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divulgao e distribuio.
vedado, tambm, o fornecimento de informaes cadastrais
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CPF do aluno matriculado, em todas as pginas deste material,
recomenda-se a sua impresso no modo econmico da impressora.
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CURSO ON-LINE ECONOMIA E FINANAS PBLICAS PARA
ANALISTA DE PLANEJAMENTO DO MPOG
PROFESSOR FRANCISCO MARIOTTI
Economia e Finanas Pblicas
Aula 2
Ol Pessoal,
Estamos de volta, agora para a nossa segunda aula de Economia e Finanas
Pblicas para o cargo de APO do MPOG.
No sei se todos repararam, mas acabei optando em transferir uma parte do
contedo programtico do curso que estava disposto na aula 1, para a aula 2, de
forma a tornar mais light o estudo.
Mas me digam, como foi a primeira aula? Conseguiram fixar bem o contedo?
Espero que sim! De qualquer forma, estou a disposio de vocs.
Conforme eu comentei no incio do curso, estou um pouco preocupado com
as entrelinhas do edital, dado que ele faz a citao de determinados tpicos de
matria que podem ou no trazer implcitos outros assuntos.
Assim sendo, entendo que devemos estudar tudo, para assim evitarmos
possveis surpresas na hora do exame.
Mos obra!
Francisco
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3. Agregados Monetrios
A palavra agregado significa juno de coisa (s). J a palavra monetrio
refere-se a tudo aquilo pertencente moeda. Dessa maneira, podemos conceituar o
termo agregados monetrios como sendo o conjunto de coisas, noes, idias
relacionadas moeda.
Em termos econmicos, os agregados monetrios representam as formas de
mensurao e derivao da moeda, utilizada nas relaes de trocas entre os
agentes do sistema econmico.
Assim sendo, necessitamos saber quais seriam as funcionalidades do uso da
moeda, para s ento conhecermos os agregados monetrios.
Moeda
A Moeda pode ser definida como um objeto de aceitao geral, utilizado na
troca de bens e servios. Essa possui curso obrigatrio dentro do pas, ou seja, tem
aceitao incondicional como forma de pagamento nas transaes com bens e
servios. A caracterstica de aceitao geral garantida na Lei 9069/95, criadora do
Plano Real.
A utilizao da moeda traz consigo as suas funcionalidades, que assim se
destacam:
Intermediria de trocas:
Essa funo decorre do prprio conceito de moeda. o meio pelo qual as
transaes so efetuadas. Ela evita a troca direta e a necessidade de coincidncias
de desejos.
Ex: Jos troca seu produto por moeda e fica em condies de adquirir,
atravs dela, os produtos de que necessita.
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Unidade de medida de valor:
A moeda serve para comparar o valor de mercadorias diferentes: Se um carro
vale R$ 20.000,00 e um imvel R$ 200.000,00, um imvel pode ser trocado por dez
carros. Veja que as trocas sempre se do em termos de unidades monetrias.
Reserva de valor:
A moeda pode ser retida em poder de uma pessoa aps a venda de seu
trabalho, constituindo uma reserva ou um crdito em relao sociedade. Essa
caracterstica da moeda obriga, no entanto, que os seus possuidores resguardem-se
de riscos relativos a essa reteno.
Os depsitos no sistema bancrio so a proteo contra perdas e assaltos.
Ainda preciso evitar a desvalorizao da moeda em relao a seu poder de
compra, que ocorre em virtude da inflao. Nesse caso, os detentores de moeda
procuram realizar aplicaes em ttulos que rendem juros, ou mesmo em ativos que
podem valorizar-se.
Padro para pagamentos diferidos
Refere-se funo da moeda na qual esta se torna o balizador das decises
de investimentos e financiamentos de empresas ao longo do tempo.
Os Agregados Monetrios
Os agregados monetrios, tambm chamados de meios de pagamento, so
definidos como o estoque de moeda disponvel para uso da coletividade a qualquer
momento do tempo.
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A partir do clculo dos meios de pagamento, possvel medir a liquidez
econmica, objetivando o atendimento s transaes com bens e servios.
O agregado monetrio mais lquido o representado pelo conceito de (M1),
que corresponde ao saldo de papel moeda em poder do pblico (PMPP), tambm
chamado de moeda manual, adicionado do saldo do depsito a vista (DV), moeda
escritural, mantidos nos bancos:
M1 = PMPP + DV
O clculo do saldo de moeda em poder do pblico (PMPP) obtido
retirando-se do total de PAPEL MOEDA EMITIDO (PME), o montante que fica no
caixa da prpria autoridade monetria, e nos caixas dos bancos comerciais (BB,
Bradesco, Ita dentre outros).
O PMPP o prprio dinheiro que fica na mo de todos ns no dia-a-dia,
excluindo-se os valores depositados vista nas contas correntes (DV).
PMPP = PAPEL MOEDA EMITIDO ENCAIXES DA AUTORIDADE
MONETRIA ENCAIXE DOS BANCOS
O que vemos pela frmula acima que nem todo papel moeda emitido (PME)
se transforma em Papel Moeda em Poder do Pblico (PMPP). O que temos na
verdade que o total do Papel Moeda Emitido (PME) menos o caixa do BACEN,
igual ao Papel Moeda em Circulao (PMC).
PMC = PME CAIXA DO BACEN
O PMC dividido em duas partes:
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Em encaixes compulsrios1 e voluntrios2 dos bancos que estes fazem
no Banco Central;
No Papel Moeda em Poder do Pblico (PMPP).
O mesmo Papel Moeda em Circulao (PMC) ainda chamado de BASE
MONETRIA.
No conjunto de todas estas informaes, temos:
PMC (Papel Moeda em Circulao) = PME (Papel Moeda Emitido) Caixa do
BACEN = BASE MONETRIA
PMC = Encaixes dos Bancos (depsitos compulsrios e voluntrios) +
PMPP (Papel Moeda em Poder do Pblico)
Observao: Os depsitos a vista no devem ser confundidos com o caixa dos bancos
comerciais. Embora contabilmente um depsito em dinheiro aumente, em um primeiro momento, o
caixa dos bancos, o Banco utilizar os seus recursos em seu caixa para outras transaes financeiras
que no a de deixar o dinheiro parado na conta corrente.
O chamado conceito M1 (moeda com o pblico mais os depsitos a vista),
que no rende juros e de liquidez imediata, tambm chamado de haver
monetrio ou mesmo de moeda.
Existem as demais composies dos agregados monetrios, nestes
incorporados as aplicaes financeiras menos lquidas que propriamente o Papel
Moeda em Poder do Pblico (PMPP) mais os depsitos a vista (DV). So os
chamados conceitos de M2, M3 e M4.
1 Os encaixes compulsrios representam o dinheiro de propriedade dos bancos que precisa, ou seja, obrigatrio
que seja recolhido ao BACEN, com fins de se evitar o seu emprstimo ao pblico. Veremos maiores detalhes nas
aulas que se seguem.
2 Os encaixes voluntrios tambm so depositados no Banco Central, mas como o prprio nome diz, os bancos
depositam de forma voluntria.
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M2 = M1 + TTULOS PBLICOS
M3 = M2 + DEPSITOS DE POUPANA
M4 = M3 + DEPSITOS A PRAZO (Ttulos Privados)
Estes ativos, que rendem juros, so tambm chamados de haveres no
monetrios ou quase-moeda.
Criao e Destruio de Moeda
A criao ou destruio de moeda concretiza-se atravs das operaes
realizadas entre o setor bancrio e o pblico em geral. Diz-se que h criao de
moeda quando o pblico recebe do setor bancrio haveres monetrios (papel-
moeda em poder do pblico + depsitos vista) e, em contrapartida, entrega
haveres no-monetrios ao setor bancrio.
Exemplo: Quando clientes resgatam suas aplicaes feitas em poupana,
utilizando-se desse valor para realizarem transaes com bens e servios,
exemplifica um caso tpico de criao de moeda.
J a destruio de moeda ocorre quando o pblico entrega haveres
monetrios ao setor bancrio e, em contrapartida, recebe do setor bancrio haveres
no-monetrios.
Exemplo: Seria o caso agora em que clientes realizam aplicaes financeiras
em bancos, tais como poupana, fundos de investimento e etc.
Criao de Moeda
(PBLICO) > haveres no-monetrios (SETOR BANCRIO)
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Destruio de Moeda
(PBLICO) > haveres monetrios (SETOR BANCRIO)
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como os bancos sabem que nem todos os clientes poupadores iro efetuar saques
ao mesmo tempo, estes utilizam os recursos, gerando o que chamaremos de
multiplicador dos agregados monetrios ou dos meios de pagamento.
A Base Monetria e o multiplicador
Conforme verificamos em tpico anterior, a quantidade de moeda em
circulao (PMC), tambm chamada de Base Monetria, definida pelo Banco
Central. Parte da Base demandada pelos bancos na forma de encaixes
compulsrios e voluntrios, sendo a outra parte representada pelo papel moeda em
poder do pblico (PMPP).
Base Monetria = Encaixes + PMPP
Tambm definimos que a oferta de moeda circulante na economia (M1)
dividida entre o PMPP e o total de depsitos a vista nos bancos (DV).
