aula ii - síndrome do edifício doente

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SÍNDROME DOS EDIFÍCIOS DOENTES (SED) SÍNDROME DOS EDIFÍCIOS CONTAMINADOS 2009

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Autor: Prof. Dr. Rogério Melloni - IRN/UNIFEIMaterial disponível para o projeto UNIFEI-OCWhttp://unifei-ocw.wikispaces.com/

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Page 1: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

SÍNDROME DOS EDIFÍCIOS DOENTES (SED)

SÍNDROME DOS EDIFÍCIOS CONTAMINADOS

2009

Page 2: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

Recinto fechado = criação da era moderna

Prédios antigos x Prédios modernos

Recirculação de ar (partículas e substâncias químicas)

Efeitos na saúde humana

INTRODUÇÃO

Page 3: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

QUALIDADE DO AR EM AMBIENTE FECHADO

Qualidade do ambiente:

- Conforto térmico: 20-24oC- Umidade relativa: 40-65%- Odor confortável- Níveis aceitáveis de agentes biológicos, físicos e químicos

Risco à saúde dos ocupantes

Ambiente interno (artificial-controlado)

x

Ambiente externo (natural)

Page 4: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

Dificuldades do controle do ar interno (ventilação...)

Estimativa: 70% de vida em casas e escritórios!

Problemas de saúde = edifícios fechados + materiais sintéticos de construção

Fatores que influenciam a qualidade do ar interno:

• Idade, modelo, construção e manutenção• Clima externo• Qualidade do ar externo• Sistema de aquecimento-ventilação-condicionamento• Fontes potenciais de contaminantes• Ocupantes do edifício

Page 5: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

Contaminantes comuns:

• Agentes biológicos: microrganismos, insetos, pólen, esporos

• Produtos de combustão: CO2, CO, NO2, O3, SO2

• Poeira e materiais fibrosos (asbesto e fibras de vidro)• Produtos de materiais de construção (formaldeído,

voláteis)• Agrotóxicos• Fumaças de cigarro, etc.

Homem – exposição direta

Page 6: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

CO2: principal indicador da qualidade do ar interno.

Atividade metabólica (homem ou animal)

+ fontes de combustão

– diluição (ventilação)

Ventilação adequada: baixa [CO2] e de outros contaminantes

Brasil: < 1000 ppm CO2 (indicador da renovação do ar)

Doenças relacionadas a edifícios:

Específicas

Não específicas

Page 7: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

DOENÇAS ESPECÍFICAS (PESSOAIS)

Transmissão de doenças infecciosas: tuberculose, legionelose, etc.

Reações alérgicas a poeiras de espanador, produtos vegetais ou de fungos

(20-42% da população urbana é alérgica!)

Irritação através de substâncias químicas (voláteis)

Envenenamento por CO (recirculação da fumaça de cigarro ou esvaziamento de cinzeiros)

Page 8: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

DOENÇAS NÃO ESPECÍFICAS

Sintomas relacionados ao trabalho:

a) Irritação da peleb) Secura da boca, nariz e gargantac) Dores de cabeçad) Cansaçoe) Respiração ofegantef) Tosseg) Vertigemh) Dificuldade de concentração

Ar frio: paralisação dos pêlos do sistema respiratório.

Sinusite, rinite, otite, amidalite, faringite, bronquite, pneumonia, asma, gripes e resfriados...

Page 9: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

Otite

Sinusite

Amidalite

Rinite

Page 10: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

Fatores associados:

a) Juventudeb) Sexo femininoc) Fumanted) Tipo de trabalho (máquina de xerox)e) Nível de aglomeraçãof) Presença de tapetesg) Tipo-tamanho de ventilação

AULA: DOENÇAS NÃO ESPECÍFICAS (SED)

Page 11: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

PROBLEMAS DE DEFINIÇÃO:

SÍNDROME DOS EDIFÍCIOS DOENTES (SED)X

DOENÇA RELACIONADA A EDIFÍCIOS (DRE)

Edifícios doentes x sadios ? É uma infecção ?Há transmissão para outros edifícios ?

