aula de redaÇao - fabula - parabola - apologo

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FBULA PARBOLA APLOGO

Ensino Mdio

Esses trs tipos de texto so frequentemente confundidos devido s grandes semelhanas que possuem, mas podemos diferenci-los tambm atravs de algumas caractersticas.

Fbula Texto literrio muito comum na literatura infantil. Deriva do lat. Fari (falar) e do gr. Pha (dizer, contar

algo). A linguagem utilizada simples, porm sem agredir a

variante padro. Durante a fbula feita uma analogia entre a realidade humana e a situao vivida pelas personagens, com o objetivo de ensinar algo ou provar alguma verdade estabelecida (moralidade).

Utiliza, como personagens, principalmente animais com caractersticas, personalidade e comportamento semelhantes aos dos seres humanos. O fato narrado algo fantstico, no corriqueiro.A temtica variada e contempla tpicos como a vitria da fraqueza sobre a fora, da bondade sobre a astcia e a derrota de preguiosos.

Moral da histriaEsse modelo de narrativa como

objeto de leitura para crianas recomendado, principalmente, pela natureza alegrica de seu discurso e pela possibilidade de discusso

sobre a moral, levando o leitor a question-la e relacion-la com o mundo real.

So exemplo as Fbulas de Esopo (620-560), um escravo e contador

de histrias que viveu na Grcia antiga: A raposa e as uvas; A tartaruga e a lebre; O vento norte e o vento sul; O menino que criava lobo; O lobo e o cordeiro. No Brasil quem recriou as fbulas foi Monteiro Lobato.

A CIGARRA E AS FORMIGAS

O LOBO E O CORDEIRO

A RAPOSA E AS UVAS

A TARTARUGA E A LEBRE

A lebre e a tartaruga

A lebre vivia a se gabar de que era o mais veloz de todos os animais. At o dia em que encontrou a tartaruga. Eu tenho certeza de que, se apostarmos uma corrida, serei a vencedora desafiou a tartaruga. A lebre caiu na gargalhada. Uma corrida? Eu e voc? Essa boa! Por acaso voc est com medo de perder? perguntou a tartaruga. mais fcil um leo cacarejar do que eu perder uma corrida para voc respondeu a lebre. No dia seguinte a raposa foi escolhida para ser a juza da prova. Bastou dar o sinal da largada para a lebre disparar na frente a toda velocidade. A tartaruga no se abalou e continuou na disputa. A lebre estava to certa da vitria que resolveu tirar uma soneca. "Se aquela molenga passar na minha frente, s correr um pouco que eu a ultrapasso" pensou. A lebre dormiu tanto que no percebeu quando a tartaruga, em sua marcha vagarosa e constante, passou. Quando acordou, continuou a correr com ares de vencedora. Mas, para sua surpresa, a tartaruga, que no descansara um s minuto, cruzou a linha de chegada em primeiro lugar. Desse dia em diante, a lebre tornou-se o alvo das chacotas da floresta. Quando dizia que era o animal mais veloz, todos lembravam-na de uma certa tartaruga...Moral: Quem segue devagar e com constncia sempre chega na frente.Do livro: Fbulas de Esopo - Editora Scipione

Parbola Deriva do grego parabole (narrativa curta). uma narrao figurada que se utiliza de situaes e pessoas

para comparar a fico com a realidade e atravs dessa comparao transmitir uma lio de sabedoria. possuir sempre uma razo moral que pode ser tanto implcita como explcita. tica por vias simblicas ou indiretas.

Sua caracterstica ser protagonizada por seres humanos e

Ao longo dos tempos vem sendo utilizada para ilustrar lies de

Gnero muito comum na Bblia: As parbolas de Jesus.

