( no sentido de que se #arte do #rinc4#io que tratando uma

situa+o ou as #essoas de forma i,ual isso 2usto" Na maior #arte dos

casos( o que e%iste uma diferencia+o em todas as situa!es"

Neste caso( a #resun+o ser)e #ara e%i,ir do :stado uma 2usti'ca+o

sem#re que queira introdu*ir uma diferencia+o" Caso n+o a#resente

nen&uma fundamenta+o( a diferencia+o do :stado ar8itr;ria( isto ( n+o

tem fundamento racional( contr;ria ao :stado de ireito" $uitas )e*es

#reciso tratar al,um de forma diferente( tirando o caso em que &;li8erdade i,ual( #or e%em#lo( li8erdade de )oto" Contudo( as #essoas t


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/" I,ualdade como #re)al


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#ara o ireito Constitucional alem+o" 3ortanto( uma cria+o alem+ #or

e%cel


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:ste #rinc4#io a#arece no Qm8ito do #rinc4#io da se,urana 2ur4dica" ;

sa8es que a se,urana um 'm do estado e &; uma conec+o entre a

se,urana 2ur4dica e a se,urana como 'm do estado"

Ori,em.

3ro)a)elmente( ainda est; no nmero /B da $a,na Carta( em8ora n+o se2a

muito se,uro"


Na constitui+o de /=D> a #ositi)a+o encontra-se( mais uma )e*( no

arti,o 1Y"

A constitui+o fala muitas )e*es em se,urana" Contudo( em

se,urana 2ur4dica s fala uma )e*( arti,o 151YJE"

Conceito.

A se,urana 2ur4dica tem a )er com a ideia que o :stado de)e

conser)ar o ireito que est; em )i,or( as leis que est+o em )i,or" : as

#essoas de)em #oder #re)er a actua+o do :stado( ideia de #re)isi8ilidadeda ac+o do :stado"

Se o :stado ti)er de a#licar re,ras de)e ser claro( #re)is4)el(

trans#arente( de)e #u8licitar as suas decis!es de modo a que as #essoas

#ossam con'ar nele" esi,nadamente( o :stado n+o #ode alterar

8ruscamente a ordem 2ur4dica e( com isso( #ertur8ar o :stado de ireito e

as e%#ectati)as das #essoas"

Se,undo a #rofessora Lcia Amaral( o :stado de)e actuar na sua

rela+o com os cidad+os( de modo a que se2a con';)el"

Contedo.

um contedo limitado" Se,undo o Tri8unal Constitucional de

#ro2ec+o )ari;)el( #orque ela de#ende de );rias circunstQncias"

7un!es.

Antes de mais( tem uma fun+o de #rotec+o su82ecti)a( uma )e* que

ela )isa( so8retudo( #rote,er a situa+o 2ur4dica das #essoas quanto aosseus direitos" : tem uma fun+o de controlo das actua!es estatais"

P+ina B1 ara odri+ues


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Puanto se,urana 2ur4dica( ol&ando ao arti,o 151YJE( ela tem uma

fun+o es#ecial( a fun+o de #ermitir ao tri8unal constitucional mani#ular as

suas sentenas" O tri8unal Constitucional em certos casos( ol&ando ao

interesse da Se,urana ur4dica( #ode alterar efeitos das suas sentenas

#ara n+o #re2udicar muito a Se,urana 2ur4dica"

$ 11. Ide,' o siste,a de direitos funda,entais naConstitui%&o de 178B'

O #rinc4#io material que est; su82acente a esta ideia de arantia dos

direitos e li8erdades fundamentais a li8erdade" A li8erdade tam8m est;(de al,um modo( no arti,o /Y. F9 li)re( 2usta e solid;ria" Tem a )er com

o :stado de ireito e( em #arte( com a emocracia"

ireitos econmicos( sociais e culturais. :stes n+o concreti*am a

li8erdade( a#enas concreti*am o :stado Social" Tema a )er com o :stado

Social"

11.1. ece*%&o )istrica e o*%?es do le+islador constituinte'

Rece#+o &istrica.

