aula cultura da soja

45
20/04/2012 1 Cultura da Soja Carlos Manoel Um breve histórico.... Ancestrais: Conhecida a mais de 5000 anos; Plantas rasteiras da costa leste da Ásia (Rio Yangtse) China; Evolução: Cruzamento de duas espécies selvagens: Melhoramento por cientistas chineses; Importância histórica para a China: Grão sagrado ao lado do trigo, arroz e centeio Um breve histórico.... Ocidente ignorou a sua importância: Século XX: EUA exploração comercial forragem 1940: 2 milhões de hectares de soja forrageira; A partir de 1941 crescimento soja em grão Introdução no Brasil 1882 Escola de Agronomia (BA); 1891 IAC (SP): 1900/1901: Distribuição de sementes para produtores do RS; 1914: 1º registro de plantio (Santa Rosa/RS): 1940: 640 hectares x 450 ton 700kg/ha; 1ª Indústria de processamento da soja; 1949: Brasil figura como produtor de soja no mundo Anos 50: Incentivo junto com a triticultura: Rotação de culturas (gramíneas / leguminosas);

Upload: renato-bonancin

Post on 24-Jul-2015

508 views

Category:

Documents


11 download

TRANSCRIPT

Page 1: Aula Cultura Da Soja

20/04/2012

1

Cultura da Soja

Carlos Manoel

Um breve histórico....

• Ancestrais:

– Conhecida a mais de 5000 anos;

– Plantas rasteiras da costa leste da Ásia (Rio Yangtse) – China;

– Evolução:

• Cruzamento de duas espécies selvagens: – Melhoramento por cientistas chineses;

– Importância histórica para a China: • Grão sagrado ao lado do trigo, arroz e centeio

Um breve histórico....

• Ocidente ignorou a sua importância:

• Século XX:

– EUA exploração comercial forragem

– 1940:

• 2 milhões de hectares de soja forrageira;

– A partir de 1941 crescimento soja em grão

Introdução no Brasil

• 1882 Escola de Agronomia (BA);

• 1891 IAC (SP): – 1900/1901:

• Distribuição de sementes para produtores do RS;

• 1914: – 1º registro de plantio (Santa Rosa/RS):

• 1940: – 640 hectares x 450 ton 700kg/ha;

– 1ª Indústria de processamento da soja;

• 1949: – Brasil figura como produtor de soja no mundo

• Anos 50: – Incentivo junto com a triticultura:

• Rotação de culturas (gramíneas / leguminosas);

Page 2: Aula Cultura Da Soja

20/04/2012

2

Introdução no Brasil

• Década de 60:

– Produção multiplicada por 05:

• 206 mil ton 1.056 milhão ton (1969);

• Década de 70 consolidação:

– 1,5 milhão ton 15 milhões ton (79);

– 1,3 milhão hectares 8,8 milhões hectares;

– 1,14 ton/ha 1,73 ton/ha

Consolidação no Brasil

• Décadas de 80/90:

– Explosivo crescimento:

• Produção no Centro Oeste:

– 02% (70) 20% (80) 40% (90) 58% (2002);

Fatores para o estabelecimento da

soja no Brasil (RS) • Semelhança de ecossistema do Sul com o sul dos EUA:

– Transferência de Cvs com sucesso;

• Correção do solo: – Calagem e fertilidade;

• Incentivos fiscais;

• Mercado internacional em alta (anos 70);

• Frustração da safra de grãos da China e Russia;

• Frustração da safra de peixe farinha;

• Substituição das gorduras animais vegetais;

• Facilidades de mecanização total da cultura;

• Criação de parques de processamento/esmagamento;

• Estabelecimento de um parque de pesquisa;

• Melhoria do sistema logístico

Fatores para o estabelecimento da

soja no Brasil (Cerrado) • Construção de Brasília:

– Infraestrutura;

– Comunicação;

– Urbanização;

• Agroindústrias na região;

• Ampliação da fronteira agrícola;

• Baixo valor da terra;

• Pesquisa novas Cvs;

• Topografia altamente favorável;

• Excelentes condições físicas dos solos;

• Corredores de exportação

Page 3: Aula Cultura Da Soja

20/04/2012

3

Quais os impactos?

• Comparado com os ciclos da cana de açúcar e do café:

– Receita cambial de mais de 17 bilhões de dólares (8,5% das receitas brasileiras), com previsão para 2011 de 19 bilhões de dólares (ABIOVE, 2010);

– Liderou a implantação de uma civilização do Brasil Central:

• Cidades “brotando” no cerrado;

– Responsável (junto com trigo) pelo surgimento da agricultura comercial no Brasil;

– Responsável pela aceleração da mecanização agrícola brasileira;

– Expansão dos sistemas de transportes:

• Pela expansão das fronteiras agrícolas;

– Modificação da dieta alimentar do brasileiro;

Perspectivas? Boas...

• Aumento do consumo em função do aumento da população;

• Aumento do poder aquisitivo mundial, principalmente nos países asiáticos;

• Redução / proibição consumo de ração de base animal (farinha de osso, etc.);

• Uso para agroenergia;

• Redução do protecionismo de países produtores;

• Concorrentes (EUA e Argentina) com pouca área disponível para plantio;

• Previsão de safra (ton): – 2009 56.960.732 / 2010 68.467.108 (+20,2%)

Aspectos Econômicos Área plantada, área colhida, quantidade produzida e valor da produção da lavoura temporária

Lavoura

temporária Área plantada (Hectares) Quantidade produzida

2008 2009 2008 2009

Brasil Total 59.032.241 59.368.855 - -

Soja (Toneladas) 21.252.721 21.761.782 59.833.105 57.345.382

Norte Total 2.252.466 2.188.574 - -

Soja (Toneladas) 508.024 500.050 1.430.130 1.443.417

Nordeste Total 10.672.364 10.627.598 - -

Soja (Toneladas) 1.580.796 1.638.637 4.831.654 4.421.442

Sudeste Total 10.506.555 10.642.523 - -

Soja (Toneladas) 1.396.542 1.423.672 4.012.458 4.078.536

Sul Total 19.215.027 19.439.877 - -

Soja (Toneladas) 8.146.896 8.285.716 20.426.868 18.428.304

Centro

Oeste

Total 16.385.829 16.470.283 - -

Soja (Toneladas) 9.620.463 9.913.707 29.131.995 28.973.683

Page 4: Aula Cultura Da Soja

20/04/2012

4

Área plantada, área colhida, quantidade produzida e valor da produção da lavoura temporária

