aula qualidade de energia 2013 02

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Qualidade de Energia Aspectos Gerais Básicos Universidade Federal do Maranhão - UFMA Centro de Ciências Exatas e Tecnologia - CCET Depto. de Engenharia de Eletricidade – DE.EE Prof. Fernando Diniz Penha

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Page 1: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Qualidade de Energia Aspectos Gerais Básicos

Universidade Federal do Maranhão - UFMA

Centro de Ciências Exatas e Tecnologia - CCET

Depto. de Engenharia de Eletricidade – DE.EE

São Luis - Junho /2007

Prof. Fernando Diniz Penha

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Qualidade de Energia Aspectos Gerais Básicos

Visão Geral do Setor Elétrico (aspectos de Qualidade)

Conceitos Básicos de Energia Elétrica;

Fenômenos relacionados com a Qualidade de energia

Visão geral sobre Harmônicos em sistemas elétricos

Impactos técnico-econômicos da Qualidade de Energia

EMENTA GERAL RESUMIDA

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Visão Geral do Setor Elétrico(Qualidade de Energia)

A Qualidade da Energia Elétrica(QEE) constitui na atualidade um fator crucial para a competitividade de praticamente todos os setores industriais e dos serviços (setores comerciais).

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Visão Geral do Setor Elétrico(Qualidade de Energia)

SERVIÇOPRODUTO

ATENDIMENTO COMERCIAL

Q

QUALIDADE DE ENERGIA – ENFOQUES PRINCIPAIS

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Visão Geral do Setor Elétrico(Qualidade de Energia)

Momento Atual

ANEEL

EMPRESAS

E.E

CLIENTES

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Visão Geral do Setor Elétrico(Qualidade de Energia)

Instrumentos de Avaliação da Qualidade

Órgão Regulador

AUDITORIAS

Pesquisas

de

Satisfação

Reclamações

Indicadores

e Padrões

Relatórios

Específicos

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Visão Geral do Setor Elétrico(Qualidade de Energia)

QUALIDADE DE ENERGIA

CONFIABILIDADE DO SISTEMA

QUALIDADE DA TENSÃO

Interrupções de longa duração

SegurançaContinuidade

Interrupções de curta duração

Desvios de frequência

FlutuaçõesDesequilíbrio

sTransitóriosHarmônicos

VISÃO GERAL DA Q.E.E

Page 8: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Visão Geral do Setor Elétrico(Qualidade de Energia)

Operação Ideal da Rede Elétrica

Tensões e correntes senoidais; Freqüência Constante 60 ± 0,5 Hz; Tensão Constante (em seu valor

nominal); Tensões trifásicas balanceadas; Fator de potência unitário.

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Visão Geral do Setor Elétrico(Qualidade de Energia)

Porque se preocupar com a Q.E.E ?

Crescente utilização de cargas ou equipamentos muito sensíveis à variações de parâmetros da rede elétrica (equipamentos eletrônicos).

Crescente interesse pela racionalização e conservação de energia, com vistas a otimização da utilização.

Page 10: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Visão Geral do Setor Elétrico(Qualidade de Energia

Porque se preocupar com a Q.E.E ?

Conscientização ou conhecimento básico dos consumidores em relação aos fenômenos associados à Q.E.E, tais como: interrupções, subtensões, transitórios, exigindo da concessionárias a melhoria da qualidade de energia fornecida.

Conseqüências dos fenômenos relacionados com a Q.E.E na vida útil dos equipamentos do sistema elétrico.

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Visão Geral do Setor Elétrico(Qualidade de Energia

A energia elétrica, deixa as usinas geradoras a cada instante de tempo do dia e é transportada por uma complexa rede de linhas aéreas e ou de cabos subterrâneos até alcançar seus centros consumidores.

Page 12: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Visão Geral do Setor Elétrico(Qualidade de Energia

Gerenciar a energia elétrica:

controlar a demanda fator de potência administração de

contratos

Supervisão de grandezas:

tensões correntes potências distorções

harmônicas transitórios

METAS

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Visão Geral do Setor Elétrico(Qualidade de Energia

Tais metas dependem da definição apropriada de indicadores que representem o desempenho dos serviços prestados pelas concessionárias envolvidas. São os chamados INDICADORES DE QUALIDADE.

Page 14: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Visão Geral do Setor Elétrico(Qualidade de Energia

Para avaliar o quanto um sistema está operando dentro de padrões de qualidade aceitáveis, duas grandezas elétricas básicas podem ser empregadas: a tensão e a freqüência.

Em relação a tensão, três aspectos principais devem ser observados:

forma de onda (senoidal pura ou não) simetria entre as fases magnitudes das tensões dentro de limites

aceitáveis.

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Visão Geral do Setor Elétrico(Qualidade de Energia

O Perfil da Tensão:

Um destaque no contexto geral da Qualidade da Energia, refere-se ao controle do perfil da magnitude da tensão de suprimento. Dentro deste enfoque, encontra-se um grupo de fenômenos que em conjunto ou isoladamente provocam a deterioração do suprimento energético.

Sob o ponto de vista técnico da operação do sistema, é de extrema importância que o consumidor seja suprido com uma “Tensão”, na qual seus equipamentos possam operar de maneira satisfatória.

Page 16: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Visão Geral do Setor Elétrico(Qualidade de Energia

Padrões de Níveis de tensão : Média Tensão

Classificação Faixa

Adequada 0.95 Vn ≤ V ≤ 1.05 Vn

Precária 0.93 Vn ≤ V ≤ 0.95 Vn

Crítica V < 0.93Vn ou V > 1.05 Vn

V = tensão medidaV n= tensão nominal

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Visão Geral do Setor Elétrico(Qualidade de Energia

Padrões de Níveis de tensão : Baixa Tensão

Classificação Faixa

Adequada 0.91 Vn ≤ V ≤ 1.04 Vn

Precária 0.86Vn ≤ V < 0.91 Vn

1.04Vn ≤ V <1.06Vn

Crítica V < 0.86Vn ou V > 1.05 Vn

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Visão Geral do Setor Elétrico(Qualidade de Energia

A rede elétrica está sujeita ao surgimento de fenômenos de natureza aleatória ou intrínsecos. (Distúrbios ou Perturbações)

Ex.: Afundamentos e elevações de tensões, interrupções de curta duração, distorções harmônicas, flutuações de tensão, oscilações, ruídos, sobretensões, subtensões, etc.

Perfil da

TENSÃO

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Visão Geral do Setor Elétrico(Qualidade de Energia

Para o consumidor residencial, o que ele tem em mente como baixa qualidade da energia elétrica é realmente a falta de energia.

Principais Conseqüências

Transtornos domésticos / perda de qualidade de vida

Queima de equipamentos

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Visão Geral do Setor Elétrico(Qualidade de Energia

Origem dos problemas de Qualidade de EnergiaVisão do Consumidor

Aconteceu algum

problema ! ?

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Visão Geral do Setor Elétrico(Qualidade de Energia

Para o consumidor industrial, no entanto, se faltar energia durante segundos, a fábrica pára e o processo industrial tem que ser reiniciado, o que causa grandes prejuízos financeiros.

Principais Conseqüências

Parada de produção

Lucro afetado

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Visão Geral do Setor Elétrico(Qualidade de Energia

Desta forma, uma das principais razões para os estudos relacionados a Q.E.E é a questão financeira.

Todos os fenômenos associados à Q.E.E acarretam em impactos econômicos nas companhias de energia, consumidores e fornecedores de equipamentos.

Page 23: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Visão Geral do Setor Elétrico(Qualidade de Energia

Qualidade de Energia

Aumento da

Produtividade

ConcessionáriasDe

Eletricidade

Redução de Investimentos

em ampliações de

Linhas, Subestações,

Geração

Incentivos

visando a:

Riscos

Diminuição da produtividade

Ocorrências de distúrbios

Divulgação de

metodologias e

soluções adequadas

para os problemas relacionados com a

QEE

Questões financeira

s

Page 24: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Visão Geral do Setor Elétrico(Qualidade de Energia

Distúrbios na Rede Elétrica

Enormes prejuízos

financeiros

Interrupção de curta-duração

Presença de harmônicos

Elementos envolvidos

concessionária

consumidor

Fabricante de equipamentos

Elevado numero de equipamentos

instaladosDesconhece/ou

ignora os fenômenos elétricos

Ex:

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Visão Geral do Setor Elétrico(Qualidade de Energia

Origem dos problemas de Qualidade de EnergiaVisão dos Especialistas e Acadêmicos

Possuem algum conhecimento sobre os fenômenos que afetam a QUALIDADE

Page 26: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Visão Geral do Setor Elétrico(Qualidade de Energia

O que é QUALIDADE DE ENERGIA ??

Assunto relacionado a qualquer problema manifestado na tensão, corrente ou desvio de freqüência, que resulta em falha ou má operação da instalação de consumidores ou no sistema supridor da concessionária.

Page 27: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Visão Geral do Setor Elétrico(Qualidade de Energia

Causas de alterações na Rede Elétrica

perda de linha de transmissão ou distribuição;

Perdas de transformadores;saída de unidades geradoras;chaveamentos de bancos de

capacitores;curto-circuito nos sistemas elétricos;operação de cargas com

características não-lineares.

Page 28: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Visão Geral do Setor Elétrico(Qualidade de Energia

Objetivo de uma análise e diagnóstico da Q.E.E Identificar o surgimento e determinar as causas e as conseqüências dos distúrbios no sistema elétrico e, posteriormente apresentar medidas técnicas e economicamente viáveis para diminuir e/ou eliminar tais distúrbios.

Page 29: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Visão Geral do Setor Elétrico(Qualidade de Energia

A qualidade do setor elétrico de distribuição, em específico, caracteriza-se no desempenho das concessionárias no fornecimento de energia elétrica, quanto a três aspectos:

Conformidade; Atendimento ao

consumidor; Continuidade de serviço.

Page 30: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Visão Geral do Setor Elétrico(Qualidade de Energia

A Conformidade está relacionada com os fenômenos associados à forma de onda de tensão, tais como: flutuações de tensão, distorções harmônicas, interrupções de curta duração, etc.

Page 31: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Visão Geral do Setor Elétrico(Qualidade de Energia

O atendimento abrange a relação comercial existente entre as concessionárias e o consumidor, considera a cortesia, o tempo de atendimento, às solicitações de serviços, o grau de presteza e o respeito aos direitos do consumidor.

Page 32: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Visão Geral do Setor Elétrico(Qualidade de Energia

A continuidade corresponde ao grau de disponibilidade de energia elétrica ao consumidor.

Dentre os parâmetros de qualidade em RD´s, podemos considerar àqueles relacionados com a continuidade de serviço como sendo de grande importância.

Page 33: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Visão Geral do Setor Elétrico(Qualidade de Energia

ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica)

Promover a qualidade da energia; Regulamentar os padrões e garantir o

atendimento aos mesmos; Estimular melhorias; Zelar direta e indiretamente pela

observância da legislação; Punir as empresas concessionárias, quando

necessário; Definir os indicadores para

acompanhamento do desempenho das concessionárias.

Page 34: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Visão Geral do Setor Elétrico(Qualidade de Energia

Dentre os índices de continuidade adotados pela ANEEL têm-se:

Coletivos: particularmente úteis à agência reguladora para atender suas necessidades de avaliação das concessionárias.

DEC: Duração equivalente de interrupção por unidade consumidora.

FEC: Freqüência equivalente de interrupção por unidade consumidora.

