aula código florestal e mata atlântica

255
Profª Roberta Ca Programa de Pós Graduação em Programa de Pós Graduação em Direito Direito Fundação Faculdade de Direito da Fundação Faculdade de Direito da Bahia Bahia CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM EM DIREITO E LEGISLAÇÃO AMBIENTAL DIREITO E LEGISLAÇÃO AMBIENTAL Profª Roberta Casali Profª Roberta Casali Profª Roberta Casali Mestre em Direito Internacional pela Universidade de Mestre em Direito Internacional pela Universidade de Manchester – Inglaterra, área de concentração e Manchester – Inglaterra, área de concentração e Monografia em Direito Ambiental Monografia em Direito Ambiental Profª da Universidade Católica do Salvador Profª da Universidade Católica do Salvador Sócia coordenadora do núcleo ambiental do MMC & Zarif Sócia coordenadora do núcleo ambiental do MMC & Zarif Advogados Advogados

Upload: roberta-casali

Post on 08-Apr-2017

659 views

Category:

Law


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Programa de Pós Graduação em Programa de Pós Graduação em DireitoDireito

Fundação Faculdade de Direito da Fundação Faculdade de Direito da BahiaBahia

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM EM

DIREITO E LEGISLAÇÃO AMBIENTALDIREITO E LEGISLAÇÃO AMBIENTAL

Profª Roberta Casali

Profª Roberta CasaliProfª Roberta CasaliMestre em Direito Internacional pela Universidade de Manchester – Mestre em Direito Internacional pela Universidade de Manchester – Inglaterra, área de concentração e Monografia em Direito Inglaterra, área de concentração e Monografia em Direito AmbientalAmbientalProfª da Universidade Católica do SalvadorProfª da Universidade Católica do SalvadorSócia coordenadora do núcleo ambiental do MMC & Zarif Sócia coordenadora do núcleo ambiental do MMC & Zarif AdvogadosAdvogados

Page 2: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

TEMA DA AULA:TEMA DA AULA:

CÓDIGO FLORESTAL CÓDIGO FLORESTAL EE

MATA ATLANTICAMATA ATLANTICA

OBS. Conteúdo atualizado até 24/11/2015OBS. Conteúdo atualizado até 24/11/2015

Page 3: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Normas - APP e Reserva LegalNormas - APP e Reserva Legal Constituição Federal (CF, artigo 225, § 4º) Código Florestal Brasileiro (CFB, Lei nº 12.651 de

25/05/2012, alterada pela Lei 12.727, de 18/10/2012) Decreto Federal 7.830/2012 - SICAR, CAR e o Pra Instrução Normativa MMA 3/2014 sobre CAR Portaria MMA 100, de 4/5/2015 (prorroga prazo do CAR) Lei Estadual 13.223/2015 (pagamento por serviços

ambientais) Lei Estadual nº 10.431/06 - Política Estadual e Decreto

14.024 de 06/2012. Decreto 14.024/2012. Decreto Estadual 15.180/2014 (Gestão Florestal na Bahia) Constituição Estadual da Bahia (art. 215) LOUS/PDDU de Salvador

Page 4: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

CÓDIGO FLORESTALCÓDIGO FLORESTAL

Page 5: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Áreas de Preservação PermanenteÁreas de Preservação Permanente- Relevância - - Relevância -

Page 6: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

CAPÍTULO VI - DO MEIO AMBIENTE

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

Áreas de Preservação PermanenteÁreas de Preservação PermanenteConstituição FederalConstituição Federal

Page 7: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:

I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas;

II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;

III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; [Lei 9.985/2000 - SNUC].[Lei 9.985/2000 - SNUC].

Áreas de Preservação PermanenteÁreas de Preservação PermanenteConstituição FederalConstituição Federal

Page 8: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente; [Lei Federal nº 9.795/1999].

VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade.

§ 3º - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados [Lei Federal nº 9.605/1998].

Áreas de Preservação PermanenteÁreas de Preservação PermanenteConstituição FederalConstituição Federal

Page 9: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Desenvolvimento SustentávelDesenvolvimento SustentávelDesenvolvimento sustentável é o objetivo do CFB (art. 1º)

Page 10: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Entes:Entes:União União Estados Membros / Distrito FederalEstados Membros / Distrito FederalMunicípiosMunicípios

Tipos:Tipos:Para administrar (exclusiva, Para administrar (exclusiva,

comum/complementar)comum/complementar)Para Legislar (privativa, Para Legislar (privativa,

concorrente/suplementar)concorrente/suplementar)

Repartição de CompetênciasRepartição de Competências

Page 11: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Para legislarPara legislar - - Concorrente (art.24)Concorrente (art.24)• A A União estabelece normas gerais União estabelece normas gerais (diretrizes e (diretrizes e princprincíípios)pios)

• Estados e MunicEstados e Municíípios possuem competência leg. pios possuem competência leg. suplementar suplementar = podem complementar a legislação = podem complementar a legislação federal para atender federal para atender ààs suas peculiaridades s suas peculiaridades regionais/locais ou, diante da inexistência de leg. regionais/locais ou, diante da inexistência de leg. federal, exercer a competência legislativa federal, exercer a competência legislativa plena atplena atéé ediediçção ão de lei federal, qdo a leg. Estadual/municipal terde lei federal, qdo a leg. Estadual/municipal teráá sua eficsua eficáácia suspensa no que contrariar cia suspensa no que contrariar ààquelaquela

• Prevalece a norma Prevalece a norma mais restritivamais restritiva se ela não invadir se ela não invadir competência de outro entecompetência de outro ente

Repartição de CompetênciasRepartição de Competências

Page 12: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Para legislarPara legislar - - Concorrente (art. Concorrente (art. 24)24)

Art. Art. 2424 - Compete à - Compete à União, aos Estados e ao Distrito União, aos Estados e ao Distrito Federal Federal legislar concorrentemente sobre: (não inclui legislar concorrentemente sobre: (não inclui Municípios, mas...)Municípios, mas...)I I –– direito (...) urban direito (...) urbaníísticosticoVI - florestas, caVI - florestas, caçça, pesca, fauna, conservaa, pesca, fauna, conservaçção da ão da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, protenatureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteçção ão do MA e controle da poluido MA e controle da poluiçção ão VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, a bens VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, a bens e direitos de valor arte direitos de valor artíístico, eststico, estéético, histtico, históórico, turrico, turíístico e stico e paisagpaisagíísticostico

