aula6_retículo endoplasmático e complexo de golgi 2015-3

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O Sistema de Endomembranas I: RE e CG Arnaldo R. Santos Jr.

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Roteiro de estudo de RE e CG (organelas)

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Page 1: Aula6_Retículo Endoplasmático e Complexo de Golgi 2015-3

O Sistema de Endomembranas I: RE e CG

Arnaldo R. Santos Jr.

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O Sistema de Endomembranas(Lodishc et al., 2005)

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Retículo Endoplasmático

� Formado por um sistema de membranas interconectadasna forma de tubos ramificados que delimitam uma cavidade(luz ou lúmen).

� Distingue-se dois tipos: o RE rugoso e o RE liso.

� Presentes em uma mesma células, formando uma estruturacontínua.

� Contínuo com o envoltório nuclear.

� Não existe ligação com a membrana plasmática.

� Ocupa em media 10% do volume celular.

� Corresponde a mais da metade do total de membranas emuma célula animal.

� Quantidade e localização no citoplasma variam de acordocom o tipo e metabolismo celular.

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Morfologia do Retículo Endoplasmático (RE)

Visão esquemática do RE

(Stevens e Lowe, 2001)(Alberts et al., 2008)

Page 7: Aula6_Retículo Endoplasmático e Complexo de Golgi 2015-3

Métodos de estudo: microscopia de luz

Page 8: Aula6_Retículo Endoplasmático e Complexo de Golgi 2015-3

RER de células pancreáticas exócrinas, altamente se cretoras (Alberts et al., 2008).

Morfologia do Retículo Endoplasmático

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REL de uma célula secretora de hormônios esteróides, as célula Intersticial (Alberts et a., 2008).

Morfologia do Retículo Endoplasmático

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Composição química� Duas porções:

� Membranas:

� Distribuição assimétrica dos componentes

� Lipídeos (~30%)

� Proteínas (~70%)

� Cadeias transportadoras de elétrons

� Luz

� Variável, com o tipo celular (secreção)

� Proteínas residentes

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Composição química: membranas

� Lipídeos: bicamanda

1. Face citoplasmática: fosfatidilinositol, fosfatidiletanolaminoe fosfatidilserina

2. Face luminal: fostatidilcolina e esfingomielina

� Proteínas: estruturais, receptores ou enzimas

1. Face citoplasmática: enzimas oxidativas.

2. Face luminal: glicoproteínas e enzimas relacionadas amodificação de substâncias.

3. Cadeias transportadoras de elétrons: citocromo p450(hidroxilação de substratos) e citocromo b5 (dessaturaçãode ácidos graxos).

4. RER tem aproximadamente 20 proteínas não observadas noREL (associação dos ribossomos as membrana do RE).

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Aspectos funcionais� Síntese de proteínas:

� Proteínas solúveis, residentes, secretadas ou de outrasorganelas e transmembranicas;

� Síntese e modificação de lipídeos� Fosfolipídeos, ceramidas, colesterol� Elongação e dessaturação de ácidos graxos

� Síntese de hormônios esteróides� Progesterona, andrógenos, estrógenos, glicocorticóides e

mineralocorticóides.� Modificação de lipídeos e proteínas

� Alteração na conformação final� Formação de pontes dissulfeto� Glicosilação� Adição ancoras glicosilfosfatidilinositol a proteínas.

� Detoxificação� Glicogenólise

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Síntese proteica

� Os ribossomos associados ao RE são idênticos aospresentes livres no citoplasma.

� A associação ao RE é transitória. Terminada a leiturado mRNA o ribossomo é liberado no citoplasma.

� A transferência de proteínas para o lúmen do REocorra durante a tradução.

� Em outras organelas a importação de proteínasocorre pós-traducionalmente.

� Algumas proteínas (poucas) ser transportadas já emsua forma final para o RE.