Lavoura temporária Área plantada (Hectares) Quantidade produzida

2008 2009 2008 2009

Brasil Total 59.032.241 59.368.855 - -

Soja (Toneladas) 21.252.721 21.761.782 59.833.105 57.345.382

Centro-Oeste Total 16.385.829 16.470.283 - -

Soja (Toneladas) 9.620.463 9.913.707 29.131.995 28.973.683

Mato Grosso do

Sul

Total 3.237.782 3.206.201 - -

Soja (Toneladas) 1.732.031 1.717.436 4.570.771 4.046.223

Mato Grosso Total 8.830.550 8.735.355 - -

Soja (Toneladas) 5.659.149 5.831.468 17.802.976 17.962.819

Goiás Total 4.187.320 4.409.036 - -

Soja (Toneladas) 2.180.571 2.315.888 6.604.805 6.809.187

Distrito Federal Total 130.177 119.691 - -

Soja ( (Toneladas) 48.712 48.915 153.443 155.454

Soja em Números (safra 2008/2009)

0

50

100

150

200

250

mundo América do

sul

EUA Brasil

área (milhões ha) produção (milhões ton)

Fonte: http://www.cnpso.embrapa.br/index.php?op_page=294&cod_pai=17

Previsões

• Produção (toneladas): – 56.960.732 (2009/2010) 68.479.967 (2010/2011):

• Acréscimo de 20,22%

• Área plantada (hectares): – 21.771.224 (2009/2010) 23.314.520 (2010/2011)

• Acréscimo de 7,09%

• Produtividade (kg/hectare): – 2.618 (2009/2010) 2.939 (2010/2011);

• Acréscimo de 12,26%

Fonte: SIDRA / IBGE

Custo de produção

• Londrina (PR) safra 2010/2011 (SPD): – Produção estimada 2900 kg/ha;

• Custo R$1612,67

• Rio verde (GO) safra 2010/2011 (SPD): – Produtividade 3250 kg/ha;

• Custo 1485,86;

• Dourados (MS) safra 2010/2011; – Produtividade 3000lg/ha;

• Custo R$1187, 60

Fonte: CONAB / EMBRAPA SOJA

Page 5: Aula Cultura Da Soja

20/04/2012

5

Cotações

http://www.cisoja.com.br/index.php?p=cotacoes_diarias

Page 6: Aula Cultura Da Soja

20/04/2012

6

A importância na alimentação

• Considerada alimento funcional

– Prevenção de doenças cronico-degenerativas (isoflavonas):

• Câncer de mama / colo do útero / próstata;

• Alivia os efeitos da menopausa e TPM;

• Auxílio na redução da osteoporose

• Redução de colesterol sanguíneo (60g de grãos / farinha);

– Alimento calórico: • 395 cal / 100g grãos:

– Arroz (364) / feijão (344) / ervilha (343)

Uso industrial alimentar da soja

• Soja:

– Farelo de soja ração animal;

– Óleo: • Refinado comestível:

– Margarinas, gordura vegetal, óleo de cozinha, maionese, tempero de salada;

– Produção de produtos não comestíveis também, como : esparadrapo, papel carbono, alguns medicamentos, explosivos e emolientes do couro

• Refinado para fins não alimentares:

– Velas, desinfetantes, sabões, linóleos, vernizes, tintas, plásticos e lubrificantes

• Lecitina de soja:

– Confeitos, sorvetes, cosméticos e têxteis

Alimentos a base de soja

Page 7: Aula Cultura Da Soja

20/04/2012

7

Importância não alimentar

• Agroenergia;

• Lubrificantes industriais;

• Participação no processo de produção de borracha, plásticos duros e carpets;

• Glicerol subproduto do biodiesel;

• Tintas para impressão a base de soja;

Uso industrial alimentar da soja

Óleo Refinado

Uso Comestível Uso Técnico

Manufatura

Antibióticos

óleo de Cozinha

Margarina

Produtos Farmacêuticos

Temperos para Salada

óleo para Salada

Pasta para Sanduíche

Gordura Vegetal

Produtos Medicinais

Ingredientes para Calefação

óleo Refugado

Desinfetantes

Isolante Elétrico

Inseticidas

Fundos de Linóleo

Tecidos para Impressão

Tintas para Impressão

Revestimentos

Plastificadores

Massa para Vidraceiro

Sabão

Cimento à Prova de água

http://www.cnpso.embrapa.br/index.php?op_page=27&cod_pai=31

Uso industrial alimentar da soja Lecitina

Uso Comestível Uso Técnico

Agente Emulsificante

Produtos de Padaria

Produção de Balas

Agente Ativo de Superfície

Revestimento de Chocolate

Produtos Farmacêuticos

Nutrição

Uso Médico

Uso Doméstico

Agente Contra Salpiqueiro

Fabricação de Margarina

Agente Estabilizador

Gorduras

Agente Antiespumante

Fabricação de Escuma

Fabricação de álcool

Agente Dispersante

Fabricação de Tintas

Inseticidas

Fabricação de Umidificante

Cosméticos

Pigmentos

Substituto do Leite para Bezerros

Metais em Pó

Têxteis

Produtos Químicos

Agente Estabilizante

Emulsões

Agente Anti-Derrapante

Gasolina

http://www.cnpso.embrapa.br/index.php?op_page=27&cod_pai=31

Características botânicas da soja

• Soja Glycine max (L) Merril:

– Fabaceae (leguminosas);

• Folhas:

– Cotiledonares / primárias ou simples / Folhas trifolioladas e profilos simples;

– Variação da cor verde;

• Caule: – Ramoso / híspido /

– Tamanho entre 0,8 – 1,5m;

– Terminação em racemo (determinado) ou sem racemo (indeterminado)

Page 8: Aula Cultura Da Soja

20/04/2012

8

Características botânicas da soja

• Flor:

– Autógama cleistogâmica;

– Fecundação cruzada < 1%;

– Cor variável:

• Branca / púrpura / diluída / roxa;

– 03 a 08mm de comprimento;

– Florescimento 10-12 folhas trifolioladas;

• Racemos com 02 a 35 botões florais

Características botânicas da soja

• Raiz:

– Pivotante com nódulos fixadores de N;

– Até 1,8m de comprimento; • Maioria permanece a 15cm de profundidade;

• Fruto:

– Seco, deiscente tipo vagem;

– Coloração verde palha a marrom

• Sementes:

– Dois cotilédones com germinação epígea;

– Hilo marrom / preto / cinza;

Hábitos de Crescimento

• Determinado:

– Caule principal paralisa a formação de nós (e consequentemente seu crescimento em altura), pouco tempo após a floração.