Repartição de CompetênciasRepartição de Competências

Page 13: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Para legislarPara legislar - - Concorrente (MunicConcorrente (Municíípiopio))• Município não foi mencionado Município não foi mencionado no artigo 24. no artigo 24. Interpretação sistemática dos arts. 23, 30, I e II e 225Interpretação sistemática dos arts. 23, 30, I e II e 225• Art. 23 - É competência comum da União, dos Estados, Art. 23 - É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios do Distrito Federal e dos Municípios VI - proteger o meio ambiente VI - proteger o meio ambiente e combater a poluiçãoe combater a poluição• Art. 30 - Compete aos Municípios: Art. 30 - Compete aos Municípios: I - I - legislar sobre assuntos de interesse locallegislar sobre assuntos de interesse local;;II - suplementar a legislação federal e a estadual no que II - suplementar a legislação federal e a estadual no que coubercouber• Art. 225 - Todos têm direito ao MA ecologicamente Art. 225 - Todos têm direito ao MA ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-locoletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as para as presentes e futuras gerações presentes e futuras gerações

Repartição de CompetênciasRepartição de Competências

Page 14: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Para administrarPara administrar - Comum (art 23)- Comum (art 23)

• União, Estados, MunicUnião, Estados, Municíípios e DFpios e DF

• Entes atuam em Entes atuam em cooperacooperaçção administrativa ão administrativa recrecííprocaproca, visando alcan, visando alcanççar os objetivos da CFar os objetivos da CF

• Lei complementar fixa normas para a cooperaLei complementar fixa normas para a cooperaçção ão (LC 140/2011)(LC 140/2011)

• Art. 23:Art. 23:VI - proteger o meio ambiente e combater a VI - proteger o meio ambiente e combater a

poluição em qualquer de suas formas;poluição em qualquer de suas formas;VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;

Repartição de CompetênciasRepartição de Competências

Page 15: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

O que é Área de Preservação Permanente ?O que é Área de Preservação Permanente ?

CÓDIGO FLORESTAL (art. 3º, II Lei nº 12.651/2012)

Área protegida coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar:

• os recursos hídricos, • a paisagem, • a estabilidade geológica e • a biodiversidade, • facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, • proteger o solo e • assegurar o bem-estar das populações humanas

Page 16: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Áreas de Preservação PermanenteÁreas de Preservação PermanenteNatureza jurídicaNatureza jurídica

Decisão do Supremo Tribunal Federal:

A natureza jurídica da APP – vegetação de preservação permanente – já foi reconhecida pelo e. STF no julgamento do RE n. 100.717-6, do Min. Relator Francisco Resek, como sendo uma limitação administrativa de caráter geral ao direito de propriedade, fundada na função social da propriedade.

Diogo de Figueiredo Moreira Neto: as limitações administrativas só podem ter assento em lei , ato geral emanado do Poder Legislativo, mas, ainda assim, não poderão ser impostas desproporcionalmente, com restrições tais que inutilizem a propriedade atingida, pois, se isso ocorrer, a pretexto de aplicar uma limitação, o Poder Público estaria virtualmente expropriando um direito. (Curso de Direito Administrativo, 14 ed. Forense, 2005 , p.377)

Page 17: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Criação de Área de Preservação PermanenteCriação de Área de Preservação Permanentegera direito à indenização?gera direito à indenização?

??

Page 18: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Criação de Área de Preservação PermanenteCriação de Área de Preservação Permanentegera direito à indenização?gera direito à indenização?

REGRA GERAL:

norma criando APP (=impondo limitação administrativa) gera dever de indenizar somente se instituir uma nova restrição no imóvel.

Page 19: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Criação de Área de Preservação PermanenteCriação de Área de Preservação Permanentegera direito à indenização?gera direito à indenização?

STJ: Limitação administrativa ≠ desapropriação indreta

“2. O STJ, em reiterados precedentes, sedimentou o entendimento segundo o qual é quinquenal o prazo prescricional para o ajuizamento das ações que pleiteiam indenização em razão da criação do lago artificial da Usina de Nova Ponte. Esse entendimento se deve ao fato de que a criação de área de preservação permanente por exigência de legislação ambiental (no caso, a Medida Provisória n. 2.166-67, de 24/8/2001, regulamentada pela Resolução do CONAMA n. 302/2002), tão somente configura mera limitação administrativa, tendo em vista não retirar a propriedade da área. Precedentes: AgRg no AREsp 261.688/MG, Relator Ministro Benedito Gonçalves, Primeira Turma, DJe 15/4/2013; AgRg no REsp 1.317.806/MG, Relator Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, DJe 14/11/2012; e AgRg no AREsp 177.692/MG, Relator Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, DJe 24/9/2012.”

(STJ, EDcl no REsp 1308119/MG, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 20/02/2014, DJe 06/03/2014)

Page 20: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Criação de Área de Preservação PermanenteCriação de Área de Preservação Permanentegera direito à indenização?gera direito à indenização?

“1. A desapropriação indireta somente se dá com o efetivo desapossamento do imóvel em favor do ente expropriante, tal não ocorrendo com a simples limitação decorrente da criação de área de preservação permanente, situação em que o proprietário mantém o domínio da gleba mas com restrições impostas por norma de direito ambiental.2. Essa situação, por caracterizar-se como limitação administrativa, autoriza seja o proprietário indenizado, limitada a sua pretensão, no entanto, ao prazo prescricional quinquenal de que trata o art.10 do Decreto-Lei 3.365/1941, disposição de regência específica da matéria.3. Precedente idêntico: AgRg no REsp 1.361.025/MG (Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, julgado em 18/04/2013, DJe 29/04/2013).4. Agravo regimental não provido.”(STJ, AgRg nos EDcl no REsp 1334228/MG, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 05/12/2013, DJe 11/12/2013)

STJ favorável à indenização por limitação administrativa fruto de criação de nova APP

Page 21: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Criação de Área de Preservação PermanenteCriação de Área de Preservação Permanentegera direito à indenização?gera direito à indenização?