A Constitui+o de /=D> rece8eu da Constitui+o &istrica F/5119 a

maior #arte dos elementos( como( #or e%em#lo( o #rinc4#io re#resentati)o( o

#rinc4#io da se#ara+o de #oderes( 'scali*a+o da constitucionalidade(

#luralidade de r,+os de so8erania e( so8retudo( a ,arantia dos direitos

indi)iduais dos cidad+os" Contudo( e)idente que ela acrescentou coisas

no)as( sendo que a ,rande no)idade que a sua emer,


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O#!es do le,islador constituinte.

Sete o#!es.

/" O Le,islador Constituinte mante)e a tradi+o #ortu,uesa de #re)er

muito detal&adamente os direitos fundamentais01" O Le,islador Constituinte recusou cl;usulas ,erais F3or e%em#lo( na

Aleman&a e%iste o ireito eral de I,ualdade9" :m 3ortu,al( os

direitos s+o muito delimitados #ela constitui+o0B" O Le,islador Constituinte deu ,rande aten+o sistemati*a+o dos

direitos fundamentais0

E" Puanto aos ireitos Sociais( o le,islador constituinte( tam8m temum cat;lo,o muito desen)ol)ido( do arti,o 5Y ao arti,o D=Y da

Constitui+o" :( ao mesmo tem#o( o #rinc4#io da e%ist


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Se,undo o Tri8unal Constitucional Facrd+o BE=J=/9 Um :stado de

ireito tem de edi'car-se so8re o Homem como ser #essoal e li)re" 3or seu

lado( este ncleo dos ireitos e Li8erdades( que a li8erdade( a #rimeira

#ro2ec+o do #rinc4#io da i,nidade da 3essoa Humana" : a li8erdade

concreti*ada atra)s dos ireitos( Li8erdades e arantias"

A Constitui+o d; indica!es claras de que os ireitos( Li8erdades e

arantias e%#rimem o :stado de ireito( e%#resso no arti,o =YJ89 e d9 e 1Y

da Constitui+o"

Os ireitos( Li8erdades e arantias s+o aqueles que e%#rimem

directamente o :stado de ireito" : os ireitos econmicos( sociais eculturais e%#rimem directamente o #rinc4#io do :stado Social" $ais do que

isso( a doutrina recon&ece claramente que entre os ireitos( Li8erdade e

arantias e o #rinc4#io do :stado de ireito0 e os ireitos econmicos(

culturais e sociais e o #rinc4#io do :stado social &; uma #rioridade. Os

ireitos( Li8erdades e arantias #re)alecem so8re os ireitos Sociais" 3or

e%em#lo( a #essoa de)e ter li8erdade reli,iosa ou &a8ita+oX Se ti)ssemos

que o#tar( a li8erdade reli,iosa #re)alece so8re o direito &a8ita+o"

N+o &; d)ida que a Constitui+o aceitou esta diferena marcante

que 'ca #ro)ada #elo te%to Farti,o 1Y e =YJ89 e d99( #ela estrutura da

constitui+o Fou se2a( #elos #rinc4#ios estruturantes( #rinc4#ios em #lanos

diferentes9( #ela sistem;tica da Constitui+o e #elo re,ime Fos ireitos(

Li8erdades e arantias tem um re,ime es#ecial que os ireitos Sociais n+o

t


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distin+o" At se criou um mo)imento a #artir( tal)e*( do fracasso da

reali*a+o da Constitui+o" A realidade ( #or um lado( que os ireitos

econmicos( sociais e culturais s+o #ouco reali*ados e a #ro)a disso dada

#elo #r#rio acrd+o do Tri8unal Constitucional que criou o direito ao

m4nimo de e%istncia do

Direito Constitucional'AT Critrio do Contedo. Os ireitos Sociais n+o t


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)e* que as necessidades s+o sem#re muitas e os recursos s+o

escassos" 3or sua )e*( os ireitos( Li8erdades e arantias n+o

de#endem dos recursos do :stado"

