aula de antigo egito

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O Antigo Egito Didática – Profª. Rachel Colacique Aluna: Júlia Moutinho da Costa Montanheiro Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO Aula elaborada para o 6º ano do Ensino Fundamental

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Trabalho de didática, aula sobre o Antigo Egito projetada para o 6º ano.

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Page 1: Aula de Antigo Egito

O Antigo EgitoDidática – Profª. Rachel Colacique

Aluna: Júlia Moutinho da Costa Montanheiro

Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO

Aula elaborada para o 6º ano do Ensino Fundamental

Page 2: Aula de Antigo Egito

A civilização egípcia surgiu no norte da África, em uma estreita região do deserto do Saara, percorrida pelo rio Nilo.

Supõe-se que o vale do rio Nilo tenha sido ocupado por grupos nômades e semi-nômades de caçadores e coletores há cerca de 10 mil anos. Com o passar do tempo, esses grupos se tornaram agricultores, o que possibilitou o surgimento de inúmeras aldeias neolíticas junto ao rio.

Aos poucos, esses habitantes do vale foram aprendendo a conviver com o rio, aproveitando seus períodos de cheia e desenvolvendo obras hidráulicas, irrigando uma área cada vez maior de terra.

Por volta de 4.000 a.C., as aldeias começaram a se unir em territórios chamados nomos, chefiados por nomarcas. Esse foi o primeiro passo para o surgimento do Estado egípcio. Os nomos foram se agrupando e acabaram formando dois reinos: o Alto Egito, ao sul, e o Baixo Egito, ao norte.

Solucionando os desafios

Mapa do Egito: observe a área verde. É banhada pelo rio Nilo, por isso é muito fértil e própria para a agricultura.

Page 3: Aula de Antigo Egito

A periodização da História do EgitoAté o século XIX, a história do Egito era um enígma para os historiadores, pois foi apenas em 1822 que o francês Champollion consegui decifrar hieróglifos, os símbolos da escrita egípcia.

Atualmente, sabemos que, aproximadamente em 3.200 a.C., o Alto e o Baixo Egito entraram em guerra, que foi vencida pelo rei Menés, do Alto Egito. Os dois territórios foram unificados e o poder foi centralizado na mão de Menés, que se tornou o primeiro rei do Egito, recebendo o título de faraó, nome que significa “casa grande”, provavelmente em reverência ao palácio real.

Começava, então, uma longa história, que foi dividida pelos historiadores mos seguintes períodos:

• Antigo Império: de 3.200 a.C. a 2.300 a.C..

• Período Intermediário: de 2.300 a.C. a 2060 a.C.

• Médio Império: de 2060 a.C. a 1580 a.C.

• Novo Império: de 1580 a.C. a 525 a.C.

Exemplo de hieróglifos, escritos na parede de um túmulo.

Page 4: Aula de Antigo Egito

A dura vida dos camponesesO trabalho dos camponeses egípcios era muito árduo. Além do plantio, tinham que realizar uma série de tarefas. Tinham que construir diques para proteger as aldeias de inundações na época das cheias, por exemplo. As atividades nos campos cessavam durante as cheias, e o faraó convocava os camponeses para o trabalho obriga-tório nas construções dos palácios, dos templos e dos túmulos, dando como pagamento apenas o alimento e o vestuário. Quando as águas abaixavam, eles voltavam para suas aldeias e faziam o plantio. Também abriam canais, cavavam poços e construíam lagos.

Eram os próprios camponeses que produziam seus utensílios domésticos, tecidos, roupas e ferramentas; entretanto, tinham que entregar grande parte do que produziam ao governante, em forma de impostos.

Pinturas encontradas em túmulos egípcios representando algumas das etapas da produção do trigo.

Page 5: Aula de Antigo Egito

Uma longa “estrada” de água

As inúmeras aldeias antigas que se estabeleceram a margem do Nilo deram origem a cidades movimentadas, com construções grandes e luxuosas. Dentre elas se destacavam os templos aos deuses, os palácios dos faraós e dos ricos funcionários. Nas ruas havia oficinas onde hábeis artesãos fabricavam tecidos, móveis, peças de vidro, jóias de ouro e pedras preciosas.

Os artesãos eram trabalhadores livres e geralmente contratados para trabalhar para o Estado, que lhes fornecia as matérias-primas utilizadas no trabalho e, como pagamento, lhes dava alimentos e roupas.

Detalhe de pintura encontrada em túmulo, mostrando artesãos em atividade.

Colar Wesekh (amplo), feito de ouro e miçangas, usado para proteção de reis e nobres. Foi encontrado no sarcófago de uma princesa da 12ª Dinastia.

Page 6: Aula de Antigo Egito

O rio Nilo era o caminho natural que ligava todas essas cidades. Velozes embarcações a vela percorriam constantemente suas águas, carregando alimentos, tecidos, objetos de arte, metais, papiro (tipo de papel usado pelos antigos egípcios), peles de boi, etc.