STJ concede direito à indenização se houver prova de efetivo prejuízo

1. A jurisprudência do STJ firmou-se no sentido de que a criação do Parque Estadual da Serra do Mar, por intermédio do Decreto Estadual 10.251/1977, do Estado de São Paulo, não acrescentou nenhuma limitação às previamente estabelecidas em outros atos normativos (Código Florestal, Lei do Parcelamento do Solo Urbano etc), os quais, à época da edição do referido decreto, já vedavam a utilização indiscriminada da propriedade.2. Inviável, portanto, a indenização da cobertura florística, por situar-se o imóvel em área de preservação permanente (Parque Estadual da Serra do Mar) e pela não comprovação de limitação administrativa mais extensa que as já existentes. Precedentes: REsp 442.774/SP, Rel. Min. TEori Albino Zavascki, Primeira Turma, DJ de 20/6/2005 e AgRg no REsp 769.405/SP, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe de 16/4/2010.3. Agravo regimental não provido.(STJ, AgRg no REsp 1440182/SP, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 16/10/2014, DJe 23/10/2014)

Page 22: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Criação de Área de Preservação PermanenteCriação de Área de Preservação Permanentegera direito à indenização?gera direito à indenização?

ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. RESTRIÇÃO AO USO DA PROPRIEDADE. ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE. LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA IMPOSTA COM A EDIÇÃO DO CÓDIGO FLORESTAL DE 1965 PRESCRIÇÃO. “1. Sendo imposições de natureza genérica, as limitações administrativas não rendem ensejo a indenização, salvo comprovado prejuízosalvo comprovado prejuízo. 2. Se alguma perda sofreu o proprietário de terras situadas em área de preservação permanente, tal prejuízo remonta à edição da Lei nº 4.771/65, marco inicial do prazo de prescrição. 3. Extingue-se em cinco anos o direito de propor ação que vise a indenização por restrições decorrentes de atos do Poder Público. 4. Recurso Especial não provido. “

(STJ; REsp 1.264.845; Proc. 2011/0160562-2; PR; Segunda Turma; Relª Min. Eliana Calmon Alves; Julg. 16/10/2012; DJE 22/10/2012)

STJ concede direito à indenização se houver prova de efetivo prejuízo

Page 23: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Desapropriação direta: Áreas de Preservação Desapropriação direta: Áreas de Preservação Permanente são indenizáveis?Permanente são indenizáveis?

Não há entendimento pacífico

A jurisprudência dominante do STF admite a indenização e a do STJ afasta a possibilidade de indenização, sob o argumento de impossibilidade de exploração econômica da APP.

Page 24: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Desapropriação direta: Áreas de Preservação Desapropriação direta: Áreas de Preservação Permanente são indenizáveis?Permanente são indenizáveis?

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. DESAPROPRIAÇÃO. ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE. INDENIZAÇÃO DA COBERTURA VEGETAL DEVIDA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. (STF, RE 248052 AgR, Relator(a):  Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, julgado em 19/05/2015, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-105 DIVULG 02-06-2015 PUBLIC 03-06-2015)

DIVERGÊNCIAADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. DESAPROPRIAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE INDENIZAÇÃO DA COBERTURA VEGETAL LOCALIZADA EM ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE. PRECEDENTES.1. Nas demandas expropriatórias, é incabível a indenização da cobertura vegetal componente de área de preservação permanente.2. Recurso especial provido.(STJ, REsp 1090607/SC, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 03/02/2015, DJe 11/02/2015)

Page 25: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

ITR não incide sobre APP ou reserva legal

Lei 9.393/96, art. 10, II = visa incentivar a proteção das mesmas, salvo se as mesmas estiverem sendo utilizadas (há exceções para uso das mesmas)

TRIBUTAÇÃO SOBRE APP e RESERVA LEGALTRIBUTAÇÃO SOBRE APP e RESERVA LEGAL

Page 26: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Se a área já continha limitação por força de norma anterior (ex.: antigo código florestal, SNUC etc.) o termo inicial para cômputo do prazo prescricional (5 anos) para ação de indenização pela limitação administrativa corresponde à data de vigência da primeira norma que gerou a restrição no imóvel.

limitação administrativa ≠ desapropriação indireta porque na limitação admite-se algum tipo de uso, ou seja, falta apossamento pelo Poder público.

Limitação Administrativa: prescrição do pedido Limitação Administrativa: prescrição do pedido de indenização pelas APPsde indenização pelas APPs

Page 27: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Se ficar provado que o ato inutilizou a propriedade (desapropriação indireta), incide o prazo para prescrição relativa à desapropriação e então, segundo o STJ, a prescrição seria de 10 anos, já que a revogada súmula do 119 do STJ (previa prescrição de 20 anos para desapropriação indireta) por ter sido feita com base no CC-1916, prevalecendo a regra do parágrafo único do artigo 1.238 do CC/02, observadas as regras de transição prevista no artigo 2.028

“ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. AÇÃO INDENIZATÓRIA. DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA. PRAZO PRESCRICIONAL.REALIZAÇÃO DE OBRAS E SERVIÇOS DE CARÁTER PRODUTIVO. PRAZO DECENAL.Na hipótese de desapropriação indireta na qual a Administração realizou obras e serviços de caráter produtivo, a jurisprudência desta Corte Superior estabelece ser de 10 (dez) anos o prazo prescricional da pretensão indenizatória, na forma do art. 1.238, paragrafo único, do CC. (AgRg no REsp 1536890/SC, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado em 10/11/2015, DJe 18/11/2015)”

Desapropriação: PrescriçãoDesapropriação: Prescrição

Page 28: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Por que se protege uma APP?Por que se protege uma APP?

A “ratio legis” da norma é a função ecológica que tais locais desempenham

Page 29: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Ocupação irregular de APPOcupação irregular de APP

deslizamentodeslizamento

Page 30: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Ocupação irregular de APPOcupação irregular de APP

Page 31: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Ocupação irregular de APPOcupação irregular de APP

poluição e assoreamento

Page 32: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Ocupação irregular de APPOcupação irregular de APP

Instabilidade de casas e falta de esgotamento sanitário

Page 33: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Incêndio 2010 – Rio de Janeiro

Destruição de APPDestruição de APP

Page 34: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

barramentos e assoreamentos causam rompimento de talude, perda de solo, nutrientes e água

Ocupação irregular de APPOcupação irregular de APP

Page 35: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Poluição por resíduos urbanos e industriais

Ocupação irregular de APPOcupação irregular de APP

Page 36: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

CRIAÇÃO DE APPs CRIAÇÃO DE APPs

POR IMPOSIÇÃO LEGALPOR IMPOSIÇÃO LEGAL – As APPs estão elencadas no art. 4º e 5º do novo Código Florestal.

