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  • 8/2/2019 Aula Direitos Humanos Seap

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    Prof Ricardo Gonalves

    TTULO IREGRAS DE APLICAO GERAL

    CAPTULO IDOS PRINCPIOS FUNDAMENTAIS

    Art. 1. As normas que se seguem obedecem aosprincpios da Declarao Universal dos Direitos doHomem e daqueles inseridos nos Tratados, Convenese regras internacionais de que o Brasil signatrio

    devendo ser aplicadas sem distino de natureza racial,social, sexual, poltica, idiomtica ou de qualquer outraordem.Art. 2. Impe-se o respeito s crenas religiosas, aoscultos e aos preceitos morais do preso.Art. 3. assegurado ao preso o respeito suaindividualidade, integridade fsica e dignidade pessoal.Art. 4. O preso ter o direito de ser chamado por seunome.

    CAPTULO IIDO REGISTRO

    Art. 5. Ningum poder ser admitido emestabelecimento prisional sem ordem legal de priso.Pargrafo nico. No local onde houver preso dever

    existir registro em que constem os seguintes dados:I identificao;II motivo da priso;III nome da autoridade que a determinou;IV antecedentes penais e penitencirios;V dia e hora do ingresso e da sada.Art. 6. Os dados referidos no artigo anterior deveroser imediatamente comunicados ao programa deInformatizao do Sistema Penitencirio Nacional INFOPEN, assegurando-se ao preso e sua famlia oacesso a essas informaes.

    CAPTULO IIIDA SELEO E SEPARAO DOS PRESOS

    Art. 7. Presos pertencentes a categorias diversas

    devem ser alojados em diferentes estabelecimentosprisionais ou em suas sees, observadascaractersticas pessoais tais como: sexo, idade, situao

    judicial e legal, quantidade de pena a que foicondenado, regime de execuo, natureza da priso e otratamento especfico que lhe corresponda, atendendoao princpio da individualizao da pena. 1. As mulheres cumpriro pena em estabelecimentosprprios. 2. Sero asseguradas condies para que a presapossa permanecer com seus filhos durante o perodo deamamentao dos mesmos.

    CAPTULO IVDOS LOCAIS DESTINADOS AOS PRESOS

    Art. 8. Salvo razes especiais, os presos devero seralojados individualmente. 1. Quando da utilizao de dormitrios coletivos,estes devero ser ocupados por presos cuidadosamenteselecionados e reconhecidos como aptos a seremalojados nessas condies. 2. O preso dispor de cama individual provida deroupas, mantidas e mudadas correta e regularmente, afim de assegurar condies bsicas de limpeza econforto.Art. 9. Os locais destinados aos presos deverosatisfazer as exigncias de higiene, de acordo com oclima, particularmente no que ser refere superfciemnima, volume de ar, calefao e ventilao.Art. 10 O local onde os presos desenvolvam suas

    atividades dever apresentar:I janelas amplas, dispostas de maneira a possibilitarcirculao de ar fresco, haja ou no ventilao artificial,para que o preso possa ler e trabalhar com luz natural;II quando necessrio, luz artificial suficiente, para queo preso possa trabalhar sem prejuzo da sua viso;

    III instalaes sanitrias adequadas, para que o presopossa satisfazer suas necessidades naturais de formahiginica e decente, preservada a sua privacidade.IV instalaes condizentes, para que o preso possatomar banho temperatura adequada ao clima e com afreqncia que exigem os princpios bsicos de higiene.Art. 11. Aos menores de 0 a 6 anos, filhos de preso, sergarantido o atendimento em creches e em pr-escola.

    Art. 12. As roupas fornecidas pelos estabelecimentosprisionais devem ser apropriadas s condiesclimticas. 1. As roupas no devero afetar a dignidade do preso. 2. Todas as roupas devero estar limpas e mantidasem bom estado. 3. Em circunstncias especiais, quando o preso seafastar do estabelecimento para fins autorizados, ser-lh- permitido usar suas prprias roupas.

    CAPTULO VDA ALIMENTAO

    Art. 13. A administrao do estabelecimento fornecergua potvel e alimentao aos presos.Pargrafo nico A alimentao ser preparada de

    acordo com as normas de higiene e de dieta, controladapor nutricionista, devendo apresentar valor nutritivosuficiente para manuteno da sade e do vigor fsicodo preso.

    CAPTULO VIDOS EXERCCIOS FSICOS

    Art. 14. O preso que no se ocupar de tarefa ao ar livredever dispor de, pelo menos, uma hora ao dia pararealizao de exerccios fsicos adequados ao banho desol.

    CAPTULO VIIDOS SERVIOS DE SADE E ASSISTNCIA SANITRIA

    Art. 15. A assistncia sade do preso, de carterpreventivo curativo, compreender atendimento

    mdico, psicolgico, farmacutico e odontolgico.Art. 16. Para assistncia sade do preso, osestabelecimentos prisionais sero dotados de:I enfermaria com cama, material clnico, instrumentaladequado a produtos farmacuticosindispensveis para internao mdica ou odontolgicade urgncia;II dependncia para observao psiquitrica ecuidados toxicmanos;III unidade de isolamento para doenas infecto-contagiosas.Pargrafo nico - Caso o estabelecimento prisional noesteja suficientemente aparelhado para proverassistncia mdica necessria ao doente, poder ele sertransferido para unidade hospitalar apropriada.Art. 17. O estabelecimento prisional destinado amulheres dispor de dependncia dotada de materialobsttrico. Para atender grvida, parturiente e convalescente, sem condies de ser transferidaa unidade hospitalar para tratamento apropriado, emcaso de emergncia.Art 18. O mdico, obrigatoriamente, examinar o preso,quando do seu ingresso no estabelecimento e,posteriormente, se necessrio, para :I determinar a existncia de enfermidade fsica oumental, para isso, as medidas necessrias;II assegurar o isolamento de presos suspeitos desofrerem doena infecto-contagiosa;III determinar a capacidade fsica de cada preso para o

    trabalho;IV assinalar as deficincias fsicas e mentais quepossam constituir um obstculo para sua reinserosocial.

