aula nº 03 iluminismo objetivos · inspiraram revoluções que combateram as estruturas do antigo...

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AULA Nº 03 ILUMINISMO -OBJETIVOS -Identificar os princípios do Iluminismo e principais autores iluministas. -Relacionar o Iluminismo com a ascensão da burguesia -Identificar a influência das idéias iluministas na ação de governo dos déspotas esclarecidos. -Identificar a importância do Iluminismo para as transformações políticas européias.

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AULA Nº 03 – ILUMINISMO

-OBJETIVOS

-Identificar os princípios do Iluminismo e principais

autores iluministas.

-Relacionar o Iluminismo com a ascensão da burguesia -Identificar a influência das idéias iluministas na ação

de governo dos déspotas esclarecidos.

-Identificar a importância do Iluminismo para as

transformações políticas européias.

SUMÁRIO 1. ANTECEDENTES FILOSÓFICOS E CULTURAIS. 2. PONTOS COMUNS COM O RENASCIMENTO. 3. PONTO CONTRÁRIO AO RENASCIMENTO. 4. INTERESSE DA BURGUESIA. 5. PRINCÍPIOS OU PROPOSTAS ILUMINISTAS. 6. PRECURSORES DO ILUMINISMO. 7. PENSADORES ILUMINISTAS. 8. FILÓSOFOS ILUMINISTAS. 9. ECONOMISTAS ILUMINISTAS. 10. DESPOTISMO ESCLARECIDO. 11. CONCLUSÃO. 12. VERIFICAÇÃO (EXERCÍCIOS).

1. ANTECEDENTES FILOSÍFICOS E CULTURAIS O Iluminismo ou Ilustração foi um movimento intelectual teísta e não dogmático iniciado na Inglarerra no século e XVII, consolidado na França no início do século XVIII e que atingiu seu apogeu na segunda metade desse século.

Sua designação deve-se ao movimento filosófico que, baseado no Renascimento, pretendeu “iluminar” a mente das pessoas usando a “luz da razão”. Por isso o século XVIII costuma ser denominado “Século das Luzes”.

2. PONTOS EM COMUM COM O RENASCIMENTO -Deus está no indivíduo e pode ser descoberto pela razão; -Rejeição ao misticismo; -Crença na razão para o conhecimento; -Compreensão dos fenômenos naturais e sociais. 3. PONTO CONTRÁRIO AO RENASCIMENTO: Postura contestatória à centralização do poder social, econômico e político nas mãos do rei.

4. INTERESSE DA BURGUESIA As ideias iluministas interessaram amplamente à burguesia europeia e colonial, vocacionada a participar cada vez mais das questões políticas e necessitada de desdobrar as práticas mercantilistas, por ela tão estimuladas, mas ainda tão limita- das face à profunda interferência que o Estado ainda impu nha, o que impedia o livre comércio.

5. PRINCÍPIOS ILUMINISTAS

-Princípio fundamental para a investigação e compreensão do mundo: Racionalismo; -Utilização da razão para a compreensão das coisas e como guia contra a ignorância (ausência de conhecimento); -Tolerância religiosa; -Liberalismo político e econômico (contra o absolutismo e o Mercantilismo); -Inexistência do pecado original.

-Igualdade jurídica entre as pessoas; -Liberdade de expressão e educação do povo; -Individualismo (baseado na vontade e capacidade de criação individual). Tais princípios tiveram grande impacto sobre intelectuais e políticos em diversos lugares do mundo. Por conta disso, inspiraram revoluções que combateram as estruturas do Antigo Regime, como a Revolução Francesa e as revoltas das colônias europeias na América.

6. PRECURSORES DO ILUMINISMO - JOHANNES KEPLER (1571-1630): ÓRBITAS ELÍPTICAS DOS PLANETAS. DIFÍCIL ACEITAÇÃO. ESFERAS E CÍRCULOS ERAM CONSIDERADOS FIGURAS PERFEITAS E DIVINAS. QUANTO MAIS DISTANTE DO SOL MAIOR É O TEMPO DE TRANSLAÇÃO. A TERRA LEVA 01 ANO EM SUA ÓRBITA ENQUANTO QUE NETUNO LEVA 166 ANOS. SUAS LEIS SÃO APLICADAS ATÉ HOJE.

-GALILEU GALILEI (1564-1642): PRIMEIRO A UTILIZAR A LUNETA PARA O ESTUDO DO UNIVERSO. PERSEGUIDO PELA IGREJA POR CONTESTAR O GEOCENTRISMO, ESCAPANDO POR POUCO DA FOGUEIRA DA INQUISIÇÃO. O PAPA JOÃO PAULO II EM 31 OUT 1992 REABILITOU GALILEU DA CONDENAÇÃO PELA IGREJA.

- ANDRÉ VESÁLIO (1514-1564). Dissecou cadávares para o estudo da anatomia. é considerado o “pai da anatomia moderna”.

- MIGUEL DE SERVET (1511-1553). Descobriu que o sangue circulava do coração aos pulmões, sendo ali purificado. essa descoberta foi considerada heresia e o levou à morte na fogueira.

- WILLIAM HARVEY (1509-1657) Descobriu que o coração é o órgão que bombeira o sangue para todo o organismo. As válvulas e veias impediam que o sangue venoso retornasse e misturasse ao sangue arterial. AMBROISE PARÉ (1509-1590). Realizou trabalhos sobre hemorragias e ligação de artérias.

René Descartes: filósofo e matemático francês que pregava a razão para se chegar à verdade. É considerado o pai do Racionalismo. Buscava encontrar uma verdade que fosse indiscutível e para isso o homem deveria duvidar de tudo até provar a existência de forma racional. Criador do método matemático cartesiano, deduziu sua própria existência com a frase “Cogito ergo sum” – “Penso, logo existo”

1596 – 1650

John Locke: pensador inglês considerado oPai do Humanismo e também o Pai do Liberalismo”, afirmava que o conhecimento era adquirido pela experiência (empirismo). O governo só existe porque os homens precisam garantir seus direitos e sua segurança, mas não deveria ter mais poderes que os próprios homens que o delegaram.

1632 – 1704

No plano político, era ligado à corrente política que promoveu a Revolução Inglesa. Condenou o absolutismo monárquico defendido por Thomas Hobbes. Para ele, o ser humano tinha alguns direitos naturais como a vida, o respeito à liberdade dos cidadãos, a tolerância religi- osa e os direitos de propriedade privada e de livre iniciati- va econômica.

ISAAC NEWTON (1643-1727) - foi um astrônomo, alquimista, filósofo natural, teólogo e cientista inglês, mais reconhecido como físico e matemático. Sua obra, Princípios Matemáticos da Filosofia Natural é considerada uma das mais influentes na história da ciência. Publicada em 1687, esta obra descreve a lei da gravitação universal e as três leis de Newton, que fundamentaram a mecânica clássica. Foi o primeiro a demonstrar que os movimentos de objetos, tanto na Terra como em outros corpos celestes, são governados pelo mesmo conjunto de leis naturais. O poder unificador de suas leis era centrado na revolução científica, no avanço do heliocentrismo e na difundida noção de que a investigação racional pode revelar o funcionamento mais intrínseco da natureza.

- Newton construiu o primeiro telescópio refletor operacional e desenvolveu a teoria das cores baseada na observação que um prisma decompõe a luz branca em várias cores do espectro visível. -Em uma pesquisa promovida pela ROYAL SOCIETY, NEWTON foi considerado o cientista que causou maior impacto na história da ciência. De personalidade sóbria, fechada e solitária, para ele a função da ciência era descobrir leis universais e enunciá-las de forma precisa e racional.

7.PENSADORES ILUMINISTAS

Os pensadores iluministas surgiram de duas vertentes: os filósofos, com mentes voltadas para os problemas políticos; e os economistas, que estavam voltados para o lado financeiro, com intenções de aumentar a riqueza da nação.

8. FILÓSOFOS ILUMINISTAS Para os filósofos iluministas, o homem era naturalmente bom, porém, era corrompido pela sociedade com o passar do tempo. Eles acreditavam que se todos fizessem parte de uma sociedade justa, com direitos iguais a todos, a felicidade comum seria alcançada. Por esta razão, eles eram contra as imposições de caráter religioso; contra as práticas mercanti- listas.