CT Critrio que tem a )er com o de)er do :stado #re)alecente. Nos

ireitos Sociais( o :stado est; o8ri,ado a #romo)er a reali*a+o

Fde)er de #romo+o @ arti,o =YJd99( enquanto que nos ireitos(

Li8erdades e arantias o de)er de res#eito" O :stado tem de

res#eitar a li8erdade reli,iosa( a )ida( a inte,ridade( o

desen)ol)imento da #ersonalidade0 e tem o de)er de #rote,er(

#or e%em#lo( a )ida Fatra)s das mais )ariadas formas9"

Pual o si,ni'cado desta distin+oX

e+ente'

Na constitui+o #ortu,uesa &; dois ti#os 2uridicamente diferenciados

de ireitos 7undamentais. ireitos( Li8erdades e arantias que s+o

imediatamente a#lic;)eis e quem t


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esde lo,o( ela tem um cat;lo,o de ireitos fundamentais muito

,eneroso Fdo arti,o 1EY ao arti,o D=Y9" Alm destes direitos( &; outros

dis#ersos #ela Constitui+o"

A #ro)a maior de a8ertura da Constitui+o est; no arti,o />YJ/(

c&amada cl;usula a8erta dos ireitos 7undamentais" Si,ni'ca este arti,o

que os alm dos que est+o na Constitui+o( #ode &a)er outros ireitos

7undamentais constantes das leis e das re,ras a#lic;)eis de ireito

internacional"

A cl;usula a8erta uma #ura a#ar( #orm( n+o tem nen&um sentido nesta constitui+o" 3or n+o ter

nen&um sentido( o Tri8unal Constitucional nunca a#licou at &o2e o

arti,o />YJ/ da Constitui+o" Fn+o foi s o de 3ortu,al( tam8m foi os

outros #a4ses a nunca a#licarem esta cl;usula9" $uitas ra*!es que

e%#licam este fenmeno( na Constitui+o #ortu,uesa.A9 7acto do arti,o />Y remeter #ara as leis( ou se2a( di*er que #ode

&a)er outros direitos fundamentais #re)istos nas leis" Contudo(

como 2; )imos( o conceito de ireito 7undamental e%i,e que se

trate de um direito recon&ecido #ela Constitui+o( #or isso( n+o

#ode estar #re)isto numa lei0

K9 esde /=// que se recon&ece que isto um #arado%o

insu#er;)el"



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C9 Tam8m se e%#lica #elas fontes de ireito Constitucional e #elo

#ro8lema da autoria" 3odemos admitir que o le,islador

constituinte( que o le,islador de re)is+o constitucional( que o

Tri8unal Constitucional( atra)s das suas inter#reta!es( #ossam

criar ou re,ular os ireito 7undamentais" Contudo( admitir que o

le,islador ordin;rio( que de)e o8edi


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or,e $iranda tem um )alor constitucional( isto ( est; no mesmo n4)el que

a Constitui+o" 3ara o 3rof" 3aulo Otero( tem um )alor su#raconstitucional"

Na o#ini+o do re,ente n+o tem nem )alor constitucional( nem su#ra

constitucional( #ois n+o rele)ante sa8er qual o )alor da Constitui+o9"

:sta re,ra Farti,o />YJ19 foi #osta aqui #ela Comiss+o da Reda+o"

:sta cl;usula foi #osta aqui( #orque est;)amos em #leno 3R:C e n+o se

sa8ia o que ia acontecer nem em 3ortu,al( nem em Constitui+o( nem(

so8retudo( aos direitos fundamentais dos cidad+os" 3or isso( que os

constituintes resol)eram ter aqui uma );l)ula de ,arantia( de modo a que

se o #rocesso #ol4tico descam8asse sem#re &a)eria essa );l)ula( que seria

a eclara+o Uni)ersal dos ireitos do Homem"

Puarenta anos de#ois( o intr#rete tem que se #er,untar qual a nature*a(

qual o alcance e qual o sentido desta re,ra que ainda est; na

Constitui+oX

Nature*a. O re,ente entende que se trata de uma instru+o dada ao

intr#rete( ou se2a( uma re,ra de inter#reta+o" No sentido( que

quando o intr#rete tem um #ro8lema quanto inter#reta+o ouquanto inte,ra+o de um ireito 7undamental #ode #edir a#oio s

normas da eclara+o Uni)ersal dos ireitos do Homem" : a

eclara+o Uni)ersal dos ireitos do Homem #resta esse ser)io(

#resta uma fun+o Constitui+o de /=D>( que a de a2udar na

inter#reta+o ou na inte,ra+o @ A isto se c&ama incor#ora+o

funcional Fincor#orada #ara #restar um ser)io9"