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Visão Geral do Setor Elétrico(Qualidade de Energia

DEC:Indica o número de horas, em média, que um consumidor fica sem energia elétrica durante um período, geralmente mensal.

c

n

ia

C

itiCDEC

1

)(*)( i = índice de interrupção;N = nº total de interrupções;Ca(i) = nº de consumidores afetados pela interrupção i;t(i) = tempo da interrupção i;Cc = nº total de consumidores do conjunto considerado

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Visão Geral do Setor Elétrico(Qualidade de Energia

FEC:Indica quantas vezes, em média, houve interrupção na unidade consumidora (residência, comércio, indústria, etc).

c

n

ia

C

iCFEC

1

)(

Page 37: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Visão Geral do Setor Elétrico(Qualidade de Energia

Individuais : servem mais especificamente ao interesse dos consumidores para avaliar o seu atendimento pela distribuidora; são apresentados,desde Jan/2005, na fatura do consumidor.

DIC: Duração de interrupção individual por unidade consumidora;

FIC: Freqüência de interrupção individual por unidade consumidora ;

DMIC: Duração máxima de interrupção contínua por unidade consumidora

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Visão Geral do Setor Elétrico(Qualidade de Energia

DIC:Indica quanto tempo (em horas) um consumidor ficou sem energia elétrica durante um período considerado.

n

i

itDIC1

)(

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Visão Geral do Setor Elétrico(Qualidade de Energia

FIC:

Indica o numero de vezes que um consumidor ficou sem energia elétrica durante um período considerado.

nFIC

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Visão Geral do Setor Elétrico(Qualidade de Energia

DMIC:

É um indicador que limita o tempo máximo de cada interrupção, impedindo que a concessionária deixe o consumidor sem energia elétrica durante um período muito longo.

max)(itDMIC Controle a

partir de 2003

Page 41: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Visão Geral do Setor Elétrico(Qualidade de Energia

Exemplo de Cálculo de DEC e FEC

Concessionária : 60.000 consumidores

Período : 1 trimestre

Interrupções > 3 minutos

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Histórico das Interrupções

5 interrupções de 140min (2,33 horas) : 7800 con.

2 interrupções de 100min (1,66 horas) : 6300 con.

3 interrupções de 40min (0,66 horas) : 9850 con.

6 interrupções de 180min (3 horas) : 12700 con.

8 interrupções de 150min (2,50 horas) : 19000 con.

5 interrupções de 120min (2,0 horas) : 17500 con.

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DEC:

DEC = 15,24 horas

FEC

FEC = 6,61 interrupções / consumidor

60000

2*17500*55,2*19000*83*12700*666,0*9850*366,1*6300*233,2*7800*5 DEC

60000

17500*519000*812700*69850*36300*27800*5 DEC

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Visão Geral do Setor Elétrico(Qualidade de Energia

DEC e FEC no Brasil Fonte: ABRADEE

Page 45: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Visão Geral do Setor Elétrico(Qualidade de Energia

DEC e FEC / Cemar:

Ano FEC DEC

1997 44,03 24,14

1998 49,25 18,74

1999 36,86 30,62

2000 38,67 29,03

2001 67,54 40,62

2002 66,78 40,35

2003 67,94 37,28

2004 63,45 39,31

Fonte: ABRADEE

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Visão Geral do Setor Elétrico(Qualidade de Energia

Metas de Índices de Continuidade de Serviço

Maranhão : 217 municípios na área de concessão da CEMAR

RESOLUÇÃO: Nº 514, DE

7/12/2000.

CELPE

CEMAR

DIC : 22,0 horasFIC : 18,0 int.DEC : 9,0 horasFEC : 9,0 int.DMIC : 11,0 horas

SÃO LUIS

Page 47: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Visão Geral do Setor Elétrico(Qualidade de Energia

Fatores que contribuem para maus Índices de Continuidade (DEC, FEC, DIC, FIC)

Falta de investimentos na conservação e melhoria das redes de distribuição;

Redução do quadro de pessoal encarregado de manutenção, canalizando investimentos apenas em tecnologia;

Ligações clandestinas

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Visão Geral do Setor Elétrico(Qualidade de Energia)

Algumas ações para a melhoria dos Índices:

Elevação do nível de isolamento nas linhas e redes localizadas nas regiões mais sujeitas à incidência de raios;

Instalação e/ou substituição de pára-raios; substituição chaves elétricas simples por chaves

repetidoras de múltiplo estágio; poda de árvores; serviços de roçada e limpeza de área localizada sob

linhas elétricas. Combate ao vandalismo

Fonte: COPEL

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Visão Geral do Setor Elétrico(Qualidade de Energia

Observações Importantes:

A apuração dos dados de interrupção para os indicadores são realizados com periodicidade mensal, trimestral e anual.

Foram introduzidos novos critérios de formação de grupo de consumidores de características semelhantes e contíguos, geralmente pertencentes a uma determinada área de uma concessionária, que possibilitou o atendimento homogêneo.

Esses conjuntos foram propostos pelas concessionárias à

ANEEL, que após análise e aprovação, gerou uma resolução específica para cada concessionária com dados validados.

Page 50: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Visão Geral do Setor Elétrico(Qualidade de Energia

Observações Importantes:

Nas apurações dos indicadores mencionados, todas as concessionárias devem considerar interrupções iguais ou maiores que 3 (três) minutos.

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Distúrbios Relacionados aos Problemas de Qualidade da

Energia Classificação dos Distúrbios

Variações transitórias de Tensão de Curta Duração Interrupção Afundamento de tensão (voltage SAG) Elevação de tensão (voltage SWELL)

Variações transitórias de Tensão de Longa Duração Sobretensão Subtensão Interrupção sustentada

Transitórios Impulsivos Oscilatórios

Harmônicos (*)

Page 52: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Variações Transitórias de curta duração

Duração:

instantâneas; momentâneas e/ ou temporárias.

São causadas por:

condições de faltas; energização de grandes cargas ou perda intermitente de conexões nos cabos dos

sistemas.

Page 53: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Variações Transitórias de curta duração

Dependendo da localização da falta e das condições do sistema, a falta pode ou causar um afundamento da tensão (sag) ou uma elevação da tensão (swell), ou ainda, a completa perda da tensão(interrupção).

A condição de falta pode estar próxima ou longe do ponto de interesse.

Page 54: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Variações Transitórias de curta duração

Interrupção:

Uma interrupção ocorre quando o fornecimento de tensão ou corrente de carga decresce para um valor menor do que 0,1 p.u por um período de tempo que não excede 1 min.

Podem ser resultantes de faltas no sistema de energia, falhas nos equipamentos e mal funcionamento de sistemas de controle.

Page 55: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Variações Transitórias de curta duração

Interrupção

Page 56: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Variações Transitórias de curta duração

Interrupção:

A maior parte dos consumidores (principalmente os residenciais) não sentirá os efeitos da interrupção. Porém, algumas cargas mais sensíveis (ex: computadores e outras cargas eletrônicas) estarão sujeitas a tais efeitos, a menos que a instalação seja dotada de unidades UPS (no-breaks), que evitarão maiores conseqüências na operação destes equipamentos.

Page 57: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Variações Transitórias de curta duração

Afundamento de tensão (SAG)

Fenômeno caracterizada por uma redução no valor eficaz da tensão, entre 0,1 e 0,9 pu, na freqüência fundamental, com duração entre 0,5 ciclo e 1 minuto.

Page 58: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Variações Transitórias de curta duração

Afundamentos de tensão são usualmente associados a:

faltas no sistema; energização de grandes

cargas; partida de grandes motores

e corrente de “inrush”

(transformador).

Page 59: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Variações Transitórias de curta duração

Afundamento causado por falta fase-terra

Page 60: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Variações Transitórias de curta duração

Afundamento causado por partida de Motor

Page 61: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Variações Transitórias de curta duração

Efeitos do SAG:

Má operação de equipamentos eletrônicos, em especial computadores.

Tarefa Difícil:

Determinar os níveis de sensibilidade de tais equipamentos, devido ao grande número de medições necessárias para a coleta de dados.

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Variações Transitórias de curta duração

Elevação de tensão (SWELL)

Fenômeno caracterizado por um aumento no valor eficaz da tensão do sistema (10-80%), com duração de meio ciclo a 1 min.

Page 63: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Variações Transitórias de curta duração

Usualmente, o SWELL está associado à:

condições de faltas no sistema;

saída de grandes blocos de cargas ou

energização de grandes bancos de capacitores.

Page 64: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Variações Transitórias de curta duração

Elevação de tensão numa fase sã causado por falta fase-terra em outra fase.

Page 65: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Variações Transitórias de curta duração

Conseqüência das elevações de tensão:

Falhas dos equipamentos eletrônicos, dependendo da freqüência de ocorrência do distúrbio.(ASD's, computadores e controladores eletrônicos);

Redução da vida útil de transformadores, cabos, barramentos, dispositivos de chaveamento, TPs, TCs e máquinas rotativas;

Má operação de alguns tipos de relés; Queima de capacitores.

Page 66: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Variações transitórias de tensão de longa duração

Período superior a 1 min.

Podem ser caracterizadas como desvios que ocorrem no valor eficaz da tensão, na freqüência do sistema.

Estas variações podem estar associadas a sobre ou subtensões e geralmente não resultam em falhas imediatas do sistema

Page 67: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Variações transitórias de tensão de longa duração

Principais causas :

Variações na carga

Operações de chaveamento

Page 68: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Variações transitórias de tensão de longa duração

Sobretensão

Aumento no valor eficaz da tensão CA, maior do que 110% (valores típicos entre 1,1 a 1,2 p.u), considerando-se a freqüência do sistema, por uma duração maior do que 1 min.

Causas de Sobretensão

desligamento de grandes cargas;

energização de bancos de capacitores;

tap´s dos transformadores conectados de forma incorreta.

Page 69: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Sobretensões

Conseqüências:

Redução da vida útil dos principais equipamentos; Falha em relés de proteção; Potência reativa de capacitores aumenta com o

quadrado da tensão

Soluções: Troca de bancos de capacitores fixos por bancos

automáticos.(concessionária e indústria) instalação de compensadores estáticos de reativos.

Page 70: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Subtensão

Decréscimo no valor eficaz da tensão CA, para menos de 90% na freqüência do sistema com uma duração superior a 1 min.

Causas:

carregamento excessivo de circuitos alimentadores;

desligamento de bancos de capacitores; excesso de reativo transportado pelos

circuitos de distribuição.

Page 71: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Subtensão

Conseqüências:

redução da potência reativa fornecida por bancos de capacitores ao sistema;

possível interrupção da operação de equipamentos eletrônicos;

redução do índice de iluminamento para os circuitos de iluminação incandescente;

elevação do tempo de partida das máquinas de indução e

sobre-aquecimento de máquinas.

Page 72: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Variações transitórias de tensão de longa duração

Interrupção Sustentada

Quando o fornecimento de tensão permanece em zero por um período de tempo que excede 1 min.

São geralmente permanentes e requerem intervenção humana para reparar e retornar o sistema à operação normal no fornecimento de energia.

Podem ocorrer de forma inesperada ou de forma planejada.

Page 73: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Variações transitórias de tensão de longa duração

A maioria das interrupções sustentadas ocorre de forma inesperada devido a:

a falhas nos disjuntores;

queima de fusíveis;

falha de componentes do circuito alimentador.

Page 74: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Variações transitórias de tensão de longa duração

Tratando-se das interrupções planejadas, são feitas para executar serviços de manutenção das redes.

Page 75: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Seja a interrupção inesperada ou planejada, o sistema elétrico deve ser projetado e operado de forma a garantir que:

o número de interrupções seja mínimo; uma interrupção dure o mínimo possível; o número de consumidores afetados seja

pequeno

Page 76: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Transitórios

Evento que é indesejável, mas momentâneo, em sua natureza.

