aula coma unirb.pdf

50
ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO por ENFª SIMONE OLIVEIRA

Upload: thay-brito

Post on 17-Sep-2015

25 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • ACIDENTE VASCULAR ENCEFLICO

    por

    ENF SIMONE OLIVEIRA

  • INTRODUO

    No Brasil, estudos recentes apontam que o

    Acidente Vascular Enceflico (AVE) a

    primeira causa de bitos em adultos, e no

    mundo a terceira causa de morte, sendo

    superado pelas neoplasias e doenas

    cardiovasculares.

  • DEFINIO

    O AVE definido pela interrupo abrupta do fluxo sanguneo cerebral, ocasionado pelo acometimento

    da vasculatura cerebral, pela alterao do fluxo

    sanguneo ou do sistema de coagulao para uma

    determinada regio enceflica.

    (CALIL, PARANHOS, 2010, p. 387)

  • ETIOLOGIA

    O AVE pode ser classificado em dois

    tipos:

    Acidente Vascular Cerebral

    Isqumico (AVEI)

    Acidente Vascular Cerebral Hemorrgico (AVEH)

    85% dos

    casos

    15% dos casos

  • ETIOLOGIA

    O AVEI e o Ataque Isqumico Transitrio (AIT)

    so variaes de uma mesma doena vascular

    isqumica. Um AIT pode preceder um AVEI, mas

    um AVEI pode ocorrer sem aviso prvio.

    AVEI

  • Outras causas do AVEI

    ETIOLOGIA

    Secundrio aterotrombose ou ateroesclerose de grandes artrias

    Secundrio embolia de origem cardaca

    Infartos lacunares ou doenas de pequenas artrias

  • ETIOLOGIA

    AVEH

    Hemorragias intraparenquimatosas

    Hemorragias subaracnideas

  • FISIOPATOLOGIA

    AVEI

    [...] produz alteraes estruturais e funcionais, com uma regio de infarto denominada zona de

    penumbra isqumica.

    (CALIL,PARANHOS, 2010, p. 389)

  • Onde ocorre o infarto as leses funcional e

    estrutural so irreversveis, enquanto que na

    zona de penumbra isqumica, a funo est

    comprometida, mas estruturalmente vivel.

    FISIOPATOLOGIA

    AVEI

  • FISIOPATOLOGIA

    AVEH

    Secundrio ruptura de um vaso sanguneo cerebral. O sangramento pode ocorrer em um

    vaso adjacente ao crebro (hemorragia

    subaracnide) ou dentro da substncia cerebral

    (hemorragia intracerebral). A primeira geralmente

    decorre de um aneurisma e a segunda, da

    hipertenso arterial no controlada. (CANETTI et al, 2007, p.292)

  • FATORES DE RISCO PARA AVE

    Idade

    Hipertenso arterial

    Ateroesclerose

    Colesterol elevado

    Hereditariedade

  • Sedentarismo

    Antecedentes de AIT ou AVE

    Diabetes

    Tabagismo

    Doena cardaca

    FATORES DE RISCO PARA AVE

  • QUADRO CLNICO

    Alterao do nvel de conscincia

    Fala incoerente ou dificuldade cognitiva

    Hemiplegia/paresia

    Dficit motor e/ou sensorial

    Paralisia facial

    Incontinncia urinria

    AVEI

  • QUADRO CLNICO

    Hipertenso arterial

    Cefalia de incio sbito

    Rebaixamento do nvel de conscincia

    Nuseas e vmitos

    Dficit motor

    Convulses

    AVEH

  • CONFIRMAO DIAGNSTICA

    A confirmao do diagnstico e do tipo de AVE, se isqumico ou hemorrgico,

    realizada atravs da tomografia

    computadorizada.

  • CONFIRMAO DIAGNSTICA

    Imagem da esquerda mostra um AVE isqumico visto

    pela tomografia de crnio: a rea da leso a mais

    escura do lado esquerdo.