Alcance desta cl;usula. Uma )e* que estamos #erante uma

incor#ora+o funcional( isto ( a eclara+o #resta um ser)io

Constitui+o( n+o &; necessidade de #er,untar qual o )alor da

reclama+o( #ois isso uma quest+o do ireito Internacional" Nem se

#!e em quest+o o )alor su#ra-constitucional( #orque( desde lo,o( #or

ra*!es de ordem 2ur4dica0 em se,undo lu,ar( o Tri8unal Constitucional

nunca a#licou( de facto( o arti,o />YJ1 da Constitui+o" 3ortanto( quer

#or ra*!es #r;ticas( quer #or ra*!es de se,urana 2ur4dica( que uma

dimens+o do :stado de ireito( n+o #odemos colocar a &i#tese do)alor su#ra-constitucional da eclara+o"



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Sentido desta cl;usula. 3assados quarenta anos( o 3R:C 2; #assou e

3ortu,al n+o caiu num re,ime de socialismo de :stado e( #ortanto( o#ro8lema ao qual esta cl;usula teria de rea,ir desa#areceu" $ais do

que isso( o sistema de ireitos fundamentais da Constitui+o &o2e

mais slido( mais e'ca* e mais se,uro do que o sistema da

eclara+o Uni)ersal e( desse modo( n+o fa* muito sentido remeter

#ara um sistema que oferece uma #rotec+o menor do que a

Constitui+o" o #onto de )ista 2ur4dico( aconteceu aqui uma

altera+o do dom4nio normati)o( isto ( a realidade modi'cou-se e(

#ortanto( o sentido da norma de)e ser outro" Ol&ando #r;tica do

Tri8unal Constitucional( o que ns )eri'camos que &ou)e um desuso

desta re,ra( #orque nunca a#licou o arti,o( #ara resol)er um

#ro8lema"

11.5. #s ele,entos estruturantes do siste,a'

S+o aquelas ideias 8;sicas que a Constitui+o acol&e e que de#ois

ns )amos )eri'car que s+o essas realidades que est+o #resas nos ireitos

7undamentais( #odem ser )alores Fi,nidade da 3essoa Humana9( #odem

ser #rinc4#ios Fcomo a I,ualdade( a Li8erdade( a Solidariedade9( #odem

ser de)eres Fsolidariedade( #or e%em#lo9"

:stes ,randes #rinc4#ios tam8m se manifestam atra)s do efeito de

cascata Fsu8-#rinc4#ios e re,ras( neste caso( os ireitos 7undamentais9"

:lementos estruturantes.

/" i,nidade da 3essoa Humana. Norma de 8ase da Constitui+o e tam8m a norma que est; na 8ase dos ireitos 7undamentais(

so8retudo( em li,a+o ao #rinc4#io da i,ualdade" a li,a+o entre a

i,nidade e a i,ualdade nasce a ideia de i,ual di,nidade de todas as

#essoas F o fundamento de todos os ireitos 7undamentais da

Constitui+o de /=D>901" A Li8erdade. :strutura os ireitos( Li8erdades e arantias0B" A I,ualdade. I,ualdade formal li,a-se aos ireitos( Li8erdades e

arantias e( #or sua )e*( a i,ualdade material li,a-se aos ireitos

econmicos( sociais e culturais0E" A Solidariedade. :strutura os ireitos econmicos( sociais e culturais"



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11.B. A diferencia%&o entre direitos funda,entais'