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    Art. 19. Ao mdico cumpre velar pela sade fsica emental do preso, devendo realizar visitas diriasqueles que necessitem.Art. 20. O mdico informar ao diretor doestabelecimento se a sade fsica ou mental do presofoi ou poder vir a ser afetada pelas condies doregime prisional.Pargrafo nico Deve-se garantir a liberdade decontratar mdico de confiana pessoal do preso ou deseus familiares, a fim de orientar e acompanhar seutratamento.

    CAPTULO VIIIDA ORDEM E DA DISCIPLINA

    Art. 21. A ordem e a disciplina devero ser mantidas,sem se impor restries alm das necessrias para asegurana e a boa organizao da vida em comum.Art. 22. Nenhum preso dever desempenhar funo outarefa disciplinar no estabelecimento prisional.Pargrafo nico Este dispositivo no se aplica aossistemas baseados na autodisciplina e nem deve serobstculo para a atribuio de tarefas, atividades ouresponsabilidade de ordem social,educativa ou desportiva.Art. 23 . No haver falta ou sano disciplinar semexpressa e anterior previso legal ou regulamentar.Pargrafo nico As sanes no podero colocar emperigo a integridade fsica e a dignidade pessoal dopreso.Art. 24. So proibidos, como sanes disciplinares, oscastigos corporais, clausura em cela escura, sanescoletivas, bem como toda punio cruel, desumana,degradante e qualquer forma de tortura.Art. 25. No sero utilizados como instrumento depunio: correntes, algemas e camisas-de-fora.Art. 26. A norma regulamentar ditada por autoridadecompetente determinar em cada caso:I a conduta que constitui infrao disciplinar;II o carter e a durao das sanes disciplinares;III - A autoridade que dever aplicar as sanes.Art. 27. Nenhum preso ser punido sem haver sido

    informado da infrao que lhe ser atribuda esem que lhe haja assegurado o direito de defesa.Art. 28. As medidas coercitivas sero aplicadas,exclusivamente, para o restabelecimento danormalidade e cessaro, de imediato, aps atingida asua finalidade.

    CAPTULO IXDOS MEIOS DE COERO

    Art. 29. Os meios de coero, tais como algemas, ecamisas-de-fora, s podero ser utilizados nosseguintes casos:I como medida de precauo contra fuga, durante odeslocamento do preso, devendo ser retirados quandodo comparecimento em audincia perante autoridade

    judiciria ou administrativa;II por motivo de sade,segundo recomendaomdica;III em circunstncias excepcionais, quando forindispensvel utiliza-los Em razo de perigo eminentepara a vida do preso, de servidor, ou de terceiros.Art. 30. proibido o transporte de preso em condiesou situaes que lhe importam sofrimentos fsicos.Pargrafo nico No deslocamento de mulher presa a

    escolta ser integrada, pelo menos, por uma policial ouservidor pblica.

    CAPTULO XDA INFORMAO E DO DIREITO DE QUEIXA DOS PRESOSArt. 31. Quando do ingresso no estabelecimento

    prisional, o preso receber informaes escritas sobrenormas que orientaro seu tratamento, as imposiesde carat disciplinar bem como sobre os seus direitos edeveres.Pargrafo nico Ao preso analfabeto, essasinformaes sero prestadas verbalmente.

    Art. 32. O preso ter sempre a oportunidade deapresentar pedidos ou formular queixas ao diretor doestabelecimento, autoridade judiciria ou outracompetente.

    CAPTULO XIDO CONTATO COM O MUNDO EXTERIOR

    Art. 33. O preso estar autorizado a comunicar-seperiodicamente, sob vigilncia, com sua famlia,parentes, amigos ou instituies idneas, porcorrespondncia ou por meio de visitas. 1. A correspondncia do preso analfabeto pode ser, aseu pedido, lida e escrita por servidor ou algum oporele indicado; 2. O uso dos servios de telecomunicaes poderser autorizado pelo diretor do estabelecimentoprisional.Art. 34. Em caso de perigo para a ordem ou parasegurana do estabelecimento prisional, a autoridadecompetente poder restringir a correspondncia dospresos, respeitados seus direitos.Pargrafo nico A restrio referida no "caput" desteartigo cessar imediatamente, restabelecida anormalidade.Art. 35. O preso ter acesso a informaes peridicasatravs dos meios de comunicao social, autorizadopela administrao do estabelecimento.Art. 36. A visita ao preso do cnjuge, companheiro,famlia, parentes e amigos, dever observar a fixaodos dias e horrios prprios.Pargrafo nico 0- Dever existir instalao destinada aestgio de estudantes universitrios.Art. 37. Deve-se estimular a manuteno e omelhoramento das relaes entre o preso e sua famlia.

    CAPTULO XIIDAS INSTRUES E ASSISTNCIA EDUCACIONAL

    Art. 38. A assistncia educacional compreender ainstruo escolar e a formao profissional do preso.Art. 39. O ensino profissional ser ministrado em nvelde iniciao e de aperfeioamento tcnico.Art. 40. A instruo primria ser obrigatoriamente

    ofertada a todos os presos que no a possuam.Pargrafo nico Cursos de alfabetizao seroobrigatrios para os analfabetos.Art. 41. Os estabelecimentos prisionais contaro combiblioteca organizada com livros de contedoinformativo, educativo e recreativo, adequados formao cultural, profissional e espiritual do preso.Art. 42. Dever ser permitido ao preso participar decurso por correspondncia, rdio ou televiso, semprejuzo da disciplina e da segurana doestabelecimento.