  • A imagem do meio mostra AVE hemorrgico em

    tomografia do crnio: a rea da leso a regio com

    colorao mais densa e brilhante.

    CONFIRMAO DIAGNSTICA

  • TRATAMENTO

    Inclui intervenes de suporte clnico e teraputica especfica.

    Aps tratamento inicial na Emergncia o paciente deve ser internado em uma unidade de AVE ou UTI.

    Na sala de Emergncia deve ser realizado o ABCD: vias areas, ventilao, estado circulatrio e dficits

    neurolgicos.

    Aspectos gerais

  • TRATAMENTO

    Aspectos gerais

    Cabeceira elevada a 30

    Oxignio nasal se saturao

  • Nos casos de HIC grave instituir tratamento.

    Controle da HIC, que na fase aguda d-se como uma resposta fisiolgica; a hipotenso deve ser

    rapidamente tratada devido ao risco de aumentar as

    reas de isquemia.

    Monitorizao cardaca devido ao risco de arritmias.

    TRATAMENTO

    Aspectos gerais

  • Aspectos gerais

    TRATAMENTO

    Controle de glicemia: nveis >200mg/dl e ou = 37,5C.

  • TRATAMENTO AVEI

    Um dos principais tratamentos especficos na

    fase aguda do AVCI o ativador do

    plasminognio tecidual recombinante (rt PA).

  • Quando administrado em tempo hbil, at trs horas

    de instalao do AVEI, o rt-PA restabelece o fluxo de

    sangue arterial sobre os neurnios da rea

    isqumica, minimizando a incapacidade funcional

    com boa evoluo histrica.

    TRATAMENTO

    AVEI

  • 1. Transferir o paciente para a sala de urgncia

    2. Iniciar infuso de rtPA EV 0,9mg/Kg 3. No administrar aspirina , antiagregante plaquetrio ou anticoagulante nas primeiras 24h do uso do tromboltico

    4. Manter o paciente em jejum por 24h

    5. No passar SNE nas primeiras 24h

    6. No realizar cateterizao venosa central e puno arterial nas primeiras 24 horas

    7. No passar Sonda vesical

    8. Manter hidratao com SF 0,9%

    9. Controle neurolgico rigoroso: verificar escore de AVC do NIH a cada 15min na infuso, a cada 30 min nas prximas 6 horas e , aps, a cada 1 hora at completar 24h

  • 10. Monitorize a PA a cada 15min nas duas primeiras horas e depois a cada 30min at 24-36 do incio do tratamento, manter menor ou igual a 180x105mmHg

    11. Se houver qualquer suspeita de sangramento suspender o tromboltico

    12. Aps 24h de tromblise seguir as mesmas orientaes do paciente que no recebeu o tratamento

    13. Iniciar profilaxia para TVP 24 h aps tromblise

    Fonte: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Doenas cardiovasculares, 2012

  • TRATAMENTO

    AVCH

    O tratamento no AVCH pode ser clnico ou cirrgico. No caso de hemorragia

    intraparenquimatoso (HIP) atentar para manter a presso arterial mdia abaixo de 130 mmHg. Na

    hemorragia subaracnidea a PA sistlica deve ser mantida menos que 160 mmHg.

  • ABC REPOUSO E CABECEIRA A 30 INSTALAO DE SOLUO ISOTNICA HGT BH DIETA ZERO CONTROLE DE CRISES CONVULSIVAS REALIZAR ECG E RX DE TORAX EXAMES

  • REFERNCIA

    CALIL, A. M. O enfermeiro e as situaes de emergncia/

    CALIL, A.M., PARANHOS, W. Y. So Paulo: Atheneu, 2007.