– O ramalhete terminal da flores do ápice do caule geralmente tem várias vagens.

• Indeterminado:

– Após o início da floração, continua a produção de nós na haste principal e, conseqüentemente, sua altura pode ser consideravelmente maior que em cultivares com HC determinado da longo do ciclo e data de floração;

– O número de nós produzido após a floração, pode ser duas vezes ou mais, dependendo fundamentalmente do grupo de maturação do cultivar, a latitude do local e data de semeadura. O caule reduz o diâmetro no ápice e o número de vagens por nó.

Page 9: Aula Cultura Da Soja

20/04/2012

9

Hábitos de Crescimento

• Semideterminado:

– Após o início da floração continua a produção de nós na haste principal e, conseqüentemente, sua altura pode ser consideravelmente maior que em cultivares com HC determinado da longo do ciclo e data de floração. O número de nós produzido após a floração, pode ser duas vezes ou mais, dependendo fundamentalmente do grupo de maturação do cultivar, a latitude do local e data de semeadura.

Ecofisiologia da soja

• Estádios fenológicos:

– Vegetativos (V);

– Reprodutivos (R);

– Cotilédone (VC);

– Emergência (VE)

Estádios Vegetativos

• Nó é utilizado para se determinar os

estádios vegetativos são permanentes;

• Nó cotiledonar não é considerado:

– Não possui folhas “verdadeiras”;

Os nós cotiledonares e unifoliolados são

opostos e por isso são considerados como

um só. Todos os outros são alternados

com folhas trifolioladas!

Estádios Vegetativos

• Folhas está completamente desenvolvida:

– Totalmente aberta e os bordos dos folíolos da folha

do nó imediatamente acima não mais se tocam:

• V1 Folhas unifolioladas totalmente abertas e os bordos do

1º trifólio não estão mais se tocando;

• V2 1º trifólio totalmente aberto e os bordos do 2º trifólio

não mais se tocam e assim por diante;

• Folha apical está totalmente desenvolvida

quando os seus folíolos se encontram abertos!

Page 10: Aula Cultura Da Soja

20/04/2012

10

Estádio VE

• Emergência dos

cotilédones

• Encontra-se com os

cotilédones acima da

superfície do solo e

formam um ângulo >

90º com o hipocótilo

Estádio VC

• Cotilédones

completamente

abertos e expandidos;

• As bordas das folhas

unifolioladas não

mais se tocam

Estádios Reprodutivos

• R1 a R8:

– Florescimento (R1 e R2);

– Desenvolvimento da vagem (R3 e R4);

– Desenvolvimento do grão (R5 e R6);

– Maturação da planta (R7 e R8)

Page 11: Aula Cultura Da Soja

20/04/2012

11

Florescimento Florescimento

Desenvolvimento da Vagem Desenvolvimento do Grão

Maturação da

planta

Maturação da planta de soja

Page 12: Aula Cultura Da Soja

20/04/2012

12

Estádios Fenológicos da Soja

Exigências Climáticas

• Fator água: – Germinação / emergência;

• Absorção de pelo menos 50% do peso da semente para assegurar boa germinação;

• Solo entre 50 e 85% da CC

– Floração / enchimento de grãos: • Máxima necessidade de água:

• Falta: – Fechamento de estômatos;

– Enrolamento de folhas;

– Queda folhas e aborto de vagens

– Necessidade 450 – 800mm;

– Medidas para reduzir problemas com déficit hídrico: • Plantio Cvs adaptadas a região;

• Uso de irrigação atentar para a relação custo/benefício;

• Época adequada de semeadura

Rendimento de grãos de soja em função do aporte de água durante

todo o ciclo, em diversas safras, sob condições irrigada, não irrigada e

com déficit hídrico (DH) durante as fases reprodutiva (Rep) e vegetativa

(Veg).

Page 13: Aula Cultura Da Soja

20/04/2012

13

Rendimento de grãos de soja em função do aporte de água durante a fase mais crítica à falta de

água (R1-R6), em diversas safras, sob condições: irrigada, não irrigada e com déficit hídrico (DH)

durante as fases reprodutiva (Rep) e vegetativa (Veg).

Exigências Climáticas

• Temperatura:

– Ar entre 20 e 30ºC (ideal próximo de 30ºC)

• Abaixo de 10 e acima de 40ºC distúrbios;

– Solo acima dos 20ºC (ideal 25ºC);

– Floração acima de 13ºC;

– Maturação acelera em altas temperaturas; • Alta UR redução qualidade grão/ semente;

• Baixa UR danos mecânicos na colheita;

– Baixa temperatura na colheita:

• Alta UR atrasos (haste verde) e retenção foliar

Exigências Climáticas

• Fotoperíodo:

– Planta de dia curto:

• Necessidade de horas luz abaixo do seu

fotoperíodo crítico;

– Grande variação entre Cvs;

– Grande variação entre áreas de plantio;

– Quanto maior o período juvenil de uma Cv,

maior a adaptabilidade a diferentes regiões;

Exigências Climáticas

• Radiação solar:

– Mais luz no final do estádio vegetativo:

• 44% de rendimento;

– Mais luz no início do florescimento:

• 152% de rendimento;

– Aumento do nº de vagens;

– Mais luz no período de formação de vagens:

• Aumento do tamanho da semente (08 a 23%);

– Gerou aumento no rendimento (32 a 115%); Decréscimos de rendimento da soja sob a ação de níveis de

sombreamento, relativos à ausência de sombreamento (0%

sombreamento = 100% rendimento de grãos) (adaptado de Wahua e Miller,

1978).