M1 = PMPP + DV
Considerando que os depsitos a vista esto nos bancos, estes se utilizam
dos recursos depositados para realizarem emprstimos. O fator que definir quanto
os bancos podero emprestar est baseado nos encaixes obrigatrios exigidos pelo
Banco Central. Assim, quanto menor for a quantia a ser depositada na autoridade
monetria pelos bancos, maior ser a capacidade de gerao de emprstimos pelo
setor bancrio, pelo simples fato que estes possuem mais dinheiro sobrando.
Os emprstimos realizados sociedade retornam em momento futuro para o
prprio banco emprestador, ou mesmo outro banco componente do sistema
financeiro. Deste dinheiro depositado, oportuniza-se novos emprstimos
sociedade.
A multiplicao dos agregados monetrios ocorre a partir do momento em
que a moeda depositada no sistema bancrio como depsito vista.
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A criao de moeda derivada em um valor mltiplo de uma injeo
monetria inicial. Vejamos a multiplicao:
Base Monetria (B) = PMPP + Encaixes (E), ou, de outra forma:
PMPP = Base Monetria Encaixes (1)
M1 = PMPP + DV, ou, de outra forma:
PMPP = M1 DV (2)
Base Monetria (B) Encaixes (E) = Meios de Pagamento (M1) DV
(1) (2)
Base Monetria (B) = Meios de Pagamento (M1) DV + Encaixes (E)
Dividindo-se os termos por M1,
B / M1 = 1 (DV / M1) + E / M1
Multiplicando-se e dividindo-se o ltimo termo por DV, chegamos a:
B / M1 = 1 (DV / M1) + (E / M1) * (DV/DV)
Chamando a razo do volume de depsitos a vista sobre os meios de
pagamento (DV / M1) de d e a razo dos encaixes sobre o os depsitos a vista
(E / DV) de e, temos que:
B / M1 = 1 d + ed
Colocando-se em evidncia o d e posteriormente invertendo-se a expresso,
teremos o seguinte resultado:
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M1 = B / 1 d(1 e), sendo 1 / 1 d(1 e) = m, chamado de multiplicador
dos meios de pagamento (ou dos agregados monetrios).
M1 = B x m
A partir dessa expresso, possvel saber qual ser o impacto sobre o
aumento dos meios de pagamento M1, derivado do aumento da base monetria.
Da expresso M1 = B / 1 d(1 e), chegamos a algumas concluses
importantes:
9 Na medida em que aumenta o total de depsitos a vista no sistema
bancrio, maior ser a expanso dos agregados monetrios quando do
resultado de um aumento da base monetria pelo Banco Central;
9 De forma contrria, quando o Banco Central aumenta a exigncia do
percentual de encaixes dos bancos, menor a capacidade de expanso
do crdito pelos bancos e, conseqentemente, da expanso dos meios
de pagamento.
Vamos a uma questo sobre o assunto:
(Bacen/Analista FCC/2006) Numa determinada economia, os encaixes totais
mantidos pelo sistema bancrio representam 4/10 do total dos depsitos vista em
conta corrente. Se a populao desse pas mantiver 1/5 dos meios de pagamento na
forma de moeda manual, um aumento de 1.000 na base monetria acarretar um
acrscimo nos meios de pagamento, de
a) 6250
b) 3125
c) 2358
d) 1923
e) 1470
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Bem, comeemos do comeo!
A frmula para se calcular o valor do aumento dos meios de pagamento
proveniente do aumento da base monetria M1 = B / 1 d(1 e), sendo M1 os
meios de pagamentos (agregados monetrios), que so representados pelo PMPP +
DV.
B a base monetria, representada pelo somatrio do PMPP mais os
encaixes dos bancos no Banco Central (E). d igual a razo do volume de
depsitos a vista (DV) sobre os meios de pagamento (M1) e e o volume de encaixe
dos bancos no Bacen (E) sobre os depsitos vista (DV).
Na questo j nos informado o valor da expanso da base monetria (1000)
e a razo entre os encaixes dos bancos e os depsitos a vista (4/10). Na questo,
no entanto, informado apenas o percentual de meios de pagamento (M1) em
moeda manual, tambm chamado por ns de papel moeda em poder do Pblico
PMPP (1/5).
A questo at poderia complicar mas, conforme vimos acima, o conceito de
agregado monetrio M1 parte derivado dos depsitos a vista (DV), nosso interesse
nessa questo, e parte derivado do volume de PMPP, sendo DV + PMPP = 1. Se a
razo de moeda manual sobre os meios de pagamento (PMPP/M1) igual a 1/5,
podemos entender que a razo de moeda escritural sobre os meios de pagamento
(DV/M1) igual a 4/5.
Com isso temos que,
M1 = B * 1 / 1 d(1 e)
M1 = 1000* 1/ 1 4/5 (1 4/10) = 1000* 1 /0,52 = 1923
Gabarito: letra d
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As Contas do Sistema Monetrio
Estando demonstrada a ntima relao existente entre os agregados
monetrios e a sua multiplicao a partir dos bancos comerciais, por meio do que
conceituamos de multiplicador bancrio m = 1 / 1 d(1 e), partimos agora para a
exposio das contas do sistema monetrio, seja pela composio destas no Bacen,
seja sobre a sua estruturao para os bancos componentes do sistema.
As contas do sistema monetrio so estruturadas como em toda
contabilidade, existindo operaes ativas e operaes passivas.
Apresentamos as contas com o fim de entendermos tanto o processo de
criao e de destruio de moeda, bem como a contabilizao das exigncias da
Autoridade Monetria para com os bancos e vice-versa.
O Balano Consolidado dos Bancos Comercias
Os bancos comerciais representam um dos lados do sistema monetrio, j
que so estes que promovem a interligao do Banco Central, em nome do governo,
com o pblico em geral.
O balano consolidado (simplificado) dos bancos comerciais assim dividido:
Ativo Passivo
Encaixes Recursos prprios (passivo no exigvel)
- Em moeda corrente Depsitos vista
- Depsitos Voluntrios Depsitos a prazo
- Depsitos Compulsrios Redescontos e outros recursos do Bacen
Emprstimos ao setor privado Emprstimos externos
Emprstimos a entidades pblicas
Ttulos pblicos e privados
Imobilizado
Outras aplicaes
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No lado do ativo:
Encaixes: Trata-se da parcela dos depsitos vista que o sistema
bancrio comercial no emprestou ao pblico. So os chamados
depsitos compulsrios e voluntrios;
Emprstimos ao setor privado e ao setor pblico: So os emprstimos
feitos ao sistema no bancrio, tais como o governo, as famlias e etc;
Ttulos Pblicos e Privados: So os haveres no monetrios na forma
de ttulos encarteirados pelos bancos.
Imobilizado: a contabilizao dos recursos das estruturas fsicas de
funcionamento dos bancos;
Outras Aplicaes: So as aplicaes em moeda estrangeira dos
bancos.
No lado do Passivo:
Recursos Prprios: So os recursos de propriedade dos prprios
bancos comerciais. So considerados passivo no exigvel, por
constiturem conta do patrimnio lquido;
Depsitos vista: So os depsitos captados pelo sistema bancrio do
pblico em geral e disponveis em conta-corrente;
Depsitos vista: So os depsitos captados pelo sistema bancrio do
pblico em geral e disponveis em outras contas (poupana, ttulos de
renda fixa (CDB, RDB);
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Redescontos: So os recursos tomados a ttulo de emprstimo pelos
bancos via Banco Central;
Recursos Externos: So recursos tomados pelos bancos para
financiamento de suas linhas de concesso de crdito ao pblico em
geral;
Podemos verificar que as operaes ativas so aquelas provenientes da
destinao dada pelos bancos para o volume de depsitos vista feitos pelo pblico.
J o passivo, representado em sua maior parte, pelos prprios depsitos
realizados pelo pblico.
Vejamos agora o balano consolidado do Banco Central:
O Balano Consolidado do Banco Central
Ativo Passivo
Encaixes em moeda corrente Saldo do papel-moeda emitido
Ttulos pblicos federais Depsitos do Tesouro Nacional
Operaes de redesconto Depsitos dos Bancos Comerciais
Emprstimos ao Tesouro - Depsitos Voluntrios Nacional
Reservas internacionais
- Depsitos Compulsrios
No lado do ativo encontram-se:
Encaixes em moeda corrente: Trata-se da parte do papel moeda
emitido (PME) que no se encontra em circulao;
Ttulos Pblicos Federais: O Bacen chamado de agente financeiro do
Tesouro Nacional. Ele realiza as chamadas operaes de Mercado
Aberto, que se caracterizam pela colocao e retirada de dinheiro de
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circulao via ttulos. Na sua contabilidade entra como ativo, constando
como passivo do Tesouro Nacional;
Operaes de Redesconto: So os emprstimos feitos as bancos
comerciais. Fica localizado do lado direito do seu balano, ficando do
lado esquerdo no balano dos bancos comerciais;
Reservas Internacionais: O estoque de moeda estrangeira pertencente
ao pas fica sob guarda do Banco Central. Ele a tem como ativo por
necessidade de utilizar estes recursos para fazer frente s demandas
de divisas estrangeiras por bancos e pelo pblico em geral;
J no lado do passivo, temos:
Papel Moeda Emitido: Trata-se do total de moeda emitida que pode ou
no estar circulando. Se estiver PME = PMC, caso contrrio no.
