aulão dpe - penal

15
APLICAÇÃO DA LEI PENAL A base principiológica é do princípio da legalidade. Esse se divide em 3: 1) Princípio da reserva legal: A lei penal tem que ser anterior ao fato que pretende-se penalizar. Desse princípio se extraem 3 caracteres: Lex Prévia - A lei tem que ser anterior ao fato que pretende-se apurar. ( Art. 1° CP, art. 5°, XXXIX da CF); Lex Scripta - O não ao direito costumeiro, não admitimos que um costume revogue uma norma. No caso do adultério por mais que o costume fosse de não punir, teve que ter uma lei. Lex Stripta –– “Não à analogia, excepcionalmente em benefício do réu”. 2) Taxatividade: A Lei Penal tem que ser certa, clara e precisa para perfeita compreensão de seus destinatários. 3) Irretroatividade da Lei Penal: A lei só pode retroagir pra beneficiar o agente. Aplicação da lei penal no tempo Vacatio Legis – O regramento dela dá-se pela Lei de Introdução ao normas do Direito Penal brasileiro, não é mais pela LINDB. Não havendo denominação expressa da cláusula de vigência será de 45 dias pro país e 3 meses pro exterior. Quanto ao tempo o código penal adota a teoria da atividade. Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado.

Upload: binhoconcurso

Post on 19-Dec-2015

223 views

Category:

Documents


2 download

DESCRIPTION

Verbo Jurídico

TRANSCRIPT

APLICAO DA LEI PENALA base principiolgica do princpio da legalidade. Esse se divide em 3:1) Princpio da reserva legal: A lei penal tem que ser anterior ao fato que pretende-se penalizar. Desse princpio se extraem 3 caracteres: Lex Prvia - A lei tem que ser anterior ao fato que pretende-se apurar. ( Art. 1 CP, art. 5, XXXIX da CF); Lex Scripta - O no ao direito costumeiro, no admitimos que um costume revogue uma norma. No caso do adultrio por mais que o costume fosse de no punir, teve que ter uma lei. Lex Stripta No analogia, excepcionalmente em benefcio do ru.

2) Taxatividade: A Lei Penal tem que ser certa, clara e precisa para perfeita compreenso de seus destinatrios.

3) Irretroatividade da Lei Penal: A lei s pode retroagir pra beneficiar o agente.

Aplicao da lei penal no tempoVacatio Legis O regramento dela d-se pela Lei de Introduo ao normas do Direito Penal brasileiro, no mais pela LINDB. No havendo denominao expressa da clusula de vigncia ser de 45 dias pro pas e 3 meses pro exterior.Quanto ao tempo o cdigo penal adota a teoria da atividade. Art. 4 - Considera-se praticado o crime no momento da ao ou omisso, ainda que outro seja o momento do resultado.Se o sujeito comete o crime com 17 anos e 11 meses, mas a vtima morre desse crime quando o cara j tem 18 anos, ser um ato infracional.Para os benefcios tambm vai ser levado em considerao data do fato. Para os benefcios ao menor de 21 anos tero dois benefcios: atenuante genrica e prescrio pela metade. Alm disso, ser levado em considerao essa teoria da atividade em razo da idade da vtima, no caso de a vtima ter 13 anos na idade do fato, mas morrer com 14, ser levado em considerao os 13 anos, e, assim, pegar a majorante por matar menor de 14 anos.

Lei Temporria Tem prazo para revogao. Ex: Lei da copa.Lei excepcional No tem prazo determinado, porque nem sei quando vai terminar essa excepcionalidade. Ex: Guerra

Em relao ao lugarTeoria da ubiquidade Adotada pelo CPA conduta pode ocorrer num pas e a consumao em outra.