SED: Quadro de sintomas que afetam os ocupantes – os poluentes específicos ou fontes não podem ser identificados

DRE: Doença discreta e identificável - pode ser identificado o poluente específico ou fonte dentro do edifício.

Page 12: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

COMO SABER SE O EDIFÍCIO ESTÁ “DOENTE”:

a) Sintomas enquanto se trabalha ou está no edifíciob) Eliminação dos sintomas ao sair do edifício ou trabalhar

fora por um momentoc) Retorno dos sintomas quando volta ao edifíciod) Presença coletiva dos sintomas

AB

C

A: sem sintomas

B: sintomas moderados

C: severamente afetados

Page 13: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

FATORES NORMALMENTE ASSOCIADOS À CAUSA DA SED:

FATORES DE CONSTRUÇÃOFATORES E POLUENTES DO AMBIENTE

FATORES PESSOAIS

1) FATORES DE CONSTRUÇÃO

• Ventilação mecânica

• Níveis de ventilação de ar fresco

• Umidade relativa

• Prédios comerciais com ar-condicionado (predisposição)

• Conforto ambiental: altas temperaturas

• Ambiente visual: iluminação deficiente

Page 14: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

2) FATORES E POLUENTES ESPECÍFICOS DO AMBIENTE

• Compostos orgânicos voláteis: solventes, formaldeido, etc.

• CO: fumo, fogões, aquecedores e fornos

• Fibras: asbestos, fibras de vidro

• Bioaerossois: bactéria, fungos, vírus, pólen, excrementos

• Poluentes externos: poeiras, fumaças de veículos e indústrias

• Fatores físicos: iluminação, vibração, barulho, T, etc.

Page 15: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

3) FATORES PESSOAIS

• Sexo feminino

• Histórico de alergia

• Tensões relacionadas ao trabalho

• Insatisfação do trabalho

• Psicológico

Page 16: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

VENTILAÇÃO

Tipo e quantidade = maiores problemas

Velocidade do ar (1,5m): 0,025 a 0,25 m s-1

Brasil: renovação do ar: > 27m3 h-1 pessoa-1

RESOLUÇÃO Nº 003, 28/06/1990 (CONAMA)

PORTARIA Nº 3.523, 28/08/1998 (MS)

RESOLUÇÃO No 176, 24/10/2000 (ANVISA)

RESOLUÇÃO No 9, 16/01/2003 (ANVISA)

Literatura:

52% ventilação inadequada ***

Page 17: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

Ar fresco: respiração, diluições do CO2, cigarro, conforto pessoal (temperatura do ar)

Padrão: > 27m3 h-1 pessoa-1 (renovação do ar)

Locais de muito movimento: > 17m3 h-1 pessoa-1

Selamento de edifícios (ventilação mecânica e condicionamento do ar): controle do ambiente, mas não controle pessoal ou local

Recirculação do ar

Suscetibilidade a falhas

Projetos, instalações mal-feitos

Page 18: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

UMIDADE (controle)

- Umidade ALTA: desconforto (alta T) e condensação

- Umidade BAIXA: ressecamento das membranas das mucosas (desconforto respiratório), olhos e nariz

Maioria ideal: UR 40-60% (Brasil: 40-65%)

Umidificadores (spray, atomização): contaminação !

Doença da Segunda-feira – Monday Sickness

Febre dos umidificadores

Equipamentos para controle: evitar gotículas de água

Suprimento de água: limpo e livre de contaminação

Page 19: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

CONFORTO AMBIENTAL

Padrões aceitos internacionalmente (ISO 7730-1984):

a) T de 20-24oC (Brasil: verão 23-26oC, inverno 20-22oC)

b) Variação vertical da T: < 3oC

c) T superfície do piso: 19-26oC (29oC se aquecido)

d) Velocidade média do ar: < 0,15 m s-1 (Brasil < 0,25)

Insatisfação com o ambiente térmico: > em grandes edifícios (sem controle dos ocupantes)

Estufa: SED (insatisfação com o ambiente de trabalho)