POR DECLARAÇÃO DO PODER EXECUTIVO POR DECLARAÇÃO DO PODER EXECUTIVO - As APPs previstas no art. 6º do Código Florestal dependem de declaração de interesse social pelo Chefe do Poder Executivo para que sejam instituídas.

Segundo Édis Milaré – “No caso o Poder Público identifica, demarca e declara como de Preservação Permanente uma determinada área, podendo fazê-lo por meio de ato administrativo, e não necessariamente por uma lei em sentido estrito.” (Direito do Ambiente, pg. 695).

Page 37: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

APPs por imposição legalAPPs por imposição legalArt. 4° Consideram-se de preservação permanente, em zonas rurais ou urbanas, para os efeitos

desta lei: (área consolidada, ver 61-A, §§1º a 4º)I - as faixas marginais de qualquer CURSO D’ÁGUA naturalnatural perene e intermitente, excluídos os perene e intermitente, excluídos os efêmerosefêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de:a) 30 metros, para os cursos d’água de menos de 10 metros de largura;b) 50 metros, para os cursos d’água que tenham de 10 a 50 metros de largura;c) 100 metros, para os cursos d’água que tenham de 50 a 200 metros de largura;d) 200 metros, para os cursos d’água que tenham de 200 a 600 metros de largura;e) 500 metros, para os cursos d’água que tenham largura superior a 600 metros;

II - áreas no entorno de LAGOS E LAGOAS NATURAIS > 1ha (§4º ), em faixa com largura mínima:(área consolidada, ver 61-A, §§4º e 6º)

a) 100 metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d’água com até 20 hectares de superfície, cuja faixa marginal será de 50 metros;b) 30 metros, em zonas urbanas;

O § 5o permite, para a pequena propriedade ou posse rural familiar, o plantio de culturas temporárias e sazonais de vazante de rios ou lagos em situações ali especificadas.

§ 6o Nos imóveis rurais com até 15 módulos fiscais, é admitida a prática da aquicultura na margem de rio e entorno de lago e lagoas naturais, observadas condições específicas.

Page 38: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

APPs por imposição legalAPPs por imposição legalIII - as áreas no entorno dos RESERVATÓRIOS D’ÁGUA ARTIFICIAIS, apenas se decorrente de barramento ou represamento de curso d’água natural, na faixa definida na licença ambiental do empreendimento

• Reservatório artificial para geração de energia ou abastecimento público exige metragem mínima do art. 5º (30 a 100m rural) (15 a 30m urbano). Mas se estiver consolidada para geração de energia ou abastecimento público com registro ou contrato anterior à MP/01, a APP corresponde à distância entre o nível máximo operativo normal e a cota máxima maximorum. (CFB, Art. 62 modificou a Conama 302/02)

• Fica dispensado o estabelecimento das faixas de APP no entorno dos lagos/lagoas naturais ou reservatórios artificiais de água com superfície inferior a 1 ha, vedada nova supressão de áreas de vegetação nativa. (§ 4º)

IV – no entorno das NASCENTES E DOS OLHOS D’ÁGUA PERENES, qualquer que seja sua situação topográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta) metros; (se consolidada, ver 61-A, §5º)

XI – em VEREDAS, a faixa marginal mínima, em projeção horizontal, de 50m, a partir do espaço permanentemente brejoso e encharcado. (se área consolidada, ver 61-A, §7º)

Page 39: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

APPs por imposição legalAPPs por imposição legalV - as encostas ou partes destas com DECLIVIDADE SUPERIOR A 45°, equivalente a 100% (cem por cento) na linha de maior declive;

VI - as RESTINGAS, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues;

VII - os MANGUEZAIS, em toda a sua extensão;

VIII - as BORDAS DOS TABULEIROS OU CHAPADAS, até a linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais;

IX - no TOPO DE MORROS, MONTES, MONTANHAS E SERRAS, com mínimo de 100 m e inclinação média maior que 25°, as áreas delimitadas a partir da curva de nível correspondente a 2/3 da altura mínima da elevação sempre em relação à base, sendo esta definida pelo plano horizontal determinado por planície ou espelho d’água adjacente ou, nos relevos ondulados, pela cota do ponto de sela mais próximo da elevação;

X - as áreas em ALTITUDE SUPERIOR A 1.800 METROS, qualquer que seja a vegetação;

OBS. Para as APPs V, VIII, IX e X consolidadas, ver art. 63

Page 41: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

APPs de curso dáguaAPPs de curso dágua

,

I - as faixas marginais de qualquer CURSO D’ÁGUA naturalnatural perene e intermitente, excluídos os perene e intermitente, excluídos os efêmerosefêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de:a) 30 metros, para os cursos d’água de menos de 10 metros de largura;b) 50 metros, para os cursos d’água que tenham de 10 a 50 metros de largura;c) 100 metros, para os cursos d’água que tenham de 50 a 200 metros de largura;d) 200 metros, para os cursos d’água que tenham de 200 a 600 metros de largura;e) 500 metros, para os cursos d’água que tenham largura superior a 600 metros;

O § 5o permite, para a pequena propriedade ou posse rural familiar, o plantio de culturas temporárias e sazonais de vazante de rios em situações ali especificadas.

§ 6o Nos imóveis rurais com até 15 módulos fiscais, é admitida a prática da aquicultura na margem de rio, observadas condições específicas.

Art. 4° Consideram-se de preservação permanente, em zonas rurais ou urbanas:

Page 42: Aula código florestal e mata atlântica

APP – faixas marginais de curso d’água natural, perene e intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular

• Rios Efêmeros: Existem somente quando ocorrem fortes chuvas (torrentes). • Rios Intermitentes ou Temporários: São os rios cujos leitos secam ou congelam durante um período do ano. • Rios Perenes: São os que correm o ano inteiro.

leito regular: a calha por onde correm regularmente as águas do curso d’água durante o ano (art. 3º, XIX) Profª Roberta Casali

Page 43: Aula código florestal e mata atlântica

APP – faixas marginais de curso d’água natural perene e intermitente (excluídos os efêmeros). Não basta ser “qualquer curso d`água”, como previa o antigo CFB)

Margens do Rio Pelotas - RS

Profª Roberta Casali

Page 45: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Recomposição de área consolidada rural Recomposição de área consolidada rural em APPs de curso dáguaem APPs de curso dágua

Art. 61- A, §1º(“escadinha”)

Obs. Para imóveis rurais com área superior a 4 módulos fiscais, a recomposição será de 20m a 100m, conforme determinação do PRA (Programa de Regularização Ambiental), contados da borda da calha do leito regular.

