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Contabilidade Geral e Avançada para o ISS SP
Curso de provas comentadas Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa – Aula 00
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO, CURSO E EDITAL ............................................................. 1 PROVA 1 – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – ESPECIALIDADE
CONTABILIDADE – TRT 24ª REGIÃO - 2011 ................................................. 4 PROVA 2 - ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA CONTABILIDADE/TRT 2ª REGIÃO
2008/FCC .............................................................................................. 24 PROVA 3 – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – ESPECIALIDADE
CONTABILIDADE – TRT 4ª REGIÃO – 2011 - FCC ........................................ 39 QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ..................................................... 55
GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA .............................. 65
APRESENTAÇÃO, CURSO E EDITAL
Olá, meus amigos. Como estão?!
É com imenso prazer que estamos aqui para ministrar para vocês um curso de
PROVAS RESOLVIDAS DE CONTABILIDADE FCC para o certame que se aproxima do AUDITOR FISCAL DE TRIBUTOS MUNICIPAIS DO
MUNICÍPIO DE SP.
Como todos já sabem, tivemos no dia 06 de outubro de 2011 a autorização para o provimento de 52 VAGAS imediatas, e cadastro de reserva até o limite
de 120.
Tudo indica que a banca será a FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS. E o que deve
um bom candidato fazer com MUITA antecedência?! Isso, além de estudar (que é o principal) resolver MUITAS PROVAS. E neste intuito surge este curso:
AJUDÁ-LO A ENTENDER (E DETONAR!) A CONTABILIDADE EXPLORADA PELA FCC.
O que podemos dizer, de todas as provas que temos até hoje, é que contabilidade da FCC não é algo extremamente difícil, mas, ultimamente, a
banca vem mostrando certo interesse pelos PRONUNCIAMENTOS TÉCNICOS DO CPC. Isso começou no Fiscal de Rendas do ICMS SP, em 2009. De lá pra
cá, entender os CPCs passou a ser algo quase que essencial para uma preparação sólida em contabilidade. E vamos explorar, também, este lado.
Pois bem. Cumpre-nos, inicialmente, fazer uma pequena apresentação desses
professores que lhes dirigem a fala.
AULA 00: APRESENTAÇÃO/PROVAS COMENTADAS DE
CONTABILIDADE FCC PARA O ISS/SP
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Meu nome é Gabriel Rabelo, sou Auditor Fiscal da Secretaria da Fazenda do
Estado do Espírito Santo, tendo logrado aprovação em primeiro lugar no concurso realizado pelo CESPE, em 2009. Sou professor colaborador de direito
empresarial e contabilidade no sítio do ESTRATÉGIA, já tendo ministrado diversos cursos na área. Também sou professor de contabilidade e direito
empresarial em cursos preparatórios para concursos em Vitória. Sou autor dos livros 1.001 Questões Comentadas de Direito Empresarial – FCC e 1.001
Questões Comentadas de Direito Administrativo – ESAF, este último em co-autoria com a professora Elaine Marsula, ambos publicados pela Editora
Método.
Meu nome é Luciano Rosa, sou formado em Administração de Empresas pela
Faculdade de Economia e Administração – FEA – USP. Possuo 17 anos de experiência em empresas privadas, na área de Controladoria, tendo ocupado os
cargos de Assistente de Auditoria, Analista de Custo, Chefe da Contabilidade Financeira e Controller. Atualmente sou Agente Fiscal de Rendas da Secretaria
da Fazenda do Estado de São Paulo, aprovado no concurso de 2009.
Anteriormente, trabalhei durante 10 anos na Assembléia Legislativa de São Paulo, aprovado em 1º lugar no concurso de 1999, ocupando os cargos de
Agente Técnico Legislativo Especializado – área de finanças, e, em comissão, durante 7 anos, o cargo de Diretor Técnico Legislativo do Serviço Técnico de
Programação Financeira. Sou professor de contabilidade para concursos. Autor de diversos cursos na área de contabilidade.
ALÉM DISSO, ESTAMOS LANÇANDO, JUNTOS UM LIVRO PELA EDITORA MÉTODO CHAMADO CONTABILIDADE AVANÇADA FACILITADA PARA
CONCURSOS – TEORIA E MAIS DE 200 QUESTÕES COMENTADAS, cuja previsão é que esteja nas livrarias em novembro próximo.
Estamos aqui para ajudá-lo no que for preciso na contabilidade, seja geral, seja avançada.
Como funcionará o curso?!
Simples. Trabalharemos através de resoluções de provas comentadas.
Resolveremos aqui 23 PROVAS da banca. Isso mesmo! 23 provas. É muita
coisa. Verão que a contabilidade da FCC não tem mistério desde que estudemos com afinco.
Em cada questão daremos uma revisão teórica sobre o assunto de forma que os leigos também entenderão a questão tal como alguém que já estuda a disciplina
há tempos.
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O cronograma do curso será o seguinte:
AULA DATA PROVAS COMENTADAS DA FCC
Aula 0 - TRT 24a 2011 TRT 4a 2011 TRT 2a 2008 -
Aula 1 30/10/2011 TRF 4a 2010 TRF 1a 2011 TRE/RN 2011 -
Aula 2 06/11/2011 TRT 16 2009 AFRE RO 2010 AFR 2009 SP -
Aula 3 14/11/2011 Bahiagás 2010 TRT 3a 2009 Alesp 2011 -
Aula 4 28/11/2011 TJ AP 2009 INFRAERO 2011 DP SP 2009 -
Aula 5 07/12/2011 AFR SP 2006 TRE AM 2010 INFRAERO 2009 TRE/AL 2010
Aula 6 15/12/2011 TCE GO 2009 ISS SP 2007 PGE RJ 2009 Nossa caixa 2011
Estamos à disposição 24h para sanar quaisquer dúvidas que surjam, bem como
para sugestões, críticas, elogios (também é bom!), e outros assuntos.
Espero que gostem da aula. Bons estudos!
Comecemos...
Gabriel Rabelo e Luciano Rosa.
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PROVA 1 – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – ESPECIALIDADE CONTABILIDADE – TRT 24ª REGIÃO - 2011
1. Em dezembro de 2010, o banco debitou R$ 25.000,00 na conta da empresa
referente a juros sobre empréstimos, tendo enviado o aviso bancário em 5 de janeiro de 2011. Considerando esses juros como único item pendente, o valor
de R$ 25.000,00, na conciliação bancária do mês de dezembro/2010, deverá ser apresentado da seguinte forma:
(A) redução do saldo do extrato.
(B) aumento do saldo do extrato.
(C) aumento do saldo do razão analítico.
(D) redução do saldo do razão analítico.
(E) sem alterações nos saldos do extrato e razão analítico.
Comentários
Trata-se este primeiro exercício de questão que versa sobre conciliação
bancária, tema muito comum quando a banca é a FCC. O que vem a ser a conciliação bancária?
A contabilidade da empresa deve ser registrada em livros que permanecem sob a guarda da própria instituição, como são exemplos o livro diário, o livro razão,
o livro caixa.
Todos os fatos que geram alteração no patrimônio de uma entidade devem
neles ser registrados (entenda-se como patrimônio o conjunto de bens, direitos e obrigações de um ente).
Desse modo, embora a empresa tenha um extrato bancário que registre todas as movimentações ocorridas na “conta bancos”, essa escrituração também deve
ser feita em um livro contábil, chamado livro razão.
Podemos dizer que a escrita contábil que esteja escorreita apresentará
operações idênticas no extrato e também no livro razão, resultando em um mesmo saldo ao final.
Ocorre que, não raras vezes, por algum deslize do banco ou da própria
empresa, alguns fatos contábeis não são registrados por quaisquer das partes (ou por ambas), o que acaba por gerar divergência entre o extrato bancário e o
saldo contábil. Para sanar tal problema devemos nos utilizar da chamada CONCILIAÇÃO BANCÁRIA.
Portanto, resolver um exercício de conciliação bancária exige primeiramente que o concurseiro saiba do que se trata! Conciliação bancária é exatamente o
que explicamos, em lição resumida: AJUSTAR O SALDO DA CONTA BANCOS APRESENTADA NO EXTRATO COM O APRESENTADO NA ESCRITA
CONTÁBIL.
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Suponhamos que damos início à vida de uma empresa. Quando integralizamos
um capital social, no valor de R$ 100.000,00, esse valor poderá ser transferido para o banco. Se assim o fizermos, o extrato bancário registrará um montante
neste valor. O ativo, registrado na contabilidade, também terá este valor na conta bancos conta movimento. Ok! O saldo do extrato confere com o contábil,
nenhum ajuste há que ser feito.
Quando efetuamos o pagamento de uma despesa de aluguel, no valor de R$
5.000,00, o saldo no extrato diminuirá neste valor, nossa escrita contábil também. E assim sucessivamente.
Todas as contas de uma empresa têm seu registro efetuado no livro razão por meio de lançamentos. O livro razão funciona esquematicamente da seguinte
forma:
Razão Analítico (Exemplo)
XPTO Comércio LTda Data: CNPJ: 01.342.575/0001-87 Período:
Conta: Bancos Cta. Movimento - Bradesco S/A
Data Histórico da Operação Débito Crédito Saldo
01.01.2008 Saldo Inicial 1.000,00 D
02.01.2008 Depósito 500,00 1.500,00 D
02.01.2008 Cheque nº 050070 200,00 1.300,00 D
Totais 500,00 200,00 1.300,00 D
Já temos informações suficientes para resolver nossa questão.
Vamos reler o enunciado: “Em dezembro de 2010, o banco debitou R$ 25.000,00 na conta da empresa referente a juros sobre empréstimos, tendo
enviado o aviso bancário em 5 de janeiro de 2011. Considerando esses juros como único item pendente, o valor de R$ 25.000,00, na conciliação bancária do
mês de dezembro/2010, deverá ser apresentado da seguinte forma”.
Primeiro passo. Analisar a operação. Neste caso, o banco debitou R$ 25.000,00 na conta da empresa.
Segundo passo. Identificar onde está o erro. Vejam que o banco realizou o desconto em dezembro, mas a comunicação foi só em janeiro. Portanto, ao fim
de dezembro, o que está apresentando saldo incorreto é a nossa escrita contábil. Ela está com R$ 25.000,00 a mais.
Terceiro passo. Como resolver o problema?! Suponhamos que tínhamos R$ 100.000,00 no banco. Depois de subtraído o valor de R$ 25.000,00, o meu
saldo no banco ficará R$ 75.000,00. Como, todavia, não fora realizado o aviso à empresa, o meu livro razão estará com saldo de R$ 100.000,00, posto que ela
não tem ciência desse desconto. Para acertar, na conciliação, reduziremos este montante, ficando com o saldo contábil no razão de R$ 75.000,00. A
contabilidade então ficará correta.
Certo? A resposta da nossa questão, portanto, é redução do saldo do razão
analítico.
1. Gabarito D.
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2. O princípio contábil que determina que o registro das variações patrimoniais, desde que tecnicamente estimável, deve ser feito mesmo na hipótese de
somente existir razoável certeza de sua ocorrência, é o Princípio da
(A) Continuidade.
(B) Exclusividade.
(C) Oportunidade.
(D) Entidade.
(E) Prudência.
Comentários
A questão versa sobre princípios de contabilidade. Os princípios são regidos
pela Resolução n. 750/1993 do Conselho Federal de Contabilidade. ATENÇÃO! Tivemos alterações recentes nos princípios de contabilidade (Resolução
1.282/2010) e que só agora estão vindo à tona nos concursos. Portanto, vamos tratá-las com cuidado.
As principais alterações são:
PRINCIPAIS ASPECTOS DA RESOLUÇÃO 1.282/2010 DO CFC
1 – Mudança de nomenclatura: os princípios não são mais denominados princípios fundamentais de contabilidade, mas tão-somente princípios
de contabilidade.
2 – Possuíamos 7 princípios, agora são somente 6, a saber: entidade,
continuidade, oportunidade, registro pelo valor original, competência e prudência.
3 – O princípio da atualização monetária foi incorporado ao do registro
pelo valor original.
De restante, tivemos apenas algumas modificações de redações, mas a
essência continua a mesma.
Analisemos um a um os itens da questão:
a) Continuidade.
Segundo o princípio da continuidade, pressupomos que a Entidade continuará
em operação no futuro (continuamente) e, portanto, a mensuração e a
apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância (art. 5º).
O item, portanto, está incorreto.
b) Exclusividade.
Não se trata de princípio contábil. O item, portanto, está incorreto.
c) Oportunidade.
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A questão seria passível de anulação, pois cobrou conceitos da Resolução
750/93 que já não estão mais em vigor. Senão vejamos.
PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE – REDAÇÃO ANTIGA
Art. 6º O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se, simultaneamente, à
tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e das suas mutações, determinando que este seja feito de imediato e com a extensão correta,
independentemente das causas que as originaram.
Parágrafo único – Como resultado da observância do Princípio da
OPORTUNIDADE:
I – desde que tecnicamente estimável, o registro das variações
patrimoniais deve ser feito mesmo na hipótese de somente existir
razoável certeza de sua ocorrência;
Podemos ilustrar esta situação com o seguinte exemplo. Uma empresa está
sendo processada por um cliente que acusa a sociedade de danos morais, com valor da causa de R$ 10.000,00. O cliente já ingressou em juízo e é provável
que a empresa perca a ação. Vejam que há razoável certeza da ocorrência do
evento e ele pode ser tecnicamente estimável. Desse modo, a empresa deve fazer um registro contábil dessa situação (uma provisão, registrando a
obrigação).
Inobstante esse entendimento ainda seja válido, esta parte da Resolução foi
revogada, ganhando o dispositivo nova redação, passando a viger o seguinte texto:
PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE – REDAÇÃO NOVA
Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras
e tempestivas.
Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na
divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade
da informação. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)
A informação contábil ainda necessita ser tempestiva e íntegra. A
tempestividade ajuda de modo consistente na produção de informação para a tomada de decisões acertadas. Quanto mais tempestiva (rápida) uma
informação, mais subjetiva ela se torna, uma vez que a rápida produção de uma informação contábil pode estar desprovida de elementos que provem sua
integridade e confiabilidade, e vice-versa. Por exemplo, uma S/A anuncia a venda de uma filial no momento em seguida à realização da venda (logo após
fechar o negócio). O anúncio é feito verbalmente na imprensa, sem explicar pormenorizadamente a situação. Essa informação foi tempestiva (até demais),
porém, não foi íntegra, pois não se pautou em documentos, notas, contratos de, que são documentos que garantiriam a fidedignidade da informação
contábil. Por isso, deve-se fazer a ponderação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação.
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Este foi o gabarito da questão.
d) Entidade
O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios
existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com
ou sem fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade
ou instituição.
O princípio da entidade é basicamente considerar o patrimônio dos
sócios como distinto como do patrimônio da sociedade (autonomia patrimonial).
Este, portanto, não é o gabarito da questão.
e) Prudência
O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os
componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações
patrimoniais que alterem o patrimônio líquido (Resolução 750/93, art. 10).
2. Gabarito C.
3. Aumentam os saldos das contas de Patrimônio Líquido, Ativo e Passivo, os
lançamentos nelas efetuados que representem, respectivamente:
(A) Crédito, Débito e Crédito.
(B) Crédito, Crédito e Débito.
(C) Débito, Débito e Crédito.
