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ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PARA O CARGO DE CONSULTOR LEGISLATIVO DA CÂMARA MUNICIPAL DO RJ – TEORIA E EXERCÍCIOS Aula 00 - Aula Demonstrativa Professor: HENRIQUE CAMPOLINA www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Henrique Campolina 1 Aula Conteúdo Programático 00 (Demo) Títulos I (Disposições Preliminares) e II (Dos Cargos e da Função Gratificada) do Estatuto dos Funcionários Públicos do Poder Executivo do Município do Rio de Janeiro (com noções gerais sobre agentes públicos: espécies e classificação e cargo, emprego e função). 01 Princípios constitucionais de natureza ética: Moralidade, Impessoalidade, Probidade, Motivação e Publicidade. 02 Lei de Improbidade Administrativa (lei 8.429/92). 03 Normas penais relativas ao Servidor Público; Dos Crimes contra a Fazenda Pública; Dos Crimes contra as Finanças Públicas. 04 Decreto Municipal 13.319 e alterações. SUMÁRIO Apresentação ........................................................................................... 2 Estatuto dos Funcionários Públicos do Poder Executivo do Município do Rio de Janeiro ................................................................................................... 4 Título I - Disposições Preliminares .......................................................... 4 Título II - Dos Cargos e da Função Gratificada ......................................... 6 Questões Resolvidas ............................................................................... 12 Questões Propostas................................................................................. 27 Gabarito ................................................................................................ 31 Bibliografia ............................................................................................ 31 Aula 00 – Aula Demonstrativa

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  • TICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAO PBLICA PARA O CARGO DE CONSULTOR LEGISLATIVO DA CMARA MUNICIPAL DO RJ TEORIA E EXERCCIOS

    Aula 00 - Aula Demonstrativa Professor: HENRIQUE CAMPOLINA

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    1

    Aula Contedo Programtico

    00

    (Demo)

    Ttulos I (Disposies Preliminares) e II (Dos Cargos e da Funo

    Gratificada) do Estatuto dos Funcionrios Pblicos do Poder

    Executivo do Municpio do Rio de Janeiro (com noes gerais sobre

    agentes pblicos: espcies e classificao e cargo, emprego e

    funo).

    01 Princpios constitucionais de natureza tica: Moralidade,

    Impessoalidade, Probidade, Motivao e Publicidade.

    02 Lei de Improbidade Administrativa (lei 8.429/92).

    03 Normas penais relativas ao Servidor Pblico; Dos Crimes contra a

    Fazenda Pblica; Dos Crimes contra as Finanas Pblicas.

    04 Decreto Municipal 13.319 e alteraes.

    SUMRIO

    Apresentao ........................................................................................... 2

    Estatuto dos Funcionrios Pblicos do Poder Executivo do Municpio do Rio de

    Janeiro ................................................................................................... 4

    Ttulo I - Disposies Preliminares .......................................................... 4

    Ttulo II - Dos Cargos e da Funo Gratificada ......................................... 6

    Questes Resolvidas ............................................................................... 12

    Questes Propostas................................................................................. 27

    Gabarito ................................................................................................ 31

    Bibliografia ............................................................................................ 31

    Aula 00 Aula Demonstrativa

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    2

    APRESENTAO

    Ol, Futuro Funcionrio Concursado da Cmara Municipal do Rio de Janeiro!

    Antes de iniciarmos nossa preparao com explicaes tericas e exerccios,

    gostaria de fazer uma rpida apresentao.

    Meu nome Henrique Campolina, mineiro de Belo Horizonte, funcionrio de

    carreira do Tribunal de Justia do Estado de Minas Gerais (TJMG), aprovado no

    concurso de 1989 para o Tribunal de Alada do Estado de Minas Gerais (TAMG),

    que, aps sua extino em 2004, foi fundido ao TJMG.

    Hoje, no TJMG, estou responsvel pela Gerncia de Compra de Bens e Servios.

    Sou instrutor interno da Escola Judicial Edsio Fernandes EJEF, pertencente

    ao quadro do TJMG.

    No Ponto sou especialista nas reas de tica no Servio Pblico, Direito

    Administrativo e Legislaes Especficas.

    Sou bacharel em Direito e em Engenharia Civil, ambas as graduaes obtidas

    pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e ps-graduado em Letras:

    Portugus e Literatura pelas Faculdades Integradas de Jacarepagu/RJ.

    Sejam bem vindos aula 00 (demo) do Curso sobre tica do Servidor na

    Administrao Pblica para o cargo de Consultor Legislativo da Cmara

    Municipal do Rio de Janeiro Teoria e Exerccios, onde abordaremos a

    legislao acima elencada, incluindo as respectivas alteraes posteriores.

    A principal ideia da formatao destas aulas embutir aos futuros servidores

    concursados as premissas, definies, determinaes e princpios contidos nesta

    legislao, intercalados com exerccios (questes comentadas de concursos

    anteriores), que tambm objetivam a familiarizao de todos com os dizeres,

    abordagens e reflexes que envolvem essas avaliaes.

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    Como sabido, as provas de concurso costumam cobrar a literalidade da

    legislao, motivo que transcreveremos cada dispositivo abordado para melhor

    memorizao do texto legal1:

    Assim, quando for transcrever um texto legal, ele aparecer

    negritado, neste tipo de formatao, visando facilitar suas localizaes para leituras e consultas durante possveis futuras

    revises rpidas da matria. Em virtude de tal formatao, eliminaremos, inclusive, as aspas que sinalizam a transcrio

    ipsis litteris2 do texto.

    Traremos diversas questes de concursos, objetivando a familiarizao de todos

    com os dizeres, abordagens e reflexes que envolvem essas avaliaes.

    Resolveremos cada uma delas, trazendo as explicaes e comentrios

    necessrios ao bom entendimento de vocs. Ao final da aula, transcreveremos

    todos os enunciados, para que vocs possam tentar resolv-las sozinhos e,

    tambm, para utilizarem como um Simulado em revises futuras.

    Sempre que inicio um estudo sobre tica, gosto de trazer, como

    introduo, noes gerais sobre Agentes pblicos: espcies e

    classificao e cargo, emprego e funo pblicos.

    Assim, vamos estudar, agora, os Ttulos I (Disposies Preliminares) e

    II (Dos Cargos e da Funo Gratificada) do Estatuto dos Funcionrios

    Pblicos do Poder Executivo do Municpio do Rio de Janeiro, que

    possuem importantes definies e conceitos, teis ao entendimento dos

    tpicos que abordaremos, e aparecem, inclusive, em nosso Edital.