Destaca-se que o total de papel moeda em circulao nunca poder
ser maior que o total de papel moeda emitido (moeda manual);
Depsitos do Tesouro: So os depsitos feitos pelo Tesouro como
cobrir as operaes realizadas pelo BACEN;
Depsitos Compulsrio e Voluntrio: So os recursos depositados
pelos bancos comerciais no Bacen, podendo ser, como o prprio nome
diz, obrigatrios ou voluntrios.
De acordo com a Contabilidade, no lado do passivo existem as contas que
identificam as origens dos recursos. De forma contrria, as contas pertencentes ao
ativo referem-se s aplicaes dos recursos. Em referncia ao Bacen, as contas do
passivo so divididas em monetrias, ou seja, utilizadas como meios de pagamento,
e no monetrias, no utilizadas como meios de pagamento.
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O Balano consolidado do sistema monetrio
Ativo Passivo
Aplicaes dos Bancos Agregados Monetrios Comerciais - Emprstimos ao setor privado - Papel-moeda em poder do pblico
- Ttulos pblicos e privados - Depsitos vista nos Bancos
Aplicaes do Banco Central Recursos No-monetrios
- Reservas internacionais - Depsitos a prazo
- Emprstimos ao Tesouro - Depsitos do Tesouro Nacional Nacional
- Ttulos pblicos federais - Ttulos do Banco Central
- Saldo lquido das demais contas
Chegamos ao final do estudo sobre os chamados agregados monetrios e a
sua contabilizao dentro do sistema monetrio. De forma a colocarmos em prtica
a matria, vamos a resoluo de alguns exerccios.
Ressalto que findada a realizao e correo dos exerccios, nso voltamos ao
estudo das chamadas polticas fiscal, monetria e cambial, alm de suas
derivaes.
At l!
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Exerccios:
17 (Economista da Codevasf 2003) A moeda possui quatro funes tradicionais.
So elas:
a) Escambo, meio de troca, reserva de valor, unidade de conta.
b) Meio de troca, reserva de valor, unidade de conta e padro de pagamentos
diferidos.
c) meio de troca, reserva de valor, unidade de conta e padro de pagamentos
indeferidos.
d) Meio de troca, reserva de valor, unidade de conta, e titulo de debito ao portador.
18 - (AFRF/ESAF 2005) No faz(em) parte do passivo do balancete do Banco
Central:
a) recursos externos.
b) depsitos do tesouro nacional.
c) redescontos.
d) papel moeda emitido.
e) encaixes dos bancos comerciais.
19 (ACE/TCU/ESAF 2002) Faz(em) parte do ativo do balancete do Banco
Central
a) o papel-moeda emitido.
b) as reservas internacionais.
c) os depsitos do Tesouro Nacional.
d) a Base Monetria.
e) os depsitos dos bancos comerciais
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20 (AFPS/MPAS ESAF/2002) Considere os seguintes dados: m = 4/3 e R = 0,5,
onde m = multiplicador dos meios de pagamento em relao a base monetria e R =
encaixes totais dos bancos comerciais/depsitos a vista. Com base nessas
informaes, pode-se afirmar que o coeficiente papel-moeda em poder do
publico/M1 igual
a) 0,2
b) 0,3
c) 0,4
d) 0,5
e) 0,7
21 (BACEN/ANALISTA ESAF/2001) Considere os seguintes dados: papel-moeda
em poder do publico / M1 = 0,3; encaixe total dos bancos comerciais / depsitos a
vista nos bancos comerciais = 0,3. Com base nessas informaes, pode-se afirmar
que
a) um aumento de 30% na relao depsitos a vista nos bancos comerciais / M1
resulta em um aumento de aproximadamente 19,830% no multiplicador bancrio.
b) um aumento de 25% na relao depsitos a vista nos bancos comerciais / M1
resulta em um aumento de aproximadamente 21,687% no multiplicador bancrio.
c) um aumento de 20% na relao depsitos a vista nos bancos comerciais / M1
resulta em um aumento de aproximadamente 23,786% no multiplicador bancrio.
d) um aumento de 10% na relao encaixe total dos bancos comerciais / depsitos
a vista nos bancos comerciais resulta em uma reduo de aproximadamente
8,750% no multiplicador bancrio.
e) um aumento de 15% na relao encaixe total dos bancos comerciais / depsitos
a vista nos bancos comerciais resulta em uma reduo de aproximadamente
9,102% no multiplicador bancrio.
22 (APO/MPOG ESAF/2001) So consideradas operaes ativas do Banco
Central:
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a) alteraes nos impostos sobre as operaes financeiras; emprstimos do Banco
Central ao Tesouro Nacional; emprstimos do Banco Central ao setor privado;
operaes de redesconto.
b) alteraes nas reservas internacionais do pas; emprstimos do Banco Central ao
Tesouro Nacional; emprstimos do Banco Central ao setor privado; operaes de
redesconto.
c) alteraes nas reservas internacionais do pas; emprstimos do Banco Central ao
Tesouro Nacional; alterao dos impostos sobre as operaes financeiras;
operaes de redesconto.
d) alteraes dos impostos sobre as operaes financeiras; alteraes dos impostos
sobre as operaes de cmbio; emprstimos do Banco Central ao Tesouro Nacional;
operaes de redesconto.
e) alteraes nos impostos sobre as operaes financeiras; emprstimos do Banco
Central ao Tesouro Nacional; emprstimos do Banco Central aos bancos comerciais;
emprstimos do Banco Central ao setor privado.
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Gabarito das questes:
17 b
18 c
19 b
20 d
21 c
22 b
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4. Conceito de Dficit e Dvida Pblico e o seu Financiamento
De forma genrica, podemos definir o dficit pblico como sendo excesso de
gastos pblicos sobre as receitas pblicas.
Segundo o Manual de Finanas Pblicas do Banco Central, o conceito de
setor pblico utilizado para mensurao da dvida lquida e do dficit pblico o de
setor pblico no-financeiro mais Banco Central. Considera-se como setor pblico
no-financeiro as administraes diretas federal, estaduais e municipais, as
administraes indiretas, o sistema pblico de previdncia social e as empresas
estatais no-financeiras federais, estaduais e municipais, alm da Itaipu Binacional.
Ainda segundo o mesmo Manual, o Banco Central includo na apurao da dvida
lquida pelo fato de transferir seu lucro/prejuzo automaticamente para o Tesouro
Nacional.
O dficit pblico, objeto de nossa anlise, medido durante determinado
perodo de tempo (normalmente um ano). chamado de varivel fluxo, dado que
seu resultado, um fluxo, incorporado varivel estoque chamada dvida pblica.
No obstante anlise do dficit e da dvida pblica, merece ateno o
desenvolvimento e a lembrana de alguns conceitos pertinentes ao assunto.
O somatrio de receitas arrecadadas chamada de carga fiscal bruta. Desta
carga tributria devem ser excludas as chamadas transferncias realizadas pelo
governo, tais como o pagamento dos juros sobre a divida pblica, os subsdios
concedidos pelo governo bem como os gastos para a manuteno dos regimes de
assistncia e previdncia social.
O que sobra da carga tributria, agora chamada de lquida, utilizada pelo
governo para realizar o custeio da mquina pblica, ou seja, realizar o pagamento
das chamadas despesas correntes. O resultado da receita lquida do governo menos
o custeio o que chamamos de poupana (ou saldo) do governo em conta-corrente.
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O resultado do governo em conta corrente, uma vez positivo, deve ser
utilizado para fazer frente s chamadas de despesas de capital, que so divididas
em investimento, inverses financeiras e transferncias de capital. De forma ampla,
chamaremos as despesas de capital de Investimento Pblico (ou governamental).
Considerando estas informaes, podemos dizer que, caso o volume de
investimentos pblicos seja superior a poupana do governo em conta corrente,
teremos o chamado Dficit Pblico.
Dficit Pblico = Poupana Pblica Investimento Pblico
No caso de o governo apresentar um dficit na relao entre saldo em conta
corrente e investimento pblico, este dever buscar recursos para honrar seus
compromissos, tendo as seguintes opes:
Realizar a venda de ttulos pblicos aos bancos3, com o objetivo de auferir
recursos financeiros para realizar o pagamento de suas contas;
Vender ttulos pblicos ao Banco Central4, recebendo em troca moeda nova
(aumento do papel moeda emitido), para fazer frente aos seus compromissos.
A venda de ttulos pblicos aos bancos provoca a diminuio da poupana do
setor privado, dado que parte dos recursos antes administrados pelas Instituies
Financeiras, so agora destinados ao pagamento dos compromissos do poder
pblico, trazendo ainda a diminuio da capacidade de fornecimento de crdito
populao em geral.