    CAPTULO XIIIDA ASSISTNCIA RELIGIOSA E MORAL

    Art. 43. A Assistncia religiosa, com liberdade de culto,

    ser permitida ao preso bem como a participao nosservios organizado no estabelecimento prisional.Pargrafo nico Dever ser facilitada, nosestabelecimentos prisionais, a presena derepresentante religioso, com autorizao para organizarservios litrgicos e fazer visita pastoral a adeptos desua religio.

    CAPTULO XIVDA ASSISTNCIA JURDICA

    Art. 44. Todo preso tem direito a ser assistido poradvogado. 1. As visitas de advogado sero em local reservadorespeitado o direito sua privacidade; 2. Ao preso pobre o Estado dever proporcionar

    assistncia gratuita e permanente.CAPTULO XVDOS DEPSITOS DE OBJETOS PESSOAIS

    Art. 45. Quando do ingresso do preso noestabelecimento prisional, sero guardados, em lugarescuro, o dinheiro, os objetos de valor, roupas e outras

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    peas de uso que lhe pertenam e que o regulamentono autorize a ter consigo. 1. Todos os objetos sero inventariados e tomadasmedidas necessrias para sua conservao; 2. Tais bens sero devolvidos ao preso no momentode sua transferncia ou liberao.

    CAPTULO XVIDAS NOTIFICAES

    Art. 46. Em casos de falecimento, de doena, acidentegrave ou de transferncia do preso para outroestabelecimento, o diretor informar imediatamente aocnjuge, se for o ocaso, a parente prximo ou a pessoapreviamente designada. 1. O preso ser informado, imediatamente, dofalecimento ou de doena grave de cnjuge,companheiro, ascendente, descendente ou irmo,devendo ser permitida a visita a estes sob custdia. 2 . O preso ter direito de comunicar, imediatamente, sua famlia, sua priso ou sua transferncia para outroestabelecimento.

    CAPTULO XVIIDA PRESERVAO DA VIDA PRIVADA E DA IMAGEM

    Art. 47. O preso no ser constrangido a participar,ativa ou passivamente, de ato de divulgao deinformaes aos meios de comunicao social,especialmente no que tange sua exposiocompulsria fotografia ou filmagem.Pargrafo nico A autoridade responsvel pelacustdia do preso providenciar, tanto quanto consintaa lei, para que informaes sobre a vida privada e aintimidade do preso sejam mantidas em sigilo,especialmente aquelas que no tenham relao comsua priso.Art. 48. Em caso de deslocamento do preso, porqualquer motivo, deve-se evitar sua exposio aopblico, assim como resguard-lo de insultos e dacuriosidade geral.

    CAPTULO XVIIIDO PESSOAL PENITENCIRIO

    Art. 49. A seleo do pessoal administrativo, tcnico, de

    vigilncia e custdia, atender vocao, preparaoprofissional e formao profissional dos candidatosatravs de escolas penitencirias.Art. 50. O servidor penitencirio dever cumprir suasfunes, de maneira que inspire respeito e exerainfluncia benfica ao preso.Art. 51. Recomenda-se que o diretor do estabelecimentoprisional seja devidamente qualificado para a funopelo seu carter, integridade moral, capacidadeadministrativa e formao profissional adequada.Art. 52. No estabelecimento prisional para a mulher, oresponsvel pela vigilncia e custdia ser do sexofeminino.

    TTULO II

    REGRAS APLICVEIS A CATEGORIAS ESPECIAISCAPTULO XIX

    DOS CONDENADOSArt. 53. A classificao tem por finalidade:I separar os presos que, em razo de sua conduta eantecedentes penais e penitencirios, possam exercerinfluncia nociva sobre os demais.II dividir os presos em grupos para orientar suareinsero social;Art. 54. To logo o condenado ingresse noestabelecimento prisional, dever ser realizado examede sua personalidade, estabelecendo-se programa detratamento especfico, com o propsito de promover aindividualizao da pena.

    CAPTULO XXDAS RECOMPENSASArt. 55. Em cada estabelecimento prisional serinstitudo um sistema de recompensas, conforme osdiferentes grupos de presos e os diferentes mtodos detratamento, a fim de motivar a boa conduta,

    desenvolver o sentido de responsabilidade, promover ointeresse e a cooperao dos presos.

    CAPTULO XXIDO TRABALHO

    Art. 56. Quanto ao trabalho:I - o trabalho no dever ter carter aflitivo;II ao condenado ser garantido trabalho remuneradoconforme sua aptido e condio pessoal, respeitada adeterminao mdica;III ser proporcionado ao condenado trabalhoeducativo e produtivo;IV devem ser consideradas as necessidades futuras docondenado, bem como, as oportunidades oferecidaspelo mercado de trabalho;V nos estabelecimentos prisionais devem ser tomadasas mesmas precaues prescritas para proteger asegurana e a sade dois trabalhadores livres;VI sero tomadas medidas para indenizar os presospor acidentes de trabalho e doenas profissionais, emcondies semelhantes s que a lei dispe para ostrabalhadores livres;VII a lei ou regulamento fixar a jornada de trabalhodiria e semanal para os condenados, observada adestinao de tempo para lazer, descanso. Educao eoutras atividades que se exigem como parte dotratamento e com vistas a reinsero social;VIII a remunerao aos condenados dever possibilitara indenizao pelos danos causados pelo crime,aquisio de objetos de uso pessoal, ajuda famlia,constituio de peclio que lhe ser entregue quandocolocado em liberdade.

    CAPTULO XXIIDAS RELAES SOCIAIS E AJUDA PS-PENITENCIRIA

    Art. 57. O futuro do preso, aps o cumprimento da pena,ser sempre levado em conta. Deve-se anima-lo nosentido de manter ou estabelecer relaes com pessoasou rgos externos que possam favorecer os interessesde sua famlia, assim como sua prpria readaptaosocial.Art. 58. Os rgos oficiais, ou no, de apoio ao egresso

    devem:I proporcionar-lhe os documentos necessrios, bemcomo, alimentao, vesturio e alojamento no perodoimediato sua liberao, fornecendo-lhe, inclusive,ajuda de custo para transporte local;II ajuda-lo a reintegrar-se vida em liberdade, emespecial, contribuindo para sua colocao no mercadode trabalho.