Contra o absolutismo monárquico e contra os privilégios dados à nobreza e ao clero. Aqueles intelectuais/pensadores agregaram valores políticos e sociais à sociedade europeia, orientando-a que as monarquias absolutistas precisavam se transformar em Estados constitucionais com poderes independentes, tal como havia acontecido na Inglaterra.

Os principais filósofos foram Voltaire, Montesquieu, Rousseau e Diderot. Para eles, o homem era naturalmente bom e era corrompido pela sociedade com o passar do tempo. Eles acreditavam que se todos fizessem parte de uma sociedade justa, com direitos iguais a todos, a felicidade comum seria alcançada. Por esta razão, eles eram contrários: -às imposições de caráter religioso; -às práticas mercantilistas; -ao absolutismo monárquico; -aos privilégios dados à nobreza e ao clero.

8.1.VOLTAIRE (FRANÇOIS MARIE AROUET) Filósofo e dramaturgo francês, foi um dos mais conhecidos e irreverentes pensadores do Iluminismo. Crítico feroz do clero católico, também era contrário à intolerância religiosa, arbitrariedade e prepotência do rei. Escreveu “Cartas Inglesas” ou Cartas Filo- sóficas” – louvando o regime inglês. Não aceitava as camadas populares no Poder.

(1694 – 1778)

-Defendia as liberdades individuais (de religião, de pensamento, de propriedade privada), as quais considerava um direito natural dos homens; -Pregava uma monarquia constitucional nos moldes da inglesa. Defendia que a elite intelectual deveria estar no po- der e que o poder jamais deveria ser conduzido pelo povo. Frase famosa: “ Posso não concordar com tudo que dizes, mas lutarei até o fim pelo direito que tens em dizer.”

-Jurista francês de origem nobre, autor de “Cartas Persas”, ficção em que criticou a Igreja e o Estado monárquico francês. Sua obra famosa, o “O Espírito das Leis”, elogiou a monarquia parlamentar inglesa. Nela defendeu, também, a separação dos poderes do Estado em Legislativo, Executivo e Judiciário como única maneira de garantir a liberdade pessoal e evitar os abusos dos governantes.

8.2. MONTESQUIEU( CHARLES DE SECONDAT)

(1689 – 1755)

Filósofo suiço mas de pais franceses calvinistas fugidos das perseguiçoes religiosas. Era contrário ao luxo, criticava o absolutismo e defendia a ideia de que somente um Estado democrático teria condições de garantir igualdade para todos. Escreveu: “Discurso sobre a origem e os fundamentos das desigualdades entre os homens”; “Emílio” e o “Contrato Social”, sua obra mais famosa.

8.3. JEAN JACQUES ROSSEAU

(1712 – 1778)

Ao contrário de Voltaire e Montesquieu, monarquistas liberais, foi um democrata convicto e apoiava a República. Em seu texto O Contrato Social, afirma que o soberano deveria conduzir o Estado de acordo com a vontade de povo que deveria ser livre e soberano e o cidadão deveria ser a fonte de todo o Poder. Seu pensamento influenciou os movimentos revolucionários europeus e americanos.

Juntamente com Jean Le Rond D’Alembert organizou uma Enciclopédia que reunia os principais pensamentos e ideias filosóficas e científicas da época. Proibida pelo governo por divulgar as ideias iluministas, a obra passou a circular clandestinamente. É dele a célebre frase “O homem só será livre quando o último désposta for estrangulado com as entranhas do último padre.”

8.4. DIDEROT(DENIS)

(1713 – 1784)

Autoria de Diderot e D’Alembert

MDCCLI = 1751

9. ECONOMISTAS ILUMINISTAS

Os economistas pregavam essencialmente a liberdade de mer- cado, opondo-se a todo e qualquer controle da economia pelo Estado. Defendiam, assim, posição oposta à do mercantilismo. Para eles, a economia não deveria ser dirigida. O estado só deveria intervir se fosse para garantir seu livre caminhar e o desenvolvimento da economia. As teses de economia dividiram-se em duas correntes: a dos fisiocratas e a dos liberalistas.

9.1.FISIOCRATAS

Fisiocracia significa “governo da natureza”. Até pelo fato da França ainda ser predominantemente agrária no início do Século XVIII, alguns economistas iluministas pregavam que a riqueza das nações estava baseada na implantação de um capitalismo agrário, com o aumento da produção agrícola.

9.1.1.François Quesnay

Fundador do fisiocracismo, sustentou que exis- tiam leis naturais agindo nas sociedades huma- nas, sendo inútil contrariá-las com regulamentos ou sistemas. Para ele, a agricultura era a fonte de de riqueza da nação. Era contra a intervenção do Estado na economia.

9.1.2. Vicent Gournay: Dizia que, além da terra, a indústria seria outra fonte de riqueza. Propunha total liberdade para o comércio e a indústria. Sua frase consagrada foi : “laissez faire, laissez aller, laissez passer”, ou seja, dei- xe fazer, deixe ir, deixe passar.

9.2. LIBERALISTAS

A corrente liberalista acreditava que o Estado só

seria verdadeiramente poderoso se fosse rico e para enrique-

cer, o Estado precisava expandir as atividades econômicas

capitalistas; para expandí-las, o Estado precisava dar liberda-

de econômica e política para os indivíduos.

9.2.1Adam Smith: Economista escocês, considerado o “pai da economia moderna”, pregava que o trabalho livre, sem a intervenção do Estado, era a verdadeira fonte de riqueza para as nações e deveria ser conduzido pela livre inicia- tiva popular. Em sua obra A Riqueza das Nações, criticou a a política mercantilista, por meio da qual o Estado interferia na vida econômica, e defendeu que a Economia deveria ser dirigida pelo livre jogo da oferta e da procura de mercado. ( 1723 – 1794)

10.DESPOTISMO ESCLARECIDO Diversos monarcas absolutistas europeus tentaram

harmonizar seus governos com as ideias iluministas, a fim

a fim de modernizar e forçar o desenvolvimento de seus

países, sem, contudo, modificar as estruturas vigentes no ab-

solutismo. Esses monarcas ficaram conhecidos por déspotas

esclarecidos.

Os países onde ocorreu o fenômeno tinham em comum:

-o atraso econômico e

-a existência de uma aristocracia culta e refinada;

-Ausência de uma burguesia partidária da liberdade de

mercado e com força suficiente para fazer prevalecer suas

opiniões.

PRINCIPAIS DÉSPOTAS ESCLARECIDOS Frederico II, da Prússia: discípulo de Voltaire, investiu na educação, tornando obrigatório o ensino primário.

José II, da Áustria: aboliu a servidão no país, deu liberdade religiosa ao reino e procurou colocar a Igreja subordinada ao Estado. Catarina II, da Rússia: de origem alemã, era amiga dos iluministas Voltaire e Diderot,

Construiu escolas, hospitais,

aprimorou a administração

pública e deu liberdade

religiosa. Ao mesmo tempo

manteve a servidão,

aumentou os direitos dos pro-

prietários sobre os servos da ter-

ra e aumentou os impostos pa-

gos pelos camponeses.

Expulsou os jesuítas de Portugal e do Brasil. No Brasil, aumentou os impostos e proibiu o funcionamento das pequenas indústrias, para não concorrerem com a metrópole. Mudou a capital de Salvador para o Rio de Ja- neiro.

10.1.1.Marquês de Pombal: ministro do Rei de

Portugal, D. José I, estimulou o comércio e as manufaturas lusas. Reformou o ensino e perse-guiu a nobreza .

10.1.2. José II, da Áustria Aboliu a servidão no país, deu liberdade religiosa ao reino e procurou subordinar a Igreja ao Estado.

10.1.3. Catarina II, da Rússia:

De origem alemã, era amiga dos iluministas Voltaire e Diderot, construiu escolas, hospitais e primorou a administração pública e deu liberdade religiosa. Mas manteve a servidão, aumentou os direitos dos proprietarios e os impos tos dos camponeses.

10.1.4. Frederico II, da Prússia:

Discípulo de Voltaire, investiu na educação, tornando

obrigatório o ensino primário.

