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Curso de Direito Administrativo para a Receita Federal - Profº. Cyonil Borges - aula 10 Prof. Cyonil Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 92 AULA 10.3 – CONTRATOS ADMINISTRATIVOS (Exercícios) Oi Pessoal, Agora é pra valer! A seguir uma boa lista de exercícios só de ESAF. Vamos que vamos. Excelente semana a todos, Cyonil Borges. Observação: reforço que as questões de 2012 [incluindo CGU] serão todas comentadas. Na verdade, já estão comentadas. Só não postei porque quero que os(as) amigos(as) estudem primeiro todo o conteúdo, para não precisar simplesmente ler os comentários.

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AULA 10.3 – CONTRATOS ADMINISTRATIVOS (Exercícios)

Oi Pessoal,

Agora é pra valer! A seguir uma boa lista de exercícios só de ESAF.

Vamos que vamos.

Excelente semana a todos,

Cyonil Borges.

Observação: reforço que as questões de 2012 [incluindo CGU]

serão todas comentadas. Na verdade, já estão comentadas. Só não postei porque quero que os(as) amigos(as) estudem primeiro

todo o conteúdo, para não precisar simplesmente ler os comentários.

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QUESTÕES EM SEQUÊNCIA

1) (2006/ESAF - Auditor Federal de Controle Externo) No âmbito do

contrato administrativo, assinale a hipótese que não se configura como

motivo para a rescisão unilateral do contrato pela Administração.

a) Razões de interesse público, de alta relevância e amplo conhecimento.

b) Dissolução da sociedade ou o falecimento do contratado.

c) Atraso superior a 90 dias dos pagamentos pela Administração.

d) Ocorrência de força maior ou caso fortuito.

e) Atraso injustificado no início da obra.

2) (2000/ESAF - Auditor Federal de Controle Externo) A característica de

mutabilidade do contrato administrativo pode ser encontrada nos

seguintes institutos, exceto:

a) observância da forma prescrita em lei

b) teoria da imprevisão

c) alteração unilateral do contrato

d) equilíbrio econômico-financeiro

e) fato do príncipe

3) (1999/ESAF - Auditor Federal de Controle Externo) Quanto à alteração

unilateral do contrato administrativo, não é correto afirmar:

a) pode ocorrer quando houver modificação do projeto técnico contratado

b) existe um limite percentual para acréscimos ou supressões no objeto

contratado

c) à faculdade de alteração unilateral do contrato corresponde a obrigação

do Poder Público em manter o equilíbrio econômico financeiro da avença

d) insere-se entre as chamadas cláusulas exorbitantes dos contratos

administrativos

e) pode ser determinada pelo Poder Judiciário

4) (2003/ESAF – Analista Tributário da Receita Federal do Brasil) As

normas gerais, relativas a contratos administrativos, contidas na Lei nº

8.666/93, assim como as prerrogativas conferidas à Administração, em

razão do seu regime jurídico, aplicam-se aos de seguro, de financiamento

e de locação (em que o Poder Público seja locatário), no que couber.

a) Correta a assertiva.

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b) Incorreta a assertiva, porque esses contratos, desde que a

Administração seja parte, são todos e por inteiro regidos pela Lei nº

8.666/93.

c) Incorreta a assertiva, porque esses contratos, mesmo tendo a

Administração como parte, são todos regidos, exclusivamente, pelas

normas de direito privado.

d) incorreta a assertiva, porque desses contratos só os de locação são

regidos pela Lei nº 8.666/93, pois os de seguro e financiamento

subordinam-se, inteiramente, às normas de direito civil.

e) Incorreta a assertiva, porque o regime jurídico da Lei nº 8.666/93 só se

aplica aos contratos em que a Administração for parte contratante, e não

nesses casos indicados.

5) (2002/ESAF – Analista Tributário da Receita Federal do Brasil) Os

contratos administrativos, regidos pela Lei nº 8.666/93, poderão ser

alterados unilateralmente pela Administração contratante, com as devidas

justificativas, quando

a) houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor

adequação técnica aos seus objetivos.

b) por ser conveniente a substituição da garantia de sua execução.

c) necessária a modificação do regime de execução da obra ou do serviço,

bem como do modo de fornecimento, em face de verificação técnica da

inaplicabilidade dos termos contratuais originários.

d) necessária a modificação da forma de pagamento, por imposição de

circunstâncias supervenientes.

e) para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre

os encargos do contrato e a retribuição da Administração, objetivando

manter o equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato.

6) (2002/ESAF – Analista Tributário da Receita Federal do Brasil) Toda

conduta, ação ou omissão da autoridade administrativa ou do poder

público, que tenha incidência sobre contrato firmado com particular, de

certa forma retardando ou impedindo sua execução, entende-se como

sendo

a) caso fortuito.

b) fato da administração.

c) fato do príncipe.

d) força maior.

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e) teoria da imprevisão.

7) (2000/ESAF – Analista Tributário da Receita Federal do Brasil) Nos

contratos administrativos em geral, de acordo com a legislação que rege

essa matéria (Lei no 8666/93 com suas modificações), não se faz

necessária a inclusão de cláusula específica, estabelecendo

a) o preço, as condições de pagamento e o crédito pelo qual correrá a

despesa

b) as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando

exigidas

c) os casos de sua alteração unilateral ou por acordo das partes

d) a legislação aplicável à sua execução

e) os casos de sua rescisão

8) (2000/ESAF – Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil) Não se

considera como característica própria do contrato administrativo, não

presente nas relações do direito comum:

a) presença de cláusulas exorbitantes

b) mutabilidade

c) forma prescrita ou não vedada em lei

d) finalidade pública

e) presença da Administração Pública como poder público

9) (2000/ESAF – Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil) O contrato

administrativo que tem por objeto a obtenção de mão-de-obra para

pequenos trabalhos, mediante pagamento por preço certo, com ou sem

fornecimento de material, denomina-se:

a) contrato de fornecimento

b) administração contratada

c) contrato de gestão

d) tarefa

e) concessão de uso

10) (2008/ESAF – CGU – Analista de Finanças e Controle) Sobre os

contratos administrativos, é correto afirmar que:

a) o contratado, na execução do contrato, sem prejuízo das

responsabilidades contratuais e legais, não poderá subcontratar partes da

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obra.

b) a Administração Pública responde solidariamente com o contratado

pelos encargos previdenciários resultantes da execução do contrato, nos

termos do art. 31 da Lei n. 8.212, de 24 de julho de 1991.

c) executado qualquer objeto contratual, a lei admite apenas o

recebimento definitivo do objeto.

d) constitui motivo para a rescisão unilateral do contrato o atraso superior

a 60 dias dos pagamentos devidos pela Administração.

e) a supressão resultante de acordo celebrado entre os contratantes

sobre a redução no quantitativo do objeto não poderá exceder a 25% do

valor inicial atualizado do contrato.

11) (2008/ESAF – CGU – Analista de Finanças e Controle) Na elaboração

dos contratos a serem celebrados pela Administração Pública, são

cláusulas necessárias, exceto:

a) os casos de rescisão.

b) o regime de execução e a forma de recebimento.

c) o cronograma de desembolso dos recursos.

d) o crédito pelo qual ocorrerá a despesa.

e) o objeto e seus elementos característicos.

12) (2008/ESAF – CGU – Analista de Finanças e Controle) Julgue os itens,

se verdadeiros ou falsos, a respeito da formalização dos contratos com a

Administração Pública e assinale a opção que indica a sequência correta.

I. A publicação resumida do contrato e dos seus aditivos na imprensa

oficial é condição indispensável para a sua eficácia.

II. A lei faculta à Administração Pública substituir o instrumento de

contrato por outro, como, por exemplo, a Nota de Empenho, para valores

situados abaixo dos limites de Tomada de Preços e Concorrência.

III. Os contratos podem ser alterados unilateralmente pela Administração

Pública quando houver modificação do projeto ou das especificações, para

melhor adequação técnica aos seus objetivos.

IV. A variação do valor contratual em razão de reajustes nele previstos é

também considerada alteração contratual.

a) V,V,V,F

b) F,V,F,V

c) F,V,F,F

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d) V,F,V,V

e) V,V,F,V

13) (2008/ESAF – CGU – Analista de Finanças e Controle) São motivos

para a rescisão do contrato administrativo, exceto:

a) a alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura da

empresa, que prejudique a execução do contrato.

b) a subcontratação total ou parcial do seu objeto, não admitidas no edital

e no contrato.

c) a alteração do valor do contrato para reduzi-lo em vinte por cento.

d) o atraso injustificado no início da obra, serviço ou fornecimento.

e) o não cumprimento de cláusulas contratuais, especificações, projetos e

prazos.

14) (2004/ESAF – CGU – Analista de Finanças e Controle) Dos atos da

Administração Pública decorrentes de aplicação da Lei nº 8.666/93, em

questões relativas a procedimentos licitatórios e/ou contratos

administrativos, é cabível recurso

a) no prazo de oito dias, no caso de licitação de licitante.

b) no prazo de quinze dias, no caso de anulação da licitação.

c) exceto no caso de revogação da licitação.

d) sem efeito suspensivo, no caso de julgamento das propostas.

e) com efeito suspensivo, no caso de inabilitação de licitante.

15) (2004/ESAF – CGU – Analista de Finanças e Controle) Nos contratos

administrativos regidos pelo regime da Lei nº 8.666/93, é dispensável

cláusula que estabeleça

a) a possibilidade de suprimir serviços.

b) a vinculação ao edital.

c) o crédito pelo qual correrá a despesa.

d) o regime de sua execução.

e) os casos de rescisão.

16) (2004/ESAF – CGU – Analista de Finanças e Controle) Nos contratos

administrativos regidos pela Lei nº 8.666/93, a Administração dispõe de

certas prerrogativas especiais, mas mesmo assim, não pode ela

a) aplicar sanções.

b) descumprir condições do edital.

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c) modificá-los.

d) ocupar bens do contratado.

e) rescindi-los.

17) (2004/ESAF – CGU – Analista de Finanças e Controle) Não se

inclui(em) entre as cláusulas necessárias em todo contrato administrativo

a) o regime de execução ou a forma de seu fornecimento.

b) as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução.

c) os casos de rescisão.

d) o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação

funcional programática e da categoria econômica.

e) os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e

os valores das multas.

18) (2004/ESAF – CGU – Analista de Finanças e Controle) Conforme a

doutrina majoritária em relação à alteração dos contratos administrativos,

a modificação das condições contratuais promovida pelo Poder Público

contratante, unilateralmente, incidindo diretamente sobre o objeto

contratado e provocando o seu desequilíbrio econômico, denomina-se

a) teoria da imprevisão.

b) fato do príncipe.

c) força maior.

d) fato da administração.

e) caso fortuito.

19) (2004/ESAF – CGU – Analista de Finanças e Controle) Os contratos

administrativos regidos pela Lei nº 8.666/93 podem ser alterados,

unilateralmente, pela própria Administração, quando for

a) conveniente a substituição da garantia de sua execução.

b) necessária a modificação do valor contratado, em decorrência de

acréscimo ou diminuição quantitativa do seu objeto, nos limites

legalmente permitidos.

c) necessária a modificação do regime de execução da obra ou serviço.

d) necessária a modificação da forma de pagamento, por imposição de

circunstâncias supervenientes.

e) necessário restabelecer a relação pactuada, objetivando manter o

equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato.

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20) (2002/ESAF – Procurador do Banco Central do Brasil) O contrato

administrativo pode ser alterado unilateralmente na seguinte hipótese:

a) quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de

acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites

permitidos pela legislação.

b) para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre

os encargos do contratado e a retribuição da Administração para a justa

remuneração da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a

manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do

contrato, em virtude de superveniência de fatos imprevisíveis.

c) quando conveniente a substituição da garantia de execução.

d) quando necessária a modificação do regime de execução da obra ou

serviço, em face de verificação técnica da inaplicabilidade dos termos

contratuais originários.

e) quando necessária a modificação da forma de pagamento, por

imposição de circunstâncias supervenientes, mantido o valor inicial

atualizado.

21) (2002/ESAF – CGU – Analista de Finanças e Controle) De acordo com

as normas gerais, estabelecidas na Lei nº 8.666/93, no concernente ao

regime jurídico dos contratos administrativos em geral, pode-se asseverar

que

a) é permitido contrato com prazo de vigência indeterminado.

b) em certos casos é permitido o contrato verbal.

c) o instrumento formal é facultativo nos casos de tomadas de preço.

d) o instrumento formal é facultativo nos casos de dispensa ou

inexigibilidade de licitação.

e) tais normas não se aplicam aos contratos de seguro e de locação em

que o Poder Público seja locatário.

22) (2006/ESAF – CGU – Analista de Finanças e Controle) A regra básica

relativa à vigência dos contratos administrativos é:

a) duração de um ano.

b) duração de até 60 meses.

c) duração definida em cada edital de licitação.

d) duração adstrita aos respectivos créditos orçamentários.

e) duração de até 24 meses.

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23) (2006/ESAF – CGU – Analista de Finanças e Controle) O instituto

previsto na legislação sobre contrato administrativo, referente à

formalização da variação do valor contratual, decorrente de reajuste de

preços, previsto no contrato, que não caracteriza a sua alteração,

denomina-se

a) apostila.

b) termo de ajustamento.

c) aditivo.

d) nota de aditamento.

e) termo de variação monetária.

24) (2006/ESAF – CGU – Analista de Finanças e Controle) Os contratos

administrativos, regidos pela Lei n. 8.666/93, com as devidas

justificativas, poderão ser alterados, unilateralmente, pela própria

Administração, nos casos de

a) haver modificação do projeto ou das especificações, para melhor

adequação técnica aos seus objetivos.

b) haver conveniência na substituição da garantia de sua execução.

c) haver necessidade de modificar o regime de execução da obra ou do

serviço, bem como o modo de fornecimento, em face de verificação

técnica de inaplicabilidade, dos termos contratuais originários.

d) haver imposição de circunstâncias supervenientes, para a modificação

da forma de pagamento, mantido o valor inicial contratado.

e) haver necessidade de restabelecer a relação, que as partes pactuaram

inicialmente, entre os encargos do executado e a retribuição da

Administração, com vistas a manter a justa remuneração da obra, do

serviço ou do fornecimento.

25) (2006/ESAF – CGU – Analista de Finanças e Controle) A inexecução

total ou parcial do contrato, regido pela Lei n. 8.666/93, enseja a sua

rescisão, com as consequências contratuais e as previstas na legislação

pertinente, mas não constitui motivo específico e suficiente, para tanto,

a) a lentidão do seu cumprimento, levando a Administração a comprovar

a impossibilidade de sua conclusão, nos prazos estabelecidos.

b) o atraso, por mais de 30 (trinta) dias, dos pagamentos devidos pela

Administração, decorrentes de obras, serviços ou fornecimentos já

realizados ou executados.

c) o cumprimento irregular de cláusulas contratuais, especificações e

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prazos registrados no livro próprio.

d) o atraso injustificado no início da obra, do serviço ou do fornecimento

contratado.

e) o cometimento reiterado de faltas na sua execução, anotadas no

registro próprio, pelo representante da Administração.