    Crticas e sugestes podero ser enviadas para:

    [email protected]

    Prof. Henrique Campolina

    Setembro/2014

    1 Texto legal: uma expresso usualmente utilizada para referir-se a um texto extrado de alguma legislao (leis, decretos, portarias, medidas provisrias, etc.) 2 Ipsis litteris expresso latina que significa transcrio literal do texto, mesmas palavras e letras.

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    LEI MUNICIPAL N 94/1979 - ESTATUTO DOS

    FUNCIONRIOS PBLICOS DO PODER EXECUTIVO DO

    MUNICPIO DO RIO DE JANEIRO3

    TTULO I DISPOSIES PRELIMINARES

    A Lei n 94, de 14 de maro de 1979, estabeleceu o regime jurdico dos

    funcionrios Pblicos do Poder Executivo do Municpio do Rio de Janeiro

    (Estatuto), conforme pode ser constatado em seu primeiro dispositivo:

    Art.1 - Esta lei estabelece o regime jurdico dos Funcionrios Pblicos do Poder Executivo do Municpio do Rio de Janeiro.

    - Comando Constitucional

    Apesar de ser anterior nossa atual Constituio Federal/1988, a Lei Municipal

    n 94/1979 encontra previso e respaldo em nossa Lei Maior.

    Vejam comigo (transcrio que no pertencer a Lei estudada no ser

    negritada):

    Art. 39. A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios instituiro, no mbito de sua competncia, regime jurdico nico e

    planos de carreira para os servidores da administrao pblica direta, das autarquias e das fundaes pblicas.

    Alm disto, nossa Carta Magna j traz algumas regras em relao

    Administrao Pblica, que, obviamente, no podero ser contraditas nas

    normas infraconstitucionais.

    Vejam exemplos destas disposies da CF/1988:

    Caput do art. 37: Princpios da Legalidade, da Impessoalidade, da

    Moralidade, da Publicidade e da Eficincia (o famoso LIMPE);

    3 Fonte da Legislao: stio oficial da Cmara Municipal do RJ (www.camara.rj.gov.br) em 06.05.2014

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    Incisos I, II, III e IV do art. 37: Regras bsicas para ingresso no servio

    pblico;

    Inciso VI do art. 37: Direito sobre livre associao sindical aos servidores

    pblicos;

    Inciso XVI do art. 37: Vedao sobre acumulao remunerada de cargos

    pblicos;

    Art. 40: Regime de previdncia de servidores;

    Art. 41: Regras sobre estabilidade de servidores.

    E foi exatamente a Constituio de 1988 que trouxe a exigncia de regime

    jurdico nico para os servidores pblicos.

    A Emenda Constitucional 19/1998 tinha modificado o transcrito art. 39, mas o

    STF (ADIN 2.135-4) retornou com o texto original.

    O transcrito art. 1, alm de reforar a ementa da Lei, ratifica seus

    destinatrios: funcionrios pblicos do Poder Executivo do Municpio do Rio de

    Janeiro, instituindo o:

    Regime Jurdico dos Funcionrios Pblicos do Poder Executivo do

    Municpio do Rio de Janeiro (Estatuto)

    Mas o que significa Regime Jurdico?

    Trarei uma didtica definio, retirada do stio do Wikipdia4:

    REGIME JURDICO

    Regime jurdico o conjunto de direitos,

    deveres, garantias, vantagens, proibies e

    penalidades aplicveis a determinadas relaes

    sociais qualificadas pelo Direito.5

    4 Apesar de ser um stio livre, com diversas informaes no confiveis, s trarei transcries dessa fonte aps confirmar a correo, veracidade e adequao de seu contedo para nossa preparao. 5 Fonte: Stio do Wikipdia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Regime_jurdico)

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    O regime jurdico tambm chamado de estatuto, da decorre a denominao

    funcionrio ou servidor pblico estatutrio.

    Seguindo na Lei Municipal/RJ n 94/1979, encontramos um importante

    conceito:

    Funcionrio Pblico Municipal: pessoa legalmente investida em cargo

    pblico municipal.

    TTULO II DOS CARGOS E DA FUNO GRATIFICADA

    CAPTULO I - DOS CARGOS

    Art. 3 - Cargo o conjunto autnomo de atribuies, deveres e responsabilidades cometido a um funcionrio identificando-

    se pelas caractersticas de criao na forma da lei, denominao prpria, nmero certo e pagamento pelos cofres

    do Municpio.

    1 - Os cargos so de provimento efetivo e de provimento em comisso.

    2 - Os cargos pblicos do Poder Executivo do Municpio so acessveis a todos os brasileiros que preencham os requisitos

    estabelecidos em lei e regulamento. 3 - vedado atribuir ao funcionrio funes diversas das

    prprias de seu cargo, como tais definidas em lei ou regulamento, ressalvados os casos de readaptao mdica.

    CAPTULO II - DA FUNO GRATIFICADA

    Art. 4 - Funo Gratificada o encargo de chefia e assistncia intermediria atribudo ao funcionrio do Municpio por cujo

    desempenho perceber vantagem acessria. 1 - Fica condicionado ao interesse e convenincia da

    Administrao o exerccio de funo gratificada, mesmo nos

    casos em que a designao for precedida de seleo. 2 - Compete autoridade a que ficar subordinado o

    funcionrio designado para a funo gratificada dar-lhe exerccio, no prazo de 30 (trinta) dias.

    Art. 5 - permitido ao funcionrio aposentado, mesmo

    compulsoriamente, exercer funo gratificada, desde que seja

    julgado apto em inspeo de sade. Pargrafo nico - Na hiptese deste artigo, a retribuio

    percebida constituir vantagem acessria ao provento.

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    O 2 do artigo 3 atende ao comando constitucional contido no inciso I do art.

    37:

    I - os cargos, empregos e funes pblicas so acessveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;6

    Fiz questo de transcrever este inciso constitucional, que foi alterado pela

    Emenda Constitucional n 19/1998, para j alert-los que o 2 do artigo 3 da

    Lei Municipal/RJ n 94/1979 precisa de uma ressalva, uma vez que a restrio

    para estrangeiros ocuparem cargos pblicos foi afastada de nossa Lei Mxima.

    Percebam, tambm, que esta previso (acesso aos estrangeiros) necessita de

    lei que trate a matria.

    Sempre que falamos em servidor ou funcionrio pblico, surgem as eternas

    dvidas entre as definies de agentes (polticos, administrativos, honorficos,

    delegados e credenciados), de servidores (pblicos e temporrios) e de

    empregados pblicos.

