aula reportagem tv

57
Una – Jornalismo Multimídia Disciplina: Reportagem em TV PRODUÇÃO EM JORNALISMO AUDIOVISUAL

Upload: tatiana-costa

Post on 05-Jun-2015

8.108 views

Category:

Documents


8 download

TRANSCRIPT

Page 1: Aula reportagem tv

Una – Jornalismo Multimídia

Disciplina: Reportagem em TV

PRODUÇÃO EM JORNALISMO AUDIOVISUAL

Page 2: Aula reportagem tv

Produção em Jornalismo Audiovisual

A reportagem para TV

O texto do telejornal tem uma estrutura de

movimento, instantaneidade, testemunhalidade ,

indivisibilidade e de imagem e som, sintetização e

objetividade. (BARBEIRO e LIMA, p. 95)

O texto escrito para ser falado

Page 3: Aula reportagem tv

Produção em Jornalismo Audiovisual

A reportagem para TV

Principais características:

Ordem direta (sujeito + verbo + predicado + adjuntos, etc.)

Coloquial, mas sem apelos à vulgaridade

Palavras e imagens em harmonia, sem redundâncias ou

distrações.

Substantivos fortes e verbos na voz ativa

Presente do indicativo (faz, viaja) e futuro composto (vai fazer,

vai viajar) são usados para situações que estão por vir.

O texto escrito para ser falado

Page 4: Aula reportagem tv

Produção em Jornalismo Audiovisual

Elementos de programas jornalísticos na TV

•CABEÇA

•OFF

•SONORA

•POVO-FALA

•PASSAGEM

•ABERTURA

•ENCERRAMENTO

•ASSINATURA

•SOBE SOM

•ARTES

•NOTA-PÉ

Page 5: Aula reportagem tv

Produção em Jornalismo Audiovisual

Elementos de programas jornalísticos na TV

CABEÇA

Texto introdutório, lido pelo apresentador em estúdio

ou em outro ambiente que não o da reportagem. Pode

somente apresentar a matéria ao telespectador, trazer

informações complementares ou “esquentar” a

reportagem..

Page 6: Aula reportagem tv

Produção em Jornalismo Audiovisual

Elementos de programas jornalísticos na TV

OFF

Texto narrado sobre o qual são editadas as imagens da

reportagens. Obs.: OFF NÃO É LEGENDA E AS IMAGENS

NÃO O ILUSTRAM – ELE DEVE TRAZER INFORMAÇÕES

COMPLEMENTARES À IMAGEM.

Page 7: Aula reportagem tv

Produção em Jornalismo Audiovisual

Elementos de programas jornalísticos na TV

SONORA

Entrevista gravada, aproveitada ou não na edição.

Importante: o repórter deve sempre estar atento à sua

fala e à sua postura na hora da pergunta, da mesma

forma, o cinegrafista deve ser informado sobre a

posição e possível movimentação durante a entrevista -

partes outras que não só a fala do entrevistado poderão

ser utilizadas na hora da edição.

Page 8: Aula reportagem tv

Produção em Jornalismo Audiovisual

Elementos de programas jornalísticos na TV

POVO-FALA

Seqüência de sonoras curtas sobre um mesmo assunto.

Muito utilizada para inserir a opinião de populares. Ex.:

placar de jogo de futebol, eleições.

Page 9: Aula reportagem tv

Produção em Jornalismo Audiovisual

Elementos de programas jornalísticos na TV

PASSAGEM / BOLETIM

Repórter em quadro, no meio da reportagem. É utilizada para

passar informações importantes e/ou informações das quais

não se possa ter imagens. A passagem pode ser utilizada

ainda como “plot” (ponto de virada) na narrativa da

reportagem. Importante: repórteres devem evitar a passagem

como desculpa para aparecer – a notícia é sempre mais

importante que a sua figura.