    CAPTULO XXIIIDO DOENTE MENTAL

    Art. 59. O doente mental dever ser custodiado emestabelecimento apropriado, no devendo permanecerem estabelecimento prisional alm do tempo necessriopara sua transferncia.

    Art. 60. Sero tomadas providncias, para que o egressocontinue tratamento psiquitrico, quando necessrio.

    CAPTULO XXIVDO PRESO PROVISRIO

    Art. 61. Ao preso provisrio ser assegurado regimeespecial em que se observar:I separao dos presos condenados;II cela individual, preferencialmente;III opo por alimentar-se s suas expensas;IV utilizao de pertences pessoais;V uso da prpria roupa ou, quando for o caso, deuniforme diferenciado daquele utilizado por presocondenado;VI oferecimento de oportunidade de trabalho;

    VII visita e atendimento do seu mdico ou dentista.CAPTULO XXVDO PRESO POR PRISO CIVIL

    Art. 62. Nos casos de priso de natureza civil, o presodever permanecer em recinto separado dos demais,

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    aplicando-se, no que couber,. As normas destinadas aospresos provisrios.

    CAPTULO XXVIDOS DIREITOS POLTICOS

    Art. 63. So assegurados os direitos polticos ao presoque no est sujeito aos efeitos da condenao criminaltransitada em julgado.

    CAPTULO XXVIIDAS DISPOSIES FINAIS

    Art. 64. O Conselho Nacional de Poltica Criminal ePenitenciria adotar as providncias essenciais oucomplementares para cumprimento das regras Mnimasestabelecidas nesta resoluo, em todas as UnidadesFederativas.Art. 65. Esta resoluo entra em vigor na data de suapublicao.

    DECRETO N 678, DE 6 DE NOVEMBRO DE 1992

    Promulga a Conveno Americanasobre Direitos Humanos (Pacto deSo Jos da Costa Rica), de 22 denovembro de 1969.

    O VICE-PRESIDENTE DA REPBLICA, noexerccio do cargo de PRESIDENTE DA REPBLICA, nouso da atribuio que lhe confere o art. 84, inciso VIII,da Constituio, e Considerando que a ConvenoAmericana sobre Direitos Humanos (Pacto de So Josda Costa Rica), adotada no mbito da Organizao dosEstados Americanos, em So Jos da Costa Rica, em 22de novembro de 1969, entrou em vigor internacional em18 de julho de 1978, na forma do segundo pargrafo deseu art. 74; Considerando que o Governo brasileirodepositou a carta de adeso a essa conveno em 25de setembro de 1992; Considerando que a ConvenoAmericana sobre Direitos Humanos (Pacto de So Josda Costa Rica) entrou em vigor, para o Brasil, em 25 desetembro de 1992 , de conformidade com o disposto no

    segundo pargrafo de seu art. 74;DECRETA:Art. 1 A Conveno Americana sobre Direitos

    Humanos (Pacto de So Jos da Costa Rica), celebradaem So Jos da Costa Rica, em 22 de novembro de1969, apensa por cpia ao presente decreto, dever sercumprida to inteiramente como nela se contm.

    Art. 2 Ao depositar a carta de adeso a esseato internacional, em 25 de setembro de 1992, oGoverno brasileiro fez a seguinte declaraointerpretativa: "O Governo do Brasil entende que osarts. 43 e 48, alnea d, no incluem o direitoautomtico de visitas e inspees in loco da ComissoInteramericana de Direitos Humanos, as quais

    dependero da anuncia expressa do Estado".Art. 3 O presente Decreto entra em vigor na data desua publicao.Braslia, 6 de novembro de 1992; 171 daIndependncia e 104 da Repblica

    Declarao Universal dos Direitos Humanos*traduo oficial, UNITED NATIONS HIGHCOMMISSIONER FOR HUMAN RIGHTS

    PrembuloConsiderando que o reconhecimento da dignidadeinerente a todos os membros da famlia humana e dosseus direitos iguais e inalienveis constitui ofundamento da liberdade, da justia e da paz no mundo;

    Considerando que o desconhecimento e o desprezo dosdireitos do Homem conduziram a atos de barbrie querevoltam a conscincia da Humanidade e que o adventode um mundo em que os seres humanos sejam livres defalar e de crer, libertos do terror e da misria, foiproclamado como a mais alta inspirao do Homem;

    Considerando que essencial a proteo dos direitos doHomem atravs de um regime de direito, para que oHomem no seja compelido, em supremo recurso, revolta contra a tirania e a opresso;Considerando que essencial encorajar odesenvolvimento de relaes amistosas entre asnaes;Considerando que, na Carta, os povos das NaesUnidas proclamam, de novo, a sua f nos direitosfundamentais do Homem, na dignidade e no valor dapessoa humana, na igualdade de direitos dos homens edas mulheres e se declaram resolvidos a favorecer oprogresso social e a instaurar melhores condies devida dentro de uma liberdade mais ampla;Considerando que os Estados membros secomprometeram a promover, em cooperao com aOrganizao das Naes Unidas, o respeito universal eefetivo dos direitos do Homem e das liberdadesfundamentais;Considerando que uma concepo comum destesdireitos e liberdades da mais alta importncia para darplena satisfao a tal compromisso:A Assemblia Geral proclama a presente DeclaraoUniversal dos Direitos Humanos como ideal comum aatingir por todos os povos e todas as naes, a fim deque todos os indivduos e todos os rgos da sociedade,tendo-a constantemente no esprito, se esforcem, peloensino e pela educao, por desenvolver o respeitodesses direitos e liberdades e por promover, pormedidas progressivas de ordem nacional einternacional, o seu reconhecimento e a suaaplicaouniversais e efetivos tanto entre as populaes dosprprios Estados membros como entre as dos territrioscolocados sob a sua jurisdio.Artigo 1