26) (2010/ESAF – Analista Técnico da SUSEP) Sobre o tema 'elaboração

de especificações técnicas e projetos básicos', assinale a afirmação

incorreta.

a) De modo a permitir alternativas de fornecimento, as especificações

técnicas não podem reproduzir catálogos de determinado fornecedor ou

fabricante.

b) Por ser vedada ao próprio órgão, a elaboração do projeto básico deve

ficar a cargo de empresa especializada com registro no CREA.

c) Da composição do projeto básico deve constar o cronograma

físico-financeiro, com as despesas mensais previstas para serem

incorridas ao longo da execução da obra ou serviço.

d) Quando da elaboração do projeto básico, é necessário verificar se o

empreendimento necessita de licenciamento ambiental.

e) O projeto básico deve ser elaborado anteriormente à licitação e receber

a aprovação formal da autoridade competente.

27) (2010/ESAF – Analista Técnico da SUSEP) Caracterizam-se por serem

regidos pelo direito privado quanto ao conteúdo e aos efeitos, porém sem

ignorar as limitações trazidas pelo regime jurídico público, os contratos

de:

a) fornecimento de mão de obra.

b) locação em que o Poder Público seja locatário.

c) concessão de serviço público.

d) fornecimento de bens de consumo.

e) construção de obra pública.

28) (2006/ESAF – Agente Executivo da SUSEP) O que, conceitualmente,

pode distinguir o contrato administrativo de um convênio, firmado pela

Administração, é que quanto a este os seus objetivos são

a) de interesses comuns às partes.

b) de interesses divergentes para as partes.

c) permitidos por lei.

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d) presumivelmente legais.

e) de interesse público.

29) (2002/ESAF – Analista Técnico da SUSEP) Em relação às sanções

penais previstas na legislação de licitações e contratos administrativos, é

correto afirmar que

a) a pena de multa tem caráter alternativo.

b) a maior pena prevista é a de reclusão por três anos.

c) as penas são previstas exclusivamente para os agentes públicos,

responsáveis pelo procedimento licitatório.

d) a multa aplicada não poderá ser inferior a 2% do valor do contrato

licitado ou celebrado com dispensa ou inexigibilidade de licitação.

e) não se considera crime devassar o sigilo de proposta apresentada no

procedimento licitatório.

30) (2010/ESAF – Analista da Comissão de Valores Mobiliários) A critério

da autoridade competente, e desde que prevista no instrumento

convocatório, poderá ser exigida prestação de garantia nas contratações

de obras, serviços e compras, cabendo ao contratado optar por uma das

seguintes modalidades de garantia, exceto:

a) caução em dinheiro.

b) seguro-garantia.

c) cédula hipotecária.

d) fiança bancária.

e) caução em títulos da dívida pública.

31) (2010/ESAF – Analista da Comissão de Valores Mobiliários) O regime

jurídico dos contratos administrativos instituído pela Lei n. 8.666/1993

confere à Administração, em relação a eles, as seguintes prerrogativas,

exceto:

a) modificá-los unilateralmente, respeitados os direitos do contratado.

b) aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste.

c) rescindi-los unilateralmente, nos casos especificados.

d) suspender pagamentos devidos, a título de sanção administrativa.

e) fiscalizar-lhes a execução.

32) (2002/ESAF – Auditor Fiscal da Previdência Social) Aos contratos

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administrativos, regidos pela Lei nº 8.666/93, para a realização de obras

públicas,

a) não se aplicam princípios da teoria geral dos contratos.

b) não se aplicam disposições do direito privado.

c) aplicam-se, supletivamente, preceitos de direito público.

d) aplicam-se, supletivamente, preceitos de direito privado.

e) não se vinculam os preceitos licitatórios de que decorrem.

33) (2002/ESAF – Auditor Fiscal da Previdência Social) Em razão da

observância do princípio da publicidade, conforme previsão expressa na

Lei nº 8.666/93, os contratos administrativos devem ser publicados

a) integralmente, no órgão da imprensa oficial.

b) integralmente, no Boletim Interno do órgão respectivo.

c) resumidamente, na imprensa oficial e em jornal de circulação local.

d) resumidamente, no órgão da imprensa oficial.

e) resumidamente, na imprensa oficial e, integralmente, no Boletim

Interno do órgão respectivo.

34) (2002/ESAF – Auditor Fiscal da Previdência Social) Aos contratos

administrativos, regidos pela Lei nº 8.666/93, para a realização de obras

públicas,

a) não se aplicam princípios da teoria geral dos contratos.

b) não se aplicam disposições do direito privado.

c) aplicam-se, supletivamente, preceitos de direito público.

d) aplicam-se, supletivamente, preceitos de direito privado.

e) não se vinculam os preceitos licitatórios de que decorrem.

35) (2001/ESAF – Procurador do Banco Central do Brasil) Em relação ao

contrato administrativo, é correto afirmar:

a) a modalidade de garantia do contrato será fixada no edital, a critério da

autoridade licitante.

b) o instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência,

tomada de preços e convite.

c) a alteração unilateral do contrato, por acréscimo, está limitada a 50%

(cinqüenta por cento) do seu valor inicial em caso de reforma de

equipamento.

d) os recebimentos provisório e definitivo do objeto do contrato poderão

ser dispensados nos casos de gêneros perecíveis.

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e) a decretação de concordata do contratado é motivo para a rescisão do

contrato administrativo.

36) (2010/ESAF – Agente de Fazenda do Município do RJ) Referente aos

contratos administrativos, assinale a opção incorreta.

a) É motivo de rescisão contratual a subcontratação parcial do objeto do

ajuste, desde que não admitida no edital e no contrato.

b) Considera-se condição de eficácia do contrato administrativo a

publicação do seu extrato na imprensa oficial.

c) A Lei 8.666, de 1993, mitigou a lição tradicional de óbice à "Exceção de

Contrato não Cumprido", por parte do particular, quando houver

inadimplemento da Administração, prevendo hipótese de rescisão

contratual em face do atraso de pagamento pelo Poder Público.

d) É vedada a realização, pela Administração, de contratação verbal, de

sorte que todo ajuste pressupõe formalização mediante termo de

contrato.

e) O contratado é responsável pelos danos causados diretamente à

Administração ou a terceiros, decorrentes de sua culpa ou dolo na

execução contratual, não excluindo ou reduzindo tal responsabilidade a

fiscalização do ajuste por agente da Administração.

37) (2005/ESAF – MPOG - Analista de Planejamento e Orçamento) A Lei

Federal nº 8.666/93 dispõe sobre o regime jurídico do contrato

administrativo. Mediante expressa disposição (artigo 62), a norma legal

determina que mesmo os contratos celebrados pela Administração Pública

que sejam predominantemente regidos por norma de direito privado

estarão submetidos a regras específicas da lei mencionada.

Assinale no rol abaixo a espécie de contrato privado mencionada

expressamente na norma referida.

a) locação

b) compra e venda

c) arrendamento

d) doação

e) comodato

38) (2005/ESAF – MPOG - Analista de Planejamento e Orçamento) No

âmbito do contrato administrativo, assinale a afirmativa incorreta quanto

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às obrigações do contratado.

a) Manter preposto, aceito pela Administração, no local da obra ou

serviço, para representá-lo na execução do contrato.

b) Reparar, corrigir, reconstruir ou substituir, às suas expensas, no total

ou em parte, o objeto do contrato em que se verifiquem vícios resultantes

da sua execução.

c) Responder por danos causados diretamente à Administração ou a

terceiros, decorrentes de sua culpa ou dolo na execução contratual.

d) Responder pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e

comerciais, resultantes da execução do contrato, sem responsabilidade

subsidiária do Poder Público.

e) Executar fielmente o contrato, conforme as cláusulas avençadas.

39) (2005/ESAF – Especialista em Políticas Públicas e Gestão

Governamental) No âmbito do contrato administrativo, a ocorrência de

caso fortuito ou de força maior, regularmente comprovada, impeditiva da

execução contratual, sem qualquer culpa do contratado ou da

Administração, enseja a seguinte rescisão contratual:

a) administrativa, por ato unilateral do Poder Público.

b) judicial, por iniciativa da Administração.

c) amigável.

d) compulsória.

e) judicial, por iniciativa do contratado ou da Administração.

40) (2007/ESAF – SEFAZ CE - Analista Contábil Financeiro/ Analista

Jurídico/ Analista de Tecnologia da Informação) São regimes de execução

indireta de obras e serviços, exceto:

a) empreitada integral.

b) empreitada por preço global.

c) tarefa.

d) administração contratada.

e) empreitada por preço unitário.

41) (2001/ESAF – SEFAZ MS – Agente Tributário Estadual) Em relação aos

institutos da licitação e do contrato administrativo, assinale a afirmativa

falsa.

a) Somente pode-se exigir garantia do licitante na fase contratual.

b) Não é permitida a aplicação da inexigibilidade de licitação quando da

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contratação de serviços especializados de publicidade.

c) A revogação da licitação depende da ocorrência de fato superveniente,

devidamente justificado.

d) Não se admite a subcontratação no contrato administrativo, salvo se

prevista no edital e contrato respectivo.

e) A assunção do objeto do contrato por parte da Administração somente

ocorre em casos de rescisão judicial da avença.

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MARQUE SEU GABARITO

1 11 21 31

2 12 22 32

3 13 23 33

4 14 24 34

5 15 25 35

6 16 26 36

7 17 27 37

8 18 28 38

9 19 29 39

10 20 30 40

41

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CONFIRA SEU GABARITO

1 C 11 C 21 B 31 D

2 A 12 A 22 D 32 D

3 E 13 C 23 A 33 D

4 A 14 E 24 A 34 D

5 A 15 A 25 B 35 C

6 B 16 B 26 B 36 D

7 C 17 B 27 B 37 A

8 C 18 D 28 A 38 D

9 D 19 B 29 D 39 A

10 Anulada 20 A 30 C 40 D

41 E

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QUESTÕES COMENTADAS

1) (2006/ESAF - Auditor Federal de Controle Externo) No âmbito do contrato administrativo, assinale a hipótese que não se configura como

motivo para a rescisão unilateral do contrato pela Administração. a) Razões de interesse público, de alta relevância e amplo conhecimento.

b) Dissolução da sociedade ou o falecimento do contratado. c) Atraso superior a 90 dias dos pagamentos pela Administração.

d) Ocorrência de força maior ou caso fortuito. e) Atraso injustificado no início da obra.

Comentários:

Os incisos I a XII e XVII do art. 78 da Lei de Licitações nos fornecem as

hipóteses de rescisão unilateral. Vejamos:

Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato:

I - o não cumprimento de cláusulas contratuais, especificações,

projetos ou prazos;

II - o cumprimento irregular de cláusulas contratuais, especificações, projetos e prazos;

III - a lentidão do seu cumprimento, levando a Administração a

comprovar a impossibilidade da conclusão da obra, do serviço ou do

fornecimento, nos prazos estipulados;

IV - o atraso injustificado no início da obra, serviço ou fornecimento;

V - a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, sem justa

causa e prévia comunicação à Administração;

VI - a subcontratação total ou parcial do seu objeto, a associação do

contratado com outrem, a cessão ou transferência, total ou parcial, bem como a fusão, cisão ou incorporação, não admitidas no edital e

no contrato;

VII - o desatendimento das determinações regulares da autoridade

designada para acompanhar e fiscalizar a sua execução, assim como as de seus superiores;

VIII - o cometimento reiterado de faltas na sua execução, anotadas

na forma do § 1o do art. 67 desta Lei;

IX - a decretação de falência ou a instauração de insolvência civil;

X - a dissolução da sociedade ou o falecimento do contratado;

XI - a alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura

da empresa, que prejudique a execução do contrato;

XII - razões de interesse público, de alta relevância e amplo

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conhecimento, justificadas e determinadas pela máxima autoridade

da esfera administrativa a que está subordinado o contratante e exaradas no processo administrativo a que se refere o contrato;

XVII - a ocorrência de caso fortuito ou de força maior, regularmente comprovada, impeditiva da execução do contrato.

Parágrafo único. Os casos de rescisão contratual serão formalmente

motivados nos autos do processo, assegurado o contraditório e a ampla defesa.

Isso mesmo. O atraso superior a 90 dias dos pagamentos pela

Administração não é um caso para rescisão unilateral, daí a correção da alternativa C.

Percebam que todos os incisos, exceto o XII e XVII, preveem situações em que há falhas por parte da contratada, o que justifica a rescisão

unilateral. O atraso nos pagamentos é falha por parte do Estado!

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2) (2000/ESAF - Auditor Federal de Controle Externo) A característica de

mutabilidade do contrato administrativo pode ser encontrada nos seguintes institutos, exceto:

a) observância da forma prescrita em lei b) teoria da imprevisão

c) alteração unilateral do contrato d) equilíbrio econômico-financeiro

e) fato do príncipe Comentários:

A palavra mutabilidade quer indicar mudança, alteração, ou seja, os contratos celebrados pelo Poder Público não são pétreos, imutáveis,

estáticos, funcionam exatamente em sentido reverso, são maleáveis, alteráveis, e dinâmicos.

A Administração Pública, como parte contratante, faz jus a fortes

prerrogativas, como, por exemplo, a alteração unilateral das cláusulas regulamentares ou de serviços, o que traduz a ideia de que

o contrato é mutável.

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Demais disso, a ideia de que o contrato é "lex inter partes" (lei entre as

partes) e de que o acordo deve ser cumprido a qualquer custo ("pacta sunt servanda") sofre notória redução quando se trata de contratos

administrativos. São exemplos de circunstâncias que conferem a característica de mutabilidade aos contratos administrativos: fato

do príncipe; fato da administração; caso fortuito e força maior; e interferências imprevistas.

Assim, chegamos, facilmente, à alternativa "A", uma das características

dos contratos administrativos, porém inconfundível com a mutabilidade.

3) (1999/ESAF - Auditor Federal de Controle Externo) Quanto à alteração

unilateral do contrato administrativo, não é correto afirmar:

a) pode ocorrer quando houver modificação do projeto técnico contratado b) existe um limite percentual para acréscimos ou supressões no objeto

contratado c) à faculdade de alteração unilateral do contrato corresponde a obrigação

do Poder Público em manter o equilíbrio econômico financeiro da avença d) insere-se entre as chamadas cláusulas exorbitantes dos contratos

administrativos e) pode ser determinada pelo Poder Judiciário

Comentários:

Alternativa A - CORRETA. As alterações unilaterais podem ser

quantitativas ou qualitativas. As qualitativas referem-se às eventuais modificações de projeto, daí a correção da alternativa.

Alternativa B - CORRETA. Embora cláusula exorbitante, as

alterações unilaterais encontram limites. As supressões e acréscimos, qualitativos ou quantitativos, podem ser efetuados até

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25% do valor do contrato. Admitem-se, ainda, acréscimos em até

50% do valor do contrato, tratando-se de reforma de edifícios/equipamentos, daí a correção da alternativa.

Alternativa C - CORRETA. Nos termos da Lei de Licitações, em havendo

alteração unilateral, a Administração tem o dever, conforme o caso, de

manter o equilíbrio econômico-financeiro do contrato, daí a correção da alternativa.

Alternativa D - CORRETA. O art. 58 da Lei de Licitações fornece-nos um

rol exemplificativo de cláusulas exorbitantes, destacando-se a alteração unilateral, daí a correção da alternativa.