Page 10: Aula reportagem tv

Produção em Jornalismo Audiovisual

Elementos de programas jornalísticos na TV

ABERTURA

Repórter em quadro “abrindo” a matéria. NÃO

CONFUNDIR COM CABEÇA. Esse recurso é pouco utilizado

no padrão e muito utilizado em reportagens que abusam

do plano-sequência (Ex.: programas “mundo-cão).

Page 11: Aula reportagem tv

Produção em Jornalismo Audiovisual

Elementos de programas jornalísticos na TV

ENCERRAMENTO

Repórter em quadro ao final da matéria, com

informações que “amarrem” o texto. Pode ou não trazer

a assinatura do repórter ou da equipe.

Page 12: Aula reportagem tv

Produção em Jornalismo Audiovisual

Elementos de programas jornalísticos na TV

ASSINATURA

Última frase ou texto em off ou do encerramento da

reportagem. Na maioria dos casos, o repórter diz seu

nome, o local onde está e o jornal em que está sendo

veiculada a reportagem.

Page 13: Aula reportagem tv

Produção em Jornalismo Audiovisual

Elementos de programas jornalísticos na TV

SOBE SOM

Som ambiente aproveitado na estrutura da reportagem

ou trilha musical colocada de fundo para as imagens.

Não há narração em off nesse caso.

Page 14: Aula reportagem tv

Produção em Jornalismo Audiovisual

Elementos de programas jornalísticos na TV

ARTE

Ilustração gráfica, animada ou não. Traz dados

complementares, números, resultados de relatórios,

mapas, cotações de bolsas de valores etc. Existe uma

arte específica, chamada santinho, que é utilizada em

áudio-tapes: imagem congelada do repórter ao

telefone.

Page 15: Aula reportagem tv

Produção em Jornalismo Audiovisual

Elementos de programas jornalísticos na TV

NOTA PÉ

Texto curto, lido pelo apresentador em estúdio e que

traz informações complementares à matéria.

Page 16: Aula reportagem tv

Produção em Jornalismo Audiovisual

Elementos de programas jornalísticos na TV

Roteiro para TV

INSERT AUDIO VIDEO

Arte?

Dados?

Texto em off Indicar as imagens Que irão

cobrir o off

Nome, sobrenome,

função (para

entrevistado)

Nome, sobrenome e

local (para repórter)

Trecho da sonora/passagem,

etc

Indicar imagem relacionada ou

imagem de cobertura

Page 17: Aula reportagem tv

PESQUISA, PAUTA E PLANEJAMENTO

Page 18: Aula reportagem tv

Produção em Jornalismo Audiovisual

Pesquisa

•Pesquisar o quê?

•Pesquisar onde?

•Pesquisar para quê?

Page 19: Aula reportagem tv

Produção em Jornalismo Audiovisual

Pesquisa

“O período de pré-produção de qualquer filme [obra

audiovisual] é aquele que cobre todas as decisões e ajustes

fundamentais para as gravações. Em um documentário, isso

inclui escolher o tema; fazer a pesquisa; reunir uma

equipe, escolher quais equipamentos serão necessários e

decidir os métodos, detalhes e cronograma das gravações.

A profundidade de pensamento que você investe nesse

tempo e o quanto você consegue antecipar de problemas e

obstáculos é fundamental para garantir gravações bem

sucedidas; (cont.)

Page 20: Aula reportagem tv

Produção em Jornalismo Audiovisual

Pesquisa

(cont.) mais importante: essa preparação amplamente

determina se o filme vai se transformar em uma entidade

coerente. Dirigir um documentário, diferente da impressão

de “autoria instantânea”, [baseada na capacidade de

improvisação e sensibilidade do diretor], é menos um

processo de investigação espontânea e mais um trabalho

guiado por conclusões a que se chega durante o trabalho

de pesquisa. Em outras palavras, a gravação deve se

transformar em uma coleta de ‘evidências’ que vão

identificar padrões e relações identificadas

anteriormente.” (RABIGER, 1992, P. 35)

Page 21: Aula reportagem tv

Produção em Jornalismo Audiovisual

Pesquisa

Ônibus 174

Dir.: José Padilha

Page 22: Aula reportagem tv

Produção em Jornalismo Audiovisual

Pesquisa

A Marcha do Imperador

Dir.: Luc Jacquet

Page 23: Aula reportagem tv

Produção em Jornalismo Audiovisual

Etapas (pré-produção): linhas gerais

•escolha do tema;

•pesquisa do tema, personagens e locações;

•escolha da equipe/equipamentos

•definição de métodos (dispositivo/estrutura

narrativa);

•elaboração do cronograma de gravação.