Em relao ao espao.Dois critrios: territorialidade e extraterritorialidade.Territorialidade Aplicao da lei penal dentro do Brasil. territorialidade equilibrada, temperada, ou seja, admite-se leis estrangeiras decorrentes de tratados e convenes de direito internacional.Extraterritorialidade incondicionada Independente de qualquer condio ser aplicada a lei brasileira. Ex: Presidente da Repblica.Extraterritorialidade: Depende de condies: que haja um tratado, um acordo de extradio entre os pases; que haja requisio do Ministro da Justia; quePras contravenes penais tem que ser dentro do territrio, assim, no tem extraterritorialidade.No caso de trfico ilcito de drogas de brasileiro que foi julgado e preso no Uruguai por 3 anos. No Brasil foi aplicado 5 anos, quando vier pro Brasil vai ter descontado esses 3 anos, o nome disso Detrao Penal. O prprio juiz sentenciante faz essa detrao, no mais o juiz da execuo. A homologao estrangeira feita pelo STJ.Prazos penais x Prazos processuais:Identificao: Toda vez que o prazo se referir possibilidade de extino de punibilidade, ou seja, de se referir a ius puniendi prazo material. Ex: Prescrio e decadncia. J o prazo que t fluindo pra apresentao do recurso prazo processual.A diferena na contagem que no prazo penal (material) inclumos o primeiro dia e exclumos o dia de vencimento. Ex: A fez notcia crime de B por injria (ao penal privada) no dia 08 de maro. O prazo de 6 meses ser contado at o dia 08 de setembro, mas como se exclui o dia de vencimento voltaria pro dia 07 de setembro, mas como feriado ser dia 06 de setembro.No prazo processual no conta o primeiro dia e conta o do vencimento. Ex: Fui intimado da condenao do meu cliente na sexta-feira pra apresentao de apelao (5 dias) ou pra contrarrazes (8 dias). O prazo comea a contar s na segunda, sendo que se o ltimo dia cair no sbado adiantar at segunda. Ento, esse prazo cartorrio elstico, diferente do material (que tem relao com a extino da punibilidade). Assim, o prazo material fatal, peremptrio e o processual dilatrio.Outra coisa, imaginemos que a intimao foi na sexta, mas a juntada de mandato positivado foi na segunda-feira posterior, o prazo ser da intimao (Tem smula do STF).

TEORIA DO CRIME

OmissoClassificao dos crimes omissivos.1) Omisso prpria (pura ou simples) a praticada por qualquer pessoa. Ex: eu tenho a obrigao de ajudar uma criana abandonada ou uma pessoa gravemente ferida, mas no uma obrigao legal. Se no socorrermos ser omisso de socorro.Art. 135 - Deixar de prestar assistncia, quando possvel faz-lo sem risco pessoal, criana abandonada ou extraviada, ou pessoa invlida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou no pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pblica: Pena - deteno, de um a seis meses, ou multa.

2) Omisso imprpria (impuros, promscuos, comissivos por omisso)- Quando tem a obrigao legal. 2- A omisso penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem:(Includo pela Lei n 7.209, de 11.7.1984) a) tenha por lei obrigao de cuidado, proteo ou vigilncia;(Includo pela Lei n 7.209, de 11.7.1984) b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado;(Includo pela Lei n 7.209, de 11.7.1984) c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrncia do resultadoMas, no caso da omisso por essas pessoas responder pelo crime que ela no evitou. Ex: homicdio.Pra que seja responsabilizado pelo crime que no evitou tem que ter o dever e a possibilidade.Os crimes omissivos prprios no admite tentativa. No imprprio admite tentativa. Se tiver um assalto e tiver um policial presente no local, mas ele tentou omitir-se at que mandaram ele ir. Poder responder por tentativa pelo resultado da omisso de socorro.