Page 20: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

AMBIENTE VISUAL

Iluminação inadequada

Luminosidade opaca ou desuniforme

Brilho desconfortável

Pisca-pisca de luminárias

Janelas com vidros pintados

Esforço visual e dores de cabeça = SED

Instalação de luz temporizada

Redução de luz ultravioleta (filtros)

“CONTROLE”

Page 21: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

CONTAMINANTES

As principais fontes de contaminação são:

1) Ocupantes do prédio: CO2, H2O, microrganismos, fumo

2) Materiais de construção e decoração: desgaste de materiais, poeira* de carpetes (aerodispersoides), pisos, formaldeido (irritante)

3) Máquinas: fotocopiadoras e ozônio

4) Ventilação e ar-condicionado: doenças e infecções (água)

* Brasil: < 80 µg m-3 (grau de pureza do ar e limpeza do ambiente)

Page 22: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

RUÍDOS

Não têm sido considerados como causa principal da SED.

Produtividade e conforto = ambiente acústico

Medidas físicas adequadas e divisórias

(privacidade < 5 pessoas)

Page 23: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

FUNGOS

Reações alérgicas (nariz e garganta): esporos

Mais comumente associadas à SED !

Micotoxinas: em poeiras, normalmente há baixa concentração.

Condições que contribuem para infecção fúngica:

1) Antibióticos2) Sistema imunológico debilitado (AIDS, leucemia,

transplantes)3) Predisposição hereditária a infecções (aspergilose)4) Pele com aberturas, queimaduras ou com traumas5) Tuberculose, hiperglicemia, etc.6) Fumaça de cigarro

Page 24: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

FONTES DE CONTAMINAÇÃO

a) Ar-condicionado próximo a ninhos de pássaros

b) Ar-condicionado com água parada

c) Janelas fechadas todo o tempo

d) Vazamentos e condensação nas paredes

e) Tapetes que acumulam água

f) Telhados planos e azulejos = meios de cultura

Page 25: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

MEDIDAS DE CONTROLE DA UMIDADE

• Evitar condensação de água no teto, paredes e pisos

• Remover tapetes que acumulam água

• Limpar freqüentemente o ar-condicionado (drenagem)

• Consertar vazamentos de tubulações

• Retirar e descartar tetos e tapetes embolorados (com fungos)

• Descontaminar áreas contaminadas (água sanitária 10% e repetir 2 vezes a cada 30 min. Limpar com água não clorada após 2h)

Uma das fontes alergênicas e de toxinas = pode não eliminar a SED !

Page 26: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

BACTÉRIAS

1) Legionelose (Legionella pneumophila): pneumonia, febre, dores de cabeça, tosse, etc. = aerossóis (tubos quentes, refrigeradores)

2) Pseudomonas aerguinosa (ar-condicionado): fadiga, erupção cutânea, otite externa, pneumonia, etc.

3) Endotoxinas bacterianas: tosse, olhos vermelhos, febre e hipertensão.

Page 27: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

PÓLEN E SUBSTÂNCIAS ORGÂNICAS

Pólen = reações alérgicas

Formaldeído: tábuas, tacos

Compostos orgânicos voláteis: associados a tapetes, materiais de construção, mobílias, produtos de limpeza, equipamentos de escritório, fumaças de cigarro.

(irritação e cancerígenos)

Page 28: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

FUNGOS E BACTÉRIAS EM SISTEMAS DE VENTILAÇÃO

Fungos = potencialmente os mais associados à SED.

Absidia, Rhizopus, Mucor, Cryptococcus, Blastomyces, etc.

Aspergillus (Aspergilose)

Histoplasma (Histoplasmose)

Penicillium (Irritação respiratória e alergias)

Alternaria

Cladosporium

Helminthosporium

Micromonospora Hifas nopulmão

Page 29: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

Esporos: 1 a 100 m = disseminação pelo ar

FILTROS

Esporos de Candida Nocardia no cuspo

Muitos, se não a maioria dos casos de baixa qualidade do ar e SED estão associados à ocorrência de fungos em sistemas de ventilação ou em paredes dos edifícios.