    Porm, antes de abordarmos estes conceitos, vamos s diferenciaes entre

    cargo, emprego e funo, que so ocupados e desempenhados pelos agentes:

    Cargo

    Menor parcela de poder do Estado previsto em numero certo e

    ocupado por servidor pblico (espao preenchido por um

    servidor pblico).

    Emprego Unidade ocupada por quem possui vinculo contratual regido pela

    CLT.

    Funo

    Atribuio ou conjunto de atribuies que a administrao

    confere a cada categoria profissional, ou comete

    individualmente a determinados servidores para a execuo de

    servios eventuais ou temporrios.

    6 Redao dada pela Emenda Constitucional n 19, de 1998

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    Para a definio de Agente Pblico, buscaremos os artigos 1 e 2 da Lei n

    8.429/1992:

    AGENTE PBLICO

    Todo aquele que exerce, ainda que

    transitoriamente ou sem remunerao, por

    eleio, nomeao, designao, contratao ou

    qualquer outra forma de investidura ou vnculo,

    mandato, cargo, emprego ou funo nos rgos

    ou entidades da administrao direta, indireta

    ou fundacional de qualquer dos Poderes da

    Unio, dos Estados, do DF, dos Municpios, de

    empresa incorporada ao patrimnio pblico ou

    de entidade para cuja criao ou custeio o

    errio haja concorrido ou concorra com mais de

    50% do patrimnio ou da receita anual.

    Ao falar sobre os agentes pblicos, gosto de trazer a classificao e definies

    do ilustre prof. Hely Lopes de Meirelles7, em virtude do seu forte carter

    didtico. Confiram comigo:

    Agente Poltico: componentes do governo nos seus primeiros escales,

    investidos em cargos, empregos, funes, mandatos ou comisses para o

    exerccio de atribuies constitucionais.

    Exemplos: Presidente da Repblica, Ministros, Senadores, Governadores e

    Prefeitos.

    Agente Administrativo: aqueles que se vinculam ao Estado ou s suas

    Entidades ou rgos por relaes profissionais, sujeitos a hierarquia

    funcional, e ao regime prprio da entidade a que servem.

    Podem ser: servidores pblicos e temporrios ou empregados pblicos.

    7 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 33. ed. So Paulo: Malheiros Editores, 2007.

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    Agente Honorfico: cidados convocados, designados ou nomeados para

    prestar, mesmo que transitoriamente, determinados servios ao Estado,

    em razo de sua condio cvica.

    Exemplos: Jurados e Mesrios.

    Agente Delegado: aqueles que recebem incumbncia de execuo de

    determinada atividade, obra ou servio que o realizaro em nome prprio.

    Exemplos: notrios e registradores, intrpretes, leiloeiros, tradutores,

    concessionrios e permissionrios.

    Agente Credenciado: credenciados pelo Estado para represent-lo em

    situao especifica que demandam conhecimentos especializados.

    Exemplo: Fsico brasileiro representando o pas numa conveno cientfica

    internacional

    Esta classificao no consenso na Doutrina, mas importante gravarmos

    que todas estas pessoas, no exerccio de suas atividades, so consideradas

    agentes pblicos.

    Os agentes honorfico, delegado e credenciado tambm so chamados de

    particulares em colaborao com o Poder Pblico.

    Os destinatrios da Lei Municipal/RJ n 94/1979 e nosso objeto de estudo esto

    contidos nos agentes administrativos e precisamos diferenci-los dos

    empregados pblicos:

    Agentes Pblicos

    Administrativos Regime Possuem:

    Servidor/Funcionrio

    Pblico

    Estatutrio

    (Regime Jurdico) Cargos

    Empregado Pblico Celetista (CLT) Empregos

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    Para a definio de funcionrio, no podemos esquecer o que o art. 2 da Lei

    Municipal/RJ n 94/1979 traz:

    pessoa legalmente investida em cargo pblico municipal.

    Em seguida, a Lei, expressamente (art. 3), conceitua cargo pblico:

    CARGO PBLICO MUNICIPAL

    Conjunto autnomo de atribuies, deveres e

    responsabilidades cometido a um funcionrio

    pblico municipal.

    Do art. 3 da Lei 94/1979 podemos extrair os seguintes requisitos e/ou

    caractersticas dos cargos pblicos municipais:

    Acessveis a todos os brasileiros (que preenchamos requisitos legais);

    Criados por lei

    Em nmero certo;

    Com denominao prpria;

    Com pagamento pelos cofres do Municpio e

    Provimento em carter efetivo ou em comisso.

    O art. 3 veda, ainda, o desvio de funo:

    3 - vedado atribuir ao funcionrio funes diversas das

    prprias de seu cargo, como tais definidas em lei ou regulamento, ressalvados os casos de readaptao mdica.

    Em seguida, a Lei traz a figura da Funo Gratificada:

    FUNO GRATIFICADA

    Encargo de chefia e assistncia intermediria

    atribudo ao funcionrio do Municpio por cujo

    desempenho perceber vantagem acessria.

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    Resumindo os artigos 4 e 5, que regulam tal funo, precisamos memorizar:

    O exerccio de funo gratificada condicionado ao interesse e

    convenincia da Administrao;

    Compete autoridade a que ficar subordinado o funcionrio designado

    para a funo gratificada dar-lhe exerccio, no prazo de 30 (trinta) dias;

    permitido ao funcionrio aposentado exercer funo gratificada.

    Feitas estas consideraes e anlises iniciais, j podemos comear a nos

    aventurar em questes de concursos j realizados. Certo?

    Ento vamos nos exercitar um pouco!

    No se acostumem com o nvel de dificuldade mais ameno destas

    questes. Estamos, numa aula demo, abordando disposies

    preliminares, que servem de embasamento inicial de nossas

    preparaes.

    Com o passar do curso e o incremento do contedo de nossas aulas,

    percebero a necessidade de uma boa preparao para encararmos

    com tranquilidade e sabedoria as bem elaboradas questes dos

    concursos.

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    QUESTES RESOLVIDAS

    Questo 1

    (ESAF PGFN Procurador 2012 Adaptada) No que se refere ao chamado

    Regime Jurdico nico, atinente aos servidores pblicos, julgue o item a seguir:

    Tal regime, que deixou de ser obrigatrio a partir de determinada emenda

    constitucional, passou a novamente ser impositivo, a partir de deciso liminar

    do Supremo Tribunal Federal com efeitos ex nunc.