Relao de causalidade.O CPB apresenta duas teorias distintas.Teoriada equivalncia dos antecedentes causais - Sine qua nonou conditiosine qua non uma expresso que originou-se do termo legal em latim que pode ser traduzido como sem a/o qual no pode ser. Art. 13 - O resultado, de que depende a existncia do crime, somente imputvel a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ao ou omisso sem a qual o resultado no teria ocorrido.Essa teoria diz que a causa do resultado toda a conduta sem a qual o resultado no teria ocorrido como e quando ocorreu. Eliminamos a conduta, se o resultado desaparecer quer dizer que a conduta a causa do resultado. Ex: Se fulano no tivesse atirado Ciclano teria morrido? No, ento a causa. Porm, essa teoria tem um problema: o regresso ao infinito, por exemplo, se o fabricante de armas no tivesse feito a arma ciclano teria morrido?Existem teorias que fazem freio a essa teoria.Duas esto no CP: uma delas o artigo 19 do CP diz que algum s pode ser responsabilizado em caso de ter agido com dolo ou culpa. Assim, como o fabricante de armas no a fabricou com inteno ou culpa da morte? No.A teoria mais importante a teoria da causalidade adequada Art. 13, 1: A supervenincia de causa relativamente independente exclui a imputao quando, por si s, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou.Aqui temos a formulao que s ser considerada causa a conduta para e idnea de produzir o resultado. Temos a concausa que a causa que concorreu quele evento, resultado. Essas concausa podem ser absolutamente dependente (quando no decorre da conduta do sujeito) e relativamente dependente (quando decorre da conduta do sujeito). Ex: Envenenou o outro cara, mas antes da morte o teto cai e mata o cara, constatado pela percia que o veneno no matou, mas mataria, isso uma causa absolutamente independente, assim, no responder pelo homicdio, mas sim por tentativa. Ex 2: O sujeito efetua golpes na vtima, ela levada ao hospital e no meio do caminho a ambulncia sofreu um acidente a vtima morreu, isso causa relativamente dependente. Nessas duas causas elas se dividem ainda em pr-existentes, por exemplo, hemofilia (se o sujeito tiver um ferimento ter hemorragia e ir morrer); tambm tem a concausa concomitante (quando estava tomando o veneno foi soterrado) e a superveniente (exemplo da ambulncia).Se aquele evento estranho conduta dele por si s produziu o resultado afasta a imputao do resultado ao agente, mas ele responde pelo que efetivamente fez. Tentou matar o sujeito? Tentou, sobra tentativa de homicdio.

RESULTADO TPICODuas ticas: Resultado naturalstico (incidncia no mundo natural. Ex: homicdio) e normativo/jurdico (resultado no mundo das normas, todos crimes tem).Crimes materiais Preveem resultado naturalstico e o exigem para a configurao do crime. Ex: HomicdioCrimes formais Embora prevejam um resultado, este no exigido. Ex: Concusso (O crime se consuma no0 momento em que as palavras saem da boca)Crimes de mera conduta Nem tem resultado naturalstico. Ex: porte de arma ilegal.Ento, s os crimes materiais exigem um resultado naturalstico. Por outro lado, sob os ponto de vista normativo/jurdico todos os crimes tm um bem jurdico, um resultado jurdico.

Crime impossvel (ou tentativa intil/inidnea/inadequada; crime vazio/oco) Quando o crime no se consuma por absoluta ineficcia do meio empregado. Ex: No tem como matar o cara com o veneno, mas na hora colocou sal. Ex: D um tiro no cara, mas depois descobre que o cara estava morto.

Desistncia e arrependimento eficazDiferena bsica: Na desistncia voluntria ainda posso mas no quero mais. Ex: Efetuou o disparo, ao v-la agonizando ajuda e leva para o hospital, sendo que ele tinha mais 5 cartuchos, assim, ele podia, mas desistiu de prosseguir.(No necessariamente tem que se espontneo, pode ser por pedido de outra pessoa, assim ser voluntrio, ou seja, sem coao)Arrependimento eficaz: O sujeito esgota os meios de produo e se arrepende, praticando um novo ato que evita o resultado. Mas, se que o cara fez tudo isso, mas a vtima morreu no hospital; no ser arrependimento eficaz, porque no foi eficaz.Arrependimento posterior nem tem a ver com isso, para os casos de crime sem violncia ou grave ameaa, pra aquele sujeito que que repara o dano, resitui a coisa at o recebimento da denncia, assim ser uma causa de diminuio de pena (art. 16 CP), se for depois no ser arrependimento posterior, mas funcionar como atenuante genrica (art. 65 CP).