Algumas dessas embarcações chegavam até o mar Mediterrâneo e se dirigiam à Fenícia, de onde traziam madeiras. Outras embarcações navegavam pelo mar Vermelho e alcançavam a Arábia. De lá traziam pedras preciosas e perfumes, vindos da Índia e da China.

Ilustração de um barco comercial egípcio

Page 7: Aula de Antigo Egito

Grandeza e glória dos faraósOs faraós eram considerados deuses encarnados, sendo intermediários entre o povo e os outros deuses. Isso justificava o seu poder absoluto, que era ainda reforçado pelos exércitos. Os soldados garantiam a obediência do povo, defendiam as fronteiras do Império e lutavam pela conquista de outros territórios.

De acordo com as leis egípcias, o faraó era o senhor e proprietário de todas as terras. Tinha a seu serviço um grande número de funcionários com diferentes ocupações: os nomarcas, que governavam os nomos; o vizir, principal auxiliar do faraó, que controlava os impostos, dirigia as obras públicas e cuidava de todos os assuntos importantes do Império; os escribas, funcionários encarregados da cobrança dos impostos e dos registros escritos administrativos; e os sacerdotes, que administravam os templos e eram os responsáveis pelos cultos dos inúmeros deuses egípcios. Todos esses funcionários viviam em luxuosas mansões e formavam a nobreza egípcia, o grupo social mais rico e privilegiado.

Pintura achada em uma tumba ilustra um grupo de escribas registrando uma colheita de grãos.

Os escribas eram treinados desde de pequenos para aprender a escrita hieroglífica. Você pode saber mais sobre eles nesses dois sites: infoescola.com/civilizacao-egipcia/escribas/

antigoegito.org/escribas-e-os-papiros/

Page 8: Aula de Antigo Egito

Na casa desses ricos servidores do faraó trabalhavam inúmeros escravos, geralmente aprisionados nas guerras. Como em outras civilizações orientais, os escravos, além de fazerem os serviços domésticos, executavam também os pesados trabalhos nas minas e nas pedreiras, nos transportes e nas obras públicas.

Imagem representando parte de um ritual de mumificação de um escriba.

Os três homens à esquerda são os sacerdotes que preparam o corpo para o enterro. Os sacerdotes eram muito importantes para a manutenção da vida religiosa no Egito. Você pode saber mais sobre eles aqui: infoescola.com/civilizacao-egipcia/sacerdotes/

Page 9: Aula de Antigo Egito

Com essa organização, o faraó podia dirigir e controlar a economia, arrecadar impostos e convocar a população para trabalhos públicos.

A grandeza e a glória dos faraós ficaram registradas em alguns importantes monumentos egípcios, como as pirâmides, que eram construídas para servir de túmulo aos faraós.

Nas proximidades de Mênfis, em Gizé, existem três pirâmides (a direita), construídas no Antigo Império, que revelam a prosperidade do Egito nesse período. A maior delas foi construída aproximadamente em 2.600 a.C., pelo faraó Quéops. Milhares de homens trabalharam nessa obra, que levou 23 anos para ficar pronta.

Junto à pirâmide de Quéops, há uma menor, construída pelo faraó Quéfren, e outra, ainda menor, do faraó Miquerinos.

Se você quiser saber mais sobre as pirâmides do Egito, pode ver esse site (infoescola.com/historia/piramides-do-egito/) ou ver esse documentário (youtube.com/watch?v=d8jrT7ciPtU)

Page 10: Aula de Antigo Egito

Quéfren, desejando que seu nome fosse lembrado para sempre, ordenou também a construção de uma esfinge, estátua com corpo de leão, deitado, e cabeça humana, representando provavelmente o rosto do faraó. Para saber mais sobre a esfinge de Quéfren, você pode ver esse site: infoescola.com/civilizacao-egipcia/esfinge-de-gize/

Page 11: Aula de Antigo Egito

Abaixo dos faraós, os poderosos sacerdotesNomeados pelos faraós, os sacerdotes ocupavam uma posição muito importante e tinham grande poder na sociedade egípcia. O cargo era geralmente hereditário (passava de pai para filho) e o preparo do futuro sacerdote começavam aos 5 anos de idade, quando ele entrava para a escola do templo.

Somente o sacerdote e o faraó podiam entrar na câmara do templo onde ficava a estátua de um deus. Diariamente, o sacerdote perfumava a estátua e pintava-lhe as faces. Depois oferecia a esse deus um banquete, com alimentos e bebidas. Ao longo do dia, outras cerimônias podiam ser realizadas. À noite, o sacerdote fechava a câmara sagrada.

Imagem do templo de Karnak.