Manifestações ou respostas elétricas locais ou nas adjacências, oriundas de alterações súbitas nas condições operacionais de um sistema de energia elétrica.

Apesar da duração de um transitório ser muito pequena, têm relevada importância, uma vez que submetem equipamentos a grandes solicitações de tensão e/ou corrente

Page 77: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Transitórios

Identificação de um Transitório

Page 78: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Transitórios

Transitórios Impulsivos

Causados principalmente pelos fenômenos das descargas atmosféricas.

A frequência é bem diferente daquela da rede elétrica (60 Hz)

Page 79: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Transitórios

Transitórios Impulsivos:

Em sistemas de distribuição o caminho mais provável para as descargas atmosféricas é através de um condutor fase, no primário ou no secundário, causando altas sobretensões no sistema.

Page 80: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Transitórios

Transitórios Impulsivos / Conseqüências:

Elevação do potencial do terra local, em relação a outros terras, em vários kV. Equipamentos eletrônicos conectados entre duas referências de terra, tais como computadores conectados a modems, podem ser danificados quando submetidos a altos níveis de tensão.

Indução de altas tensões nos condutores fase, quando as correntes passam pelos cabos a caminho do terra.

Page 81: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Transitórios Oscilatórios

É caracterizado por uma alteração repentina nas condições de regime permanente da tensão e/ou corrente possuindo valores de polaridade positiva e negativa.

Page 82: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Trasitórios

Transitórios Oscilatórios

Causados por operações de chaveamento.

Energização de linhas Chaveamento de

capacitores e transformadores

Chaveamento de Bancos de Capacitores

Page 83: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Transitórios Oscilatórios

São caracterizados pelo seu conteúdo espectral (freqüência), duração e magnitude da tensão.Transitório

decorrente da eliminação de

uma falta

Page 84: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Transitórios Oscilatórios

Classificação:

Baixa freqüência: componentes de freqüência menor do que 5 kHz (0,3 a 50 ms).

Média freqüência: componentes de freqüência entre 5 e 500 kHz

Alta freqüência: componente de freqüência maior do que 500 kHz

Page 85: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Transitórios Oscilatórios

Perigo !

A amplificação das tensões transitórias, podem atingir níveis

de 3 a 4 p.u.

Page 86: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Desequilíbrios de tensão

Desequilíbrio de tensão é muitas vezes definido como o desvio máximo dos valores médios das tensões ou correntes trifásicas, dividido pela média dos mesmos valores, expresso em percentagem.

Page 87: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Desequilíbrios de tensão

Causas dos desequilíbrios de tensão:

Têm origem nos sistemas de distribuição, os quais possuem cargas monofásicas distribuídas inadequadamente.

Consumidores alimentados de forma trifásica possuem uma má distribuição de carga em seus circuitos internos, impondo correntes desequilibradas (amplitudes diferentes e assimetrias nas fases) no circuito da concessionária.

Page 88: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Desequilíbrios de tensão

Conseqüências dos desequilíbrios:

Problemas indesejáveis na operação de equipamentos, tais como: Motores de Indução, máquinas síncronas,retificadores.

Page 89: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Desequilíbrio de tensão

Identificação de um desequilíbrio de tensão:

Page 90: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Flutuações ou Oscilações de tensão

As flutuações ou oscilações de tensão correspondem a variações sistemáticas dos valores eficazes da tensão de suprimento dentro da faixa compreendida entre 0,95 e 1,05 pu.

Estas flutuações são geralmente causadas por cargas industriais e manifestam-se de diferentes formas, a destacar:

Page 91: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Flutuações ou Oscilações de tensão

Fontes de Oscilações de tensão:

Fornos a Arco : flutuação oscilatória

Máquinas de Solda, Elevadores de minas e ferrovias : flutuação repetitiva

Partida direta de grandes motores de indução

Page 92: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Flutuações ou Oscilações de tensão

Efeitos das Oscilações de tensão:

oscilações de potência e torque das máquinas elétricas;

queda de rendimento dos equipamentos elétricos;

interferência nos sistemas de proteção;

Efeito "flicker" ou cintilação luminosa.

Page 93: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Flutuações ou Oscilações de tensão

Identificação de um problema de Oscilação de tensão – Efeito Fliker

Page 94: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Flutuações ou Oscilações de tensão

Na freqüência de 8,8 Hz o olho humano apresenta sua máxima sensibilidade, sendo capaz de identificar variações na tensão de 0,1%.

Page 95: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Distorções da forma de Onda Harmônicos

Distorção da Forma de Onda

Distorção da forma de onda é definida como um desvio, em regime permanente, da forma de onda puramente senoidal, na freqüência fundamental (60 Hz), e é caracterizada principalmente pelo seu conteúdo espectral.

Dentre os 5 tipos principais de distorções da forma de onda, destaca-se, como indicador de qualidade de energia, a distorção harmônica

Page 96: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Distorção Harmônica

Identificação de uma onda distorcida:

Page 97: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Distorção Harmônica

Conceitos:Harmônicas são ondas senoidais, de tensão ou de corrente, cujas freqüências são múltiplas inteiras da frequência fundamental.As ondas distorcidas podem ser decompostas em uma soma de ondas senoidais de freqüências diversas, múltiplas da fundamental.

COMPONENTE FUNDAMENTAL (60 Hz)

COMPONENTE EM 180 Hz

COMPONENTE EM 300 Hz

fn = n*60

Page 98: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Distorção Harmônica

Forma de Onda Distorcida devido a presença de harmônicos

Page 99: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Distorção Harmônica

As correntes harmônicas são geradas pelas cargas não-lineares conectadas à rede. A circulação das correntes harmônicas geram tensões harmônicas através das impedâncias da rede, e então produzem uma deformação (distorção) da tensão de alimentação.

A distorção harmônica vem contra os objetivos da qualidade do suprimento promovido por uma concessionária de energia elétrica, a qual deve fornecer aos seus consumidores uma tensão puramente senoidal, com amplitude e freqüência constantes.

Page 100: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Distorção Harmônica

Carga Não-Linear : relação (v x i)

TipoTipo principal

CARGAS ELETRÔNIC

AS

Page 101: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Distorção Harmônica

Evolução das Cargas Eletrônicas no Brasil

Page 102: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Distorção Harmônica

13.8 kV Cargas harmônicasOu cargas não-

lineares

13.8 kV/380 V

in

in

in

Corrente de uma carga não-linear

Page 103: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Distorção Harmônica

A tensão harmônica é causada pela circulação da corrente harmônica nas impedâncias dos circuitos de alimentação da rede

Page 104: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Distorção Harmônica

Circulação de correntes harmônicas em uma rede

Page 105: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Distorção Harmônica

O fornecimento de energia a determinados consumidores que causam distorções no sistema supridor, prejudicam não apenas o consumidor responsável pelo distorção, mas também outros conectados à mesma rede elétrica.

Page 106: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Distorção Harmônica

Formas de Representação de Harmônicos:

Gráfico da Forma de Onda (tensão ou corrente)

Espectro Harmônico : gráfico que mostra, sob a forma de “barras”, a amplitude da grandeza (tensão ou corrente) em função da frequência harmônica ou da ordem harmônica (“n” ou “h”)

Page 107: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Distorção Harmônica

Forma de Onda Distorcida / Corrente

Page 108: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Distorção Harmônica

Espectro Harmônico

fn = n*60n = fn / 60

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Ordem Harm ônica (n)

Am

plitu

de d

a H

arm

ônic

a (%

)

Page 109: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Como quantificar Harmônicos ?

Distorção harmônica Individual:

Distorção harmônica total:

1

100V

VD n

H 1

100I

ID n

H

1

2

2

V

V

DHT

NH

nn

V

1

2

2

I

I

DHT

NH

nn

I

V1 ,I1 = tensão(corrente) em 60 Hz (fundamental)NH = ordem da máxima harmônica presente

Page 110: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Como quantificar Harmônicos ?

Valor RMS Verdadeiro

21

1

2 1 DHTVVTrueRMSNH

nn

Este é o valor indicado pelos medidores modernos ou

analisadores de qualidade

FLUKE 1735

Page 111: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Normas para níveis de Harmônicos

Tensões inferiores 69 KVTensões superiores 69 KV

Impares Pares Impares Pares

Ordem % Ordem % Ordem % Ordem %

3, 5, 7 5

2, 4, 6 2

3, 5, 7 2

2, 4, 6 19, 11, 13 3 9, 11, 13 1.5

15 a 25 2

>8 1

15 a 25 1

8 0.5>27 1 >27 0.5

DHT = 6 % DHT = 3 %

IEEE 519: Recomenda as práticas e requisitos para o controlede harmônicos em sistemas elétricos de potênciaLimites de distorção harmônica de tensão total (DHTv)

Page 112: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Normas para níveis de Harmônicos

Limites de distorção harmônica de tensão por consumidor

Tensões inferiores a 69 kV Tensões superiores a 69 kV

Ímpares Pares Ímpares Pares

Ordem % Ordem % Ordem % Ordem %

3 a 25 1.5

Todas 0.6

3 a 25 0.6

Todas 0.327 1 27 0.4

DHT = 3 % DHT = 1.5 %

Page 113: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Normas para níveis de Harmônicos

Limites de Distorção harmônica de corrente total (DHTi)

• Depende do fator “R” (Relação de curto-circuito da instalação no “PAC”). R=ISC /IL onde:ISC = máxima corrente de curto-circuito no “PAC”IL = máxima demanda de corrente fundamental das cargas lineares e não lineares.

ordem < 11 1-17 17-21 23-33...R ≤20 4% 2% 1,5% 0,6%...R < 50 7% 3,5% 2,5% 1%...

Page 114: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Aprovação de Projetos com Cargas geradoras de Harmônicos

Concessionária

Carga Industr

ial

Cargas Não-

lineares

Cargas Linear

es

É viável tecnicamente aprovar a instalação da industria na rede da concessionária ??

PAC

Page 115: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Limites para aprovação de projetos que inclui cargas geradoras de harmônicas

105 20 50 100 200 5000,1

0,2

0,4

0,8

1,0

MTBT

Scc / Dt

Dn

l / D

t Região de Aprovação

Região de não

Aprovação

Page 116: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Aprovação de Projetos com Cargas geradoras de Harmônicos

Concessionária

Carga Industr

ial

Cargas Não-

lineares

Cargas Linear

esIcc,3ѳ = 3,2 kA

Exemplo13,8 kV

Carga

Linear : Motores + Iluminação = 540 kW ; f.D = 0,8

Não-Linear: Retificador + Conversor de frequencia + laminador = 400 kW ; f.D = 0,60

f.pm = 0.85

Page 117: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Solução:

Demanda Total Prevista = 540 * 0.8 + 400 * 0.60 = 672 kW

Demanda Prevista (C.N.L)= 400 * 0.60 = 240 kW

Para um f.p = 0.85, tem-se:

Dt = 672 / 0.85 = 790 kVA

Dnl = 240 / 0.85

Page 118: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Potência de Curto-Circuito no P.A.C

Scc = √3 * V * I = √3* 13,8 * 3200 = 76.487 kVA

Scc / Dt = 76487 / 790 = 96

Dnl / Dt = 282 / 790 = 0.35

Page 119: AULA Qualidade de Energia 2013 02

105 20 50 100 200 5000,1

0,2

0,4

0,8

1,0

MT

BT

Scc / Dt

Dn

l / D

t

Região de Aprovação

Região de não

Aprovação

96

0.35

Page 120: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Base para Aprovação:

Características do Sistema Supridor

Ponto de Entrega de energia (Ponto de Acoplamento Comum – PAC)

Demanda Prevista

Page 121: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Cargas Geradoras de Harmônicos

Atualmente, cerca de 60% das cargas conectadas aos sistemas elétricos e potência são geradoras de harmônicas. São as chamadas cargas elétricas especiais, ou não-lineares.Exemplo:

Lâmpadas fluorescentes;Televisores;Microcomputadores;Fornos a arco elétrico;Conversores estáticos;

Variadores de frequência;Dimmers;

Nobreak´s;Reatores eletrônicos para lâmpadas

fluorescentes;Chuveiros com controle eletrônico de

temperatura;Outros.