J a venda de ttulos ao BACEN leva a necessidade de nova emisso de
moeda, ou seja, crescimento da base monetria, o que em alguns casos pode levar
3 Dizemos bancos e no setor privado pois grande parte dos ttulos pblicos so adquiridos por Instituies
Financeiras Pblicas, tasi como o Banco do Brasil, a Caixa Econmica Federal e o BNDES.
4 Cabe-nos destacar que conforme a Lei de Responsabilidade Fiscal, em seu art. 39, 2, o Banco Central s pode adquirir ttulos diretamente do Tesouro Nacional se for com o objetivo de refinanciar a dvida mobiliria federal que estiver vencendo em sua carteira.
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at mesmo ao crescimento da inflao, dado o crescimento do volume de dinheiro
em circulao. Destaca-se que voltaremos a tratar deste tema quando abordarmos a
poltica monetria e as suas relaes.
Economia da Dvida Pblica
Nas duas situaes acima, o Tesouro Nacional, em nome do governo, estar
promovendo o crescimento da chamada Dvida Pblica.
A conseqncia natural do crescimento da dvida pblica, pois partimos do
pressuposto de que ela um resultado de dficits passados, a necessidade da
ampliao dos gastos do governo com o pagamento de juros, tornando ainda menor
a capacidade de gerao de poupana corrente do governo, j que verificamos que
esta obtida diminuindo-se da carga tributria lquida, as despesas correntes, sendo
que nesta ltima encontram-se os pagamentos de juros do perodo passado.
Ainda do resultado da formao da dvida pblica, existe a necessidade de
quitao do seu principal (amortizao), que se enquadra como despesa de capital,
item tambm j traduzido por ns de Investimento Pblico, o que tender a
aumentar ainda mais o Dficit Pblico do perodo de seu pagamento.
A dvida pblica que ora fazemos meno representada no somente pela
dvida pblica interna do pas, mas tambm a dvida pblica externa, j que o
governo financia-se via emisso de ttulos no mercado internacional. So os
conhecidos Bonds do governo.
Mensurao do Dficit Pblico
Se relembrarmos a aula 1, conceituamos o mesmo dficit pblico a partir da
chamada identidade macroeconmica fundamental, na qual diz que o investimento
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da economia (privado e pblico) ser financiado pelas poupanas privada, pblica e
externa.
IPRIVADO + IPBLICO = SPRIVADA + SPBLICA(ou do governo) + SEXTERNA
Da mesma forma, o resultado do dficit pblico ser obtido conforme o
descrito nos tpico anterior, ou seja, verificando-se o excesso de investimento
pblico sobre a poupana pblica.
IPBLICO - SPBLICA(ou do governo) = SPRIVADA - IPRIVADO + SEXTERNA
Dficit Pblico = SPRIVADA - IPRIVADO + SEXTERNA
O governo possui um instrumento eficaz para verificar os motivos que esto
levando ao surgimento de constantes dficits. o que ns chamamos de critrio
acima da linha, que mede como se comportam as contas de receitas e de
despesas. Esta medio capacita o governo (neste caso a Secretaria do Tesouro
Nacional) a verificar quais so as contas governamentais que so responsveis pelo
excesso de gastos frente aos recursos arrecadados.
O primeiro conceito de mensurao do excesso de investimento pblico sobre
a poupana pblica o chamado dficit primrio. Seu resultado calculado pela
diferena entre as despesas operacionais (ou despesas no-financeiras), que
incluem as despesas correntes e de capital, menos as receitas operacionais (ou
no-financeiras) que incluem somente as receitas correntes.
Dficit Primrio = Despesas operacionais Receitas Operacionais
Importante considerar que caso o total de Receitas seja superior ao de
Despesas, ser gerado um Supervit Primrio.
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No Brasil tem vigorado ano-a-ano, a necessidade do governo de atingimento
de metas de Resultado Primrio, consubstanciado na Lei de Diretrizes
Oramentrias. O parmetro de anlise sempre se d como uma percentagem do
Produto Interno Bruto da Economia - PIB.
O segundo conceito de clculo do Dficit o Operacional, que leva em
considerao alm do Resultado Primrio, o pagamento dos juros reais (descontado
a inflao) relativos ao estoque de dvidas passada. Destaca-se que no estamos
falando em pagamento/amortizao do principal da dvida (componente das
despesas de capital), mas to somente o pagamento dos juros reais (que
contabilizado dentro das chamadas despesas correntes do governo).
Dficit Operacional = Dficit Primrio + Juros Reais da Dvida Passada
Finalmente, temos o terceiro conceito de dficit, aquele calculado via
resultado nominal. O dficit nominal inclui, alm do resultado operacional, o
pagamento do principal da dvida pblica vencvel no perodo e a atualizao
monetria das dvidas interna e externa. Uma outra forma de mensurar o dficit
nominal calculando o dficit primrio e, adicionado a este, o resultado entre o
balanceamento das Despesas e Receitas Financeiras (tambm chamadas de no-
operacionais) do governo.
Dficit Nominal = Dficit Primrio + (Despesas financeiras Receitas
Financeiras)
Observao Importante:
Um aspecto importante a ser considerado o que se refere ao chamado imposto
inflacionrio, que consiste na perda do valor do dinheiro devido inflao. como
se dissssemos que R$ 100 daqui a 1 ms venha a valer somente R$ 99,00. De
outro forma, como se consegussemos mais comprar com o mesmo dinheiro o que
antes compravamos. O governo, em nome do Banco Central, tem o poder de pagar
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suas contas via emisso indireta de moeda (compra de ttulos pblicos do Tesouro
pelo Bacen), apropriando-se da diferena entre o valor emitido (R$100) e o quanto o
dinheiro efetivamente vale hoje (R$ 99)
No resultado do Dficit Nominal adicionada a chamada atualizao monetria da
dvida, de tal forma que desconsiderado, neste, o ganho percebido pelo governo
com o prprio imposto inflacionrio.
No caso do dficit operacional vemos que isto no acontece, dado que no seu
clculo no adicionado o componente da atualizao monetria como pagamento
a ser feito (na forma de despesas) pelo governo.
As Necessidades de Financiamento do Setor Pblico - NFSP
Toda vez que o governo apresenta um dficit em suas contas, este necessita
financiar-se para fazer frente aos seus compromissos.
As formas de mensurao das necessidades de financiamento do setor
pblico - NFSP a adotada pelo Banco Central seguindo orientao do Fundo
Monetrio Internacional -, sendo caracterizado como o critrio abaixo da linha. As
NFSP representam a variao da Dvida Lquida do Setor Pblico - DLSP para com
o setor privado interno e externo durante um determinado perodo de tempo. Caso
ocorra uma variao positiva na dvida, temos um conseqente dficit nas contas
pblicas. Logicamente, uma variao negativa na dvida consistir num supervit
das contas pblicas.
A chamada NFSP conceito nominal corresponde ao prprio dficit nominal.
Seu resultado a chamada de variao da Dvida Lquida do Setor Pblico DLSP,
descontados os ajustes patrimoniais ocorridos no perodo. Estes ajustes so
representados pelas privatizaes (ajuste positivo), que abatem parte da dvida, e o
reconhecimento dos esqueletos5 (ajuste negativo na dvida), que tendem a aumentar
(variao positiva) a dvida lquida.
5 Um esqueleto pode ser representado por uma perda de ao do governo no Supremo Tribunal Federal. As
correes das perdas dos antigos planos econmicos so uma boa representao de esqueletos do governo.
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Para fins metodolgicos, a diferena entre a DLSP os ajustes patrimoniais
corresponde a Dvida Fiscal Lquida DFL.
Assim, de forma conclusiva, podemos dizer que as NFSP conceito nominal
corresponde a Dvida Fiscal Lquida DFL.
NFSP nominal = Dvida Fiscal Lquida
Para calcularmos as NFSP no conceito operacional, precisamos excluir da
DFL os resultados da atualizao monetria da dvida (o chamado imposto
inflacionrio);
NFSP operacional = Dvida Fiscal Lquida menos a atualizao
monetria
Por fim, o chamado conceito de NFSP primrio definido como o conceito de
Dficit Nominal excluindo-se, alm da atualizao monetria da dvida, o pagamento
dos juros reais.
NFSP primrio = Dvida Fiscal Lquida menos a atualizao monetria
Juros Reais
Dvida Pblica e Inflao
Argumentamos que a inflao, na sua vertente de imposto inflacionrio,
fonte de arrecadao do governo, conforme ficou caracterizado nos clculos e
anlises das Necessidades de Financiamento do Setor Pblico.
A questo que a inflao tambm gera males na arrecadao
tributria governamental. Esta definio baseia-se no chamado efeito TANZI, que
afirma que a inflao reduz a receita tributria real, evidenciada pelo fato de que a
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data do fato gerador do imposto diferente da data de recolhimento da obrigao
tributria.
Um pequeno exemplo pode ilustrar este entendimento: a gerao de
obrigao tributria fato gerador - no montante de $ 100,00, ocorrida no incio de
um ms que apresentou inflao de 10%, gerar perdas de arrecadao tributria
at o seu recolhimento no valor de R$10.