(D) Débito, Crédito e Débito.
(E) Crédito, Crédito e Crédito.
Comentários
Falaremos agora sobre débito e crédito, assuntos de contabilidade básica.
Débito
Não confundir a palavra DÉBITO da linguagem comum com a utilizada na terminologia contábil. Assim, esqueça o entendimento da vala comum de que
débito = dívida!
As contas patrimoniais podem ser representadas através de um “T”, o lado
esquerdo é sempre o lado do débito, na terminologia contábil. Assim, por exemplo...
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Conta Caixa
Lado do débito Lado do crédito
Gravem isso. Os registros contábeis são feitos nestes “T” e o lado do débito é o
lado esquerdo. O outro lado só pode ser o do crédito.
Crédito
Não podemos também confundir a palavra crédito usada na linguagem comum com o sentido com quem é usada na contabilidade.
Gravem (regra geral):
IMPORTANTE!!! As contas do ativo e as de despesa têm natureza devedora
As contas do passivo, de patrimônio líquido e as de receita têm
natureza credora.
Assim, se a conta caixa aumentar em R$ 500, por causa de um recebimento de
vendas a prazo, teremos a seguinte alteração no nosso “T”, chamado também
de razonete.
Conta Caixa
500,00
Como as contas do ativo (bens e direitos) têm natureza devedora, elas
aumentam quando lançamos ali, no lado do débito.
Se, contudo, tivéssemos a integralização de capital social (patrimônio líquido)
no valor de R$ 1.000,00, o razonete ficaria assim:
Capital Social
1.000,00
Ainda, se tivéssemos o registro de uma compra a prazo, com fornecedores a pagar, no valor de R$ 10.000,00, o registro acarretaria no passivo (ignorando a
contrapartida) o seguinte lançamento:
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Fornecedores
10.000,00
O gabarito da nossa questão, portanto, é a letra A.
3. Gabarito A.
4. Contas cujos saldos no Balanço Patrimonial são devedores:
(A) Capital Social Subscrito e ICMS a Recolher.
(B) Fornecedores e Honorários a Pagar.
(C) Duplicatas a Receber e Móveis e Utensílios.
(D) Lucros Acumulados e Contas a Pagar.
(E) Duplicatas a Pagar e Aluguéis a Pagar.
Comentários
Lembrem-se do que dissemos na questão anterior:
IMPORTANTE!!!
As contas do ativo e as de despesa têm natureza devedora As contas do passivo, de patrimônio líquido e as de receita têm
natureza credora.
Sabemos que as contas do ativo são as representativas de bens e direitos
dentro da empresa. As contas de patrimônio líquido são as que representam o patrimônio próprio empregado nas atividades. Por seu turno, as contas de
passivo exigível são as que apresentam os capitais de terceiros empregados na atividade empresarial.
Assim, temos o seguinte:
Ativo = bens e direitos Saldo devedor.
Passivo exigível = obrigações Saldo credor.
Patrimônio líquido = capital próprio Saldo credor.
Não podemos confundir as expressões saldo devedor e saldo credor,
respectivamente, com as palavras débito (dívida) e crédito (direito) usadas em nosso cotidiano.
Algumas pessoas se confundem, e estranham, pois as contas do ativo, representativas de bens e direitos, aumentam a débito. E as contas de
passivo, representativas de obrigações, e patrimônio líquido (capital
próprio) aumentam a crédito.
Agora, classifiquemos todas as contas apresentadas na questão.
(A) Capital Social Subscrito e ICMS a Recolher.
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Capital social subscrito Conta de patrimônio líquido. Representa o capital
empregado pelos sócios às atividades da empresa. Dissemos que as contas de PL têm natureza credora.
ICMS a Recolher Representa uma obrigação da empresa junto à Fazenda Estadual. Logo, é uma obrigação. Obrigação é conta de passivo exigível,
portanto, natureza credora.
A letra a, portanto, está incorreta.
(B) Fornecedores e Honorários a Pagar.
Fornecedores Representa uma obrigação da empresa junto a fornecedores,
pela compra de mercadorias, matéria-prima e afins. Logo, é uma obrigação. Obrigação é conta de passivo exigível, portanto, natureza credora.
Honorários a pagar Representa uma obrigação da empresa com terceiros. Logo, é uma obrigação. Obrigação é conta de passivo exigível, portanto,
natureza credora.
A letra b, portanto, está incorreta.
(C) Duplicatas a Receber e Móveis e Utensílios.
Duplicatas a receber Representa um direito da empresa, a ser recebido, por
conta de emissão de duplicatas em alguma transação mercantil que tenha realizado. As contas de direito são classificadas no ativo. Dissemos que as
contas do ativo, em regra, têm natureza devedora.
Móveis e utensílios Representam móveis e utensílios da empresa que são
utilizados nas atividades. São bens. Os bens são contas de ativo. Dissemos que as contas do ativo, em regra, têm natureza devedora.
A letra c é, pois, o gabarito da nossa questão.
(D) Lucros Acumulados e Contas a Pagar.
Lucros acumulados É uma conta de patrimônio líquido. Esta conta não pode mais constar no Balanço Patrimonial, quando do fechamento da
demonstração. Não é mais possível, com as mudanças recentes advindas na contabilidade, que a empresa retenha lucros injustificadamente. Alguns autores
afirmam, erroneamente, que esta conta deixou de existir. Tal afirmação está inconsistente, posto que a conta lucros acumulados pode ser utilizada
temporariamente (antes do fechamento do balanço), sendo que a partir dela distribuímos os lucros do exercício as mais diversas finalidades. Sendo uma
conta de PL, o seu saldo é credor. Ressalve-se, contudo, que a conta prejuízos acumulados diminui o PL, tendo, assim, saldo devedor.
Contas a pagar Representam obrigações da empresa perante terceiros.
Podem ser contas das mais diversas naturezas. Logo, é uma obrigação. Obrigação é conta de passivo exigível, portanto, natureza credora.
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A letra d está incorreta.
(E) Duplicatas a Pagar e Aluguéis a Pagar.
Ambas, por conterem o termo “a pagar”, perfazem obrigação uma obrigação da empresa, sendo contas de ativo, de natureza credora.
A letra e está incorreta.
4. Gabarito C.
5. Os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa, ou exercidos com essa finalidade,
inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens, devem ser classificados no grupo de
contas:
(A) Ativo Imobilizado.
(B) Disponível.
(C) Ativo Intangível.
(D) Investimentos.
(E) Estoques.
Comentários
O ativo (bens e direitos da empresa) se subdivide basicamente em: circulante e não circulante.
O ativo circulante é subdivido em:
1 – disponibilidades;
2 - direitos realizáveis no curso do exercício social subseqüente;
3 - aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte.
As disponibilidades são elementos que representam dinheiro ou nele possam ser convertidos de forma imediata, como a conta caixa, bancos conta
movimento, aplicações financeiras de liquidez imediata.
Os direitos realizáveis no curso do exercício social subseqüente podem ser reais ou pessoais. Os reais representam os bens (estoques de matérias-primas,
produtos acabados, em elaboração). Os pessoais representam os direitos (clientes, adiantamentos a fornecedores, ICMS e recuperar). Essa realização se
dá pelo consumo ou venda destes bens.
As aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte (também
chamadas despesas antecipadas) são despesas que foram pagas pela empresa com antecedência. Por exemplo, se eu pago uma despesa de seguro, em
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01.12.2010, que se refere ao exercício de 2011, no valor de R$ 1.200,00,
registrarei o fato como despesa antecipada, do seguinte modo:
D – Seguros a vencer 1.200,00 (+ Ativo Circulante)
C – Caixa 1.200,00 (- Ativo Circulante)
Assim, já em 2011, mês a mês, no período a que se referir a parcela do seguro,
iremos lançar:
D – Despesas de seguros 100,00 (- Resultado = Despesa)
C – Seguros a vencer 100,00 (- Ativo)
Já o ativo não circulante, por seu turno, é composto por:
1 – ativo não circulante realizável a longo prazo (direitos que vençam após o término do exercício social subseqüente. Por exemplo, se realizo uma venda
em 10.12.2010 para recebimento em 31.05.2012. O balanço patrimonial é apresentado em 31.12.2010. Todas os direitos que vencerem a partir de
01.01.2012 serão considerados de longo prazo);
2 – investimentos (são, principalmente: participações em outras sociedades e
direito de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se
destinem á manutenção da atividade da companhia ou da empresa – tais como obras de arte e imóveis para aluguel);
3 – imobilizado;
4 – intangível (Os intangíveis são aqueles ativos que não têm existência física.
Como exemplos de intangíveis, temos os direitos de exploração de serviços públicos mediante concessão ou permissão do Poder Público, marcas e
patentes, fundo de comércio adquirido).
Não discorremos sobre as características do ativo não circulante imobilizado,
que é o gabarito da nossa questão. Passamos a explicá-lo pormenorizadamente.
Segundo a Lei 6.404/76:
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:
IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à
manutenção das atividades da companhia ou da
empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que
transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens; (Redação dada pela Lei nº
11.638,de 2007)
Assinale-se que são do imobilizado apenas bens corpóreos destinados à
manutenção das atividades da companhia ou exercidos com essa finalidade. Os incorpóreos passam a integrar o ativo intangível. Exemplos de ANC -
Imobilizado: terrenos, edificações, máquinas e equipamentos.
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Integram o custo de aquisição do imobilizado os gastos com matéria-prima,
fretes, seguros, comissões, desembaraço, impostos não recuperáveis, carga, descarga, montagem. Excluem-se os tributos recuperáveis.
Com base no item IV, do artigo 179 da Lei 6.404/76 exposto acima, percebemos que o nosso gabarito é a LETRA A.
Faz-se necessário somente mais uma explicação. Sobre o trecho destacado da questão: “Os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à
manutenção das atividades da companhia ou da empresa, ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à
companhia os benefícios, riscos e controle desses bens, devem ser classificados no grupo de contas (...)”
Trata-se esta última parte de bens que não são de propriedade da empresa juridicamente, como os bens objetos de leasing.
O leasing, basicamente, pode ser de dois tipos: operacional e financeiro. A diferença entre um e outro reside principalmente no seguinte critério: o
leasing transfere ou não os riscos e benefícios inerentes à propriedade.
Se transferir, será classificado como leasing financeiro. Se não, como leasing operacional. E como saberemos se há ou não transferência dos riscos e
benefícios? O tema está prescrito no CPC 06, que dispõe sobre o arrendamento mercantil.
Se os riscos e benefícios ficam com o arrendatário Arrendamento financeiro.
Se os riscos e benefícios ficam com o arrendador Arrendamento operacional.
Para se caracterizar um arrendamento financeiro, basicamente cinco
características podem aparecer:
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DE UM ARRENDAMENTO FINANCEIRO
1) Transfere-se a propriedade ao final do contrato;
2) Valor residual mais baixo que o valor justo;
3) O prazo do arrendamento refere-se à maior parte da vida útil do ativo
4) O valor presente dos pagamentos totaliza substancialmente o todo o valor justo do ativo;
5) O ativo arrendado é de tal forma especializado, que apenas o arrendatário
pode usá-lo sem grandes modificações.
Memorize os 5 itens acima. Não são difíceis, e uma questão pode não
mencionar se o arrendamento é operacional ou financeiro, mas indicar uma ou mais das características acima.
Vamos exemplificar?
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“A Cia ABC contratou o arrendamento de uma máquina construída
especialmente para ser usada nas suas operações” (Arrendamento financeiro – item “5” acima).
“Um veículo foi arrendado por dois anos, com valor residual segundo a tabela da Revista 4 Rodas do final do contrato”. Supondo que a tabela da Revista 4
Rodas represente o valor justo do veículo, será arrendamento operacional (Não atende o item 2).
“Um veículo foi arrendado por dois anos, com valor residual de 500 reais”. Nesse caso, teremos arrendamento financeiro, pois o valor residual é mais
baixo que o valor justo (nenhum veículo com dois anos de uso custa apenas 500 reais).
Tudo certo? E qual a importância de saber isso? Aí está a questão. A depender do tipo de arrendamento, teremos tratamentos contábeis distintos. E, para sua
sorte, esses tratamentos são cobrados em concurso.
GRAVE-SE!!!! O BEM OBJETO DE LEASING FINANCEIRO DEVE SER
RECONHECIDO NO BALANÇO PATRIMONIAL DO ARRENDATÁRIO COMO
ATIVO!
Exemplo: Arrendamento mercantil de um veículo, com valor justo de 20.000, o
qual será pago em 4 prestações anuais de 6.000, sem valor residual. Nesse caso, a contabilização inicial seria:
D – Veículos................................................................20.000
D – Juros a transcorrer (Redutora do passivo) ............4.000 C – Arrendamento mercantil a pagar (Passivo)............24.000
GRAVE-SE!!! O BEM OBJETO DE LEASING OPERACIONAL NÃO DEVE SER
RECONHECIDO NO BALANÇO PATRIMONIAL DO ARRENDATÁRIO COMO ATIVO!
Exemplo: Vamos supor que uma empresa faça um arrendamento operacional
de um veículo pelo prazo de dois anos, pagando o valor de 500 reais por mês.
Nesse caso, a contabilização fica assim:
D – Despesa de arrendamento...................500 C – Bancos..................................................500
Portanto, o gabarito da nossa questão é a letra A.
5. Gabarito A.
6. São ativos intangíveis:
(A) participações societárias.
(B) construções em andamentos e bibliotecas.
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(C) ferramentas, computadores, máquinas e equipamentos.
(D) ações e arrendamento mercantil.
(E) marcas, patentes e fundo de comércio.
Comentários
O que são ativos intangíveis? A resposta é simples. Podemos dizer, em linguajar
simples, que os intangíveis SÃO AQUELES ATIVOS QUE NÃO TÊM EXISTÊNCIA FÍSICA. Como exemplos de intangíveis, temos os direitos de
exploração de serviços públicos mediante concessão ou permissão do Poder Público, marcas e patentes, fundo de comércio adquirido.
Segundo a lei 6.404...
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:
VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos
destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade,
inclusive o fundo de comércio adquirido. (Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007)
Isto é muito importante para concursos: classificam-se no intangível os direitos
que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da
companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido.
O subgrupo intangível ganhou existência com a vigência da Lei 11.638/07, que separou os direitos corpóreos no imobilizado e os incorpóreos no intangível.
Antes, classificaríamos tudo no imobilizado.
Frise-se, também, que o subgrupo deve estar contido no grupo ativo não-
circulante.
O ativo intangível é matéria que tem seu regulamento na Resolução do
Conselho Federal de Contabilidade n. 1.139/08 e no CPC 04.
Vamos analisar as assertivas.
(A) participações societárias.
Participações societárias já dissemos aqui se tratarem de ativo não circulante –
investimentos.
Segundo a Lei das Sociedades por Ações:
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:
III - em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não
classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa;
O item a, portanto, está incorreto.
(B) construções em andamentos e bibliotecas.
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São classificados ainda no imobilizado os recursos aplicados ou já destinados à
aquisição de bens de natureza tangível, mesmo que ainda não em operação, tais como construções em andamento, importações em andamento, etc.
A letra b, portanto, está incorreta.
(C) ferramentas, computadores, máquinas e equipamentos.
Essa alternativa também resta claramente inadequada, visto que trouxe itens
tangíveis. Os bens tangíveis utilizados para manutenção ou exercidos com essa finalidade na empresa são classificados no imobilizado.