Carg

as

não-

lin

eare

s

Page 122: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Cargas Geradoras de Harmônicos

Fornos a Arco

Page 123: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Cargas Geradoras de Harmônicos

Forno a Arco – tensão RMS fase-neutro

Período de fusão Período de

refino

Page 124: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Cargas Geradoras de Harmônicos

Conversores Estáticos

CA CC

CA CC

RETIFICADOR

INVERSOR

RECORTADORTRANSFORMADOR,CICLOCONVERSOR

Page 125: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Cargas Geradoras de Harmônicos

Conversores : Retificador / Inversor

Page 126: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Cargas Geradoras de Harmônicos

Inversores de Frequência

Page 127: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Cargas Geradoras de Harmônicos

Lâmpadas Fluorescentes CompactasA partir do período de racionamento vivido pelo Brasil, com a escassez da oferta de energia e as medidas adotadas pelo governo federal, observou-se uma grande procura pelas lâmpadas fluorescentes compactas objetivando-se a redução e o uso racional da energia elétrica

Baixo consumo de energia elétrica em perda de

luminosidade, quando comparada a lâmpadas incandescentes;Baixo fator de potência;

Geração de correntes harmônicas.

Page 128: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Cargas Geradora de Harmônicas

Lâmpadas Fluorescentes Compactas

Tensão RMS = 128 VoltsCorrente RMS = 0,42 AmperesPotência Ativa = 27 WattsPotência Reativa = 46,3 VAr

DHTi (%) = 165,75 %DHTv (%) = 0,69 %

Page 129: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Cargas Geradoras de Harmônicos

Computadores

Tensão RMS = 127 VoltsCorrente RMS = 0,74 AmperesPotência Ativa = 49 WattsPotência Reativa = 85 VAr

DHTi (%) = 167,7 %DHTv (%) = 0,62 %

Page 130: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Cargas Geradoras de Harmônicos

Forno de Microondas

Tensão RMS = 127 VoltsCorrente RMS = 9,54 AmperesPotência Ativa = 1.120 WattsPotência Reativa = 461 VAr

DHTi (%) = 30,75 %DHTv (%) = 0,82 %

Page 131: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Cargas Geradoras de Harmônicas

Aparelho de Televisão

Tensão RMS = 127 VoltsCorrente RMS = 0,79 AmperesPotência Ativa = 76 WattsPotência Reativa = 65 VAr

DHTi (%) = 84 %DHTv (%) = 0,69 %

Page 132: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Cargas Geradoras de Harmônicos

Dimmer para lâmpadas incandescentes

V = 100% de Vnominal

V = 30% de Vnominal

DHTi = 4,74%RMS = 0,87A

DHTi = 134,89%RMS = 0,43 A

Page 133: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Cargas Geradoras de Harmônicos Soft-Starter

Forma de onda da corrente de alimentação 0,5 seg após a partida

Forma de onda da corrente de alimentação 1,5 seg após a partida

Page 134: AULA Qualidade de Energia 2013 02

No-break´s

Page 135: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Cargas Geradoras de Harmônicos

LÂMPADAS INCADESCENTES DE MESMA POTÊNCIA

Carga e tensão de suprimento equilibradas

In

Ia

Ib

Ic

Page 136: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Cargas Geradoras de Harmônicos

LÂMPADAS COMPACTAS DE MESMA POTÊNCIA

Carga e tensão de suprimento equilibradas

Ib

Ia

Ic

In

Page 137: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Efeitos das Harmônicas no Sistema Elétrico

Três categorias:

Efeito sobre o próprio sistema elétrico;

Efeito sobre o consumidor;

Efeito sobre circuitos de comunicação

Page 138: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Efeitos das Harmônicas no Sistema Elétrico

Componentes afetados:

Cabos de Alimentação

Transformadores

Bancos de Capacitores

Relés de proteção e fusíveis

Aparelhos de Medição

Equipamentos Eletrônicos

Page 139: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Efeitos das Harmônicas no Sistema Elétrico

Sobrecarga das rede de distribuição por aumento da corrente eficaz (RMS);

Aumento das perdas elétricas em cabos e equipamentos;

Redução do fator de potência;

Aumento da queda de tensão;

Sobrecarga dos condutores de neutro em razão da soma das harmônicas de ordem 3 geradas pelas cargas monofásicas.

Sobrecarga, vibrações e envelhecimento dos geradores, transformadores, motores;

Page 140: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Efeitos das Harmônicas no Sistema Elétrico

Sobrecarga e envelhecimento dos capacitores de compensação de energia reativa;

Deformação da tensão de alimentação podem perturbar cargas sensíveis;

Tensão Elevada entre neutro e terra;

Erro de leitura em equipamentos de medição;

Operação indevida de equipamentos de proteção;

Perturbação das redes de comunicação ou das linhas telefônicas.

Page 141: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Efeitos das Harmônicas no Sistema Elétrico

Cabos de Alimentação:

Elevam valores eficazes da corrente que resultam em aumento das perdas nos condutores;

Efeito pelicular (Efeito Skin) : que restringe a secção condutora para componentes de freqüência elevada. (diminuição da capacidade de condução de corrente)

Page 142: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Efeitos das Harmônicas no Sistema Elétrico

Efeito Pelicular : acumulação desordenada de cargas elétricas na superfície do condutor, com o aumento da frequência,acarretando no aumento da resistência C.A

Frequência (Hz)

Page 143: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Efeitos das Harmônicas no Sistema Elétrico

Efeito Pelicular (Efeito Skin)

Frequência (Hz) Relação RCA / RCC

601,01

3001,21

4201,35

6601,65

realcc S

lR *

aparentecA S

lR *

Sreal = ∏*R2 Saparente = ∏*R2 - ∏*r2

Cobre 300 MCM

Page 144: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Efeitos das Harmônicas no Sistema Elétrico

Área de seção e diâmetro de fio de cobre que deve ser usado em função da freqüência da corrente para que o aumento da resistência seja menor que 1%.

Page 145: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Efeitos das Harmônicas no Sistema Elétrico

Efeito Pelicular:

Observar que para 3kHz o máximo diâmetro aconselhável é aproximadamente 1 ordem de grandeza menor do que para 50Hz. Ou seja, para freqüências acima de 3 kHz um condutor com diâmetro maior do que 2,5 mm já começa a ser significativo em termos de eleito pelicular.

Page 146: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Efeitos das Harmônicas no Sistema Elétrico

Transformadores: Aumento das perdas

(ferro e no cobre) Situação se agrava

quando ocorre ressonâncias;

Presença de componentes harmônicos ímpares e múltiplas de 3 pelo neutro, causando sobreaquecimento;

Redução da vida útil.

Page 147: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Efeitos das Harmônicas no Sistema Elétrico

Transformadores:Trafo em condições normais de operação

Não há geração

harmônica

Trafo operando na região de

saturação ou a vazio

Corrente não varia

linearmente com a tensão

Surgimento de Correntes

Harmônicas

Page 148: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Efeitos das Harmônicas no Sistema Elétrico

Transformador operando em vazio

Page 149: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Efeitos das Harmônicas no Sistema Elétrico

Correntes na fases de um trafo submetido a harmônicas

Page 150: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Efeitos das Harmônicas no Sistema Elétrico

Relés de Proteção e Fusíveis

Sobreaquecimento devido às altas correntes;

Característica t X i é alterada;

Operam mais lentamente ou com correntes mais altas;

Inoperância

Vida útil reduzida.

Page 151: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Efeitos das Harmônicas no Sistema Elétrico

Aparelhos de Medição de Energia

Medidores Eletromagnético: erros de tensão e corrente que podem ser positivos ou negativos, dependendo do espectro harmônico.

Medidores Eletrônicos : incorporam os harmônicos na medição

Page 152: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Efeitos das Harmônicas no Sistema Elétrico

Medidores Eletromagnéticos ( Disco)

Quando o medidor é submetido a tensões e correntes distorcidas, estas criam conjugados que fazem com que o disco acelere ou desacelere, ocasionando erros de medição.

O limite de distorção harmônica de tensão permitido abaixo do qual não acarretará erros grosseiros na medição é da ordem de 20%

Page 153: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Efeitos das Harmônicas no Sistema Elétrico

Trabalho realizado pela UnB e CEBconsumidor THD

tensão(%)

THD corrente

(%

Erros (%) **

kWh kW(ponta)

kW(fora.p)

kVArh

Ind. Cimento

1,77 15,9 -0.03 -0.76 -0.08 -27.65

Autarquia Militar

2,7 15,4 -0.27 0.89 0.18 -18.48

Universidade

3,0 5,6 -0.37 -1.17 -0.42 -17.28

Edifício Inteligent

e

8,10 72,40 -0.05 0.4 0.12 -15.85

Serviços de

Informática

12,50 14,0 -0.17 -0.10 -0.09 11.29**Erros do medidor eletromagnético em relação às medições realizadas em medidoreletrônico que considera as harmônicas

Page 154: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Efeitos das Harmônicas no Sistema Elétrico

Conclusões do trabalho:

As diferenças na tarifação de energia ativa foram bastante pequenas, sendo bem menores do que as classes de exatidão dos instrumentos.

Das grandezas medidas e apresentadas no artigo (energia ativa, demanda ativa em ponta e fora de ponta, energia reativa), a única que teve diferença foi a energia reativa, sendo que o medidor eletrônico apresentava valores maiores.

Page 155: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Efeitos das Harmônicas no Sistema Elétrico

Por que das diferenças de medição ?

Estas diferenças ocorrem pois as definições de potência ativa, reativa e aparente em ambientes com distorções de tensão e corrente(registradas pelo medidor eletrônico) são diferentes da definições utilizadas admitindo formas de onda senoidal tanto para tensão como para a corrente (registradas pelo medidor eletromagnético)

Page 156: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Efeitos das Harmônicas no Sistema Elétrico

Bancos de Capacitores

Um capacitor constitui-se um caminho de baixa impedância para as correntes harmônicas, estando, portanto, constantemente sobrecarregado, sujeito a sobreaquecimento excessivo, podendo até ocorrer uma atuação da proteção, sobretudo dos relés térmicos.

Variação da reatância com a frequência

fCCX c 2

11

cX f

Page 157: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Efeitos das Harmônicas no Sistema Elétrico

Ressonância paralela:

fr XL = Xc

CL

Lc

XX

XXZ

* Sobrecorrentes e

Sobretensões

Vn = Zn * In

Page 158: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Efeitos das Harmônicas no Sistema Elétrico

Situação PERIGOSA !!

Ressonância paralela entre o Banco de Capacitores e o Transformador de Alimentação da instalação

Em situação de ressonância, a tensão do barramento na frequência de ressonância é muito elevada,caracterizando SOBRETENSÃO .

Page 159: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Efeitos das Harmônicas no Sistema Elétrico

Bancos de Capacitores

Originam condições de ressonância, caracterizando uma sobretensão nos terminais das unidades capacitivas.