Page 14: Aula Cultura Da Soja

20/04/2012

14

Manejo do solo

• O preparo do solo:

– Convencional:

• Subsolador, aração, gradagem,Calagem;

• Problemas: – Perda de Matéria Orgânica redução da CTC;

– Compactação / erosão laminar / perda de camada fértil

– Sistema de plantio direto:

• Subsolador, aração, gradagem, calagem (1º ano);

• Formação de palhada (cultura de inverno)

• Dessecação, gessagem (a partir do 2º ano)

Sistema convencional de

preparo do solo - Soja

Algumas considerações sobre o

SPC do solo

• Áreas cujo preparo foi sempre superficial:

– Revolvimento pode trazer camadas subsuperficias com Al e baixo pH:

• Necessário correção;

• Pode ser usado somente a escarificação (subsolador) como alternativa de preparo:

– Redução do nº de gradagens;

– Possibilita maior quantidade de resíduos superficiais;

• Caso necessário, a utilização de grades deve permitir nivelar com o nº mínimo de operações, deixando restos culturais incorporados.

Algumas considerações sobre o

SPC do solo

• Cuidado com solos muito úmidos:

– O preparo pode causar compactação

superficial;

– Necessidade de maior potência do

equipamento;

– Umidade ideal na faixa do friável:

Page 15: Aula Cultura Da Soja

20/04/2012

15

Rompimento da camada

compactada de solo

• Implemento utilizado deve trabalhar na faixa

imediatamente inferior a camada compactada;

• Umidade do solo na faixa do friável;

• Espaçamento entre hastes do subsolador deve

ser medido entre 1,2 a 1,3 vezes a profundidade

de trabalho ;

• Indicado após descompactação culturas com

alta produção de massa vegetativa, aliado a um

sistema radicular agressivo pivotante

Do convencional....

SISTEMA DE PLANTIO

DIRETO - soja

Carlos Manoel

Vantagens ao produtor - SPD

• Maior “janela” de plantio;

• Operações de plantio mais simples;

• Solo não “encrostado”;

• Redução dos estragos da erosão;

– Redução do replantio;

– Redução / eliminação voçorocas;

– Redução perdas de M.O;

– Redução de assoreamento;

– Redução do custo de manutenção de estradas e terraços

Page 16: Aula Cultura Da Soja

20/04/2012

16

Vantagens ao produtor

• Proteção contra veranicos;

– Menor uso da irrigação;

– Mais dias de “plantio” após chuva;

• Redução de adubos e corretivos:

• Plantio em linhas retas:

– Evita necessidade de arremates;

– Redução de horas – máquina

• Mais tempo para gerenciamento

Vantagens para a sociedade

• Preço acessível dos alimentos;

• Redução custo tratamento de água;

• Redução custo manutenção estradas;

• Maior vida útil de represas e açudes;

• Redução poluição do ar;

• Preservação ambiental;

• Redução pressão para abertura de novas áreas;

• Redução sedimentos e defensivos em águas superficiais;

• Abrigo para a fauna;

• Biodiversidade;

• Sequestro de carbono

Fatores limitantes do SPD

• Monocultura:

– Polêmica soja em plantio direto:

• Predisposição fitossanitária:

– Equilíbrio a médio / longo prazo: • Falta “paciência” ao setor;

• Disponibilidade de assistência técnica;

• Desconhecimento da sociedade e ambientalistas dos benefícios do SPD;

• Disponibilidade inadequadada de sementes de plantas de cobertura;

• Abandono do SPD;

Análises de solo

• Análise de solo:

– Amostragem:

• 0-20 e 20 a 40:

– Pá ou enxadão 5 cm espessura x 10 cm largura;

– Trado 05 cm de diâmetro

– 15 amostras simples por gleba homogênea

» Retirar uma amostra composta;

– Sistema de Agricultura de precisão;

» Quanto menor a malha, mais preciso

Page 17: Aula Cultura Da Soja

20/04/2012

17

Calagem

• Correção da acidez;

• Suprimento de Ca e Mg;

• Aumento da CTC;

• Aumento da disponibilidade de N, P, S e Mo;

• Melhoria dos processos simbióticos;

• Aumento do volume de solo explorado pelas

raízes;

• Melhoria física e biológica do solo

1 - Subsolador

Aplicação corretivo Aração / Gradagem

Page 18: Aula Cultura Da Soja

20/04/2012

18

Calagem em SPD Consolidado

Não há necessidade de revolvimento do solo, desde

que o SPD tenha sido implantado com base em seus

princípios

Gessagem

• Resultados mostrando gessagem pode corrigir a acidez das camadas profundas e favorecer a produção das culturas (Carvalho e Raij, 1997; Oliveira e Pavan, 1996).

– Para os solos de Cerrado:

• Resposta à gessagem quando, nas camadas subsuperficiais do solo, a saturação por Al (m) for maior que 20%;

• Teor de Ca for menor que 0,5 cmolc dm-3.

– A fórmula sugerida para a recomendação de gesso é:

• Dose (kg / ha) = 5 X teor argila (g / kg). A aplicação pode ser feita a lanço sem incorporação, antes ou depois do calcário (Sousa, 1998);

• Ex: Teor de Argila 18% g/kg 180;

– 180 x 5 900 kg de Gesso

Alguns resultados

Page 19: Aula Cultura Da Soja

20/04/2012

19

Explicação para Tabela 06

• Elevada produção de resíduos de aveia

preta no local do experimento:

– Liberação de compostos orgânicos;

• Mobilização de Ca para a subsuperfície;

• Complexação de Al por ácidos orgânicos;

O alto teor inicial

de matéria orgânica

desses solos (33 a

46 g/dm3) e o

aporte de restos de

materiais vegetais

mantidos na

superfície do solo

nos sistemas de

rotação de culturas

no SPD parecem

confirmar os efeitos

positivos sobre a

acidez, quais

sejam, o aumento

do pH e a redução

do teor de Al tóxico.