Conforme TANZI, uma das formas de evitar esta perda de arrecadao e o
conseqente crescimento do dficit do governo, atravs da indexao, que
corrigiria o valor da dvida da data do fato gerador a seu efetivo recolhimento. No
passado inflacionrio da economia brasileira foram criados vrios instrumentos que
procuraram minimizar estas perdas, tais como a transformao das receitas
tributrias em obrigaes, inicialmente conhecidas como Obrigaes do Tesouro
Nacional - OTNs e posteriormente em Obrigaes Reajustveis do Tesouro
Nacional ORTNs que garantiam a manuteno das receitas fiscais em nveis
reais.
De certa forma contraditria a idia de TANZI, PATINKIN afirmou que a
inflao no ocasionaria o aumento do dficit, mas sim a sua reduo.
A proposio de PATINKIN baseou-se na idia de que o simples atraso no
pagamento de dvidas reduziria o montante a ser pago, fazendo com que a inflao
gerasse a diminuio das obrigaes do governo agora corroda pela prpria
inflao.
Estes questionamentos e teorias foram muito presentes na histria recente da
economia brasileira pelo fato do processo inflacionrio constante. A partir do Plano
Real estas perdas e ganhos tomaram pequenas dimenses, inclusive sendo extintas
as ORTNs.
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5. Poltica Fiscal
A teoria econmica possui instrumentos de anlise da interveno do governo
via a realizao de polticas fiscais. que chamamos de modelo IS (Investimento e
Poupana), que procura demonstrar como a realizao de gastos pelo governo
tende a impactar nas variveis econmicas aprendidas por ns na aula 1, quais
sejam o consumo, o investimento, as exportaes e as importaes, que, no seu
conjunto, representam o prprio PIB do pas.
A curva IS
A curva IS (Investment-Saving) representa as infinitas combinaes de renda
e taxas de juros operantes no mercado de bens e servios.
Em termos de equao, a sua expresso dada por uma equao que j
conhecemos na anlise da Contabilidade Nacional.
IS (Y) = C + I + G + (X - M)
i
IS
Y (Produo = Q)
Se considerarmos que o investimento agregado (investimento das empresas))
depende da taxa de juros de mercado (isto , aumentos da taxa de juros devem
inibir investimentos, seja pelo aumento do custo dos recursos financeiros tomados
pelas empresas para produzir, seja porque relativamente mais atrativo para as
empresas a colocao dos recursos prprios em aplicaes financeiras que rendem
juros), o mercado de bens deve sofrer impactos diretos sobre variaes nos juros.
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Conforme podemos depreender, na ocorrncia de elevaes nas taxas de juros, a
produo impactada negativamente.
Uma vez que j saibamos que os juros interferem diretamente no resultado da
economia, podemos calcular o impacto que este provoca sobre o nvel de renda.
Para isso, voltamos a lembrar da igualdade definida na Contabilidade Nacional, onde I
= S.
Exemplo:
Funo Investimento I = 55 200i
Funo Poupana S = -40+0,20Y
Veja pela frmula que quanto maior os juros,
menor o nvel de investimento.
Situao I: Taxa de Juros = 9% ou 0,09
Equilbrio S = I 55 - 200(0,09) = - 40 +0,20Y 77 = 0,2Y Y = 385
Uma diminuio dos juros levar a um aumento dos bens e servios
produzidos na economia.
Para aos juros de 7% ou 0,07
Equilbrio S = I 55 - 200(0,07) = - 40 +0,20Y = 0,2Y Y = 405
Vemos que uma pequena variao nos juros provoca um aumento da renda
da economia. Corroborando esse entendimento, verificamos que as alteraes nos
juros fizeram a renda da economia aumentar de 385 para 405.
Obs.: Caso os investimentos sejam autnomos s variaes nos juros, a
curva IS ser vertical.
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i Quando o investimento autnomo, ou seja, no depende das taxas de juros, o impacto da poltica fiscal mximo.
Y (Produo = Q)
A Poltica Fiscal expansionista do governo (aumento dos gastos) e o
impacto na curva IS
Considerando que a renda da economia formada por diversos
componentes, consumo (C), investimentos (I), gastos do governo (G), as
Exportaes (X) e as Importaes (M), possvel saber, por exemplo, qual seria o
impacto sobre a curva IS caso o governo resolvesse aumentar os seus gastos.
Y = C + I + G + X - M
O resultado do aumento dos gastos a gerao do efeito multiplicador sobre
a renda da economia e o conseqente deslocamento da curva IS.
i
IS
Y (Produo = Q)
Assim sendo, relembramos que a curva IS mostra a relao inversa entre
renda e taxa de juros, representando o lado real da economia.
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O contexto da Expanso dos gastos do governo sobre as Necessidades
de Financiamento do Setor Pblico
Conforme pudemos observar, o governo intervm na economia atravs da
chamada poltica fiscal. A sua efetivao se d via aumento de gastos ou de
investimentos governamentais. O lastro para a realizao de sua poltica de estmulo
econmico sustentado inicialmente pela carga tributria lquida, que garante a
manuteno das atividades governamentais e, em complemento, gera a chamada
poupana em conta corrente, financiadora do investimento pblico.
O estmulo atividade econmica pode gerar o chamado dficit pblico, uma
vez que o investimento realizado pelo governo seja maior do que a sua poupana
em conta corrente. De outra forma, toda vez que o governo apresenta um resultado
na forma de dficit, estar ocorrendo a chamada poltica fiscal expansionista.
Caso ocorra um supervit, o governo estar por realizar uma poltica fiscal
contracionista.
A base de instrumentalizao da poltica fiscal pelo governo originria da
chamada teoria keynesiana.
At 1930 os economistas acreditavam que as foras de mercado (Oferta e
Demanda) se encarregariam de equilibrar o fluxo econmico, levando a economia
automaticamente ao pleno emprego de recursos (fbricas produzindo na sua
capacidade mxima, todas as pessoas capacitadas a trabalhar estando
trabalhando). No entanto, a crise econmica vivida pelo mundo capitalista a partir
da quebra da Bolsa de Nova York em 1929, que redundou na queda brutal do
nvel de atividade econmica e numa elevao do desemprego, mostrou que o
mercado, empresas e consumidores, no conseguiam sozinhos solues para
contornar a crise.
A partir desse marco histrico, o economista ingls JOHN MAYNARD
KEYNES passa a desenvolver suas teorias, cuja base se assenta no pressuposto de
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que era necessria a interveno do governo, no sentido de regular a atividade
econmica, levando-a ao pleno emprego de recursos. A ferramenta principal
consistia no aumento dos seus gastos, sendo o elemento fundamental para a
inverso do quadro de recesso e desemprego, uma vez que, realizando uma
poltica fiscal expansionista, estaria aumentando a despesa agregada e,
conseqentemente, o nvel de produo (dada capacidade ociosa das empresas).
O chamado modelo Keynesiano procura demonstrar como se do as
alteraes nos gastos do governo e a sua conseqncia sobre o nvel de atividade
economia.
Conforme verificamos de forma esttica na anlise das contas nacionais, a
demanda agregada composta pelo consumo das famlias (C), pelos investimentos
das empresas (I), pelos gastos do governo (G), pelas exportaes (X) e pelas
importaes (M).
DA = C + I + G + X - M
O estmulo demanda agregada, via poltica fiscal, se d atravs do chamado
multiplicador dos gastos. O multiplicador mostra que, se a economia estiver
com recursos desempregados (o que comum no Brasil), um aumento de uma
unidade monetria nos gastos do governo provocar um aumento da renda
nacional mais que proporcional ao aumento dos gastos do governo. Esse efeito
ocorre porque, numa economia em desemprego, abaixo da capacidade de
produo das empresas, qualquer injeo de despesas, seja via gastos com
consumo, investimento, exportaes, e das prprias despesas do governo,
provoca um efeito multiplicador nos vrios setores da economia.
O ciclo funciona da seguinte forma:
O aumento da renda do setor beneficiado com a injeo de gastos levar
os assalariados e empresrios desse setor a gastarem a sua renda com outros
setores (com alimentao, vesturio, lazer, etc.), que por sua vez gastaro com
outros bens e servios e assim continuamente.
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Comportamento das contas pblicas e financiamento do dficit
pblico no Brasil
O comportamento das contas pblicas no pas tem se comportado de forma
relativamente positiva. Com o conjunto de medidas tomadas pelo governo federal e
pelo Banco Central aps a grave crise financeira vivida no fim dos anos de
1998/1999, dentre as quais o estabelecimento da delimitao dos saldos de
resultado primrio das contas pblicas em relao ao total do Produto Interno Bruto
PIB, o regime de metas de inflao, assim como a promulgao de Lei de
Responsabilidade Fiscal, o que pode, aos poucos, especialmente a partir da metade
do primeiro mandato do Presidente Lula, reorientar a formao da dvida pblica a
partir das sucessivas ocorrncias de dficits.
O estabelecimento de metas de cumprimento de resultado primrio positivo
(supervit) em percentual do PIB, capacitou o governo a gerar saldos para
pagamentos cada vez maiores dos juros da dvida (resultado operacional),
diminuindo evoluo da dvida pblica.