Com isso, tem-se uma degradação do isolamento das unidades capacitivas, e em casos extremos, uma completa danificação dos capacitores

Redução da vida útil

Page 160: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Efeitos das Harmônicas no Sistema Elétrico

Banco de Capacitores:

Page 161: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Efeitos das Harmônicas no Sistema Elétrico

Redução do Fator de Potência

R = 1 Ω ; XL1 = 1ΩP = R*I12 = 1 * 11,22 = 125 WQ = XL1 *I12 = 1 * 11,2 = 125 Vartg Φ1 = Q / P = 125/125 = 1.0Φ 1 = arctg (1.0) = 45ºf.P = cos Φ1 = 0.71

R Xl1

I1 = 11,2 A

Circuito sem harmônicos

Page 162: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Efeitos das Harmônicas no Sistema Elétrico

Com 3ª harmônica

R Xl1

R Xl1

I1 = 10 A

I3 = 5 A

+

R = 1 Ω ; XL1 = 1ΩP = R*I12 = 1 * 102 = 100 WQ = XL1 *I12 = 1 * 102 = 100 Vartg Φ1 = Q / P = 100/100 = 1.0Φ 1 = arctg (1.0) = 45ºf.P = cos Φ1 = 0.71

R = 1 Ω ; XL1 = 3ΩP = R*I12 = 1 * 52 = 25 WQ = XL1 *I12 = 3 * 52 = 75 Vartg Φ1 = Q / P = 75/25 = 3.0Φ 1 = arctg (3.0) = 45ºf.P = cos Φ1 = 0.32

Page 163: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Efeitos das Harmônicas no Sistema Elétrico

cos

*

cos**.

IV

IV

S

Ppf

Fator de potência em condições senoidais

Fator de potência em condições não senoidais

1 1

22

1

*

cos**.

n nnn

nnnn

IV

IV

S

Ppf

Page 164: AULA Qualidade de Energia 2013 02

2222

222

DQPS

QPS

222 QPSD Potência de Distorção

Definição de Potência de Distorção

Page 165: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Fator de potência x conteúdo harmônico

Page 166: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Ptotal = 100 + 25 = 125 WQtotal = 100 + 75 = 175 Var

tgΦ = Qtotal / Ptotal = 175/125 = 1,4Φ = arct tg (1.4) = 54.46º

Logo : f.p = cos Φ = 0.58

Como pode se ver, apenas com a 3ª harmônica, houve uma redução considerável do fator de potência do circuito. (de 0.71 para 0.58)

Redução do Fator de Potência

Page 167: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Efeitos das Harmônicas no Sistema Elétrico

Aumento da Queda de Tensão

R Xl1

R Xl1

R Xl1

I1 = 11,2 A

I1 = 10 A

I3 = 5 A

+

Z = √(12 + 12 ) = 1.4 Ω∆V = 1.4 * 11,2 = 16 V

Z = √(12 + 12 ) = 1.4 Ω∆V = 1.4 * 1o = 14 V

Z = √(12 + 32 ) = 3.2 Ω∆V = 3.2 * 5 = 16 V

∆Vtotal = √142 + 162 = 21 V

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Impactos Econômicos das Harmônicas

O envelhecimento precoce do material leva a substituí-lo mais tarde, a menos que seja sobredimensionado.

As sobrecargas da rede obrigam a aumentar a potência necessária, e implicam, a menos que haja um sobredimensionamento das instalações, perdas suplementares;

As deformações da corrente provocam disparos intempestivos e a parada das instalações da

produção.

Page 169: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Impactos Econômicos das Harmônicas

Estes custos de material, perdas energéticas e perda de produtividade ocasionam uma baixa competitividade das empresas.

As harmônicas são tanto mais difíceis para combater que os equipamentos vitais para a empresa são freqüentes responsáveis pela geração das perturbações

Page 170: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Soluções para os Harmônicos

Redimensionamento de Capacitores

Instalação de reatores série com capacitores

Instalação de transformadores isoladores

Remanejamento de cargas

Instalação de filtros harmônicos(passivos ou ativos)

Utilização de conversores 12- pulsos

Page 171: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Soluções para o problema dos Harmônicos

Dimensionamento de Capacitores:

Evitar a ocorrência de ressonâncias

Dimensionamento Recomendado

• Tensão : Subtensionar o banco de capacitores : Q V2

• Corrente : corrente nominal = soma quadrática

• Mudança da frequência de ressonância• Instalação de indutor em série com capacitor :

porém não elimina todos os harmônicos existentes

Page 172: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Soluções para o problema dos Harmônicos

Instalação de Filtros de Harmônicos

Passivos Sintonizados Amortecidos Ativos Instalados próximos às principais

cargas geradoras de harmônicos É uma solução cara, mas

necessária. Análise custo x benefício deve ser

criteriosa.

Page 173: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Soluções para o problema dos Harmônicos

Exemplo de Aplicação Incorreta

Barramento poluído por harmônicosCargas sensíveis no mesmo barramento de conversores

Page 174: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Soluções para o problema dos Harmônicos

Exemplo de Aplicação Correta

• Distribuição dos Conversores em Transformadores de acordo o limite de THD permissível para os conversores;

• Transformador dedicado para Cargas sensíveis;

• Cargas monofásicas alimentadas por transformador isolador com alimentação fase-fase no primário

Page 175: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Soluções para o problema dos Harmônicos

Correção do FP em Sistemas com a Presença de HarmônicosCapacitores Reforçados para Suportabilidade dos Componentes Harmônicos de Tensão e Corrente:

Substituir por

Tecnologia PPMDHV máx = 3%DHI máx = 12%

Tecnologia All Film(Impregnado á Oleo)DHV máx = 6 %DHI máx = 31 %

Page 176: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Na prática, quais harmônicas medir e combater?

As harmônicas freqüentemente encontradas nos casos de redes trifásicas, na prática as mais incômodas, são as harmônicas de ordens ímpares.

Além da ordem 50, as correntes harmônicas são desprezíveis e sua medição não é mais significativa.

Assim, uma boa precisão da medição é obtida considerando as harmônicas até a ordem 30.

As distribuidoras de energia supervisionam as harmônicas de ordem 3, 5, 7, 11 e 13.

Assim, a compensação das harmônicas até a ordem 13 é imperativa, uma boa compensação leva igualmente em conta as harmônicas até a ordem 25.

Page 177: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Corrente Elétrica:

Resultado da aplicação de um tensão entre dois pontos, continuamente ou durante um certo tempo.

Unidade : ampére; símbolo (A) múltiplo: kA = 103 A

Page 178: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Corrente Contínua:

É constante com o tempo.

Ex.: pilhas, adaptadores CC, baterias, circuitos

eletrônicos , etc.

Page 179: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Corrente Alternada (C.A)

É aquela que varia com o tempo; Tem forma senoidal,repetindo-se 60 ciclos/s

(60Hz) Exemplos: transformadores,motores,

geradores, retificadores CA, equipamentos domésticos, etc.

Page 180: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Correntes Alternadas Trifásicas

A geração e distribuição de energia elétrica para consumo público é sempre feita em corrente alternada senoidal. Isto significa que a tensão e a corrente variam ao longo do tempo em forma de uma função senoidal e a variação por unidade de tempo, isto é, a freqüência, é constante. No Brasil foi adotada a freqüência padrão de 60 Hz. Alguns países usam o padrão de 50 Hz.

Page 181: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Correntes Alternadas Trifásicas

Além disso, por razões de eficiência, a geração é sempre feita em forma trifásica. Significa que os condutores não serão dois mas sim três, cujas tensões ou correntes estão igualmente deslocadas entre si em relação ao tempo.

Desde que um período completo equivale a 360°, o deslocamento ou diferença de fases entre cada será de 360/3 = 120°.

É comum designar os condutores pelas letras r, s, t (ou L1, L2, L3). E são genericamente chamados fases.

Page 182: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica Energia e Potência Elétrica:

Energia : Capacidade de um sistema em realizar trabalho

Potência : É a energia recebida, fornecida ou gasta por unidade de tempo. É a quantidade de

energia elétrica solicitada por um equipamento. A unidade padrão é o Watt, símbolo (W). outras : HP (horse power) cv (cavalo vapor)

Múltiplos : kW = 103 W MW = 106 W = 103 kW

1 HP = 746 W1 cv = 735 W

Page 183: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Suponhamos que, num certo intervalo de tempo Δt , um aparelho receba (ou forneça) uma energia E. A potência média recebida (ou fornecida) nesse intervalo de tempo é:

Pm = E/Δt (Watt)

Page 184: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Potência e Energia

Δt

t

P (W)

Energia

Área sob a curva

Page 185: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Potência Instalada:

É a soma das potências nominais dos aparelhos, equipamentos e dispositivos a serem utilizados na instalação consumidora. Inclui tomadas (previsão de cargas de eletrodomésticos, TV, som, etc.), lâmpadas, chuveiros elétricos, aparelhos de ar-condicionado, motores, etc.;

Page 186: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Indicadores (Parâmetros) da Energia:

Consumo Demanda Fator de Demanda Fator de Carga Fator de Potência

Page 187: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Consumo: É a energia consumida num intervalo de tempo, ou seja o produto da potência (kW) da carga, pelo número de horas (h) que a mesma foi ligada.

Page 188: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Informações sobre o Consumo de Energia Elétrica por Segmento

45% 25

% 13%

13% 4%

Industrial

Comercial

Residencial

Público/Rural Outro

s

Fonte : Balanço Energético :2000

Page 189: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

O que é Demanda ?

É a média das potências elétricas ativas ou reativas, solicitadas ao sistema elétrico pela parcela da carga instalada em operação na unidade consumidora, durante um intervalo de tempo especificado (hora, dia, mês).

Este parâmetro indica a soma de vários aparelhos elétricos utilizados em um intervalo de tempo determinado (p.ex: 15 minutos)

Page 190: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

CONCEITO DE DEMANDA

O aparelho medidor faz uma varredura a cada 15 minutos e pesquisa com qual potência sua instalação está trabalhando.

Page 191: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Demanda Ativa

É o valor médio da potência ativa durante um intervalo de 15min. Para faturamento de energia pela concessionária, se utilizam intervalos de integração de 15 minutos. Assim, a demanda ativa (medida em kW), é igual a energia consumida, a cada 15 minutos, medido em kWh, dividido por 1/4 (15 minutos é igual a 1/4 de hora). Em um mês, ocorrem quase 3000 intervalos de quinze minutos . Assim, a demanda será medida quase 3000 vezes ao longo do mês, e a concessionária de energia elétrica irá faturar o valor mais alto, medida em cada período de tarifação (ponta e fora de ponta)

Page 192: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Demanda Ativa e Reativa:

Melhor Representação : Curvas D x t

tempo

kWhconsumidaenergiaDkW

)(_

tempo

kVArhconsumidaenergiaDkVAr

)(_

Page 193: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Curva de Demanda

Page 194: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

DEMANDA REGISTRADA

Maior demanda de potência ativa ou reativa verificada por medição, integralizada no intervalo de 15 (quinze) minutos durante o período de faturamento, expressa em quilowatts (kW) ou (kVAr).

Page 195: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

DEMANDA FATURADA

Maior dentre as demanda de potência ativa registrada no período e demanda contratada.

Page 196: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

DEMANDA CONTRATADA

Demanda de potência ativa a ser obrigatória e continuamente disponibilizada pela concessionária, no ponto de entrega, conforme valor e período de vigência fixados no contrato de fornecimento e que deverá ser integralmente paga, seja ou não utilizada durante o período de faturamento, expressa em quilowatts (kW).

Page 197: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

CONCEITO DE DEMANDA

Page 198: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

CONCEITO DE DEMANDA Demanda Faturada

Conta de Energia

Maior valor ENTRE A DEM. registrado no período E A

CONTRATADA

Page 199: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Horário de Ponta e Horário Fora de Ponta

Período definido pela concessionária e composto por 3 (três) horas diárias consecutivas, compreendido geralmente entre 17h e 22h,exceção feita aos sábados, domingos e feriados nacionais, esse horário é determinado levando-se em conta as características do sistema elétrico local.