Hipóteses para a reação

sub-superficial Não há necessidade de revolvimento do solo, desde

que o SPD tenha sido implantado com base em seus

princípios

Tempo de reação do corretivo

• Variação:

– Dose aplicada;

– Tipo de solo;

– Adubação;

– Sistema de rotação;

– Manejo dos resíduos culturais;

– Reatividade do corretivo;

– Precipitação pluvial;

• Até 10 cm grande efeito aos 12 meses (máx: 28 – 30

meses da aplicação;

• 10-20 cm após 28 meses

Observações

• É possível atingir altas produtividades das culturas em rotação no SPD, pela aplicação de calcário na superfície do solo em doses menores que aquelas utilizadas no sistema convencional, especialmente quando o teor de P no solo é satisfatório;

• A probabilidade de obtenção de resultados positivos pela aplicação de menores doses de calcário na superfície do solo no SPC é maior quando é praticada rotação de culturas e quando são utilizadas cultivares tolerantes a acidez;

• c) O efeito da aplicação de calcário na superfície do solo no SPD, em relação a atributos da acidez do solo (pH, Al, Ca+Mg, V% e m%), é acentuado na camada de 0-10 cm;

Page 20: Aula Cultura Da Soja

20/04/2012

20

Observações

• Com o passar dos anos de implantação do SPD, podem ocorrer melhorias nos atributos de acidez do solo (pH, Al, Ca+Mg, V% e m%) nas camadas subsuperficiais do solo, mas essas alterações são significativas apenas quando são usadas altas doses de calcário aplicadas na superfície;

• Para solos em que a camada subsuperficial do solo é extremamente ácida, com altos teores de Al trocável, baixos teores de Ca + Mg trocáveis, baixa saturação por bases (V%) e alta saturação por Al da CTC efetiva (m%), é recomendável, na última calagem antes de entrar no SPD, fazê-la em dose para atingir saturação por bases >60%, com incorporação do calcário o mais profundo possível

Para o Estado de MG • Após a implantação do SPD, as doses de calcário podem

ser reduzidas para um terço quando a amostragem for feita na camada de 0 a 20 cm, e à metade, quando a amostragem for feita na camada de 0 a 10 cm, utilizando-se um calcário de granulometria fina (LOPES, 1999);

• Como princípio, a calagem no SPD deve ser feita com menores doses anuais ou bienais, ao invés das doses usuais a cada quatro ou cinco anos, como no sistema convencional;

• Em áreas de Cerrado, Sousa e Lobato (2000) indicam que a acidez superficial não é problema quando a saturação por bases do solo estiver em torno de 50% e o pH em água próximo a 6,0. A relação Ca:Mg no solo, em cmolc/dm3, deve situar-se no intervalo de 1:1 até 10:1, cuidando para se ter o teor mínimo de 0,5 cmolc de Mg/dm3

Manejo da fertilidade

• Exigências minerais:

Fonte: Embrapa

Recomendação Fósforo

Fonte: Embrapa

Adubação Fosfatada

Fonte: Embrapa

Page 21: Aula Cultura Da Soja

20/04/2012

21

Observações

• Adubação corretiva gradual utilizada quando da não possibilidade de se fazer a corretiva (mais comum);

– Adubação no sulco

• Após classificação como médio/bom, utilizar somente adubação de manutenção:

– 20 kg P2O5 para cada tonelada de grãos produzida

Adubação Potássica

Fonte: Embrapa

Observações

• Adubação corretiva somente em solos

com maior teor de argila a lanço;

• Manutenção de K com 60 kg/ha de K2O

se a expectativa for de 3ton grãos/há

• Doses acima de 50kg/ha:

– Parcelamento plantio e 30/40 das

Doses de K e P de acordo com a

produtividade esperada

Fonte: Embrapa

Fonte: Embrapa

Adubação com Enxofre e

micronutrientes

• 15 kg para cada tonelada de grãos

Fonte: Embrapa

Page 22: Aula Cultura Da Soja

20/04/2012

22

Recomendações

• Aplicação de micronutrientes deve ser baseada na análise foliar;

• Pode ser aplicado a lanço (100%);

• Aplicação no sulco: – 1/3 da dose total em 03 anos consecutivos;;

• Para Mo e Co: – V3 a V5:

• 12 – 30kg/ha de Mo;

• 02 – 03kg/ha de Co;

• Mn: – 350 g/ha (1,5 kg de MnSO4) em 200lts + 0,5% de ureia

Fonte: Embrapa

Diagnose Foliar

• Os trifólios a serem coletados, sem o pecíolo,

são o terceiro e/ou o quarto, a partir do ápice;

• No mínimo, 40 plantas no talhão, no início da

floração;

• Para evitar a contaminação com poeira de solo

nas folhas, sugere-se mergulhá-las em água,

simplesmente para a remoção de resíduos de

poeira e em seguida colocadas para secar à

sombra e após embaladas em sacos de papel

Diagnose Foliar

Fonte: Embrapa

Observações

• Adubação foliar recomendada apenas

para Mn, Co e Mo;

• Aplicação foliar é indicada somente para a

próxima safra, pois a amostragem é

realizada no período de plena floração

(R2), o que não permite aplicação

Nitrogênio

• O que mais limita o desenvolvimento;

• Sujeito a perdas:

– Lixiviação;

– Volatilização;

– Desnitrificação;

• 95% do N em solos é orgânico:

– Ação dos microorganismos

Transformações

• Mineralização:

– Velocidade de decomposição dos resíduos vegetais e N NH4 e NO3:

• Relação C/N (15/1 a 20/1);

• pH;

• Tipo de argila;

• Umidade do solo;

• Imobilização: – Relação C/N > 30/1;

– Falta de N no sistema: • Para a Biomassa microbiana;

– Prtns, e outros compostos

Page 23: Aula Cultura Da Soja

20/04/2012

23

Perdas por Volatilização Adubação Nitrogenada

• 80 kg de N para 1000 kg de grãos:

• Fontes de N:

– FBN: • Formulações:

– Turfosos, líquidos:

– Concentração mínima de 1x109 células viáveis/grama ou mL do produto.

– Fornecimento mínimo de 1,2 milhões de células viáveis por semente;

– Dose não inferior a 100 mL / 50 kg de sementes.