Page 30: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

MODOS DE AMOSTRAGEM DO AR INTERNO

1) Após o horário de trabalho (atividade mínima ou ausente)

2) Coleta do ar semi-agressivo (cerca de 20% trabalhando)

3) Coleta do ar agressivo (100% das pessoas trabalhando)

Melhor método ?

Descobrir fontes de contaminação: (3)

Caracterizar a ecologia do fungo: (2) a (3)

Amostrador de Anderson: meios para fungos com rosa bengala (EUA)

Padrões: Lab. Ambiental do US Air Force: < 200 UFC m-3

Amostragem do ar interno e externo!

Page 31: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

BRASIL:

PADRÕES REFERENCIAIS – ASPECTOS MICROBIOLÓGICOS:

1) Valor máximo recomendável: < 750 UFC m-3

2) Relação I/E (interno/externo): < 1,5

3) Inaceitável a presença de fungos patogênicos e toxigênicos

AMOSTRAGENS:

1) Avaliação semestral

2) Amostrador de ar por impactação com acelerador linear

3) Instalação: 1,5 m do chão (interno e externo)

4) Amostragem por 10 min, vazão 25 a 35 L min-1

5) Meios de cultura: vários (ágar Sabouraud Dextrose 4%)

6) Incubação por 7 dias a 25oC

7) 1 amostra externa e 1 amostra interna por andar ou por ar-condicionado

Page 32: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

SED - CUIDANDO DO PACIENTE

a) Evitar locais fechados com aglomeração de pessoas por longo tempo e sobre carpetes;

b) A pessoa pode adquirir sensibilidade – alergias

c) Evitar contato com fontes alergênicas

d) Tratar a alergia quando as crises surgirem

e) Alérgicos e acima de 50 anos: vacinas contra gripe, etc.

f) Tomar banho na temperatura ambiente

g) Fazer exercícios físicos

h) Praticar natação (piscina fria – menos para quem tem sinusite)

Page 33: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

SED - CUIDANDO DO EDIFÍCIO

a) Planejamento eficiente (espaço, organização)

b) Gerenciamento voltado às pessoas (satisfação)

c) Manutenção adequada e limpeza regular (aparelhos, dutos, etc.)

d) Limpeza de carpetes, estofados, cortinas (cuidado com os produtos!) – a vapor

e) Arquivos limpos com aspirador

Page 34: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

REFERÊNCIAS

Carmo, A.T.; Prado, R.T.A. Qualidade do ar interno. São Paulo :

EPUSP, 1999. 35 p. -- (Texto técnico da Escola Politécnica da USP,

Departamento de Engenharia de Construção Civil, TT/PCC/23)

ISSN 1413-0386. http://publicacoes.pcc.usp.br/PDF/ttcap23.pdf

RESOLUÇÃO Nº 003, 28/06/1990 (CONAMA)

PORTARIA Nº 3.523, 28/08/1998 (MS)

RESOLUÇÃO No 176, 24/10/2000 (ANVISA)

RESOLUÇÃO No 9, 16/01/2003 (ANVISA)

McL Niven, A.M. et al. Building sickness syndrome in healthy and unhealthy

buildings: an epidemiological and environmental assessment with

cluster analysis. Occupational & Environmental Medicine, London,

v.57, p.627-634, 2000.

Page 35: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

Building sickness syndrome in healthy and

unhealthy buildings: an epidemiological and

environmental assessment with cluster

analysis

Síndrome dos Edifícios Doentes em prédios saudáveis e não

saudáveis: uma avaliação epidemiológica e ambiental com

análise em grupo

Occupational & Environmental Medicine, London, v.57, p.627-

634, 2000.

R McL Niven, A M Fletcher, C A C Pickering, E B Faragher, W B Booth,

T J Jones, P D R Potter

Page 36: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

A Síndrome dos Edifícios Doentes

(SED) é um conjunto de sintomas não

específicos causados por uma série

de fatores, dentre os quais destacam-

se as variáveis ambientais e os

microrganismos.