Page 14: Aula6_Retículo Endoplasmático e Complexo de Golgi 2015-3

(Alberts et al., 2008)

(Alberts et al., 2008)

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Síntese proteica

(Stevens e Lowe, 2001)

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(Lod

ish

et a

l., 2

005)

• Síntese bloqueada nocitoplasma ( seqüência sinal +partícula de reconhecimentodo sinal - SRP ).

• Reconhecimentodo ribossomo/SRP.• Reinício dasíntese.

• Término dasíntese;• Desassociaçãodo ribossomo

Síntese proteica – transferência cotraducinal

• Peptídeo sinal (~20 aa hidrofóbicos)• SRP é uma ribonucleoproteína• Hidrolise do GTP libera a partícula

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� A Interação do ribossomoao RE:

� Ligação de receptorescom a p180.

� Complexo sec61(relacionado com oancoramento doribossomo.

� A cadeia polipeptídicanascente se liga a um poroaquoso fisiológico (2nm):somente na presença docomplexo ribossomo-peptídeo nascente.

Síntese proteica – transferência cotraducinal

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Transferência de proteínas solúveis

� Diretamente do ribossomo para a luz do RE.

� Presença de proteínas chaperonas de lingação (BiP).

� Translocon: receptores SRP, poro aquoso, peptidase dosinal, complexo Sec61, TRAM e as BiPs.

O complexo de proteínas na membrana do RE que estárelacionado a translocação é denominado translocon .

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(Lodish et al., 2005) (Lodish et al., 2005)

Transferência de proteínas solúveis

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Transferência de proteínas de membrana

� Proteínas transmembrana apresentam segmentoshidrofóbicos inseridos nas biomembranas.

� A inserção de um segmento hidrofóbico pode ocorrer:

1.A proteína não possui sítio de clivagem da sequênciasinal.

2.Uma segunda sequência hidrofóbica seria inserida namembrana do RE

� Nesses casos: proteínas transmembranas unipasso.

� Pode haver mais de uma sequência hidrofóbica,formando proteínas transmembrana multipasso.

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Transferência de proteínas de membrana

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Transferência de proteínas de membrana

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Síntese de lipídeos

� Fosfolipídeos são produzidos no RE e serão utilizadosem diversas membranas celulares.

� Síntese ocorre em duas etapas.

1.Dois ácidos graxos são ligados a um glicerolfosfato(citoplasma).

2.Diferenciação da cabeça polar: inserção do inositol,serina, etanolamina ou colina.

� Ocorre a translocação dos fosfolipídeos formados(flipases).

� A translocação é preferencial para alguns lipídeos, emespecial a fosfatidilcolina (assimetria de membrana).

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Síntese de lipídeos

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Síntese de lipídeos

� Flipase na membrana do RE e Proteínas transportadoras.

� Carregam os lipídios produzidos à outras membranas.

� Pode ocorrer transporte de lipídios pelo tráfico de vesículas.

(Lodish et al., 2005)

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Síntese de colesterol e hormônios esteroides

� Síntese de colesterol também ocorre na membrana do RE apartir da Acetil Co-A.

� Também pode ser aproveitado o colesterol exógeno.

� O colesterol é precursor dos hormônios esteroides.

� A síntese de esteroides: passos intermediários que ocorremna membrana do RE, mitocôndria e peroxissomo.

1. Formação do colesterol no RE

2. Colesterol produzido no RE é transportado para amitocôndria: formação da pregnenolona.

3. A pregnenologa vai ao RE: produtos finais são oshormônios esteroides.

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Síntese de colesterosl e esteróides: células intersticiais de Leydig

(Bloom e Fawlcet, 1977)

Enzimas citoplasmáticas e no RE utilizam 22 passos para a produção do colesterol. As enzimas citoplasmáticas catalizam até Farnesil-PP (exceto aformação de Mevalonato ). Demais etapas ocorrem no REL. A sintese de esteróides envolve a atividade conjunta das Mitocôndrias, o RELcitoplasma.

(Gartner e Hiatt, 1999)

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Modificações em proteínas e lipídeos

� Adoção da conformação final das proteínas no RE

� É facilitada por proteínas chaperonas BiP presentes na luz.