Ponta :

Fora de Ponta :Período composto pelas 21 horas diárias complementares ao horário de Ponta. Sábados e domingos são considerados horários Fora de Ponta.

Page 200: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

FATOR DE DEMANDAO Fator de Demanda é a relação entre a demanda máxima do sistema e a carga total conectada a ele, durante um intervalo de tempo considerado. A carga conectada é soma das potências nominais contínuas dos aparelhos consumidores de energia elétrica (POTÊNCIA INSTALADA)

0.1. max instP

DDF

Seu valor somente é unitário se a carga conectada total for ligada simultaneamente por um período suficientemente grande, tanto quanto o intervalo de demanda.

Page 201: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

FATOR DE CARGA

O Fator de Carga é um índice que permite verificar o quanto que a energia elétrica é utilizada de forma racional. É a razão entre a demanda média, durante um determinado intervalo de tempo, e a demanda máxima registrada no mesmo período. Expressa o grau de utilização da demanda máxima de potência.

0.1.max

D

DcF med

O fator de carga varia de 0 a 1, e, quanto maior este índice, mais adequado e racional é o uso da eletricidade.

Page 202: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Um fator baixo de carga indica que houve concentração no consumo de energia elétrica em um período curto de tempo, isto é, se a empresa ligar quase todas as máquinas, luminárias e demais aparelhos por um pequeno intervalo de tempo, o fator de carga será baixo. O ideal é trabalhar com a menor demanda (kW) no maior intervalo de tempo.

FATOR DE CARGA

Page 203: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Quanto mais alto for o fator de carga, menor será o preço médio da energia elétrica. O custo da energia elétrica decresce exponencialmente em relação ao crescimento do fator de carga.

QUAL A IMPORTÂNCIA DO FATOR DE CARGA ?

F.cC

usto

(R

$)

Page 204: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

FATOR DE CARGA

0.1_º*

. horasnkW

kWhcF

Dentre as práticas que merecem mais atenção no gerenciamento de contas de energia elétrica está a melhoria do fator de carga, que pode, simplificadamente ser resumida em conservar o consumo e reduzir a demanda ou aumentar o consumo e manter a demanda.

consumo

demanda

Mensal-convecional : 730 horas

Mensal-ponta : 65 horas

Mensal fora de ponta: 665horas

Page 205: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Redução da Demanda limitando-a ao mínimo necessário.

Isto é possível através do deslocamento da operação de cartas cargas para outros intervalos de baixo consumo na curva de carga.

Otimização dos sistemas de Iluminação e Refrigeração da rede elétrica, reduzindo o consumo não operacional ou reativo.

Evitando a ligação simultânea de cargas de grande porte.

COMO MELHORAR O FATOR DE CARGA ?

Page 206: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Rendimento: Aparelhos elétricos como, por exemplo,

um ventilador transformam energia elétrica em energia cinética. A energia elétrica penetra no motor do aparelho, através do fio que está ligado a uma tomada. Dentro do motor essa energia elétrica é transformada em energia cinética das pás do ventilador. Porém essa transformação nunca é total. Uma parte da energia elétrica é transformada em calor. Isso pode ser percebido colocando a mão na carcaça que envolve o motor. Ao fazermos isso, perceberemos que o motor está quente.

Page 207: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Num caso como esse, a energia elétrica recebida através do fio é chamada de energia total (Et). A energia transformada em calor é chamada de energia dissipada (Ed) e a energia transformada em energia cinética é chamada de energia útil (Eu) pois é a energia que será realmente utilizada.

Page 208: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Devemos ter: Et = Eu + Ed

Dividindo os termos dessa equação por Δt , temos:

t

E

t

E

t

E udt

Pt

Pd

Pu

Et Eu

Ed

Pt = potencia totalPu = Potencia útilPd = Potência dissipada

Page 209: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

O rendimento (n) do motor é definido por:

(%)100*t

u

P

P

Page 210: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Exemplo: Um motor elétrico consome 4000 W de potência elétrica, dissipando 1000 W.

Calcule: a) a potência útil b) o rendimento do

motor

Pt = 4000 W

Pd= 1000 W

Page 211: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Resolução:

a) Pt = Pu + Pd

4000 = Pu + 1000 Pu = 3000 W

b) n = Pu / Pt = 3000 / 4000 = 0.75 ou 75%

Page 212: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Potência Aparente, Ativa e Reativa

VA, Watt, Var são as unidades para estas potências

Cálculos em circuitos CA são realizados com estas unidades.

Expressam, fisicamente a existência de resistência, indutância e capacitância de um circuito.

Page 213: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Um circuito elétrico C.A pode conter resistências (R), indutâncias (L) e capacitâncias (C).

A unidade de indutância é o henry (símbolo H)

A unidade de capacitância é o farad (símbolo F)

Page 214: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Teoricamente, os indutores e capacitores são dispositivos que não dissipam energia, mas a armazenam e a fornecem.

A função deles no circuito elétrico é trocar energia com a fonte que os alimenta, um instante armazenando energia e num outro instante, fornecendo energia.

Page 215: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Quando uma corrente alternada (CA) senoidal flui por um indutor, uma tensão alternada senoidal (ou força eletromotriz, Fem) é induzida no mesmo. A amplitude da Fem está relacionada com a amplitude da corrente e com a freqüência da corrente senoidal pela seguinte equação: LIU *

Page 216: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

onde ω é a freqüência angular da tensão ou corrente senoidal definida em termos da freqüência f por:

A reatância indutiva é definida por:

f 2

fLLX L 2*

Page 217: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

onde XL é a reatância indutiva medida em Ohms (medida de resistência), ω é a freqüência angular, f é a freqüência em Hertz, e L é a indutância.

Page 218: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Já quando uma tensão(AC) é aplicada a uma capacitor de capacitância C, a cada mudança de polaridade desta tensão ocasiona carga ou descarga do capacitor, permitindo desta forma que a corrente flua. A quantidade de "resistência" de um capacitor, sob regime AC, é conhecida como reatância capacitiva, e a mesma varia conforme varia a frequência do sinal AC.

Page 219: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

A reatância capacitiva é calculada por:

Onde:XC = reatância capacitiva, medida em

ohmsf = freqüência do sinal AC, em Hertz - HzC = capacitância medida em Farads F

fCCX c 2

11

Page 220: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Em circuitos AC, a composição da resistência (ohms) e da reatância (indutiva ou capacitiva),(0hms) é denominada impedância (em ohms), símbolo Z.

Esta impedância é matematicamente representada por uma notação complexa, da seguinte forma:jXRZ

Page 221: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica Onde:

X pode ser a reatância indutiva XL = 2∏fL (X>0)

ou a reatância capacitiva Xc = 1./(2∏fC)(X<0)

j = é um numero imaginário = √-1

Assim, temos:

capacitorresitorjXRZ

indutorresistorjXRZ

C

L

Page 222: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Representação gráfica da Impedância

φ

j

Eixo real

Eix

o

imag

inári

o

Z = R + j X |Z|2 = R2 + X2

|Z|

R

X

Φ = arctg (X/R)

22 XRZ

X

Page 223: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Defasagem entre tensão e corrente: Circuito alimenta o conjunto resistência-reatância

Ѳ = Ângulo de defasagem entre

a tensão e a corrente

Lei de OHMV=Z*I

Page 224: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Potência em Circuito R - X

R

X

Fonte C.A

I(t)V(t) = Vmax *sen(2∏f*t)I(t) = Imáx *sen(2∏f*t ±ѳ)f = frequência da rede = 60 Hzt = instante de tempo em s

+

-

V(t)

Page 225: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Sejam: V(t) = Vmax *sen(2∏f*t)

I(t) = Imáx *sen(2∏f*t -ѳ)

f = frequência da rede = 60 Hz t = instante de tempo em s

P(t)=V(t)*I(t)= Vmax *sen(2∏f*t)* Imáx *sen(2∏f*t -ѳ)

P(t) = (Vmax * Imáx)/2 * [cos φ – cos(2wt – φ)]

Page 226: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Valor Eficaz:

2

2

max

max

II

VV

e

e

P(t) = |Ve|*|Ie|* cos φ – |Ve|*|Ie|* cos(2wt – φ)]

P(t) = |Ve|*|Ie|*cosφ(1-cos2wt) - |Ve|*|Ie|*senφ*sen2wt

Page 227: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Potência Ativa:

Ve = valor eficaz ou RMS da tensão aplicada (V)

Ie = valor eficaz ou RMS da corrente aplicada(A)

φ = ângulo de fase ou defasagem entre tensão e corrente

Unidade : Watt (W)

Page 228: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Potência Ativa:

Como se observa, a potência ativa está relacionada com a presença de elementos resistivos.

2*cos**)*(cos** eeeee IRIIZIVP

Page 229: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Significado da Potência Ativa:

Representa a potência que é efetivamente produz trabalho útil;

Seu valor quantitativo é dependente do fator de potência da carga da instalação, (cos φ).

A integralização desta potência em um período de tempo especificado, é igual a energia ativa neste período, dada em Watt-hora.

Page 230: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Potência Reativa:

Ve = valor eficaz ou RMS da tensão aplicada (V)

Ie = valor eficaz ou RMS da corrente aplicada(A)

φ = ângulo de fase ou defasagem entre tensão e corrente.

Unidade : VAr (volt-ampére-reativo)

Page 231: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Significado da Potência Reativa:

Seu valor médio é NULO, ou seja, é uma potência que não realiza nenhum trabalho útil.

Esta energia armazenada nos elementos reativos (indutor ou capacitor) é retornada à fonte durante cada ciclo da corrente e não realiza trabalho.

Tal potência deve ser mantida em valores mínimos, o que é conseguido quando mantemos o cos φ(fator de potência) em valores máximos.

Page 232: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Significado da Potência Reativa:

Esta é a potência responsável pela formação do campo magnético necessário para o funcionamento de máquinas girantes, tais como motores de indução e transformadores.

Page 233: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Potência Aparente:

Esta potência é a total fornecida ou recebida por um equipamento ou circuito.

Sua unidade é o Volt-Ampere (VA) É com base no valor desta potência que se

realizam os dimensionamento dos cabos e equipamentos que formam a rede.

Page 234: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

O c0-seno do ângulo ѳ é denominado de FATOR DE POTÊNCIA do circuito.

Cos ѳ = fator de potência

Se não existe a defasagem entre a tensão e a corrente (ondas em fase), diz-se que o circuito alimenta uma resistência pura e,neste caso, o fator de potência é unitário.

Page 235: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Ondas de tensão e corrente em fase: Circuito alimenta um resistor puro

Cosѳ = 1.0

Page 236: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Quando cargas reativas estão presentes: indutores ou capacitores, o armazenamento de energia nestas cargas resulta num defasamento entre as ondas de tensão e corrente

Esta energia retorna para a fonte e não produz trabalho útil.

Page 237: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Relações entre Potência Ativa, Reativa e Aparente

Potência Complexa: Triângulo de Potências

S = P + jQ

potencia reativa (Var)

|S|2 = P2 + Q2 potencia

ativa (W)

P = V*I*cosφ=S*cosφ

Q = V*I*senφ=S*senφ

|S|

φ

cosφ= P/S

Page 238: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Fator de Potência

O que é ? Por que preocupar-se com fator de

potência? Principais causas do baixo fator de

potência O que fazer para melhorar o fator de

potência ? Benefícios do alto fator de potência Cálculo do fator de potência Métodos de Correção do baixo fator de

potência

Page 239: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Entenda o fator de potência

Fator de Potência é um índice que mostra a relação entre a potência ativa e a potência aparente. Indica portanto a eficiência do uso da energia. Um alto fator de potência indica uma eficiência alta; um baixo índice indica baixa eficiência energética.