Page 37: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

OBJETIVOS

Relacionar os sintomas da SED com

as variáveis ambientais em prédios

com design moderno, eficientes ar

condicionados e com um programa

de manutenção satisfatória.

Page 38: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

METODOLOGIA

Edifícios:

- A, B e C: Design moderno e ar

condicionados eficientes;

- D: Com ventilação natural controlada;

- E: Conhecidamente um prédio doente.

Page 39: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

Edifícios: A B C D E

Idade

(anos)10 4 2 18 20

População 1200 600 250 600 500

% homens 60 50 50 60 40

TABELA 1: Características principais dos 5 edifícios

Page 40: AULA II - Síndrome do Edifício Doente
Page 41: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

METODOLOGIA

População Alvo:

• Critério: pessoas que passavam mais de 80% do

tempo de trabalho nos escritórios e que tinham sido

empregadas há mais de três meses;

• Questionário: sintomas e freqüências.

Coriza, letargia, nariz congestionado,

coceira nos olhos, garganta seca, pele

ressecada e dores de cabeça.

Page 42: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

Edifícios: A B C D E

Média de idade 30,7 30,5 39,1 38,2 37,8

População 233 224 140 258 276

Não avaliados (%) 15 23 3 17 30

Fumantes (%) 19,5 20,7 14,2 26,6 17,3

TABELA 2: Características principais da população alvo (de estudo)

Page 43: AULA II - Síndrome do Edifício Doente
Page 44: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

METODOLOGIA

Questionário

Sintomas

Hot Spots(áreas com muitos sintomas)

Cold Spots(áreas com poucos sintomas)

Variáveis

Ambientais

Page 45: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

METODOLOGIA

Variáveis Ambientais:

- Movimento do ar;

- Conforto térmico;

- Umidade relativa;

- Partículas respiráveis;

- Variáveis sonoras;

- Iluminação;

- Dióxido de Carbono;

- Monóxido de Carbono;

- Íons atmosféricos;

- Formaldeído;

- Carbono Orgânico.

Ao todo foram avaliadas

mais de 118 variáveis

Page 46: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

METODOLOGIAAnálise Estatística:

- Método Multivariável;

- 99,99% de representatividade (p=0,01%);

- Foram realizados mais de 5000 testes de

significância.

Page 47: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

RESULTADOS

• Prédios A e B: Prédios saudáveis e menor prevalência de

sintomas;

• Prédio C: Maior freqüência de sintomas (inesperado);

• Prédio D: Baixa freqüência de sintomas, porém com

desempenho inferior ao do A e B;

•Prédio E: Conhecidamente um prédio doente, apresentou o

pior ambiente;

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0

5

10

15

20

25

30

35

40

Nariz

congestionado

Coriza Coceira nos olhos Garganta

ressecada

Dor de cabeça Letargia Pele ressecada

A B C D E

GRÁFICO 1: Sintomas individuais da população alvo (%)

Edifícios:

Page 50: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

0

5

10

15

20

25

30

35

40

Nariz

congestionado

Coriza Coceira nos

olhos

Garganta

ressecada

Dor de cabeça Letargia Pele ressecada

A CEdifícios:

GRÁFICO 2: Sintomas individuais da população alvo nos prédios A e C

Page 51: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

RESULTADOS

Sintomas Causas Valor de pNariz entupido Ruídos de baixa freqüência <0,001

Garganta ressecada Temperatura <0,01

Letargia Temperatura <0,01

Sintomas Causas Valor de p

Coceira nos olhos Umidade relativa baixa <0,01

Dor de cabeçaParticulados <0,001

Umidade relativa baixa <0,001

Letargia Particulados <0,01

Pele ressecada Particulados <0,001

TABELA 3: Sintomas e variáveis ambientais no prédio A

TABELA 4: Sintomas e variáveis ambientais no prédio B

Prédios A e B:

Page 52: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

RESULTADOS

Prédio C:

•Alto nível de sintomas (inesperado): modificações durante o

experimento e população-alvo menor.

• Maior freqüência de letargia: altas concentrações de CO2

devido a má ventilação.

• Aumentos de temperatura, redução da umidade e índices

térmicos foram prognósticos de sintomas.