11. CONCLUSÃO -As ideias iluministas exerceram e continuam exercendo enorme influência na forma como se compreende a política, a sociedade, a economia e a religião, modificando nossa visão do mundo contem- porâneo. - A razão, ou seja, a inteligência humana baseada na lógica, seria a maneira mais confiável de levar o ser humano à verdadeira com- preensão da essência das coisas. - Para muitos teóricos da Igreja a busca racional de explicações do e para o mundo seria uma atitude contrária à fé. - Os ideais iluministas estimularam a realização de experimentos científicos, influenciaram as artes e levaram às diversas outras a- ções voltadas para a difusão e o debate do conhecimento. - Transformações políticas, sociais e econômicas ocorreram na Europa e nas colônias em virtude das novas concepções iluministas.

12. VERIFICAÇÃO (EXERCÍCIOS)uestão 1 •

1.Explique o que a idéia de “iluminar” tem que ver com o Iluminis mo.

A idéia de “iluminar” vinha da idéia de que a sociedade daquela época vivia sob o signo do obscurantismo, da falta de racionalidade. Esse “obscurantismo” era uma idéia preconceituosa (já que usado de modo pejorativo). Pretendia dar conta de expressar a maneira pela qual o homem do Antigo Regime compreendia o mundo: muito mais segundo superstições e crenças do que com o uso da razão. Ao conceber isso como obscurantismo, os filósofos iluministas se colocavam a tarefa de “esclarecer” a sociedade, “iluminá-la”, o que só poderia ser feito com o uso da Razão.

2. O Iluminismo foi um movimento histórico no plano das ideias. No entanto, essas ideias influenciaram boa parte dos movimentos revolucionários de diversos lugares do mundo. Nesse sentido, por que é que podemos dizer que o Iluminismo foi, de certa forma, revolucionário? “Revolucionário” nessa questão não aparece como sinônimo de um movimento de “esquerda”. O Iluminismo pode ser considerado revolucionário por se opor a um status quo. O movimento das ideias iluministas tiveram origem em grande parte na insatisfação generalizada que reinava na Europa a partir

da segunda metade do século XVII. As ideias iluministas vinham, de certa forma, protestar em favor da mudança de muitos pilares da sociedade do Antigo Regime, como o poder absolu- to dos reis, por exemplo. Por isso pôde influenciar muitos movimentos revolucionários, como a Revolução Francesa ou as independências das colônias europeias nas Américas.

3.Montesquieu foi um dos mais importantes filósofos do Iluminismo. Entre seus escritos, defendeu um aspecto fundamental da organização dos Estados contemporâneos: a divisão do poder político. Complete o esquema abaixo com informações sobre essa teoria.

Fiscaliza as leis

Elabora as leis

Executivo

4.No Brasil de hoje, a divisão dos poderes guarda relações com a divisão proposta por Montesquieu, acrescida das divisões entre os níveis federal, estadual e municipal. Complete o quadro abaixo, dividindo os poderes e os níveis de atuação.

Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado)

Supremo Tribunal Federal (STF)

Governador Assembleia dos Deputados

Prefeito Câmara dos Vereadores

5.O despotismo esclarecido foi uma prática comum a vários dos países europeus no século XVIII. Aponte em forma de itens quais foram os principais pontos em comum da atuação dos déspotas esclarecidos. Em seguida, justifique: essas ações lhe parecem positivas? Por quê? Os principais pontos em comum da atuação dos déspotas esclarecidos foram a reforma da Justiça, tornando-a mais acessível às camadas populares; a abolição da servidão; a proibição das torturas; assistência social às camadas mais necessitadas da população; o estímulo à educação; o incentivo às artes e o incentivo à atividade econômica, sobretudo manufatureira. Como os governantes eram mais homens de ação (portanto interessados politicamente) do que homens de ideias, a atuação deles visava a manter, também, as práticas do absolutismo. Ações positivas para os reis na medida de manutenção do poder e nega- tiva para a população na medida que não tinham liberdade de es- colha dos governantes.

6.Em meio ao Iluminismo, novas teorias econômicas vieram tomar o lugar das práticas mercantilistas. Explique quais eram as principais diferenças entre o que defendiam os fisiocratas e os liberais.

Os fisiocratas passaram a defender, fundamentalmente, que a principal fonte de riqueza era a terra e a agricultura. Eles defendiam ainda uma

menor intervenção do Estado nos negócios econômicos e a livre con-

corrência no comércio.

Já os liberais, com Adam Smith, continuaram crendo na livre concorrên-

cia como fundamental para o desenvolvimento da economia, com

pouca interferência do Estado. Mas começaram a identificar que

não era a terra e a agricultura a principal fonte de riqueza – e sim o trabalho livre e sua exploração.

7.Cite algumas medidas do marquês de Pombal no Brasil que revelam a influência das ideias iluministas. Pombal expulsou os jesuítas e instituiu o ensino laico (desligado da Igreja), reduzindo a influência da Igreja. Extinguiu as últimas capitanias hereditárias; elevou o Brasil a vice-reino de Portugal; transferiu a capital do Brasil de Salvador para o Rio de Janeiro, aproximando-a do centro econômico da colônia – medidas que visavam ao desenvolvimento econômico. Essas duas ideias – limitação do poder da Igreja e busca do crescimento econômico – estão de acordo com os princípios iluministas.

8.Em que sentido as ideias iluministas podem ser consideradas uma reação ao absolutismo?

As ideias iluministas deslocavam o poder dos monarcas, antes considerado dádiva de Deus, para o plano terreno. Caberia aos homens organizar-se socialmente e criar modos de regulação do poder (leis e instituições) para reduzir as injustiças sociais.

9. O Iluminismo pode ser considerado uma extensão do Renascimento. Essa afirmação é correta? Explique. Sim. O Iluminismo foi o desenvolvimento do princípio fundamen- tal que norteou o Renascimento: valorização da busca do conheci- mento pela razão, em lugar do misticismo que prevaleceu na Idade Média. 10. No contexto do Iluminismo, explique o que poderia significar fazer uma Enciclopédia “com tudo o que o Homem sabia sobre o mundo”, como o fez Diderot e D’Alembert. O Iluminismo aconteceu em sucessão ao Renascimento. O Renasci mento colocara o Homem no centro do mundo e do Universo, de modo que ele passou a ser o que de mais importante havia. O Iluminismo é um movimento de pensadores que se colocam com essa autoridade diante do mundo.

Eles podiam tentar explicar o mundo, a natureza, a sociedade, pois sabiam que se não havia sido o Homem a criar essas coisas, o Homem dominava-as. Assim, o esforço de construção de uma Enciclopédia significava, em última análise, um esforço de condensação de tudo o que Homem havia feito, conhecido e dominado. Ela serviria como uma espécie de atestado a superioridade humana. 1111.Leia atentamente os textos I e II e responda às questões propostas. Texto I -A autoridade do príncipe é limitada pelas leis da natureza e do Estado -(...). O príncipe não pode, portanto, dispor de seu poder e de seus súditos sem o consentimento da nação e independentemente da escolha estabelecida no contrato de submissão. DIDEROT. Autoridade política. Enciclopédia , 1751. Disponível em: <www.historianet.com.br/conteu do/dafault.aspx?codigo=594>. Acesso em: 14 jul. 2009.

Texto II (...) O trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus (...). Os reis (...) são deuses e participam de alguma maneira da independência divina. O rei vê de mais longe e de mais alto; deve acreditar-se que ele vê melhor, e deve obedecer-se-lhe sem murmurar, pois o murmúrio é uma disposição para a sedição. BOSSUET, Jacques-Bénigne. Política segundo a Sagrada Escritura. In: FREITAS, Gustavo de. 900 textos e documentos de História . Lisboa: Plátano, 1976. v. II, p. 201.

a. Qual dos textos acima apresenta ideias que não correspondem às concepções iluministas? O texto que não corresponde às concepções acima é o texto II. b. Por que essas ideias não correspondem ao ideário do Iluminismo? Porque defende a natureza divina do poder político. A teoria do direito divino era utilizada para justificar o poder absoluto dos reis. Os iluministas eram contra o absolutismo e, por isso, essa ideia não corresponde às concepções iluministas.

12.Enumere as principais críticas feitas pelos iluministas à sociedade europeia do século XVIII. Os iluministas criticavam o poder absoluto dos reis e propunham governos que fossem limitados pelas leis; contestavam os privilégios da nobreza e do clero, defendendo a ideia de que todos os homens são iguais perante a natureza; questionavam a influência da Igreja na sociedade, cujo poder seria responsável pela disseminação de fanatismo e superstições; defendiam as explicações científicas e racionais para a compreensão da natureza e do universo. 13.Por que o século XVIII ficou conhecido como Século das Luzes?