O regime de metas de inflao funcionou e ainda funciona com um parmetro
para estabelecimento de nveis mximos de variao dos preos no pas. Essa
poltica tendeu a reduzir a necessidade de subida das taxas de juros pelo Banco
Central, via apenas a sua sinalizao de que, caso ocorressem picos inflacionrios,
a autoridade monetria encontrar-se-ia disposta a elevar a taxa de juros. O resultado
da poltica embasa-se apenas na confiana da ao do Bacen, quando necessrio,
reduzindo assim a necessidade da subida dos juros.
Pela anlise das contas pblicas, a elevao dos juros tende a aumentar as
necessidades de financiamento do setor pblico sob o conceito operacional e
conseqentemente nominal, diminuindo a capacidade do governo de realizar
polticas de estmulo ao crescimento via investimentos pblicos.
Finalmente, a promulgao da Lei de Responsabilidade Fiscal, que
estabeleceu norma de Finanas Pblicas voltadas para a responsabilidade na
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gesto fiscal, procurou promover sensveis melhoras nas contas pblicas e
conseqente diminuio de dficits via preveno de risco e desvios capazes de
afetar o equilbrio das contas, especialmente atravs do cumprimento de metas de
resultado de receitas e despesas.
No se pode afirmar que essa srie de medidas impediu por completo o
crescimento da dvida pblica, haja vista a srie de polticas assistencialistas
implementadas pelo governo central, bem como as turbulncias sofridas pelo pas
advindas do exterior. No obstante, verifica-se a tendncia da diminuio das NFSP
no conceito nominal em relao ao PIB, passando de cerca de 10% em 2002 para
cerca de 2% em 2007.
6. Poltica Monetria
A poltica monetria exercida pelo Banco Central, que procura suprir de
moeda a economia como forma de dar lastro s negociaes realizadas no mercado
de bens e servios, representado pela curva IS.
A curva LM (liquidez monetria) representa as polticas de aumentos e
diminuies de oferta de moeda na economia realizadas pela autoridade monetria.
No mercado monetrio o equilbrio se d quando a oferta de moeda igual
demanda por moeda.
O aumento da oferta de moeda representado pela colocao de mais
dinheiro na economia para circulao, sendo o prprio ato de colocao realizado
pela autoridade monetria, no nosso pas, o Banco Central.
O aumento da oferta monetria exgeno, ou seja, no depende de nenhuma
outra varivel, mas to somente o livre arbtrio do BACEN.
Vejamos o grfico abaixo:
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M i A oferta de moeda
independente (exgena).
M
De forma contrria, a demanda por moeda dependente de 2 fatores, a taxa
de juros e da renda dos indivduos.
Esta peculiaridade se explica porqu, se considerarmos que sempre podemos
obter um rendimento (juros) se aplicarmos os nossos recursos financeiros, passa a
existir um custo (custo de oportunidade) de reteno dessa moeda em mos. Este
custo maior a cada vez que a taxa de juros da economia suba.
O mesmo raciocnio vlido para a queda nos juros, que acabar por
estimular a reteno de moeda nas mos das famlias e o seu uso atravs do
consumo de bens e servios.
Conforme o grfico abaixo, a demanda por moeda possui uma relao
inversa com a taxa de juros.
i A demanda por moeda dependente dos
2Y juros (i) e da renda (Y).
Y1
M
Algumas caractersticas da demanda por moeda:
A demanda por moeda pode ser devida a fatores especficos, tais como:
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9 Motivo transao: Para a compra de bens e servios;
9 Motivo precauo: Para o caso de imprevistos;
9 Motivo especulao: Para a realizao de aplicaes financeiras
Uma vez que tenhamos definido os determinantes da oferta e da demanda
por moeda, podemos caracterizar o equilbrio no mercado monetrio, onde a oferta
de moeda ser igual demanda por moeda a um determinado nvel de equilbrio de
taxas de juros.
i
I1
M No equilbrio, a oferta de moeda igual
demanda por moeda a um determinado
nvel de taxa de juros.
L, M
As alteraes na oferta de moeda
Importa-nos saber como a autoridade monetria pode mexer no equilbrio entre
a oferta e a demanda por moeda.
Um dos instrumentos utilizados pelo Banco Central na conduo da poltica
monetria so os chamados ttulos pblicos6, instrumento que funciona da seguinte
forma:
9 Imaginemos que existam muitas pessoas querendo comprar um numero
limitado de bens e servios. Como a oferta de bens e inferior a
demanda, acaba por ocorrer um aumento no preo desses bens;
9 A colocao dos ttulos pblicos a retirada da economia de dinheiro
que est circulando.
6 Tratam-se dos ttulos emitidos pelo Tesouro Nacional mas colocados no mercado pelo Banco Central.
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9 A operacionalizao de colocao dos ttulos se d mediante o
pagamento de juros para o poupador dos recursos, de forma que este
aceite entregar o dinheiro hoje, recebendo em troca o valor do dinheiro
emprestado mais os juros.
Obs.: importante considerarmos que a operacionalizao da poltica de colocao de ttulos
pblicos no ocorre entre a autoridade monetria e o cidado. Existe o Banco (investidor)
responsvel pela guarda dos recursos dos poupadores, que aceita participar da transao.
De forma inversa venda, a recompra ou retirada de ttulos pertencentes aos
investidores caracteriza a injeo de moeda na economia.
Quando o Banco Central coloca mais dinheiro na economia (recompra de
ttulos) isto provoca um excesso dos chamados fundos emprestveis, trazendo
como conseqncia a queda dos juros. Da outra parte, quando ocorre um
enxugamento dos fundos emprestveis (colocao de ttulos e reteno de dinheiro
nas mos da autoridade monetria), ocorre uma subida dos juros, em decorrncia da
escassez de fundos emprestveis.
As variaes da taxa de juros ocorrem, nesse caso, simplesmente pelo
processo de oferta e demanda de fundos (emprstimos) na economia.
i
I1
1M M2 A recompra de ttulos pelo Banco
Central leva a um aumento da oferta
de moeda disponvel na economia e
a uma conseqente queda na taxa
de juros.
L, M
A curva LM
Dentro do mercado monetrio ainda encontramos outra forma de variao na
relao demanda X oferta por moeda.
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As variaes positivas na renda (pessoas ganham mais) provocam a busca
(maior demanda) por moeda, elevando as taxas de juros do mercado, uma vez que a
oferta de moeda mantida constante pelo Banco Central.
Dessa constatao, podemos concluir que a renda e os juros variam na
mesma direo, possuindo assim uma relao direta.
Quando a renda sobe, a taxa de juros tambm sobe. Quando a renda cai, a
taxa de juros tambm cai.
Esta dinmica caracteriza a chamada curva LM, que demonstra todos os
pontos existentes entre as diversas combinaes de nveis de renda e de taxas de
juros.
i
LM
Y (Produo = Q)
Podemos derivar a curva LM a partir das equaes de Demanda por moeda e
de Oferta por Moeda.
Ms = 200 (oferta de moeda)
Mt = 0,25 Y (demanda de moeda para precauo e transao)
Me = 50 - 200 i (demanda de moeda por especulao)
O equilbrio do lado Monetrio dado por:
Ms = Md
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Sendo Md = Mt + Me 200 = 0,25 Y+ 50-200i 0,25 Y = 150 + 200i
Y = 600+800i
O lado real e o lado monetrio da economia sem o setor externo: Curvas IS e LM
Podemos representar graficamente o equilbrio geral da Economia, situao
onde o mercado de bens e servios e o mercado monetrio esto em equilbrio.
i
i1
Equilbrio
LM
IS
1Y Y (Produo = Q)
A taxa de juros (i1) demonstra o equilbrio no mercado monetrio e no
mercado real ao nvel de renda Y1.
Podemos demonstrar este resultado em nmeros, conforme o exerccio abaixo:
C = 90 + 0,625 Y (funo consumo)
I = 150 - 100 i (funo demanda de investimentos)
G = 0
X = 0
M = 0
Ms = 180 (oferta de moeda)
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Mt = 0,25 Y (demanda de moeda por transaes e por precauo)
Me = 50 - 200 i (demanda especulativa de moeda)
a) Equilbrio Monetrio: Ms = Mt + Me
180 = 0,25 Y + 50 - 200 i 200 i = 0,25 Y - 130 (/2)
100i = 0,125Y - 65
b) Equilbrio no mercado de bens e servios
Y = C + I + G + X - M
Y = 90 + 0,625 Y + 150 - 100 i + 0
Y - 0,625 Y = 90 + 150 - 100i + 0 0,375 Y = 240 - 100 i
100 i = 240 0,375 Y
c) Resolvendo as duas equaes simultaneamente:
100 i = 240 - 0,375 Y 100i= 0,125Y - 65 240 0,375Y = 0,125Y - 65
Y = 610
Substituindo-se a renda Y = 610 nas equaes IS ou LM, teremos:
Taxa de Juros de Equilbrio:
100 i = 0,125 Y - 65 100 i = 0,125*(610) - 65
100 i = 11,25 = i = 11,25%
Nvel de Investimento de Equilbrio:
I = 150 - 100 i
I = 150 - 100(0,1125) I = 138,75 (Com uma taxa alta de juros, no vale a pena
investir)
Nvel de Consumo de Equilbrio:
C = 90 + 0,625 Y C = 90 + 0,625 (610) C = 471,25
Demanda de Moeda de Equilbrio:
Md = Mt + Me
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Mt = 0,25 Y Mt = 152,50
Me = 50 - 200 i
Me = 50 - 200(0,1125) Me = 27,5
Md = 152,50 + 27,5 Md = 180
Polticas monetria, fiscal e seus instrumentos
Poltica Monetria
No intuito de estimular a economia, o Banco Central utiliza diversos
instrumentos de poltica monetria, como a compra e venda de ttulos pblicos,
tambm chamados de operaes de mercado aberto (open market), o compulsrio
sobre os depsitos de valores realizados nos bancos, e o redesconto.