TIPICIDADE - Juzo de adequao entre o fato e a norma (conceito formal)Sob o ponto de vista material a conduta que gera leso ou amea ao bem jurdico.O que importa so as causas de excluso da tipicidade:Princpio da adequao social: Leva em conta a tolerncia social em relao conduta.Princpio da insignificncia: S ser insignificante quando houver inexpressividade da conduta e do resultado. Ex: A subtrao de um bombom com uma arma de fogo sob o ponto de vista da conduta no insignificante.Furto privilegiado quando o agente primrio e a coisa de pequeno valor (este considerado at um salrio mnimo).No que diz respeito s drogas, no trfico no tem insignificncia e na posse tem.Nos tributos (sonegao fiscal/previdenciria; apropriao indbita/previdenciria) a jurisprudncia do STJ colocou at R$10.000,00, mas teve a portaria 75 do Ministrio da Fazenda em que foi colocado o valor em at R$20.000,00. Assim, se a banca disser nos atuais parmetros da Fazendo at R$20.000,00. Mas, se disser STF e STJ R$10.000,00.

Outra atipificante a Imunidade material parlamentar Os Deputados e Senadores so imunes e isentos de responsabilidade penal por palavras, opinies e votos no exerccio da atividade parlamentar, ento no praticam crimes contra a honra, incitao apologia ao crime, contra a segurana social no exerccio da atividade parlamentar. Mas, no que diz respeito ao vereador, essa imunidade em relao ao municpio em quem ele atua.

ILICITUDE Contrariedade ao direitoExcludentes legais e supralegaisSupralegais o consentimento do ofendido (que pode afastar a tipicidade e a ilicitude, no primeiro caso ser quando esse dissenso da vtima integrar a prpria estrutura do crime. Ex: Violao de domiclio, se no for contra a vontade do morador no ser crime. Quando no integrar a estrutura do tipo, afastar a ilicitude). Lembrando que o objeto tem que ser disponvel (honra e patrimnio so vida no disponvel).Legais: Estado de necessidade tem como pressuposto um conflito de bens jurdicos, ter que ter um sacrifcio de um bem jurdico de igual ou menor valor pra preservar um outro. sempre justificante, ou seja, s afasta a ilicitude. Se sacrificar um bem jurdico de maior valor no ser estado de necessidade, s ser uma atenuante.Espcies de estado de necessidade: Real (quando realmente existe um conflito de bens jurdicos) e putativo (quando acredite que existe um conflito e no existe, se for invencvel/inevitvel afastar o dolo e a culpa, caso seja vencvel/evitvel afastar o dolo e ter responsabilidade culposa, caso exista na modalidade culposa).Estado de necessidade defensivo (quando for atacado o bem jurdico daquele que causou a situao de risco) e agressivo (quando for sacrificado o bem jurdico de um terceiro) que afastar a ilicitude, mas tendo o dever de indenizar (responsabilidade civil) com o direito de regresso.Legtima defesa: No tem conflito de bens jurdicos. Tem injusta agresso atual ou iminente. Mas o bem tem que ser indisponvel, porque se for disponvel tem que ter autorizao.Legtima defesa real (quando existe a injusta a agresso) e putativa (quando imaginou que teria injusta agresso, mas no tinha; se o erro for invencvel afastar o dolo e a culpa, caso seja vencvel/evitvel afastar o dolo e ter responsabilidade culposa, caso exista na modalidade culposa).

CULPABILIDADES com elementos normativos:Imputabilidade Capacidade de entender (intelectiva) e de querer (evolitiva). De entender o carter ilcito da conduta e de se determinar de acordo com esse entendimento. No precisa da acumulao das capacidades intelectiva e evolitiva.So inimputveis: Doentes mentais, desenvolvimento mental incompleto ou retardado, menoridade, embriaguez acidental proveniente de caso fortuito ou fora maior e a dependncia de uso de drogas.Se o juiz no aplica a pena ser sentena absolutria, caso aplique medida de segurana ser absolutria imprpria.Se o agente for semi-imputvel no isenta de pena, se for perigoso ter medida de segurana (que pode ser detentiva=internao ou restritiva=ambulatorial); caso no seja, ser pena reduzida. A essa possibilidade de escolha de medida de segurana ou diminuio de pena chamado de sistema unitrio ou vicariante.Potencial conscincia da ilicitude Erro de proibio (diferente de erro de tipo, onde o engano sobre uma situao de fato) quando ele conhece o fato, mas no conhece a existncia de uma causa excludente de ilicitude, se engana sobre os limites dessa, ou seja, incide sobre uma ilicitude, mas afasta a culpabilidade.

