aula pratica iii - relatório de farmacognosia

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FARMCIA

RELATRIO: HETEROSDEOS FLAVONIDES: EXTRAO E CARACTERIZAO

PROFESSOR: LUCIANO DA SILVA MOMESSO

ALUNOS: ANDR LUIZ PIROZZI GLEISON DE SOUZA ALVES VINCIUS DE CARVALHO FERREIRA

OURINHOS 2012

1. INTRODUO O maracuj denominado como uma trepadeira perene que floresce na primavera e d seus frutos no incio do vero. Possui o nome botnico Passiflora alata Dryand, pertencente famlia Passifloraceae. Segundo TESKE (1993) o maracuj de estirpe da Amrica tropical, na qual necessita de temperaturas elevadas e s se aclimata bem nas regies temperadas. Suas partes utilizadas so as folhas. Simes cita que suas partes utilizadas so as folhas e partes areas. TESKE (1993) menciona que suas flores se recordam dos instrumentos utilizados na crucificao de cristo, onde por outros idiomas so reconhecidas como por flor-da-paixo, sendo de grande implicao ornamental. Seus frutos so ovides amareladas e polpa comestvel, contm sementes rugosas, que servem para preparar bebidas refrescantes. Ademais, so ricas em vitaminas C. (idem). Em 1867 um investigador americano realizou diversos estudos na quais chamaram ateno para a passiflora e demonstraram seu grande interesse para a medicina como sedativo e antiespasmdico. (Ibidem). Segundo SIMES as folhas secas de maracuj so empregadas como sedativos na medicina, embora os responsveis por essa atividade no estejam totalmente elucidados. Diversas espcies so conhecidas em todo Brasil, sendo P. edulis Sims e P. alata Dryander as mais cultivadas. Ainda descritas nas farmacopias da Europa est inscrita a P. incarnata L. 1.2 COMPOSIO QUMICA TESKE (1993) classifica sua composio qumica em que seus constituintes so: - alcalides indlicos (harmana, harmina, harmol, harmalina) - flavonides (vitexina, isvitexina, orientina, 0,55 g % de apigenina) - glicosdeos cianognicos - alcois

- cidos - gomas - resinas - taninos SIMES et al (2000) identificam que seus constituintes qumicos so: - cidos fenlicos - cumarinas - fitosteris e heterosdeos cianognicos, cerca de 0,05% maltol (2-metil-3hidrxi-pirona), menos de 0,03% de alcalides indlicos (harmana, e alguns lotes, harmol, harmina e seus derivados di-hidrogenados) e numerosos flavonides. Os flavonides majoritrios so di-C heterosideos de flavonas.

ESTRUTURAS

Flavonide vitexina: figura extrada do site http://www.uff.br/RVQ/index.php/rvq/article/viewArticle/51/99

Flavonide orientina: figura extrada do site http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102695X2010000500023&script=sci_arttext

Flavonide isvitexina: figura extrada do site http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102695X2010000500023&script=sci_arttext

Flavonides apigenina: Figura extrada do site http://www.uff.br/RVQ/index.php/rvq/article/viewArticle/51/99

1.3 ATIVIDADES FARMACOLGICAS Sua ao farmacolgica emprega-se como sedativo, tranqilizante, antiespasmdico e diurtico. Devido s fraes alcalodicas e flavonodicas, o maracuj age como depressor inespecfico do sistema nervoso central, resultando em uma ao sedativa, tranqilizante e antiespasmdica da musculatura lisa (TESKE, 1993). A passiflora similar morfina, e possui uma grande vantagem em relao morfina, isto , no deprime o sistema nervoso central, conseqentemente no levando a coma e nem a bito. Ademais, um

medicamento de grande valor teraputico como sedativo. O seu uso diminui por instantes a presso arterial e ativa a respirao, deprimindo a poro matriz da medula. Possui efeitos analgsicos o que justifica seu emprego nas nevralgias (Idem). Segundo SIMOES et al., 2000 a tradio atribui ao maracuj propriedades sedativas, antiespasmdicas e ansiolticas, parcialmente confirmadas em experincias em animais.