� Auxiliam na aquisição da conformação terciárias e quarternárias das proteínas.

� Quando a conformação final não é correta:

1.Podem ser degradadas presentes na luz do RE

2.Podem ser transportadas ao citoplasma onde podem ser degradadas.

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Modificações em proteínas e lipídeos

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Modificações em proteínas e lipídeos

� Formação de pontes dissulfeto

� É favorecida pela dissulfeto isomerase (PDI).

(Lod

ish

et a

l., 2

005)

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Modificações em proteínas e lipídeos

� Glicosilação

� Proteínas modificadas pela adição covalente decarboidratos.

� Ocorre a formação de um oligossacarídeo na membrana doRE.

� Esse carboidrato permanece ancorado a membrana pelodolicol.

� Ação da oligossacaril-transferase:

1. Reconhece os resíduos de asparagina (Asn ou N) daproteína nascente

2. Catalisa a trasferência do oligossacarídeo para oaminoterminal da asparagina (glicosilação N-ligada).

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Modificações em proteínas e lipídeos

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� Organização da estrutura tridimensional da proteína.

(Lodish et al., 2005)

Modificações em proteínas e lipídeos

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Modificações em proteínas e lipídeos

� Adição de ancora glicosil-fosfatidilinositol (GPI)

� Algumas proteínas da superfície celular interagem com amembrana por uma ancora de GPI.

� Ancora GPI: ligação covalente da proteína (extremidade C-terminal) com um carboidrato de um glicolipídeo (o GPI).

(Lodish et al., 2005)

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Modificações em proteínas e lipídeos

� Elongação e dessaturação de ácidos graxos

� A elongação ocorre por uma série de reações em cadeia.

� A formação das insaturações ocorrem por desidrogenação.

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� Permite que substâncias tóxicas insolúveis sejameliminadas.

� Reação de oxidação do citocromo p450

� Ocorrem principalmente no fígado, embora possam ocorrerem outros órgãos ou tecidos.

� Aumento de tamanho do REL. Com a eliminação, este voltaas suas dimensões normais.

Detoxificação

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Reserva de Cálcio

� Proteínas ligadoras de Cálcio no RE fazem do RE umreservatório de elemento.

� Nas células musculares o REL: retículo sarcoplasmático.

http://individual.utoronto.ca/gramolini/

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Glicogenólise

� A degradação de glicogêniocitoplasmático (hepatócitos),é realizada por regiões do RE(glicose-6-fosfatase).

� Glicose-6-fosfatase:desfosforilação final daglicose na degradação doglicogênio.

(Lombello e Carvalho, 2013)

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Complexo de Golgi

� No CG são realizados processos de modificação desubstâncias produzidas no RE.

� O CG tem grande papel na secreção celular.

� É composto por sáculos achatados e independentes,mas com contínua troca de material por vesículas.

� Geralmente localizado próximo ao núcleo.

� Nas células animais, costuma ocupar a região central.Em células polarizadas, costuma ficar voltado para aface secretora da célula.

� Em geral existe uma relação espacial entre o RE e oCG.

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Estrutura do CG� Cisternas achatados (ou sáculos) com ~ 10nm de

espessura.

� Na maioria dos eucariotos as cisternas são organizadas em pilhas.

� Em geral, cada pilha apresenta de 4 a 8 cisternas sobrepostas.

� O espaço entre as cisternas fica preenchido por uma matriz proteica difusa que se associa as membranas do CG.

� Em mamíferos, as pilhas de cisternas são conectadas lateralmente por pontes membranosas (cinta de Golgi).

� Em protozoários e plantas onde as pilhas de cisternas são independentes e, muitas vezes, denominadas dictiossomos.

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Estrutura do CG

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Neurônios fusiformes: histoquímica para a enzima tiaminopirofosfatase (TPPase), marcadora das cisternas medianas do CG

(Lombello et al, 2013)

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Métodos de estudo

Page 44: Aula6_Retículo Endoplasmático e Complexo de Golgi 2015-3

Métodos de estudo

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Composição química� Membranas

� Diferentes compartimentos com composição e espessura variável.