    CANETTI, M. D.[et al]Manual bsico de emergncia para

    tcnicos em emergncias mdicas e socorristas. 2 ed. So

    Paulo: Atheneu, 2007

    www.acidentevascularcerebral.com Acesso em 21/09/2008

  • Conscincia - estado em que o indivduo est cnscio de si mesmo e do ambiente; conhecedor das circunstncias que lhe dizem respeito e daquelas com que se relaciona (tempo, espao, pessoas e fatos).

    Nvel de Conscincia ciclo Sono-viglia

    Contedo de Conscincia - determina nossa conscincia acerca de ns mesmos e do meio que

    nos cerca.ae do que nos cercas.

  • Sonolncia : aumento entre a relao entre

    viglia e sono Letargia: condio na qual o paciente

    despertado com estmulo e exibe conscincia menor que o normal sobre si ou o ambiente

    Torpor: estado em que necessria uma estimulao vigorosa para despertar o paciente

    Estado vegetativo: Preservao da relao sono-viglia, com perdas das funes cognitivas, preservao de movimentos respiratrios e funo motora espontnea

  • ESTRUTURAL?

    METABLICO?

  • A palavra coma vem do grego do verbo Koimo, ou seja ato de dormir. Surge ento a palavra Koimeterion, que significa dormitrio ou cemitrio

  • COMA

    INTOXICAO 30%

    LESO CEREBRAL

    34%

    CAUSA METABLICA

    36%

  • COMA

    Leses supratentoriais

    Leses infratentoriais

    Leses enceflicas

    difusas

  • Leses supratentoriais: Leses destrutivas de ambos hemisfrios

    cerebrais; leses expansivas (resultando em efeito de massa), hemorragias, tumores, abscessos, TCE.

    Leses infratentoriais: Leses destrutivas, isqumicas ou

    compressivas em sistemas ativadores localizados em tronco enceflico,hipotlamo e tlamo.

  • Leses metablicas e /ou difusas Hipxia Hipoglicemia Deficincias nutricionais Distrbios hidroeletrolticos Distrbios cido-bsicos Intoxicao exgena

  • Abordagem inicial do paciente comatoso: Avaliao do nvel de conscincia ECG Exame das pupilas Atividade motora Respirao

  • MOVIMENTOS OCULARES Leso em nervos cranianos que inervam

    msculos responsveis pela motricidade ocular ptose palpebral, estrabismo, dificuldade de baixar e elevar o globo ocular

    Manobra dos olhos de boneca: mover bruscamente a cabea do paciente- movimentao dos olhos para o lado oposto= preservao do tronco enceflico

  • Reflexo crneo-palpebral: estmulo sobre a crnea fechamento dos olhos e desvio do olhar para cima- se abolido unilateralmente leso neurolgica focal.

  • um estado profundo de inconscincia, durante o qual o indivduo no capaz de reagir ao seu ambiente

    O estado de conscincia depende da integridade dos hemisfrios cerebrais interagindo com o sistema reticular ativador ascendente (SRAA).

    A melhor quantificao se faz pela escala de Glasgow cujo escore inferior a 8.

  • RESPIRAO Parmetro para localizar precocemente o nvel

    de leso estrutural Respirao de Cheyne-Stokes: padro

    respiratrio que se caracteriza pela alternncia de perodos de apnia com respirao rpida e profunda.

    Respirao de Kussmaul: respirao muito rpida e profunda

  • ESTABILIZAO INICIAL ABC Vias Areas A 1. Presena de reflexo de vmito? 2. Leso de tronco cerebral 3. Broncoaspirao 4. Necessidade de intubao? (Glasgow
  • ESTABILIZAO INICIAL ABC Respirao B 1. Avaliar oxigenao e ventilao por

    oximetria de pulso e gasometria Circulao C 1. Frequncia cardaca e presso arterial

  • ESTABILIZAO INICIAL: Determinao rpida da glicemia: administrar

    50ml de glicose a 50% se houver hipoglicemia Administrao de Tiamina (100mg EV): Prevenir encefalopatia.