(D) ações e arrendamento mercantil.
Este alternativa também peca. O arrendamento mercantil pode ou não ser contabilizado no ativo do arrendatário, a depender da classificação adotada, se
financeiro ou operacional. Se financeiro, será reconhecido no ativo do arrendatário, podendo ser classificado como imobilizado ou intangível.
As ações também podem ter classificações variadas. Se os investimentos forem
temporários, a classificação se dará no ativo circulante ou ativo não circulante realizável a longo prazo, conforme o prazo de realização.
Caso contrário, sendo permanente a participação, a classificação se dá no subgrupo ativo não circulante – investimentos.
As situações que ensejam classificação como investimento permanente são basicamente as seguintes:
- Em coligadas/controladas;
- Em sociedades do mesmo grupo;
- Em sociedades sob controle comum;
Portanto, a letra d está incorreta, uma vez que não são as duas contas
classificadas no intangível.
(E) marcas, patentes e fundo de comércio.
Esse é o gabarito da nossa questão. O CPC 04 aplica-se a GASTOS COM
PROPAGANDA, MARCAS, PATENTES, TREINAMENTO, INÍCIO DAS
OPERAÇÕES (TAMBÉM DENOMINADOS PRÉ-OPERACIONAIS) E ATIVIDADES DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO.
O ativo intangível pode ser adquirido de terceiros ou gerado internamente. Todavia, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis veda que marcas, títulos de
publicações, listas de clientes e outros itens similares, gerados internamente, sejam reconhecidos como ativos intangíveis.
64. Os gastos incorridos com marcas, títulos de publicações, listas de clientes e outros itens similares NÃO podem ser separados dos custos relacionados ao
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desenvolvimento do negócio como um todo. Dessa forma, esses itens não são
reconhecidos como ativos intangíveis.
O FIPECAFI – Manual de Contabilidade Societária, aplicável a todas as sociedades – também não permite que se registre contabilmente as patentes
geradas internamente.
Segundo o Manual: “(...) A contabilidade, ao dispensar tratamento aos ativos
denominados intangíveis admite que se enquadrem como tais, para fins de contabilização, só e tão só aqueles para os quais a entidade tenha incorrido em
custo, derivado de uma transação envolvendo partes não relacionadas. (...) Um ativo para ser passível de registro contábil é condição sine qua non que tenha
custo (valor de entrada)”. Essa é uma regra, todavia, que comporta exceções, como no caso de uma doação, ou, mesmo, no caso de ativos intangíveis
gerados internamente (que satisfaçam benefícios exigidos pela norma).
O fundo de comércio, goodwill, gerado internamente também não deve ser
reconhecido. Vejam que a lei diz expressamente “fundo de comércio adquirido”.
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:
VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos
destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. (Incluído pela Lei nº 11.638, de
2007)
Mas o que é fundo de comércio, goodwill? É nada mais do que o ágio derivado de expectativa de rentabilidade futura. Suponha-se que determinada empresa
tenha valor de mercado de R$ 1.200.000,00. Contabilmente, a empresa vale R$ 1.000.000,00. Um negociador resolve comprar a empresa, pagando por ela o
valor de R$ 1.200.000,00.
Mas, contabilmente, ela vale apenas R$ 1.000.000,00.
Os R$ 200.000,00 restantes são considerados a “mais-valia”, isto é, aquilo que a empresa agregou de valor às suas atividades com o tempo, que não podem
ser considerados de forma individual, pois não são identificáveis. O fundo de comércio (goodwill) é, portanto, um intangível não identificável no
processo de aquisição.
Os valores que possam ser vinculados a ativos individuais, identificados e com vida própria, devem ser segregados do Goodwill.
A questão está incompleta, todavia, essa foi a resposta dada pela banca.
Aliás, as bancas de concurso vêm erroneamente classificando o fundo de
comércio adquirido em balanços individuais como ativo intangível.
Isto é importante. Levem para a prova (Interpretação técnica 09 do CPC):
26. NO BALANÇO CONSOLIDADO, O ÁGIO (GOODWILL) FICA REGISTRADO NO SUBGRUPO DO ATIVO INTANGÍVEL POR SE REFERIR À EXPECTATIVA DE RENTABILIDADE DA CONTROLADA ADQUIRIDA,
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CUJOS ATIVOS E PASSIVOS ESTÃO CONSOLIDADOS NOS DA
CONTROLADORA. JÁ NO BALANÇO INDIVIDUAL DA CONTROLADORA, ESSE ÁGIO FICA NO SEU SUBGRUPO DE INVESTIMENTOS, DO MESMO
GRUPO DE ATIVOS NÃO CIRCULANTES, PORQUE, PARA A INVESTIDORA, FAZ PARTE DO SEU INVESTIMENTO NA AQUISIÇÃO DA
CONTROLADA, NÃO SENDO ATIVO INTANGÍVEL seu (como dito atrás, a expectativa de rentabilidade futura – o genuíno intangível – é da controlada). O
processo de reconhecimento de impairment, por outro lado, se aplica igualmente à conta de ágio (goodwill) no balanço consolidado e à subconta
também de ágio (goodwill) no balanço individual.
Destarte, o correto seria classificar o ágio pago por expectativa de rentabilidade futura no intangível apenas nos balanços consolidados. Nos balanços
individuais, devemos considerar como investimentos.
Todavia, reforçamos, as bancas erroneamente vêm afirmando que nos balanços
individuais a classificação se dá no ativo intangível. Como nós estamos aqui para acertar questões de prova, temos de considerar como correto.
Mas se alguma questão, mais rebuscada, disser: o ágio por expectativa de
rentabilidade futura fica registrado no intangível apenas no caso de balanços consolidados, devemos considerar a questão como correta. Tá
ok?!
6. Gabarito E.
7. Relata efetivamente o desempenho, em termos de lucro ou prejuízo apurado
pela companhia durante o exercício social:
(A) Demonstração do Fluxo de Caixa.
(B) Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados.
(C) Demonstração do Valor Adicionado.
(D) Demonstração do Resultado do Exercício.
(E) Balanço Patrimonial.
Comentários
A resposta para esta questão pode ser encontrada facilmente no CPC – 00, que dispõe sobre a Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade.
Antes, porém, vamos dar uma passada rápida na Lei 6.404/76, que dispõe:
Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras,
que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:
I - balanço patrimonial;
II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
III - demonstração do resultado do exercício; e
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IV – demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)
§ 6o A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e
publicação da demonstração dos fluxos de caixa. (Redação dada pela Lei nº
11.638,de 2007)
Essas são as demonstrações contábeis obrigatórias para as sociedades por
ações. Um detalhe. As sociedades por ações (sociedades anônimas e sociedades em comanditas por ações) podem ser de dois tipos: abertas ou fechadas.
As fechadas estão dispensadas da DVA.
As fechadas cujo PL seja menor do que R$ 2 milhões estão dispensadas
também da DFC.
As companhias abertas estão obrigadas à DFC e à DVA. Além destas, a CVM
exige a publicação da DMPL (que pode conter a DLPA – e não substituí-la).
Segundo o CPC 00, item 17:
As informações sobre a posição patrimonial e financeira são principalmente
fornecidas pelo balanço patrimonial.
As informações sobre o desempenho são basicamente fornecidas na
demonstração do resultado.
As informações sobre as mutações na posição financeira são fornecidas nas
demonstrações contábeis por meio de uma demonstração em separado, tal como a de fluxos de caixa, de origens e aplicações de recursos etc.
A Demonstração do Resultado do Exercício tem como objetivo principal
apresentar de forma vertical resumida o resultado apurado em relação ao conjunto de operações realizadas num determinado período, normalmente, de
doze meses.
Posição patrimonial e financeira Balanço Patrimonial
Informações sobre desempenho Demonstração de resultado
Informações sobre mutações financeiras
DFC, DOAR, etc.
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Nosso gabarito, portanto, é a letra D.
Sobre as outras demonstrações...
BALANÇO PATRIMONIAL
Balanço Patrimonial é a principal demonstração contábil e se destina a evidenciar, seja de forma qualitativa, seja de forma quantitativa, a posição
patrimonial e financeira da Entidade.
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA
A Demonstração de Fluxos de Caixa indica a origem de todo o dinheiro que entrou no caixa em determinado período.
A Demonstração do Fluxo de Caixa irá indicar quais foram às saídas e entradas de dinheiro no caixa (e equivalentes caixa) durante o período e o resultado
desse fluxo.
DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO
A Demonstração do Valor Adicionado representa um dos elementos componentes do Balanço Social e tem por finalidade evidenciar a riqueza criada
pela entidade e sua distribuição, durante determinado período.
Objetivo da DVA Evidenciar a riqueza criada pela entidade e sua
distribuição
Com efeito, a DVA presta informações aos agentes econômicos interessados na empresa, como empregados, clientes, fornecedores, financiadores e governo.
Os dados para sua elaboração são extraídos a partir da demonstração do resultado.
Mas, o que vem a ser valor adicionado? A definição pode ser encontrada no bojo da Resolução do CFC, que prescreve:
Valor adicionado representa a riqueza criada pela empresa, de forma geral medida pela diferença entre o valor das vendas e os insumos adquiridos de terceiros. Inclui também o valor adicionado recebido em transferência, ou seja,
produzido por terceiros e transferido à entidade.
A DVA tem seu fundamento em conceitos macroeconômicos, buscando
apresentar, eliminados os valores que representam dupla contagem, a parcela de contribuição que a entidade tem na formação do Produto Interno Bruto
(PIB). Essa demonstração apresenta o quanto a entidade agrega de valor aos insumos adquiridos de terceiros e que são vendidos ou consumidos durante
determinado período.
A riqueza gerada pela empresa pode, simploriamente, ser representada da
seguinte forma:
Riqueza gerada = Vendas – Insumos adquiridos de 3º - Depreciação
Isto significa dizer que a riqueza corresponde àquilo que recebemos pelas vendas, subtraído daquilo que desembolsamos para aquisição de insumos
utilizados nesse processo.
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DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS/PREJUÍZOS ACUMULADOS
A DLPA evidencia as alterações ocorridas no saldo da conta de lucros ou prejuízos acumulados, no Patrimônio Líquido.
Com base no artigo 186, § 2º da Lei nº 6.404/76, a companhia PODERÁ incluir a demonstração de lucros ou prejuízos acumulados nas demonstrações das
mutações do patrimônio líquido.
"A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados deverá indicar o montante
do dividendo por ação do capital social e poderá ser incluída na demonstração das mutações do patrimônio líquido, se elaborada e publicada pela companhia."
Vejam que esta demonstração não relata o desempenho, mas, tão-somente, as alterações e destinações ocorridas na conta lucros ou prejuízos acumulados.
Isso ocorrerá somente após apurado o efetivo resultado do exercício (na DRE).
7. Gabarito D.
8. As Companhias Abertas deverão apresentar as suas demonstrações financeiras consolidadas, adotando o padrão contábil internacional, de acordo
com os pronunciamentos emitidos pelo International Accounting Standards Board − IASB,
(A) a partir do exercício findo em 2009.
(B) a partir do exercício findo em 2010.
(C) a partir do exercício findo de 2011.
(D) a partir do exercício findo de 2012.
(E) sendo facultativo para o exercício de 2010 e obrigatório para o exercício de 2011.
Comentários
A resposta para esta questão pode ser encontrada na Instrução da CVM n. 457,
de 13 de julho de 2007, que trata sobre a elaboração e divulgação das demonstrações financeiras consolidadas, com base no padrão contábil
internacional emitido pelo International Accounting Standards Board - IASB.
A adoção de adoções, no Brasil, de práticas contábeis convergentes com as práticas internacionais se dá principalmente, em virtude de, transparência e
confiabilidade nas nossas informações financeiras e também para possibilitar a um custo mais baixo o acesso de empresas nacionais a fontes de
financiamentos externas.
Demonstrações Contábeis Consolidadas são aquelas resultantes da agregação
das demonstrações contábeis de duas ou mais entidades, das quais uma tem o controle direto ou indireto sobre a(s) outra(s).
O objetivo da consolidação é apresentar as demonstrações contábeis de duas ou mais empresas (controladas, coligadas ou pertencentes ao mesmo grupo
empresarial) como se fosse uma empresa só. Para isso, todas as operações
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internas (entre empresas do mesmo grupo, que serão objeto de consolidação)
devem ser eliminadas, constando nas demonstrações financeiras apenas as transações com terceiros.
A citada instrução normativa prescreve que:
Art. 1º As companhias abertas deverão, a partir do exercício findo em 2010, apresentar as suas demonstrações financeiras consolidadas adotando o padrão
contábil internacional, de acordo com os pronunciamentos emitidos pelo International Accounting Standards Board – IASB.
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se, ainda, às demonstrações consolidadas do exercício anterior apresentadas para fins
comparativos.
Assim, o gabarito da nossa questão é a letra B.
8. Gabarito B.
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PROVA 2 - ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA CONTABILIDADE/TRT 2ª
REGIÃO 2008/FCC
9. Em um balancete de verificação levantado no final do exercício, o
departamento de contabilidade de uma companhia lançou, por engano, o saldo da conta de provisão para créditos de liquidação duvidosa na coluna errada. Em
conseqüência, a somatória dos saldos devedores totalizou R$ 27.000,00 a mais do que a somatória dos saldos credores. A companhia lançou como valor dessa
provisão o equivalente a exatamente 3% do valor dos créditos provenientes de
vendas a prazo. Em conseqüência, no balanço patrimonial da companhia, referente a esse exercício, o montante bruto desses créditos correspondeu, em
R$, a
(A) 450.000,00.
(B) 510.000,00.
(C) 625.000,00.
(D) 900.000,00.
(E) 1.350.000,00.
Comentários
A constituição de provisão para créditos de liquidação duvidosa representa em
qualquer empresa uma estimativa de perda provável na realização dos créditos que se têm a receber, em atendimento, principalmente, ao princípio de
contabilidade da Prudência. Quando a empresa vai constituí-la, o faz através do seguinte lançamento:
D – Despesa com Provisão para Devedores Duvidosos (Resultado)
C – Provisão para Devedores Duvidosos (Redutora do AC ou ANC-RLP)
Vejam que houve erro na escrituração, sendo que os dois lançamentos foram
feitos a débito. Assim:
Balancete de Verificação – COM
ERRO Débito Crédito
Despesa com provisão para devedores duvidosos X
Provisão para devedores duvidosos X
Total 27.000
Portanto, infere-se que o valor foi lançado em dobro nos débitos.
Utilizando a tabela vê que: X + X = 27.000 2X = 27.000; Logo X = 13.500
O lançamento correto no balancete, pois, seria:
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Balancete de Verificação Débito Crédito
Despesa com provisão para
devedores duvidosos 13.500
Provisão para devedores duvidosos
13.500
Total 13.500 13.500
Em seguida, a questão disse que essa provisão corresponde a 3% dos totais
dos créditos, a saber:
3% dos Créditos = 13.500
Créditos = 13.500/3% = 450.000 Portanto, o valor dos créditos é R$
450.000 (Gabarito: Letra A)
9. Gabarito A (Questão muito boa!).
10. A Cia. Comercial Silva, que utiliza o sistema do inventário permanente,
apresentou as transações abaixo, no mês de início de suas atividades, sendo que os valores unitários das compras já estão diminuídos dos impostos
recuperáveis e dos descontos incondicionais obtidos.