Page 46: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

APPs de lagos e lagoas naturaisAPPs de lagos e lagoas naturais

II - áreas no entorno de LAGOS E LAGOAS NATURAIS (> 1ha §4º ), em faixa com largura mínima:

a) 100 metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d’água com até 20 hectares de superfície, cuja faixa marginal será de 50 metros;b) 30 metros, em zonas urbanas;

O § 5o permite, para a pequena propriedade ou posse rural familiar, o plantio de culturas temporárias e sazonais de vazante de rios ou lagos em situações ali especificadas.

§ 6o Nos imóveis rurais com até 15 módulos fiscais, é admitida a prática da aquicultura na margem de rio e entorno de lago e lagoas naturais, observadas condições específicas.

Fica dispensado o estabelecimento das faixas de APP no entorno dos lagos e lagoas com superfície inferior a 1 ha, vedada nova supressão de áreas de vegetação nativa. (art. 4º, § 4º)

Art. 4° Consideram-se de preservação permanente, em zonas rurais ou urbanas:

Page 47: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Recomposição de área consolidada rural Recomposição de área consolidada rural em APPs de em APPs de lagos e lagoas naturais lagos e lagoas naturais

Art. 61- A, §6ºescadinha

em área rural

Page 48: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

APPs de nascentes e olhos d´águaAPPs de nascentes e olhos d´água

Art. 4° Consideram-se de preservação permanente, em zonas rurais ou urbanas:

IV – no entorno das NASCENTES E DOS OLHOS D’ÁGUA PERENES, qualquer que seja sua situação topográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta) metros

61-A, § 5o Nos casos de áreas rurais consolidadas, será admitida a manutenção de atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo ou de turismo rural, sendo obrigatória a recomposição do raio mínimo de 15 metros

Definição do art. 3º: XVII - nascente: afloramento natural do lençol freático que apresenta perenidade e dá início a um curso d’água;XVIII - olho d’água: afloramento natural do lençol freático, mesmo que intermitente;

Page 49: Aula código florestal e mata atlântica

APP - ao redor dos lagos e lagoas naturais

Profª Roberta Casali

incluindo excluindo

os cursos d´água intermitentes

(fonte MP/SP – disponível na internet)

Page 50: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

APP – entorno de nascentes e olhos d´água perenes

nascente do rio São Francisco – Serra da Canastra/MG

Page 52: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

APPs das veredasAPPs das veredas

Art. 4° Consideram-se de preservação permanente, em zonas rurais ou urbanas:

XI – em VEREDAS, a faixa marginal mínima, em projeção horizontal, de 50m, a partir do espaço permanentemente brejoso e encharcado.

§ 7o Nos casos de áreas rurais consolidadas em veredas, será obrigatória a recomposição das faixas marginais, em projeção horizontal, delimitadas a partir do espaço brejoso e encharcado, de largura mínima de:

I – 30 metros, para imóveis rurais com área de até 4 módulos fiscaisII – 50 metros, para imóveis rurais com área superior a 4 módulos fiscais.

Art. 3º, XII - vereda: fitofisionomia de savana, encontrada em solos hidromórficos, usualmente com a palmeira arbórea Mauritia flexuosa - buriti emergente, sem formar dossel, em meio a agrupamentos de espécies arbustivo-herbáceasTípica do cerrado. Comuns em Minas, Bahia e no Centro-oeste

Page 54: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Recomposição das APPs das veredasRecomposição das APPs das veredasem área rural consolidadaem área rural consolidada

Art. 61-A, § 7º escadinha

em área rural

Page 55: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

APPs dos reservatórios dágua artificiaisAPPs dos reservatórios dágua artificiais

III - as áreas no entorno dos RESERVATÓRIOS D’ÁGUA ARTIFICIAIS, apenas se decorrente de barramento ou represamento de curso d’água natural, na faixa definida na licença ambiental do empreendimento

• Reservatório artificial para geração de energia ou abastecimento público exige metragem mínima do art. 5º (30 a 100m rural) (15 a 30m urbano).

• Se a área de APP estiver consolidada para geração de energia ou abastecimento público com registro ou contrato anterior à MP/01, a APP corresponde à distância entre o nível máximo operativo normal e a cota máxima maximorum. (CFB, Art. 62 modificou a Conama 302/02)

• Fica dispensado o estabelecimento das faixas de APP no entorno dos reservatórios artificiais de água com superfície inferior a 1 ha, vedada nova supressão de áreas de vegetação nativa. (art. 4º, § 4º)

Page 56: Aula código florestal e mata atlântica

APP - ao redor dos APP - ao redor dos

reservatórios d’água artificiais decorrentes de barramento ou represamentoreservatórios d’água artificiais decorrentes de barramento ou represamento

Margens do Lago de Itaipu (reservatório artificial) - PRProfª Roberta Casali

Page 57: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

APP - Nascentes e ao longo dos rios ou curso d’água

Page 58: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

APPs - restingasAPPs - restingasArt. 4° Consideram-se de preservação permanente, em zonas rurais ou urbanas, para os efeitos

desta lei: (área consolidada, ver 61-A, §§1º a 4º)

VI - as RESTINGAS, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues;

Art. 8º, § 2o Intervenção/supressão vegetal poderá ser autorizada em locais onde a função ecológica do manguezal esteja comprometida, para projetos de regularização fundiária de interesse social, em áreas urbanas consolidadas ocupadas por população de baixa renda.

Page 59: Aula código florestal e mata atlântica

APP - as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues

Restinga: depósito arenoso, alongado, paralelo à linha da costa(definição no art. 3º, XVI, CFB)

Restinga do Lobito , Angola Profª Roberta Casali

Page 60: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

APPs – manguezaisAPPs – manguezaisArt. 4° Consideram-se de preservação permanente, em zonas rurais ou urba

VII - os MANGUEZAIS, em toda a sua extensão;

Art. 8º, § 2o Intervenção/supressão vegetal poderá ser autorizada em locais onde a função ecológica do manguezal esteja comprometida, para projetos de regularização fundiária de interesse social, em áreas urbanas consolidadas ocupadas por população de baixa renda.