    Todos os seres humanos nascem livres e iguais emdignidade e em direitos. Dotados de razo e deconscincia, devem agir uns para com os outros emesprito de fraternidade.Artigo 2

    Todos os seres humanos podem invocar os direitos e asliberdades proclamados na presente Declarao, semdistino alguma, nomeadamente de raa, de cor, desexo, de lngua, de religio, de opinio poltica ou outra,de origem nacional ou social, de fortuna, de nascimentoou de qualquer outra situao. Alm disso, no serfeita nenhuma distino fundada no estatuto poltico,

    jurdico ou internacional do pas ou do territrio danaturalidade da pessoa, seja esse pas ou territrioindependente, sob tutela, autnomo ou sujeito a algumalimitao de soberania.Artigo 3

    Todo indivduo tem direito vida, liberdade e segurana pessoal.

    Artigo 4Ningum ser mantido em escravatura ou em servido;a escravatura e o trato dos escravos, sob todas asformas, so proibidos.Artigo 5Ningum ser submetido a tortura nem a penas outratamentos cruis, desumanos ou degradantes.Artigo 6

    Todos os indivduos tm direito ao reconhecimento, emtodos os lugares, da sua personalidade jurdica.Artigo 7

    Todos so iguais perante a lei e, sem distino, tmdireito a igual proteo da lei.

    Todos tm direito a proteo igual contra qualquer

    discriminao que viole a presente Declarao e contraqualquer incitamento a tal discriminao.Artigo 8

    Toda a pessoa direito a recurso efetivo para as jurisdies nacionais competentes contra os atos que

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    violem os direitos fundamentais reconhecidos pelaConstituio ou pela lei.Artigo 9Ningum pode ser arbitrariamente preso, detido ouexilado.Artigo 10

    Toda a pessoa tem direito, em plena igualdade, a que asua causa seja eqitativa e publicamente julgada porum tribunal independente e imparcial que decida dosseus direitos e obrigaes ou das razes de qualqueracusao em matria penal que contra ela sejadeduzida.Artigo 111. Toda a pessoa acusada de um ato delituoso presume-se inocente at que a sua culpabilidade fiquelegalmente provada no decurso de um processo pblicoem que todas as garantias necessrias de defesa lhesejam asseguradas.2. Ningum ser condenado por aes ou omisses que,no momento da sua prtica, no constituam atodelituoso face do direito interno ou internacional. Domesmo modo, no ser infligida pena mais grave doque a que era aplicvel no momento em que o actodelituoso foi cometido.Artigo 12Ningum sofrer intromisses arbitrrias na sua vidaprivada, na sua famlia, no seu domiclio ou na suacorrespondncia, nem ataques sua honra e reputao.Contra tais intromisses ou ataques toda a pessoa temdireito a proteo da lei.Artigo 131. Toda a pessoa tem o direito de livremente circular eescolher a sua residncia no interior de um Estado.2. Toda a pessoa tem o direito de abandonar o pas emque se encontra, incluindo o seu, e o direito deregressar ao seu pas.Artigo 141. Toda a pessoa sujeita a perseguio tem o direito deprocurar e de beneficiar de asilo em outros pases.2. Este direito no pode, porm, ser invocado no caso

    de processo realmente existente por crime de direitocomum ou por atividades contrrias aos fins e aosprincpios das Naes Unidas.Artigo 151. Todo o indivduo tem direito a ter uma nacionalidade.2. Ningum pode ser arbitrariamente privado da suanacionalidade nem do direito de mudar denacionalidade.Artigo 161. A partir da idade nbil, o homem e a mulher tm odireito de casar e de constituir famlia, sem restrioalguma de raa, nacionalidade ou religio. Durante ocasamento e na altura da sua dissoluo, ambos tmdireitos iguais.

    2. O casamento no pode ser celebrado sem o livre epleno consentimento dos futuros esposos.3. A famlia o elemento natural e fundamental dasociedade e tem direito proteo desta e do Estado.Artigo 171. Toda a pessoa, individual ou coletiva, tem direito propriedade.2. Ningum pode ser arbitrariamente privado da suapropriedade.Artigo 18

    Toda a pessoa tem direito liberdade de pensamento,de conscincia e de religio; este direito implica aliberdade de mudar de religio ou de convico, assimcomo a liberdade demanifestar a religio ou convico,

    sozinho ou em comum, tanto em pblico como emprivado, pelo ensino, pela prtica, pelo culto e pelosritos.Artigo 19

    Todo o indivduo tem direito liberdade de opinio e deexpresso, o que implica o direito de no ser inquietado

    pelas suas opinies e o de procurar, receber e difundir,sem considerao de fronteiras, informaes e idiaspor qualquer meio de expresso.Artigo 201. Toda a pessoa tem direito liberdade de reunio e deassociao pacficas.2. Ningum pode ser obrigado a fazer parte de umaassociao.Artigo 211. Toda a pessoa tem o direito de tomar parte na direodos negcios, pblicos do seu pas, quer diretamente,quer por intermdio de representantes livrementeescolhidos.2. Toda a pessoa tem direito de acesso, em condiesde igualdade, s funes pblicas do seu pas.3. A vontade do povo o fundamento da autoridade dospoderes pblicos: e deve exprimir-se atravs de eleieshonestas a realizar periodicamente por sufrgiouniversal e igual, com voto secreto ou segundo processoequivalente que salvaguarde a liberdade de voto.Artigo 22