Dia/Transação
3 /Compra de 10 unidades a R$ 400,00 cada uma
6 /Compra de 20 unidades a R$ 440,00 cada uma
10/ Venda de 25 unidades a R$ 600,00 cada uma
15 /Compra de 35 unidades a R$ 480,00 cada uma
23/ Venda de 30 unidades a R$ 640,00 cada uma
30 /Compra de 10 unidades pelo valor total de R$ 5.000,00
Sabendo que a companhia avalia seus estoques pelo critério PEPS (primeiro que
entra, primeiro que sai), o valor do seu estoque final de mercadorias corresponderá, em R$, a
(A) 9.800,00.
(B) 9.440,00.
(C) 9.200,00.
(D) 8.700,00.
(E) 8.400,00.
Comentários
Utilizando o método da ficha de estoques:
Primeiro que Entra Primeiro que Sai - PEPS
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Dia Compras Vendas Saldo
-- Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total
3 10 400 4.000,00 10 400 4.000,00
6 20 440 8.800,00 10 400 4.000,00
20 440 8.800,00
10
10 400
4.000,00 5 440 2.200,00
15 440
6.600,00
15 35 480
16.800,00
5 440 2.200,00
35 480 16.800,00
23
5 440
2.200,00 10 480 4.800,00
25 480
12.000,00
30 10 500 5000 10 480 4800
10 500 5000
CMV 24800 Estoque Final 9800
O estoque final é, portanto, R$ 9.800 (Gabarito: Letra A).
10. Gabarito A.
11. Utilizando-se, ainda, do enunciado da questão anterior, o custo das
mercadorias vendidas (CMV) da sociedade, nas transações do mês, pelo critério
PEPS, foi, em R$, de
(A) 24.760,00.
(B) 24.800,00.
(C) 25.160,00.
(D) 26.800,00.
(E) 27.100,00.
Comentários
Utilizando o método da ficha de estoques:
Primeiro que Entra Primeiro que Sai – PEPS
Dia Compras Vendas Saldo
-- Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total
3 10 400 4.000,00 10 400 4.000,00
6 20 440 8.800,00 10 400 4.000,00
20 440 8.800,00
10
10 400
4.000,00 5 440 2.200,00
15 440
6.600,00
15 35 480
16.800,00 5 440
2.200,00
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35 480
16.800,00
23
5 440
2.200,00 10 480
4.800,00
25 480
12.000,00
30 10 500 5000 10 480 4800
10 500 5000
CMV 24800 Estoque Final 9800
O CMV montou, portanto, a R$ 24.800 (Gabarito: Letra B).
11. Gabarito B.
ENUNCIADO PARA AS QUESTÕES DE N. 12 a 14.
Uma companhia comercial adquiriu um lote de mercadorias, o qual foi revendido integralmente alguns dias depois. Na operação, a sociedade auferiu
um lucro bruto de R$ 120.000,00, que correspondeu a 20% da receita bruta de
vendas. A companhia não é contribuinte do IPI, é contribuinte do PIS e da COFINS no regime não cumulativo (alíquotas de 1,65% e 7,6%,
respectivamente) e o ICMS incidiu à alíquota de 18% sobre as operações de compra e venda. Nas operações, não houve devolução de compras e de vendas,
tampouco qualquer tipo de abatimento ou desconto.
12. A receita líquida de vendas dessa operação equivaleu, em R$, a
(A) 600.000,00.
(B) 544.500,00.
(C) 540.000,00.
(D) 492.000,00.
(E) 436.500,00.
13. O custo das mercadorias vendidas na operação correspondeu, em R$, a
(A) 300.000,00.
(B) 316.500,00.
(C) 372.000,00.
(D) 424.500,00.
(E) 480.000,00.
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14. O valor do ICMS incidente sobre vendas em decorrência dessa operação
corresponde, em R$, a
(A) 144.000,00.
(B) 116.000,00.
(C) 108.000,00.
(D) 76.000,00.
(E) 54.000,00.
Comentários
Veja o que a questão disse: Lucro Bruto = 20%.Vendas Brutas
Portanto Vendas Brutas = Lucro Bruto/20% = 120.000/0,2 = 600.000
Vamos montar uma pequena demonstração do resultado do exercício:
Receita de Venda R$ 600.000,00
(-) ICMS incluso = 18% x R$ 600.000,00 = (R$ 108.000,00)
(-) PIS s/vendas = 1,65% x R$ 600.000,00 = (R$ 9.900,00)
(-) COFINS S/ vendas = 7,6% x R$ 600.00,00 = (R$ 45.600,00)
(=) Receita Líquida de Vendas R$ 436.500,00
(-) CMV X
(=) Lucro Bruto R$ 120.000,00
Calculando o CMV:
Receita Líquida – CMV = Lucro Bruto
436.500 – X = 120.000
X = 436.500 – 120.000
X = 316.500 CMV (Gabarito questão 13: Letra B)
As questões 12 e 14 possuem, respectivamente, gabaritos de letras E e C.
12. Gabarito E. 13. Gabarito B.
14. Gabarito C.
15. Sobre os fatos contábeis que modificam o valor das compras e das vendas,
é correto afirmar:
(A) O frete sobre compras, quando o ônus de seu pagamento cabe à empresa
compradora, deve ser sempre incluído no custo do estoque das mercadorias adquiridas.
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(B) Descontos incondicionais concedidos são aqueles concedidos pela empresa
vendedora numa alienação a prazo, quando a empresa compradora quita sua duplicata antes da data do vencimento.
(C) Na escrituração comercial regular, a conta Devolução de Vendas tem sempre saldo credor.
(D) Os impostos incidentes sobre as compras, quando recuperáveis, devem compor o valor do estoque das mercadorias adquiridas.
(E) Os impostos incidentes sobre vendas, quando não-cumulativos, devem ser escriturados como despesa pelo seu valor líquido, ou seja, o total de débitos
menos o total de créditos.
Comentários
O frete na compra se incorpora ao custo da mercadoria, pois foi ônus do comprador. Já o frete sobre a venda é despesa operacional do vendedor, pois
foi ele quem arcou com o ônus. Destarte, resta correta a alternativa A.
A alternativa B está incorreta. São condicionais (uma vez que dependem do
implemento de uma condição) os descontos concedidos pela empresa
vendedora numa alienação a prazo, quando a empresa compradora quita sua duplicata antes da data do vencimento. Veja que a condição para o desconto
condicional (também conhecido como desconto financeiro é justamente o pagamento antecipado. Os descontos incondicionais (ou descontos comerciais)
são concedidos no ato da compra, é uma redução sob o preço, no ato da venda. Na DRE, enquanto o desconto comercial é dedução da receita bruta, o desconto
financeiro é despesa operacional financeira.
A alternativa C também paira incorreta. Numa escrituração regular, a conta
devolução de vendas terá sempre saldo devedor, pois é dedução da receita bruta de vendas (tendo natureza de despesa). Desconsiderando a incidência de
tributos, o lançamento para devolução é basicamente o que se segue:
D – Devolução de Vendas (Resultado)
D – Estoques (Ativo Circulante)
C – Duplicatas a receber ou Caixa (Ativo Circulante)
C – Custo da Mercadoria Vendida (Resultado)
A letra d igualmente contém erro, uma vez que os impostos, quando
recuperáveis, devem ser subtraídos, excluídos, do valor da compra, não integrando o custo da mercadoria. Assim, caso um comerciante compre uma
mercadoria no valor de R$ 100 com ICMS sobre compras no valor de R$ 20, o seu custo de compra será de apenas R$ 80. O lançamento é o seguinte:
D – Mercadorias 80
D – ICMS a recuperar 20
C – Bancos conta movimento 100
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Os impostos sobre vendas quando não–cumulativos devem ser lançados pelo seu valor total. Imagine a seguinte situação: Empresa Alfa Comércio Ltda
compra mercadorias a R$ 100, com ICMS sobre compra (recuperável, por se tratar de comerciante) no valor de R$ 20. Logo após, revende todo esse
estoque no valor de R$ 200, com ICMS sobre vendas no valor de R$ 40.
Na compra, lança-se:
D – Mercadorias 80
D – ICMS a recuperar 20
C – Bancos conta movimento 100
Na venda, lança-se:
D – Bancos conta movimento 200
D – ICMS sobre vendas 40 D – Custo da mercadoria vendida 80
C – Receita de Vendas 200
C – ICMS a recolher 40
C – Mercadorias 80
Veja que a conta ICMS a recolher ficou com saldo de 40, porém, a lei das SAs
manda que se compensem os saldos de naturezas semelhantes. Assim, ICMS a recuperar e ICMS e recolher devem constar como uma única conta no balanço
patrimonial.
Neste caso, o ICMS a recolher é maior, portanto, a empresa terá que recolher a
diferença entre o que ela pagou na compra e o que ela pagará na venda, sendo este o montante efetivo a ser recolhido.
O lançamento de transferência:
D – ICMS a recolher 20
C – ICMS a recuperar 20
Assim, o ICMS a recuperar “sumiu” e o ICMS a recolher teve seu valor reduzido
a R$ 20, que é o saldo da diferença.
15. Gabarito A.
16. Uma companhia aplicou R$ 100.000,00 de suas disponibilidades na aquisição de um CDB (Certificado de Depósito Bancário) prefixado junto a uma
instituição financeira, com resgate no prazo de 180 dias pelo valor de R$ 120.000,00. A alíquota do imposto de renda a ser retido pela instituição
financeira sobre o rendimento obtido na operação é de 22,5%. Esse imposto é uma antecipação do imposto devido sobre a base de cálculo do imposto de
renda da pessoa jurídica. Na data do vencimento do título, que ocorreu no
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mesmo exercício da data de aplicação, o crédito efetuado pela instituição
financeira na conta corrente bancária da sociedade poderá registrado, em sua contabilidade, por meio do único lançamento:
a) D Investimentos Temporários C Bancos 100.000,00
C Receitas Financeiras 15.500,00 C IR Fonte a Recolher 4.500,00 120.000,00
b) D Bancos C Investimentos Temporários 100.000,00
C Receitas Financeiras 15.500,00 C IR Fonte a Recolher 4.500,00 120.000,00
c) D Investimentos Temporários C Bancos 100.000,00
C Receitas Financeiras 15.500,00 C IR Fonte a Recuperar 4.500,00 120.000,00
d) D Bancos
C Investimentos Temporários 100.000,00 C IR Fonte a Recolher 15.500,00
C Receitas Financeiras 4.500,00 120.000,00 e) D Bancos 115.500,00
D IR Fonte a Recuperar 4.500,00 C Investimentos Temporários 100.000,00
C Receitas Financeiras 20.000,00
Comentários
Os CDB - Certificados de Depósitos Bancários - são, por definição, aplicações financeiras de Renda fixa que têm como característica o fato de serem
resgatáveis a qualquer momento, sem vinculação a prazo predeterminado ou, resgatáveis em prazo determinado, caso este ocorra até o término do exercício
social seguinte. Logo devem ser lançadas em conta do Grupo do Ativo Circulante.
O imposto retido na fonte sobre o rendimento financeiro poderá ser compensado com o imposto apurado com base no lucro real.
Por essa razão, esse imposto é contabilizado em conta do Ativo Circulante e não como despesa.
Assim, 22,5% de 20.000 serão recuperáveis, configurando IR na Fonte a Recuperar.
A empresa terá a disponibilidade apenas sobre 115.500.
Veja que a questão quer saber o lançamento no momento do resgate. Assim:
PELA APLICAÇÃO
D - Aplicações Financeiras (Ativo Circulante) - 100.000
C - Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) - 100.000
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PELO RESGATE COM RECONHECIMENTO DOS RENDIMENTOS E DA RETENÇÃO DO IR
D - Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) - 115.500,00 D - IR Fonte a Recuperar (Ativo Circulante) - 4.500,00
C - Rendimentos de Aplicações Financeiras (Resultado) - 20.000,00 C - Aplicações Financeiras (Ativo Circulante) - 100.000,00
16. Gabarito E.
17. Sobre reservas contábeis, é correto afirmar:
(A) Significam o mesmo que provisões, pois ambas reduzem o valor dos lucros da entidade.
(B) Todas representam destinação de lucros retidos, ou seja, aquela parcela do lucro líquido do exercício que não foi distribuída aos sócios ou aos acionistas.
(C) As reservas de capital não podem ser utilizadas para absorver prejuízos contábeis, somente para aumentar o valor do capital.
(D) A constituição de reservas de reavaliação foi proibida para as sociedades por ações a partir de 1o de janeiro de 2008.
(E) A reserva legal não pode exceder 15% do capital social da entidade.
Comentários
A letra “A” está incorreta. Provisões e reservas são termos distintos.
Provisão é uma reserva de um valor para atender a despesas que se esperam. A provisão visa a cobertura de um gasto já considerado certo ou de grande
possibilidade de ocorrência. As provisões representam expectativas de perdas de ativos ou estimativas de valores a desembolsar que, apesar de
financeiramente ainda não efetivadas, derivam de fatos geradores contábeis já ocorridos. Por outro lado, as reservas representam a diferença entre o
patrimônio líquido e o capital, sendo resultantes de valores entregues pelos titulares do capital que não representam aumento de capital, ou representam
acréscimos de valor de elementos do ativo, ou ainda se originam de lucros não distribuídos aos sócios ou acionistas.
A letra “B” também peca, pois as reservas de capital são constituídas com valores recebidos pela empresa e que não transitam pelo resultado, por não se
referirem à entrega de bens ou serviços pela empresa.
Segundo a lei das SAs (art. 200), as reservas de capital podem ser utilizadas para absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as
reservas de lucros; resgate, reembolso ou compra de ações; resgate de partes beneficiárias; incorporação ao capital social; pagamento de dividendo a ações
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preferenciais, quando essa vantagem lhes for assegurada. A alternativa C está,
pois, incorreta.
A letra D está correta. A conta Reserva de Reavaliação deixou de existir com a
vigência da Lei 11.638/07. A partir de 1/1/2008 ela não mais existirá, devendo os saldos já existentes nesta conta ser estornados até o final de 2008 ou até a
sua completa realização. Segundo a LSA, art. 178, §2º, III, o patrimônio líquido será dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação
patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados.
A letra E está incorreta. Do lucro líquido do exercício, 5% (cinco por cento)
serão aplicados, antes de qualquer outra destinação, na constituição da reserva legal, que não excederá de 20% (vinte por cento) do capital social (LSA, art.
193).
17. Gabarito D.
18. Considere as informações abaixo, extraídas da contabilidade da Cia. Carandiru, relativas ao exercício findo em 31/12/2007.
Lucro líquido do exercício...................................... 520.000,00
Resultado positivo na equivalência patrimonial ...... 270.000,00
Acréscimo à reserva legal ...................................... 26.000,00
Reversão de reservas para contingências.............. 14.000,00
Lucro com realização financeira a ocorrer em 2009 20.000,00
O estatuto da companhia é omisso com relação ao pagamento de dividendos.
De acordo com o disposto nos artigos 197 e 202 da Lei das Sociedades por Ações, ela poderá constituir, nesse exercício, reserva de lucros a realizar no
valor, em R$, de
(A) 40.000,00.
(B) 36.000,00.
(C) 30.000,00.