� Lipídeos: 35-40% (fosfolipídeosem distribuição assimétrica)

� Proteínas: 60-65% (enzimas, proteínas estruturais, proteínas da formação e direcionamento de vesículas).

� As enzimas são características de cada compartimento.

� Luz

� Monossacarídeos, nucleotídeos, polissacarídeos, e proteínas de secreção.

� Conteúdo varia com o tipo celular.

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Demonstração histoquímica da compartimentalização no CG. Normalmente mais de uma cisterna mostra-se marcada. Isto su gere que estescomponentes se concentram de forma geral e não específica em cada compartimento. A) sem marcação. B) Marcação com ósmio reduz ascisternas cis (C e D). As enzimas Nucleosídeo Difosfatase se localiza em C e a Fosfatase Ácida em D (Alberts et al., 2008).

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Aspectos funcionais

� Os diferentes compartimentos do CG:

� Processamento de proteínas e lipídeos: glicosilação, sulfatação e fosforilação.

� Síntese de polissacarídeos (componentes da membrana plasmática, parede celular ou matriz extracelular).

� Transporte e endereçamento de substâncias

� Formação do acrossomo

� Formação de membranas celulares por transporte vesicular.

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� Glicosilação

� Cadeias glicídicas podem ser ligados a:

1. Amina de resíduos de asparagina (Asn ou N): N-ligados

2. Hidroxila de resíduos de serina ou treonina: O-ligados

� A porção glicídica adicionada: estrutura 3D, adesãocelular, sinalização celular em receptores demembrana.

Processamento de proteínas e lipídeos: glicosilação

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� Açúcares O-ligados

� Carboidratos O-ligados são produzidos no CG (exceto em leveduras).

� Iniciada pela adição de GlaNAc de no OH lateral dos resíduos de serina ou treonina.

� Outros carboidratos são sucessivamente adicionados.

� Exemplo: carboidratos do sistema ABO

(Lombello et al, 2013)

Processamento de proteínas e lipídeos: glicosilação

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(Lodish et al., 2005). (Santos Jr. e Vicente, 2013).

Processamento de proteínas e lipídeos: glicosilação

Page 51: Aula6_Retículo Endoplasmático e Complexo de Golgi 2015-3

� Açúcares N-ligados

� Adição e processamento inicial no RE. O oligossacarídeoresultante chega ao CG.

� Dois tipos de açucares N-ligados:

� Ricos em manose:

1. Sofrem pouca alteração estrutural no CG.

2. Nenhum oligossacarídeo é adicionado.

3. Remoção de um ou mais resíduos de manose.

� Complexos:

1. Remoção de algumas manoses.

2. Adição sequencial de alguns carboidratos.

3. Grande variedade de oligossacarídeos complexos.

Processamento de proteínas e lipídeos: glicosilação

Page 52: Aula6_Retículo Endoplasmático e Complexo de Golgi 2015-3

(Lombello et al, 2013)

Processamento de proteínas e lipídeos: glicosilação

Page 53: Aula6_Retículo Endoplasmático e Complexo de Golgi 2015-3

� Pode ocorrer em cadeias glicídicas (em proteínas e lipídeos).

� A reação pela doação do sulfato da 3-fosfoadenosina-5’-fosfosulfato (PAPS).

� PAPS é transportado do citoplasma para a rede trans do CG.

� Dentre os componentes produzidos: proteoglicanos.

Processamento de proteínas e lipídeos: sulfatação

Page 54: Aula6_Retículo Endoplasmático e Complexo de Golgi 2015-3

Síntese de polissacarídeos

� São sintetizado diferentestipos de polissacarídeosno CG.

� Em vegetais:

� Hemiceluloses(xiloglicanos) e ácidospécticos (pectinas).