PREMISSAS: pesquisa e planejamento

Page 24: Aula reportagem tv

Produção em Jornalismo Audiovisual

Coleta de dados

• Pesquisa documental/bibliográfica

• Entrevista/briefing por amostragem, com ou sem

questionários (aberto ou fechado)

• Observação (não-participante ou participante)

• Cruzamento de dados/organização

Page 25: Aula reportagem tv

Produção em Jornalismo Audiovisual

Fontes de pesquisa

•Textos impressos: livros, revistas, jornais,

almanaques, enciclopédias, gravuras, etc.

•Peças audiovisuais: filmes, arquivos de áudio,

programas de rádio, depoimentos)

•Documentos eletrônicos (atenção!!!)

•A natureza, a sociedade, o homem (importância da

observação direta)

•Entrevista/apuração (“oralidade e fabulação”)

Page 26: Aula reportagem tv

Produção em Jornalismo Audiovisual

Escolha do tema

•Produções autorais: “Eu realmente quero fazer um

filme [ou qualquer outra obra] sobre esse tema?”

•Cuidado: Nós tendemos a reproduzir o que estamos

excessivamente acostumados a ver.

•Qual o significado desse objeto de pesquisa para mim?

Quão estrito pode ser o meu foco? O que pode ser

dito/mostrado? (RECORTE)

Page 27: Aula reportagem tv

Produção em Jornalismo Audiovisual

Escolha do tema

•De que maneira essas questões deverão ser

mostradas? (inclui pesquisa de linguagem)

•Para a história que eu quero contar, os personagens

são importantes? Por quê?

•Quais as melhores imagens (video e audio) para dar

conta do que eu preciso contar? Qual a melhor

maneira de articulá-las?

Page 28: Aula reportagem tv

Produção em Jornalismo Audiovisual

Equipe/equipamento

•Quem pode me ajudar a organizar essa informação

para que ela vire um produto? Quais habilidades são

necessárias?

•De quais recursos disponho? Quais deles são

fundamentais? Quais posso vir a precisar?

Page 29: Aula reportagem tv

Produção em Jornalismo Audiovisual

Estratégias

•A definição da forma final do produto não deve ser

tomada antes de se conhecer o tema. No caso de

produções em vídeo e em audio, as histórias tomam

forma na feitura do roteiro de edição. No entanto, é

necessário dispor de um leque de possibilidades –

MALEABILIDADE NARRATIVA.

•Quanto maior a quantidade de informações, maior a

necessidade de hierarquizá-las e/ou dividi-las por

sub-temas (blocagem/esqueleto)

Page 30: Aula reportagem tv

Produção em Jornalismo Audiovisual

Pauta/roteiro de produção

•Os termos “pauta” e “roteiro de produção” por vezes

são sinônimos.

“Pauta” é mais usada para o jornalismo diário e traz

menos detalhamentos; o “roteiro de produção” é

utilizado para produtos mais elaborados, que

demandam uma quantidade maior de elementos

para seu feitio.

Page 31: Aula reportagem tv

Produção em Jornalismo Audiovisual

Pauta/roteiro de produção

•Nos dois casos, trata-se de uma organização das

informações reunidas na pesquisa – feito o devido

recorte e determinado o devido foco. Na

pauta/roteiro de produção, pode-se visualizar as

etapas seguintes de produção, prever os possíveis

problemas e apontar pessoas e situações importantes,

prever horários e deslocamentos, etc.