(D) 24.000,00.
(E) 18.000,00.
Comentários
No exercício em que o montante do dividendo obrigatório, calculado nos termos
do estatuto ou do art. 202 da Lei das S/A, ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido do exercício, a assembléia-geral poderá, por proposta dos órgãos
da administração, destinar o excesso à constituição de reserva de lucros a realizar.
Desta forma, à opção da companhia, poderá ser constituída a reserva de lucros
a realizar, mediante destinação dos lucros do exercício, cujo objetivo é
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evidenciar a parcela de lucros ainda não realizada financeiramente, apesar de
reconhecida contabilmente, pela empresa.
Evita-se, assim, distribuir dividendo obrigatório sobre essa parcela de lucros que, apesar de existente, não está realizada financeiramente no caixa da
empresa.
Na questão, devemos primeiramente calcular os dividendos. Como o estatuto é omisso, deve-se aplicar o percentual de 50% de lucro.
Base de cálculo dividendos = Lucro Líq. do Exer. – R. Legal – R.
Contingências + Reversão R. Contingências – Reserva de incentivos fiscais – Reserva para prêmio na emissão de debêntures
BC dividendos = 520.000 – 26.000 + 14.000 = 508.000
Assim, os dividendos devidos são 50% de 508.000 = 254.000
A Lei das SAs diz que se consideram lucros não realizados os resultados positivos na equivalência patrimonial e receitas auferidas para recebimento a
longo prazo (LSA, art. 197).
Desta forma, o lucro realizado é calculado da seguinte forma:
Lucro Líq. do Exerc. - Resultado positivo na equivalência patrimonial - Lucro com realização financeira de Longo Prazo
Lucro realizado = 520.000 – 270.000 – 20.000 = 230.000
Portanto, de acordo com a LSA a companhia poderá constituir Reserva de Lucros a realizar no valor de R$ 24.000 (R$ 254.000 – R$ 230.000)
18. Gabarito D.
19. No Balanço Patrimonial da Cia. Esperança, relativo ao ano-calendário encerrado em 31/12/2007, o valor do Ativo Circulante foi exatamente igual ao
do Passivo Circulante e o valor do Ativo Não-Circulante, exceto o realizável a longo prazo, foi exatamente o dobro do Patrimônio Líquido. O valor do Ativo
Não-Circulante - Realizável a Longo Prazo correspondeu a R$ 100.000,00; o do Passivo Não-Circulante - Exigível a Longo Prazo, a R$ 250.000,00 e o grupo
Passivo Não-Circulante – Receitas Diferidas, a R$ 250.000,00. Com esses dados, é correto concluir que o total do Ativo Não-Circulante, exceto o
realizável a longo prazo da entidade em 31/12/2007 era, em R$, de
(A) 1.100.000,00.
(B) 1.000.000,00.
(C) 800.000,00.
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(D) 600.000,00.
(E) 400.000,00.
Comentários
Vamos lá. Do enunciado extraímos as seguintes informações:
AC = PC
ANC (exceto RLP) = 2x PL
ANC RLP = 100.000
PNC = PNC ELP + PNC R. Diferidas = 250.000 + 250.000 = 500.000
Utilizando-se da equação básica da contabilidade:
AT = PT AT = P + PL
AC + ANC = PC + PNC + PL
Isolando o ANC:
ANC = PC – AC + PNC + PL
Se AC = PC, a subtração de um pelo outro resulta em zero. Portanto,
ANC = PNC + PL.
Desmembrando o ANC
ANC RLP + ANC (exceto RLP) = PNC + PL
Da relação ANC (exceto RLP) = 2x PL, tem-se que PL = [ANC (exceto RLP)]/2
Retomando:
ANC = PNC + PL
ANC RLP + ANC (exceto RLP) = PNC + PL
100.000 + ANC (exceto RLP) = 500.000 + ANC (exceto RLP)/2
ANC (exceto RLP) – ANC (exceto RLP)/2 = 400.000
ANC (exceto RLP)/2 = 400.000
ANC (exceto RLP) = 800.000
19. Gabarito: Letra C
20. A Cia. Comercial Itapicuru elaborou a Demonstração do Fluxo de Caixa para
o exercício encerrado em 31/12/2007, da qual foram extraídas as informações
abaixo (em R$).
Lucro líquido do exercício ....................................... 280.000,00
Empréstimo bancário obtido no exercício de 2007.. 320.000,00
Valor total de aquisição de imóvel com entrada de 20% 450.000,00
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Dividendos distribuídos ........................................... 140.000,00
Despesas de depreciação....................................... 100.000,00
Ganho na alienação de bem do ativo imobilizado ... 150.000,00
Aumento de capital em numerário........................... 180.000,00
Aquisição de participação societária à vista ............ 200.000,00
Aumento em Duplicatas a Receber......................... 90.000,00
Diminuição em Estoques ........................................ 20.000,00
Aumento em Fornecedores..................................... 50.000,00
Diminuição em Tributos a Recolher ........................ 30.000,00
Utilizando apenas essas informações, é correto concluir que o fluxo de caixa
operacional da sociedade acarretou um aumento do Disponível, em R$, de
(A) 150.000,00.
(B) 170.000,00.
(C) 180.000,00.
(D) 220.000,00.
(E) 230.000,00.
Comentários
O fluxo de caixa é evidenciado através da Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC), uma demonstração de grande importância na análise da empresa,
porque evidencia as modificações ocorridas nas disponibilidades da entidade (Caixa e Bancos Conta Movimento, principalmente).
Sabemos que a Contabilidade calcula o resultado do exercício segundo o regime de competência. Assim, na DRE, as receitas e despesas apresentadas lá figuram
porque seus fatos geradores ocorreram, independentemente de ter havido pagamento ou recebimento, isto é, saída ou entrada de numerário no Caixa.
O resultado apurado pelo regime de caixa pode ser diferente do resultado pelo regime de competência. O fluxo de caixa não é necessariamente coincidente
com o fluxo econômico. Ao revés, normalmente os resultados serão distintos. Por exemplo, a empresa pode apurar lucro na DRE, e prejuízo na DFC.
A DFC representa, destarte, as entradas e saídas de dinheiro no caixa.
Costuma-se classificar os fluxos de caixa em 3 fluxos: Operacionais; Financiamentos; Investimentos.
Os fluxos das operações são os decorrentes das atividades operacionais da empresa, ou seja, decorrentes da exploração do objeto social da empresa. O
fluxo de financiamento refere-se a empréstimos e financiamentos obtidos pela empresa, inclusive recebimento de empréstimos e pagamento na amortização
dessas dívidas. Por sua vez, os fluxos de investimento representam investimento em imobilizados e outras sociedades.
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A apuração da DFC pode ser feita pelo método direto ou pelo método indireto. A
diferença entra ambos está no fluxo operacional, tão-somente. A DFC pelo método indireto parte do lucro líquido fazendo os ajustes correspondentes,
como é o caso da questão.
Ao partir do lucro líquido do exercício, estamos considerando que todo o lucro
ingressou no Caixa, o que já sabemos não ser verdade. Assim, os ajustes servem para adequar o resultado econômico ao resultado financeiro.
Vamos à resolução.
Lucro líquido do exercício ....................................... 280.000,00
(+) Despesas de depreciação....................................... 100.000,00 (-) Ganho na alienação de bem do ativo imobilizado (150.000,00)
Lucro Líquido Ajustado ............................................... 230.000,00
As despesas de depreciação devem ser adicionadas, uma vez que representaram despesas na DRE (logo são diminuídas), porém, não configuram
saída efetiva no caixa. Já a soma no ganho de alienação de bem do ativo
imobilizado ocorre em virtude de ser considerada fluxo de investimentos. Assim, como será computada no fluxo de investimentos, deve ser subtraída do
fluxo operacional, sob pena de ser computada por duas vezes no resultado do exercício.
Entendido? Agora temos que procurar na questão quais os fluxos e atividades que se relacionam às operações principais. São elas:
Lucro Líquido Ajustado ............................................... 230.000,00 (+) Aumento em Fornecedores..................................... 50.000,00
(-)Aumento em Duplicatas a Receber......................... (90.000,00) (+) Diminuição em Estoques ........................................ 20.000,00
(-) Diminuição em Tributos a Recolher ........................ (30.000,00) Fluxo das Atividades Operacionais .............................. 180.000,00
Explanando os motivos. O aumento da conta Fornecedores se dá tendo em vista
que é representa obrigação que deixou de sair do caixa. Já o aumento em
duplicatas a receber deve ser considerado como diminuição do lucro, uma vez que representa venda que deixou de entrar no caixa (lembre-se do
pressuposto: todo lucro entrou no caixa, estamos apenas fazendo os ajustes).
A diminuição em estoques deve ser somada. Analisemos o motivo.
Hipoteticamente, se você tivesse uma quantia de R$ 1.000 de estoque inicial e tivesse comprado à vista mais R$ 1.000. Ao final do exercício o seu CMV foi de
R$ 1.200. Assim, tínhamos R$ 2.000 no estoque e ficamos com R$ 800 de estoque final. Vejam que houve diminuição em estoques, em relação ao
estoque inicial, todavia essa diferença entre o CMV e o que se comprou à vista, no exemplo R$ 200,00, corresponde à dinheiro que não saiu do caixa, pois foi
adquirida em exercício anterior. Deve-se, por isso, proceder à sua soma no fluxo de caixa.
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Já em relação ao tributos a recolher, devemos proceder à diminuição, uma vez
que representou dinheiro que saiu do caixa para pagamento.
Ok? Quaisquer dúvidas é só falar!
20. Gabarito C.
21. A Lei no 11.638/2007, ao modificar a redação de alguns artigos da Lei no
6.404/1976, introduziu a obrigatoriedade da elaboração de duas demonstrações
contábeis adicionais para as sociedades por ações. São elas:
(A) Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados e Demonstração do Valor
Adicionado. (B) Demonstração dos Fluxos de Caixa e Demonstração das Mutações do
Patrimônio Líquido. (C) Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos e Demonstração das
Mutações do Patrimônio Líquido. (D) Demonstração do Valor Adicionado e Demonstração dos Fluxos de Caixa.
(E) Demonstração do Dividendo Obrigatório e Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido.
Comentários
Com a Lei 11.638/07, a DOAR deixou de ser obrigatória. O BP, DRE e DLPA já eram obrigatórios antes da edição da Lei. A DMPL é exigida pela CVM para
companhias abertas, apenas. Não há menção à DMPL na Lei das SAs.
Segundo o artigo 176 da Lei das Sociedades por Ações:
Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras,
que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:
I - balanço patrimonial;
II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; III - demonstração do resultado do exercício; e
IV - demonstração das origens e aplicações de recursos.
IV – demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)
O gabarito, portanto, é a letra D.
21. Gabarito D.
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PROVA 3 – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – ESPECIALIDADE CONTABILIDADE – TRT 4ª REGIÃO – 2011 - FCC
22. Em conformidade com a ICPC-08, os dividendos
(A) declarados, após o período contábil e antes da aprovação pela assembléia dessas demonstrações, devem ser reconhecidos no passivo como dividendos a
pagar.
(B) que forem declarados pela assembléia geral, ou declarados e pagos, de
acordo com as formalidades previstas no estatuto social, quando não pagos devem figurar no passivo da entidade como uma obrigação.
(C) mínimos obrigatórios devem ser registrados como uma obrigação, na data do encerramento do exercício social a que se referem as demonstrações
contábeis.
(D) adicionais ao mínimo obrigatório devem ser todos contabilizados no
passivo.
(E) decorrentes de distribuição de resultado, após a data do balanço e antes da data da autorização de emissão dessas demonstrações, não gerará registro no
passivo da entidade na data do balanço.
Comentários
Vamos aproveitar essa questão para uma revisão sobre dividendos. Conforme a Lei 6404/76, Art. 202, os acionistas têm direito de receber como dividendo obrigatório, em cada exercício, a parcela dos lucros estabelecida no estatuto ou,
se este for omisso, a importância determinada de acordo com as seguintes normas:
I - metade do lucro líquido do exercício diminuído ou acrescido dos seguintes valores:
a) importância destinada à constituição da reserva legal (art. 193); e
b) importância destinada à formação da reserva para contingências (art. 195) e reversão da mesma reserva formada em exercícios anteriores;
II - o pagamento do dividendo determinado nos termos do inciso I poderá ser limitado ao montante do lucro líquido do exercício que tiver sido realizado,
desde que a diferença seja registrada como reserva de lucros a realizar (art. 197);
III - os lucros registrados na reserva de lucros a realizar, quando realizados e se não tiverem sido absorvidos por prejuízos em exercícios subseqüentes,
deverão ser acrescidos ao primeiro dividendo declarado após a realização.
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§ 1º O estatuto poderá estabelecer o dividendo como porcentagem do lucro ou do capital social, ou fixar outros critérios para determiná-lo, desde que sejam
regulados com precisão e minúcia e não sujeitem os acionistas minoritários ao arbítrio dos órgãos de administração ou da maioria.
§ 2o Quando o estatuto for omisso e a assembléia-geral deliberar alterá-lo para introduzir norma sobre a matéria, o dividendo obrigatório não poderá ser
inferior a 25% (vinte e cinco por cento) do lucro líquido ajustado nos termos do
inciso I deste artigo.
Atualmente, todo o lucro apurado deve ser destinado à constituição de reservas
e distribuição de dividendos. A parcela do lucro não atribuído deverá ser distribuída como dividendos adicionais. Não existe mais a possibilidade de
deixar parte do lucro na conta de Lucros Acumulados. Por exemplo, se uma empresa apurar lucro de R$ 100.000,00 em determinado
exercício, sendo o estatuto omisso quanto à distribuição de dividendos, e considerando a constituição de uma Reserva Estatutária de $20.000,00,
teríamos a seguinte situação:
Lucro Líquido 100.000,00
Reserva Legal (5%) 5.000,00
Base para dividendos obrigatórios: 95.000,00
Dividendos obrigatórios (50%) 47.500,00
Reserva Estatutária 20.000,00
Valor sem destinação (dividendos adicionais) 27.500,00
O saldo do lucro do exercício que não teve destinação será distribuído como dividendos adicionais.
E chegamos ao tema da questão: a contabilização dos dividendos obrigatórios e adicionais.
O primeiro ponto a destacar é se a proposta de dividendos se caracteriza como uma obrigação presente na data do balanço ou não.
Conforme o Pronunciamento Técnico CPC 24 – Evento Subsequente:
Dividendos
12. Se a entidade declarar dividendos aos detentores de instrumentos de patrimônio (como definido no Pronunciamento Técnico CPC 39 – Instrumentos
Financeiros: Apresentação) após o período contábil a que se referem as demonstrações contábeis, a entidade não deve reconhecer esses dividendos
como passivo ao final daquele período.
13. Se forem declarados dividendos após o período contábil a que se referem as
demonstrações contábeis, mas antes da data da autorização de emissão dessas demonstrações esses dividendos não devem ser reconhecidos como passivo ao
final daquele período, em virtude de não atenderem aos critérios de obrigação presente na data das demonstrações contábeis como definido no
Pronunciamento Técnico CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos
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Contingentes. Tais dividendos devem ser divulgados nas notas explicativas em
conformidade com o Pronunciamento Técnico CPC 26 – Apresentação das
Demonstrações Contábeis.