O século XVIII ficou conhecido como Século das Luzes porque, segundo os filósofos desse período, apenas a razão poderia trazer a luz e o conhecimento aos homens. A crença na razão era uma das bases do pensamento iluminista. O pensamento racional seria responsável pela destruição das trevas que obscureciam a visão dos homens sobre o mundo. Por essa razão, o pensamento racional era sinônimo de luz.

14. Voltaire, um dos mais importantes filósofos iluministas, contes- tava o absolutismo e criticava o fanatismo religioso e o pensamen- to supersticioso difundidos pela Igreja daquela época. Tendo em em vista as ideias desse pensador, responda às questões abaixo. a. No que consistia o despotismo esclarecido? O despotismo esclarecido era um regime de governo em que havia uma aliança entre os ideais iluministas e o poder monárquico. Alguns monarcas da Europa oriental e da Península Ibérica adota- ram os princípios iluministas e implementaram reformas educacio- nais religiosas e econômicas em seus países sem perder o controle do poder político. Os principais déspotas esclarecidos foram: Frederico II, rei da Prússia; José II, imperador da Áustria; Catarina II, czarina da Rússia; Marquês de Pombal, ministro de Dom José I, de Portugal. Voltaire foi um defensor do despotismo esclarecido.

15. Explique por que a burguesia se identificava com as ideias iluministas.

O Iluminismo, movimento literário, político e filosófico do século XVIII, ao contestar o absolutismo, o mercantilismo, a Igreja, a tradição e os privilégios da nobreza e do clero, criticava as bases do Antigo Regime. O liberalismo econômico, a defesa da liberdade e a reorganização política e social baseada no pensamento racio-

nal eram propostas iluministas que favoreciam a causa burguesa contra o Antigo Regime. Essas propostas, portanto, iam ao encon-

tro dos interesses da burguesia, que, então, passou a defendê-las.

16. Classificar, delinear, dividir, sistematizar, criar um mapa mundi do saber. Esta era a ideia dos iluministas Diderot e D’Alambert: ordenar o mundo em categorias em uma enciclopédia com 17 volumes de texto. O projeto enciclopedista talvez seja a influência mais visível do iluminismo em nosso cotidiano. A escola, a divisão do conhecimento em disciplinas específicas, os livros didáticos, os telejornais revelam claramente essa busca classificatória. A Enciclopédia iniciava com um quadro esquemático do conhecimento humano, uma permanência que perpassa desde organogramas de empresas até as classificações da biologia.” (DARNTON, Robert – O Grande Massacre de Gatos. RJ: Graal, 1986, p. 272-273)

Com base no texto e nos seus conhecimentos sobre o assunto, assinale a(s) afirmativa(s) correta(s) a respeito do Iluminismo:

( ) O impulso renovador das ideias iluministas provocou, na Europa,

um grande interesse pelos problemas da vida em sociedade,

possibilitando o surgimento de novas ideias e de teorias econômicas.

V

( ) Em seu conjunto, os iluministas sustentavam a tese de que só um

Estado ditatorial, controlado pela classe trabalhadora, seria capaz de

eliminar a resistência burguesa e abolir as desigualdades entre as

classes sociais.

( ) O espírito renovador, presente no Iluminismo, conduziu a um

profundo estudo das ciências, campo onde ocorreu um grande avanço.

( ) Originado na Inglaterra, difundido pela França, o Iluminismo

pregava a razão, a liberdade do espírito, a livre crítica e a tolerância

religiosa, contrapondo-se, assim, ao peso da tradição, do dogmatismo

religioso e filosófico e ao absolutismo monárquico.

( ) O Iluminismo, em seu conjunto, fazia uma incisiva crítica ao mundo

civilizado e propunha um retorno às formas de vida da sociedade

primitiva.

F

V

V

F

17. (UFF 2010)O escritor e filósofo francês Voltaire, que viveu no século XVIII, é considerado um dos grandes pensadores do Iluminismo ou Século das Luzes. Ele afirma o seguinte sobre a importância de manter acesa a chama da razão: “Vejo que hoje, neste século que é a aurora da razão,

ainda renascem algumas cabeças da hidra do fanatismo. Parece que seu veneno é menos mortífero e que suas goelas são menos devoradoras. Mas o monstro ainda subsiste e todo aquele que buscar a verdade arriscar-se-á a ser perseguido. Deve-se permanecer ocioso nas trevas? Ou deve-se acender um archote onde a inveja e a calúnia reacenderão suas tochas? No que me tange, acredito que a verdade não deve mais se esconder diante dos monstros e que não devemos abster-nos do alimento com medo de sermos envenenados”. Identifique a opção que melhor expressa esse pensamento de Voltaire. ( ) Aquele que se pauta pela razão e pela verdade não é um sábio, pois corre um risco desnecessário. ( ) A razão é impotente diante do fanatismo, pois esse sempre se impõe sobre os seres humanos. ( ) Aquele que se orienta pela razão e pela verdade deve munir-se da coragem para enfrentar o obscurantismo e o fanatismo. ( ) O fanatismo e o obscurantismo são coisas do passado e por isso a razão não precisa mais estar alerta. ( ) A razão envenena o espírito humano com o fanatismo.

X

18. (UFPR 2010) A respeito do iluminismo, movimento filosófico que se difundiu pela Europa ao longo do século XVIII, considere as seguintes afirmativas: 1.Muitos filósofos franceses, entre eles Montesquieu, Voltaire e Diderot, foram leitores, admiradores e divulgadores da filosofia política produzida pelos ingleses, como John Locke com sua crítica ao absolutismo. 2.Quanto à organização do Estado, os filósofos iluministas não eram contra a monarquia, mas contra as ideias de que o poder monárquico fora constituído pelo direito divino e de que ele não poderia ser submetido a nenhum freio. 3.A descoberta da perspectiva e a valorização de temas religiosos marcaram as expressões artísticas durante o iluminismo. 4. Em Portugal, o pensamento iluminista recebeu grande impulso das descobertas marítimas.

Assinale a alternativa correta. ( ) Somente a afirmativa 1 é verdadeira. ( ) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras. ( ) Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras. ( ) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras. 19. (Enem 2013) ‘Os produtos e seu consumo constituem a meta declarada do empreendimento tecnológico. Essa meta foi proposta pela primeira vez no início da Modernidade, como expectativa de que o homem poderia dominar a natureza. No entanto, essa expectativa, convertida em programa anunciado por pensadores como Descartes e Bacon e impulsionado pelo Iluminismo, não surgiu “de um prazer de poder”, “de um mero imperialismo humano”, mas da aspiração de libertar o homem e de enriquecer sua vida, física e culturalmente.’ CUPANI, A. A tecnologia como problema filosófico: três enfoques. Scientiae Studia, São Paulo, v. 2, n. 4, 2004 (adaptado).

X

Autores da filosofia moderna, notadamente Descartes e Bacon, e o projeto iluminista concebem a ciência como uma forma de saber que almeja libertar o homem das intempéries da natureza. Nesse contexto, a investigação científica consiste em: ( ) expor a essência da verdade e resolver definitivamente as disputas teóricas ainda existentes. ( ) oferecer a última palavra acerca das coisas que existem e ocupar o lugar que outrora foi da filosofia. ( ) ser a expressão da razão e servir de modelo para outras áreas do saber que almejam o progresso. ( ) explicitar as leis gerais que permitem interpretar a natureza e eliminar os discursos éticos e religiosos. ( ) explicar a dinâmica presente entre os fenômenos naturais e impor limites aos debates acadêmicos.

X

20. (Fuvest-2003) Da Independência dos Estados Unidos (1776), da Revolução Francesa (1789) e do processo de independência na América Ibérica (1808-1824), pode-se dizer que todos esses movimentos ( ) decidiram implementar a abolição do trabalho escravo e da propriedade privada. ( ) tiveram início devido à pressão popular radical e terminaram sob o peso de execuções em massa. ( ) conseguiram, com o apoio da burguesia ilustrada, viabilizar a revolução industrial. ( ) adotaram ideias democráticas e defenderam a superioridade do homem comum. ( ) sofreram influência das ideias ilustradas, mas variaram no encaminhamento das soluções políticas.