    Toda a pessoa, como membro da sociedade, tem direito segurana social; e pode legitimamente exigir asatisfao dos direitos econmicos, sociais e culturaisindispensveis,graas ao esforo nacional e cooperao internacional,de harmonia com a organizao e os recursos de cadapas.Artigo 231. Toda a pessoa tem direito ao trabalho, livre escolhado trabalho, a condies equitativas e satisfatrias detrabalho e proteo contra o desemprego.2. Todos tm direito, sem discriminao alguma, asalrio igual por trabalho igual.3. Quem trabalha tem direito a uma remuneraoeqitativa e satisfatria, que lhe permita e sua famliauma existncia conforme com a dignidade humana, ecompletada, se possvel, por todos os outros meios deproteo social.4. Toda a pessoa tem o direito de fundar com outras

    pessoas sindicatos e de se filiar em sindicatos paradefesa dos seus interesses.Artigo 24

    Toda a pessoa tem direito ao repouso e aos lazeres,especialmente, a uma limitao razovel da durao dotrabalho e as frias peridicas pagas.Artigo 251. Toda a pessoa tem direito a um nvel de vidasuficiente para lhe assegurar e sua famlia a sade e obem-estar, principalmente quanto alimentao, aovesturio, ao alojamento, assistncia mdica e aindaquanto aos servios sociais necessrios, e tem direito segurana no desemprego, na doena, na invalidez, naviuvez, na velhice ou noutros casos de perda de meios

    de subsistncia por circunstncias independentes dasua vontade.2. A maternidade e a infncia tm direito a ajuda e aassistncia especiais. Todas as crianas, nascidas dentroou fora do matrimnio, gozam da mesma proteosocial.Artigo 261. Toda a pessoa tem direito educao. A educaodeve ser gratuita, pelo menos a correspondente aoensino elementar fundamental. O ensino elementar obrigatrio. O ensino tcnico e profissional dever sergeneralizado; o acesso aos estudos superiores deveestar aberto a todos em plena igualdade, em funo doseu mrito.

    2. A educao deve visar plena expanso dapersonalidade humana e ao reforo dos direitos doHomem e das liberdades fundamentais e deve favorecera compreenso, a tolerncia e a amizade entre todas asnaes e todos os grupos raciais ou religiosos, bem

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    como o desenvolvimento das atividades das NaesUnidas para a manuteno da paz.3. Aos pais pertence a prioridade do direito de escolhero gnero de educao a dar aos filhos.Artigo 271. Toda a pessoa tem o direito de tomar partelivremente na vida cultural da comunidade, de fruir asartes e de participar no progresso cientfico e nosbenefcios que deste resultam.2. Todos tm direito proteo dos interesses morais emateriais ligados a qualquer produo cientfica,literria ou artstica da sua autoria.Artigo 28

    Toda a pessoa tem direito a que reine, no plano social eno plano internacional, uma ordem capaz de tornarplenamente efetivos os direitos e as liberdadesenunciadas na presente Declarao.Artigo 291. O indivduo tem deveres para com a comunidade,fora da qual no possvel o livre e plenodesenvolvimento da sua personalidade.No exerccio deste direito e no gozo destas liberdadesningum est sujeito seno s limitaes estabelecidaspela lei com vista exclusivamente a promover oreconhecimento e o respeito dos direitos e2. liberdades dos outros e a fim de satisfazer as justasexigncias da moral, da ordem pblica e do bem-estarnuma sociedade democrtica.3. Em caso algum estes direitos e liberdades poderoser exercidos contrariamente e aos fins e aos princpiosdas Naes Unidas.Artigo 30Nenhuma disposio da presente Declarao pode serinterpretada de maneira a envolver para qualquerEstado, agrupamento ou indivduo o direito de seentregar a alguma atividade ou de praticar algum atodestinado a destruir os direitos e liberdades aquienunciados.

    EXERCCIOS

    01. Tecnicamente a Declarao Universaldos Direitos do Homem (1948) constituiA) Um acordo internacional.B) Uma recomendao.C) Um tratado internacional.D) Um pacto.E) Um decreto

    02. A Declarao Universal dos DireitosHumanos um dos documentos bsicos dasNaes Unidas e foi assinada em 1948. Nela, soenumerados os direitos que todos os sereshumanos possuem. Assim, correto afirmar que,em seu prembulo, a Declarao Universal dos

    Direitos Humanos prev:A) que o reconhecimento da dignidade inerente a todosos membros da famlia humana e de seus direitos iguaise inalienveis no o fundamento da liberdade, da

    justia e da paz no mundo.B) que o desprezo e o desrespeito pelos direitoshumanos resultaram em atos brbaros que ultrajaram aconscincia da Humanidade e que o advento de ummundo em que todos gozem de liberdade de palavra, decrena e da liberdade de viverem a salvo do temor e danecessidade no pde ser proclamado como a mais altaaspirao do ser humano comum.C) que essencial que os direitos humanos sejamprotegidos pelo imprio da lei, para que o ser humano

    seja compelido, como ltimo recurso, rebelio contra atirania e a opresso.D) que no se prev ser essencial promover odesenvolvimento de relaes amistosas entre asnaes.

    E) que os povos das Naes Unidas reafirmaram, naCarta da ONU, sua f nos direitos humanosfundamentais, na dignidade e no valor do ser humano ena igualdade de direitos entre homens e mulheres, eque decidiram promover o progresso social e melhorescondies de vida em uma liberdade mais ampla.

    03. A Constituio Federal, em seu ttulo II,captulo I, prev os Direitos e GarantiasFundamentais e os direitos e deveres individuaise coletivos e, assim como a Declarao Universaldos Direitos Humanos, so enumerados osdireitos que todos os seres humanos possuem,EXCETO:A) Ningum ser submetido tortura nem a tratamentoou castigo cruel, desumano ou degradante.B) Todos so iguais perante a lei e tm direito, semqualquer distino, a igual proteo da lei. Todos tmdireito a igual proteo contra qualquer discriminaoque viole a presente Declarao e contra qualquerincitamento a tal discriminao.C) Ningum ser privado da liberdade ou de seus benssem o devido processo legal.D) Todo ser humano tem direito liberdade delocomoo e residncia dentro das fronteiras de cadaEstado, mas no tem o direito de deixar qualquer pas,inclusive o prprio, e a este regressar.E) Conceder-se- "habeas-corpus" sempre que algumsofrer ou se achar ameaado de sofrer violncia oucoao em sua liberdade de locomoo, por ilegalidadeou abuso de poder.

