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Aula Sobre ditadura militar no Brasil (1964-1985) com musicas e redemocratização.

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  • 1. DISCIPLINA Tema conforme PlanejamentoN de Aulas para desenvolver o Tema Data de incio ProfessorHISTRIA DITADURA MILITAR NO BRASIL 02 AULAS2013 ADRIANA GOMES MESSIAS

2. OBJETIVO Trazer ao aluno a discusso sobre o tema Ditadura Militar no Brasil, situando as prticas de tortura e represso e os movimentos de protesto, principalmente os festivais musicais. A discusso de um tema to importante para o entendimento e conhecimento da Histria do Brasil 3. REFERNCIAS PARA APROFUNDAMENTO, ESTUDO E PESQUISA Visite os sites: http://www.cafehistoria.ning.com/ http://www.youtube.com/watch?v=Gc4lIAAPKrE (Dilma na Ditadura) historia_brasil http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/regime_militar/abre.html Assista os filmes: O que isso companheiro? Batismo de Sangue O ano que meus pais saram de frias Zuzu Angel Procure na Barsa: Ditadura Militar 4. O Golpe Em 1964, o comcio organizado por Leonel Brizola e Joo Goulart, na Central do Brasil, no Rio de Janeiro, serviu como estopim para o golpe. Neste comcio eram anunciadas as reformas que mudariam o Brasil, tais como: um plebiscito pela convocao de uma nova constituinte, reforma agrria a nacionalizao de refinarias estrangeiras. 5. Primeiras aes As principais cidades brasileiras foram tomadas por soldados armados, tanques, jipes, etc. Os militares incendiaram a Sede, situada no Rio de Janeiro, da Unio Nacional dos Estudantes (UNE). As associaes que apoiavam Joo Goulart foram tomadas pelos soldados, dentre elas podemos citar: sedes de partidos polticos e sindicatos de diversas categorias. 6. Ao Militar: tanques e soldados 7. Ditadura Militar: 1964-1985 8. Castelo Branco 1964-1967 9. Presidente Castelo Branco considerado um militar moderado proibiu greves e intervenes nos sindicatos trabalhistas. E a Unio Nacional dos Estudantes (UNE). Vrios funcionrios pblicos tambm foram aposentados e a suspenso dos direitos polticos de vrias pessoas. O AI-2 estabeleceu as eleies indiretas para presidente e a extino de todos os partidos polticos. Essa ltima medida trouxe a criao do bipartidarismo com duas agremiaes: ARENA eMDB. O AI-3 que estabelecia as eleies indiretas, que seriam feitas pelos colgios eleitorais, para os cargos de governador e vice do cargo. O AI-4 e estabeleceu que o Congresso aprovasse uma nova Constituio e promulgou uma nova Lei de Segurana Nacional (LSN) que passou a ser usada para controlar e vigiar a sociedade civil. 10. Costa e Silva (1967-1969) 11. Governo Costa e Silva Costa e Silva assumiu a presidncia da Repblica e imediatamente foi intensificando a represso policial-militar contra todos os movimentos, grupos e focos de oposio poltica. As esquerdas armadas constituiram ncleos guerrilheiros urbanos e passaram a atuar por meio de atos terroristas: sequestros, atentados, assaltos a bancos. Os estudantes promoveram inmeros atos e protestos pblicos contra o que chamavam de interferncia dos Estados Unidos no sistema educacional brasileiro. Em 26 de junho, a UNE promove a passeata dos Cem Mil, no Rio de Janeiro, movimento que representou o auge da atuao do movimento estudantil. 12. Passeata dos cem milMILTON NASCIMENTO NA PASSEATA DOS 100 MIL 13. Consequncia da passeata dos cem mil A passeata dos 100 mil, no Rio de Janeiro. A guerra, entre estudantes do Makenzie e da Faculdade de Filosofia da USP, na Rua Maria Augusta, culminou no assassinato do estudante Edson Luis no restaurante Calabouo no Rio de Janeiro. E finalmente, em 18 de dezembro de 1968, a promulgao do Ato Institucional n5, o AI5. 14. Reao de Costa e Silva O presidente Costa e Silva reagiu a todas essas presses oposicionistas fechando o Congresso Nacional e editando o Ato Institucional n 5 (AI-5), que foi o instrumento jurdico que suspendeu todas as liberdades democrticas e direitos constitucionais, permitindo que a polcia efetuasse investigaes, perseguies e prises de cidados sem necessidade de mandato judicial. 