A Interpretação Técnica ICPC 08 – Contabilização da Proposta de dividendos –
alterou o entendimento acima para os dividendos obrigatórios. O dividendo mínimo obrigatório determinado no estatuto ou contrato social da entidade, ou
se omisso, a prevalência da obrigatoriedade de distribuir dividendo nos termos do artigo 202 da Lei nº. 6.404/76, representa um compromisso contratual
(estatuto ou contrato social) ou legal (legislação societária) perante aos sócios.
Conforma a referida Instrução Técnica ICPC 08:
8. A assembleia dos sócios é soberana em suas deliberações quanto à distribuição de dividendos, podendo deliberar pelo pagamento de dividendos acima ou abaixo dos valores propostos pela administração. Todavia, com
relação ao dividendo mínimo obrigatório, tem limites muito estreitos para
deliberar quanto ao seu não pagamento, sendo essas situações muito raras, em especial no caso das companhias abertas.
9. Devido a essas características especiais de nossa legislação, considera-se que o dividendo mínimo obrigatório deva ser consignado como uma obrigação
na data do encerramento do exercício social a que se referem às demonstrações contábeis. Essa já vem sendo a prática adotada pelas
empresas brasileiras que têm apresentado demonstrações contábeis de acordo com a prática contábil norte-americana, notadamente as que têm registro na
Comissão de Valores Mobiliários daquela jurisdição (SEC), bem como aquelas empresas brasileiras que já vêm elaborando e divulgando demonstrações
contábeis de acordo com as normas internacionais emitidas pelo IASB.
Assim, os dividendos mínimos obrigatórios devem figurar no passivo, na data do balanço.
Quanto aos dividendos adicionais, serão contabilizados ou não, dependendo da data em que forem declarados.
Ou seja, se a empresa fechar as demonstrações contábeis em 31.12.X1,
e declarar dividendos adicionais em janeiro ou fevereiro de X2, tais dividendos não serão contabilizados no balanço de 31.12.X1. Serão
apenas divulgados em Nota Explicativa.
Por outro lado, os dividendos adicionais que forem declarados pela
assembleia geral ou outro órgão competente antes da data base das demonstrações contábeis, atendem aos requisitos de obrigação
presente e, portanto, devem figurar nas Demonstrações Contábeis da entidade.
A parcela do dividendo mínimo obrigatório, que se caracterize efetivamente como uma obrigação legal, deve figurar no passivo da entidade. Mas a parcela
da proposta dos órgãos da administração à assembléia de sócios que exceder a esse mínimo obrigatório deve ser mantida no patrimônio líquido, em conta
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específica, do tipo “dividendo adicional proposto”, até a deliberação definitiva
que vier a ser tomada pelos sócios. Afinal, esse dividendo adicional ao mínimo obrigatório não se caracteriza como obrigação presente na data do balanço, já
que a assembléia dos sócios ou outro órgão competente poderá, não havendo qualquer restrição estatutária ou contratual, deliberar ou não pelo seu
pagamento ou por pagamento por valor diferente do proposto.
Portanto, a contabilização dos dividendos fica assim:
TRATAMENTO DOS DIVIDENDOS
1) Dividendos obrigatórios: ficam contabilizados no Passivo, na data do fechamento das demonstrações contábeis.
2) Dividendos adicionais:
2.1) Declarados após o período contábil: Não são contabilizados, sendo apenas
divulgados em Nota Explicativa.
2.2) Declarados antes do período contábil: ficam no Patrimônio Líquido, até a
aprovação pela Assembléia, quando são transferidos para o Passivo.
Vamos analisar as alternativas da questão:
(A) declarados, após o período contábil e antes da aprovação pela assembléia dessas demonstrações, devem ser reconhecidos no passivo como dividendos a
pagar.
Alternativa INCORRETA, os dividendos declarados após o período contábil não
são contabilizados.
(B) que forem declarados pela assembléia geral, ou declarados e pagos, de
acordo com as formalidades previstas no estatuto social, quando não pagos devem figurar no passivo da entidade como uma obrigação.
Alternativa INCORRETA. Veja esse trecho da Instrução Técnica ICPC 08:
Pelos itens precedentes, os dividendos que forem declarados pela assembleia geral ou outro órgão competente, ou declarados e pagos, de acordo com as
formalidades previstas no estatuto social ou equivalente, antes da data base das demonstrações contábeis, atendem aos requisitos de obrigação presente
e, portanto, se não pagos devem figurar no passivo da entidade como uma
obrigação
Na alternativa B, faltou a frase “antes da data base”, o que a torna incorreta.
(C) mínimos obrigatórios devem ser registrados como uma obrigação, na data
do encerramento do exercício social a que se referem as demonstrações contábeis.
Alternativa CORRETA, os dividendos mínimos obrigatórios devem ser registrados no passivo.
(D) adicionais ao mínimo obrigatório devem ser todos contabilizados no passivo.
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Alternativa INCORRETA, os dividendos adicionais ficam contabilizados no
Patrimônio Líquido até sua aprovação pela Assembléia.
(E) decorrentes de distribuição de resultado, após a data do balanço e antes da
data da autorização de emissão dessas demonstrações, não gerará registro no passivo da entidade na data do balanço.
Alternativa INCORRETA, os dividendos declarados após a data do balanço não são contabilizados.
22. Gabarito C.
23. No processo de implementação inicial das novas normas contábeis no ativo imobilizado, deve a empresa
(A) atribuir valor justo para o mesmo ativo, sempre que ele estiver a custo zero.
(B) contabilizar, na atribuição de custos aos ativos (deemed cost), como
contrapartida uma conta de resultado, para compensar os ajustes decorrentes da nova depreciação.
(C) estabelecer novas taxas de depreciação, em conformidade com a vida útil e os benefícios econômicos e fiscais que se espera que o bem gere e mantê-los
por período mínimo de 5 anos.
(D) evidenciar, em nota explicativa, qual será a política de dividendos a ser
adotada, no período em que os resultados forem afetados pelas diferenças geradas pela depreciação do novo custo atribuído.
(E) fazer as avaliações para atribuição do custo inicial, obrigatoriamente por avaliadores especialistas externos à empresa, para manter a transparência e a
credibilidade do valor a ser utilizado.
Comentários
Vamos analisar as alternativas:
(A) atribuir valor justo para o mesmo ativo, sempre que ele estiver a custo
zero.
Alternativa INCORRETA. A atribuição do valor justo para os ativos (deemed cost) pode ser feita apenas uma vez, na adoção inicial das novas normas.
(B) contabilizar, na atribuição de custos aos ativos (deemed cost), como contrapartida uma conta de resultado, para compensar os ajustes decorrentes
da nova depreciação.
Alternativa INCORRETA. No processo de implementação inicial das novas
normas contábeis no ativo imobilizado, a empresa pode atribuir aos ativos o valor justo (deemed cost), mas a contrapartida será na conta Ajuste de
Avaliação Patrimonial, no Patrimônio Líquido, e não no Resultado. Além disso, o objetivo não é “compensar os ajustes decorrentes da nova depreciação”, mas
sim atribuir o valor justo aos bens que apresentem valor contábil substancialmente inferior ou superior ao valor justo.
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(C) estabelecer novas taxas de depreciação, em conformidade com a vida útil e
os benefícios econômicos e fiscais que se espera que o bem gere e mantê-los por período mínimo de 5 anos.
Alternativa INCORRETA. A entidade deve revisar a vida útil e o valor residual (e portanto as taxas de depreciação) no mínimo anualmente.
(D) evidenciar, em nota explicativa, qual será a política de dividendos a ser adotada, no período em que os resultados forem afetados pelas diferenças
geradas pela depreciação do novo custo atribuído.
Alternativa CORRETA.
Conforme a Interpretação Técnica ICPC 10 – Aplicação inicial do Ativo Imobilizado:
28. Considerando o impacto que a adoção desta Interpretação pode trazer no resultado (lucro ou prejuízo) futuro da entidade, por conta do aumento da despesa de depreciação, exaustão ou amortização no exercício da adoção inicial
e seguintes, é necessário que a administração divulgue em nota explicativa a política de dividendos que será adotada durante a realização de toda a
diferença gerada pelo novo valor.
(E) fazer as avaliações para atribuição do custo inicial, obrigatoriamente por avaliadores especialistas externos à empresa, para manter a transparência e a
credibilidade do valor a ser utilizado.
Alternativa INCORRETA. A avaliação pode ser efetuada por avaliadores
internos ou externos à entidade.
23. Gabarito D.
24. Em relação ao ajuste a valor presente, é correto afirmar:
(A) As reversões dos ajustes a valor presente decorrentes de financiamentos feitos a clientes que a empresa entende que faz parte de suas atividades
operacionais devem ser apropriadas como receita operacional.
(B) As contas de ativos e passivos circulantes, sempre que indexadas, devem ser trazidas a valor presente e ajustadas contra a conta que originou o
lançamento inicial.
(C) Os impostos diferidos, ativos e passivos, devem ser trazidos a valor
presente pela taxa selic, independentemente de serem a curto ou longo prazo.
(D) Os passivos contratuais e não contratuais devem sempre ser trazidos a
valor presente, desde que a taxa de desconto não considere o risco de crédito, mas sim a taxa embutida no papel.
(E) A taxa a ser utilizada para trazer os montantes a valor presente deve sempre ser líquida dos efeitos fiscais, para não atribuir valor superior ao
realizável efetivamente.
Comentários:
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Vamos analisar as alternativas:
(A) As reversões dos ajustes a valor presente decorrentes de financiamentos feitos a clientes que a empresa entende que faz parte de suas atividades
operacionais devem ser apropriadas como receita operacional.
Alternativa Correta.
Conforme o Pronunciamento CPC 12 – Ajuste a Valor Presente:
23. As reversões dos ajustes a valor presente dos ativos e passivos monetários qualificáveis devem ser apropriadas como receitas ou despesas financeiras, a
não ser que a entidade possa devidamente fundamentar que o financiamento feito a seus clientes faça parte de suas atividades operacionais, quando então
as reversões serão apropriadas como receita operacional. Esse é o caso, por exemplo, quando a entidade opera em dois segmentos distintos: (i) venda de
produtos e serviços e (ii) financiamento das vendas a prazo, e desde que sejam
relevantes esse ajuste e os efeitos de sua evidenciação.
(B) As contas de ativos e passivos circulantes, sempre que indexadas, devem
ser trazidas a valor presente e ajustadas contra a conta que originou o
lançamento inicial.
Alternativa INCORRETA. As contas de ativo e passivo circulantes somente são
ajustadas a valor presente se houver efeito relevante.
Conforme o Pronunciamento CPC 12 – Ajuste a Valor Presente:
21. Os elementos integrantes do ativo e do passivo decorrentes de operações de longo prazo, ou de curto prazo quando houver efeito relevante, devem ser ajustados a valor presente com base em taxas de desconto que reflitam as
melhores avaliações do mercado quanto ao valor do dinheiro no tempo e os
riscos específicos do ativo e do passivo em suas datas originais.
(C) Os impostos diferidos, ativos e passivos, devem ser trazidos a valor
presente pela taxa selic, independentemente de serem a curto ou longo prazo.
Alternativa INCORRETA.
Conforme o Pronunciamento CPC 12 – Ajuste a Valor Presente:
10 – Quando houver Pronunciamento específico do CPC que discipline a forma pela qual um ativo ou passivo em particular deva ser mensurado com base no ajuste a valor presente de seus fluxos de caixa, referido pronunciamento
específico deve ser observado. A regra específica sempre prevalece à regra geral. Caso especial é o relativo à figura do Imposto de Renda Diferido Ativo
e à do Imposto de Renda Diferido Passivo, objeto de Pronunciamento Técnico específico, mas que, conforme previsto nas Normas Internacionais de
Contabilidade, não são passíveis de ajuste a valor presente, o que deve
ser observado desde a implementação deste Pronunciamento. (g.n.)
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(D) Os passivos contratuais e não contratuais devem sempre ser trazidos a
valor presente, desde que a taxa de desconto não considere o risco de crédito, mas sim a taxa embutida no papel.
Alternativa INCORRETA.
Os passivos não contratuais são as obrigações não formalizadas, que resultam de limitações éticas ou morais e não de restrições legais. Podem resultar
também de práticas e costumes. Como exemplo, podemos citar as garantias concedidas a clientes, assistência financeira freqüente a comunidades nativas
situadas em regiões nas quais sejam desenvolvidas atividades econômicas exploratórias, etc.
Conforme o Pronunciamento CPC 12 – Ajuste a Valor Presente:
27. O desconto a valor presente é requerido quer se trate de passivos contratuais, quer se trate de passivos não contratuais, sendo que a taxa de
desconto necessariamente deve considerar o risco de crédito da
entidade.
(E) A taxa a ser utilizada para trazer os montantes a valor presente deve
sempre ser líquida dos efeitos fiscais, para não atribuir valor superior ao realizável efetivamente.
Alternativa INCORRETA.
Conforme o Pronunciamento CPC 12 – Ajuste a Valor Presente:
29. Para fins de desconto a valor presente de ativos e passivos, a taxa a ser
aplicada não deve ser líquida de efeitos fiscais, e, sim, antes dos impostos.
24. Gabarito A.
25. A distribuição do lucro líquido do período é evidenciada na Demonstração:
(A) do Resultado Abrangente.
(B) de Lucros/Prejuízos Acumulados.
(C) do Resultado do Exercício.
(D) do Valor Adicionado.
(E) do Fluxo de Caixa.
Comentários
Vamos analisar as alternativas:
(A) do Resultado Abrangente.
Alternativa INCORRETA. A Demonstração de Resultados Abrangentes
compreendem itens de receita e despesa (incluindo ajustes de reclassificação) que não são reconhecidos na demonstração do resultado. São os valores que
são contabilizados diretamente no Patrimônio Líquido.
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Os componentes dos outros resultados abrangentes incluem: (a) variações na reserva de reavaliação quando permitidas legalmente;
(b) ganhos e perdas atuariais em planos de pensão com benefício definido reconhecidos;
(c) ganhos e perdas derivados de conversão de demonstrações contábeis de operações no exterior;
(d) ajuste de avaliação patrimonial relativo aos ganhos e perdas na remensuração de ativos financeiros disponíveis para venda;
(e) ajuste de avaliação patrimonial relativo à efetiva parcela de ganhos ou perdas de instrumentos de hedge em hedge de fluxo de caixa.
A entidade deve apresentar todos os itens de receita e despesa reconhecidos no
período em duas demonstrações: demonstração do resultado do período e demonstração do resultado abrangente do período; esta última começa com o
resultado líquido e inclui os outros resultados abrangentes.
A demonstração do resultado abrangente deve, no mínimo, incluir as seguintes
rubricas: (a) resultado líquido do período;
(b) cada item dos outros resultados abrangentes classificados conforme sua natureza;
(c) parcela dos outros resultados abrangentes de empresas investidas reconhecida por meio do método de equivalência patrimonial; e
(d) resultado abrangente do período.
A demonstração do resultado abrangente pode ser apresentada em quadro demonstrativo próprio ou dentro das mutações do patrimônio líquido.
(B) de Lucros/Prejuízos Acumulados.
Alternativa CORRETA.
Conforme a Lei 6404/76:
DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS
Art. 186. A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados discriminará:
I - o saldo do início do período, os ajustes de exercícios anteriores e a correção monetária do saldo inicial;
II - as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício;
III - as transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros incorporada ao capital e o saldo ao fim do período.