Page 32: Aula reportagem tv

Produção em Jornalismo Audiovisual

Pauta/roteiro de produção

•Não há formas fixas: cada emissora de rádio ou tv,

produtora de vídeo ou cinema, etc. desenvolve sua

metodologia, que pode ser adaptada em diferentes

ocasiões.

•Em linhas gerais, o que há de comum é a organização

e a clareza nas informações que são passadas para o

papel, o que deverá garantir o mínimo de problemas

nas gravações. Nos dois casos, o trabalho é guiado

pelas hipóteses geradas na pesquisa.

Page 33: Aula reportagem tv

Produção em Jornalismo Audiovisual

Pauta/roteiro de produção

tema (assunto) e abordagem

informações sobre os fatos que se darão e seu contexto

(podem ser anexados recortes e jornais, pesquisa de

internet – desde que sejam citadas as fontes para que o

repórter não pague o mico de um plágio inocente e para

que você não perca seu emprego!)

possíveis entrevistados e informações sobre essas pessoas

possíveis imagens (do local ou situações a serem

produzidas) e articulações entre elas

data, horário, local e como chegar

telefones de contato do local e dos entrevistados

Page 34: Aula reportagem tv

Produção em Jornalismo Audiovisual

Pauta/roteiro de produção

IMPORTANTE: As informações da pauta servem de guia para a

reportagem e não devem ser tomadas como um roteiro

fechado de execução da externa. Na maioria dos casos, o

pauteiro não foi ao local e não tem como prever o que pode

ocorrer. É preciso, portanto, informar à equipe de externa o

suficiente para que ela possa saber a importância de cada

variação do acontecimento, caso isso ocorra.

Page 35: Aula reportagem tv

Produção em Jornalismo Audiovisual

Pauta/roteiro de produção

UNA Centro Universitário - Faculdade de Comunicação e Artes

Curso: Jornalismo

Disciplina: Reportagem para TV

2º semestre de 2010

Pauta para reportagem

audiovisual

Tema: (breve título que

descreva o assunto)

Data de entrega:

Grupo: (nome e sobrenome dos integrantes)

Data e horário da gravação: Local da gravação: (endereço,

telefone como chegar e quem

procurar lá)

Abordagem:

Possíveis entrevistados: (antecipe, se possível, sobre o que eles

estão aptos a falar e acrescente os contatos)

Informações adicionais: (se necessário)

Page 36: Aula reportagem tv

COMUNICAÇÃO TELEVISIVA

Page 37: Aula reportagem tv

MACHADO: telejornal

NICHOLS: modos de representação do documentário

Comunicação televisiva

Jornalismo audiovisual e outras narrativas não-ficcionais

Page 38: Aula reportagem tv

Relação ao “mundo histórico” (NICHOLS, 2005). Fronteira traçada entre o

mundo histórico e a ficção.

Nichols (1991 e 2001), ao chamar a atenção para o “mundo histórico”

como o substrato no qual o documentário é gestado e do qual retira sua

matéria-prima, apresenta uma definição alternativa, e pertinente, à noção

de realidade do jornalismo. A discussão sobre a noção de realidade, para o

autor, é ampla, ambígua e demanda abordagens filosóficas que

extrapolariam os objetivos específicos de circunscrição de um campo de

atuação para essa prática cinematográfica. Para ele, a noção de um

mundo histórico compartilhado é fundamental para a compreensão da

importância e da credibilidade do documentário como fonte de

conhecimento. (COSTA, 2005, p. 52)

Comunicação televisiva

Jornalismo audiovisual e outras narrativas não-ficcionais

Page 39: Aula reportagem tv

“Modelo sociológico” (BERNARDET, 2003)

Referência a uma prática criada e difundida em um momento

específico do documentário brasileiro – nos anos 1960 – e que serviu

como uma das bases para a construção – e atualmente da

compreensão - das reportagens televisivas e outras peças audiovisuais

não-ficcionais. O principal a observar nesses apontamentos, por ora, é

o papel de cada um dos elementos e sua articulação, para buscar a

problematização da construção das narrativas audiovisuais não-

ficcionais na contemporaneidade.