As operaes de Mercado Aberto (Open Market)
A recompra de ttulos pblicos consiste em aumentar a oferta de moeda
na economia, o que, conforme vimos, resulta numa diminuio das taxas de juros.
A diminuio dos juros estimula o aumento dos investimentos das empresas,
gerando maiores gastos com a compra de bens de capital, provocando o aumento
na oferta de bens e servios.
O aumento de bens ofertados estimula o consumo, tanto pela maior
disponibilidade destes, como tambm porque uma vez que os juros estejam mais
baixos, maior ser o interesse do poupador em gastar os seus recursos ao invs de
poupar.
Todo o aumento baseado no multiplicador keynesiano, calculado pela
sensibilidade do investimento as variaes nas taxas de juros.
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O resultado de uma poltica monetria expansionista pode ser vista a partir
do grfico abaixo.
Equilbrio inicial
i LM1
i1
I2
LM2
Equilbrio final
Um aumento da disponibilidade de moeda
estimula os investimentos e o consumo,
trazendo como resultado final o aumento da
demanda agregada em um nvel de taxa de
IS juros mais baixo.
1Y Y2
Y (Produo = Q)
Existe, no entanto, uma argumentao contrria eficcia da poltica
monetria para a expanso na renda da economia. Trata-se da explicao
keynesiana denominada armadilha da liquidez. Para Keynes, uma vez que a
economia esteja em depresso e o nvel de taxa de juros esteja muito baixo, e, por
conseqncia, as pessoas j estejam retendo moeda em suas mos, o resultado
seria o no aumento do investimento e do consumo em conseqncia do
estmulo gerado pela poltica monetria.
i
i1
I2
LM1
LM2
IS
LM2
O aumento da oferta de moeda
nada causa ao produto, uma vez
que os juros esto muito baixos, o
que por si s desestimula o
investimento das empresas e o
consumo.
Y Y (Produo = Q)
Poltica Fiscal
O aumento das despesas via gastos pblicos (G), ou diminuio dos impostos
(T), so polticas defendidas pelos keynesianos como a melhor forma de gerar
resultados positivos sobre o aumento da renda da economia.
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De acordo com o modelo IS-LM, uma poltica fiscal expansionista tem os
efeitos de aumentar a renda e a taxa de juros, enquanto que a poltica contracionista
tem o objetivo de diminuir a renda e os juros.
A poltica fiscal expansionista desloca a curva IS para a direita, conforme o
grfico abaixo:
i LM1
I2
i1
IS2
Um aumento dos gastos do governo (G)
estimula a demanda agregada, aumentando
tambm as taxas de juros. IS1
1Y Y2
Y (Produo = Q)
O motivo do aumento dos juros fcil de ser entendido. Como o Banco Central
no alterou a oferta de moeda na economia, a demanda por moeda acaba por
aumentar as taxas de juros, uma vez que as despesas do governo aumentam as
trocas, diminuindo os saldos de aplicaes financeiras. Esse conceito e a prpria
definio do equilbrio do lado monetrio da economia.
O efeito contrrio da poltica de aumento dos gastos governamentais o de
que o aumento dos juros provocar uma diminuio do nvel de investimento,
acarretando a diminuio dos impactos positivos do multiplicador dos gastos. Esse
efeito conhecido como crowding-out, ou seja, a expulso do setor privado
diante de poltica de aumento dos gastos governamentais.
A eficcia da poltica fiscal pode se dar principalmente em perodos de grande
recesso econmica. Para os keynesianos, o aumento dos gastos do governo
extremamente eficaz, pois, diante de uma recesso, quando as taxas de juros so
muito baixas, aumentos nos gastos (G) provocaro o aumento da renda e do
emprego, no prejudicando os investimentos.
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i
i1
I2
IS1
LM
IS2
O aumento nos gastos do governo
gera resultado direto na renda da
economia, uma vez que existe alta
liquidez, o que faz com que os juros
no subam.
1Y Y2
Y (Produo = Q)
Diferentemente da viso keynesiana, para os chamados economistas
clssicos, o efeito do aumento dos gastos do governo no eficaz para estimular o
crescimento da renda, gerando resultados apenas sobre o aumento dos juros. Essa
argumentao parte do princpio de que os juros j se encontram em um patamar
alto, tornando o mercado de demanda por moeda ilquido. Esse entendimento e
conhecido como caso clssico.
Uma vez que existe pouca oferta de moeda no mercado, os aumentos nos
gastos sero contrabalanceados pelo aumento ainda maior dos juros, resultando na
queda do investimento (dependente dos juros) e tornando nulo o efeito multiplicador
dos gastos do governo.
LM
i
i1
I2
IS1
Y Y (Produo = Q)
A interao entre as polticas Monetria e Fiscal
As polticas monetria e fiscal so realizadas de forma integrada pelo governo,
principalmente nos pases onde o Banco Central, responsvel pela conduo da
poltica monetria, no independente.
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Dentre os casos por ns apresentados, podemos ilustrar a interao das
polticas de seguinte forma:
Imaginemos que o governo resolva expandir os seus gastos para aumentar o
nvel de emprego. Como resultado, verificamos que esta poltica fiscal gerar o
aumento das taxas de juros, uma vez que a demanda por moeda aumentar. Neste
caso, pode o Banco Central intervir atravs de uma poltica monetria que expanda
a oferta de moeda, evitando o aumento dos juros.
Este exemplo levar a economia a seguinte situao.
i
IS1
IS2
LM1
LM2
i1
1Y Y2
Y (Produo = Q)
O governo aumentar os seus gastos (G) gerando o aumento da demanda
agregada (Y). Esta poltica leva ao aumento dos juros que, no entanto, ser
compensado pelo aumento da oferta de moeda pelo Banco Central (Ms). Uma vez
que ocorra o aumento da oferta de moeda, os juros no sofreram presso
ascendente, de forma que o efeito do multiplicador via gastos(G) no seja
minimizado pela queda dos investimentos.
Relao entre taxas de juros, inflao, resultado fiscal e nvel
de atividade
Este ponto do edital aborda as diversas inter-relaes existentes entre a
poltica fiscal exercida pelo governo, a poltica monetria exercida pelo Banco
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Central, e os resultados sobre os nveis de taxa de juros, de inflao e do
crescimento da atividade econmica, traduzida no nvel de atividade.
A correta mensurao e interpretao destes pontos, exige o conhecimento e
comportamento da relao existente entre a oferta e a demanda agregada da
economia. Conforme veremos a seguir, a oferta agregada representada pelo total
de bens e servios oferecidos pelas empresas, tendo como uma das principais
variveis impactantes, o salrio oferecido aos trabalhadores, j que sem estes, as
empresas no conseguiram produzir.
As decises salariais esto associadas s perdas ocasionadas pela subida
dos preos, o que nos remete a necessidade de compreenso dos conceitos
relativos inflao e suas vertentes.
Assim sendo, iniciamos a anlise deste ponto entendendo a relao existente
entre a oferta e a demanda agregada.
A Oferta e a Demanda Agregada
A economia de um pas est sujeita a flutuaes no emprego, no produto e
nos nveis de inflao. O governo, representado pelos agentes intervenientes, toma
medidas para promover a estabilizao do processo econmico e manter nveis altos
de emprego.
A forma pela qual o governo age traz conseqncias diretas e indiretas sobre
os chamados agregados econmicos.
A oferta agregada da economia
Oferta agregada a quantidade total de produo que as empresas e as
famlias resolvem fornecer para um determinado padro de preos e salrios. As
empresas decidem quanto querem produzir para maximizar os lucros, levando em
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conta o preo do produto, o custo dos insumos (mo-de-obra, matrias primas), o
estoque de capital e a tecnologia disponvel para a produo. J as famlias tambm
tomam uma deciso de oferta: quanto trabalho esto dispostas a oferecer com base
no nvel real de salrio.
A funo de produo
As economias so compostas por um grande nmero de empresas que usam
capital (K), trabalho (L) e tecnologia (t) para gerar uma quantidade de produo
chamada aqui por ns de (Q). O capital representado pelas fbricas, mquinas e
pelo estoque de mercadorias. O trabalho em si a mo-de-obra disponvel s
empresas. Temos ainda a tecnologia, responsvel por avanos em termos de
rendimento no processo de produo.
Em nossa anlise inicial consideraremos um perodo curto de tempo, curto
prazo, perodo em que a tecnologia empregada e o estoque e capital so ditos
constantes. O nico insumo varivel o trabalho.