§ 1º Como ajustes de exercícios anteriores serão considerados apenas os decorrentes de efeitos da mudança de critério contábil, ou da retificação de erro
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imputável a determinado exercício anterior, e que não possam ser atribuídos a
fatos subseqüentes.
§ 2º A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados deverá indicar o
montante do dividendo por ação do capital social e poderá ser incluída na demonstração das mutações do patrimônio líquido, se elaborada e publicada
pela companhia.
A distribuição do lucro líquido está detalhada no inciso III, acima.
(C) do Resultado do Exercício.
Alternativa INCORRETA. O pronunciamento técnico CPC 26 – Apresentação das
Demonstrações Contábeis estabelece a seguinte estrutura a DRE:
A demonstração do resultado do período deve, no mínimo, incluir as seguintes rubricas, obedecidas também as determinações legais:
(a) receitas; (b) custo dos produtos, das mercadorias ou dos serviços vendidos;
(c) lucro bruto; (d) despesas com vendas, gerais, administrativas e outras despesas e receitas
operacionais; (e) parcela dos resultados de empresas investidas reconhecida por meio do
método de equivalência patrimonial; (f) resultado antes das receitas e despesas financeiras
(g) despesas e receitas financeiras;
(h) resultado antes dos tributos sobre o lucro; (i) despesa com tributos sobre o lucro;
(j) resultado líquido das operações continuadas; (k) valor líquido dos seguintes itens:
(i) resultado líquido após tributos das operações descontinuadas; (ii) resultado após os tributos decorrente da mensuração ao valor justo menos
despesas de venda ou na baixa dos ativos ou do grupo de ativos à disposição para venda que constituem a unidade operacional descontinuada;
(l) resultado líquido do período;
Ressaltamos que o resultado das operações descontinuadas deve ser
demonstrado separadamente das operações normais.
(D) do Valor Adicionado.
Alternativa INCORRETA. A Demonstração do Valor Adicionado por objetivo
demonstrar a riqueza gerada pela entidade e sua distribuição, num determinado
período de tempo. Tem a seguinte estrutura:
DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO 1 – RECEITAS
1.1) Vendas de mercadorias, produtos e serviços
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1.2) Outras receitas 1.3) Receitas relativas à construção de ativos próprios
1.4) Provisão para créditos de liquidação duvidosa – Reversão / (Constituição)
2 - INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (inclui os valores dos impostos – ICMS, IPI, PIS e COFINS)
2.1) Custos dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos 2.2) Materiais, energia, serviços de terceiros e outros
2.3) Perda / Recuperação de valores ativos 2.4) Outras (especificar)
3 - VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2)
4 - DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO
5 - VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE (3-4)
6 - VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA 6.1) Resultado de equivalência patrimonial
6.2) Receitas financeiras 6.3) Outras
7 - VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (5+6)
8 - DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO (*)
8.1) Pessoal 8.1.1 – Remuneração direta
8.1.2 – Benefícios 8.1.3 – F.G.T.S
8.2) Impostos, taxas e contribuições 8.2.1 – Federais
8.2.2 – Estaduais
8.2.3 – Municipais 8.3) Remuneração de capitais de terceiros
8.3.1 – Juros 8.3.2 – Aluguéis
8.3.3 – Outras 8.4) Remuneração de Capitais Próprios
8.4.1 – Juros sobre o Capital Próprio 8.4.2 – Dividendos
8.4.3 – Lucros retidos / Prejuízo do exercício 8.4.4 – Participação dos não-controladores nos lucros retidos (só p/
consolidação)
(*) O total do item 8 deve ser exatamente igual ao item 7.
(E) do Fluxo de Caixa.
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Alternativa INCORRETA. O objetivo da Demonstração dos Fluxos de Caixa é
prestar informações sobre o caixa e equivalente de caixa gerado ou consumido por uma entidade.
A demonstração pode ser feita pelo método direto ou indireto, e deve ser
dividida entre fluxo de caixa das atividades operacionais, das atividades de financiamento e das atividades de investimentos.
25. Gabarito B.
26. Os cheques emitidos, registrados contabilmente e entregues pela empresa
para quitação de obrigações, mas ainda não apresentados ao banco pelo portador, devem ter o seu valor:
(A) estornado da conta de Disponibilidade da empresa.
(B) creditado na conta Banco Conta Movimento.
(C) Registrado no grupo de Compensação do Ativo.
(D) identificado e conciliado de forma extracontábil.
(E) registrado em conta do ativo como Cheques a Receber.
Comentários:
Uma vez que a empresa entregou o cheque ao credor, deverá contabilizá-lo,
gerando uma saída da conta bancos. Ainda que o cheque não seja apresentado, a empresa não pode estorná-lo. Afinal, o credor pode apresentar o cheque a
qualquer momento. Portanto, nesse caso, a empresa apenas acompanha através de um controle extracontábil.
26. Gabarito D.
27. De conformidade com as Normas Internacionais de Contabilidade, são
grupos do Balanço Patrimonial:
(A) Ativo Circulante, Realizável a Longo Prazo, Ativo Diferido, Ativo Imobilizado
e Exigível a Longo Prazo.
(B) Ativo Imobilizado, Ativo Intangível, Ativo Diferido e o Patrimônio Líquido.
(C) Realizável de Longo Prazo, Diferido, Investimentos, Passivo Circulante e Passivo Não Circulante.
(D) Ativo Circulante, Ativo Permanente, Passivo Circulante e Passivo Não Circulante.
(E) Passivo Não Circulante, Passivo Circulante, Patrimônio Líquido, Ativo Circulante, Imobilizado, Intangível e Investimentos.
Comentários:
A antiga estrutura do balanço patrimonial era a seguinte:
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Ativo Passivo
1) Ativo Circulante 1) Passivo Circulante
2) Ativo Realizável a Longo Prazo 2) Passivo Exigível a Longo Prazo
3) Ativo Permanente 3) Resultado de Exercícios Futuros
3.1 Investimentos
4) Patrimônio Líquido 3.2 Imobilizado
3.3 Diferido
Com a reestruturação, foram extintos o grupo Ativo Permanente, Resultado de Exercícios Futuros e Ativo Diferido, e foi criado o sub-grupo Ativo Intangível.
Nova estrutura do balanço:
Ativo Passivo
1) Ativo Circulante 1) Passivo Circulante
2) Ativo Não Circulante 2) Passivo não circulante
2.1 Realizável a Longo Prazo
3) Patrimônio Líquido 2.2 Imobilizado
2.3 Intangível
2.4 Investimentos
Vamos analisar as alternativas (observação: a questão não distingue entre grupo e subgrupo).
(A) Ativo Circulante, Realizável a Longo Prazo, Ativo Diferido, Ativo Imobilizado e Exigível a Longo Prazo.
Alternativa INCORRETA, não existe mais o Ativo Diferido.
(B) Ativo Imobilizado, Ativo Intangível, Ativo Diferido e o Patrimônio Líquido.
Alternativa INCORRETA, não existe mais o Ativo Diferido.
(C) Realizável de Longo Prazo, Diferido, Investimentos, Passivo Circulante e Passivo Não Circulante.
Alternativa INCORRETA, não existe mais o Ativo Diferido.
(D) Ativo Circulante, Ativo Permanente, Passivo Circulante e Passivo Não
Circulante.
Alternativa INCORRETA, não existe mais a denominação de Ativo Permanente.
(E) Passivo Não Circulante, Passivo Circulante, Patrimônio Líquido, Ativo Circulante, Imobilizado, Intangível e Investimentos.
Alternativa CORRETA.
27. Gabarito E.
28. De acordo com as normas internacionais, os intangíveis estão sujeitos a
ajustes
(A) decorrentes somente do cálculo da amortização.
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(B) de amortizações e do registro de imparidade, quando for o caso.
(C) de amortizações, depreciação e ajustes a valor presente, quando for o caso.
(D) somente da correção do ajuste a valor presente.
(E) conseqüentes do valor justo e do cálculo do valor presente do fluxo de caixa.
Comentários
Conforme o Pronunciamento Técnico CPC 04 – Ativo Intangível:
Método de custo 74. Após o seu reconhecimento inicial, um ativo intangível deve ser apresentado ao custo, menos a eventual amortização acumulada e a perda
acumulada (Pronunciamento Técnico CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos).
Recuperação do valor contábil – perda por redução ao valor recuperável
de ativos 111. Para determinar se um ativo intangível já não tem valor, a entidade deve
aplicar o Pronunciamento Técnico CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de
Ativos.
Esse Pronunciamento determina quando e como a entidade deve revisar o valor contábil de seus ativos, como determinar o seu valor recuperável e quando
reconhecer ou reverter perda por desvalorização
Portanto, os Ativos Intangíveis estão sujeitos a ajustes de amortização e ao teste de recuperabilidade (também chamado de Impairment ou
Imparidade).
Ressaltamos, entretanto, que apenas os Intangíveis com vida útil definida são
amortizados. Os ativos Intangíveis com vida útil indefinida não sofrem amortização, mas devem ser submetidos ao teste de recuperabilidade.
28. Gabarito B.
29. Em uma economia de preços decrescentes, a avaliação de estoques pelo
critério Último que Entra é o Primeiro que Sai (UEPS), em relação a outros critérios de atribuição de preços aos estoques, tende a gerar valores de
(A) custo de mercadorias vendidas maiores.
(B) estoque final menores.
(C) saídas maiores.
(D) estoques finais maiores.
(E) custo de compras maiores.
Comentários
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O critério UEPS (último que entra é o primeiro que sai) significa que será
atribuído ao custo das unidades vendidas o preço das unidades mais recentes.
Há também o PEPS (Primeiro que entra é o primeiro a sair) e o Custo Médio
Ponderado, que pode ser Móvel (calculamos o custo médio ponderado a cada saída) ou fixo (calculamos o custo médio ponderado para o mês e usamos esse
valor para todas as saídas).
Normalmente, o Custo Médio Ponderado resulta num valor intermediário, entre
o PEPS e o UEPS.
Mas, quando a questão fornece valores e pergunta sobre a relação entre os
critérios, é recomendável calcular.
Por exemplo, considere que uma empresa, com estoque inicial zero, apresente
as seguintes informações:
Data Evento Quantidade (unidades) Valor unitário
01/jan Compra 10 R$ 11,00
03/jan Compra 15 R$ 10,00
08/jan Compra 23 R$ 18,00
10/jan Compra 35 R$ 17,00
15/jan Compra 11 R$ 10,00
22/jan Compra 4 R$ 12,50
23/jan Compra 10 R$ 10,00
Se, no dia 30 de Janeiro, a empresa vender 25 unidades, qual critério
produziria o maior custo das mercadorias vendidas?
Repare que os preços variam aleatoriamente. Como foram escolhidos a
propósito, teríamos, como custo das mercadorias vendidas (25 unidades):
PEPS: Custo de $260,00
Custo Médio Ponderado: $ 353,93
UEPS: Custo de $ 260,00
Nesse exemplo, o uso do PEPS ou do UEPS produziria o mesmo custo, o mesmo valor de estoque final e o mesmo lucro.
Mas, quando a questão se refere uma economia inflacionária (em que os preços aumentam) ou deflacionária (em que os preços diminuem), o custo médio
ponderado irá sempre resultar num valor intermediário entre o PEPS e o UEPS.
A questão menciona que os preços são decrescentes. Ao invés de tentar
memorizar qual método produz o maior custo, é melhor fazer um exemplo extremamente simples. Assim:
Primeira compra: 1 unidade a 20 reais
Segunda compra: 1 unidade a 10 reais
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No caso de venda de uma unidade, usando o PEPS teremos custo = R$ 20,00 e
estoque final de R$10,00; usando o UEPS, custo de R$ 10,00 e estoque final de R$20,00.
Agora podemos analisar as alternativas:
A) custo de mercadorias vendidas maiores.
Alternativa INCORRETA, gera custo de mercadoria vendida menor.
(B) estoque final menores.
Alternativa INCORRETA, o UEPS irá resultar em custo menor e portanto em estoque maior.
(C) saídas maiores.
Alternativa INCORRETA, saída da conta de estoque corresponde ao CMV, que é
menor com o UEPS.
(D) estoques finais maiores.
Alternativa Correta
(E) custo de compras maiores.
Alternativa INCORRETA, alternativa absurda, o custo das compras não se
altera, com o uso de um ou outro método.
29. Gabarito D.
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QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA
1. Em dezembro de 2010, o banco debitou R$ 25.000,00 na conta da empresa referente a juros sobre empréstimos, tendo enviado o aviso bancário em 5 de
janeiro de 2011. Considerando esses juros como único item pendente, o valor de R$ 25.000,00, na conciliação bancária do mês de dezembro/2010, deverá
ser apresentado da seguinte forma:
(A) redução do saldo do extrato.
(B) aumento do saldo do extrato.
(C) aumento do saldo do razão analítico.
(D) redução do saldo do razão analítico.
(E) sem alterações nos saldos do extrato e razão analítico.
2. O princípio contábil que determina que o registro das variações patrimoniais,
desde que tecnicamente estimável, deve ser feito mesmo na hipótese de
somente existir razoável certeza de sua ocorrência, é o Princípio da
(A) Continuidade.
(B) Exclusividade.
(C) Oportunidade.
(D) Entidade.
(E) Prudência.
3. Aumentam os saldos das contas de Patrimônio Líquido, Ativo e Passivo, os
lançamentos nelas efetuados que representem, respectivamente:
(A) Crédito, Débito e Crédito.
(B) Crédito, Crédito e Débito.
(C) Débito, Débito e Crédito.
(D) Débito, Crédito e Débito.
(E) Crédito, Crédito e Crédito.
4. Contas cujos saldos no Balanço Patrimonial são devedores:
(A) Capital Social Subscrito e ICMS a Recolher.
(B) Fornecedores e Honorários a Pagar.
(C) Duplicatas a Receber e Móveis e Utensílios.
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(D) Lucros Acumulados e Contas a Pagar.
(E) Duplicatas a Pagar e Aluguéis a Pagar.
5. Os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa, ou exercidos com essa finalidade,
inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens, devem ser classificados no grupo de
contas:
(A) Ativo Imobilizado.
(B) Disponível.
(C) Ativo Intangível.
(D) Investimentos.
(E) Estoques.
6. São ativos intangíveis:
(A) participações societárias.
(B) construções em andamentos e bibliotecas.
(C) ferramentas, computadores, máquinas e equipamentos.
(D) ações e arrendamento mercantil.
(E) marcas, patentes e fundo de comércio.
7. Relata efetivamente o desempenho, em termos de lucro ou prejuízo apurado
pela companhia durante o exercício social:
(A) Demonstração do Fluxo de Caixa.
(B) Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados.
(C) Demonstração do Valor Adicionado.
(D) Demonstração do Resultado do Exercício.
(E) Balanço Patrimonial.
8. As Companhias Abertas deverão apresentar as suas demonstrações
financeiras consolidadas, adotando o padrão contábil internacional, de acordo
com os pronunciamentos emitidos pelo International Accounting Standards Board − IASB,
(A) a partir do exercício findo em 2009.
(B) a partir do exercício findo em 2010.
(C) a partir do exercício findo de 2011.
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(D) a partir do exercício findo de 2012.
(E) sendo facultativo para o exercício de 2010 e obrigatório para o exercício de 2011.