Cuidados ao adquirir Inoculantes

• Adquirir inoculantes recomendados pela pesquisa e devidamente registrados no MAPA. O número de registro deverá estar impresso na embalagem;

• Não adquirir e não usar inoculante com prazo de validade vencido;

• Certificar-se de que o mesmo estava armazenado em condições satisfatórias de temperatura e arejamento;

• Transportar e conservar o inoculante em lugar fresco e bem arejado;

• Certificar-se de que os inoculantes contenham uma ou duas das quatro estirpes recomendadas para o Brasil (SEMIA 587, SEMIA 5019, SEMIA 5079 e SEMIA 5080);

• Em caso de dúvida sobre a qualidade do inoculante, contatar um fiscal do MAPA.

Cuidados na Inoculação • Fazer a inoculação à sombra e manter a semente inoculada

protegida do sol e do calor excessivo. Evitar o aquecimento, em demasia, do depósito da semente na semeadora, pois alta temperatura reduz o número de bactérias viáveis aderidas à semente;

• Fazer a semeadura logo após a inoculação, especialmente se a semente for tratada com fungicidas e micronutrientes. Para inoculantes acompanhados ou possuidores de protetores específicos, que garantam a viabilidade da bactéria na semente, seguir a orientação do fabricante;

• Para melhor aderência dos inoculantes turfosos, recomenda-se umedecer a semente com 300 ml/50 kg semente de água açucarada a 10% (100 g de açúcar e completar para um litro de água);

• É imprescindível que a distribuição do inoculante turfoso ou líquido seja uniforme em todas as sementes para que tenhamos o benefício da fixação biológica do nitrogênio em todas as plantas.

Métodos de inoculação

• Turfoso:

– Umedecer as sementes com adesivos e adicionar inoculante;

• Líquidos:

– Só a mistura é necessária

• No sulco de semeadura:

– Dose mínima 6x maior que dose na semente;

– Volume de calda não inferior a 50 litros/ha

Diagnose Foliar

Page 24: Aula Cultura Da Soja

20/04/2012

24

Nitrogênio Fósforo

Potássio

160 kg de K2O/ha

Magnésio

Calcio Manganês

Page 25: Aula Cultura Da Soja

20/04/2012

25

Deficiência de Mn induzida por

excesso de calagem Zinco

Cultivares

Objetivos do melhoramento

genético de Cvs de Soja • Produtividade e estabilidade de produção;

• Período Juvenil Longo: – Retardar o florescimento em condições de dias

curtos;

– Não floresce, mesmo sob condições de fotoperíodos curtos;

• Resistência a principais doenças;

• Resistência a insetos praga

Page 26: Aula Cultura Da Soja

20/04/2012

26

Semeadura • Época:

– Central:

• 20/10 – 10/12 ideal é novembro;

• Em condições muito favoráveis:

– Boas produções quando semeada até 20/12;

» Cvs de ciclo médio

– Norte/Nordeste:

• Maranhão - no sul, novembro a 15 de dezembro; no norte, janeiro

• Pará - no sul (Redenção), novembro a 15 de dezembro; no nordeste (Paragominas), 15 de dezembro e janeiro; no noroeste (Santarém), 10 de março a abril.

• Piauí - no sudoeste (Uruçuí - Bom Jesus), novembro a 15 de dezembro

• Tocantins - no norte (Pedro Afonso), novembro a 15 de dezembro.

• Roraima - na região central (Boa Vista), maio.

Recomendações

• Cvs sensíveis a época de semeadura podem florescer mais cedo e reduzir porte;

• Plantas com período juvenil longo, do mesmo grupo de maturação, florescem mais tarde;

• Plantas com PJL e HCI são indicadas para plantio em outubro;

• Antes de outubro:

– Cvs precoces e de HCI;

– Depende de condições muito favoráveis de M.A;

– Interessante para sucessão com milho safrinha

Page 27: Aula Cultura Da Soja

20/04/2012

27

População de plantas e

Espaçamento

• Alta plasticidade:

– Variação do nº grãos por planta, diâmetro do caule,

inversamente proporcional a população final de

plantas;

– População muito alta acamamento;

• Relação:

– Altura final, fechamento e acamamento

x

– Clima, época de semeadura, Cv e fertilidade do solo

População de plantas e

Espaçamento

• Até 1980 400 mil plantas /ha;

– Maior competição entre plantas estiolamento;

– Fechamento mais rápido;

– Redução da matocompetição;

– Redução de falhas de plantio máquinas com menor tecnologia;

– Baixa porcentagem de germinação de sementes:

• Aumento da população para garantir estande

População de plantas e

Espaçamento

• Grande mudanças:

– Melhoria tecnologia semeadoras;

– Tratamento de sementes;

– Tecnologia de produção de sementes;

– Aparecimento dos herbicidas pós emergentes

• Redução da população:

– 300 mil plantas/ ha;

– C.F ao acamamento:

• Em condições ambientais muito favoráveis

– Redução para 250 mil

População de plantas e

Espaçamento

• População em 400 mil plantas:

– Semeadura antes de outubro;

– Semeadura após dezembro;

Cultivares de porte alto e de ciclo longo

requerem populações menores. O inverso

também é verdadeiro.

Cálculo da quantidade de

sementes – nº plantas /metro

•Ex:

•População de 320.000 plantas/hectare;

•Espaçamento de 40cm (ou 0,4m)

•Resultado 12,8 plantas / metro linear

Page 28: Aula Cultura Da Soja

20/04/2012

28

Cálculo da quantidade de sementes – nº

plantas / sulco x germinação

•Ex:

• 12,8 plantas por metro;

• Germinação de 90%

•Resultado 14,22 sementes / metro de sulco

Estimativa de gasto de sementes

por hectare

• Q = Quantidade de sementes, em kg/ha;

• P = Peso de 100 sementes, em gramas;

• D = Nº de plantas que se deseja/m;

• E = Espaçamento utilizado em cm; e

• G = % de emergência em campo. – Constante 1,1 acréscimo de 10% no n° de sementes (fator

de segurança)

Cuidados na semeadura

• Velocidade de operação 04 a 06 km;

• Profundidade:

– 03 a 05 cm;

• Posição semente / adubo:

– Ao lado e abaixo da semente;

• Compatibilidade com produtos químicos:

– Nas doses recomendadas, sem problemas.