Page 62: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

APPs – altitude superior a 1800mAPPs – altitude superior a 1800mArt. 4° Consideram-se de preservação permanente, em zonas rurais ou urbanas

X - as áreas em ALTITUDE SUPERIOR A 1.800 METROS, qualquer que seja a vegetação

Art. 63. Se em áreas rurais consolidadas, não exigida recomposição, sendo admitida a manutenção de atividades florestais, culturas de espécies lenhosas, perenes ou de ciclo longo, bem como da infraestrutura física associada ao desenvolvimento de atividades agrossilvipastoris, vedada a conversão de novas áreas para uso alternativo do solo.

Page 63: Aula código florestal e mata atlântica

Vegetação acima de 1.800m, Serra dos Órgãos - RJProfª Roberta Casali

APPs – altitude superior a 1800mAPPs – altitude superior a 1800m

Page 64: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

APPs – bordas de tabuleiros ou chapadasAPPs – bordas de tabuleiros ou chapadas Art. 4° Consideram-se de preservação permanente, em zonas rurais ou urbanas:

VIII - as BORDAS DOS TABULEIROS OU CHAPADAS, até a linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais;

Art. 63. Se em áreas rurais consolidadas, não exigida recomposição, sendo admitida a manutenção de atividades florestais, culturas de espécies lenhosas, perenes ou de ciclo longo, bem como da infraestrutura física associada ao desenvolvimento de atividades agrossilvipastoris, vedada a conversão de novas áreas para uso alternativo do solo.

Page 66: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

APPs das encostasAPPs das encostasArt. 4° Consideram-se de preservação permanente, em zonas rurais ou urbanas:

V - as encostas ou partes destas com DECLIVIDADE SUPERIOR A 45°, equivalente a 100% (cem por cento) na linha de maior declive;

Art. 63. Se em áreas rurais consolidadas, não exigida recomposição, sendo admitida a manutenção de atividades florestais, culturas de espécies lenhosas, perenes ou de ciclo longo, bem como da infraestrutura física associada ao desenvolvimento de atividades agrossilvipastoris, vedada a conversão de novas áreas para uso alternativo do solo.

Page 67: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

APP - encostas com declividade superior a 45°APP - encostas com declividade superior a 45°

China

Grande Buda de Leshan a maior estátua de Buda do mundo com 71m, esculpida sobre o arenito vermelho, na encosta da montanha

Page 68: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

APPs- topos de morros, montanhas e serrasAPPs- topos de morros, montanhas e serras Art. 4° Consideram-se de preservação permanente, em zonas rurais ou urbanas:

IX - no TOPO DE MORROS, MONTES, MONTANHAS E SERRAS, com mínimo de 100 m e inclinação média maior que 25°, as áreas delimitadas a partir da curva de nível correspondente a 2/3 da altura mínima da elevação sempre em relação à base, sendo esta definida pelo plano horizontal determinado por planície ou espelho d’água adjacente ou, nos relevos ondulados, pela cota do ponto de sela mais próximo da elevação

Art. 63. Se em áreas rurais consolidadas, não exigida recomposição, sendo admitida a manutenção de atividades florestais, culturas de espécies lenhosas, perenes ou de ciclo longo, bem como da infraestrutura física associada ao desenvolvimento de atividades agrossilvipastoris, vedada a conversão de novas áreas para uso alternativo do solo.

Page 69: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

• Código Florestal não exigiu recomposição para áreas consolidadas• Novo conceito reduziu a proteção, apesar desta área cumprir diversas funções ambientais como facilitador de dispersão de semente, ponto de conexão de corredores ecológicos, estabilidade do solo, amortecimento e infiltração das águas pluviais, além de proteção da paisagem e biodiversidade.

(fonte MP/SP – disponível na internet)

APPs- topos de morros, montanhas e serrasAPPs- topos de morros, montanhas e serras

Page 70: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Topo de MORRO é APP se houver dois elementos necessários: mais de 100 metros de altura e ter mais de 25º de inclinação.

Mede-se a altura do ponto de sela entre relevos (círculo em vermelho )A medição somente se inicia da planície caso não exista relevo. Cada lado será medido conforme a situação.

APPs- topos de morros, montanhas e serrasAPPs- topos de morros, montanhas e serras

Page 71: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

APPs- topos de morros, montanhas e serrasAPPs- topos de morros, montanhas e serras

Page 72: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Page 73: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Art. 6o Consideram-se, ainda, de preservação permanente, quando declaradas de interesse social por ato do Chefe do Poder Executivo, as áreas cobertas com florestas ou outras formas de vegetação destinadas a uma ou mais das seguintes finalidades: (CFB)

I - conter a erosão do solo e mitigar riscos de enchentes e deslizamentos de terra e de rocha;II - proteger as restingas ou veredas;III - proteger várzeas;IV - abrigar exemplares da fauna ou da flora ameaçados de extinção;V - proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico, cultural ou histórico;VI - formar faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias;VII - assegurar condições de bem-estar público; VIII - auxiliar a defesa do território nacional, a critério das autoridades militares.IX – proteger áreas úmidas, especialmente as de importância internacional.

APPs – Por ato do Poder PúblicoAPPs – Por ato do Poder Público

Page 74: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

APICUNS E SALGADOS (art. 11-A)Definição. Art. 3º XV e XIV. Podem ser usados para carcinicultura e salinas, observados os requisitos do artigo 11-A.

PANTANAL E PLANÍCIE PANTANEIRA (art. 10, CFB)Permitida a exploração sustentável, respeitadas recomendações dos órgãos oficiais de pesquisa. Novas supressões para uso alternativo do solo dependem de autorização do órgão ambiental estadual.

ÁREAS DE INCLINAÇÃO ENTRE 25° e 45°(art. 11)Permitido o manejo florestal sustentável e o exercício de atividades agrossilvipastoris, bem como a manutenção da infraestrutura física associada ao desenvolvimento das atividades. Vedada a conversão de novas áreas, salvo utilidade pública e interesse social.(em área urbana aplicaria o art. 3º,III, lei 6.766/79?)