    04. Considerando que os Estados-Membrosse comprometeram a promover, em cooperaocom as Naes Unidas, o respeito universal aosdireitos e liberdades humanas fundamentais e aobservncia desses direitos e liberdades, e queuma compreenso comum desses direitos eliberdades da mais alta importncia para opleno cumprimento desse compromisso, pode-seafirmar que:A) A Declarao Universal dos Direitos Humanos um

    dos documentos bsicos das Naes Unidas e foiassinada em 1948. Nela, so enumerados os direitosque todos os seres humanos possuem.B) A Declarao Universal dos Direitos Humanos considerada um acordo, pois este termo usado,geralmente, para caracterizar negociaes bilaterais denatureza poltica, econmica, comercial, cultural,cientfica e tcnica. Acordos podem ser firmados entrepases ou entre um pas e uma organizaointernacional.C) A Declarao Universal dos Direitos Humanos considerada um tratado j que tratados so atosbilaterais ou multilaterais aos quais se deseja atribuirespecial relevncia poltica.

    D) A Declarao Universal dos Direitos Humanos umaconveno, pois essa palavra costuma ser empregadapara designar atos multilaterais, oriundos deconferncias internacionais e que abordem assunto deinteresse geral.E) Declarao Universal dos Direitos Humanos umprotocolo e se designa a acordos menos formais que ostratados. O termo utilizado, ainda, para designar a atafinal de uma conferncia internacional.

    05. A Assemblia Geral proclamou aDeclarao Universal dos Direitos Humanos comoo ideal comum a ser atingido por todos os povos etodas as naes, com o objetivo de que cadaindivduo e cada rgo da sociedade, tendo

    sempre em mente esta Declarao, se esforcem,atravs do ensino e da educao, por promover orespeito a esses direitos e liberdades, e, pelaadoo de medidas progressivas de carternacional e internacional, por assegurar o seureconhecimento e a sua observncia universal e

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    efetiva, tanto entre os povos dos prpriosEstados-Membros, quanto entre os povos dosterritrios sob sua jurisdio. Assim, conformeproclamou a Declarao Universal dos DireitosHumanos, todo ser humano:A) Tem capacidade para gozar os direitos e asliberdades estabelecidos nesta Declarao, semdistino de qualquer espcie, seja de raa, cor, sexo,idioma, religio, opinio poltica ou de outra natureza,origem nacional ou social, riqueza, nascimento, comalgumas restries.B) Poder fazer distino fundada na condio poltica,

    jurdica ou internacional do pas ou territrio a quepertena uma pessoa, quer se trate de um territrioindependente, sob tutela, sem governo prprio, quersujeito a qualquer outra limitao de soberania.C) Tem direito vida, liberdade, podendo esta serrestringida, e segurana pessoal a critrio daadministrao pblica atravs da polcia militar, civil efederal.D) Tem o direito de ser, em todos os lugares,reconhecido como pessoa perante a lei, salvo nos casosprevistos em lei especfica.E) Tem direito a receber dos tribunais nacionaiscompetentes remdio efetivo para os atos que violemos direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidospela constituio ou pela lei.

    06. A Declarao Universal dos DireitosHumanos preconiza em seu art. XIII que todo serhumano tem direito liberdade de locomoo eresidncia dentro das fronteiras de cada Estado eque todo ser humano tem o direito de deixarqualquer pas, inclusive o prprio, e a esteregressar. Quanto ao asilo poltico previsto nestadeclarao correto afirmar que:A) Dever promover o bem de todos, sem preconceitosde origem, raa, sexo, cor, idade e quaisquer outrasformas de discriminao.B) Todo ser humano, vtima de perseguio, tem odireito de procurar e de gozar asilo em outros pases.

    C) Este direito poder ser invocado mesmo em caso deperseguio legitimamente motivada por crimes dedireito comum ou por atos contrrios aos objetivos eprincpios das Naes Unidas.D) Rege-se pelo princpio da autodeterminao dospovos.E) Ningum ser obrigado a fazer ou deixar de fazeralguma coisa seno em virtude de lei.

    07. O artigo 5 da Constituio daRepblica Federativa do Brasil de 1988 preceituaque todos so iguais perante a lei, sem distinode qualquer natureza, garantindo-se aosbrasileiros e aos estrangeiros residentes no Pas ainviolabilidade do direito vida, liberdade,

    igualdade, segurana e propriedade, nostermos seguintes. Neste sentido correto afirmarque:A) Homens e mulheres so iguais somente em direitos,nos termos desta Constituio.B) Ningum ser obrigado a fazer ou deixar de fazeralguma coisa seno em virtude de lei.C) Ningum ser submetido tortura nem a tratamentodesumano ou degradante, salvo nos casos em que a leipermitir.D) livre a manifestao do pensamento, podendoocorrer o anonimato.E) assegurado o direito de resposta, no necessitandoser proporcional ao agravo, alm da indenizao por

    dano material, moral ou imagem.08. Em relao ao direito de associao aConstituio da Repblica Federativa do Brasil de1988 prev que todos podem reunir-sepacificamente, sem armas, em locais abertos aopblico, independentemente de autorizao,

    desde que no frustrem outra reunioanteriormente convocada para o mesmo local,sendo apenas exigido prvio aviso autoridadecompetente. Sobre o direito de associao correto afirmar que:A) plena a liberdade de associao para fins lcitos,inclusive a de carter paramilitar.B) As entidades associativas, sempre tm legitimidadepara representar seus filiados judicial ouextrajudicialmente.C) Ningum poder ser compelido a associar-se ou apermanecer associado.D) As associaes s podero ser compulsoriamentedissolvidas ou ter suas atividades suspensas por deciso

    judicial, no se exigindo em nenhum caso, o trnsito emjulgado;E) A criao de associaes e, na forma da lei, a decooperativas dependem de autorizao, sendo vedada ainterferncia estatal em seu funcionamento.