CONCURSO DE PESSOAS para concurso eventual, crime que embora possa ser praticado isoladamente por um agente, mas praticado por mais. O autor pode ser o mandante, quem executa. O autor quem pratica a conduta descrita no tipo. Partcipe concorre para a conduta descrita no tipo, contribui para o crime. Se o sujeito queria praticar o crime menos grave, por ele que deve responder. Ex: Dois agentes resolvem furtar objetos numa casa, um entra, mas ao entrar tem uma pessoa e mata, esse responder por latrocnio, mas o outro ser por furto. Caso haja previso de que poderia acontecer outra previso a pena pode ser aumentada. Provavelmente o dispositivo cobrado ser o do artigo 30 ou 31.Circunstncias incomunicveis Art. 30 - No se comunicam as circunstncias e as condies de carter pessoal, salvo quando elementares do crime.(Redao dada pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)Ex: da mulher que quer matar a criana depois do parto, pede ajuda e o marido ajuda; ela praticou infanticdio e ele tambm. Ex 2: Do particular que ajuda o amigo servidor a cometer peculato. Lembrando que o crime tem que ser ao menos tentado. Ex: do cara que convence a namorada capaz de provocar o aborto, ela at resolve tomar, mas desiste de tomar, ele no ser responsabilizado por aborto, porque induzimento, auxlio e instigao no so punidos se ao menos no sejam tentados. Casos de impunibilidade Art. 31 - O ajuste, a determinao ou instigao e o auxlio, salvo disposio expressa em contrrio, no so punveis, se o crime no chega, pelo menos, a ser tentado

CRIMES CONTRA A PESSOAHomicdio Privilegiado - art. 121, 1: A violenta emoo pode ser atenuante ou minorante; quando for influncia de emoo ser atenuante; caso seja domnio ser minorante.Homicdio qualificado = hediondoHomicdio privilegiado = no hediondoPrivilegiado e qualificado = no hediondo (jurisprudncia do STJ).6oA pena aumentada de 1/3 (um tero) at a metade se o crime for praticado por milcia privada, sob o pretexto de prestao de servio de segurana, ou por grupo de extermnio.(Includo pela Lei n 12.720, de 2012)

Induzimento, instigao ou auxlio a suicdio Art. 122 - Induzir ou instigar algum a suicidar-se ou prestar-lhe auxlio para que o faaInduzimento (criou a idia), instigao (reforou) e auxlio.S tiver quando a vtima tiver capacidade de resistir. Se o cara no tiver necessrio discernimento ser o crime, por exemplo homicdio. Mas, tem que ter no mnimo leso corporal, por exemplo, se emprestou a corda pro cara se enforcar, mas em razo do peso rasgou e caiu no cho com escoriaes leves ser fato atpico.

Aborto:Quebra da teoria munista (todos aqueles que concorrem para o crime incidem no mesmo crime), porque a mulher que pratica o aborto em si mesma ser o artigo 124, o aborteiro ser o art. 126, se for sem o consentimento ser o art. 125. Mas, no pode ser confundido com a leso corporal que causa o aborto, porque nessa a inteno do agente era de ferir a mulher, machuca-la, caso cause o aborto, no ser aborto, ser leso corporal, por outro lado, se na questo disser que era pra por fim na gravidez, ser aborto.

CRIMES CONTRA O PATRIMNIOSequestro relmpago e extorso mediante sequestro.Nos dois existe a privao de liberdade, assim como a exigncia de vantagem.

A diferena que a prpria vtima entrega a vantagem; na extorso mediante sequestro o terceiro entrega a vantagem.Diferena entre estelionato e apropriao indbita: Na apropriao indbita o sujeito entrega a coisa voluntaria e espontaneamente; mas no estelionato a vontade dele viciada por uma fraude ardil ou qualquer outro meio fraudulento. Se disser ainda na constncia do relacionamento amoroso, ela entregou o carro para que pudesse trabalhar, mas depois que acabou o casamento ele no devolveu, ser apropriao indbita. Se disser que o sujeito foi a uma loja pra comprar um carro, pede pra fazer um teste drive e furta o carro deixando documentos falsos, essa entrega foi viciada, ser estelionato. Se a vtima foi iludida em erro ser estelionato. Ex: do cara que se vestiu de motorista do hotel, mas no era, pegou o carro do cliente pra estacionar e furtou.A destreza a mo leve, aquele que abre a bolsa sem a pessoa perceber; mas se disser que o cara que conhecido por ser mo leve, sentou ao lado da vtima, a furtou e ela percebeu, saiu correndo e foi pego, no foi qualificado por destreza, porque ela percebeu.