15. Costa Silva afastado O mandato de Costa e Silva como presidente da Repblica foi interrompido por uma grave doena: um derrame cerebral. Impossibilitado de governar, os militares decidiram que o vicepresidente, o civil Pedro Aleixo, no deveria assumir a presidncia. O Alto Comando das Foras Armadas organizou uma Junta Militar governativa, formada pelos trs ministros militares (Exrcito, Aeronutica e Marinha) que assumiu provisoriamente o governo. Mas a soluo definitiva para a crise institucional aberta com o afastamento do presidente Costa e Silva foi encontrada com a escolha de um general para um novo mandato governamental. O escolhido foi o general Emlio Garrastazu Mdici. 16. Governo Mdici 1969-1974 "Milagre econmico" e a tortura oficial Durante o seu governo, eram proibidas manifestaes, reivindicaes salariais e qualquer expresso popular contra o governo e a ordem estabelecida na poca. No setor econmico, marcou pelo conhecido Milagre Econmico brasileiro que propiciou um timo crescimento econmico, mas nas questes sociais houve pouqussima distribuio de renda 17. Ernesto G. Mdice Pensamento ufanista de "Brasil potncia", que se evidencia com a conquista da terceira Copa do Mundo de Futebol em 1970 no Mxico, e a criao do mote de significado dbio: "Brasil, ame-o ou deixe-o". 18. Auge das TORTURAS O Pau-de-Arara consistia numa barra de ferro que era atravessada entre os punhos amarrados e a dobra do joelho, sendo o conjunto colocado entre duas mesas, ficando o corpo do torturado pendurado a cerca de 20 ou 30 centmetros do solo. Este mtodo quase nunca era utilizado isoladamente, seus complementos normais eram eletrochoques, a palmatria e o afogamento. 19. PAU DE ARARA 20. TorturasO Choque Eltrico foi um dos mtodos de tortura mais cruis e largamente utilizados durante o regime militar. Geralmente, o choque dado atravs telefone de campanha do exrcito que possua dois fios longos que eram ligados ao cor-po nu, normalmente nas partes sexuais, alm dos ouvidos, dentes, lngua e dedos. O acusado recebia descargas sucessivas, a ponto de cair no cho. 21. TORTURAS Pimentinha era uma mquina que era constituda de uma caixa de madeira que, no seu interior, tinha um m permanente, no campo do qual girava um rotor combinado, de cujos termi-nais uma escova recolhia corrente eltrica que era conduzida atravs de fios. Essa mquina dava choques em torno de 100 volts no acusado. 22. No Afogamento, os torturadores fechavam as narinas do preso e colocavam uma mangueira, toalha molhada ou tubo de borracha dentro da boca do acusado para obrig-lo a engolir gua. Outro mtodo era mergulhar a cabea do torturado num balde, tanque ou tambor cheio de gua (ou at fezes), forando sua nuca para baixo at o limite do afogamento. 23. A Cadeira do Drago era uma espcie de cadeira eltrica, onde os presos sentavam pelados numa cadeira revestida de zinco ligada a terminais eltricos. Quando o aparelho era ligado na eletricidade, o zinco transmitia choques a todo o corpo. Muitas vezes, os torturadores enfiavam na cabea da vtima um balde de metal, onde tambm eram aplicados choques. 24. A Palmatria era como uma raquete de madeira, bem pesada. Geralmente, esta instrumento era utilizado em conjunto com outras formas de tortura, com o objetivo de aumentar o sofrimento do acusado. Com a palmatria, as vtimas eram agredidas em vrias partes do corpo, principalmente em seus rgos genitais. 25. Haviam vrios Produtos Qumicos que eram comprovadamente utilizados como mtodo de tortura. Para fazer o acusado confessar, era aplicado soro de pentatotal, substncia que fazia a pessoa falar, em estado de sonolncia. Em alguns casos, cido era jogado no rosto da vtima, o que podia causar inchao ou mesmo deformao permanente. 26. Governo Geisel(1974-1979) Se em termos de popularidade o regime militar ia de mal a pior, a economia brasileira tambm no era das melhores. Quando Geisel assumiu a presidncia, enfrentou o fim do processo do milagre brasileiro, com a reduo do crescimento e a alta da inflao. Para evitar uma revoluo, a proposta do governo do General Ernesto Geisel, cujo lema era a democracia de forma lenta, gradual e segura e marcou o incio do processo de abertura poltica no Brasil. 27. A morte do jornalista Vladimir Herzog, em 1975, e do sindicalista Manoel Fiel Filho tambm causaram manifestaes polticas contra o governo e trouxeram tona o conflito de interesses dentro do Estado. Para evitar que uma revolta popular, Geisel passou a adotar mais medidas de abertura, o que o distanciou de vrios militares opostos abertura. Entre elas, a mais importante foi a revogao do AI-5 que acabou com grande parte da censura. 