� Em animais:

� Glicosaminoglicanos.

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Transporte e endereçamento de substâncias

� A via biossintética não é restrita à secreção. Essavia, ou parte dela, pode ser utilizado em outrasfinalidades.

� Componentes da MP e lisossomos seguem a mesmavia.

� Proteínas residentes do RE e do CG seguem etapasiniciais da via secretora, sendo retidas oudirecionadas ao seus locais de ação.

� Sentido de transporte:

1.Anterógrado: mediado por COPII

2.Retrógrado: mediado por COPI

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Transporte e endereçamento de substâncias

Page 57: Aula6_Retículo Endoplasmático e Complexo de Golgi 2015-3

� Existem dois modelos de transporte no CG:

� Modelo de transporte vesicular:

1.Cisternas como compartimentos fixos.

2.As vesículas são responsáveis pelo fluxo de moléculas.

3.Componentes podem escapar de seus compartimentos. Voltam por transporte retrógrado.

� Modelo de maturação das cisternas:

1.As cisternas migram em direção a região trans.

2.As vesículas provenientes do RE fundem-se entre sim para formar a região cis.

3.A rede trans se desfaz com o brotamento vesicular.

Transporte e endereçamento de substâncias

Page 58: Aula6_Retículo Endoplasmático e Complexo de Golgi 2015-3

Transporte e endereçamento de substâncias

Page 59: Aula6_Retículo Endoplasmático e Complexo de Golgi 2015-3

� Os produtos de secreção no CG podem seguir doiscaminhos:

� Secreção constitutiva:

� Secreção de maneira contínua e não regulada.

� Secreção regulada:

� Produtos permanecem retidos em vesículas(grânulos) de secreção até sinal específico parasua liberação.

Transporte e endereçamento de substâncias: vai biossintética

Page 60: Aula6_Retículo Endoplasmático e Complexo de Golgi 2015-3

Transporte e endereçamento de substâncias: vai biossintética

Page 61: Aula6_Retículo Endoplasmático e Complexo de Golgi 2015-3

http://www.pucrs.br/fabio/histologia/atlasvirtual/maxim/76a9.htmhttp://minerva.ufpel.edu.br/~mgrheing/cd_histologia/cito/citoplasma.htm

Grãos-de-secreção em

célula de glândula salivar de camundongo

Page 62: Aula6_Retículo Endoplasmático e Complexo de Golgi 2015-3

� Enzimas lisossomais são produzidas no RE, processadas e transferidas ao endossomo.

� Reconhecimento da manose-6-fosfato incorporada.

Transporte e endereçamento de substâncias: para o endossomo

Page 63: Aula6_Retículo Endoplasmático e Complexo de Golgi 2015-3

� Proteínas conhecidas:

1. COP I

� Entre as cisternasde Golgi;

� CG → RE.

2. COP II

� RE → CG.

3. Clatrina

� MP → endossomo→ CG

(Lodish et al., 2005)

Transporte e endereçamento de substâncias: formação de vesículas

Page 64: Aula6_Retículo Endoplasmático e Complexo de Golgi 2015-3

� Formação de uma estrutura em forma de cesta, que leva ao brotamento da membrana. Interagem com receptores que reconhecem produtos.

Transporte e endereçamento de substâncias: formação de vesículas

Page 65: Aula6_Retículo Endoplasmático e Complexo de Golgi 2015-3

(Lodish et al., 2005)

Page 66: Aula6_Retículo Endoplasmático e Complexo de Golgi 2015-3

Vesículas recobertas

COPCOP ClatrinaClatrina

Page 67: Aula6_Retículo Endoplasmático e Complexo de Golgi 2015-3

Reconhecimento e fusão das vesículas

� O transporte vesicular dever ser altamente seletivo noreconhecimento da membrana alvo com a qual serfundirá.

� Reconhecimento: mediado pelas proteínas Rab.

� Rab são GTPases monoméricas. Mas de 60 membros

� Fusão: mediado pelas proteínas SNARE.