Comunicação televisiva

Jornalismo audiovisual e outras narrativas não-ficcionais

Page 40: Aula reportagem tv

“Modelo sociológico”

Estrutura:

• Argumento

• Forma antropomórfica do discurso em “on” e/ou “off”

• Entrevistados: “voz da experiência”, “locutor auxiliar”

• Imagens e montagem com função probatória, para confirmação do

argumento, numa relação particular-geral

Comunicação televisiva

Jornalismo audiovisual e outras narrativas não-ficcionais

Page 41: Aula reportagem tv

“Modelo sociológico”

“Voz da experiência”: falam de sua vivência, “nunca generalizam,

nunca tiram conclusões. Ou porque não sabem, por porque não

querem, ou porque nada lhes é perguntado nesse sentido. [...] Ao

emitir sua visão, quem fala, fala de si, e o que diz continua sendo um

dado da experiência imediata.” (BERNARDET, 2003, p. 16)

Comunicação televisiva

Jornalismo audiovisual e outras narrativas não-ficcionais

Page 42: Aula reportagem tv

“Modelo sociológico”

Relação entre os entrevistados do tipo “voz da experiência” e o

locutor: amostragem, exemplo, “prova de veracidade” do discurso do

locutor. O entrevistado é o “real vivido”; o locutor é externo à

experiência. O entrevistado é um objeto da fala do locutor, que se

coloca como sujeito.

Comunicação televisiva

Jornalismo audiovisual e outras narrativas não-ficcionais

Page 43: Aula reportagem tv

“Modelo sociológico”

Relação entre os entrevistados do tipo “voz da experiência” e o

locutor: amostragem, exemplo, “prova de veracidade” do discurso do

locutor. O entrevistado é o “real vivido”; o locutor é externo à

experiência. O entrevistado é um objeto da fala do locutor, que se

coloca como sujeito.

Comunicação televisiva

Jornalismo audiovisual e outras narrativas não-ficcionais

Page 44: Aula reportagem tv

“Modelo sociológico”

Geral expressa o particular e o particular sustenta o real – operação

de limpeza do real para sustentar um ponto de vista.

“Para que o sistema funcione, é necessário que se limpe o real de maneira a

adequá-lo ao aparelho conceitual. É essa limpeza que permite o

funcionamento básico de produção de significação do filme: a relação

particular/geral. O filme funciona porque é capaz de fornecer uma

informação que não diz respeito apenas àqueles indivíduos que vemos na tela,

nem a uma quantidade muito maior deles, mas a uma classe de indivíduos e a

um fenômeno.” (BERNARDET, 2003, p. 19)

Comunicação televisiva

Jornalismo audiovisual e outras narrativas não-ficcionais

Page 45: Aula reportagem tv

“Modelo sociológico”

“Locutor auxiliar”: ajuda o locutor a expor idéias e conceitos que são

trabalhados durante o produto audiovisual, alivia a locução em off e

dá informações genéricas sobre o “real” construído no filme. É um

especialista no assunto e tem um ar de credibilidade. O que sustenta

essa construção é a limpeza das singularidades em função das

generalizações. A seleção é “realizada pela própria montagem, foram

eliminados os planos que não facilitariam ou que perturbariam a

comparação.” ( BERNARDET, 2003, p. 26)

Comunicação televisiva

Jornalismo audiovisual e outras narrativas não-ficcionais

Page 46: Aula reportagem tv

“Modelo sociológico”

A eficiência desse modelo depende de alguns mecanismos como, por

exemplo, a montagem paralela que concatena o discurso, por meio da

exposição das idéias, pelo encadeamento das imagens. A coesão

interna do produto audiovisual não dá margem para que o espectador

formule outra coisa para além da idéia defendida internamente.