Alternativa E - INCORRETA. A alteração unilateral é uma cláusula

exorbitante. Cláusula exorbitante é prerrogativa da Administração. Logo, se houver determinação pelo Poder Judiciário, não estaremos

diante de alteração unilateral. Neste caso, a Administração sofrerá restrições, não sendo o caso, portanto, de se cogitar da presença de

cláusula exorbitante, daí a incorreção da alternativa.

4) (2003/ESAF – Analista Tributário da Receita Federal do Brasil) As

normas gerais, relativas a contratos administrativos, contidas na Lei nº 8.666/93, assim como as prerrogativas conferidas à Administração, em

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razão do seu regime jurídico, aplicam-se aos de seguro, de financiamento

e de locação (em que o Poder Público seja locatário), no que couber. a) Correta a assertiva.

b) Incorreta a assertiva, porque esses contratos, desde que a

Administração seja parte, são todos e por inteiro regidos pela Lei nº 8.666/93.

c) Incorreta a assertiva, porque esses contratos, mesmo tendo a Administração como parte, são todos regidos, exclusivamente, pelas

normas de direito privado. d) incorreta a assertiva, porque desses contratos só os de locação são

regidos pela Lei nº 8.666/93, pois os de seguro e financiamento subordinam-se, inteiramente, às normas de direito civil.

e) Incorreta a assertiva, porque o regime jurídico da Lei nº 8.666/93 só se aplica aos contratos em que a Administração for parte contratante, e não

nesses casos indicados. Comentários:

Os contratos administrativos são apenas espécies dos contratos da

Administração, pois estes envolvem, cumulativamente, os contratos

regidos por normas de Direito Privado, igualmente praticados pela

Administração (são reconhecidos pela doutrina como contratos

semipúblicos).

Obviamente, o fato de o contrato ser de Direito Privado não significa que

não haja a aplicação de normas de Direito Público, bem como não

podemos afastar a aplicação de normas de Direito Privado nos contratos

administrativos, como bem espelha o art. 54 da Lei de Licitação. Vejamos:

Os contratos administrativos de que trata esta Lei

regulam-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de

direito público, aplicando-se-lhes, supletivamente, os

princípios da teoria geral dos contratos e as

disposições de direito privado.

Percebe-se, sem dificuldade, que o Direito Privado, do qual o Direito

Civil é ramo (por exemplo), aplica-se tão-só em caráter subsidiário aos

contratos administrativos, ou seja, quando da existência de lacunas no

direito público faculta-se a utilização supletiva do direito privado e não

a regência integral.

Assim, havendo uma lacuna (deficiência, incompletude) no trato dos

contratos administrativos, as normas de direito privado podem ser

aplicadas supletivamente (subsidiariamente).

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Não há dúvida, portanto, de que existem contratos da Administração

predominantemente regidos pelo Direito Privado e aqueles

predominantemente regidos pelo Direito Público. Os primeiros,

predominantemente regidos pelo Direito Privado, são chamados

semipúblicos, enquanto os últimos, regidos pelo Direito Público, são os

ditos contratos administrativos.

É claro que a Lei 8.666/1993 cuida dos contratos administrativos,

contudo, os contratos regidos predominantemente pelo Direito Privado

não foram esquecidos. Vejamos o que diz §3º do art. 62:

§ 3o Aplica-se o disposto nos arts. 55 e 58 a 61 desta Lei e

demais normas gerais, no que couber:

I - aos contratos de seguro, de financiamento, de

locação em que o Poder Público seja locatário, e aos

demais cujo conteúdo seja regido, predominantemente,

por norma de direito privado;

Então, encontrou a resposta?

Isso mesmo. Alternativa A.

5) (2002/ESAF – Analista Tributário da Receita Federal do Brasil) Os

contratos administrativos, regidos pela Lei nº 8.666/93, poderão ser alterados unilateralmente pela Administração contratante, com as devidas

justificativas, quando

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a) houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor

adequação técnica aos seus objetivos. b) por ser conveniente a substituição da garantia de sua execução.

c) necessária a modificação do regime de execução da obra ou do serviço,

bem como do modo de fornecimento, em face de verificação técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais originários.

d) necessária a modificação da forma de pagamento, por imposição de circunstâncias supervenientes.

e) para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre os encargos do contrato e a retribuição da Administração, objetivando

manter o equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato. Comentários:

A Lei de Licitações, em seu art. 65, prevê a possibilidade de a

Administração alterar unilateralmente os contratos administrativos. A

alteração unilateral é considerada uma cláusula exorbitante. Assim, não cabe ao particular discutir se alterar ou não altera, é seu dever

atender ao comando do Estado-administrador. Porém, há limites para o uso da cláusula exorbitante. Nos termos da Lei, a alteração não pode ser

superior ou inferior a 25% do valor do contrato. Por exemplo: contrato de R$ 100 mil reais pode ser alterado, quantitativa ou qualitativamente, para

R$ 125 mil reais ou R$ 75 mil reais.

Ao lado da alteração unilateral, destaca-se a possibilidade de acordo mútuo entre o Estado contratante e a contratada para a alteração da

avença, o que a doutrina reconhece como alteração bilateral.

Nos termos da Lei 8.666, de 1993, são situações em que a alteração deve contar com concordância:

Art. 65. (...)

II - por acordo das partes:

a) quando conveniente a substituição da garantia de execução;

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b) quando necessária a modificação do regime de execução da obra

ou serviço, bem como do modo de fornecimento, em face de verificação técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais originários;

c) quando necessária a modificação da forma de pagamento, por

imposição de circunstâncias supervenientes, mantido o valor inicial atualizado, vedada a antecipação do pagamento, com relação ao

cronograma financeiro fixado, sem a correspondente contraprestação de fornecimento de bens ou execução de obra ou serviço;

d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição da administração para a justa

remuneração da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato,

na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém de consequências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do

ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando álea econômica extraordinária e extracontratual.

Perceba que há quatro alternativas em que são apontadas as situações de alteração mediante acordo entre as partes. Apenas a alternativa A, no

caso, é para a alteração unilateral.

6) (2002/ESAF – Analista Tributário da Receita Federal do Brasil) Toda

conduta, ação ou omissão da autoridade administrativa ou do poder

público, que tenha incidência sobre contrato firmado com particular, de certa forma retardando ou impedindo sua execução, entende-se como

sendo a) caso fortuito.

b) fato da administração. c) fato do príncipe.

d) força maior. e) teoria da imprevisão.

Comentários:

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É costume de nossas organizadoras nos exigirem a distinção entre fato do

Príncipe e o fato da Administração.

O fato da administração não se confunde com o fato do príncipe, pois,

enquanto o fato do príncipe incide de forma reflexa no contrato (é

ato normativo, sobre todos incide), por se tratar de uma determinação

estatal GERAL que acaba desequilibrando a economia do contrato; o

fato da Administração relaciona-se diretamente com o contrato (é

ato individual, com destinatário certo, no caso, a empresa contratada),

tratando-se de uma determinação estatal ESPECÍFICA. Embora

distintos, têm efeitos bem próximos, pois, a depender do caso concreto,

podem acarretar a rescisão do contrato ou a necessidade de revisão.

A essa conduta (comissiva ou omissiva) do Poder Público, enquanto

parte contratante, ou torna impossível a execução do contrato

(donde surge a necessidade de rescisão) ou provoca forte

desnivelamento da equação econômico-financeira (quando se

faculta a revisão contratual). Daí, inclusive, a correção da alternativa B.

Os incisos XIII a XVI do art. 78 do Estatuto de Licitações fornece-nos

exemplos de fatos da administração:

XIII – a supressão, por parte da Administração, de obras,

serviços ou compras, acarretando modificação do valor

inicial do contrato além do limite permitido no § 1o do art. 65

desta Lei;

XIV – a suspensão de sua execução, por ordem escrita da

Administração, por prazo superior a 120 (cento e vinte)

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dias, salvo em caso de calamidade pública, grave

perturbação da ordem interna ou guerra, ou ainda por

repetidas suspensões que totalizem o mesmo prazo,

independentemente do pagamento obrigatório de

indenizações pelas sucessivas e contratualmente

imprevistas desmobilizações e mobilizações e outras

previstas, assegurado ao contratado, nesses casos, o direito

de optar pela suspensão do cumprimento das obrigações

assumidas até que seja normalizada a situação;

XV – o atraso superior a 90 (noventa) dias dos

pagamentos devidos pela Administração decorrentes

de obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas destes,

já recebidos ou executados, salvo em caso de calamidade

pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra,

assegurado ao contratado o direito de optar pela suspensão

do cumprimento de suas obrigações até que seja

normalizada a situação; e

XVI – a não liberação, por parte da Administração, de

área, local ou objeto para execução de obra, serviço

ou fornecimento, nos prazos contratuais, bem como das

fontes de materiais naturais especificadas no projeto.

7) (2000/ESAF – Analista Tributário da Receita Federal do Brasil) Nos contratos administrativos em geral, de acordo com a legislação que rege

essa matéria (Lei no 8666/93 com suas modificações), não se faz necessária a inclusão de cláusula específica, estabelecendo

a) o preço, as condições de pagamento e o crédito pelo qual correrá a despesa

b) as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando exigidas

c) os casos de sua alteração unilateral ou por acordo das partes d) a legislação aplicável à sua execução

e) os casos de sua rescisão Comentários:

Diferentemente do que ocorre com os contratos de direito privado, em que

há liberdade, autonomia de vontade de as partes estabelecerem

livremente as regras do contrato (observados, porém, determinados

limites como função social do contrato e boa-fé objetiva), nos contratos

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administrativos existem as cláusulas que devem estar presentes sob

pena de nulidade, as cláusulas ditas necessárias, conforme disposto no

art. 55 da Lei 8.666/1993.

A lei prevê um rol com 13 cláusulas necessárias abaixo elencadas, na

ordem de incisos da LLC:

CLÁUSULAS NECESSÁRIAS DISPOSITIVOS AUXILIARES

1. Objeto Art. 38

2. Regime de Execução Art. 10

3. Preço e condições de

pagamento, critérios de reajuste

Arts. 5º; 40, XI e XIV, a e c; 82;

arts. 11, § 1º, e 15 da Lei n.

8.880/94

4. Prazos de início e conclusão Arts. 6º, XI; 73 a 76.

5. Crédito pelo qual correrá a

despesa

Arts. 6º e 60 da Lei 4.320/64

6. Garantias Art. 56

7. Direitos/responsabilidades,

penalidades e valores de multa

Arts. 79, 81 a 88

8. Casos de rescisão Art. 78

9. Reconhecimento de direitos Arts. 77, 78 e 79

10. Condições de importação Art. 42

11. Vinculação ao ato de dispensa Art. 26

12. Legislação aplicável Art. 121

13. Manutenção das condições de

habilitação

Arts. 13, § 3º, 27 a 31

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A questão da ESAF, no entanto, é uma pegadinha. É que, embora da

adjetivação NECESSÁRIAS, tais cláusulas não são em sua totalidade

imprescindíveis, como ensina o autor Marçal Justen Filho:

Nem todas as hipóteses dos diversos incisos são realmente

obrigatórias. Ou seja, a ausência de algumas delas descaracteriza um

contrato administrativo e acarreta a nulidade da avença. Quanto a outras

cláusulas, sua presença é desejável, mas não obrigatória. São

obrigatórias as cláusulas correspondentes aos incisos I, II, III, IV, e

VII. As demais ou são dispensáveis (porque sua ausência não impede

a incidência de princípios e regras gerais) ou são facultativas, devendo

ser previstas de acordo com a natureza e as peculiaridades de cada

contrato.

Por exemplo, olhe o que estabelece o inciso VI da Lei: as garantias

oferecidas para assegurar sua plena execução, QUANDO EXIGIDAS, enfim, não correspondente exatamente a uma cláusula obrigatória

em todo contrato administrativo.

No entanto, percebam que a banca seguiu a linha da literalidade. Daí a

correção da alternativa C.

8) (2000/ESAF – Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil) Não se considera como característica própria do contrato administrativo, não

presente nas relações do direito comum:

a) presença de cláusulas exorbitantes b) mutabilidade

c) forma prescrita ou não vedada em lei d) finalidade pública

e) presença da Administração Pública como poder público Comentários:

A resposta é letra C. Explico.

A Administração só pode adotar formas previstas em lei, até como decorrência do princípio da legalidade.

9) (2000/ESAF – Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil) O contrato administrativo que tem por objeto a obtenção de mão-de-obra para

pequenos trabalhos, mediante pagamento por preço certo, com ou sem fornecimento de material, denomina-se:

a) contrato de fornecimento b) administração contratada

c) contrato de gestão

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d) tarefa

e) concessão de uso

Comentários:

A resposta é letra D.

A execução dos serviços e das obras pode efetuada direta ou

indiretamente. Com outras palavras, ou a Administração presta os serviços utilizando-se dos meios próprios, ou decide pela contratação de

terceiros.

Tratando-se da execução indireta, a lei prevê as seguintes modalidades:

empreitada por preço unitário, global e integral, e a tarefa. A tarefa é o que a doutrina reconhece como empreitada de lavor ou material,

sendo regime adotado para mão-de-obra para pequenos trabalhos, por preço certo, com ou sem fornecimento de materiais.

10) (2008/ESAF – CGU – Analista de Finanças e Controle) Sobre os contratos administrativos, é correto afirmar que:

a) o contratado, na execução do contrato, sem prejuízo das responsabilidades contratuais e legais, não poderá subcontratar partes da

obra. b) a Administração Pública responde solidariamente com o contratado

pelos encargos previdenciários resultantes da execução do contrato, nos termos do art. 31 da Lei n. 8.212, de 24 de julho de 1991.

c) executado qualquer objeto contratual, a lei admite apenas o

recebimento definitivo do objeto.

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d) constitui motivo para a rescisão unilateral do contrato o atraso superior

a 60 dias dos pagamentos devidos pela Administração. e) a supressão resultante de acordo celebrado entre os contratantes

sobre a redução no quantitativo do objeto não poderá exceder a 25% do

valor inicial atualizado do contrato. Comentário:

Alternativa A - CORRETA. O contrato administrativo, de regra, é

intuitu personae, o que importa dizer que, em tese, o particular vencedor da licitação é o que melhor comprovou as condições de contratar

com a Administração, devendo, portanto, ser o responsável pela execução do contrato. Nesse quadro, o Legislador não admite a subcontratação,

como regra, daí a correção da alternativa. No entanto, excepcionalmente, a Lei de Licitações permite a subcontratação

parcial de obra, serviço ou fornecimento até o limite consentido,

em cada caso, pelo edital, pelo contrato e pela Administração, isso sem prejuízo da responsabilidade legal e contratual do particular contratado,

conforme dispõe o art. 72 da Lei de Licitações. O gabarito preliminar da banca deu pela incorreção do presente quesito, porém, em face da

ambiguidade, subjetivismo, a questão foi anulada.

Alternativa B - CORRETA. Nos termos do art. 71 da Lei de Licitações, o contratado é responsável pelos encargos trabalhistas,

previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato. A inadimplência do contratado, com referência aos encargos

trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar

o objeto do contrato ou restringir a regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis. Já quanto aos

encargos previdenciários, a Administração Pública responde solidariamente com o contratado, nos termos do art. 31 da Lei 8.212,

de 1991, daí a correção da alternativa. Este foi o gabarito preliminar.