A ovelha perdida

Um pastor tem 100 ovelhas e perde uma delas. O que ele faz? Ele deixa as 99 e vai procurar a ovelha perdida at encontr-la. E achando-a, fica muito contente, colocaa nos ombros e a leva para casa. E chegando rene amigos e vizinhos e diz: "Alegrem-se comigo, pois achei a minha ovelha perdida". Assim tambm haver alegria no cu por um pecador que se arrepende do que 99 justos que no precisam se arrepender.O Pai que est no Cu no quer que nenhum de Seus pequeninos se perca.Lucas 15- 4 a 7

Um monge e seus discpulos iam por uma estrada e, quando passavam por uma ponte, viram um escorpio sendo arrastado pelas guas.

O monge mordido

O monge correu pela margem do rio, meteu-se na gua e tomou o bichinho na mo. Quando o trazia para fora do rio o escorpio o picou. Devido dor, o monje deixou-o cair novamente no rio. Foi ento margem, pegou um ramo de rvore, voltou outra vez a correr pela margem, entrou no rio, resgatou o escorpio e o salvou. Em seguida, juntou-se aos seus discpulos na estrada. Eles haviam assistido cena e o receberam perplexos e penalizados. Mestre, o Senhor deve estar muito doente! Por que foi salvar esse bicho ruim e venenoso? Que se afogasse! Seria um a menos! Veja como ele respondeu sua ajuda: picou a mo que o salvava! No merecia sua compaixo! O monge ouviu tranqilamente os comentrios e respondeu: Ele agiu conforme sua natureza e eu de acordo com a minha.

Aplogo Gnero que ilustra um ensinamento de vida atravs de situaes semelhantes s reais, envolvendo pessoas, objetos, plantas, seres animados ou inanimados.Bem parecido com a fbula em sua estrutura, o aplogo um tipo de narrativa que personifica, principalmente, os seres inanimados, transformando-os em personagens da histria. Os aplogos tm o objetivo de atingir os conceitos humanos de forma que os modifique e os reforme, levando as pessoas a agir de maneira diferente.

Caractersticas dos Aplogos

Geralmente so escritos em prosa.

Narram feitos similares aos da vida real. O enredo tem grande fora imaginativa.

Buscam a perfeio interior, elevados princpios e um ideal nobre, atravs da reflexo.Encerram contedo moralizante ou didtico.

DIFERENCIA-SE DA FBULA por se concentrar mais em situaes reais, enquanto a fbula d preferncia a situaes fantsticas, e tambm pelo fato de a fbula se utilizar, principalmente, de animais como personagens.

DIFERENCIA-SE DA PARBOLA pois esta trata de questes religiosas e lies ticas, enquanto o aplogo fala de qualquer tipo de lio de vida, mesmo que esta no seja a que adotada pela maioria como a maneira correta de agir.

As rvores e o Machado

Um homem foi floresta e pediu s rvores, para que estas lhe doassem um cabo para o seu machado novo. O conselho das rvores ento concorda com o seu pedido, e lhe ofertam uma jovem rvore para este fim. E logo que o homem coloca o novo cabo no machado, comea furiosamente a us-lo, e em pouco tempo, j havia derrubado com seus potentes golpes, as maiores e mais nobres rvores daquele bosque. Um velho Carvalho, observando a destruio sua volta, comenta desolado com um Cedro seu vizinho: - O primeiro passo significou a perdio de todas ns. Se tivssemos respeitado os direitos daquela jovem rvore, tambm teramos preservado os nossos, e poderamos ficar de p, ainda por muitos anos. Autor: EsopoMoral da Histria: Quem menospreza seu semelhante, no deve se surpreender se um dia, outros fizerem o mesmo consigo.

Alguns livros diferenciam fbulas, parbolas e aplogos argumentando que aquelas tm como personagens, animais; Essas, seres humanos; e estas personificam objetos e seres inanimados. A teoria falha quando encontramos uma histria que tenha no enredo um homem, um gato e uma cadeira como amigos, que dialogam e se entendem.

Os

provrbios, assim como as fbulas, sobretudo as que retratam os animais, fazem-nos refletir seriamente sobre o comportamento humano e nos levam a um posicionamento crtico sobre suas condutas.

http://www.metaforas.com.br/infantis/default.asp