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21.(FEI-1996) "Descentralização política e administrativa, unidades de produção autônomas e autossuficientes e mão-de-obra servil", são características: ( ) do regime feudal. ( ) do sistema capitalista. ( ) do socialismo. ( ) do escravismo antigo. ( ) da dominação colonial no Brasil. 22. (UFV-1996) Exalta o direito de propriedade individual e da riqueza; opondo-se, consequentemente à intervenção do Estado na economia. Defende intransigentemente que deve haver total liberdade de produção, circulação e venda. Considera que o homem, enquanto indivíduo, deve desfrutar de todas as satisfações, não se submetendo senão aos limites da Razão. Crê no Progresso como sendo resultado de um fenômeno natural e decorrente da livre-concorrência que, ao estimular as atividades econômicas, é a única forma aceitável de proporcionar liberdade, felicidade, prosperidade e igualdade entre todos os homens.

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O trecho anterior pode ser considerado uma síntese dos valores constitutivos da ideologia política intitulada: ( ) Catolicismo Social. ( ) Socialismo Utópico. ( ) Socialismo Científico. ( ) Liberalismo. ( ) Anarquismo 23. (FGV-2003) “O homem nasce livre, e por toda a parte encontra-se a ferros. O que se crê senhor dos demais, não deixa de ser mais escravo do que eles (...) A ordem social é um direito sagrado que serve de base a todos os outros. Tal direito, no entanto, não se origina da natureza: funda-se, portanto, em convenções.” J.J. Rousseau, Do Contrato Social, in Os Pensadores. São Paulo, Abril Cultural, 1978, p. 22

A respeito da citação de Rousseau, é correto afirmar: ( ) Aproxima-se do pensamento absolutista, que atribuía aos reis o direito divino de manter a ordem social. ( ) Filia-se ao pensamento cristão, por atribuir a todos os homens uma condição de submissão semelhante à escravatura.

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( ) Filia-se ao pensamento abolicionista, por denunciar a escravidão praticada na América, ao longo do século XIX. ( ) Aproxima-se do pensamento anarquista, que estabelece que o Estado deve ser abolido e a sociedade, governada por autogestão. ( ) Aproxima-se do pensamento iluminista, ao conceber a ordem social como um direito sagrado que deve garantir a liberdade e a autonomia dos homens. 24. (ENEM 2003)

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Considerando os dois documentos, podemos afirmar que a natureza do pensamento que permite a datação da Terra é de natureza ( ) científica no primeiro e mágica no segundo. ( ) social no primeiro e política no segundo. ( ) religiosa no primeiro e científica no segundo. ( ) religiosa no primeiro e econômica no segundo. ( ) matemática no primeiro e algébrica no segundo. 25. (Mack-1998) Sobre o iluminismo, é correto afirmar que: ( ) Criticava o mercantilismo, a limitação ao direito à propriedade privada, o absolutismo e a desigualdade de direitos e deveres entre os indivíduos. ( ) Acreditava na prática do entesouramento como meio adequado para eliminar as desigualdades sociais e garantir as liberdades individuais. ( ) Consistia na defesa da igualdade de direitos e liberdades individuais, proporcionada pela influência da Igreja Católica sobre a sociedade, através da educação. ( ) Defendia a doutrina de que a soberania do Estado absolutista garantiria os direitos individuais e eliminaria os resquícios feudais ainda existentes.

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26. (ENEM-2003) Observe as duas afirmações de Montesquieu (1689-1755), a respeito da escravidão: “A escravidão não é boa por natureza; não é útil nem ao senhor, nem ao escravo: a este porque nada pode fazer por virtude; àquele, porque contrai com seus escravos toda sorte de maus hábitos e se acostuma insensivelmente a faltar contra todas as virtudes morais: torna-se orgulhoso, brusco, duro, colérico, voluptuoso, cruel. Se eu tivesse que defender o direito que tivemos de tornar escravos os negros, eis o que eu diria: tendo os povos da Europa exterminado os da América, tiveram que escravizar os da África para utilizá-los para abrir tantas terras. O açúcar seria muito caro se não fizéssemos que escravos cultivassem a planta que o produz. (Montesquieu, O espírito das leis.)

Com base nos textos, podemos afirmar que, para Montesquieu, ( ) o preconceito racial foi contido pela moral religiosa. ( ) a política econômica e a moral justificaram a escravidão. ( ) a escravidão era indefensável de um ponto de vista econômico. ( ) o convívio com os europeus foi benéfico para os escravos africanos. ( )o fundamento moral do direito pode submeter-se às razões econômicas X

27. (FEI-1994) A famosa frase atribuída a Luís XIV: "O Estado sou eu", define: ( ) o absolutismo; ( ) o iluminismo, ( ) o liberalismo; ( ) o patriotismo do rei; ( ) a igualdade democrática. 28. (FAAP-1997) São características do Iluminismo, exceto: ( ) derrubada dos conceitos tradicionais, apoiada na ascensão da burguesia, que pretendia a instalação de uma sociedade de classes. ( ) revisão da Teoria do Direito Divino como ilegítima e irracional. ( ) crítica à Igreja, base de sustentação teórica e material do absolutismo. ( ) governo nacional seria o voltado para o povo e para a satisfação de seus desejos. Envolvimento de Locke, Voltaire e Rousseau. ( ) Teocentrismo, em coincidência com o ideal Barroco.

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29. (FGV-2004) “Nossa época gosta de denominar-se de ‘época da filosofia’. De fato, se examinarmos sem preconceito algum a situação atual dos nossos conhecimentos, não poderemos negar que a filosofia realizou entre nós grandes progressos (...) Tudo tem sido discutido, analisado, removido, desde os princípios das ciências até os fundamentos da religião revelada (...) Fruto desta efervescência geral dos espíritos uma nova luz se derrama”. sobre muitos

objetos e novas obscuridades os encobrem.” Esse trecho foi extraído de uma importante obra da cultura ocidental. Suas ideias devem ser associadas: ( ) Ao marxismo e a concepções socialistas elaboradas no século XIX. ( ) Ao Absolutismo francês do século XVII. ( ) À Ilustração característica do século XVIII. ( ) À Contrarreforma católica dos séculos XVI e XVII. ( ) Ao Futurismo italiano do século XX.

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30. (Mack-2005) O Iluminismo, ideologia difundida principalmente no final do século XVIII, para combater o Antigo Regime, baseava-se em alguns princípios. Entre eles, podemos assinalar, corretamente, que: ( )ao criticar o Antigo Regime, os iluministas argumentavam que o Estado só é poderoso se for realmente rico; portanto, caberia ao rei controlar, de forma mais eficiente, os mecanismos que regem a economia. ( )os Iluministas acreditavam que, para o Estado crescer na área econômica, deveria expandir as atividades capitalistas. Isso significava instituir a economia de mercado, com o livre jogo da oferta e procura. ( )os Iluministas defendiam a propriedade privada, que é a característica básica de uma sociedade capitalista. Era direito do proprietário dispor de seus bens conforme seus interesses, porém, somente após a aprovação real. ( )na atividade comercial, deveria existir a igualdade jurídica tanto do comprador quanto do vendedor; ou seja, os iluministas defendiam a igualdade de todos perante a lei, com exceção dos dignitários da Igreja. ( )tal ideologia propunha o fim da intolerância religiosa e filosófica e o direito, de cada indivíduo, à manifestação de suas convicções políticas, desde que fosse respeitada a figura real.

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31. (Faap-1996) Os pensadores do liberalismo econômico, como Adam Smith, Malthus e outros, defendiam: ( ) intervenção do Estado na economia ( ) o mercantilismo como política econômica nacional ( ) socialização dos meios de produção ( ) liberdade para as atividades econômicas ( ) implantação do capitalismo de Estado. 32. (Vunesp-1996) "Com plena segurança achamos que a liberdade de comércio, sem que seja necessária nenhuma atenção especial por parte do Governo, sempre nos garantirá o vinho de que temos necessidade; com a mesma segurança podemos estar certos de que o livre comércio sempre nos assegurará o ouro e prata que tivermos condições de comprar ou empregar, seja para fazer circular as nossas mercadorias, seja para outras finalidades". (Adam Smith -A RIQUEZA DAS NAÇÕES). No texto, os argumentos a favor da liberdade de comércio são, também, de críticas ao: ( ) Laissez-faire. ( ) Socialismo. ( ) Colonialismo. ( ) Corporativismo. ( ) Mercantilismo.