9. Em um balancete de verificação levantado no final do exercício, o departamento de contabilidade de uma companhia lançou, por engano, o saldo
da conta de provisão para créditos de liquidação duvidosa na coluna errada. Em conseqüência, a somatória dos saldos devedores totalizou R$ 27.000,00 a mais
do que a somatória dos saldos credores. A companhia lançou como valor dessa provisão o equivalente a exatamente 3% do valor dos créditos provenientes de
vendas a prazo. Em conseqüência, no balanço patrimonial da companhia, referente a esse exercício, o montante bruto desses créditos correspondeu, em
R$, a
(A) 450.000,00.
(B) 510.000,00.
(C) 625.000,00.
(D) 900.000,00.
(E) 1.350.000,00.
10. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRT 2ª/2008) A Cia. Comercial Silva, que utiliza o sistema do inventário permanente, apresentou as transações
abaixo, no mês de início de suas atividades, sendo que os valores unitários das compras já estão diminuídos dos impostos recuperáveis e dos descontos
incondicionais obtidos.
Dia/Transação
3 /Compra de 10 unidades a R$ 400,00 cada uma
6 /Compra de 20 unidades a R$ 440,00 cada uma
10/ Venda de 25 unidades a R$ 600,00 cada uma
15 /Compra de 35 unidades a R$ 480,00 cada uma
23/ Venda de 30 unidades a R$ 640,00 cada uma
30 /Compra de 10 unidades pelo valor total de R$ 5.000,00
Sabendo que a companhia avalia seus estoques pelo critério PEPS (primeiro que entra, primeiro que sai), o valor do seu estoque final de mercadorias
corresponderá, em R$, a
(A) 9.800,00.
(B) 9.440,00.
(C) 9.200,00.
(D) 8.700,00.
(E) 8.400,00.
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11. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRT 2ª/2008) Utilizando-se, ainda,
do enunciado da questão anterior, o custo das mercadorias vendidas (CMV) da sociedade, nas transações do mês, pelo critério PEPS, foi, em R$, de
(A) 24.760,00.
(B) 24.800,00.
(C) 25.160,00.
(D) 26.800,00.
(E) 27.100,00.
ENUNCIADO PARA AS QUESTÕES DE N. 12 a 14.
Uma companhia comercial adquiriu um lote de mercadorias, o qual foi revendido integralmente alguns dias depois. Na operação, a sociedade auferiu
um lucro bruto de R$ 120.000,00, que correspondeu a 20% da receita bruta de vendas. A companhia não é contribuinte do IPI, é contribuinte do PIS e da
COFINS no regime não cumulativo (alíquotas de 1,65% e 7,6%,
respectivamente) e o ICMS incidiu à alíquota de 18% sobre as operações de compra e venda. Nas operações, não houve devolução de compras e de vendas,
tampouco qualquer tipo de abatimento ou desconto.
12. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRT 2ª/2008) A receita líquida de vendas dessa operação equivaleu, em R$, a
(A) 600.000,00.
(B) 544.500,00.
(C) 540.000,00.
(D) 492.000,00.
(E) 436.500,00.
13. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRT 2ª/2008) O custo das mercadorias vendidas na operação correspondeu, em R$, a
(A) 300.000,00.
(B) 316.500,00.
(C) 372.000,00.
(D) 424.500,00.
(E) 480.000,00.
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14. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRT 2ª/2008) O valor do ICMS
incidente sobre vendas em decorrência dessa operação corresponde, em R$, a
(A) 144.000,00.
(B) 116.000,00.
(C) 108.000,00.
(D) 76.000,00.
(E) 54.000,00.
15. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRT 2ª/2008) Sobre os fatos
contábeis que modificam o valor das compras e das vendas, é correto afirmar:
(A) O frete sobre compras, quando o ônus de seu pagamento cabe à empresa
compradora, deve ser sempre incluído no custo do estoque das mercadorias adquiridas.
(B) Descontos incondicionais concedidos são aqueles concedidos pela empresa vendedora numa alienação a prazo, quando a empresa compradora quita sua
duplicata antes da data do vencimento.
(C) Na escrituração comercial regular, a conta Devolução de Vendas tem sempre saldo credor.
(D) Os impostos incidentes sobre as compras, quando recuperáveis, devem compor o valor do estoque das mercadorias adquiridas.
(E) Os impostos incidentes sobre vendas, quando não-cumulativos, devem ser escriturados como despesa pelo seu valor líquido, ou seja, o total de débitos
menos o total de créditos.
16. Uma companhia aplicou R$ 100.000,00 de suas disponibilidades na aquisição de um CDB (Certificado de Depósito Bancário) prefixado junto a uma
instituição financeira, com resgate no prazo de 180 dias pelo valor de R$ 120.000,00. A alíquota do imposto de renda a ser retido pela instituição
financeira sobre o rendimento obtido na operação é de 22,5%. Esse imposto é uma antecipação do imposto devido sobre a base de cálculo do imposto de
renda da pessoa jurídica. Na data do vencimento do título, que ocorreu no
mesmo exercício da data de aplicação, o crédito efetuado pela instituição financeira na conta corrente bancária da sociedade poderá registrado, em sua
contabilidade, por meio do único lançamento:
a) D Investimentos Temporários
C Bancos 100.000,00 C Receitas Financeiras 15.500,00
C IR Fonte a Recolher 4.500,00 120.000,00 b) D Bancos
C Investimentos Temporários 100.000,00 C Receitas Financeiras 15.500,00
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C IR Fonte a Recolher 4.500,00 120.000,00
c) D Investimentos Temporários C Bancos 100.000,00
C Receitas Financeiras 15.500,00 C IR Fonte a Recuperar 4.500,00 120.000,00
d) D Bancos C Investimentos Temporários 100.000,00
C IR Fonte a Recolher 15.500,00 C Receitas Financeiras 4.500,00 120.000,00
e) D Bancos 115.500,00 D IR Fonte a Recuperar 4.500,00
C Investimentos Temporários 100.000,00 C Receitas Financeiras 20.000,00
17. Sobre reservas contábeis, é correto afirmar:
(A) Significam o mesmo que provisões, pois ambas reduzem o valor dos lucros
da entidade.
(B) Todas representam destinação de lucros retidos, ou seja, aquela parcela do
lucro líquido do exercício que não foi distribuída aos sócios ou aos acionistas.
(C) As reservas de capital não podem ser utilizadas para absorver prejuízos
contábeis, somente para aumentar o valor do capital.
(D) A constituição de reservas de reavaliação foi proibida para as sociedades
por ações a partir de 1o de janeiro de 2008.
(E) A reserva legal não pode exceder 15% do capital social da entidade.
18. Considere as informações abaixo, extraídas da contabilidade da Cia.
Carandiru, relativas ao exercício findo em 31/12/2007.
Lucro líquido do exercício...................................... 520.000,00
Resultado positivo na equivalência patrimonial ...... 270.000,00
Acréscimo à reserva legal ...................................... 26.000,00
Reversão de reservas para contingências.............. 14.000,00
Lucro com realização financeira a ocorrer em 2009 20.000,00
O estatuto da companhia é omisso com relação ao pagamento de dividendos.
De acordo com o disposto nos artigos 197 e 202 da Lei das Sociedades por Ações, ela poderá constituir, nesse exercício, reserva de lucros a realizar no
valor, em R$, de
(A) 40.000,00.
(B) 36.000,00.
(C) 30.000,00.
(D) 24.000,00.
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(E) 18.000,00.
19. No Balanço Patrimonial da Cia. Esperança, relativo ao ano-calendário
encerrado em 31/12/2007, o valor do Ativo Circulante foi exatamente igual ao do Passivo Circulante e o valor do Ativo Não-Circulante, exceto o realizável a
longo prazo, foi exatamente o dobro do Patrimônio Líquido. O valor do Ativo Não-Circulante - Realizável a Longo Prazo correspondeu a R$ 100.000,00; o do
Passivo Não-Circulante - Exigível a Longo Prazo, a R$ 250.000,00 e o grupo Passivo Não-Circulante – Receitas Diferidas, a R$ 250.000,00. Com esses
dados, é correto concluir que o total do Ativo Não-Circulante, exceto o realizável a longo prazo da entidade em 31/12/2007 era, em R$, de
(A) 1.100.000,00.
(B) 1.000.000,00.
(C) 800.000,00.
(D) 600.000,00.
(E) 400.000,00.
20. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRT 2ª/2008/Adaptada) A Cia.
Comercial Itapicuru elaborou a Demonstração do Fluxo de Caixa para o
exercício encerrado em 31/12/2007, da qual foram extraídas as informações
abaixo (em R$).
Lucro líquido do exercício ....................................... 280.000,00
Empréstimo bancário obtido no exercício de 2007.. 320.000,00
Valor total de aquisição de imóvel com entrada de 20% 450.000,00
Dividendos distribuídos ........................................... 140.000,00
Despesas de depreciação....................................... 100.000,00
Ganho na alienação de bem do ativo imobilizado ... 150.000,00
Aumento de capital em numerário........................... 180.000,00
Aquisição de participação societária à vista ............ 200.000,00
Aumento em Duplicatas a Receber......................... 90.000,00
Diminuição em Estoques ........................................ 20.000,00
Aumento em Fornecedores..................................... 50.000,00
Diminuição em Tributos a Recolher ........................ 30.000,00
Utilizando apenas essas informações, é correto concluir que o fluxo de caixa
operacional da sociedade acarretou um aumento do Disponível, em R$, de
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(A) 150.000,00.
(B) 170.000,00.
(C) 180.000,00.
(D) 220.000,00.
(E) 230.000,00.
21. A Lei no 11.638/2007, ao modificar a redação de alguns artigos da Lei no
6.404/1976, introduziu a obrigatoriedade da elaboração de duas demonstrações
contábeis adicionais para as sociedades por ações. São elas:
(A) Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados e Demonstração do Valor Adicionado.
(B) Demonstração dos Fluxos de Caixa e Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido.
(C) Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos e Demonstração das
Mutações do Patrimônio Líquido. (D) Demonstração do Valor Adicionado e Demonstração dos Fluxos de Caixa.
(E) Demonstração do Dividendo Obrigatório e Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido.
22. Em conformidade com a ICPC-08, os dividendos
(A) declarados, após o período contábil e antes da aprovação pela assembléia dessas demonstrações, devem ser reconhecidos no passivo como dividendos a
pagar.
(B) que forem declarados pela assembléia geral, ou declarados e pagos, de
acordo com as formalidades previstas no estatuto social, quando não pagos devem figurar no passivo da entidade como uma obrigação.
(C) mínimos obrigatórios devem ser registrados como uma obrigação, na data do encerramento do exercício social a que se referem as demonstrações
contábeis.
(D) adicionais ao mínimo obrigatório devem ser todos contabilizados no passivo.
(E) decorrentes de distribuição de resultado, após a data do balanço e antes da data da autorização de emissão dessas demonstrações, não gerará registro no
passivo da entidade na data do balanço.
23. No processo de implementação inicial das novas normas contábeis no ativo imobilizado, deve a empresa
(A) atribuir valor justo para o mesmo ativo, sempre que ele estiver a custo zero.
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(B) contabilizar, na atribuição de custos aos ativos (deemed cost), como
contrapartida uma conta de resultado, para compensar os ajustes decorrentes da nova depreciação.
(C) estabelecer novas taxas de depreciação, em conformidade com a vida útil e os benefícios econômicos e fiscais que se espera que o bem gere e mantê-los
por período mínimo de 5 anos.
(D) evidenciar, em nota explicativa, qual será a política de dividendos a ser
adotada, no período em que os resultados forem afetados pelas diferenças geradas pela depreciação do novo custo atribuído.
(E) fazer as avaliações para atribuição do custo inicial, obrigatoriamente por avaliadores especialistas externos à empresa, para manter a transparência e a
credibilidade do valor a ser utilizado.
24. Em relação ao ajuste a valor presente, é correto afirmar:
(A) As reversões dos ajustes a valor presente decorrentes de financiamentos feitos a clientes que a empresa entende que faz parte de suas atividades
operacionais devem ser apropriadas como receita operacional.
(B) As contas de ativos e passivos circulantes, sempre que indexadas, devem ser trazidas a valor presente e ajustadas contra a conta que originou o
lançamento inicial.
(C) Os impostos diferidos, ativos e passivos, devem ser trazidos a valor
presente pela taxa selic, independentemente de serem a curto ou longo prazo.
(D) Os passivos contratuais e não contratuais devem sempre ser trazidos a
valor presente, desde que a taxa de desconto não considere o risco de crédito, mas sim a taxa embutida no papel.
(E) A taxa a ser utilizada para trazer os montantes a valor presente deve sempre ser líquida dos efeitos fiscais, para não atribuir valor superior ao
realizável efetivamente.
25. A distribuição do lucro líquido do período é evidenciada na Demonstração:
(A) do Resultado Abrangente.
(B) de Lucros/Prejuízos Acumulados.
(C) do Resultado do Exercício.
(D) do Valor Adicionado.
(E) do Fluxo de Caixa.
26. Os cheques emitidos, registrados contabilmente e entregues pela empresa para quitação de obrigações, mas ainda não apresentados ao banco pelo
portador, devem ter o seu valor:
(A) estornado da conta de Disponibilidade da empresa.
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(B) creditado na conta Banco Conta Movimento.
(C) Registrado no grupo de Compensação do Ativo.
(D) identificado e conciliado de forma extracontábil.
(E) registrado em conta do ativo como Cheques a Receber.
27. De conformidade com as Normas Internacionais de Contabilidade, são grupos do Balanço Patrimonial:
(A) Ativo Circulante, Realizável a Longo Prazo, Ativo Diferido, Ativo Imobilizado e Exigível a Longo Prazo.
(B) Ativo Imobilizado, Ativo Intangível, Ativo Diferido e o Patrimônio Líquido.
(C) Realizável de Longo Prazo, Diferido, Investimentos, Passivo Circulante e
Passivo Não Circulante.
(D) Ativo Circulante, Ativo Permanente, Passivo Circulante e Passivo Não
Circulante.
(E) Passivo Não Circulante, Passivo Circulante, Patrimônio Líquido, Ativo
Circulante, Imobilizado, Intangível e Investimentos.
28. De acordo com as normas internacionais, os intangíveis estão sujeitos a
ajustes
(A) decorrentes somente do cálculo da amortização.
(B) de amortizações e do registro de imparidade, quando for o caso.
(C) de amortizações, depreciação e ajustes a valor presente, quando for o caso.
(D) somente da correção do ajuste a valor presente.
(E) conseqüentes do valor justo e do cálculo do valor presente do fluxo de
caixa.
29. Em uma economia de preços decrescentes, a avaliação de estoques pelo critério Último que Entra é o Primeiro que Sai (UEPS), em relação a outros
critérios de atribuição de preços aos estoques, tende a gerar valores de
(A) custo de mercadorias vendidas maiores.
(B) estoque final menores.
(C) saídas maiores.
(D) estoques finais maiores.
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GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA
Questão Gabarito Questão Gabarito
1 D 16 E
2 C 17 D
3 A 18 D
4 C 19 C
5 A 20 C
6 E 21 D
7 D 22 C
8 B 23 D
9 A 24 A
10 A 25 B
11 B 26 D
12 E 27 E
13 B 28 B
14 C 29 D
15 A