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Alternativa C - INCORRETA. O recebimento provisório poderá ser dispensado nas seguintes contratações:

- gêneros perecíveis;

- serviços técnicos profissionais;

- obras e serviços até o limite do convite (R$ 80.000,00).

Nessas hipóteses, o recebimento definitivo será efetuado por meio de

recibo e não termo circunstanciado. Exceção feita para as obras e serviços que componham de aparelhos, equipamentos e instalações

sujeitos à verificação de funcionamento e produtividade.

Assim, notem que não é todo objeto contratual que dispensa o

recebimento definitivo do objeto, daí a incorreção da alternativa.

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Alternativa D - INCORRETA. A rescisão do contrato poderá ser

unilateral nos casos enumerados nos incisos I a XII e XVII do art. 78 da Lei de Licitações, logo ficam excluídas, entre outras situações:

XIV - a suspensão de sua execução, por ordem escrita da Administração, por prazo superior a 120 (cento e vinte) dias, salvo em

caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, ou ainda por repetidas suspensões que totalizem o mesmo prazo,

independentemente do pagamento obrigatório de indenizações pelas sucessivas e contratualmente imprevistas desmobilizações e mobilizações

e outras previstas, assegurado ao contratado, nesses casos, o direito de optar pela suspensão do cumprimento das obrigações assumidas até que

seja normalizada a situação;

XV - o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos

pela Administração decorrentes de obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados, salvo em caso de calamidade

pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, assegurado ao contratado o direito de optar pela suspensão do cumprimento de suas

obrigações até que seja normalizada a situação;

XVI - a não liberação, por parte da Administração, de área, local ou

objeto para execução de obra, serviço ou fornecimento, nos prazos contratuais, bem como das fontes de materiais naturais especificadas no

projeto;

A razão é de lógica. Percebam que, nestas hipóteses, não está havendo erro da empresa contratada, mas sim por parte da Administração, de

tal sorte que não há interesse na rescisão unilateral, abrindo espaço para a rescisão amigável ou judicial, daí a incorreção da

alternativa.

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Alternativa E - INCORRETA. Questão que exigiu apenas atenção. A alteração unilateral, cláusula exorbitante, deve observar os limites de

acréscimos e de supressões na ordem de até 25% do valor

contratado, e, excepcionalmente, de acréscimos até 50% para reformas de equipamentos e edifícios. Já a alteração consensual

ou por mútuo acordo, não há limites para supressões, apenas para acréscimos. Respondam rápido: pode o MEC ligar para a editora da

Cartilha contra a homofobia e determinar o corte de 25%? E 50%? E 100%? Até 25%, não há qualquer impedimento, por se tratar de cláusula

exorbitante. Já as supressões aquém dos 25% só são possíveis se houver acordo celebrado entre os contratantes, nos termos do inc.

II do §2º do art. 65 da Lei 8.666, de 1993, daí a incorreção da alternativa.

11) (2008/ESAF – CGU – Analista de Finanças e Controle) Na elaboração dos contratos a serem celebrados pela Administração Pública, são

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cláusulas necessárias, exceto:

a) os casos de rescisão. b) o regime de execução e a forma de recebimento.

c) o cronograma de desembolso dos recursos.

d) o crédito pelo qual ocorrerá a despesa. e) o objeto e seus elementos característicos.

Comentário:

Diferentemente do que ocorre com os contratos de direito privado, em que há liberdade, autonomia de vontade de as partes estabelecerem

livremente as regras do contrato (observados, porém, determinados limites como função social do contrato e boa-fé objetiva), nos contratos

administrativos perceberemos que existem cláusulas que devem estar presentes sob pena de nulidade, cláusulas ditas necessárias, conforme

disposto no art. 55 da Lei 8.666/1993, o qual nos fornece um rol com 13

cláusulas necessárias abaixo elencadas, na ordem de incisos da LLC, a partir de quadro resumo extraído da excelente obra do autor Carlos Pinto

Coelho Motta:

CLÁUSULAS NECESSÁRIAS PREVISÃO

1. Objeto Art. 38

2. Regime de Execução Art. 10

3. Preço e condições de pagamento, critérios de reajuste

Arts. 5º; 40, XI e XIV, a e c;

82; arts. 11, § 1º, e 15 da Lei n. 8.880/94

4. Prazos de início e conclusão Arts. 6º, XI; 73 a 76.

5. Crédito pelo qual correrá a despesa

Arts. 6º e 60 da Lei 4.320/64

6. Garantias Art. 56

7. Direitos/responsabilidades, penalidades e valores de multa

Arts. 79, 81 a 88

8. Casos de rescisão Art. 78

9. Reconhecimento de direitos Arts. 77, 78 e 79

10. Condições de importação Art. 42

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11. Vinculação ao ato de dispensa Art. 26

12. Legislação aplicável Art. 121

13. Manutenção das condições de

habilitação Arts. 13, § 3º, 27 a 31

Chamamos a atenção do amigo leitor para uma pegadinha da prova

(especialmente da ESAF), vale informar, embora a adjetivação NECESSÁRIAS, tais cláusulas não são em sua totalidade

imprescindíveis, como ensina o autor Marçal Justen Filho:

Nem todas as hipóteses dos diversos incisos são realmente obrigatórias. Ou seja, a ausência de algumas delas descaracteriza um

contrato administrativo e acarreta a nulidade da avença. Quanto a outras cláusulas, sua presença é desejável, mas não obrigatória. São

obrigatórias as cláusulas correspondentes aos incisos I, II, III, IV, e

VII. As demais ou são dispensáveis (porque sua ausência não impede a incidência de princípios e regras gerais) ou são facultativas, devendo ser

previstas de acordo com a natureza e as peculiaridades de cada contrato.

Por exemplo, olhe o que estabelece o inciso VI da Lei: as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, QUANDO EXIGIDAS,

enfim, não corresponde exatamente a uma cláusula obrigatória em todo contrato administrativo.

Na questão, ora analisada, a organizadora foi mais tranquila, exigindo-nos apenas ter decorado o art. 55, sem qualquer trabalho interpretativo.

Percebam que não há previsão de desembolso.

Portanto, a resposta é a alternativa "C".

12) (2008/ESAF – CGU – Analista de Finanças e Controle) Julgue os itens,

se verdadeiros ou falsos, a respeito da formalização dos contratos com a Administração Pública e assinale a opção que indica a sequência correta.

I. A publicação resumida do contrato e dos seus aditivos na imprensa oficial é condição indispensável para a sua eficácia.

II. A lei faculta à Administração Pública substituir o instrumento de contrato por outro, como, por exemplo, a Nota de Empenho, para valores

situados abaixo dos limites de Tomada de Preços e Concorrência.

III. Os contratos podem ser alterados unilateralmente pela Administração Pública quando houver modificação do projeto ou das especificações, para

melhor adequação técnica aos seus objetivos. IV. A variação do valor contratual em razão de reajustes nele previstos é

também considerada alteração contratual.

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a) V,V,V,F b) F,V,F,V

c) F,V,F,F

d) V,F,V,V e) V,V,F,V

Comentários:

I - VERDADEIRO. Suficiente a leitura do art. 61 da Lei de Licitações.

Art. 61. Todo contrato deve mencionar os nomes das partes e os de

seus representantes, a finalidade, o ato que autorizou a sua lavratura, o número do processo da licitação, da dispensa ou da

inexigibilidade, a sujeição dos contratantes às normas desta Lei e às cláusulas contratuais.

Parágrafo único. A publicação resumida do instrumento de

contrato ou de seus aditamentos na imprensa oficial, que é condição indispensável para sua eficácia, será providenciada

pela Administração até o quinto dia útil do mês seguinte ao de sua assinatura, para ocorrer no prazo de vinte dias daquela data,

qualquer que seja o seu valor, ainda que sem ônus, ressalvado o

disposto no art. 26 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

II - VERDADEIRO. Suficiente a leitura do art. 62 da Lei.

Art. 62. O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e de tomada de preços, bem como nas dispensas

e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação, e facultativo nos

demais em que a Administração puder substituí-lo por outros

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instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho de

despesa, autorização de compra ou ordem de execução de serviço.

§ 1o A minuta do futuro contrato integrará sempre o edital ou

ato convocatório da licitação.

§ 2º Em carta contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra, ordem de execução de serviço ou outros instrumentos

hábeis aplica-se, no que couber, o disposto no art. 56 desta lei.

§ 2o Em "carta contrato", "nota de empenho de despesa",

"autorização de compra", "ordem de execução de serviço" ou outros instrumentos hábeis aplica-se, no que couber, o disposto no art. 55

desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

III - VERDADEIRO. Suficiente o art. 65 da Lei de Licitações.

Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes casos:

I - unilateralmente pela Administração:

a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus

objetivos;

b) quando necessária a modificação do valor contratual em

decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei;

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IV - FALSO. Os reajustes são feitos por meras apostilas (atos enunciativos), daí a incorreção da alternativa. Em todo caso, transcrevo,

abaixo, o §8º do art. 65 da Lei.

§ 8o A variação do valor contratual para fazer face ao reajuste

de preços previsto no próprio contrato, as atualizações, compensações ou penalizações financeiras decorrentes das

condições de pagamento nele previstas, bem como o empenho de dotações orçamentárias suplementares até o limite do seu valor

corrigido, não caracterizam alteração do mesmo, podendo ser registrados por simples apostila, dispensando a celebração

de aditamento.

13) (2008/ESAF – CGU – Analista de Finanças e Controle) São motivos para a rescisão do contrato administrativo, exceto:

a) a alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura da empresa, que prejudique a execução do contrato.

b) a subcontratação total ou parcial do seu objeto, não admitidas no edital e no contrato.

c) a alteração do valor do contrato para reduzi-lo em vinte por cento. d) o atraso injustificado no início da obra, serviço ou fornecimento.

e) o não cumprimento de cláusulas contratuais, especificações, projetos e prazos.

Comentário:

Questão relativamente tranquila. Suficiente a leitura do art. 78 da Lei de

Licitações, abaixo:

Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato:

I - o não cumprimento de cláusulas contratuais, especificações,

projetos ou prazos (alternativa "E");

II - o cumprimento irregular de cláusulas contratuais, especificações, projetos e prazos;

III - a lentidão do seu cumprimento, levando a Administração a comprovar a impossibilidade da conclusão da obra, do serviço ou do fornecimento,

nos prazos estipulados;

IV - o atraso injustificado no início da obra, serviço ou fornecimento (alternativa "D");

V - a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, sem justa causa e prévia comunicação à Administração;

VI - a subcontratação total ou parcial do seu objeto (alternativa

"B"), a associação do contratado com outrem, a cessão ou transferência, total ou parcial, bem como a fusão, cisão ou incorporação, não admitidas

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no edital e no contrato;

VII - o desatendimento das determinações regulares da autoridade designada para acompanhar e fiscalizar a sua execução, assim como as de

seus superiores;

VIII - o cometimento reiterado de faltas na sua execução, anotadas na forma do § 1o do art. 67 desta Lei;

IX - a decretação de falência ou a instauração de insolvência civil;

X - a dissolução da sociedade ou o falecimento do contratado;

XI - a alteração social ou a modificação da finalidade (alternativa

"A") ou da estrutura da empresa, que prejudique a execução do contrato;

XII - razões de interesse público, de alta relevância e amplo conhecimento, justificadas e determinadas pela máxima autoridade da

esfera administrativa a que está subordinado o contratante e exaradas no processo administrativo a que se refere o contrato;

XIII - a supressão, por parte da Administração, de obras, serviços ou compras, acarretando modificação do valor inicial do contrato além do

limite permitido no § 1o do art. 65 desta Lei;

XIV - a suspensão de sua execução, por ordem escrita da Administração, por prazo superior a 120 (cento e vinte) dias, salvo em caso de calamidade

pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, ou ainda por repetidas suspensões que totalizem o mesmo prazo, independentemente

do pagamento obrigatório de indenizações pelas sucessivas e contratualmente imprevistas desmobilizações e mobilizações e outras

previstas, assegurado ao contratado, nesses casos, o direito de optar pela

suspensão do cumprimento das obrigações assumidas até que seja normalizada a situação;

XV - o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos pela

Administração decorrentes de obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados, salvo em caso de calamidade

pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, assegurado ao contratado o direito de optar pela suspensão do cumprimento de suas

obrigações até que seja normalizada a situação;

XVI - a não liberação, por parte da Administração, de área, local ou objeto

para execução de obra, serviço ou fornecimento, nos prazos contratuais, bem como das fontes de materiais naturais especificadas no projeto;

XVII - a ocorrência de caso fortuito ou de força maior, regularmente

comprovada, impeditiva da execução do contrato.

Parágrafo único. Os casos de rescisão contratual serão formalmente

motivados nos autos do processo, assegurado o contraditório e a ampla defesa.

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XVIII - descumprimento do disposto no inciso V do art. 27, sem prejuízo

das sanções penais cabíveis. (Incluído pela Lei nº 9.854, de 1999)

A alteração em até 20% é uma cláusula exorbitante, que será

aplicada independentemente do consentimento do particular, daí a

incorreção da alternativa "C".

14) (2004/ESAF – CGU – Analista de Finanças e Controle) Dos atos da

Administração Pública decorrentes de aplicação da Lei nº 8.666/93, em questões relativas a procedimentos licitatórios e/ou contratos

administrativos, é cabível recurso a) no prazo de oito dias, no caso de licitação de licitante.

b) no prazo de quinze dias, no caso de anulação da licitação. c) exceto no caso de revogação da licitação.

d) sem efeito suspensivo, no caso de julgamento das propostas. e) com efeito suspensivo, no caso de inabilitação de licitante.

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Comentários:

A doutrina costuma apontar que o recurso administrativo são todos os

meios colocados à disposição dos administrados para provocar a

reapreciação de uma matéria pela Administração. Nesse sentido, o

art. 109 do Estatuto das Licitações enumera os seguintes recursos

administrativos que podem ser impetrados contra os atos da licitação e do

contrato:

Recurso, em sentido estrito;

Representação; e Pedido de reconsideração.

Cabem recursos, em sentido estrito, no prazo de cinco dias úteis a

contar da intimação do ato ou da lavratura da ata, nos casos de:

(a) habilitação ou inabilitação do licitante;

(b) julgamento das propostas;

(c) anulação ou revogação da licitação;

(d) indeferimento do pedido de inscrição em registro cadastral, sua

alteração ou cancelamento;

(e) rescisão do contrato, a que se refere o inciso I do art. 791 desta Lei; e

(f) aplicação das penas de advertência, suspensão temporária ou de

multa.

Uma importante informação é que o recurso contra a HABILITAÇÃO e

JULGAMENTO tem necessariamente efeito suspensivo; aos demais a

autoridade competente pode atribuir eficácia suspensiva (art. 109, §

2º). Daí, inclusive, a correção da alternativa E.

1 I - determinada por ato unilateral e escrito da Administração, nos casos enumerados nos incisos I a XII e XVII do artigo 78.

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15) (2004/ESAF – CGU – Analista de Finanças e Controle) Nos contratos administrativos regidos pelo regime da Lei nº 8.666/93, é dispensável

cláusula que estabeleça a) a possibilidade de suprimir serviços.

b) a vinculação ao edital. c) o crédito pelo qual correrá a despesa.

d) o regime de sua execução. e) os casos de rescisão.