Pual a ,rande im#lica+o do sistema de ireitos 7undamentais da

Constitui+o 3ortu,uesaX

A #rinci#al im#lica+o do sistema de ireitos 7undamentais na nossa

Constitui+o o lu,ar destacado que a Constitui+o quis dar aos ireitos(

Li8erdades e arantias" :( #ortanto( a Constitui+o im#!e a diferencia+o

entre os ireitos 7undamentais( #orque recon&ece um #rimado dos ireitos(

Li8erdades e arantias" H; muitas ra*!es #ara que isto ten&a sido decidido

assim0 &; muitas ra*!es que 2usti'cam a o#+o da Constitui+o de /=D>"esde lo,o( a &istria constitucional #ortu,uesa 2usti'ca essa o#+o( uma

)e* que os ireitos Sociais foram criados #ela Constitui+o de /=BB" Todos

os re,imes autorit;rios ,ostaram sem#re dos ireitos Sociais( e isso al,o

que n+o #ode ser esquecido"

Na Constitui+o de /=D>( os ireitos Sociais esta)am li,adas ao

#rinc4#io socialista e tin&a uma cl;usula ,eral Farti,o 6Y que remetia( no

'm de contas( #ara uma cl;usula mar%ista9"

O ireito Com#arado tam8m d; ra*+o Constitui+o( #orque( de

facto( as ,randes Constitui!es que ,arantem o :stado Social nem sequer

consa,ram os ireitos Sociais"

O ireito Internacional 38lico tam8m d; ra*+o( uma )e* que &; dois

factos diferentes. ireitos c4)icos e #ol4ticos ou direitos econmicos( sociais

e culturais"

A carta de ireitos 7undamentais da Uni+o :uro#eia tam8m d;

ra*+o( #ois nesta carta os ireitos Sociais s+o #ara inter#reta+o( ou se2a(

n+o s+o direitos su82ecti)os"

:stes direitos reforam esta diferencia+o de ireitos 7undamentais

que fa* sentido na Constitui+o"

$ 12. # *rinc3*io de,ocrtico'

12.1. Pressu*ostos@ o*%?es funda,entais e

,ultidi,ensionalidade do conceito constitucional de

de,ocracia'



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3ressu#ostos da emocracia.

Os #ressu#ostos da Constitui+o s+o muito #arecidos com os

#ressu#ostos da democracia( uma )e* que a democracia determinada #or

um con2unto de factores e%ternos( como #or e%em#lo a cultura #ol4tica(

#rinc4#ios ticos da comunidade( as classes sociais( distri8ui+o da rique*a(

entre outros" :stes factos t" Cidadania inclusi)a Fa democracia tem de en)ol)er todos os

cidad+os9"

Ao lon,o destas considera!es( uma )e* que ns no :stado

Constitucional( nos nossos dias( estamos #erante um ti#o &istrico no)o de

democracia" f;cil de )er como estes #ressu#ostos s #odem e%istir em

sociedades a8ertas( com#le%as e que este2am minimamente articuladas

com o le,islador e com a #r;tica de 8om funcionamento" e outro modo( a

democracia n+o #ode e%istir"

O#!es fundamentais e multidimensionalidade do conceitoconstitucional de democracia.

No in4cio( a constitui+o tin&a dois #rinc4#ios de le,itimidade.

le,itimidade democr;tica e le,itimidade re)olucion;ria Felementos na

constitui+o( como o #residente do consel&o da re)olu+o9" e#ois de /=51(

o ,rande #rinc4#io foi o da le,itimidade democr;tica"

O#!es.



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/" ecis+o( que est; no arti,o /Y( de fa*er da )ontade #o#ular uma das

duas 8ases da comunidade #ol4tica. i,nidade da 3essoa Humana e a

)ontade #o#ular" Alm de ser as duas 8ases da c"#"( onde o #oder

#ol4tico tem o seu fundamento"

1" A Constitui+o( no arti,o 1Y( a'rma a so8erania e o #luralismo de

e%#ress+o e reali*a+o democr;tica com dois elementos constituti)os

do :stado de ireito emocr;tico" Alm disso( no arti,o =YJC9 di* que

se com#romete a defender a democracia #ol4tica"

B" Lcia Amaral. A Constitui+o( no arti,o BYJ/ e no arti,o /65Y(

esta8elece uma distin+o entre a )incularidade da so8erania que

#ertence ao #o)o( o #o)o o titular da so8erania( e o e%erc4cio da

so8erania" O e%erc4cio do #oder #ol4tico fa*-se de acordo com as

formas #re)istas na Constitui+o( desi,nadamente #or sufr;,io

uni)ersal( referendo e outros mecanismos( como est; no arti,o /6YJ/

da Constitui+o"