Obs. Art. 8º, § 1o A supressão de vegetação nativa protetora de nascentes, DUNAS e restingas somente poderá ser autorizada em caso de utilidade pública.

ÁREAS DE USO RESTRITOÁREAS DE USO RESTRITOPantanal, planície pantaneira,apicuns e salgados

Page 75: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

APP – Lei 10.431/2006APP – Lei 10.431/2006

Há APPs em outras normas além do Há APPs em outras normas além do Código Florestal?Código Florestal?

APPsAPPs

Page 76: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

APP – Lei 10.431/2006APP – Lei 10.431/2006

Há APPs em outras normas além do Código Florestal?Há APPs em outras normas além do Código Florestal?

Pode haver disciplina em outras normas estaduais (lei 10.431/2006), Pode haver disciplina em outras normas estaduais (lei 10.431/2006), municipais (LOUS – lei 8167/2012)municipais (LOUS – lei 8167/2012)

APPsAPPs

Page 77: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

APP – Lei 10.431/2006APP – Lei 10.431/2006Constituição do Estado da Bahia(Promulgada em 05 de outubro de 1989)

Art. 215 - São áreas de preservação permanente, como definidas em lei:I - os manguezais;II - as áreas estuarinas;III - os recifes de corais;IV - as dunas e restingas;V - os lagos, lagoas e nascentes existentes em centros urbanos, mencionados no PlanoDiretor do respectivo Município;VI - as áreas de proteção das nascentes e margens dos rios, compreendendo o espaço necessário à sua preservação;VII - as matas ciliares;VIII - as áreas que abriguem fauna, flora e espécies ameaçadas de extinção e locais de pouso ou reprodução de espécies migratórias;IX – a reservas de flora apícola, suas espécies vegetais e enxames silvestres;X - as áreas de valor paisagístico;XI - as áreas que abriguem comunidades indígenas, na extensão necessária à suasubsistência e manutenção de sua cultura;XII - as cavidades naturais subterrâneas e cavernas;XIII - as encostas sujeitas a erosão e deslizamento.

Há APPs em outras normas?Há APPs em outras normas?

Page 78: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

APP – Lei 10.431/2006APP – Lei 10.431/2006

Art. 89 - Art. 89 - Sem prejuízo do disposto na legislação federal pertinente, Sem prejuízo do disposto na legislação federal pertinente, são são considerados de preservação permanenteconsiderados de preservação permanente, na forma do disposto no artigo 215 da , na forma do disposto no artigo 215 da Constituição do Estado da Bahia, os seguintes bens e espaços: Constituição do Estado da Bahia, os seguintes bens e espaços:

I - os I - os manguezaismanguezais (Decreto: permitida pesca e coleta para subsistência); (Decreto: permitida pesca e coleta para subsistência);II II - - as as áreas estuarinasáreas estuarinas, em faixa tecnicamente determinada através de estudos , em faixa tecnicamente determinada através de estudos específicos, respeitados a linha de preamar máxima e os limites do manguezal; específicos, respeitados a linha de preamar máxima e os limites do manguezal; (Decreto: 30m urbano e 50m rural, a partir da preamar)(Decreto: 30m urbano e 50m rural, a partir da preamar)III - os III - os recifes de coraisrecifes de corais, neles sendo permitidas as atividades científicas, esportivas , neles sendo permitidas as atividades científicas, esportivas ou contemplativas; ou contemplativas; IV - as IV - as dunas e restingasdunas e restingas, sendo que a sua ocupação parcial depende de estudos , sendo que a sua ocupação parcial depende de estudos específicos a serem aprovados por órgão competente; específicos a serem aprovados por órgão competente; V - os V - os lagos, lagoas e nascentes existentes em centros urbanoslagos, lagoas e nascentes existentes em centros urbanos, mencionados no , mencionados no Plano Diretor do respectivo município; Plano Diretor do respectivo município; VI - as áreas de proteção das VI - as áreas de proteção das nascentesnascentes (Decreto: 50m) (Decreto: 50m) e margens dos riose margens dos rios compreendendo o espaço necessário à sua preservação (Decreto repete Cód compreendendo o espaço necessário à sua preservação (Decreto repete Cód Florestal); Florestal);

APPs – Lei Estadual nº10.431/2006APPs – Lei Estadual nº10.431/2006

Page 79: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

APP – Lei 10.431/2006APP – Lei 10.431/2006Art. 89 – (CONTINUAÇÃO)VII - as matas ciliares (ao longo de rio e curso dágua. Decreto repete art. 2 Cód

Florestal);VIII - as áreas que abriguem exemplares de espécies raras da fauna e da flora, ameaçados de extinção e endêmicos, bem como aquelas que sirvam como local de pouso ou reprodução de espécies migratórias devidamente identificadas e previamente declaradas por ato do Poder Público; IX - as reservas da flora apícola, compreendendo suas espécies vegetais e enxames silvestres, quando estabelecidas pelo Poder Público, nelas vedados o uso de agrotóxicos, a supressão da vegetação e a prática da queimada; X - as áreas consideradas de valor paisagístico, assim definidas e declaradas por ato do Poder Público; XI - as áreas que abriguem comunidades indígenas na extensão necessária à sua subsistência e manutenção de sua cultura; XII - as cavidades naturais subterrâneas e cavernas, onde são permitidas visitação turística, contemplativa e atividades científicas, além daquelas previstas em zoneamento específico; XIII - as encostas sujeitas à erosão e deslizamento, sendo que, em áreas urbanas, poderá ser permitida a sua utilização após a adoção de medidas técnicas que assegurem a qualidade ambiental e a segurança da população.

APPs – Lei Estadual nº10.431/2006APPs – Lei Estadual nº10.431/2006

Page 80: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Art.89 – (continuação)

Parágrafo único. As áreas e bens naturais de que trata este artigo, que não se incluam entre aqueles definidos como Área de Preservação Permanente pela legislação federal, terão seu uso, hipóteses de supressão de vegetação e demais restrições definidos por esta Lei e suas normas regulamentares.

Art. 90 são também consideradas de preservação permanente as áreas cobertas ou não por vegetação natural situadas nas veredas do oeste do Estado(Decreto 50m) e brejos litorâneos (Decreto 30m), cujos limites serão definidos em estudos realizados por órgão técnico competente, de modo a proteger os mananciais.