Comunicação televisiva

Jornalismo audiovisual e outras narrativas não-ficcionais

Page 47: Aula reportagem tv

Comunicação televisiva

Série “Fome no Brasil” – Jornal Nacional

Forma antropomórfica

do discurso

locutor auxiliar

Vozes da

experiência

Page 48: Aula reportagem tv

“Modelo sociológico” - “dramaturgia natural” (BERNARDET)

Pessoa

Ator natural

Personagem dramática

Comunicação televisiva

Jornalismo audiovisual e outras narrativas não-ficcionais

Page 49: Aula reportagem tv

“dramaturgia natural” (BERNARDET)

Pessoa: tem algo a dizer, tem expressividade natural,

disponibilidade. Entrevistado em potencial. Matéria-

prima para a construção dos tipos.

Comunicação televisiva

“Modelo sociológico”

Page 50: Aula reportagem tv

“dramaturgia natural” (BERNARDET)

Ator natural: pessoa escolhida para dar entrevista e

que age em função da gravação. Ela passa a

representar a si mesma em função da gravação – faz o

papel de si mesma (auto-mise-en-scène). Fala e faz

gestos especificamente porque há uma câmera na sua

frente, mesmo que não fale diretamente para ela.

Comunicação televisiva

“Modelo sociológico”

Page 51: Aula reportagem tv

“dramaturgia natural” (BERNARDET)

Auto-mise-en-scène

“verifica-se que ocorre desde o nascimento do ato cinematográfico um

duplo processo de individualização e, se é que se pode dizer, de

subjetivação do sujeito filmado, de modo que aquele que é filmado se

torna personagem do filme e, através dessa parte dele mesmo que posa e

se posiciona, ele se presta ou se dá ao olhar do outro. “ (COMOLLI, 2001,

p. 109)

Comunicação televisiva

“Modelo sociológico”

Page 52: Aula reportagem tv

“dramaturgia natural” (BERNARDET)

Personagem dramático: tipo sociológico construído na

montagem. “Os caracteres singulares dessa pessoa

(expressividade, gestualidade, etc.) revestem o tipo de

uma capa de realidade que tente a nos fazer aceitar

o personagem dramático que encarna o tipo sociológico

como a própria expressão da pessoa.” (BERNARDET, 2003,

p. 24).

Comunicação televisiva

“Modelo sociológico”

Page 53: Aula reportagem tv

“dramaturgia natural” (BERNARDET)

Personagem dramático: É o personagem dramático que

orienta nossa simpatia [e orienta nossa leitura], que pode

ser capitalizada em favor do tipo, graças a elementos que

evidentemente não são característicos de tipo nenhum.”

(BERNARDET, 2003,p. 36). Ex.: sorrir, chorar, fazer pausas na

fala.

Comunicação televisiva

“Modelo sociológico”

Page 54: Aula reportagem tv

Construção

A eficiência desse modelo depende de alguns mecanismos como, por

exemplo, a montagem paralela que concatena o discurso, por meio da

exposição das idéias, pelo encadeamento das imagens. A coesão interna

do produto audiovisual não dá margem para que o espectador formule

outra coisa para além da idéia defendida internamente.

Comunicação televisiva

“Modelo sociológico”

Page 55: Aula reportagem tv

Nesse modelo, nenhum entrevistado detém o lugar da

autoridade

A autoridade não está no entrevistado, nem nas imagens – ela

reside no texto falado ou apresentado graficamente na tela. Esse

lugar de autoridade construído na narrativa foi apropriado pelo

jornalismo: ele é ocupado pela figura ou a voz do repórter, que

tem legitimada, no discurso, sua credibilidade. (COSTA, 2005, p.

83)

Comunicação televisiva

“Modelo sociológico”

Page 56: Aula reportagem tv

Comunicação televisiva

Série “Identidade Brasil” – Jornal Nacional

Page 57: Aula reportagem tv

Comunicação televisiva

Série “Identidade Brasil” – Jornal Nacional