Page 12: Aula de Antigo Egito

Para saber mais sobre os deuses egípcios, você pode ver esses sites: seuhistory.com/deuses/panteao/egipcio.html

brasilescola.com/historiag/os-deuses-egipcios.htm

A religião egípcia era politeísta (acreditava na existência de muitos deuses). Suas crenças vinham de tempos remotos, quando os egípcios ainda eram caçadores e adoravam animais, como o gato a cobra, o boi, o falcão, cada um considerado o protetor de uma localidade. Com o passar do tempo e o desenvolvimento da agricultura, surgiram os deuses com forma humana, relacionados a fertilidade da terra, como Ísis, por exemplo (ao lado).

Page 13: Aula de Antigo Egito

Templo construído pelo faraó Ramsés II em sua própria honra. É considerado um dos templo mais conservados do Egito. Para saber mais sobre Ramsés II, provavelmente o faraó mais famoso da história egípcia, você pode ler essa entrevista (guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/ramses-ii-grande-farao-

434353.shtml) ou assistir a esse documentário (youtube.com/watch?v=0jDWeF89viY)

Page 14: Aula de Antigo Egito

Você também pode saber mais sobre o processo de mumificação veja esses sites: (infoescola.com/sem-categoria/mumificacao/), (brasilescola.com/historiag/morte-mumificacao-no-egito-antigo.htm) ou assistir esse vídeo:(youtube.com/watch?v=QwazciVTClI)

A vida após a morte

Os egípcios acreditavam em vida depois da morte: pensavam, entretanto, que ela dependia da conservação do corpo dos mortos, que, por isso, devia ser mumificado nas casas dos mortos.

Para os pobres, a mumificação consistia apenas na secagem e no banho de betume, substancia escura usada para ajudar na preservação do corpo.

Já o corpo dos ricos recebia um tratamento especial: era preparado com sais, especiarias e resinas, posto para secar e, finalmente, enrolado em faixas de linho. Então, devolvia-se a múmia à família para o sepultamento.

Múmia de uma sacerdotisa, enrolada em faixas

de linho, dentro de um sarcófago de madeira.

Page 15: Aula de Antigo Egito

Nas paredes dos túmulos pintavam-se cenas representando momentos da vida do morto. Para lá se levavam objetos e alimentos, pois os egípcios acreditavam que os mortos precisariam desse conforto em sua nova vida.

Abaixo podemos ver o interior de uma tumba egípcia.

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Segundo as crenças egípcias, os mortos seriam julgados na presença do deus Osíris, em que pesariam o seu coração numa balança. Os que não merecessem a vida eterna seriam engolidos pelo Devorador de Almas, um animal feroz que ficava na porta do mundo dos mortos. Os que passassem pela prova viveriam enquanto seu corpo se conservasse.

Está preocupação com a conservação dos corpos também nos ajuda a compreender a construção das pirâmides, túmulos invioláveis, para que as múmias dos faraós ficassem bem protegidas. Embora as maiores e mais famosas sejam as de Gizé, existem no Egito 140 pirâmides e uma infinidade de túmulos cuja riqueza reflete a posição social de seus ocupantes.

________

Entre todos os impérios que já se formaram na história, o Egito antigo foi o de mais longa duração. Porém, muitas vezes seu poderia esteve ameaçado pelos ataques dos impérios vizinhos.

Em 671 a.C., o Egito foi conquistado pelos assírios. Vinte anos depois, os persas expulsaram os assírios do Egito e, em 525 a.C., ocuparam o vale do Nilo.

Page 17: Aula de Antigo Egito

BibliografiaCARMO, Sonia Irene Silva do. Da pré-história à sociedade feudal, 5ª série. 2ª ed. São Paulo: Atual, 2002, pp.72-79.

Imagens utilizadas

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/77/EgyptTombOarboat.jpg

http://www.touregypt.net/egyptmuseum/egyptian_museumr6.htm

http://www.ancient-egypt.info/2012/02/crafts-in-ancient-egypt-for-kids-craft.html

http://en.wikipedia.org/wiki/File:Maler_der_Grabkammer_des_Menna_013.jpg

http://www.infoescola.com/civilizacao-egipcia/hieroglifos/

http://en.wikipedia.org/wiki/File:Egyptian_harvest.jpg

http://www.egito-turismo.com/mapas.htm

http://mubi.com/lists/kenjis-2nd-gallery-of-great-paintings

http://en.wikipedia.org/wiki/File:Egypt.Giza.Sphinx.02.jpg

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Abu_Simbel,_Ramesses_Temple,_front,_Egypt,_Oct_2004.jpg

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Sarcofago_aberto.jpg

http://www.mitchellteachers.org/WorldHistory/AncientEgyptNearEastUnit/IllustratedJournalsAncientEgyptDailyLife.html

http://www.novaera-alvorecer.net/piramides_egipto.htm

http://historiosidades.blogspot.com.br/2013/04/os-misterios-da-grande-esfinge-de-gize.html

http://www.costumesupercenter.com/csc_inc/html/static/btarticles/ultimateresourceofegyptiangods.html

http://profeciasoapiceem2036.blogspot.com.br/2012/03/comentarios-palestra-parte-iii-de-v.html

http://famouswonders.com/karnak-temple-near-luxor/