Comentários:

Diferentemente do que ocorre com os contratos de direito privado, em que

há liberdade, autonomia de vontade de as partes estabelecerem livremente as regras do contrato (observados, porém, determinados

limites como função social do contrato e boa-fé objetiva), nos contratos administrativos perceberemos que existem cláusulas que devem estar

presentes sob pena de nulidade, cláusulas ditas necessárias, conforme disposto no art. 55 da Lei 8.666/1993, o qual nos fornece um rol com 13

cláusulas necessárias abaixo elencadas, na ordem de incisos da LLC, a partir de quadro resumo extraído da excelente obra do autor Carlos Pinto

Coelho Motta:

CLÁUSULAS NECESSÁRIAS PREVISÃO

1. Objeto Art. 38

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2. Regime de Execução Art. 10

3. Preço e condições de pagamento, critérios de reajuste

Arts. 5º; 40, XI e XIV, a e c; 82; arts. 11, § 1º, e 15 da Lei n.

8.880/94

4. Prazos de início e conclusão Arts. 6º, XI; 73 a 76.

5. Crédito pelo qual correrá a

despesa Arts. 6º e 60 da Lei 4.320/64

6. Garantias Art. 56

7. Direitos/responsabilidades, penalidades e valores de multa

Arts. 79, 81 a 88

8. Casos de rescisão Art. 78

9. Reconhecimento de direitos Arts. 77, 78 e 79

10. Condições de importação Art. 42

11. Vinculação ao ato de dispensa Art. 26

12. Legislação aplicável Art. 121

13. Manutenção das condições de

habilitação Arts. 13, § 3º, 27 a 31

Chamamos a atenção do amigo leitor para uma pegadinha da prova (especialmente da ESAF), vale informar, embora da adjetivação NECESSÁRIAS, tais cláusulas não são em sua totalidade imprescindíveis,

como ensina o autor Marçal Justen Filho:

Nem todas as hipóteses dos diversos incisos são realmente

obrigatórias. Ou seja, a ausência de algumas delas descaracteriza um contrato administrativo e acarreta a nulidade da avença. Quanto a outras

cláusulas, sua presença é desejável, mas não obrigatória. São obrigatórias as cláusulas correspondentes aos incisos I, II, III, IV, e

VII. As demais ou são dispensáveis (porque sua ausência não impede a incidência de princípios e regras gerais) ou são facultativas, devendo

ser previstas de acordo com a natureza e as peculiaridades de cada contrato.

Por exemplo, olhe o que estabelece o inciso VI da Lei: as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, QUANDO EXIGIDAS,

enfim, não corresponde exatamente a uma cláusula obrigatória em

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todo contrato administrativo.

Na questão, ora analisada, a organizadora foi mais tranquila, exigindo-nos apenas ter decorado o art. 55, sem qualquer trabalho interpretativo.

Percebam que não há supressão dos serviços.

Portanto, a resposta é a alternativa "A".

E, aqui comigo, a supressão dos serviços, até o limite previsto em Lei

(no caso: em até 25%), é cláusula exorbitante, prevista no art. 65 da Lei, de tal sorte que não haveria necessidade de destaque expresso no

contrato. Com outras palavras, ainda que o contrato fosse silencioso a respeito, a Administração poderia suprimir os serviços até os patamares

autorizados.

16) (2004/ESAF – CGU – Analista de Finanças e Controle) Nos contratos

administrativos regidos pela Lei nº 8.666/93, a Administração dispõe de certas prerrogativas especiais, mas mesmo assim, não pode ela

a) aplicar sanções. b) descumprir condições do edital.

c) modificá-los. d) ocupar bens do contratado.

e) rescindi-los. Comentários:

A palavra exorbitante quer dizer “ir além”, “vencer limites”, “desbordar”,

“extravasar”. Já o termo cláusula remete à ideia de regra, de dispositivo.

Da união dos dois surge que “cláusula exorbitante” são regras

previstas nos contratos administrativos que vão além da órbita da esfera

do emitente obrigando ao seu cumprimento o receptor (o contratado pela

Administração), como aplicação do princípio da supremacia do

interesse público sobre o privado.

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A presença de tais cláusulas é um dos traços mais característicos e

singulares dos contratos administrativos, afinal o Estado para alcançar

regularmente o interesse público deve contar com poderes, prerrogativas.

Para a doutrina, referidas cláusulas caracterizam-se por serem incomuns,

pelo menos nos contratos regidos pelo Direito Privado, seja porque seriam

nulas, seja pela inadequação, ainda que não fossem nulas.

As cláusulas exorbitantes provocam o desnivelamento da relação

contratual, tornam a bilateralidade quase em unilateralidade (em

favor da Administração), em razão da desigualdade jurídica que a cerca.

Obviamente, os particulares bem sabem disso, estando cientes de que

com a assinatura (consensual) do contrato administrativo acham-se

“presos” à supremacia do interesse público sobre o privado. Supremacia

essa traduzida nas cláusulas exorbitantes.

O art. 58 da lei nº 8.666/1993, que trata, no essencial, dessas cláusulas,

dispõe nos seguintes termos:

Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos

instituído por esta Lei confere à Administração, em relação a

eles, a prerrogativa de:

I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às

finalidades de interesse público, respeitados os direitos do

contratado;

II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no

inciso I do art. 79 desta Lei;

III - fiscalizar-lhes a execução;

IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou

parcial do ajuste;

V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente

bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao

objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar

apuração administrativa de faltas contratuais pelo

contratado, bem como na hipótese de rescisão do contrato

administrativo.

§ 1o As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos

contratos administrativos não poderão ser alteradas sem

prévia concordância do contratado.

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§ 2o Na hipótese do inciso I deste artigo, as cláusulas

econômico-financeiras do contrato deverão ser revistas para

que se mantenha o equilíbrio contratual.

A resposta, portanto, é alternativa B. De fato, um dos princípios regentes da licitação é o da vinculação ao instrumento convocatório, ou seja, a

Administração que desenhou as regras do edital, delas não pode se afastar sob pena de invalidade.

17) (2004/ESAF – CGU – Analista de Finanças e Controle) Não se inclui(em) entre as cláusulas necessárias em todo contrato administrativo

a) o regime de execução ou a forma de seu fornecimento. b) as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução.

c) os casos de rescisão. d) o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação

funcional programática e da categoria econômica.

e) os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os valores das multas.

Comentário:

Questão bem interessante.

Diferentemente do que ocorre com os contratos de direito privado, em

que há liberdade, autonomia de vontade de as partes estabelecerem livremente as regras do contrato (observados, porém, determinados

limites como função social do contrato e boa-fé objetiva), nos contratos administrativos existem cláusulas que devem estar presentes sob pena

de nulidade, cláusulas ditas necessárias, conforme disposto no art. 55 da Lei 8.666/1993, o qual nos fornece um rol com 13 cláusulas

necessárias abaixo elencadas, na ordem de incisos da LLC, a partir de quadro resumo extraído da excelente obra do autor Carlos Pinto Coelho

Motta:

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CLÁUSULAS NECESSÁRIAS DISPOSITIVOS AUXILIARES

1. Objeto Art. 38

2. Regime de Execução Art. 10

3. Preço e condições de pagamento, critérios de reajuste

Arts. 5º; 40, XI e XIV, a e c; 82; arts. 11, § 1º, e 15 da Lei n.

8.880/94

4. Prazos de início e conclusão Arts. 6º, XI; 73 a 76.

5. Crédito pelo qual correrá a despesa

Arts. 6º e 60 da Lei 4.320/64

6. Garantias Art. 56

7. Direitos/responsabilidades,

penalidades e valores de multa

Arts. 79, 81 a 88

8. Casos de rescisão Art. 78

9. Reconhecimento de direitos Arts. 77, 78 e 79

10. Condições de importação Art. 42

11. Vinculação ao ato de dispensa Art. 26

12. Legislação aplicável Art. 121

13. Manutenção das condições de habilitação

Arts. 13, § 3º, 27 a 31

A ESAF adora pregar peças aos candidatos. Isso mesmo. Embora sejam NECESSÁRIAS, tais cláusulas não são em sua totalidade tão

NECESSÁRIAS, como ensina o autor Marçal Justen Filho:

Nem todas as hipóteses dos diversos incisos são realmente

obrigatórias. Ou seja, a ausência de algumas delas descaracteriza um contrato administrativo e acarreta a nulidade da avença. Quanto

a outras cláusulas, sua presença é desejável, mas não obrigatória. São obrigatórias as cláusulas correspondentes aos incisos I, II,

III, IV, e VII. As demais ou são dispensáveis (porque sua ausência não impede a incidência de princípios e regras gerais) ou

são facultativas, devendo ser previstas de acordo com a natureza e as peculiaridades de cada contrato.

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Por exemplo, olhe o que estabelece o inciso VI da Lei: as garantias

oferecidas para assegurar sua plena execução, QUANDO EXIGIDAS, enfim, não corresponde exatamente a uma cláusula obrigatória em

todo contrato administrativo. Daí a correção da alternativa B.

18) (2004/ESAF – CGU – Analista de Finanças e Controle) Conforme a doutrina majoritária em relação à alteração dos contratos administrativos,

a modificação das condições contratuais promovida pelo Poder Público contratante, unilateralmente, incidindo diretamente sobre o objeto

contratado e provocando o seu desequilíbrio econômico, denomina-se a) teoria da imprevisão.

b) fato do príncipe. c) força maior.

d) fato da administração.

e) caso fortuito. Comentário:

Questão clássica. Diferença entre Fato do Príncipe e Fato da

Administração.

O FATO DO PRÍNCIPE decorre de ato geral (normativo - lei,

regulamento) do Poder Público, não como parte contratual (Estado-administrador), mas como Estado-império (uso de supremacia)

e é assim definido por MEIRELLES:

Toda determinação estatal, geral, imprevista e imprevisível, positiva ou negativa, que onera substancialmente a execução do

contrato administrativo.

Acrescento à definição a circunstância de o fato do príncipe refletir

apenas INDIRETAMENTE sobre o contrato, pois, sendo fato geral, incide sobre todas as situações jurídicas, inclusive sobre o contrato

administrativo em andamento. Alguém dúvida que o aumento expressivo e inesperado de determinado tributo ou inflação é situação que a todos

alcança?

Por exemplo: o aumento de um tributo, do salário-mínimo, enfim, situações que a todos alcançam e que podem provocar o fato do

príncipe NEGATIVO. Já a redução da alíquota de imposto de

importação para determinada matéria-prima tende a acarretar o fato do príncipe POSITIVO.

Tanto o fato negativo (piora da situação da contratada), como positivo

(favorecimento indireto do incremento de lucros para a contratada) devem ser extraordinários, a ponto de: exigirem o reequilíbrio

econômico-financeiro ou impedir a execução da avença. Note que o fato do príncipe não decorre, sobremodo, de atos ilícitos do Estado, logo, tal

responsabilidade de reequilibrar o contrato mais se aproxima da

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responsabilidade de natureza objetiva, em síntese, aquela aplicável

independentemente de dolo ou de culpa.

Já o fato da Administração não se confunde com o fato do príncipe, pois,

enquanto o fato do príncipe incide de forma reflexa no contrato (é ato normativo, sobre todos incide), por se tratar de uma determinação estatal

GERAL que acaba desequilibrando a economia do contrato; o fato da Administração relaciona-se diretamente com o contrato (é ato

individual, com destinatário certo, no caso, a empresa contratada), tratando-se de uma determinação estatal ESPECÍFICA. Embora

distintos, têm efeitos bem próximos, pois, a depender do caso concreto, podem acarretar a rescisão do contrato ou a necessidade de revisão.

A essa conduta (comissiva ou omissiva) do Poder Público, enquanto parte contratante, ou torna impossível a execução do contrato (donde surge

a necessidade de rescisão) ou provoca forte desnivelamento da equação econômico-financeira (quando se faculta a revisão

contratual).

Os incisos XIII a XVI do art. 78 do Estatuto de Licitações fornece-nos

exemplos de fatos da administração:

XIII – a supressão, por parte da Administração, de obras, serviços

ou compras, acarretando modificação do valor inicial do contrato além do limite permitido no § 1o do art. 65 desta Lei;

XIV – a suspensão de sua execução, por ordem escrita da Administração, por prazo superior a 120 (cento e vinte) dias, salvo

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em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna

ou guerra, ou ainda por repetidas suspensões que totalizem o mesmo prazo, independentemente do pagamento obrigatório de

indenizações pelas sucessivas e contratualmente imprevistas

desmobilizações e mobilizações e outras previstas, assegurado ao contratado, nesses casos, o direito de optar pela suspensão do

cumprimento das obrigações assumidas até que seja normalizada a situação;

XV – o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos

pela Administração decorrentes de obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados, salvo em caso de

calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, assegurado ao contratado o direito de optar pela suspensão do

cumprimento de suas obrigações até que seja normalizada a

situação; e

XVI – a não liberação, por parte da Administração, de área, local ou objeto para execução de obra, serviço ou fornecimento, nos prazos

contratuais, bem como das fontes de materiais naturais especificadas no projeto.

Então, já sabe responder o quesito?

Isso mesmo. O enunciado fala em Poder Público, enquanto contratante, incidência direta sobre o contrato e não reflexa. Daí a correção da

alternativa D (fato da Administração).

19) (2004/ESAF – CGU – Analista de Finanças e Controle) Os contratos administrativos regidos pela Lei nº 8.666/93 podem ser alterados,

unilateralmente, pela própria Administração, quando for a) conveniente a substituição da garantia de sua execução.

b) necessária a modificação do valor contratado, em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa do seu objeto, nos limites

legalmente permitidos. c) necessária a modificação do regime de execução da obra ou serviço.

d) necessária a modificação da forma de pagamento, por imposição de circunstâncias supervenientes.

e) necessário restabelecer a relação pactuada, objetivando manter o equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato.

Comentário:

A resposta é alternativa B. Vejamos.

Nos termos do art. 65 da Lei de Licitações e Contratos, a Administração

pode alterar unilateralmente as cláusulas regulamentares ou de serviços dos contratos administrativos tanto no aspecto da qualidade

(modificações do projeto e das especificações), quanto da quantidade

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(em decorrência de acréscimos ou diminuições do objeto).

De acordo com §2º do art. 65 da Lei, as alterações unilaterais por parte da Administração não podem exceder 25% do valor inicial do contrato

atualizado no caso de obras, serviços ou compras, limite válido tanto para alterações qualitativas quanto quantitativas.

Por exemplo: um contrato de manutenção de elevadores (contratação de

duração continuada), com valor contratual de R$ 100.000,00/ano, não pode, unilateralmente, ultrapassar R$ 125.000,00 e estar aquém (abaixo)

de R$ 75.000,00. O limite de 25% é a regra, seja para acréscimos, seja

para supressões unilaterais do contrato por parte da Administração Pública.

Para toda boa regra, o ordenamento nos fornece uma ou mais exceções,

então atenção!

Quando o objeto do contrato for reforma de edifícios ou de

equipamentos, o limite será de até 50%, com a particularidade de que só se aplica para acréscimos e, não, para supressões.

As demais alternativas cuidam de hipóteses de alteração consensual ou

bilateral. Isso mesmo. Em que há a necessidade de aquiescência (concordância) do particular.