    09. reconhecida a instituio do jri pelaConstituio da Repblica Federativa do Brasil de1988, com a organizao que lhe der a lei, e soassegurados:A) A plenitude de defesa; a soberania dos veredictos;defesa da paz;B) O sigilo das votaes; a dignidade da pessoahumana; autodeterminao dos povos;C) A soberania dos veredictos; defesa da paz; o sigilodas votaes;D) A competncia para o julgamento dos crimes dolososcontra a vida; a plenitude de defesa; o sigilo dasvotaes.E) Defesa da paz; a dignidade da pessoa humana; asoberania dos veredictos;

    10. Nenhuma pena passar da pessoa docondenado, podendo a obrigao de reparar odano e a decretao do perdimento de bens ser,nos termos da lei, estendidas aos sucessores econtra eles executadas, at o limite do valor dopatrimnio transferido, deste modo, a lei regular

    a individualizao da pena e adotar, entreoutras, as seguintes penas:A) De carter perptuo.B) De banimento.C) De trabalhos forados.D) Cruis.E) Privao ou restrio da liberdade.

    11. (CESPE - 2009 - SEJUS-ES - AgentePenitencirio) Segundo a Declarao Universaldos Direitos Humanos, proclamada pelaAssembleia Geral das Naes Unidas, julgue ositens que se seguem.

    Ningum pode ser arbitrariamente detido, presoou exilado.

    ( ) Certo ( ) Errado12. (FMZ - AP - 2010 - SEAD-AP - Agente

    Penitencirio) A Declarao Americana dosDireitos e Deveres do Homem, tambm conhecidocomo Pacto de San Jose da Costa Rica, estabelecequea) os direitos essenciais do homem derivam do fato deele ser nacional de um determinado Estado e, por isso,merecem proteo no mbito interno de cada pasrespectivamente.b) os Estados-Partes, signatrios da Conveno,obrigam-se a respeitar os direitos e liberdades nelareconhecidos e a garantir seu livre e pleno exerccio,sem discriminao alguma, aos seus cidados

    nacionais.c) os pases que ainda no aboliram a pena de mortesomente podero imp-la aos delitos mais graves, taiscomo os crimes polticos, em cumprimento de sentenafinal de tribunal competente.

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    http://www.questoesdeconcursos.com.br/provas/cespe-2009-sejus-es-agente-penitenciariohttp://www.questoesdeconcursos.com.br/provas/cespe-2009-sejus-es-agente-penitenciariohttp://www.questoesdeconcursos.com.br/provas/cespe-2009-sejus-es-agente-penitenciariohttp://www.questoesdeconcursos.com.br/provas/cespe-2009-sejus-es-agente-penitenciario
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    d) toda pessoa tem direito a ser indenizada por erro judicirio, no caso de haver sido condenada emsentena passada em julgado, conforme a leiestabelecer.e) toda pessoa que for acusada de um delito tem direitoa que se presuma sua inocncia enquanto no secomprove legalmente sua culpa, mas, quando o delitoem questo disser respeito segurana nacional, aacusao formulada permanecer sob sigilo, tendoacesso a ela apenas o Ministrio Pblico.

    13. (FMZ - AP - 2010 - SEAD-AP - AgentePenitencirio) Com base na Declarao Universaldos Direitos Humanos CORRETO afirmar quea) tal Declarao constitui um ideal comum a seratingido por todos os povos e naes ocidentais.b) muito embora todas as pessoas nasam livres eiguais em dignidade e direitos, nem todas so dotadasde razo e conscincia.c) toda pessoa tem direito liberdade de opinio eexpresso; este direito inclui a liberdade de, seminterferncia, ter opinies e de procurar, receber etransmitir informaes e ideias por quaisquer meios eindependentemente de fronteiras.d) a proteo aos direitos assegurados atravs daDeclarao no impede que a pessoa sofrainterferncias na sua vida privada ou em seu lar,sempre que tais interferncias se mostrarem adequadaspara resguardar os interesses do Estado.e) toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos eas liberdades estabelecidos na Declarao, salvoaquelas pessoas que ostentem condio especial, talcomo os portadores de deficincia.

    14. (UPENET - 2010 - SERES-PE - AgentePenitencirio) Assinale a alternativa CORRETA.a) No Brasil, diversos artigos da declarao dos direitoshumanos foram incorporados ao texto constitucional,deixando clara a inteno do legislador de atingir, com amaior amplitude possvel, a defesa dos direitos dohomem.b) O direito liberdade de locomoo foi mantido na

    Constituio Federal de forma absoluta, sem nenhumtipo de restrio.c) Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade, cujaperda poder ser declarada, apenas, em caso deatividades nocivas ao pas.d) A tortura crime imprescritvel e inafianvel.e) A defesa dos refugiados est entre os princpiosconstitucionais dirigidos s relaes internacionais doBrasil.

    15. (UPENET - 2010 - SERES-PE - AgentePenitencirio) "Toda pessoa tem direito, em plenaigualdade, a uma audincia justa e pblica porparte de um tribunal independente e imparcialpara decidir de seus direitos e deveres ou do

    fundamento de qualquer acusao criminal contraele".

    Este artigo da Declarao Universal dosDireitos Humanos, na legislao ptria garantido atravs do princpio daa) legalidade.b) igualdade.c) ampla defesa e do contraditrio.d) universalidade.e) publicidade

    GABARITO. 01.B 02.E 03.D 04.A 05.E 06.B 07.B08.C 09.D 10.E 11 certo 12. D 13 C

    14 A 15 C

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