Manejo de espécies para

cobertura do solo

Manejo de espécies

• Espécies devem ser conhecidas e

indicadas para cada região;

• Paraná:

– Aveia:

• Rolo faca na floração ou hb em grãos leitosos;

– Nabo/tremoço:

– Milho consorciado com guandú:

• Solos com problemas de compactação

Manejo de espécies

• Cerrado:

– Cuidado com a época de plantio:

• Condições climáticas limita produção de palha;

– Utilizar fases inicial e final das chuvas das

espécies para cobertura:

• Safrinha:

– Milheto, sorgo, milho, girassol, nabo forrageiro, guandu;

• Antes do plantio verão:

– Milheto, sorgo e trigo (inverno) são os mais indicados

Page 29: Aula Cultura Da Soja

20/04/2012

29

Manejo dos restos culturais

• Objetivo:

– Matar plantas, mantendo os restos culturais sobre a superfície, mantendo a camada de palha aumentando a eficiência do SPD;

• Queima proibida;

• Picador regulado para mínimo de trituração;

• Deve-se distribuir de forma homogênea a palhada obtida regulagem do espalhador;

• Utilização de roçadeira, rolo faca, triturador, etc...

Rotação de Culturas

Opções da rotação de

culturas • Culturas alternadas:

– Habilidade diferenciada no aproveitamento de nutrientes do solo;

– Tipos de sistema radicular

– Susceptibilidade a doenças

– Efeitos antagônicos / sinérgicos;

– Exaurir / fertilizar o solo;

– Sensibilidade a pragas;

– Susceptibilidade a plantas infestantes

Objetivos da RC

• Diversificar a renda do produtor;

• Aproveitamento de máquinas e implementos;

• Melhoria da fertilidade do solo;

– Produção de palhada M.O;

– Reduzir perdas por erosão;

– Estabilização da produção;

• Viabilizar o SPD;

• Reciclagem de nutrientes;

– Nitrogênio, Fósforo e micronutrientes

Milheto

• Pennisetum glaucum L.

– Alta capacidade de tolerar déficit hídrico prolongado abaixo de 400mm;

– Alta densidade de semeadura (20kg/ha);

– Dessecação na pré floração:

• Massa com baixo C/N

• Produção de até 70 ton massa verde / ha;

– Melhoramento gerou cultivares para SPD:

• BRS 1501: – 40 ton massa verde/ha

Page 30: Aula Cultura Da Soja

20/04/2012

30

Milheto • Época de semeadura:

– Após colheita da soja ou milho safrinha:

• Final de janeiro a meados de abril;

– Massa e grãos x época de plantio;

– Produção de massa seca:

• Agosto a setembro

• Dessecação para plantio milho/soja

Milheto • Métodos de semeadura:

– Lanço /sulco:

• Lanço:

– Manual ou aplicador de calcário;

– Pode ser utilizado grade leve em áreas sem plantio

• Sulco:

– Produção de grãos, sementes e forragem

Crotalaria juncea

Crotalaria juncea

• Colheita:

– Corte das plantas no florescimento e no

início do surgimento das primeiras

vagens, normalmente aos 120 dias após a

semeadura para C. juncea

• Produtividade normal:

– 10 a 15 t/ha de matéria seca e 500 a 1.000

kg/ha de sementes

Sorgo Forrageiro

Page 31: Aula Cultura Da Soja

20/04/2012

31

Controle de Plantas Daninhas

• Preventivo:

– Utilização de sementes de elevada pureza;

– Evitar comercialização ilegal de sementes;

– Evitar utilização de semente “salvas”

– Limpeza de máquinas e implementos;

– Inspeção de matéria orgânica;

– Limpeza de canais de irrigação;

– Quarentena de animais adquiridos;

Controle de Plantas Daninhas

• Cultural:

– Práticas comuns ao bom manejo da água e

do solo:

• Rotação de culturas;

• Variação do espaçamento de culturas;

• Uso de cobertura verde;

Controle Mecânico

• Capina mecânica:

– P.D com 2 a 4 pares de folhas são sensíveis as condições ambientais;

– Enterrio de P.D

– Expõe raízes Morte da P.D

– Aração, gradagem, enxada rotativa:

• Dificuldade de controle na linha;

• Baixa eficiência em solo molhado;

• Ineficiente para P.D com reprodução assexuada;

• Revira o banco de sementes!

Page 32: Aula Cultura Da Soja

20/04/2012

32

Controle Químico

Fonte:http://www.esalq.usp.br/departamentos/lpv/download/manejo%20de%20plantas%20daninhas%20cultura%20soja%20milho%20feijao.pdf

Page 33: Aula Cultura Da Soja

20/04/2012

33

Fonte:http://www.esalq.usp.br/departamentos/lpv/download/manejo%20de%20plantas%20daninhas%20cultura%20soja%20milho%20feijao.pdf

Soja Convencional

Soja RR

Manejo Plantas Daninhas

Resistentes

Fonte: http://www.monsanto.com.br/produtos/stewardship/pdf/folheto-manejo-resistencia.pdf

Page 34: Aula Cultura Da Soja

20/04/2012

34

Fonte: http://www.monsanto.com.br/produtos/stewardship/pdf/folheto-manejo-resistencia.pdf

Fonte: http://www.monsanto.com.br/produtos/stewardship/pdf/folheto-manejo-resistencia.pdf

Fonte: http://www.monsanto.com.br/produtos/stewardship/pdf/folheto-manejo-resistencia.pdf

Page 35: Aula Cultura Da Soja

20/04/2012

35

Considerações • Não aplicar herbicidas pós-emergentes na presença

de muito orvalho e/ou imediatamente após chuva;

• Não aplicar na presença de ventos fortes (>8 km/h), mesmo utilizando bicos específicos para redução de deriva;

• Pode-se utilizar baixo volume de calda (mínimo de 100 L ha-1) quando as condições climáticas forem favoráveis e desde que sejam observadas as indicações do fabricante (tipo de bico, produtos);

• A aplicação de herbicidas deve ser realizada em ambiente com umidade relativa superior a 60%. Além disso, deve-se utilizar água limpa;

• Não aplicar quando as plantas, da cultura e invasoras, estiverem sob estresse hídrico

Considerações • Para facilitar a mistura do herbicida trifluralin com o solo e

evitar perdas por volatização e fotodecomposição, o solo deve estar livre de torrões;

• Para cada tipo de aplicação, existem várias alternativas de bicos, os quais devem ser utilizados conforme indicação do fabricante. Verificar a uniformidade de volume de pulverização, tolerando variações máximas de 10% entre bicos;

• Em solos de arenito, (baixos teores de argila), indica-se precaução na utilização de herbicidas pré-emergentes, pois podem provocar fitotoxicidade na soja. Para tais situações, recomenda-se reduzir as doses ou não utilizá-los;

• O uso de equipamento de proteção individual é indispensável em qualquer pulverização.