20) (2002/ESAF – Procurador do Banco Central do Brasil) O contrato administrativo pode ser alterado unilateralmente na seguinte hipótese:

a) quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de

acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos pela legislação.

b) para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição da Administração para a justa

remuneração da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do

contrato, em virtude de superveniência de fatos imprevisíveis. c) quando conveniente a substituição da garantia de execução.

d) quando necessária a modificação do regime de execução da obra ou serviço, em face de verificação técnica da inaplicabilidade dos termos

contratuais originários. e) quando necessária a modificação da forma de pagamento, por

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imposição de circunstâncias supervenientes, mantido o valor inicial

atualizado. Comentário:

Nos termos do art. 65 da Lei de Licitações e Contratos - LLC, a Administração pode alterar unilateralmente as cláusulas

regulamentares ou de serviços dos contratos administrativos tanto no aspecto da qualidade (modificações do projeto e das especificações),

quanto da quantidade (em decorrência de acréscimos ou diminuições do objeto), daí a correção da alternativa "A".

De acordo com §2º do art. 65 da LLC, as alterações unilaterais por parte da Administração não podem exceder 25% do valor inicial do

contrato atualizado no caso de obras, serviços ou compras, limite válido tanto para alterações qualitativas quanto quantitativas.

Por exemplo: um contrato de manutenção de elevadores (contratação de

duração continuada), com valor contratual de R$ 100.000,00/ano, não pode, unilateralmente, ultrapassar R$ 125.000,00 e aquém (abaixo) de

R$ 75.000,00. O limite de 25% é a regra, seja para acréscimos, seja para supressões unilaterais do contrato por parte da Administração Pública.

Para toda boa regra, o ordenamento nos fornece uma ou mais exceções, então atenção! Quando o objeto do contrato for reforma de edifícios ou

de equipamentos, o limite será de até 50%, com a particularidade de que só se aplica para acréscimos e, não, para supressões. É no detalhe

que a Banca Examinadora vai tentar confundi-lo.

A alteração pode ser, ainda, bilateral, ou seja, por acordo entre as partes,

nos seguintes casos (inc. II do art. 65 da Lei):

a) quando conveniente a substituição da garantia de execução;

b) quando necessária a modificação do regime de execução da obra

ou serviço, bem como do modo de fornecimento, em face de verificação técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais originários;

c) quando necessária a modificação da forma de pagamento, por

imposição de circunstâncias supervenientes, mantido o valor inicial atualizado, vedada a antecipação do pagamento, com relação ao

cronograma financeiro fixado, sem a correspondente contraprestação de

fornecimento de bens ou execução de obra ou serviço;

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d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre

os encargos do contratado e a retribuição da administração para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a

manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato,

na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém de conseqüências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do

ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando álea econômica extraordinária e extracontratual.

Perceberam? Isso mesmo. As alternativas "B" a "E" enumeram os

casos de alteração bilateral.

21) (2002/ESAF – CGU – Analista de Finanças e Controle) De acordo com

as normas gerais, estabelecidas na Lei nº 8.666/93, no concernente ao regime jurídico dos contratos administrativos em geral, pode-se asseverar

que a) é permitido contrato com prazo de vigência indeterminado.

b) em certos casos é permitido o contrato verbal.

c) o instrumento formal é facultativo nos casos de tomadas de preço. d) o instrumento formal é facultativo nos casos de dispensa ou

inexigibilidade de licitação. e) tais normas não se aplicam aos contratos de seguro e de locação em

que o Poder Público seja locatário. Comentários:

Esta questão diz respeito à formalização dos contratos

administrativos. O essencial quanto ao assunto está contido no art. 60

da LLC. Vejamos:

Art. 60. Os contratos e seus aditamentos serão lavrados nas

repartições interessadas, as quais manterão arquivo cronológico

dos seus autógrafos e registro sistemático do seu extrato, salvo os

relativos a direitos reais sobre imóveis, que se formalizam por

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instrumento lavrado em cartório de notas, de tudo juntando-se

cópia no processo que lhe deu origem.

Parágrafo único. É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a

administração, salvo o de pequenas compras de pronto pagamento,

assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por

cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea “a” desta

lei, feitas em regime de adiantamento.

De imediato, três informações podem ser destacadas.

A primeira é que os contratos administrativos, diferentemente dos

contratos de direito privado (em geral), são formais, como determina a

Lei. Em síntese, devem ser escritos (regra geral), não tendo o gestor

público liberdade para simplesmente escolher sua forma.

A segunda é que nem sempre o contrato verbal é nulo e sem

nenhum efeito, pois, o próprio legislador autoriza sua celebração para

pequenas compras (e não serviços, cuidado!) de pronto pagamento

(valores não superiores a R$ 4.000,00), o chamado regime de

adiantamento.

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Fácil perceber que o legislador ofereceu margem de escolha, de

discricionariedade ao gestor, enfim, nada impede que promova a

formalização por escrito. Em resumo: nem todo contrato verbal será

nulo, pois a própria Lei estabelece situações em que será aceitável.

A terceira é que os contratos e seus aditamentos devem ser

formalizados por escrito nas repartições interessadas, o que facilita

o controle interno e externo exercido por parte dos órgãos competentes.

Porém, como toda regra, o legislador admite exceção. Quanto aos

contratos relativos a direitos reais sobre imóveis, é exigido que o

instrumento de contrato seja lavrado em cartório de notas. São

exemplos de direitos reais (art. 1.225 do Código Civil de 2002): a

propriedade; a superfície; o penhor; a hipoteca; a anticrese; a concessão

de uso especial para fins de moradia; e concessão do direito real de uso.

Muito bem. Feitos os comentários básicos, partamos para a resolução da

questão.

- Letra A: ERRADO. Não há, na Lei 8.666, contratos com prazo de

vigência indeterminado, conforme o art. 57, §3º.

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- Letra B: CERTO. Nem todo contrato verbal é nulo. Confira isso no art.

60, parágrafo único da LLC.

- Letra C: ERRADO. O instrumento contratual, o termo do contrato, em

si, é obrigatório no caso de tomada, concorrências, e nas

contratações diretas (dispensa e inexigibilidade) que alcancem os

valores de tais modalidades (art. 62 da LLC).

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- Letra D: ERRADO. Veja o comentário do item c, logo acima.

- Letra E: ERRADO. A Lei é aplicada aos contratos

predominantemente regidos pelo direito privado e firmados pela

Administração Pública (art. 62, §3º).

22) (2006/ESAF – CGU – Analista de Finanças e Controle) A regra básica

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relativa à vigência dos contratos administrativos é:

a) duração de um ano. b) duração de até 60 meses.

c) duração definida em cada edital de licitação.

d) duração adstrita aos respectivos créditos orçamentários. e) duração de até 24 meses.

Comentários:

De regra, o prazo dos contratos administrativos não pode ultrapassar

a vigência dos créditos orçamentários, logo os contratos deverão

também ter duração anual, sendo, portanto, vedados contratos por

prazo indeterminado (art.57, §3º).

Chegamos, assim, à alternativa D.

Porém, essa é uma daquelas regras cheia de exceções, o que desperta o

interesse de nossas bancas examinadoras.

De acordo com a LLC, podem ser apresentadas as seguintes exceções,

relativas:

I – aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas

estabelecidas no Plano Plurianual, os quais poderão ser

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prorrogados se houver interesse da Administração e desde que

isso tenha sido previsto no ato convocatório.

Nesse caso, a doutrina majoritária aponta que os contratos poderão ser

prorrogados até o máximo de quatro anos, isso se o instrumento

convocatório tiver feito referência à possibilidade de prorrogação.

II – à prestação de serviços a serem executados de forma

contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais

e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e

condições mais vantajosas para a administração, limitada a

sessenta meses.

No caso deste inciso, são serviços reconhecidos pela doutrina como de

execução continuada (os quais se contrapõem aos de execução

instantânea). Em outros termos, serviços que não podem sofrer

solução de continuidade (não podem ser interrompidos), sob pena de

prejuízo à Administração, exemplos: vigilância; limpeza; motorista; e

manutenção de equipamentos (exemplo: elevadores).

O prazo contratual de tais serviços podem ser superiores, inclusive, ao

prazo dos projetos inclusos no Plano Plurianual, pois prorrogáveis até o

limite de 60 meses.

E mais: de acordo com o §4º, em caráter excepcional, podem ser

prorrogados por mais 12 meses, quando atinge o total de 72 meses.

A excepcionalidade do §4º do art. 57 é só para serviços de duração

continuada. Tal possibilidade não foi aberta para as demais hipóteses de

contratação.

III – ao aluguel de equipamentos e à utilização de programas

de informática, podendo a duração estender-se pelo prazo de até

48 (quarenta e oito) meses após o início da vigência do contrato.

Os contratos de aluguel de equipamentos de informática podem ser

estendidos até 48 meses, ou seja, não podem ser prorrogados,

excepcionalmente, por mais 12 meses, como dito.

O prazo de 48 meses é menor que o previsto para os serviços de duração

continuada, provavelmente devido ao fato de os equipamentos de

informática passarem por uma rápida depreciação.

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23) (2006/ESAF – CGU – Analista de Finanças e Controle) O instituto

previsto na legislação sobre contrato administrativo, referente à formalização da variação do valor contratual, decorrente de reajuste de

preços, previsto no contrato, que não caracteriza a sua alteração,

denomina-se a) apostila.

b) termo de ajustamento. c) aditivo.

d) nota de aditamento. e) termo de variação monetária.

Comentários:

A resposta é letra A. Abaixo, suficiente a reprodução do §8º do art. 65 da Lei de Licitações:

§ 8º A variação do valor contratual para fazer face ao reajuste de preços previsto no próprio contrato, as atualizações, compensações

ou penalizações financeiras decorrentes das condições de pagamento nele previstas, bem como o empenho de dotações

orçamentárias suplementares até o limite do seu valor corrigido, não caracterizam alteração do mesmo, podendo ser

registrados por simples apostila, dispensando a celebração de aditamento.

24) (2006/ESAF – CGU – Analista de Finanças e Controle) Os contratos

administrativos, regidos pela Lei n. 8.666/93, com as devidas

justificativas, poderão ser alterados, unilateralmente, pela própria

Administração, nos casos de

a) haver modificação do projeto ou das especificações, para melhor

adequação técnica aos seus objetivos.

b) haver conveniência na substituição da garantia de sua execução.

c) haver necessidade de modificar o regime de execução da obra ou do

serviço, bem como o modo de fornecimento, em face de verificação

técnica de inaplicabilidade, dos termos contratuais originários.

d) haver imposição de circunstâncias supervenientes, para a modificação

da forma de pagamento, mantido o valor inicial contratado.

e) haver necessidade de restabelecer a relação, que as partes pactuaram

inicialmente, entre os encargos do executado e a retribuição da

Administração, com vistas a manter a justa remuneração da obra, do

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serviço ou do fornecimento.

Comentários:

A resposta é letra A. A seguir, algumas considerações sobre a alteração

unilateral.

Destaco que os examinadores costumam solicitar do candidato o

conhecimento dos limites aplicáveis para a alteração unilateral.

De acordo com §2º do art. 65, as alterações unilaterais não podem

exceder a 25% do valor inicial do contrato atualizado no caso de

obras, serviços ou compras, limite válido tanto para alterações

qualitativas quanto quantitativas.

Por exemplo: um contrato de manutenção de elevadores

(contratação de execução continuada), com valor contratual de

R$ 100.000,00/ano, não pode, unilateralmente, ultrapassar R$

125.000,00 (acréscimos) ou ficar aquém dos R$ 75.000,00

(supressões). O limite de até 25% é a regra, então.

Já quando o objeto do contrato for reforma de edifícios ou de

equipamentos, o limite será de até 50%, sendo que só se aplica para

acréscimos e, não, para supressões.

Obviamente, nem toda cláusula admite alteração unilateral. A

Administração só pode alterar de modo unilateral as cláusulas

regulamentares ou de serviços dos contratos administrativos, não

sendo cabível a modificação unilateral das financeiras ou econômicas.

Portanto, da leitura dos parágrafos anteriores, fácil perceber que a

Administração encontra restrições quanto à possibilidade de

alteração unilateral dos contratos administrativos.

A primeira é que as modificações não podem, de acordo com a Lei,

ultrapassar determinados limites (25% de acréscimos e de

supressões e 50% de acréscimos, neste último caso para reforma de

edifícios ou de equipamentos).

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A segunda é que apenas as cláusulas regulamentares podem ser alteradas

unilateralmente. Já as cláusulas econômico-financeiras dependem

da prévia concordância do contratado.

Destaca-se, inclusive, que a proteção às cláusulas financeiras não

pode sequer ser afastada por lei, isso porque a Constituição, em seu

art. 37, XXI, dispõe expressamente que devem ser, quanto às licitações,

mantidas as condições efetivas das propostas.

Com efeito, o art. 58 dispõe em seu §1º que:

as cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos

administrativos não poderão ser alteradas sem prévia

concordância do contratado.

Logo, alteração unilateral de cláusulas regulamentares (contratuais), e, se

for o caso, alteração consensual de cláusulas financeiras.

As demais alternativas tratam de alteração bilateral. Vejamos a

referência legislativa:

Art. 65. (...):

(...)

II - por acordo das partes:

a) quando conveniente a substituição da garantia de execução;

b) quando necessária a modificação do regime de execução da obra ou serviço, bem como do modo de fornecimento, em face de

verificação técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais originários;

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c) quando necessária a modificação da forma de pagamento,

por imposição de circunstâncias supervenientes, mantido o valor inicial atualizado, vedada a antecipação do pagamento, com relação

ao cronograma financeiro fixado, sem a correspondente

contraprestação de fornecimento de bens ou execução de obra ou serviço;

d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente

entre os encargos do contratado e a retribuição da administração para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento,

objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis,

ou previsíveis porém de consequências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do ajustado, ou, ainda, em caso de força

maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando álea

econômica extraordinária e extracontratual.

25) (2006/ESAF – CGU – Analista de Finanças e Controle) A inexecução total ou parcial do contrato, regido pela Lei n. 8.666/93, enseja a sua

rescisão, com as consequências contratuais e as previstas na legislação pertinente, mas não constitui motivo específico e suficiente, para tanto,

a) a lentidão do seu cumprimento, levando a Administração a comprovar a impossibilidade de sua conclusão, nos prazos estabelecidos.

b) o atraso, por mais de 30 (trinta) dias, dos pagamentos devidos pela Administração, decorrentes de obras, serviços ou fornecimentos já

realizados ou executados.

c) o cumprimento irregular de cláusulas contratuais, especificações e prazos registrados no livro próprio.

d) o atraso injustificado no início da obra, do serviço ou do fornecimento contratado.

e) o cometimento reiterado de faltas na sua execução, anotadas no

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registro próprio, pelo representante da Administração.

Comentários:

A resposta é letra B.

A LLC estabelece como hipótese de rescisão o atraso nos pagamentos

superiores a 90 dias referente a obras, serviços ou fornecimento,

ou parcelas desses, já recebidos ou executados, estabelecendo a

alternativa da suspensão do cumprimento das obrigações por

parte do contratado, até a normalização da situação (inc. XV do art. 78

da Lei de Licitações).

26) (2010/ESAF – Analista Técnico da SUSEP) Sobre o tema 'elaboração de especificações técnicas e projetos básicos', assinale a afirmação

incorreta. a) De modo a permitir alternativas de fornecimento, as especificações

técnicas não podem reproduzir catálogos de determinado fornecedor ou fabricante.

b) Por ser vedada ao próprio órgão, a elaboração do projeto básico deve ficar a cargo de empresa especializada com registro no CREA.