É uma grandeza adimensional e está sempre entre 0 e 1. (0-100%)

φ

Cos Φ = kW/kVA

Page 240: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Entenda o fator de potência

Podemos comparar a energia reativa com a quantidade de espuma de um copo de chope e a energia ativa com a quantidade de líquido do copo. Quando compramos um copo de chope, pagamos pelas duas partes pouco importa se o nível de espuma esteja muito alto e o nível de líquido, baixo. O fator de potência indica quanto da potência total fornecida (kVA) é utilizada

Page 241: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Entenda o FATOR DE POTÊNCIAPara se aumentar a quantidade de líquido (kW), para o mesmo copo de chopp, deve-se reduzir a quantidade de espuma (kVAr), ou seja, quanto menos espuma, haverá mais cerveja.

Nessa analogia, o aumento da quantidade de líquido, para o mesmo copo de chopp (transformador, condutores, etc), está associado a entrada de novas cargas elétricas, sem necessidade de alteração da capacidade desse copo.

rVAW

W

VA

Wpf

.

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Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Na prática, o fator de potência é um indicativo que mostra se a EMPRESA CONSOME ENERGIA ELÉTRICA DE FORMA ADEQUADA OU NÃO.

De acordo com a resolução ANEEL 456/200, o fator de potência deve ser mantido o mais próximo possível da unidade (1), mas permite um valor mínimo de 0.92 (92%)

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Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Entenda o Fator de Potência

Pode ser CAPACITIVO ou INDUTIVO dependendo se o consumo de energia reativa é indutivo ou capacitivo.

Para faturamento de energia, o fator de potência é registrado de hora em hora, através do uso de equipamentos específicos de medição.

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Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Um baixo fator de potência indica que sua instalação não está utilizando plenamente a energia ofertada, além de representar uma sobrecarga para todo o sistema elétrico.

Ex.:

Se o fator de potência está em 80% , sua rede está aproveitando 80% da energia fornecida pela concessionária. Isto quer dizer que 20% do que você paga é desperdiçado.

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Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Fórmulas para Cálculo do fator de potência

3

*2

1

1. 2

kWhkQhkVArh

kWhkVArh

pf

kQh = leitura obtida em medidores que “enxergam” a energia reativa capacitiva

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Causas do baixo FATOR DE POTÊNCIA ?

Transformadores operando em vazio ou com pouca carga durante longos períodos de tempo;

Motores operando em regime de baixo carregamento; Utilização de grande numero de motores de pequena

potência operando durante longo tempo; Grande numero de reatores de baixo fator de potência

suprindo lâmpadas de descarga (fluorescentes, de vapor de mercúrio e de vapor de sódio)

Capacitores ligados nas instalações de unidades consumidoras horosazonais no período da madrugada (carga leve)

Nível de tensão acima do valor nominal provocando um aumento de consumo de energia reativa.

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Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Conseqüências do baixo fator de potência

Acréscimo na conta de energia elétrica por estar operando com baixo fator de potência;

Limitação da capacidade dos transformadores de alimentação;

Quedas e flutuações de tensão nos circuitos der distribuição;

Sobrecarga nos equipamentos de manobra limitando sua vida útil;

Aumento das perdas elétricas na linha de distribuição pelo efeito Joule;

Necessidade de aumento do diâmetro dos condutores;

Necessidade de aumento da capacidade dos equipamentos de manobra e proteção.

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Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Perdas na Instalação

As perdas de energia elétrica ocorrem em forma de calor e são proporcionais ao quadrado da corrente total. Como essa corrente cresce com o excesso de energia reativa, estabelece-se uma relação entre o incremento das perdas e o baixo fator de potência, provocando o aumento do aquecimento de condutores e equipamentos.

Page 249: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Quedas de Tensão

O aumento da corrente devido ao excesso de potência reativa leva a quedas de tensão acentuadas, podendo ocasionar a interrupção do fornecimento de energia elétrica e a sobrecarga em certos elementos da rede. Esse risco é, sobretudo acentuado durante os períodos nos quais a rede é fortemente solicitada. As quedas de tensão podem provocar ainda, a diminuição da intensidade luminosa das lâmpadas e aumento da corrente nos motores.

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Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Capacidade Instalada

A energia reativa, ao sobrecarregar uma instalação elétrica, inviabiliza sua plena utilização, condicionando a instalação de novas cargas e investimentos que seriam evitados se o fator de potência apresentasse valores bem mais altos. O "espaço" ocupado pela energia reativa poderia ser então utilizado para o atendimento de novas cargas.

Os investimentos em aplicação das instalações estão relacionados principalmente aos transformadores e condutores necessários. O transformador a ser instalado deve atender à potência total dos equipamentos utilizados, mas devido à presença de potência reativa, a sua capacidade deve ser calculada com base na potência aparente das instalações

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A tabela abaixo mostra a potência total que deve ter o transformador, para atender uma carga útil de 1000 KW para fatores de potência crescentes.

VARIAÇÃO DA POTÊNCIA DO TRAFO EM FUNÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA

Potência útil absorvida (1000 kW)

Fator de Potência

Potência do Trafo

0,50 2000

1000 0,80 1250

1,00 1000

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Da mesma forma, para transportar a mesma potência ativa sem o aumento de perdas, a seção dos condutores deve aumentar à medida que o fator de potência diminui.

VARIAÇÃO DA SEÇÃO DO CABO EM FUNÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA

Seção Relativa Fator de potência

1,00 1,00

1,23 0,90

1,56 0,80

2,04 0,70

2,78 0,60

4,00 0,50

6,25 0,40

11,10 0,30

Page 253: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Vamos analisar dois sistemas A e B mostrados na Figura abaixo, para verificar a influência do fator de potência nas grandezas elétricas de um sistema elétrico.

Page 254: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

A Tabela mostra as grandezas elétricas calculadas para ambos os sistemas.

Page 255: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

O que fazer para melhorar o fator de potência ?

A melhoria é feita através da adição de capacitores de potência ao longo do sistema de distribuição.Quando a potência aparente (KVA) é maior que a potência ativa (KW), a concessionária precisa fornecer além da corrente útil (Ativa), uma corrente reativa. Os capacitores atuam como geradores de corrente reativa, reduzem a corrente que seu sistema retira da rede da concessionária.

Page 256: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Efeito do Capacitor em Derivação:

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Page 258: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica Benefícios da Correção do Fator de

Potência

Redução significativa do custo de energia elétrica;

Aumento da eficiência energética da empresa;

Melhoria da tensão, é um benefício adicional da instalação de capacitores;

Aumento da capacidade dos equipamentos de manobra;

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Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Benefícios da Correção do Fator de Potência

Aumento da vida útil das instalações e equipamentos;

Liberação da capacidade do sistema; Redução nas perdas, resultando em lucro

financeiro anual, da ordem de 15% do valor do investimento feito com a instalação dos capacitores.

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Conceitos Básicos de Energia Elétrica Legislação sobre o Fator de Potência

A nova legislação pertinente, estabelecida pela ANEEL (resolução 456/200), introduz uma nova forma de abordagem do ajuste, pelo baixo fator de potência, com os seguintes aspectos relevantes:

aumento do limite mínimo do fator de potência de

0,85 para 0,92, independentemente do sistema tarifário.

faturamento de energia reativa capacitiva excedente;

redução do período de avaliação do fator de potência, de mensal para horário, a partir de 1996.

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Conceitos Básicos de Energia Elétrica

O controle mais apurado do uso de energia reativa é mais uma medida adotada pela ANEEL, visando estimular o consumidor, através da redução de perdas e melhor desempenho de suas instalações, como também para o setor elétrico nacional, pela melhoria das condições operacionais e a liberação do sistema para atendimento a novas cargas com investimentos menores.

Page 262: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

De acordo com a nova legislação, tanto a energia reativa indutiva quanto a energia reativa capacitivas serão medidas e faturadas.

O tradicional ajuste por baixo fator de potência deixou de existir, sendo substituído pelo faturamento do excedente de energia reativa indutiva consumido pela instalação e do excedente de energia reativa capacitiva fornecido à rede da concessionária pela unidade consumidora.

Page 263: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

A avaliação do fator de potência será feita durante as 24 horas de acordo com os tempos definidos a seguir:

O kVArh indutivo será medido no período das 6 às 24 hs a intervalos de 1 hora.

O kVArh capacitivo será medido no período de 0(zero) às 6 hs, também em intervalos de 1 hora

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Conceitos Básicos de Energia Elétrica

PERÍODO PARA MEDIÇÃO DE ENERGIA REATIVA

Page 265: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica Avaliação da Curva de Carga Reativa

horas

4

6 11

13

20

24

kV

Ar

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Conceitos Básicos de Energia Elétrica

0-4 hs : kVArh capacitivo excedente : pagamento para f.p < 0.92

4 – 6 hs : kVArh indutivo excedente : valores não pagos

6-11 hs : kVArh indutivo excedente : valores pagos para f.p < 0.92

11 – 13 hs : kVArh capacitivo excedente: não há pagamento para qualquer f.p

13-20 hs : kVArh indutivo excedente: pagamento para f.p < 0.92 indutivo

Page 267: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

NOTA IMPORTANTE:

O consumidor tem direito de utilizar, sem acréscimo no faturamento da conta de energia elétrica, até 0,425 kvarh(ENERGIA REATIVA) por cada kwh(ENERGIA ATIVA) que consome, sendo-lhe cobrado o que exceder tal valor.

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Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Fator de Potência Horário:

kV

Arh

kWh

Φ

f.p = cos Φ

tg Φ = kVArh / kWh Φ = arc tg (kVArh/ kWh)

f.p = cos [arc tg (kVArh/ kWh)]

kVA

h

Page 269: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Faturamento da Energia Reativa Excedente

Faturamento da Demanda Reativa Excedente

Faturamento do Consumo Reativo Excedente

Page 270: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Para faturamento da Demanda de kVAr excedente, deve-se conhecer:

Fatores de potência a cada hora; Demanda de potência ativa a cada hora,

em kW Demanda de potência ativa faturada, em

kW Tarifa de demanda de potência em R$/kW

Page 271: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Fórmula de cálculo:

onde: Dat,med = demanda ativa medida por hora

Dat, fat = demanda ativa faturada

Tad = Tarifa de demanda ativa

n = numero de intervalos de 1 hora por dia f.p = fator de potência horário

dafatatmedat

n

texecdr TD

pfDF *

.

92.0* ,,

1, max

Page 272: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Para faturamento do Consumo de kVAr excedente, deve-se conhecer:

Fatores de potência a cada hora; Consumo de energia ativa a cada hora,

em kWh Tarifa de energia ativa em R$/kWh

Page 273: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Fórmula de Cálculo:

Onde: Ca = consumo de energia ativa, em kWh

Tc = tarifa de energia ativa

c

n

taexeccr T

pfCF *

.

92.0*

1,

Page 274: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Como a Concessionária mede o F.p ?

A concessionária possui instalados, junto à sua entrada de energia, todos os medidores e registradores de energia necessários à cobrança das grandezas elétricas que o seu enquadramento tarifário permite a ela cobrar.

Para isto, são medidos e registrados as demandas e consumos ativo e reativo a cada 15 em 15 minutos (intervalo de integração) durante todos os dias entre as leituras de energia. Durante a leitura, esses dados são transferidos para um coletor de dados, e posteriormente, eles são descarregados no computador da concessionária que faz o faturamento de cada um dos clientes.