    Resoluo

    Caros candidatos, vocs se lembram de que inseri nesta aula o seguinte

    comentrio:

    E foi exatamente a Constituio de 1988 que trouxe a exigncia de

    regime jurdico nico para os servidores pblicos (A Emenda Constitucional 19/1998 tinha modificado o transcrito art. 39, mas o

    STF (ADIN 2.135-4) retornou com o texto original).

    Pois a se encontra nossa resposta para a presente questo.

    Vamos relembrar a redao original do mencionado artigo de nossa Lei Maior:

    Art. 39. A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios instituiro, no mbito de sua competncia, regime jurdico nico e

    planos de carreira para os servidores da administrao pblica direta, das autarquias e das fundaes pblicas.

    A Emenda Constitucional n 19/1998, em relao a tal dispositivo, trazia a

    seguinte redao alterada:

    Art. 39. A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios instituiro conselho de poltica de administrao e remunerao de

    pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes.

    Mas o STF, ao julgar a Ao Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) n 2.135-4,

    decidiu pelo retorno da redao original.

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    13

    Vejam o que diz a respectiva Ementa:

    Ementa

    MEDIDA CAUTELAR EM AO DIRETA DE

    INCONSTITUCIONALIDADE. PODER CONSTITUINTE REFORMADOR. PROCESSO LEGISLATIVO. EMENDA CONSTITUCIONAL 19, DE

    04.06.1998. ART. 39, CAPUT, DA CONSTITUIO FEDERAL. SERVIDORES PBLICOS. REGIME JURDICO NICO. PROPOSTA DE

    IMPLEMENTAO, DURANTE A ATIVIDADE CONSTITUINTE DERIVADA, DA FIGURA DO CONTRATO DE EMPREGO PBLICO.

    INOVAO QUE NO OBTEVE A APROVAO DA MAIORIA DE TRS QUINTOS DOS MEMBROS DA CMARA DOS DEPUTADOS QUANDO

    DA APRECIAO, EM PRIMEIRO TURNO, DO DESTAQUE PARA VOTAO EM SEPARADO (DVS) N 9. SUBSTITUIO, NA

    ELABORAO DA PROPOSTA LEVADA A SEGUNDO TURNO, DA REDAO ORIGINAL DO CAPUT DO ART. 39 PELO TEXTO

    INICIALMENTE PREVISTO PARA O PARGRAFO 2 DO MESMO

    DISPOSITIVO, NOS TERMOS DO SUBSTITUTIVO APROVADO. SUPRESSO, DO TEXTO CONSTITUCIONAL, DA EXPRESSA MENO

    AO SISTEMA DE REGIME JURDICO NICO DOS SERVIDORES DA ADMINISTRAO PBLICA. RECONHECIMENTO, PELA MAIORIA DO

    PLENRIO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, DA PLAUSIBILIDADE DA ALEGAO DE VCIO FORMAL POR OFENSA AO ART. 60, 2, DA

    CONSTITUIO FEDERAL. RELEVNCIA JURDICA DAS DEMAIS ALEGAES DE INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL E MATERIAL

    REJEITADA POR UNANIMIDADE.

    1. A matria votada em destaque na Cmara dos Deputados no DVS n 9 no foi aprovada em primeiro turno, pois obteve apenas 298

    votos e no os 308 necessrios. Manteve-se, assim, o ento vigente caput do art. 39, que tratava do regime jurdico nico, incompatvel

    com a figura do emprego pblico.

    2. O deslocamento do texto do 2 do art. 39, nos termos do

    substitutivo aprovado, para o caput desse mesmo dispositivo representou, assim, uma tentativa de superar a no aprovao do

    DVS n 9 e evitar a permanncia do regime jurdico nico previsto na redao original suprimida, circunstncia que permitiu a

    implementao do contrato de emprego pblico ainda que revelia da regra constitucional que exige o quorum de trs quintos para

    aprovao de qualquer mudana constitucional.

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    3. Pedido de medida cautelar deferido, dessa forma, quanto ao caput do art. 39 da Constituio Federal, ressalvando-se, em

    decorrncia dos efeitos ex nunc da deciso, a subsistncia, at

    o julgamento definitivo da ao, da validade dos atos anteriormente praticados com base em legislaes eventualmente editadas durante

    a vigncia do dispositivo ora suspenso.

    4. Ao direta julgada prejudicada quanto ao art. 26 da EC 19/98, pelo exaurimento do prazo estipulado para sua vigncia.

    5. Vcios formais e materiais dos demais dispositivos constitucionais

    impugnados, todos oriundos da EC 19/98, aparentemente inexistentes ante a constatao de que as mudanas de redao

    promovidas no curso do processo legislativo no alteraram substancialmente o sentido das proposies ao final aprovadas e de

    que no h direito adquirido manuteno de regime jurdico anterior.

    6. Pedido de medida cautelar parcialmente deferido. (grifo meu)

    Destaquei a parte dos efeitos da deciso para ratificarmos a correo da

    assertiva do enunciado.

    Portanto, podemos marcar C em nossas folhas de respostas.

    Gabarito: C (Certo)

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    Questo 2

    (ESAF SUSEP Analista Tcnico 2010 Adaptada) Para fins do Estatuto

    dos Funcionrios Pblicos do Poder Executivo do Municpio do Rio de Janeiro,

    considera-se funcionrio pblico:

    (A) apenas a pessoa legalmente investida em cargo pblico efetivo.

    (B) apenas a pessoa legalmente investida em cargo pblico sujeito a estgio

    probatrio.

    (C) apenas a pessoa legalmente investida em cargo pblico efetivo ou em

    comisso.

    (D) todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remunerao,

    por eleio, nomeao, designao, contratao ou qualquer outra forma

    de investidura ou vnculo, mandato, cargo, emprego ou funo.

    (E) quem, embora transitoriamente ou sem remunerao, exerce cargo,

    emprego ou funo pblica.

    Resoluo

    Vamos identificar as INCORREES de cada alternativa de resposta:

    A) Tal pessoa considerada funcionrio pblico municipal/RJ. O ERRO aparece

    na palavra apenas, j que tambm existem os funcionrios nomeados para

    cargos em comisso;

    B) Tal pessoa considerada funcionrio pblico municipal/RJ. O ERRO aparece

    na palavra apenas, j que existem os servidores nomeados para cargos

    em comisso, que no se submetem ao estgio probatrio, por serem de

    livre nomeao e exonerao;

    C) CERTO. Faam uma releitura do artigo 2 para chegarem a tal concluso;

    D e E) CONTRADIES ao art. 2 da mencionada Lei:

    Art. 2 - Funcionrio a pessoa legalmente investida em cargo

    pblico municipal.