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c) Da composição do projeto básico deve constar o cronograma

físico-financeiro, com as despesas mensais previstas para serem incorridas ao longo da execução da obra ou serviço.

d) Quando da elaboração do projeto básico, é necessário verificar se o

empreendimento necessita de licenciamento ambiental. e) O projeto básico deve ser elaborado anteriormente à licitação e receber

a aprovação formal da autoridade competente. Comentários:

A resposta é letra B.

O órgão/entidade licitante pode elaborar o projeto básico sem, necessariamente, contar com a participação de particulares. Enfim, não

há obrigatoriedade de a elaboração ficar sob a incumbência de empresa especializada.

Acrescento, todavia, que o art. 9º da Lei de Licitações permite a

conclusão, ainda que indireta, de que a elaboração do projeto básico (peça fundamental para a realização da licitação de obras e serviços) pode

ser de pessoa física ou jurídica. Inclusive, nesse caso, o elaborador do projeto básico não poderá participar da licitação ou execução,

ressalvado, em todo caso, a participação como consultor ou

técnico, nas funções de fiscalização, supervisão ou gerenciamento, exclusivamente a serviço da Administração interessada.

27) (2010/ESAF – Analista Técnico da SUSEP) Caracterizam-se por serem

regidos pelo direito privado quanto ao conteúdo e aos efeitos, porém sem

ignorar as limitações trazidas pelo regime jurídico público, os contratos de:

a) fornecimento de mão de obra. b) locação em que o Poder Público seja locatário.

c) concessão de serviço público. d) fornecimento de bens de consumo.

e) construção de obra pública. Comentários:

Os contratos administrativos são apenas espécies dos contratos da

Administração, pois estes envolvem, cumulativamente, os contratos

regidos por normas de Direito Privado, igualmente praticados pela

Administração (são reconhecidos pela doutrina como contratos

semipúblicos).

Obviamente, o fato de o contrato ser de Direito Privado não significa que

não haja a aplicação de normas de Direito Público, bem como não

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podemos afastar a aplicação de normas de Direito Privado nos contratos

administrativos, como bem espelha o art. 54 da Lei de Licitação. Vejamos:

Os contratos administrativos de que trata esta Lei

regulam-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de

direito público, aplicando-se-lhes, supletivamente, os

princípios da teoria geral dos contratos e as

disposições de direito privado.

Percebe-se, sem dificuldade, que o Direito Privado, do qual o Direito

Civil é ramo (por exemplo), aplica-se tão-só em caráter subsidiário aos

contratos administrativos, ou seja, quando da existência de lacunas no

direito público faculta-se a utilização supletiva do direito privado e não

a regência integral.

Assim, havendo uma lacuna (deficiência, incompletude) no trato dos

contratos administrativos, as normas de direito privado podem ser

aplicadas supletivamente (subsidiariamente).

Não há dúvida, portanto, de que existem contratos da Administração

predominantemente regidos pelo Direito Privado e aqueles

predominantemente regidos pelo Direito Público. Os primeiros,

predominantemente regidos pelo Direito Privado, são chamados

semipúblicos, enquanto os últimos, regidos pelo Direito Público, são os

ditos contratos administrativos.

É claro que a Lei 8.666/1993 cuida dos contratos administrativos,

contudo, os contratos regidos predominantemente pelo Direito Privado

não foram esquecidos. Vejamos o que diz §3º do art. 62:

§ 3o Aplica-se o disposto nos arts. 55 e 58 a 61 desta Lei e

demais normas gerais, no que couber:

I - aos contratos de seguro, de financiamento, de

locação em que o Poder Público seja locatário, e aos

demais cujo conteúdo seja regido, predominantemente,

por norma de direito privado;

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Então, encontrou a resposta?

Isso mesmo. Contratos de locação, alternativa B.

28) (2006/ESAF – Agente Executivo da SUSEP) O que, conceitualmente,

pode distinguir o contrato administrativo de um convênio, firmado pela

Administração, é que quanto a este os seus objetivos são

a) de interesses comuns às partes.

b) de interesses divergentes para as partes.

c) permitidos por lei.

d) presumivelmente legais.

e) de interesse público.

Nos contratos os interesses são opostos e diversos. P. ex.: contrato

de segurança firmado entre o Estado e a empresa X - enquanto a empresa

quer o lucro, o Estado quer a prestação do serviço em razão do interesse

público.

Já nos convênios administrativos, é bem diferente. Nos convênios os

interesses são mútuos, comuns, como diz a questão; não existem

partes (nos convênios existem partícipes).

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Nisso, então, está a principal diferença dos contratos com relação aos

convênios: no contrato, o objetivo é o lucro, nos convênios, a

cooperação. P. ex: o Tribunal de Contas do Estado celebra um

contrato com o Tribunal de Contas da União, com o objetivo de

repasse de informações e de treinamento de pessoal. Pergunta-se: é de

fato um contrato? Obviamente não, isso porque os interesses

perseguidos pelos partícipes são paralelos, logo, estamos diante de um

convênio. Inclusive, por esse motivo é que para a celebração de

convênios dispensa-se a licitação prévia.

Daí a correção da alternativa A (nos convênios os interesses são

paralelos).

29) (2002/ESAF – Analista Técnico da SUSEP) Em relação às sanções

penais previstas na legislação de licitações e contratos administrativos, é correto afirmar que

a) a pena de multa tem caráter alternativo.

b) a maior pena prevista é a de reclusão por três anos. c) as penas são previstas exclusivamente para os agentes públicos,

responsáveis pelo procedimento licitatório. d) a multa aplicada não poderá ser inferior a 2% do valor do contrato

licitado ou celebrado com dispensa ou inexigibilidade de licitação. e) não se considera crime devassar o sigilo de proposta apresentada no

procedimento licitatório. Comentários:

A resposta é letra D.

Nos termos do §1º do art. 99 da Lei, as multas, quando aplicadas em

razão da prática de crimes, não poderão ser inferiores a 2%, nem

superiores a 5% do valor do contrato licitado ou celebrado com dispensa

ou inexigibilidade de licitação, sendo que o produto da arrecadação

reverterá à Fazenda Federal, Distrital, Estadual ou Municipal,

conforme o caso.

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Abaixo, os erros nos demais quesitos.

O erro da letra A é que a multa é cumulativa à penalidade de detenção.

O erro da letra B é que a Lei de Licitações não prevê a penalidade de

reclusão, mas sim detenção. E mais: o maior prazo de detenção é de seis anos.

Na letra C, é que as sanções alcançam, por exemplo, particulares que atuem em conluio com os agentes públicos.

Na letra D, o erro é que, nos termos da Lei, devassar o sigilo da

proposta apresentada em procedimento de licitação é crime, sujeitando o infrator à detenção de 2 a 3 anos e multa.

30) (2010/ESAF – Analista da Comissão de Valores Mobiliários) A critério da autoridade competente, e desde que prevista no instrumento

convocatório, poderá ser exigida prestação de garantia nas contratações de obras, serviços e compras, cabendo ao contratado optar por uma das

seguintes modalidades de garantia, exceto: a) caução em dinheiro.

b) seguro-garantia.

c) cédula hipotecária. d) fiança bancária.

e) caução em títulos da dívida pública. Comentários:

De acordo com o art. 56 da Lei de Licitações, o contratado poderá optar

pelas seguintes modalidades de garantia:

a) caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública. Além da

pecúnia (dinheiro em espécie), apenas os títulos escriturais é que servem

de garantia. E mais: devem estar sob a custódia do Banco Central do

Brasil, bem como avaliados pelos seus valores econômicos, conforme

definido pelo Ministério da Fazenda.

b) seguro-garantia: é denominado no mundo empresarial de

performance bond, tendo a peculiaridade de servir de cobertura integral

da execução do contrato, ou seja, assegura a totalidade do serviço, da

obra, do fornecimento, em razão da inexecução da contratada; e

c) fiança bancária: é uma modalidade de garantia comercial prestada

por terceiros (mais propriamente por uma instituição financeira), logo

denominada fidejussória.

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Chegamos, assim, à alternativa C.

31) (2010/ESAF – Analista da Comissão de Valores Mobiliários) O regime jurídico dos contratos administrativos instituído pela Lei n. 8.666/1993

confere à Administração, em relação a eles, as seguintes prerrogativas, exceto:

a) modificá-los unilateralmente, respeitados os direitos do contratado. b) aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste.

c) rescindi-los unilateralmente, nos casos especificados.

d) suspender pagamentos devidos, a título de sanção administrativa. e) fiscalizar-lhes a execução.

Comentários:

O art. 58 da Lei de Licitações prevê, de forma exemplificativa, as cláusulas exorbitantes. Vejamos:

Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a

prerrogativa de:

I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do

contratado (alternativa A);

II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I

do art. 79 desta Lei (alternativa C);

III - fiscalizar-lhes a execução (alternativa E);

IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do

ajuste (alternativa B);

V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do

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contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração

administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão do contrato administrativo.

§ 1o As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos administrativos não poderão ser alteradas sem prévia

concordância do contratado.

§ 2o Na hipótese do inciso I deste artigo, as cláusulas econômico-financeiras do contrato deverão ser revistas para que se

mantenha o equilíbrio contratual.

Perceba que, entre as hipóteses, não há a possibilidade de suspender os pagamentos a título de sanção. Sobre o tema, a seguir, reproduzo

precedente do STJ.

RESP/STJ 633432. Retenção de pagamentos. Exaustividade

do rol do art. 87 da Lei 8.666, de 1993.

1. A exigência de regularidade fiscal para a participação no procedimento licitatório funda-se na Constituição Federal, que

dispõe no § 3º do art. 195 que a pessoa jurídica em débito com o

sistema da seguridade social, como estabelecido em lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou

incentivos fiscais ou creditícios, e deve ser mantida durante toda a execução do contrato, consoante o art. 55 da Lei 8.666/1993.

2. O ato administrativo, no Estado Democrático de Direito, está

subordinado ao princípio da legalidade (CF/88, arts. 5º, II, 37, caput, 84, IV), o que equivale assentar que a Administração poderá

atuar tão-somente de acordo com o que a lei determina.

3. Deveras, não constando do rol do art. 87 da Lei 8.666/93 a

retenção do pagamento pelos serviços prestados, não poderia a

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ECT aplicar a referida sanção à empresa contratada, sob pena

de violação ao princípio constitucional da legalidade. Destarte, o descumprimento de cláusula contratual pode até

ensejar, eventualmente, a rescisão do contrato (art. 78 da Lei

de Licitações), mas não autoriza a recorrente a suspender o pagamento das faturas e, ao mesmo tempo, exigir da empresa

contratada a prestação dos serviços.

4. Consoante a melhor doutrina, a supremacia constitucional não significa que a Administração esteja autorizada a reter pagamentos

ou opor-se ao cumprimento de seus deveres contratuais sob alegação de que o particular encontra-se em dívida com a Fazenda

Nacional ou outras instituições. A administração poderá comunicar ao órgão competente a existência de crédito em favor do particular

para serem adotadas as providências adequadas. A retenção de

pagamentos, pura e simplesmente, caracterizará ato abusivo, passível de ataque inclusive através de mandado de segurança.

(Marçal Justen Filho. Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos, São Paulo, Editora Dialética, 2002, p. 549).

32) (2002/ESAF – Auditor Fiscal da Previdência Social) Aos contratos administrativos, regidos pela Lei nº 8.666/93, para a realização de obras

públicas, a) não se aplicam princípios da teoria geral dos contratos.

b) não se aplicam disposições do direito privado. c) aplicam-se, supletivamente, preceitos de direito público.

d) aplicam-se, supletivamente, preceitos de direito privado. e) não se vinculam os preceitos licitatórios de que decorrem.

Comentários:

A resposta é letra D.

Os contratos administrativos são apenas espécies dos contratos da

Administração, pois estes envolvem, cumulativamente, os contratos

regidos por normas de Direito Privado, igualmente praticados pela

Administração (são reconhecidos pela doutrina como contratos

semipúblicos).

Obviamente, o fato de o contrato ser de Direito Privado não significa que

não haja a aplicação de normas de Direito Público, bem como não

podemos afastar a aplicação de normas de Direito Privado nos contratos

administrativos, como bem espelha o art. 54 da Lei de Licitação. Vejamos:

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Os contratos administrativos de que trata esta Lei

regulam-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de

direito público, aplicando-se-lhes, supletivamente, os

princípios da teoria geral dos contratos e as

disposições de direito privado.

Percebe-se, sem dificuldade, que o Direito Privado, do qual o Direito

Civil é ramo (por exemplo), aplica-se tão-só em caráter subsidiário aos

contratos administrativos, ou seja, quando da existência de lacunas no

direito público faculta-se a utilização supletiva do direito privado e não

a regência integral. Daí, inclusive, concluirmos pela correção da

alternativa D.

Assim, havendo uma lacuna (deficiência, incompletude) no trato dos

contratos administrativos, as normas de direito privado podem ser

aplicadas supletivamente (subsidiariamente).

Não há dúvida, portanto, de que existem contratos da Administração

predominantemente regidos pelo Direito Privado e aqueles

predominantemente regidos pelo Direito Público. Os primeiros,

predominantemente regidos pelo Direito Privado, são chamados

semipúblicos, enquanto os últimos, regidos pelo Direito Público, são os

ditos contratos administrativos.

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É claro que a Lei 8.666/1993 cuida dos contratos administrativos,

contudo, os contratos regidos predominantemente pelo Direito Privado

não foram esquecidos. Vejamos o que diz §3º do art. 62:

§ 3o Aplica-se o disposto nos arts. 55 e 58 a 61 desta Lei e

demais normas gerais, no que couber:

I - aos contratos de seguro, de financiamento, de

locação em que o Poder Público seja locatário, e aos

demais cujo conteúdo seja regido, predominantemente,

por norma de direito privado;

33) (2002/ESAF – Auditor Fiscal da Previdência Social) Em razão da

observância do princípio da publicidade, conforme previsão expressa na

Lei nº 8.666/93, os contratos administrativos devem ser publicados a) integralmente, no órgão da imprensa oficial.

b) integralmente, no Boletim Interno do órgão respectivo. c) resumidamente, na imprensa oficial e em jornal de circulação local.

d) resumidamente, no órgão da imprensa oficial. e) resumidamente, na imprensa oficial e, integralmente, no Boletim

Interno do órgão respectivo. Comentários:

A resposta é letra D.

De cara, ainda que o candidato desconheça a Lei de Licitações, pode afastar a correção das alternativas A e B. Seria ilógica e custosa a

publicação, na íntegra, do contrato administrativo.

Assim, ficamos entre as alternativas “C”, “D” e “E”. Perceba que, no item E, fala-se, mais uma vez, em publicação integral. Portanto, o candidato

ficaria entre as alternativas C e D.

Abaixo, o art. 61 da Lei de Licitações. Vejamos:

Art. 61. Todo contrato deve mencionar os nomes das partes e os de

seus representantes, a finalidade, o ato que autorizou a sua lavratura, o número do processo da licitação, da dispensa ou da

inexigibilidade, a sujeição dos contratantes às normas desta Lei e às

cláusulas contratuais.