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33. (ENEM-2000) O texto abaixo, de John Locke (1632-1704), revela algumas características de uma determinada corrente de pensamento. “Se o homem no estado de natureza é tão livre, conforme dissemos, se é senhor absoluto da sua própria pessoa e posses, igual ao maior e a ninguém sujeito, por que abrirá ele mão dessa liberdade, por que abandonará o seu império e sujeitar-se-á ao domínio e controle de qualquer outro poder? Ao que é óbvio responder que, embora no estado de natureza tenha tal direito, a utilização do mesmo é muito incerta e está constantemente exposto à invasão de terceiros porque, sendo todos senhores tanto quanto ele, todo homem igual a ele e, na maior parte, pouco observadores da equidade e da justiça, o proveito da propriedade que possui nesse estado é muito inseguro e muito arriscado. Estas circunstâncias obrigam-no a abandonar uma condição que, embora livre, está cheia de temores e perigos constantes; e não é sem razão que procura de boa vontade juntar-se em sociedade com outros que estão já unidos, ou pretendem unir-se, para a mútua conservação da vida, da liberdade e dos bens a que chamo de propriedade.” Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1991)

Do ponto de vista político, podemos considerar o texto como uma tentativa de justificar: ( ) a existência do governo como um poder oriundo da natureza. ( ) a origem do governo como uma propriedade do rei. ( ) o absolutismo monárquico como uma imposição da natureza humana. ( ) a origem do governo como uma proteção à vida, aos bens e aos direitos. ( ) o poder dos governantes, colocando a liberdade individual acima da propriedade. 34. (UFV) O Marquês de Pombal, ministro do rei D. José I (1750-1777), foi o responsável por uma série de reformas na economia, educação e administração do Estado e do império português, inspiradas na filosofia iluminista e na política econômica do mercantilismo, cabendo a ele a expulsão dos padres jesuítas da Companhia de Jesus dos domínios de Portugal.

O Marquês de Pombal foi um dos representantes do chamado: ( ) Despotismo Esclarecido. ( ) Socialismo Utópico. ( ) Socialismo Científico. ( ) Liberalismo. ( ) Parlamentarismo Monárquico. 35. (FATEC) As grandes revoluções burguesas do século XVIII refletem, em parte, algumas ideias dos filósofos iluministas, dentre as quais podemos destacar a que: ( ) apontou a necessidade de limitar a liberdade individual para impedir que o excesso degenerasse em anarquismo. ( ) acentuou que o Estado não possui poder ilimitado, o qual nada mais é do que a somatória do poder dos membros da sociedade. ( ) visou defender a tese de que apenas a federalização política é compatível com a democracia orgânica. ( ) mostrou que, sem centralização e dependência dos poderes ao Executivo, não há paz social. ( ) procurou salientar que a sociedade industrial somente se desenvolverá a partir de minucioso planejamento econômico.

36. (Fuvest) Sobre o chamado despotismo esclarecido é correto afirmar que: ( ) foi um fenômeno comum a todas as monarquias europeias, tendo por característica a utilização dos princípios do Iluminismo. ( ) foram os déspotas esclarecidos os responsáveis pela sustentação e difusão das ideias iluministas elaboradas pelos filósofos da época. ( ) foi uma tentativa bem intencionada, embora fracassada, das monarquias europeias reformarem estruturalmente seus Estados. ( ) foram os burgueses europeus que convenceram os reis a adotarem o programa de modernização proposto pelos filósofos iluministas. ( ) foi uma tentativa, mais ou menos bem sucedida, de algumas monarquias reformarem, sem alterá-las, as estruturas vigentes.

37. (Fuvest) "Um comerciante está acostumado a empregar o seu dinheiro principalmente em projetos lucrativos, ao passo que um simples cavalheiro rural costuma empregar o seu em despesas. Um frequentemente vê seu dinheiro afastar-se e voltar às suas mãos com lucro; o outro, quando se separa do dinheiro, raramente espera vê-lo de novo. Esses hábitos diferentes afetam naturalmente os seus temperamentos e disposições em toda espécie de atividade. O comerciante é, em geral, um empreendedor audacioso; o cavalheiro rural, um tímido em seus empreendimentos...“ (Adam Smith, A RIQUEZA DAS NAÇÕES, Livro III, capítulo 4) Neste pequeno trecho, Adam Smith: ( ) contrapõe lucro a renda, pois geram racionalidades e modos de vida distintos. ( )mostra as vantagens do capitalismo comercial em face da estagnação medieval. ( )defende a lucratividade do comércio contra os baixos rendimentos do campo. ( )critica a preocupação dos comerciantes com seus lucros e dos cavalheiros com a ostentação de riquezas. ( ) expõe as causas da estagnação da agricultura no final do século XVIII.

38. (Mackenzie) Assinale a alternativa em que aparecem as principais ideias de Jean Jacques Rousseau em sua obra O CONTRATO SOCIAL. ( ) Cada homem é inimigo do outro, está em guerra com o próximo e por esta razão cria o Estado para sua própria defesa e proteção. ( ) O Estado é uma realidade em si e é necessário conservá-lo, reforçá-lo e eventualmente reformá-lo, reconhecendo uma única finalidade: sua prosperidade e grandeza. ( ) O governante deve dar um bom exemplo para que os súditos o sigam. Através da educação e de rituais, os homens de capacidade aprenderiam e transmitiriam os valores do passado. ( ) Que as classes dirigentes tremam ante a ideia de uma revolução! Os trabalhadores devem proclamar abertamente que seu objetivo é a derrubada violenta da ordem social tradicional. ( ) A única esperança de garantir os direitos de cada indivíduo é a organização da sociedade civil, cedendo todos os direitos à comunidade, para que seja politicamente justo o que a maioria decidir.

39. (Mackenzie) O Despotismo Esclarecido, regime de governo adotado em alguns países da Europa no século XVIII, caracterizava-se por: ( ) equilibrar o poder da burguesia financeira com a nobreza feudal. ( )impor o poder parlamentar sobre o poder monárquico. ( ) tentar conciliar os princípios do absolutismo com as ideias iluministas. ( ) difundir monarquias constitucionais em todos os reinos europeus, segundo os princípios liberais. ( ) atribuir ao povo a participação no poder político 40. O Iluminismo, movimento intelectual do século XVIII, representou o (a); ( ) afirmação das ideias revolucionárias da burguesia; ( ) renascer do pensamento clássico greco-romano; ( ) revolução ideológica da aristocracia; ( ) expansão do pensamento religioso protestante; ( ) fortalecimento do Estado absolutista.

41. (Mackenzie) Sobre o iluminismo, é correto afirmar que: ( ) defendia a doutrina de que a soberania do Estado absolutista garantiria os direitos individuais e eliminaria os resquícios feudais ainda existentes. ( ) propunha a criação de monopólios estatais e a manutenção da balança de comércio favorável, para assegurar o direito de propriedade. ( ) criticava o mercantilismo, a limitação ao direito à propriedade privada, o absolutismo e a desigualdade de direitos e deveres entre os indivíduos. ( ) acreditava na prática do entesouramento como meio adequado para eliminar as desigualdades sociais e garantir as liberdades individuais. ( ) consistia na defesa da igualdade de direitos e liberdades individuais, proporcionada pela influência da Igreja Católica sobre a sociedade, através da educação.

42. (UFF) O Iluminismo do século XVIII abrigava, dentre seus valores, o racionalismo. Tal perspectiva confrontava-se com as visões religiosas do século anterior. Esse confronto anunciava que o homem das luzes encarava de frente o mundo e tudo nele contido: o Homem e a Natureza. O iluminismo era claro, com relação ao homem: um indivíduo capaz de realizar intervenções e mudanças na natureza para que essa lhe proporcionasse conforto e prazer. Seguindo esse raciocínio, pode-se dizer que, para o Homem das Luzes, a Natureza era: ( ) misteriosa e incalculável, sendo a base da religiosidade do período, o lugar onde os homens reconheciam a presença física de Deus e sua obra de criação; ( ) infinita e inesgotável, constituindo-se um campo privilegiado da ação do homem, dando em troca condição de sobrevivência, principalmente no que se refere ao seu sustento econômico; ( ) apenas reflexo do desenvolvimento da capacidade artística do homem, pois ajudava-o a criar a ideia de um progresso ilimitado relacionado à indústria; ( ) um laboratório para os experimentos humanos, pois era reconhecida pelo homem como a base do progresso e entendimento do mundo; daí a fisiocracia ser a principal representante da industrialização iluminista; ( ) a base do progresso material e técnico, fundamento das fábricas, sem a qual as indústrias não teriam condições de desenvolver a ideia de mercado.