    Gabarito: C

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    Questo 3

    (FCC TRT-6 Regio Tcnico Judicirio 2012) A Constituio Federal

    previu, em seu artigo 37, inciso IX, a possibilidade de contratao por tempo

    determinado, para atender a necessidade temporria de excepcional interesse

    pblico, nos termos da lei. Partindo-se do pressuposto de que no foi realizado

    concurso pblico para a contratao de servidores temporrios, correto

    afirmar que os admitidos

    (A) ocupam cargo efetivo.

    (B) ocupam emprego.

    (C) ocupam emprego temporrio.

    (D) desempenham funo.

    (E) desempenham funo estatutria.

    Resoluo:

    Apesar de ser uma questo de resoluo direta, um bom momento para

    trazermos o texto legal do inciso IX do artigo 37 da CF/88, que diz:

    IX - a lei estabelecer os casos de contratao por tempo

    determinado para atender a necessidade temporria de

    excepcional interesse pblico;

    Inicialmente percebemos que os contratados do enunciado no ocuparo cargos

    ou empregos. Ento j eliminamos as opes de resposta A, B e C.

    Em relao ao desempenho de funo, a condio de estatutrio est

    relacionada aos servidores pblicos. Logo, a opo E tambm est incorreta.

    Portanto, nossa alternativa de resposta dever ser a letra D.

    Gabarito: D

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    Questo 4

    (FCC TJ-RJ Analista Judicirio 2012) As pessoas que exercem atos por

    delegao do Poder Pblico, tais como os servios notariais e de registro podem

    ser consideradas

    (A) servidores pblicos estatutrios, caso tenham prestado concurso pblico.

    (B) empregados pblicos, desde que tenham prestado concurso pblico.

    (C) particulares em colaborao com o Poder Pblico, sem vnculo

    empregatcio.

    (D) funcionrios pblicos lato sensu, na medida em que se submetem

    fiscalizao do Poder Pblico.

    (E) agentes pblicos estatutrios, desde que recebam remunerao do Poder

    Pblico.

    Resoluo:

    Lembram-se da definio de agentes delegados que trouxemos na aula?

    Releiam para ajudar na memorizao:

    Agente Delegado: aqueles que recebem incumbncia de execuo de

    determinada atividade, obra ou servio que o realizaro em nome prprio.

    Exemplos: notrios e registradores, intrpretes, leiloeiros, tradutores,

    concessionrios e permissionrios.

    Mas como disse na aula, h divergncia entre as classificaes dos agentes

    pblicos e que os honorficos, delegados e credenciados tambm so

    chamados de particulares em colaborao com o Poder Pblico.

    A constatao da inexistncia do vnculo empregatcio pode ser claramente feita

    na definio acima: realizaro as atividades em nome prprio.

    Gabarito: C

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    Questo 5

    (FCC TRF-2 Regio Tcnico Judicirio 2012) Em sentido amplo,

    "agentes pblicos" so todos os indivduos que, a qualquer ttulo, exercem uma

    funo pblica, remunerada ou gratuita, permanente ou transitria, poltica ou

    meramente administrativa, como prepostos do Estado. Diante deste conceito,

    considere:

    I. Pessoas que recebem a incumbncia da administrao para represent-la

    em determinado ato ou praticar certa atividade especfica, mediante

    remunerao do poder pblico habilitante.

    II. Particulares que recebem a incumbncia de exercer determinada atividade,

    obra ou servio pblico e o fazem em nome prprio, por sua conta e risco,

    sob a permanente fiscalizao do respectivo Poder Pblico.

    As descries acima correspondem, respectivamente, seguinte classificao

    de agentes pblicos:

    (A) delegados e polticos.

    (B) administrativos e polticos.

    (C) honorficos e servidores pblicos.

    (D) credenciados e delegados.

    (E) honorrios e credenciados.

    Resoluo:

    Vejam como importante o candidato ter bom conhecimento destas

    classificaes.

    Esta questo, tambm de resoluo simples e direta, foi retirada de um

    concurso realizado em 2012 e traz, expressamente, os conceitos dos agentes

    credenciado (I) e delegado (II)

    Gabarito: D

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    Questo 6

    (FCC TRT-8 Regio Tcnico Judicirio 2010) Sobre cargo pblico

    correto afirmar:

    (A) Cargo pblico e emprego pblico so expresses sinnimas.

    (B) Os cargos pblicos so acessveis aos brasileiros que preencham os

    requisitos estabelecidos em lei e aos estrangeiros, na forma da lei.

    (C) Cargo em Comisso pode ser provido em carter permanente.

    (D) Nem todo cargo tem funo, mas a toda funo corresponde um cargo.

    (E) A criao de cargo pode se feita por decreto do Chefe do Poder Executivo.

    Resoluo:

    Conforme vocs podero constatar ao longo de nosso curso, costumo explorar

    as questes ao mximo analisando todas as alternativas de resposta e no

    apenas o gabarito.

    Vejam esta resoluo para ilustrar o que estou dizendo: vamos esmiuar cada

    opo:

    (A) Cargo pblico e emprego pblico so expresses sinnimas. Assertiva

    errada: Podemos constatar estas diferenas ao compararmos o art. 3 de

    nossa Lei-Objeto de Estudo com o art. 3 da CLT8 (Decreto-Lei n 5.452,

    1 de maio de 1943). Confiram comigo:

    Art. 3 - Cargo o conjunto autnomo de atribuies, deveres e

    responsabilidades cometido a um funcionrio identificando-se pelas

    caractersticas de criao na forma da lei, denominao prpria,

    nmero certo e pagamento pelos cofres do Municpio.

    1 - Os cargos so de provimento efetivo e de provimento em

    comisso.

    2 - Os cargos pblicos do Poder Executivo do Municpio so

    acessveis a todos os brasileiros que preencham os requisitos

    estabelecidos em lei e regulamento.

    3 - vedado atribuir ao funcionrio funes diversas das

    prprias de seu cargo, como tais definidas em lei ou regulamento,

    ressalvados os casos de readaptao mdica. (Lei Municipal/RJ n

    94/1979)

    8 CLT: Consolidao das Leis do Trabalho

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    Art. 3 - Considera-se empregado toda pessoa fsica que prestar

    servios de natureza no eventual a empregador, sob a

    dependncia deste e mediante salrio. (CLT)

    (B) Os cargos pblicos so acessveis aos brasileiros que preencham os

    requisitos estabelecidos em lei e aos estrangeiros, na forma da lei.