Parágrafo único. A publicação resumida do instrumento de contrato ou de seus aditamentos na imprensa oficial, que é

condição indispensável para sua eficácia, será providenciada pela Administração até o quinto dia útil do mês seguinte ao de sua

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assinatura, para ocorrer no prazo de vinte dias daquela data,

qualquer que seja o seu valor, ainda que sem ônus, ressalvado o disposto no art. 26 desta Lei.

Chegamos, assim, à alternativa D.

34) (2002/ESAF – Auditor Fiscal da Previdência Social) Aos contratos

administrativos, regidos pela Lei nº 8.666/93, para a realização de obras públicas,

a) não se aplicam princípios da teoria geral dos contratos. b) não se aplicam disposições do direito privado.

c) aplicam-se, supletivamente, preceitos de direito público. d) aplicam-se, supletivamente, preceitos de direito privado.

e) não se vinculam os preceitos licitatórios de que decorrem. Comentários:

A resposta é letra D. Suficiente a leitura do art. 54 da Lei 8.666, de 1993. Vejamos:

Art. 54. Os contratos administrativos de que trata esta Lei regulam-se

pelas suas cláusulas e pelos preceitos de direito público, aplicando-se-lhes, supletivamente, os princípios da teoria geral dos

contratos e as disposições de direito privado.

§ 1o Os contratos devem estabelecer com clareza e precisão as condições

para sua execução, expressas em cláusulas que definam os direitos, obrigações e responsabilidades das partes, em conformidade com os

termos da licitação e da proposta a que se vinculam.

§ 2o Os contratos decorrentes de dispensa ou de inexigibilidade de licitação devem atender aos termos do ato que os autorizou e da

respectiva proposta.

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35) (2001/ESAF – Procurador do Banco Central do Brasil) Em relação ao

contrato administrativo, é correto afirmar: a) a modalidade de garantia do contrato será fixada no edital, a critério da

autoridade licitante. b) o instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência,

tomada de preços e convite. c) a alteração unilateral do contrato, por acréscimo, está limitada a 50%

(cinquenta por cento) do seu valor inicial em caso de reforma de

equipamento. d) os recebimentos provisório e definitivo do objeto do contrato poderão

ser dispensados nos casos de gêneros perecíveis. e) a decretação de concordata do contratado é motivo para a rescisão do

contrato administrativo. Comentários:

A resposta é letra C. Não é uma questão trivial. Vejamos os erros nos

demais itens.

Na letra A, o erro é que, apesar de a exigência de garantia ser uma

cláusula exorbitante, a Administração não pode fixar a modalidade de garantia. Com outras palavras, fixada a exigência de

garantia, é facultado ao particular escolher entre caução, seguro garantia ou fiança-bancária.

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Na letra B, o instrumento de contrato é obrigatório para as

modalidades concorrência e tomada de preços.

Na letra D, nos termos do art. 73 da Lei, o recebimento provisório poderá ser dispensado nas seguintes contratações:

- gêneros perecíveis;

- serviços técnicos profissionais;

- obras e serviços até o limite do convite (R$ 80.000,00).

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Na letra E, a Lei de Licitações permite que, no caso de concordata (modalidade de recuperação empresarial não mais existente), a

Administração mantenha o curso do contrato. Esse benefício não é

extensível às empresas em processo falimentar.

36) (2010/ESAF – Agente de Fazenda do Município do RJ) Referente aos contratos administrativos, assinale a opção incorreta.

a) É motivo de rescisão contratual a subcontratação parcial do objeto do

ajuste, desde que não admitida no edital e no contrato. b) Considera-se condição de eficácia do contrato administrativo a

publicação do seu extrato na imprensa oficial. c) A Lei 8.666, de 1993, mitigou a lição tradicional de óbice à "Exceção de

Contrato não Cumprido", por parte do particular, quando houver inadimplemento da Administração, prevendo hipótese de rescisão

contratual em face do atraso de pagamento pelo Poder Público. d) É vedada a realização, pela Administração, de contratação verbal, de

sorte que todo ajuste pressupõe formalização mediante termo de contrato.

e) O contratado é responsável pelos danos causados diretamente à Administração ou a terceiros, decorrentes de sua culpa ou dolo na

execução contratual, não excluindo ou reduzindo tal responsabilidade a fiscalização do ajuste por agente da Administração.

Comentários:

A resposta é letra D. A Lei de Licitações permite, excepcionalmente, o

contrato verbal. Vejamos:

Art. 60. Os contratos e seus aditamentos serão lavrados nas repartições interessadas, as quais manterão arquivo cronológico dos seus autógrafos

e registro sistemático do seu extrato, salvo os relativos a direitos reais

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sobre imóveis, que se formalizam por instrumento lavrado em cartório de

notas, de tudo juntando-se cópia no processo que lhe deu origem.

Parágrafo único. É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a

Administração, salvo o de pequenas compras de pronto

pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a"

desta Lei, feitas em regime de adiantamento.

Os demais itens estão corretos. Vejamos, a seguir, a referência legislativa.

Letra A - Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato:

(...)

VI - a subcontratação total ou parcial do seu objeto, a associação do

contratado com outrem, a cessão ou transferência, total ou parcial, bem como a fusão, cisão ou incorporação, não admitidas no edital e no

contrato;

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Letra B - Art. 61. Todo contrato deve mencionar os nomes das partes e os

de seus representantes, a finalidade, o ato que autorizou a sua lavratura, o número do processo da licitação, da dispensa ou da inexigibilidade, a

sujeição dos contratantes às normas desta Lei e às cláusulas contratuais.

Parágrafo único. A publicação resumida do instrumento de

contrato ou de seus aditamentos na imprensa oficial, que é condição indispensável para sua eficácia, será providenciada pela

Administração até o quinto dia útil do mês seguinte ao de sua assinatura, para ocorrer no prazo de vinte dias daquela data, qualquer que seja o seu

valor, ainda que sem ônus, ressalvado o disposto no art. 26 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

Letra C - Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato:

XV - o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos pela Administração decorrentes de obras, serviços ou

fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou

guerra, assegurado ao contratado o direito de optar pela suspensão do cumprimento de suas obrigações até que seja normalizada a situação;

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Letra E - Art. 70. O contratado é responsável pelos danos causados

diretamente à Administração ou a terceiros, decorrentes de sua culpa ou dolo na execução do contrato, não excluindo ou reduzindo

essa responsabilidade a fiscalização ou o acompanhamento pelo

órgão interessado.

37) (2005/ESAF – MPOG - Analista de Planejamento e Orçamento) A Lei Federal nº 8.666/93 dispõe sobre o regime jurídico do contrato

administrativo. Mediante expressa disposição (artigo 62), a norma legal

determina que mesmo os contratos celebrados pela Administração Pública que sejam predominantemente regidos por norma de direito privado

estarão submetidos a regras específicas da lei mencionada. Assinale no rol abaixo a espécie de contrato privado mencionada

expressamente na norma referida. a) locação

b) compra e venda c) arrendamento

d) doação e) comodato

Comentários:

Art. 62. O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de

concorrência e de tomada de preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites destas

duas modalidades de licitação, e facultativo nos demais em que a Administração puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais

como carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de execução de serviço.

§ 1o A minuta do futuro contrato integrará sempre o edital ou ato

convocatório da licitação.

§ 2o Em "carta contrato", "nota de empenho de despesa", "autorização de

compra", "ordem de execução de serviço" ou outros instrumentos hábeis aplica-se, no que couber, o disposto no art. 55 desta Lei. (Redação dada

pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 3o Aplica-se o disposto nos arts. 55 e 58 a 61 desta Lei e demais

normas gerais, no que couber:

I - aos contratos de seguro, de financiamento, de locação em que o Poder Público seja locatário, e aos demais cujo conteúdo seja regido,

predominantemente, por norma de direito privado;

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II - aos contratos em que a Administração for parte como usuária de

serviço público.

§ 4o É dispensável o "termo de contrato" e facultada a substituição

prevista neste artigo, a critério da Administração e independentemente de seu valor, nos casos de compra com entrega imediata e integral dos

bens adquiridos, dos quais não resultem obrigações futuras, inclusive assistência técnica.

Daí a correção da alternativa A.

38) (2005/ESAF – MPOG - Analista de Planejamento e Orçamento) No

âmbito do contrato administrativo, assinale a afirmativa incorreta quanto às obrigações do contratado.

a) Manter preposto, aceito pela Administração, no local da obra ou serviço, para representá-lo na execução do contrato.

b) Reparar, corrigir, reconstruir ou substituir, às suas expensas, no total ou em parte, o objeto do contrato em que se verifiquem vícios resultantes

da sua execução. c) Responder por danos causados diretamente à Administração ou a

terceiros, decorrentes de sua culpa ou dolo na execução contratual. d) Responder pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e

comerciais, resultantes da execução do contrato, sem responsabilidade subsidiária do Poder Público.

e) Executar fielmente o contrato, conforme as cláusulas avençadas.

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Comentários:

A seguir, alguns artigos de interesse. Vejamos:

Art. 66. O contrato deverá ser executado fielmente pelas partes, de

acordo com as cláusulas avençadas e as normas desta Lei, respondendo

cada uma pelas consequências de sua inexecução total ou parcial. (alternativa E)

Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração especialmente designado,

permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição.

§ 1o O representante da Administração anotará em registro próprio todas as ocorrências relacionadas com a execução do contrato, determinando o

que for necessário à regularização das faltas ou defeitos observados.

§ 2o As decisões e providências que ultrapassarem a competência do

representante deverão ser solicitadas a seus superiores em tempo hábil para a adoção das medidas convenientes.

Art. 68. O contratado deverá manter preposto (alternativa A), aceito pela Administração, no local da obra ou serviço, para representá-lo

na execução do contrato.

Art. 69. O contratado é obrigado a reparar, corrigir, remover, reconstruir ou substituir, às suas expensas, no total ou em parte, o

objeto do contrato em que se verificarem vícios, defeitos ou incorreções resultantes da execução ou de materiais empregados

(alternativa B).

Art. 70. O contratado é responsável pelos danos causados

diretamente à Administração ou a terceiros, decorrentes de sua culpa ou dolo na execução do contrato, não excluindo ou reduzindo essa

responsabilidade a fiscalização ou o acompanhamento pelo órgão interessado. (alternativa C)

Art. 71. O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do

contrato.

§ 1o A inadimplência do contratado, com referência aos encargos

trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à Administração

Pública a responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a regularização e o uso das obras e

edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis. (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995)

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§ 2o A Administração Pública responde solidariamente com o contratado pelos encargos previdenciários resultantes da execução do contrato, nos termos do art. 31 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de

1991. (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995)

Então, qual é o erro?

É que, tratando-se de encargos trabalhistas, a Súmula 331 do TST,

declarada constitucional pelo STF, fixa a responsabilidade subsidiária do Estado. A seguir:

O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do

tomador dos serviços, quanto àquelas obrigações, inclusive quanto aos órgãos da administração direta, das autarquias, das

fundações públicas, das empresas públicas e das sociedades de economia mista, desde que hajam participado da relação processual

e constem também do título executivo judicial.

39) (2005/ESAF – Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental) No âmbito do contrato administrativo, a ocorrência de

caso fortuito ou de força maior, regularmente comprovada, impeditiva da execução contratual, sem qualquer culpa do contratado ou da

Administração, enseja a seguinte rescisão contratual: a) administrativa, por ato unilateral do Poder Público.

b) judicial, por iniciativa da Administração.

c) amigável. d) compulsória.

e) judicial, por iniciativa do contratado ou da Administração.

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Comentários:

O art. 78 da Lei de Licitações nos fornece as situações que autorizam a

rescisão do contrato firmado junto a Administração, ou seja,

desfazimento da avença ainda durante sua execução, sendo

decorrentes de: razões de interesse público; descumprimento, culposo ou

doloso, do contratado; inadimplência, em sentido amplo, da

Administração; e eventos estranhos à vontade das partes.

A rescisão, de forma distinta da anulação, pressupõe um contrato

válido, logo, desfeito (encerrado) antes de seu término por razões

outras que não a ilegalidade.

A seguir, resumidamente, apresentaremos as formas de rescisão.

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Dos tipos de rescisão, destaca-se a rescisão UNILATERAL ou

ADMINISTRATIVA. É uma das cláusulas exorbitantes a favor da

Administração, que promove a rescisão de ofício, depois de

justificação plausível e da garantia da ampla defesa, podendo ocorrer

com ou sem culpa da contratada, nos casos enumerados nos incisos I a XII

e XVII do art. 78.

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O inc. XVII registra exatamente o caso fortuito e força maior, daí a

correção da alternativa A.

40) (2007/ESAF – SEFAZ CE - Analista Contábil Financeiro/ Analista Jurídico/ Analista de Tecnologia da Informação) São regimes de execução

indireta de obras e serviços, exceto: a) empreitada integral.

b) empreitada por preço global. c) tarefa.

d) administração contratada.

e) empreitada por preço unitário. Comentários:

Com o advento da Lei 8.666/1993, houve a reprodução do regime

denominado ADMINISTRAÇÃO CONTRATADA, porém, houve veto Presidencial à sua adoção, logo, nos dias atuais, inexistente entre nós

tal regime de contratação (alternativa D).

Por uma questão histórica, vejamos a definição do regime e o motivo de

seu repúdio.

Administração contratada referia-se à contratação excepcional de obra ou de serviço mediante reembolso de todas

as despesas incorridas para sua execução, acrescentado do pagamento de remuneração ajustada para os trabalhos de

administração e só seria utilizado para valores que não ultrapassassem o limite da tomada de preços.

41) (2001/ESAF – SEFAZ MS – Agente Tributário Estadual) Em relação aos

institutos da licitação e do contrato administrativo, assinale a afirmativa

falsa.

a) Somente pode-se exigir garantia do licitante na fase contratual.

b) Não é permitida a aplicação da inexigibilidade de licitação quando da

contratação de serviços especializados de publicidade.

c) A revogação da licitação depende da ocorrência de fato superveniente,

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devidamente justificado.

d) Não se admite a subcontratação no contrato administrativo, salvo se

prevista no edital e contrato respectivo.

e) A assunção do objeto do contrato por parte da Administração somente

ocorre em casos de rescisão judicial da avença.

Comentários:

A resposta é letra E. A ocupação dos serviços pela Administração dá-se

nos casos de rescisão, seja esta administrativa ou judicial.

Apesar de este ser o gabarito, perceba que, na letra A, há outro erro. Há dois tipos de garantia: a de proposta e a contratual. A de proposta é

garantia exigida ainda no curso da licitação (fase de habilitação - qualificação econômico-financeira). E, por vezes, o edital determina

que o contratado deposite a garantia contratual, para permitir a fiel execução do contrato.

As demais alternativas estão perfeitas.

Na letra B, o art. 25 proíbe a inexigibilidade (inviabilidade de

competição) para a contratação de serviços de publicidade e de divulgação.

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Na letra C, o art. 49 da Lei autoriza a revogação, a qual decorre de interesse público e não ilegalidade (pressuposto da anulação). A Lei

traz algo a mais. Além do interesse público, a lei exige a ocorrência de

fato superveniente.

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Na letra D, o art. 71 da Lei admite a subcontratação. E, como sinaliza o

item, depende de previsão no edital, no contrato, e deve existir autorização do poder público.