Vejamos o grfico abaixo:
Q
Q2 Q1
L1 L2 L
Observe que a produo das empresas aumenta na medida em que se
acrescentam maiores quantidades de empregados. No entanto, verificamos que esta
produo cresce a valores decrescentes, ou seja, para cada unidade adicional de
trabalho, esta contribui menos que a anterior para a produo. Isso ocorre
simplesmente porque, no curto prazo, o estoque de capital (mquinas, instalaes),
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e mesmo a tecnologia, so constantes, no variam para cada mo de obra a mais
contratada.
Na economia esta caracterstica chamada de LEI DOS RENDIMENTOS
MARGINAIS DECRESCENTES, ou seja, para cada unidade a mais de trabalho,
menos ela contribui para o crescimento da produo e, conseqentemente, para a
oferta agregada.
O nvel de emprego, os salrios, a Oferta Agregada e a teoria Clssica
Dentro da teoria econmica encontramos duas vertentes na anlise da oferta
agregada. A teoria clssica afirma que quando a economia est em equilbrio, esta
apresenta pleno emprego de recursos (trabalhadores empregados, capacidade
produtiva ao mximo), o que quer dizer que toda a oferta agregada demandada
pelos consumidores.
Dessa caracterstica, depreende-se que no exista desemprego involuntrio,
ou seja, todos aqueles que desejam trabalhar esto trabalhando.
O nvel de emprego da economia definido no mercado de trabalho, onde, de
um lado, temos a oferta de trabalho pelas famlias (On) e, do outro lado, a demanda
de trabalho pelas empresas (Dn).
O balizador das decises das empresas e das famlias seria o salrio (W),
que, quanto mais alto, mais interessante se torna para as famlias e menos para as
empresas. Da mesma forma, quanto mais baixos os salrios, menor o interesse das
famlias em ofertar trabalho e maiores os interesses das empresas.
De acordo com a teoria clssica, que considera a existncia de pleno
emprego, ou seja, sem a existncia de desemprego dito involuntrio, o que definir a
oferta agregada ser o salrio real (W/P), estabelecido nas negociaes entre
empresas e famlias.
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importante ressalvarmos que estamos falando de salrio real, de forma que,
para calcul-lo, necessitamos descontar a inflao, representada por um ndice de
preos (P). O salrio real ser dado por (W/P). Dada essa caracterstica, podemos
entender que as variaes nos preos de bens e servios gerariam mudanas na
oferta e na demanda de mo de obra, trazendo conseqncias diretas para a
produo.
Conforme P aumenta, tende a haver um excesso de demanda no mercado de
trabalho, uma vez que os salrios nominais (W) (sem o desconto do ndice de
preos) permanecem inalterados. O resultado provocado pela rigidez salarial
provoca um aumento nos ganhos das empresas, e uma queda no salrio real das
famlias.
No entanto, segundo a teoria clssica, os salrios nominais (W) se ajustam
automaticamente s variaes no nvel de preos, fazendo com que as empresas
no tenham interesse de contratar mais funcionrios, mantendo, por corolrio,
constante o nvel de produo.
Vejamos como ficaria esta situao em grficos:
Q
Obs. 1: A Produo tem como insumo varivel
somente a mo de obra, caracterizando o curto
prazo.
L
W/P
W/P*
nO Obs. 2: De acordo com a teoria clssica, como os salrios nominais ajustam-se automaticamente, os salrios reais esto sempre em equilbrio.
Dn
L* L
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P OA
Obs. 3: Estando os salrios reais sempre em
equilbrio, no haver disposio das empresas
em contratar mais trabalhadores, caracterizando
o pleno emprego e o nvel de produo constante,
onde apenas os preos variam. Veja que a Oferta
agregada vertical.
Q* Q
O nvel de emprego, os salrios e a Oferta Agregada na teoria
keynesiana
Diferentemente da abordagem clssica, a teoria keynesiana diz que os
salrios nominais (W) so rgidos no curto prazo. Dessa forma, uma vez que
ocorram variaes nos preos, o salrio real (W/P) tende a se deteriorar. Um
exemplo bastante ilustrativo pode ser representado pelos contratos de trabalho. Uma
vez que o salrio real est mais baixo, ocorre o maior interesse por parte das
empresas em contratarem mo-de-obra, diminuindo o desemprego.
Raciocnio inverso vlido para o caso de diminuies nos preos dos
produtos, uma vez mantido constante o salrio nominal (W). Essa situao leva a um
aumento do salrio real, estimulando os trabalhadores a oferecerem mais trabalho,
trazendo por conseqncia um aumento do desemprego e queda na produo.
Todas estas explicaes podem ser resumidas pelos grficos abaixo, onde
quedas no salrio real (W/P), promovidas pela subida dos preos, levam as
empresas a demandarem mais trabalho, aumento assim o nvel de emprego e a
oferta agregada. Da mesma forma, aumentos no salrio real (W/P) promovidos
por quedas nos preos, levam as empresas a demandarem menos trabalho,
aumentando o desemprego e diminuindo a oferta agregada.
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W/P
W/P acima do equilbrio
On Obs. 1: O salrio nominal fixo no curto prazo.
Uma vez ocorrida queda nos preos, o salrio
real, o que realmente importa, leva as empresas a
Dn demandarem menos trabalhadores.
L* L
W/P
W/P abaixo do equilbrio
On
Obs. 2: Ocorrida a subida nos preos, o salrio real leva as empresas a demandarem mais trabalhadores.
Dn
L* L
P OA
P2
P1
Obs. 3: De acordo com a teoria keynesiana,
quanto maior forem os preos, menor sero os
salrios reais, o que far com que as empresas
demandem mais trabalhadores e aumentem a
oferta agregada. Veja que a oferta agregada
positivamente inclinada.
Q* Q
Segundo Keynes, ainda existe o chamado caso extremo, onde devido a
problemas denominados de custos de menu (incapacidade da empresa de mudar
os preos de seus produtos nos curto prazo), as empresas so levadas a ofertarem
uma quantidade maior de produo a um preo fixo. Isso se traduziria no grfico em
uma reta horizontal onde os preos estariam constantes e oferta agregada cada vez
maior.
P
Obs. 1: Devido a custo de reajustes nos preos
P
em curto espao de tempo, a produo da
economia ofertada a preos constantes.
Q
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Vejamos os resumos das curvas de oferta agregada:
P OA Caso clssico de oferta agregada.
Devido ao salrio flexvel (W/P), a produo se
mantm constante, no nvel de pleno emprego de
recursos.
Q* Q
Caso keynesiano bsico de oferta agregada.
P2
Como o salrio real (W/P) fixo no curto prazo, P1 variaes nos preos estimulam o aumento da
oferta agregada.
Q* Q
OA Caso keynesiano extremo de oferta agregada.
P A empresa no consegue reajustar os preos no
curto prazo, vendendo os seus produtos a um
preo constante.
Q
As curvas de oferta agregada podem ser explicitadas conforme a frmula
abaixo:
Equao da curva de oferta agregada de curto prazo:
Y = y + a (P Pe) =
Y = Produto efetivo y = Produto Natural ou de pleno emprego P = nvel de preos efetivo
Pe= nvel de preos esperado a = repasse da diferena de preos, sendo a>0
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Vejamos a interpretao da frmula acima:
Conforme a diferena entre o nvel de preos efetivo e o nvel de preos
esperado, maior ou menor ser o produto efetivo da economia. Se os trabalhadores
esperam um determinado nvel de preos (Pe) e fixam um salrio nominal de acordo
com esta expectativa, um nvel de preos efetivo maior, acaba por deprimir os
salrios reais (W/P), resultando em maiores ganhos para as empresas, que assim
contratam mais, aumentando o nvel de produo e emprego no curto prazo.
A demanda agregada da economia
O equilbrio da economia determinado pela interao entre a oferta
agregada e da demanda agregada.
J tendo estudado a oferta agregada e seus fatores determinantes,
necessitamos conhecer um pouco mais da demanda agregada.
Em uma economia fechada, ou seja, sem a presena dos fluxos de comrcio
exterior, a demanda agregada e definida pelas despesas consumo (C), investimento
(I) e gastos governamentais (G). Variaes positivas nos preos dos produtos
desestimulam a demanda por bens e servios, da mesma forma que a diminuio
dos preos estimula a demanda agregada.
Em uma economia aberta, o resultado deve incluir alm das despesas j
mencionadas, as exportaes lquidas, ou seja, (X - M).
Uma vez feita estas consideraes, podemos dizer que a curva de demanda
agregada possui uma relao inversa com o nvel de preos, conforme o grfico
abaixo.
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P A curva de Demanda Agregada negativamente
inclinada, ou seja, quanto maior o nvel de
preos, menor a demanda por bens e servios. DA
Q
O equilbrio entre Oferta e Demanda Agregada
Podemos considerar o aumento da demanda agregada por um dos seus
componentes (C, I, G) mostrando os resultados sobre o equilbrio entre a oferta e a
demanda agregada.
O caso da oferta agregada clssica
P
2P
Caso clssico, a oferta agregada vertical,
1P
conforme vimos anteriormente.
1Q Q
Estmulos na demanda agregada via aumentos dos gastos do