    Assertiva CORRETA: Precisamos, aps a transcrio do art. 3 da Lei

    Municipal/RJ n 94/1979, verificar se existe a possibilidade do acesso dos

    estrangeiros na forma da lei, para tecermos nossa concluso sobre a

    correo desta opo de resposta.

    Para isto, recorreremos ao art. 37 (caput e inciso I) da Constituio

    Federal/1988, cuja atual redao foi dada pela Emenda Constitucional n

    19, de 04 de junho de 1998, que diz:

    Art. 37. A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos

    Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios

    obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade,

    moralidade, publicidade e eficincia e, tambm, ao seguinte:

    I - os cargos, empregos e funes pblicas so acessveis aos

    brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim

    como aos estrangeiros, na forma da lei; (grifos meus)

    Mas preciso cautela ao analisarmos este ponto, uma vez que o STJ

    entende que a modificao trazida pela EC 19/98 tem eficcia limitada e

    aplicabilidade indireta. Vejam a ementa do Recurso Ordinrio em Mandado

    de Segurana n 2003/0159388-2 (RMS 16.923/MG):

    CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO NORMA QUE ASSEGURA

    O ACESSO DE ESTRANGEIRO A CARGO PBLICO - ART. 37,

    INCISO I DA CONSTITUIO FEDERAL EFICCIA LIMITADA

    APLICABILIDADE MEDIATA REGULAMENTAO IMPOSITIVA

    RECURSO DESPROVIDO

    I O art. 37, inciso I da Magna Carta norma de eficcia limitada e

    de aplicabilidade mediata ou indireta. Logo, necessita que o

    legislador edite lei complementar ou ordinria, de modo a

    assegurar a integrao de sua eficcia, sem a qual o direito no

    pode ser exercido.

    II A regulamentao da circunstncia pelo legislador ordinrio em

    hipteses como a presente no facultativa, mas impositiva. Isto

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    significa dizer que o legislador encontra-se obrigado a emitir a lei

    e, enquanto assim no o fizer, o direito reclamado no pode ser

    exercido.

    III No caso dos autos, a Lei n 6.815/80, que define a situao

    jurdica do estrangeiro no Brasil, no contm em seu bojo

    dispositivo referente ao procedimento pelo qual deve atravessar o

    estrangeiro, de modo a permitir o exerccio do seu direito de

    ocupar um cargo pblico no Brasil.

    IV Recurso desprovido. (grifos meus)

    Desta forma, no basta o Estatuto do Estrangeiro (Lei n 6.815/1980),

    devendo ser editado o regulamento abordando a situao existente no caso

    concreto a ser abordado.

    Para nossa questo, podemos marcar esta alternativa como CORRETA.

    (C) Cargo em Comisso pode ser provido em carter permanente. Assertiva

    errada: Podemos encontrar a incorreo desta frase no 1 do transcrito

    artigo 3 Lei Municipal/RJ n 94/1979. Se o provimento poder em carter

    efetivo ou em comisso, percebe-se que o servidor comissionado no

    poder ser provido permanentemente.

    (D) Nem todo cargo tem funo, mas a toda funo corresponde um cargo.

    Assertiva errada: Aqui ocorre exatamente o contrrio. Se o cargo o

    conjunto de atribuies e responsabilidades, conforme diz a Lei,

    obviamente, seu ocupante possuir funes a exercer. J para a funo

    pblica, como vimos, no h necessidade de correspondncia com um

    cargo.

    (E) A criao de cargo pode se feita por decreto do Chefe do Poder Executivo.

    Assertiva errada: Tambm j estudamos este ponto. Cargo decorre de

    lei, no podendo ser criado pelo decreto citado nesta alternativa.

    Gabarito: B

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    Questo 7

    (FCC TRE-AP Analista Judicirio 2006) Dentre os particulares em

    colaborao com o Poder Pblico, certo que os mesrios eleitorais integram a

    categoria dos

    (A) servidores pblicos temporrios contratados por tempo determinado para

    atender necessidade temporria de interesse pblico.

    (B) agentes delegados que exercem funo pblica, em seu prprio nome, sem

    vnculo empregatcio, porm sob fiscalizao do Poder Pblico.

    (C) agentes polticos e prestam atividades tpicas de governo segundo normas

    constitucionais.

    (D) empregados pblicos estatutrios convocados para prestar,

    transitoriamente, determinado servio pblico junto aos rgos eleitorais.

    (E) agentes honorficos e, em que pese no serem servidores pblicos,

    desempenham uma funo pblica.

    Resoluo:

    Outra questo de resoluo direta. J podemos, aps nossos estudos,

    rapidamente identificar a opo correta: Letra E

    Vamos relembrar a classificao dos agentes pblicos honorficos? Leiam a:

    Agente Honorfico: cidados convocados, designados ou nomeados para

    prestar, mesmo que transitoriamente, determinados servios ao Estado,

    em razo de sua condio cvica.

    Exemplos: Jurados e Mesrios.

    Gabarito: E

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    Questo 8

    (FCC TRF-1 Regio Analista 2001) Diz-se que os agentes pblicos de

    colaborao so as pessoas que

    (A) prestam servios, sob regime de dependncia Administrao Pblica

    direta, autrquica ou fundacional pblica, sob relao de trabalho

    profissional transitrio ou definitivo.

    (B) detm os cargos de elevada hierarquia da organizao da Administrao

    Pblica, ou seja, que ocupam cargos que compem a cpula da estrutura

    constitucional.

    (C) se ligam, por tempo determinado Administrao Pblica para o

    atendimento de necessidades de excepcional interesse pblico, sob vnculo

    celetista.

    (D) se ligam, contratualmente s empresas paraestatais da Administrao

    indireta, sob um regime de dependncia e mediante uma relao de

    trabalho, no eventual ou avulso.

    (E) prestam servios Administrao por conta prpria, por requisio ou com

    sua concordncia, exercendo funo pblica, mas no ocupando cargo ou

    emprego pblico.

    Resoluo:

    Se ajuntarmos as definies dos agentes honorficos, delegados e credenciados,

    que, conforme falamos, tambm so chamados de agentes pblicos de

    colaborao, chegaremos a um resultado que poder, facilmente ser reescrito

    conforme a alternativa de reposta E, que nosso gabarito de resposta.