2. OBJETIVOS Separao e identificao de flavonides presentes em drogas vegetais.

3. MATERIAIS E MTODOS - Balana Bel Engineering - Bquer de 100 ml - Proveta - Erlenmeyer - Capilar de vidro - Banho Maria - Funil de vidro com algodo - Placa cromatogrfica - Tubo de ensaio - Folhas de maracuj - Metanol - Vanelina sulfrica

3.1 MTODOS Na balana Bel pesou-se aproximadamente 5 gramas de folhas de maracuj. Numa proveta mediu-se 50 ml de Metanol 4/1 e adicionou-se este contedo no Erlenmeyer (com as folhas de maracuj) e levou-se at o banho Maria por um tempo de 10 minutos. Realizado isso, esperou o esfriamento do mesmo agitando circularmente. Em seguida levou este contedo frio at o funil de vidro com algodo, e filtrou-se o mesmo, onde o filtrado derramava sobre um bquer de 100 ml. Com amparo de um capilar de vidro aplicou-se duas gotas de queretina em uma placa cromatogrfica do lado esquerdo. E com outro capilar de vidro pingou 5 gotas de extrato (planta) do outro lado na placa cromatogrfica. Por fim levou-se para a revelao com vanelina sulfrica. 3.2 Reao com hidrxido alcalino: Em um tubo de ensaio, colocar 0,5 ml de extrato e 9,5 ml de gua destilada. Separar 5 ml da soluo final e a ela adicionar 15 gotas de soluo de

hidrxido de sdio1 N.3.3

Reao de Shinoda (cianidina):

Adicionar em um tubo de ensaio 5 ml de extrato vegetal, 1 ml de cido clordrico concentrado e de dois a trs fragmentos metlicos.3.4

Reao c/ cloreto frrico:

Em um tubo de ensaio misturar 1 ml de extrato vegetal e 9ml de gua destilada e transferir 5 ml de soluo obtida para um outro tubo. Em um dos tubos add lentamente, pela parede, uma gota de cloreto frrico a 2%, deixando o segundo tubo ao lado, sem a adio de nenhum reagente.

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RESULTADOS E DISCUSSO

Aps a revelao, notou-se perfeitamente uma mancha amarela na parte superior da placa cromatogrfica, caracterizada como quercetina, que demonstra um padro puro, ou seja, uma molcula pura, isto , no se tem dvida alguma de sua pureza. Outra mancha surgiu na mesma altura horizontal em sentido vertical, porm uma colorao dessemelhante, sendo esta uma colorao esverdeada, caracterizada como extrato ou planta. (NOTA: na quercetina no tem no maracuj, podem encontrar-se outros flavonides, entretanto no quercetina). A reao com hidrxido alcalino realizada resultou em uma colorao amarela viva, cuja sua caracterstica a presena de flavonide com presena de hidroxilas fenlicas livres, na qual proveniente do fenol. J a reao de shinoda resultou instantaneamente em uma colorao verde permanecendo logo aps em uma colorao alaranjada, na qual se caracteriza por flavonas. (NOTA: vale relatar que outras coloraes surgiram, entretanto so coloraes consideradas advindas de erros de procedimento). E, a reao com cloreto frrico resultou em uma colorao verde-escuro o qual denota a presena de flavonis e flavononas.

5 CONCLUSO Conclui-se ento que indubitavelmente o procedimento de separao e identificao de flavonides presentes em drogas vegetais foi realizado com sucesso, onde as coloraes de suas caractersticas corresponderam de forma eficaz e exata comparadas com a literatura. Mostrando que o extrato (planta) no revelou quercetina, cujo s foi possvel observar na mancha amarelada. Destarte, de grande relevncia novos e aprofundados estudos na rea para obter experincia na praticidade e destreza do procedimento, assim como tais comparaes em cada procedimento, visto que este procedimento de extrao se realiza com um tempo hbil para excelentes resultados.

6 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

MOMESSO, S. L.; Farmacognosia. Ourinhos: FIO 2011. SIMES, C.M.O. et al. Farmacognosia: da planta ao Medicamento. Florianpolis/Porto Alegre:UFSC/UFRGS, 2000. TESKE M. TRENTINI M. MARGALY ANNY. Herbarium compndio de fitoterapia. Curitiba: Herbarium, 1993.