43. (UFV) O século XVIII é conhecido como o "século das luzes". Durante aquele período, as realizações no campo da filosofia, das letras e da ciência alimentavam esperanças de que a razão humana pudesse remodelar as instituições sociais e políticas, eliminando as injustiças e as superstições. Por DESPOTISMO ILUSTRADO entende-se: ( )o novo conjunto de ideias filosóficas, políticas e sociais que emergem durante os séculos XVII e XVIII como crítica ao Estado absoluto. ( )um estilo de governo, em voga entre os "reis filósofos" do século XVIII, que pretendia reformar "pelo alto" as instituições consideradas antiquadas. ( )o mesmo que liberalismo, defendendo a ampliação dos direitos civis e liberdades políticas dos cidadãos. ( )a eliminação, na filosofia e na ciência, de toda explicação ou argumento de fundo religioso, mágico ou metafísico. ( )as formas de governo características de países do Oriente como a Pérsia, a Índia e a China.

44. Os governantes absolutistas de alguns países europeus adotaram certos princípios do iluminismo, promovendo em seus estados uma série de reformas nos campos social e econômico. Esses governantes ficaram conhecidos como: ( ) Iluministas ( ) Senhores Feudais ( ) Déspotas esclarecidos ( ) fisiocratas ( ) conservadores 45. Assinale a alternativa que apresenta um princípio filosófico do Século das Luzes. ( ) Crença na razão como fonte para a crítica social e política. ( ) Defesa do ideal monárquico para a garantia da unidade política. ( ) Ideia do Direito Divino dos Reis para legitimar o Absolutismo. ( ) Ideia de indivisibilidade do Estado em poderes independentes.

46. (UFPA 2011) O texto abaixo recupera uma obra iluminista dirigida por Denis Diderot e Jean Le Rond d’ Alembert em 1772 na França intitulada de Enciclopédia ou Dicionário racional das ciências, das artes e dos ofícios. No texto afirma-se que: “na Enciclopédia não havia área do engenho humano que não tivesse sido coberta. Ali se observava a confiança de que os homens eram, ou poderiam ser em breve, senhores de seu próprio destino, que poderiam moldar o mundo e a sociedade de acordo com as suas conveniências e vantagens. Era o poder da razão. Por isso mesmo a Enciclopédia não foi universalmente aceita. Poderes absolutistas civis e religiosos foram seus combatentes.” (DENT, N. J. H.. Dicionário de Rousseau. Rio de Janeiro: Zahar, 1996, p. 125. Texto adaptado). A Enciclopédia proposta por homens iluministas como Diderot e D’Alembert foi criticada no contexto francês do final do século XVIII, porque nesse momento o absolutismo e razão significavam: ( ) modos de viver compatíveis, nos quais as novas e modernas ideias iluministas eram absorvidas pelo reis absolutistas, que percebiam nelas as vantagens de se moldar o mundo à sua forma e maneira, tal qual Diderot em sua Enciclopédia, o que possibilitou o advento da monarquia constitucional. ( ) formas de governo inconciliáveis, pois o absolutismo era autoritário e ultrapassado. Já os enciclopedistas, como Diderot e D’ Alembert, desejavam a derrubada do Rei pelos revolucionários comunistas, formadores de ideias socialistas vinculadas ao marxismo contemporâneo.

( ) formas incompatíveis de fazer política, pois o povo francês era governado por um velho monarca autoritário que se mantinha no poder devido à ignorância do povo. Já livros como a Enciclopédia seriam a base da nova sociedade revolucionária e anarquista proposta por Diderot. ( ) maneiras de governar muito distintas, pois os enciclopedistas eram homens de letras, que iniciavam carreira política nas fileiras dos liberais exaltados, e o monarca absolutista era do partido conservador francês. ( ) maneiras de fazer política muito diversas. Para os racionalistas, a política absolutista deveria ser reestruturada ou revolucionada, pois os novos saberes deveriam vir das experiências e das novas ciências e não de Deus e seus emissários. 47. (Upe 2010) As ideias liberais refizeram reflexões e anunciaram novas perspectivas sociais. Um dos seus pensadores mais famosos, Locke, defendia o(a) ( ) fim da propriedade privada e da escravidão, com a queda da sociedade colonial e o fim do mercantilismo. ( ) consolidação da monarquia constitucional, destacando a universalidade do conhecimento e as possibilidades de massificação da cultura.

( ) pensamento de Descartes e o fim do idealismo, ressaltando o valor de democracia e da igualdade social na Europa do século XVII. ( ) liberdade natural dos humanos, afirmando a necessidade da propriedade privada e combatendo o absolutismo. ( ) crescimento do capitalismo, sem afetar a força política da nobreza e dos poderes dos monarcas absolutistas da época. 48. A partir do século XVI, a palavra T R A B A L H O perde seu conceito negativo associado à ideia de pobreza e sofrimento, adquirindo uma conotação positiva de dignidade, porque: ( ) o trabalho passa a ser exercido também pelas classes dominantes. ( ) a campanha pela abolição do trabalho escravo na América se intensifica. ( ) os equipamentos das manufaturas exigem trabalhadores qualificados. ( ) o trabalho é fonte de toda a produtividade e riqueza material. ( ) a doutrina calvinista justifica o trabalho como fonte de salvação.

49. As ideias dos diversos filósofos do Iluminismo, que tanta importância exercem nos movimentos sociais dos séculos XVIII e XIX, têm como princípio comum: ( ) a república como único regime político democrático. ( ) a razão como portadora do progresso e da felicidade. ( ) as classes populares como base do poder político. ( ) o calvinismo como justificativa de riqueza material. ( ) a igualdade social como alicerce do exercício da cidadania. 50. O Iluminismo representa a visão de mundo da intelectualidade do século XVIII, NÃO podendo ser apontado como parte do seu ideário: ( ) o combate às injustiças sociais e aos privilégios aristocráticos. ( ) o fortalecimento do Estado e o cerceamento das liberdades. ( ) o anticolonialismo e o repúdio declarado à escravidão. ( ) o triunfo da razão sobre a ignorância e a superstição. ( ) o anticlericalismo e a oposição à intolerância religiosa.

51. Diderot foi uma figura de destaque no movimento iluminista e juntamente com D’Alembert dirigiu a Enciclopédia - grande síntese do debate e das descobertas intelectuais da época. Eles defendiam ideias que assustavam os mais conservadores. Jean-Jacques Rousseau, por exemplo, chegou a afirmar que: ( ) todos deviam ser iguais perante a lei, embora mantivessem sua admiração pela monarquia. ( ) a sociedade corrompia os homens que tinham uma bondade original. ( ) o Estado devia ser controlado por uma elite intelectual, lembrando a República de Platão. ( ) o socialismo traria benefícios para todos. ( ) a sociedade moderna devia se inspirar no modelo grego de cidadania, preservando os direitos da aristocracia.

52. Sobre Adam Smith, assinale a afirmativa INCORRETA: ( ) escreveu a obra "A Riqueza das Nações". ( ) propunha uma sociedade igualitária a partir da análise científica da História. ( ) era contrário ao mercantilismo. ( ) é considerado o pai do liberalismo econômico. ( ) defendia o trabalho como a única fonte geradora de riquezas. 53. "Os filósofos adulam os monarcas e os monarcas adulam os filósofos." Assim se referia o historiador Jean Touchard à forma de Estado europeu que floresceu na segunda metade do século XVIII. Os "reis filósofos", temendo revoluções, introduziram reformas inspiradas nos ideais iluministas. Estas observações se aplicam: ( ) às monarquias constitucionais; ( ) ao despotismo esclarecido; ( ) às monarquias parlamentares; ( ) ao regime social-democrático; ( ) aos principados ítalo-germânicos.