    Gabarito: E

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    Questo 9

    (CESPE TCU Auditor Federal de Controle Externo 2011 - Adaptada) luz

    do disposto na Lei Municipal/RJ n 94/1979 e em suas posteriores alteraes,

    julgue o item, a respeito dos agentes pblicos, servidores pblicos, direitos e

    deveres e responsabilidades, bem como de processo administrativo disciplinar,

    sindicncia e inqurito.

    Em sentido estrito, todas as pessoas que servem ao poder pblico, de forma

    transitria ou definitiva, remuneradas ou no, so consideradas funcionrios

    pblicos municipais.

    Resoluo

    Percebam que o enunciado fez questo de dizer em sentido estrito,

    objetivando evitar posteriores recursos ao gabarito, embasado em

    entendimentos mais abrangentes do conceito de funcionrio pblico.

    Vimos nesta aula que funcionrio pblico, propriamente dito, um tipo de

    agente pblico administrativo, que chamamos de estatutrio, por estar

    subordinado a algum estatuto.

    Existindo ainda, conforme ora estudado, outros tipos de agentes pblicos que

    tambm servem ao poder pblico e no so considerados funcionrios.

    Se preferirem buscar o texto legal (art. 2 da Lei Municipal/RJ n 94/1979),

    tambm encontraremos embasamento para concluir pela incorreo da

    assertiva desta questo. Afinal, nem toda pessoa a servio do poder pblico,

    conforme estudamos, esto investidas em cargos pblicos. Relembrem comigo:

    Art. 2 - Funcionrio a pessoa legalmente investida em cargo

    pblico municipal.

    Logo, devemos marcar ERRADO em nossa folha de resposta.

    Gabarito: E (Errado)

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    25

    Questo 10

    (CESPE Correios 2011 Adaptada) Julgue o item abaixo, acerca da

    relao jurdica dos servidores e dos empregados pblicos.

    Os ocupantes de cargo pblico ou de emprego pblico tm vnculo estatutrio e

    institucional regido por estatuto funcional prprio, que, no caso da Unio, a

    Lei Municipal/RJ n 94/1979.

    Resoluo

    Assertiva errada.

    Trouxemos nesta aula o quadro que reproduzimos abaixo, fazendo um

    comparativo das principais diferenas entre servidores e empregados pblicos.

    Agentes Pblicos

    Administrativos Regime Possuem:

    Servidor/Funcionrio

    Pblico

    Estatutrio

    (Regime Jurdico) Cargos

    Empregado Pblico Celetista

    (CLT) Empregos

    Analisando-o, claramente identificamos a incorreo da questo, uma vez que

    os ocupantes de emprego pblico so subordinados CLT e no a um estatuto

    funcional prprio.

    Gabarito: E (Errado)

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    26

    Questo 11

    (CESPE TRE-ES Tcnico Judicirio 2011) Com relao aos agentes

    pblicos, julgue o item seguinte.

    Alguns agentes polticos, a exemplo dos terceiros colaboradores, como os

    notrios - titulares de registro e ofcios de notas -, sujeitam-se a regime

    semelhante ao dos servidores pblicos, aplicando-se lhes a necessidade de

    aprovao em concurso pblico, o benefcio da estabilidade e a aposentadoria

    compulsria aos setenta anos de idade.

    Resoluo

    Primeiramente, percebam que o enunciado classificou os notrios como agentes

    polticos, o que, em nosso entendimento, no a melhor classificao destes

    agentes pblicos. Uma vez que a denominao agente delegado mais

    prpria da funo destes terceiros colaboradores.

    Relembrem este conceito que trouxemos na aula:

    Agente Delegado: aqueles que recebem incumbncia de execuo de

    determinada atividade, obra ou servio que o realizaro em nome prprio.

    Exemplos: notrios e registradores, intrpretes, leiloeiros, tradutores,

    concessionrios e permissionrios.

    Voltando ao restante do enunciado, percebemos que os requisitos e benefcios

    ali listados (concurso pblico, aposentadoria compulsria e estabilidade) so

    caractersticos dos servidores e funcionrios pblicos, o que torna a assertiva

    incorreta.

    Gabarito: E (Errado)

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    QUESTES PROPOSTAS

    Questo 1

    (ESAF PGFN Procurador 2012 Adaptada) No que se refere ao chamado

    Regime Jurdico nico, atinente aos servidores pblicos, julgue o item a seguir:

    Tal regime, que deixou de ser obrigatrio a partir de determinada emenda

    constitucional, passou a novamente ser impositivo, a partir de deciso liminar

    do Supremo Tribunal Federal com efeitos ex nunc.

    Questo 2

    (ESAF SUSEP Analista Tcnico 2010 Adaptada) Para fins do Estatuto

    dos Funcionrios Pblicos do Poder Executivo do Municpio do Rio de Janeiro,

    considera-se funcionrio pblico:

    (A) apenas a pessoa legalmente investida em cargo pblico efetivo.

    (B) apenas a pessoa legalmente investida em cargo pblico sujeito a estgio

    probatrio.

    (C) apenas a pessoa legalmente investida em cargo pblico efetivo ou em

    comisso.

    (D) todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remunerao,

    por eleio, nomeao, designao, contratao ou qualquer outra forma

    de investidura ou vnculo, mandato, cargo, emprego ou funo.

    (E) quem, embora transitoriamente ou sem remunerao, exerce cargo,

    emprego ou funo pblica.

    Questo 3

    (FCC TRT-6 Regio Tcnico Judicirio 2012) A Constituio Federal

    previu, em seu artigo 37, inciso IX, a possibilidade de contratao por tempo

    determinado, para atender a necessidade temporria de excepcional interesse

    pblico, nos termos da lei. Partindo-se do pressuposto de que no foi realizado

    concurso pblico para a contratao de servidores temporrios, correto

    afirmar que os admitidos

    (A) ocupam cargo efetivo.

    (B) ocupam emprego.

    (C) ocupam emprego temporrio.

    (D) desempenham funo.

    (E) desempenham funo estatutria.

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    28

    Questo 4

    (FCC TJ-RJ Analista Judicirio 2012) As pessoas que exercem atos por

    delegao do Poder Pblico, tais como os servios notariais e de registro podem

    ser consideradas

    (A) servidores pblicos estatutrios, caso tenham prestado concurso pblico.

    (B) empregados pblicos, desde que tenham prestado concurso pblico.

    (C) particulares em colaborao com o Poder Pblico, sem vnculo

    empregatcio.

    (D) funcionrios pblicos lato sensu, na medida em que se submetem

    fiscalizao do Poder Pblico.

    (E) agentes pblicos estatutrios, desde que recebam remunerao do Poder

    Pblico.