� Existem 35 tipos conhecidos de SNAREs, cada umaassociada a um organela em particular.

� São comumente agrupas em v-SNAREs (vesículas) e t-SNAREs (membranas alvo)

Page 68: Aula6_Retículo Endoplasmático e Complexo de Golgi 2015-3

Reconhecimento das vesículas,

Page 69: Aula6_Retículo Endoplasmático e Complexo de Golgi 2015-3

Fusão das vesículas

Page 70: Aula6_Retículo Endoplasmático e Complexo de Golgi 2015-3

Formação do acrossomo� Formação e agregação de vesículas do CG.

� Enzimas acrossomais são semelhantes as lisossomais.

Gartner e Hiatt, 1999

Page 71: Aula6_Retículo Endoplasmático e Complexo de Golgi 2015-3

http://www.udel.edu/biology/Wags/histopage/empage/e mr/emr.htmBloom e Fawlcet, 1977

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Brefeldina (BFA) bloqueia o transporte anterógrado no CG

� A BFA é um composto tóxico produzido por fungos.

� Acarreta desorganização do CG em células de mamíferos.

1. A rede trans se redistribui ao redor do centro organizador de microtúbulos (MTOC).

2. Demais componentes são transportados ao RE.

� A BFA inibe a ativação de GTPase de recrutamente de ARF1, impedindo a associação de COPI e clatrina.

� Bloqueia a chegada na rede trans, mas não o transporte retrógrado.

� Mecanismo independente de COPI

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BibliografiaBásica

� Alberts, B.; Johnson, A.; Lewis, J.; Raff, M.; Roberts, K.; W alter, P. Molecular Biology of the Cell , 5th ed., GarlandScience, New York, pp. 749-779, e 723-74, 2008.

� Lombello, C.B.; Lourenço, L.B.; Carvalho, H.F. Complexo de Golgi, In: Carvalho, H.F. & Recco-Pimentel, S.M. ACélula , 3ª ed., São Paulo: Manole, pp. 337-353, 2013.

� Lombello, C.B.; Carvalho, H.F. Retículo endoplasmático, I n: Carvalho, H.F. & Recco-Pimentel, S.M. A Célula , 3ª ed.,São Paulo: Manole, pp. 321-336, 2013.

Complementar

� Alberts, B.; Johnson, A.; Lewis, J.; Raff, M.; Roberts, K.; W alter, P. Fundamentos de Biologia Celular , 2ª edição,Artmed, 2006.

� De ROBERTIS, E.M.F. Jr.; HIB, J. Biologia Celular e Molecular , 4ª edição, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.

� Junqueira, L.C.; Carneiro, J. Biologia Celular e Molecular , 8ª edição, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.

� Lodish, H.; Berk, A.; Matsudaira, P.; Kaiser, C.A.; Krieger , M.; Scott, M.P.; Zipursky, L.; Darnell, J. Biologia Celular eMolecular , 5a edição, Porto Alegre: Artmed, 2005.

� Karp, G. Biologia Celular e Molecular , 3ª edição, Barueri, SP: Editora Manole, 2005.

� Persico, A.; Cervigni, R.I.; Barretta, M.L.; Colanzi, A. Mit otic inheritance of the Golgi complex. FEBS Letters 583:3857–3862, 2009.

� Pollard, T.D.; Earnshaw, W.C. Biologia Celular . Rio de Janeiro, RJ: Elsevier, 2006.

� Salway, J.G. Metabolismo Passo a Passo , 3ª edição, Porto Alegre, RS: Artmed, 2009.

� Sallet, P.C.l. Prêmio Nobel: dinamite, neurociências e out ras ironias. Rev. Psiquiatr. clín ., 36: 7-40, 2009

� Tiné, M.A.S.; Cortelazzo, A.; Buckeridge, M.S. Occurrence of xyloglucan containing protuberances in the storage cellwalls of cotyledons of Hymenaea courbaril L. Rev. Bras. Bot. , 23(4): 415-419, 2000