Considerações

• Pode ser realizado o manejo de entressafra das invasoras, principalmente para espécies de difícil controle:

– Início aos 15 dias após a colheita da cultura antecessora a soja (comercial ou cobertura morta);

• Espécies perenes;

– Mínimo 5 litros/ha de glifosato

– Manejo mecânico inicial para posterior rebrota;

• Intervalo mínimo de 10 dias entre a semeadura de soja e aplicação de 2,4-D;

• Em semeadura direta sobre pastagens: – Início aos 30 a 60 dias do início da semeadura de soja;

– Recomenda-se adição de óleo (0,5%) para controle de espécies pilosas;

– Monitoramento se aplicação de Tordon na pastagem

Manejo de Pragas

Cultura da soja

Monitoramento de pragas da

soja

• Deve ser feita semanalmente, de 20 a

30m da bordadura;

• Pontos de amostragens:

– 01 a 09 ha 6 pontos de amostragens;

– 10 a 29 ha 8 pontos;

– 30 a 99 ha 10 pontos;

Page 36: Aula Cultura Da Soja

20/04/2012

36

Pragas Subterrâneas

• Bicudo, Tamanduá-da-soja

– Sternechus subsignatus

• Percevejo-castanho

– Scaptocoris castanea;

– Atarsocoris brachiariae

Níveis de controle

• Bicudo:

– 01 a 02 adultos / metro linear;

• Controle:

– Fipronil

» Standak 200ml/100 kg sementes

– Metamidofós

» 0,5 litro metafós/ha em 150 litros de calda

• Percevejo castanho:

– Só preventivo:

• Nutrição, rotação de culturas, etc...

Lagartas

• Anticarsia gemmatalis (lagarta da soja);

• Lagarta falsa medideira - Chrysodeixis (Pseudoplusia) Includens / Rachiplusia nu;

• Lagarta Cabeça de fósforo Urbanus proteus;

• Lagarta enroladeira Omiodes indicata;

• Broca das axilas Epinotia aporema

Page 37: Aula Cultura Da Soja

20/04/2012

37

Níveis de Controle

• Lagartas:

– V 30% desfolha / 40 lagartas por pano de batida

– R 15% desfolha / 40 lagartas por pano de batida

– Utilização do Controle Biológico: • Não mais que 10 lagartas > 10 cm / pano

• Broca das axilas:

– Até formação das vagens com 30% de ponteiros atacados

Medidas de controle

• Organofosforados:

– Clorpirifós (lorsban) 08 litros/ha

– Metamidofós (matefós) 0,5 litros / ha

• Piretróides:

– Alfacipermetrina (Fastac 100 SC):

• 150ml /ha em 150 litros de água

• Controle Biológico:

– Bacillus thuringiensis;

– Baculovirus anticarsia;

• BACULOVIRUS NITRAL 20g/ha em 120 litros de calda

Page 38: Aula Cultura Da Soja

20/04/2012

38

Percevejos

• Nezara viridula (percevejo verde);

• Piezodorus guildinii (percevejo verde pequeno);

• Euschistus heros (percevejo marrom);

• Edessa meditabunda (Percevejo-asa-preta-da-soja);

• Neomegalotomus parvus (formigão);

Page 39: Aula Cultura Da Soja

20/04/2012

39

Níveis de controle - Percevejos

• Produção de grãos:

– 04 percevejos / pano de batida;

• Produção de sementes:

– 02 percevejos / pano de batida;

Medidas de controle - percevejos

• Químico:

– Acefato (orthene 750 BR); • 0,75 kg/ha em 200litros de calda

– Organofosforados; • Clorpirifós (lorsban) 0,8 litro/ha

• Metamidofós (metafós) 0,5 litro/ha em 200 litros calda /

– Tiametoxan (cruiser); • 200ml / 100 kg sementes

– Parathion methil (folisuper); • 900 ml/ha / 200litros de calda ou 10-20 (aéreo)

– Gama cialotrina (fentrol 60 CS / Nexide): • 70ml/ha / 250 litros de calda / 20 litros de calda (aéreo)

Outros

• Vaquinha Cerotoma arcuatus;

– Besouro de 5 a 6mm, preto com manchas amarelas no dorso.

• Controle 30% (V) e 15% (R) de desfolha

– Tiametoxan / fipronil

• Patriota Diabrotica speciosa

– Besouros de 5 a 6mm, cabeça castanha, cor verde e cada élitro com 3 manchas amareladas;

• Controle Idem Vaquinha;

• Mosca Branca Bemisia tabaci / B. argentifolia:

– Monocrotofós / tiametoxan

Page 40: Aula Cultura Da Soja

20/04/2012

40

Inimigos Naturais

Trissolcus basalis Telenomus podisi

Page 41: Aula Cultura Da Soja

20/04/2012

41

Trichopoda giacomellii

Manejo das principais

doenças da cultura da soja

Page 42: Aula Cultura Da Soja

20/04/2012

42

Manejo de doenças • Tratamento de sementes;

• Rotação de culturas;

• Antecipação semeadura;

• Sucessão de Cvs;

• Pulverizações;

• Controle de vetores (VIROSES);

• Pousio (nematóides)

• Plantio de espécies nematicidas;

• VARIEDADES RESISTENTES

Fonte: Fundação MS 2006

Fonte: Fundação MS 2006

Rhizoctonia solani Medidas de controle

Fonte: Fundação MS 2006

Page 43: Aula Cultura Da Soja

20/04/2012

43

Medidas de controle

Fonte: Fundação MS 2006 Fonte: Fundação MS 2006

Page 44: Aula Cultura Da Soja

20/04/2012

44

Fonte: Fundação MS 2006 Fonte: Fundação MS 2006

Fonte: Fundação MS 2006

Page 45: Aula Cultura Da Soja

20/04/2012

45

Mofo Branco – Sclerotinia

Sclerotiorum