    Questo 5

    (FCC TRF-2 Regio Tcnico Judicirio 2012) Em sentido amplo,

    "agentes pblicos" so todos os indivduos que, a qualquer ttulo, exercem uma

    funo pblica, remunerada ou gratuita, permanente ou transitria, poltica ou

    meramente administrativa, como prepostos do Estado. Diante deste conceito,

    considere:

    I. Pessoas que recebem a incumbncia da administrao para represent-la

    em determinado ato ou praticar certa atividade especfica, mediante

    remunerao do poder pblico habilitante.

    II. Particulares que recebem a incumbncia de exercer determinada atividade,

    obra ou servio pblico e o fazem em nome prprio, por sua conta e risco,

    sob a permanente fiscalizao do respectivo Poder Pblico.

    As descries acima correspondem, respectivamente, seguinte classificao

    de agentes pblicos:

    (A) delegados e polticos.

    (B) administrativos e polticos.

    (C) honorficos e servidores pblicos.

    (D) credenciados e delegados.

    (E) honorrios e credenciados.

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    29

    Questo 6

    (FCC TRT-8 Regio Tcnico Judicirio 2010) Sobre cargo pblico

    correto afirmar:

    (A) Cargo pblico e emprego pblico so expresses sinnimas.

    (B) Os cargos pblicos so acessveis aos brasileiros que preencham os

    requisitos estabelecidos em lei e aos estrangeiros, na forma da lei.

    (C) Cargo em Comisso pode ser provido em carter permanente.

    (D) Nem todo cargo tem funo, mas a toda funo corresponde um cargo.

    (E) A criao de cargo pode se feita por decreto do Chefe do Poder Executivo.

    Questo 7

    (FCC TRE-AP Analista Judicirio 2006) Dentre os particulares em

    colaborao com o Poder Pblico, certo que os mesrios eleitorais integram a

    categoria dos

    (A) servidores pblicos temporrios contratados por tempo determinado para

    atender necessidade temporria de interesse pblico.

    (B) agentes delegados que exercem funo pblica, em seu prprio nome, sem

    vnculo empregatcio, porm sob fiscalizao do Poder Pblico.

    (C) agentes polticos e prestam atividades tpicas de governo segundo normas

    constitucionais.

    (D) empregados pblicos estatutrios convocados para prestar,

    transitoriamente, determinado servio pblico junto aos rgos eleitorais.

    (E) agentes honorficos e, em que pese no serem servidores pblicos,

    desempenham uma funo pblica.

    Questo 8

    (FCC TRF-1 Regio Analista 2001) Diz-se que os agentes pblicos de

    colaborao so as pessoas que

    (A) prestam servios, sob regime de dependncia Administrao Pblica

    direta, autrquica ou fundacional pblica, sob relao de trabalho

    profissional transitrio ou definitivo.

    (B) detm os cargos de elevada hierarquia da organizao da Administrao

    Pblica, ou seja, que ocupam cargos que compem a cpula da estrutura

    constitucional.

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    30

    (C) se ligam, por tempo determinado Administrao Pblica para o

    atendimento de necessidades de excepcional interesse pblico, sob vnculo

    celetista.

    (D) se ligam, contratualmente s empresas paraestatais da Administrao

    indireta, sob um regime de dependncia e mediante uma relao de

    trabalho, no eventual ou avulso.

    (E) prestam servios Administrao por conta prpria, por requisio ou com

    sua concordncia, exercendo funo pblica, mas no ocupando cargo ou

    emprego pblico.

    Questo 9

    (CESPE TCU Auditor Federal de Controle Externo 2011 - Adaptada) luz

    do disposto na Lei Municipal/RJ n 94/1979 e em suas posteriores alteraes,

    julgue o item, a respeito dos agentes pblicos, servidores pblicos, direitos e

    deveres e responsabilidades, bem como de processo administrativo disciplinar,

    sindicncia e inqurito.

    Em sentido estrito, todas as pessoas que servem ao poder pblico, de forma

    transitria ou definitiva, remuneradas ou no, so consideradas funcionrios

    pblicos municipais.

    Questo 10

    (CESPE Correios 2011 Adaptada) Julgue o item abaixo, acerca da

    relao jurdica dos servidores e dos empregados pblicos.

    Os ocupantes de cargo pblico ou de emprego pblico tm vnculo estatutrio e

    institucional regido por estatuto funcional prprio, que, no caso da Unio, a

    Lei Municipal/RJ n 94/1979.

    Questo 11

    (CESPE TRE-ES Tcnico Judicirio 2011) Com relao aos agentes

    pblicos, julgue o item seguinte.

    Alguns agentes polticos, a exemplo dos terceiros colaboradores, como os

    notrios - titulares de registro e ofcios de notas -, sujeitam-se a regime

    semelhante ao dos servidores pblicos, aplicando-se lhes a necessidade de

    aprovao em concurso pblico, o benefcio da estabilidade e a aposentadoria

    compulsria aos setenta anos de idade.

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    GABARITO

    Questo 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

    Resposta C (Certo)

    C D C D B E E E (Errado)

    E (Errado)

    E (Errado)

    ------------------- x -------------------

    Futuro Funcionrio Concursado da Cmara Municipal do RJ,

    Precocemente, termina aqui nossa aula demonstrativa. Como disse no

    incio, o presente curso objetiva, atravs de uma linguagem simples e

    direta, percorrer toda a matria abordada, imputando conhecimentos

    suficientes para vocs resolverem as questes das provas.

    Digo precocemente, porque as demais aulas abordaro cuidadosa e

    minuciosamente as demais disposies de nosso contedo programtico.

    O objetivo da presente demonstrao , caso tenham saboreado este

    gostinho inicial e se identificaram com minha didtica, convid-los a

    compartilhar nosso estudo desta legislao.

    Grande abrao a todos e espero encontr-los no curso,

    Henrique Campolina

    Setembro/2014

    ------------------- x -------------------

    BIBLIOGRAFIA

    MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 33 ed. So Paulo:

    Malheiros Editores, 2007.

    ROCHA, Daniel Machado da (Coordenador); LUCARELLI, Fbio Dutra e

    MACHADO, Guilherme Pinho. Comentrios Lei do Regime Jurdico nico dos

    Servidores Pblicos Civis da Unio. 2 ed. Florianpolis: Conceito Editorial,

    2012.

    Wikipdia Enciclopdia Livre (www.wikipedia.com.br)

    CRETELLA NETO, Jos. Dicionrio de Processo Civil. 1 ed. RJ: Forense, 1999.