CRIMES CONTRA A ADMINISTRAO PBLICAConcusso: Exige vantagem.Corrupo ativa: Oferecer a vantagem.Corrupo passiva: Solicitar ou receber.Ter concurso entre esses crimes? No, porque so crimes autnomos, assim quebram a teoria munista/unitria.

Crimes hediondos: Agora pode progredir o regime (que inicialmente fechado) por 2/5 ou 3/5 (reicidente). Orientao do em regime difuso do STF que esse regime inicial fechado inconstitucional

Violncia domstica familiar contra a mulherA Lei Maria da Penha impede a aplicao da 9.099 (que determina a representao pra leso corporal culposa ou dolosa, assim a Maria da Penha Ao Penal Pblica Incondicionada).Se o sujeito no cumprir as medidas protetivas de urgncia poder ser preso. Qualquer crime pode ser de violncia domstica (claro, desde que seja relao familiar ou domstica), mas tem que ser um degrau acima, por exemplo, em caso de irmos normalmente no se aplica, de tio e sobrinha tem uns que no aplicam a Maria da Penha, isso violncia de gnero.No cabe aplicao isolada de cesta bsica ou multa, mas cumulativa pode.

Crimes contra o idoso.O art. 94 importante:Art. 94.Aos crimes previstos nesta Lei, cuja pena mxima privativa de liberdade no ultrapasse 4 (quatro) anos, aplica-se o procedimento previsto naLei no9.099, de 26 de setembro de 1995, e, subsidiariamente, no que couber, as disposies do Cdigo Penal e do Cdigo de Processo Penal.(Vide ADI 3.096-5 - STF)O Estatuto do Idoso no ampliou o conceito de menor potencial ofensivo pra quatro anos, porque continua sendo de 2 anos, apenas fala que o procedimento (sumarssimo) da 9.099.

JECRIMInstitutos despenalizadores, so 3: Transao penal MP e autor do fato, a proposta pena restritiva de direitos e multa, se for s multa, o juiz pode reduzir pela metade. Se o MP no fizer a proposta o juiz tem que mandar pro procurador da justia (princpio da devoluo). Se o cara no cumprir a transao: se na transao tiver dizendo que s vai homologar depois do cumprimento, o MP vai oferecer a denncia. Ento precisa constar uma clusula resolutiva dizendo isso. Transao penal pra usurio de drogas tem que ser as que tm na lei. Na transao de crime ambiental tem que ter um acordo sobre a reparao dos danos ambientais. 5 anos o perodo pra esperar pra fazer outra transao penal. Cabe recurso de apelao dessa transao. Composio civil dos danos Acordo entre o autor do fato e a vtima, reparao dos danos da vtima, no tem limite de valor e pode ser qualquer tipo de reparao (dano moral, material, etc), no existe perodo de carncia para um novo acordo. Da sentena que homologa esse acordo no cabe recurso. Se for de ao penal pblica condicionada representao ou ao privada, esse acordo ocasiona a renncia do direito de queixa e representao. Suspenso condicional do processo No pra olhar a pena mxima e sim pra mnima (que se no passar de 1 ano preenchidos os demais requisitos cabe suspender o processo dois a quatro anos). No pode ocorrer prescrio durante esse tempo. O sujeito no obrigado a aceitar essa suspenso. Pode ser revogada essa suspenso, obrigatoriamente quando praticar novo crime ou no cumprir a composio dos danos civis e facultativamente quando fizer uma contraveno ou no cumprir demais obrigaes. Ao trmino da suspenso teremos a declarao de extino de punibilidade. A transao penal no gera reincidncia nem culpabilidade, mas fica nos antecedentes.