54. (CESGRANRIO) Assinale a alternativa INCORRETA: Ao criticar o mercantilismo, os fisiocratas visavam: ( ) eliminar o mercantilismo do Estado na vida econômica; ( ) abolir os monopólios e privilégios; ( ) permitir a livre circulação monetária; ( ) desenvolver as colônias; ( ) dar ênfase à agricultura como principal setor da atividade econômica. 55. As críticas ao Antigo Regime, efetuadas principalmente pelos filósofos e economistas, deram origem a um importante movimento intelectual conhecido como iluminismo. Esses pensadores: ( )defendiam o intervencionismo estatal na área econômica; ( )rejeitavam as leis naturais por serem irracionais; ( )apoiavam o Estado absoluto e o princípio estamental de organização social; ( )pregavam o respeito às liberdades individuais e a defesa da propriedade; ( )repudiavam a extinção do monopólio metropolitano.

56. Representava o pensamento das camadas populares, ao afirmar que a fonte do poder era o próprio povo. Em seu livro Discurso sobre a origem da desigualdade entre os homens, afirma que "o primeiro que concebeu a ideia de cercar uma parcela de terra e dizer 'isto é meu', e que encontrou gente suficientemente ingênua que lhe desse crédito, esse foi o autêntico fundador da sociedade civil. De quantos delitos, guerras, assassínios, desgraças e horrores teria livrado o gênero humano aquele que, arrancando as estacas e enchendo os sulcos divisórios, gritasse: 'cuidado, não deis crédito a esse trapaceiro, perecereis se esquecerdes que a terra pertence a todos'." A que filósofo iluminista refere-se o texto? ( ) Voltaire ( ) Montesquieu ( ) Rousseau ( ) Denis Diderot ( ) Jean d'Alembert

57.(UERJ) No contexto da expansão capitalista no século XIX, uma das ideias centrais do Iluminismo, de acordo com o texto, está associada diretamente à valorização da: ( ) superioridade técnica ( ) soberania econômica ( ) liberdade política ( ) razão científica

58. (UFRS) No século XVIII, a filosofia das Luzes - o Iluminismo - constituiu um momento decisivo na história das ideias. Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações a seguir, referentes a esse tema. ( ) O movimento das Luzes teve seu maior esplendor na França, que constituía a maior potência da Europa ocidental, seja pelo número de habitantes, seja pelos recursos econômicos. ( ) A despeito da concepção positiva da natureza humana e, portanto, da crença da perfectibilidade do homem, os pensadores iluministas recusaram qualquer engajamento na vida pública, negando a validade das reflexões políticas. ( ) As Luzes encontraram suas raízes no progresso realizado no campo científico, ao longo do século XVII, através das contribuições de Galileu e Pascal, entre outros. ( ) Como princípio-chave, a filosofia iluminista almejava fazer progredir o espírito crítico através de uma reflexão livre: a razão tornou-se o imperativo supremo. ( ) O século das Luzes pôde atingir tamanho desenvolvimento na medida em que contou com a mais ampla liberdade de expressão e de imprensa, à qual o Estado não impunha censuras.

V F

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V

V

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59. (UFV-2005) Observe a figura abaixo: A Leiteira (c.1658-1660), de JOHANNES VEERMER, é uma das obras-primas da pintura holandesa do século XVII, que gradativamente define um estilo próprio, representando com austero realismo cenas familiares, paisagens urbanas, situações da vida cotidiana e retratos de pessoas comuns. A vida urbana e comercial é o cenário dessa nova forma de representação do mundo, que caracteriza a cristalização de uma cultura burguesa. Das características abaixo, assinale aquela que NÃO SE APLICA à cultura burguesa urbana da era moderna. ( ) A estética barroca, caracterizada por uma representação do mundo saturada de excessos e movimento. ( ) A atribuição de valor moral ao trabalho honesto e disciplinado, com raízes na religião reformada. ( ) O profundo desprezo pelas classes populares, consideradas como dissolutas e avessas ao trabalho. ( ) A vida doméstica centrada na definição de uma esfera privada restrita à família nuclear. ( ) A aversão ao complexo jogo de etiqueta e honra da sociedade de corte e dos aristocratas em geral.

X

60. As grandes revoluções burguesas do século XVIII refletem, em parte, algumas ideias dos filósofos iluministas, dentre as quais podemos destacar a que: ( ) apontou a necessidade de limitar a liberdade individual para impedir que o excesso degenerasse em anarquismo. ( ) acentuou que o Estado não possui poder ilimitado, o qual nada mais é do que a somatória do poder dos membros da sociedade. ( ) visou defender a tese de que apenas a federalização política é compatível com a democracia orgânica. ( ) mostrou que, sem centralização e dependência dos poderes ao Executivo, não há paz social. ( ) procurou salientar que a sociedade industrial somente se desenvolverá a partir de minucioso planejamento econômico.

61. Na última parte do século XVIII, as necessidades de coesão e eficiência estatais, bem como o evidente sucesso internacional do poderio capitalista, levaram a maioria dos monarcas a tentar programas de modernização intelectual, administrativa, social e econômica. (Adaptado de: HOBSBAWM, Eric. "A Era das Revoluções". São Paulo: Paz e Terra, 1997. p. 39.) Assinale a alternativa que apresenta corretamente como ficou conhecida a modernização referida pelo autor. ( ) Anarquismo, porque os reis perderam a autoridade nos setores administrativo, social e econômico. ( ) Socialismo utópico, porque os reis desejavam transformações impossíveis de serem realizadas. ( ) Despotismo esclarecido, visto que os monarcas se apropriaram de alguns preceitos iluministas. ( ) Socialismo cristão, pois os monarcas desejavam reformas administrativas e econômicas com base nos preceitos religiosos. ( ) Totalitarismo, uma vez que os reis almejavam o poder absoluto nas instâncias intelectual, administrativa, social e econômica.

62. (UEM) O economista Adam Smith, ao publicar sua obra maior, A Riqueza das Nações (1776), faz a defesa da ordem econômica liberal como forma de promover o desenvolvimento das forças produtivas e a satisfação das necessidades humanas. Com respeito à postura de Adam Smith, assinale o que for correto. ( ) Defendia a manutenção dos monopólios comerciais como meio de promover a riqueza das nações. ( ) Adam Smith foi um importante crítico da sociedade burguesa e impulsionador dos movimentos socialistas. ( ) Segundo Adam Smith, a divisão do trabalho implicava um aumento da produção. Assim, cada operário faria apenas uma operação incorrendo em uma especialização. Isso levaria a um aumento da produção e, consequentemente, ao barateamento dos custos. Logo, os produtos no mercado custariam mais barato e ocorreria um aumento no consumo. ( ) Adam Smith era um crítico dos monopólios comercias e defendia um desenvolvimento nacional baseado no trabalho artesanal. ( ) Considerava que o trabalho era a origem de toda a riqueza, refutando os mercantilistas que afirmavam ser o comércio o grande gerador de riqueza.

63.(FEI-1996) "Descentralização política e administrativa, unidades de produção autônomas e auto-suficientes e mão-de-obra servil", são características: ( ) do regime feudal. ( ) do sistema capitalista. ( ) do socialismo. ( ) do escravismo antigo. 64. (FGV-2003) “O homem nasce livre, e por toda a parte encontra-se a ferros. O que se crê senhor dos demais, não deixa de ser mais escravo do que eles (...) A ordem social é um direito sagrado que serve de base a todos os outros. Tal direito, no entanto, não se origina da natureza: funda-se, portanto, em convenções.” J.J. Rousseau, Do Contrato Social, in Os Pensadores. São Paulo, Abril Cultural, 1978, p. 22. A respeito da citação de Rousseau, é correto afirmar:

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( ) Aproxima-se do pensamento absolutista, que atribuía aos reis o direito divino de manter a ordem social.

( ) Filia-se ao pensamento cristão, por atribuir a todos os homens uma condição de submissão semelhante à escravatura.

( ) Filia-se ao pensamento abolicionista, por denunciar a escravidão praticada na América, ao longo do século XIX.

( ) Aproxima-se do pensamento anarquista, que estabelece que o Estado deve ser abolido e a sociedade, governada por autogestão.

( ) Aproxima-se do pensamento iluminista, ao conceber a ordem social como um direito sagrado que deve garantir a liberdade e a autonomia dos homens.

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