Page 275: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Métodos Usuais:

Métodos dos consumos médios mensais

Método das potências medidas

Métodos das Potências Médias

Page 276: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Método dos Consumos mensais:

É um dos métodos mais simples para obtenção do f.p

Consiste em tabular os consumos de energia ativa e reativa fornecidos na conta de energia emitida pela concessionária.

Para tal, é conveniente organizar as contas de energia correspondentes a um período de igual ou superior a 6 meses.

Page 277: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Exemplo:Mês Consumos

kWh kVArh

JUL 17580 17900

AGO 19410 18720

SET 20070 19400

OUT 18480 17560

NOV 15320 13200

DEZ 17560 17600

SOMA 108420 104380

MÉDIA 18070 17396

22kVArhkWhkVAh

kVAh

kWhpf .

72.01739618070

18070.

22

pf

Page 278: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Método das potências medidas

Consiste em se proceder à medição das potências ativa e reativa utilizando-se registradores gráficos.

Tais registradores, quando utilizados para medição em tensão primária, precisam de auxílio de TP´s

Page 279: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Esquema de Medição com Registrador CF-11 da GE

Page 280: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Exemplo: 75.0510

440coscos. arctgpf

Page 281: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Método das potências médias

Tem emprego consagrado em diversas concessionária de energia elétrica;

Consiste em utilizar os próprios medidores de energia ativa e reativa da concessionária, anotando-se, para as condições desejadas, o nº de rotações que os discos dos referidos medidores realizam num determinado período de tempo

Page 282: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Métodos das potências médias

É necessário conhecer:

Constante do disco de medidor, Kd ,em Wh/rot.

Constante do medidor, Km, em geral igual a 1.0.

Fator de multiplicação do medidor ou constante de faturamento, Kf

Kf = RTP*RTC*Km

Tempo de funcionamento da instalação

Page 283: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

A Potência média é calculada pela seguinte equação:

(kWh ou kVArh)m

frdmed KT

KNKP

*

***6.3

Page 284: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Observações:

Este método permite que sejam realizadas várias medições, cada uma simulando condições de operação de carga específicas.

Plena carga Carga leve, com todos os transformadores em

operação Carga leve, com apenas parte de transformadores

em operação (iluminação de emergência, p.ex)

Page 285: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Correção do Fator de Potência

Métodos Usuais:

Modificações na rotina operacional; Instalação de Motores Síncronos

superexcitados Instalação de capacitores-derivação

Page 286: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Correção do Fator de Potência

Modificações na rotina operacional

Como exemplo, na indústria, manter os motores operando a plena carga, evitando seu funcionamento em vazio.

Page 287: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Correção do Fator de Potência

Motores Síncronos superexcitados

A corrente de excitação do motor é elevada a tal ponto, fazendo com que o motor funcione com fator de potência capacitivo, fornecendo potência reativa à rede elétrica. Devido ao alto custo e dificuldades operacionais, esta solução é pouco empregada na prática.

Page 288: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Correção de Fator de Potência

Uso de Capacitores-Derivação

Tipo de solução mais empregada na prática; A potência do capacitor a ser utilizado sempre irá

proporcionar um fator de potência superior a 0.92 (indutivo ou capacitivo)

A utilização de Bancos de Capacitores deve-se seguir o princípio de que a potência manobrada não deva permitir um f.p capacitivo no período de 0-6 hs da manhã, evitando o faturamento da energia reativa capacitiva excedente. O período de 6-24 hs a potência manobrada deve evitar o faturamento de energia reativa indutiva excedente.

Page 289: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Carga de Potência Reativa Indutiva

Page 290: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Carga Indutiva + Capacitor

Page 291: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Carga a vazio + Capacitor

Page 292: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Como corrigir o Fator de Potência ?

Para elevar o fator de potência de Fp1 (valor original) para Fp2 (valor desejado) procede-se ao cálculo da seguinte equação:

Qcap = kW*(tg φ1 - tg φ2), onde:

Φ1 : ângulo do f.p original Φ2 : ângulo do f.p desejado

Page 293: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Correção do Fator de Potência Método dos Consumos Mensais

Cre : média dos consumos mensais de kVArh

Creo: média dos consumos mensais de kVArh

em carga leve Cat : média dos consumos mensais de kWh

Creo: média dos consumos mensais de kWh

em carga leve Φ2 : ângulo do fator de potência desejado T : tempo de funcionamento da instalação,

em horas

T

tgCCCCQ atoatreore

cap2*)()(

Page 294: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Correção do Fator de Potência

Fp2 : fator de potência, corrigido, com a instalação dos capacitores cuja potência é Qcap

at

capre

C

TQCarctgFp

*cos2

Page 295: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica Exemplo – 1 :

Sistema Industrial onde pretende-se obter o fator de potência em três modos de operação distintos: Industria a plena carga (caso_1) Industria fora de operação, isto é, após

às 17:00 horas, estando os dois trafos energizados(caso_2)

Indústria fora de operação, porém estando apenas um trafo energizado (caso_3)

Page 296: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Diagrama Unifilar:

INDÚSTRIA

500 kVA

500 kVA

Red

e d

a

Con

cessio

nári

a

Page 297: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Registro da Concessionária:

Page 298: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Dados da Instalação:

Tensão Primária : 13.8 kV; Tensão Secundária : 380 V; Levantamento de Carga: Tabela a seguir Plano de Expansão : não há Horário de funcionamento:

7:00 às 17:00 hs : segunda à sexta-feira Sábado e Domingo : fora de operação

Page 299: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Levantamento de Carga

Page 300: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Dados dos Medidores da Concessionária

Constante

kW-kWh kVArh

Kd 1.2 0.6

Km 1.0 1.0

Page 301: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Valores das Medições

Page 302: AULA Qualidade de Energia 2013 02

A) Caso_1

Método das Potências Médias

med

med

kW

kVArarctgpf cos1_.

)(*

***6.3kWoukVArh

KT

KNKP

m

frdmed

Page 303: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Para o cálculo das potência ativa, temos:

Kd = 1.2 ; Km = 1.0

Nr = 5 T = 35 seg. Kf = RTP*RTC*Km

RTP = 13800/115 =120 I = (2*500)/(√3*13.8) = 41.8 A > RTC = 50/5

= 10 Kf = 120*10*1 = 1200

Page 304: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Portanto, a potência ativa medida no intervalo de 35s (industria a plena carga) é:

kW,med =( 3.6*1.2*5*1200)/(35*1) = 740,5 kW

Já para o cálculo da potência reativa, temos:

Kd = 0.6 T = 0.29 seg

Page 305: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Logo, a potencia reativa medida no intervalo de tempo de 29 seg vale:

kVAr,med = (3.6*0.6*5*1200)/(29*1)=446.8kVAr

Sendo assim, o fator de potência com a indústria a plena carga vale:

f.p_1 = cos arctg (446.8/740.5) = 0.85

Page 306: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

B) Caso_2

A potências ativa e reativa medidas na condição de carga leve, após as 17:00 hs e considerando os dois trafos em operação serão:

kW,med =( 3.6*1.2*5*1200)/(30*60+10) = 14,3 kW

kVAr,med = (3.6*0.6*5*1200)/(23*60+10)=9,3kVAr

Page 307: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

E assim, o fator de potência nestas condições vale :

f.p_2 = cos arctg (9.3/14.3) = 0.83

Page 308: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

C ) Caso_3

A potências ativa e reativa medidas na condição de carga leve, após as 17:00 hs e considerando apenas um dos trafos em operação serão:

kW =( 3.6*1.2*5*1200)/(3600+60+30) = 7,0 kW

kVAr = (3.6*0.6*5*1200)/(45*60+54)=4,7kVAr

Page 309: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

E assim, o fator de potência nestas condições vale :

f.p_3 = cos arctg (4.7/7,0) = 0.83

Conclusão :

Houve uma redução no fator de potência da indústria quando um ou os dois transformadores operam desenergizados.

Page 310: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Exemplo_2

Para a indústria do exemplo anterior pretende-se obter qual a potência nominal de capacitores é necessária para corrigir o fator de potência médio mensal de 0.81 para 0.92. Esta potência deve ser tal que não haja fator de potência capacitivo em carga leve, considerando uma demanda constante no período de 7:00hs às 17:00 hs.

Page 311: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Para este propósito devemos determinar:

Nº de horas de funcionamento da instalação em plena carga

Nº de horas de funcionamento da instalação em carga leve

Consumos médio mensal ativo e reativo em plena carga e em carga leve.

Page 312: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Funcionamento a plena carga:

Segunda –sexta (7:00 às 17:00 hs) : 10 hs

Sábado / Domingo (não há expediente) : 0 hs

Total da semana : 5 x 10 = 50 hs Total do mês : 50 * 4,28 = 214 hs

Page 313: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Funcionamento em carga leve (somente iluminação de vigilância)

Segunda –quinta (17:00 às 7:00 hs) : 14 hs Sexta-feira (17:00hs às 24:00hs) : 7 hs Sábado/Domingo (0-24 hs): 24 + 24 = 48 hs Segunda-feira: (0 às 7:00hs) : 7 hs Total da semana :14*4 + 24*2 + 7*2) = 118

hs Total do Mês : 118 * 4.28 = 505 hs

Page 314: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Observações:

O mês de Julho servirá com base para os dados de consumo mensal, por apresentar o mais baixo fator de potência (0.81)

Para esta aplicação, consideraremos que o ciclo de carga da indústria é constante durante o ano todo.

O período de carga leve corresponde aquele em que apenas um transformador esta energizado.

Page 315: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Assim, temos:

Cre = 117.600 kVArh

Cre0 = T0 * kVAro = 505 * 4.7 = 2373.5 kVArh

Cat = 167.200 kWh

Cat0 = T0 * kVAro = 505 * 7.0 = 3535 kWh T = 214 hs

Page 316: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Conceitos Básicos de Energia Elétrica

A potência nominal do capacitor será assim determinado:

Qcap = 213 kVAr

Qcap = 4 *50 + 1*15 = 215 kVAr

kVAr

tgQcap 6.212

214

92.0arccos*)3535200.167(2373600.117

Page 317: AULA Qualidade de Energia 2013 02

Em carga leve, ligada somente a iluminação de vigia, o fator de potência com as 4 células conectadas será de: Qcap = P*(tg Φ1 – tg Φ2)

Φ1 = arc tg (4.7/7.0) = 33.87º P = 7 kW (demanda ativa em carga leve) tg Φ2 = (P*tg Φ1 – Qcap) / P

tg Φ2 = (7*tg 33.87 – 215) / 7 = -30º > Φ2 = -88º

Logo : f.p = cos (-88º) = 0.033 (capacitivo)

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Conceitos Básicos de Energia Elétrica

Conclusão:

No período de carga leve (somente iluminação de vigia), as células do banco de capacitor de 215 kVAr devem ser desligadas da rede, sob pena de pagamento de multa por fator de potência capacitivo abaixo de 0.92 neste período.

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Impactos da Qualidade de Energia

Impactos Técnicos da Q.E.E

Desempenho de equipamentos;Interferências;

Perdas;Vida Útil

Equipamentos para Mitigação (projeto de

filtros, outros)

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Impactos da Qualidade de Energia

Impactos Econômicos da Q.E.E

Investimentos em

melhorias

Contratos de

FornecimentoX

Qualidade

Custo da poluição

Investimento em

soluções para

problemas críticos

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Impactos da Qualidade de Energia

Fatores que afetam os Custos com Qualidade de Energia

Perdas na Produção Sucateamento de equipamentos

Re-inicialização de Processos Industriais

Mão de Obra Danos e reparos em equipamentos

Outras