E" A Constitui+o( alm da democracia re#resentati)a que decorre do

sufr;,io( e da democracia semidirecta( tem um com#romisso tam8mcom o a#rofundamento da democracia #artici#ati)a"

" A Constitui+o no arti,o //BYJ/ esta8elece uma re,ra ,eral quanto

escol&a dos titulares dos r,+os de #oder nacional( re,ional e local"

:ssa re,ra que se2am eleitos #or sufr;,io directo e uni)ersal"

>" A Constitui+o tam8m fala no arti,o 1Y no #luralismo" Ali;s( )em

#rimeiro o #luralismo de e%#ress+o e or,ani*a+o #ol4tica

democr;tica" 3luralismo tem a )er com( desde lo,o( a escol&a de umsistema de re#resenta+o #ro#orcional" Ou se2a( a nossa Constitui+o(

no arti,o //BYJ e noutros #receitos( di* que o sistema eleitoral

8aseado neste mecanismo de re#resenta+o #ro#orcional( isto

fa)orece o #luri#artidarismo" e#ois( a Constitui+o( tra* os #artidos

#ol4ticos #ara dentro da Constitui+o formal @ Incor#ora+o

constitucional dos #artidos" Os #artidos( como est; e%#resso no arti,o

/6YJ1( concorrem #ara a or,ani*a+o e e%#ress+o da )ontade #o#ular"

A Constitui+o no arti,o //EY recon&ece um estatuto o#osi+o" Ouse2a( &; #artidos que est+o no #oder F#oder central( re,ional ou local9



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e &; outros que n+o est+o no #oder" :st+o re#resentados na

assem8leia ou nem isso" :statuto o#osi+o #arlamentar e

o#osi+o e%tra#arlamentar"

D" H; ainda uma outra im#lica+o im#ortante do #rinc4#io democr;tico"

3orque se o #oder #ertence ao #o)o e se o ,o)ernante e%erce o #oder

em nome do #o)o( eles tem de #restar contas #erante o #o)o" aqui

sur,e o #rinc4#io da res#onsa8ilidade #ol4tica( isto ( os ,o)ernantes

s+o #oliticamente res#ons;)eis #erante os eleitores" :sta

res#onsa8ilidade #ode ser entendida de muitas maneiras" 3or um

lado( e%i,e lo,o que &a2a um es#ao #8lico( li)re e a8erto onde as#essoas #ossam discutir aquilo que se #assa com assuntos #8licos(

#ois estes n+o #odem ser silenciados" :m se,undo lu,ar( os

,o)ernantes t


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O conceito dif4cil #or );rias ra*!es" esde lo,o( #orque &; );rios

conceitos de democracia ao lon,o da &istria" Alm disso( #orque &; );rias

conce#!es tericas so8re a democracia e tam8m #orque dentro das

constitui!es( o conceito de democracia um conceito multidimensional(

como a'rma o #rof" omes Canotil&o"

Puanto ao conceito &istrico( s nos interessa a democracia moderna(

#orque a democracia ateniense n+o re#ousa)a no elemento essencial da

nossa democracia" O cora+o da democracia interna a i,ualdade de todos

os cidad+os"

:m rela+o s conce#!es tericas e 'los'cas( em8ora n+o nos

interesse( al,umas frmulas mais con&ecidas s+o.

7rmula de A8ra&am Lincoln . A democracia o ,o)erno do #o)o(

#elo #o)o e #ara o #o)o" :ncontramos esta frmula consa,rada no

arti,o 1Y da Constitui+o francesa"

7rmula de 3o##er. A democracia o sistema em que os

,o)ernantes #odem ser afastados do #oder( sem )iol


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desdo8ra( que se concreti*a em mlti#los su8-#rinc4#ios( #rocedimentos e

re,ras"

O #rof" or,e $iranda a#resenta um conceito d

aulas teóricas - prof. josé melo alexandrino

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