28. Fim do Governo Geisel Ele reatou relaes diplomticas com a China, fez com o Brasil fosse o primeiro pas do mundo a reconhecer a independncia de Angola e, buscando novas fontes de energia para o pas, firmou o acordo nuclear com a Alemanha e incentivou a utilizao do lcool como combustvel. 29. Governo Joo Batista Figueiredo 1979-1985 O general Figueiredo assumiu a presidncia da Repblica reafirmando o projeto de abertura poltica iniciado no governo anterior. Em agosto de 1979 foi aprovada a Lei de Anistia que, apesar das restries, beneficiou cidados destitudos de seus empregos, presos polticos, Parlamentares cassados desde 1964, permitindo a volta de exilados ao pas. Foram tambm anistiados os responsveis pelos excessos cometidos em nome do governo e da segurana nacional. 30. Democracia corinthiana 31. Diretas J O movimento pelas Diretas J, em 1984, e a eleio de Tancredo Neves pelo Colgio Eleitoral, em 1985, considerado s marcos do fim da ditadura militar (19641985) e incio da democracia brasileira 32. Msicas contra a Ditadura O bbado e o equilibrista, foi composto por Aldir Blanc e Joo Bosco e gravado por Elis Regina, em 1979. Representava o pedido da populao pela anistia ampla, geral e irrestrita, um movimento consolidado no final da dcada de 70. A letra fala sobre o choro de Marias e Clarisses, em aluso s esposas do operrio Manuel Fiel Filho e do jornalista Vladimir Herzog, assassinados sob tortura pelo exrcito. Trecho: Que sonha com a volta / Do irmo do Henfil / Com tanta gente que partiu / Num rabo de foguete / Chora! A nossa Ptria Me gentil / Choram Marias e Clarisses / No solo do Brasilhttp://www.youtube.com/watch?v=6kVBqefGcf4 33. Msica contra a Ditadura Mosca na sopa uma msica de Raul Seixas, lanada em 1973. Apesar das controvrsias acerca do sentido da msica, a letra faz uma referncia clara ditadura militar. Atravs de uma metfora, o povo a mosca e, a ditadura militar, a sopa. Desta forma, o povo apresentado como aquele que incomoda, que no pode ser eliminado, pois sempre vo existir aqueles que se levantam contra regimes opressores. Trecho: E no adianta / Vir me detetizar / Pois nem o DDT / Pode assim me exterminar / Porque voc mata uma / E vem outra em meu lugar http://www.youtube.com/watch?v=fi2vh_uP3Rk 34. Msica contra a Ditadura Depois de Geraldo Vandr, Chico Buarque se tornou o artista mais odiado pelo governo militar, tendo dezenas de msicas censuradas. Apesar de voc foi lanada em 1970, durante o governo do general Mdici. A letra faz uma clara referncia a este ditador. Para driblar a censura, ele afirmou que a msica contava a histria de uma briga de casal, cuja esposa era muito autoritria. A desculpa funcionou e o disco foi gravado, mas os oficiais do exrcito logo perceberam a real inteno e a cano foi proibida de tocar nas rdios. Trecho: Quando chegar o momento / Esse meu sofrimento / Vou cobrar com juros. Juro! / Todo esse amor reprimido / Esse grito contido / Esse samba no escuro http://www.youtube.com/watch?v=1ZNNUU_AbXs 35. Msica Contra a Ditadura A msica Clice, lanada por Chico Buarque em 1973, faz aluso a orao de Jesus Cristo dirigida a Deus no Jardim do Getsmane: Pai, afasta de mim este clice. Para quem lutava pela democracia, o silncio tambm era uma forma de morte. Para os ditadores, a morte era uma forma de silncio. Da nasceu a ideia de Chico Buarque: explorar a sonoridade e o duplo sentido das palavras clice e cale-se para criticar o regime instaurado. Trecho: De muito gorda a porca j no anda (Clice!) / De muito usada a faca j no corta / Como difcil, Pai, abrir a porta (Clice!) / Essa palavra presa na gargantahttp://www.youtube.com/watch?v=vWxxVt_Tbd8 36. Msica contra a Ditadura Caminhando (Pra no dizer que falei das flores) uma msica de Geraldo Vandr, lanada em 1968. Vandr foi um dos primeiros artistas a ser perseguido e censurado pelo governo militar. A msica foi a sensao do Festival de Msica Brasileira da TV Record, se transformando em um hino para os cidados que lutavam pela abertura poltica. Atravs dela, Vandr chamava o pblico revolta contra o regime ditatorial e ainda fazia fortes provocaes ao exrcito. Trecho: H soldados armados / Amados ou no / Quase todos perdidos / De armas na mo / Nos quartis lhes ensinam / Uma antiga lio: De morrer pela ptria / E viver sem razohttp://www.youtube.com/watch?v=6oGlRrJLiiY