Page 53: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

Sintomas Causas Valor de p

Nariz

congestionado

Umidade relativa baixa <0,01

Particulados <0,001

Coceira nos olhosAumento de temperatura <0,01

Ruído de alta freqüência <0,001

Letargia

Gradiente vertical de temperatura <0,001

Temperatura assimétrica horizontal <0,01

Temperatura de bulbo seco <0,001

Aumento da concentração de CO2

<0,001

Particulados <0,01

Pele ressecada

Gradiente vertical de temperatura =0,01

Temperatura global <0,001

Temperatura assimétrica horizontal <0,01

Aumento do ruído de baixa freqüência <0,01

Particulados <0,01

TABELA 5: Sintomas e variáveis ambientais no prédio C

Page 54: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

RESULTADOS

Prédio D:

• Desempenho inferior em relação aos edifícios A e B.

• Aumentos de temperatura, gradientes de temperatura e redução

de conforto térmico foram prognósticos dos sintomas.

• As medidas de conforto térmico e particulados tiveram grande

influência nos sintomas desse edifício.

Ventilação Natural !

Page 55: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

Sintomas Causas Valor de p

Coriza Conforto térmico <0,01

Coceira nos olhosGradiente de temperatura na superfície <0,001

Temperatura média <0,001

Dor de cabeça

Taxa de difusão do ar =0,01

Turbulência do ar <0,001

Temperatura média <0,01

Redução do ruído de alta frequência <0,01

Letargia Particulados =0,01

TABELA 6: Sintomas e variáveis ambientais no prédio D

Page 56: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

RESULTADOSPrédio E:

• Conhecidamente um prédio doente;

• Pior ambiente e maior número de sintomas;

• Possui a maior concentração global de particulados que

influenciou em todos os sintomas, exceto pele seca.

Má ventilação → Grande vilã

Page 57: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

RESULTADOS

Sintomas Causas Valor de pNariz entupido Ruídos de baixa freqüência <0,001

Garganta ressecada Temperatura <0,01

Letargia Temperatura <0,01

Sintomas Causas Valor de p

Garganta ressecada

Gradiente de temperatura vertical <0,01

Temperatura radiante =0,01

Aumento da concentração de CO2

=0,01

Redução de íons negativos <0,01

Particulados <0,01

LetargiaRedução de ruído de alta frequência <0,01

Aumento do ruído de baixa frequência =0,01

Particulados =0,01

TABELA 7: Sintomas e variáveis ambientais no prédio A

TABELA 8: Sintomas e variáveis ambientais no prédio E

Page 58: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

RESULTADOS

Análise Conjunta:

• Na análise conjunta particulados e ruídos estiveram

relacionados a todos os sintomas ;

• Grande número de particulados, especialmente os de grande

diâmetro, estiveram relacionados com coceira nos olhos,

garganta seca, dor de cabeça e letargia.

Page 59: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

Sintomas Causas Valor de p

Nariz entupidoRuídos de baixa freqüência <0,01

Aumento do ruído de baixa freqüência <0,01

Coriza Turbulência do ar <0,01

Coceira nos olhosGradiente de temperatura dos pés a cabeça <0,01

Aumento do ruído de baixa freqüência =0,001

Particulados <0,01

Garganta ressecadaVariação diurna da temperatura <0,001

Particulados <0,001

Dor de cabeçaTemperatura de bulbo seco <0,01

Particulados <0,001

LetargiaDiversas medidas de barulho -------

Particulados <0,001

Garganta ressecada Aumento do ruído de baixa freqüência <0,01

TABELA 9: Sintomas e variáveis ambientais na análise conjunta

Page 60: AULA II - Síndrome do Edifício Doente

CONCLUSÃO

• Edifícios bem planejados, com condicionadores de ar eficientes

e boa manutenção podem gerar ambientes internos melhores que

os naturalmente ventilados.

• Altas concentrações de particulados e ruídos (especialmente os

de baixa freqüência) possuem grande influência nos sintomas da

SED e devem ser melhor estudados em futuras pesquisas.