APPs – Lei Estadual nº10.431/2006APPs – Lei Estadual nº10.431/2006

Page 81: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

APPs aplicam-se às áreas urbanas? APPs aplicam-se às áreas urbanas? • Lei Federal 12.651/12: Considera-se APPs, em zonas rurais ou urbanas, para os efeitos desta Lei ...(Art. 4º)

• Lei Estadual 10.431/06 – só se refere à área urbana no incisos V e XIII do art. 89

• CFB traz limites específicos para APP urbana:

a) lagoa natural, APP de 30m (4º II,b)

b) reservatório artificial, APP de 15 a 30m (art. 5º);

c) curso d'água para fins de regularização fundiária em área urbana consolidada, APP de 15m de cada lado (art. 65, §2º)

d) Área tombada como patrimônio histórico e cultural, APP pode ser redefinida pra atender aos parâmetros do tombamento (art. 65, §3º)

Page 82: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

• O meio ambiente artificial (urbano) e o meio ambiente natural são realidades absolutamente distintas.

• As áreas urbanas merecem tratamento especial por abrigar mais de 80% da população nacional e gerar maior parte da riqueza produzida no país.

• Há distintos espaços urbanos. Brasil possui dimensão geográfica continental.

• Disciplina urbana é de peculiar interesse local e, pois, de competência Municipal (via planos diretores e leis de uso do solo. Art. 30, I e art. 182, §§1º e 2º, CF/88).

Aplicação do CFB em área urbana é irrestrita?Aplicação do CFB em área urbana é irrestrita?

Page 83: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

• Qual o interesse público preponderante?

• E se a reversão ao status original causar grande impacto ambiental e de vizinhança?

• E se o custo de recuperação for muito alto?

• E se houver comprometimento de valores culturais ou históricos?

Viável a recuperação de APPs urbanas consolidadas?Viável a recuperação de APPs urbanas consolidadas?

• CFB reporta-se à lei 11.977/09 (Programa Minha Casa, Minha Vida) e disciplina a regularização fundiária de interesse social e de interesse específico dos assentamentos em APP urbana consolidada nos arts. 64 e 65.

Page 84: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

APPs urbanas - consolidadasAPPs urbanas - consolidadas

Artigo 61-ANas áreas de preservação permanente é autorizada, exclusivamente a continuação das atividades agrossilvopastoris, de ecoturismo e de turismo rural em áreas rurais consolidadas até 22 de julho de 2008.

Lei 12651/2012 não menciona áreas urbanas consolidadas.

Como sustentar que o uso das mesmas está regular?

Page 85: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

APPs urbanasAPPs urbanas

Resposta:

Pode ser utilizado como fundamento para a continuidade de ocupação na área urbana consolidada a comprovação de que a ocupação ocorreu antes da definição legal da área como APP.

Vejamos alguns exemplos de APP ao longo do tempo:

Page 86: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

APPs – Regras anteriores APPs – Regras anteriores

ÁREAS URBANAS - Lei Federal 6.766/79: Lei Ao longo das águas correntes e dormentes será obrigatória a reserva de uma faixa non aedificandi de 15 metros.

REGRAS DO CÓDIGO FLORESTAL REVOGADO INCIDIAM SOBRE ÁREAS URBANAS? DE CURSO D´ÁGUA

Page 87: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

APPs – Regras anteriores APPs – Regras anteriores REGRAS DO ANTIGO CÓDIGO FLORESTAL E DA CONAMA QUE SE

REPORTAVA AO MESMO OU INOVAVA INCIDIAM SOBRE ÁREAS URBANAS?

Page 88: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

APPs – Regras anteriores APPs – Regras anteriores REGRAS DO ANTIGO CÓDIGO FLORESTAL E DA CONAMA QUE SE

REPORTAVA AO MESMO OU INOVAVA INCIDIAM SOBRE ÁREAS URBANAS?

Page 89: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

APPs – Regras anteriores APPs – Regras anteriores REGRAS DA CONAMA QUE SE REPORTA AO ANTIGO CÓDIGO FLORESTAL OU

INOVA INCIDEM SOBRE ÁREAS URBANAS?

Page 90: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

São válidas as APPS criadas pelo CONAMA não previstas em lei ?

Exemplos:• Linhas de cumeada• Restingas que sem as funções específicas do CFB• Dunas• Locais de refúgio ou reprodução de aves migratórias ou de exemplares da fauna ameaçados de extinção• Praias em locais de nidificação ou reprodução de fauna silvestre

CONAMA e APPCONAMA e APP

Page 91: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

CONAMA e APPCONAMA e APP

Compete ao CONAMA estabelecer normas, critérios e padrões relativos ao controle e à manutenção da qualidade do meio ambiente com vistas ao uso racional dos recursos ambientais, principalmente os hídricos (art. 8º, Lei nº 6.938/81)

• Resolução Conama 302/2002 - dispõe sobre APP's para reservatórios artificiais e uso do entorno

• Resolução Conama 303/2002 - dispõe sobre parâmetros, definições e limites das APP's

• Resolução Conama 369/2006 – define casos de utilidade pública, interesse social, ação eventual ou de baixo impacto

• Resolução Conama 341/2003 – define casos de interesse social para ocupação de dunas desprovidas de vegetação

Page 92: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Resolução CONAMA 303/2002 – tem por objeto o estabelecimento de parâmetros, definições e limites referentes às Áreas de Preservação Permanente

Art. 3º Constitui Área de Preservação Permanente a área situada:Art. 3º Constitui Área de Preservação Permanente a área situada:

II - ao redor de nascente ou olho d`águanascente ou olho d`água, ainda que intermitente, com raio mínimo de 50m de tal forma que proteja, em cada caso, a bacia hidrográfica contribuinte;

III - ao redor de lagos e lagoas naturaislagos e lagoas naturais, em faixa com metragem mínima de:a) 30m, para os que estejam situados em áreas urbanas consolidadas;

VI - nas linhas de cumeada, em área delimitada a partir da curva de nível correspondente a dois terços da altura, em relação à base, do pico mais baixo da cumeada, fixando-se a curva de nível para cada segmento da linha de cumeada equivalente a mil metros;

Resolução CONAMA 303/2002Resolução CONAMA 303/2002

Page 93: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

(continuação da CONAMA 303/2002, art. 3º)IX - nas restingas:a) em faixa mínima de trezentos metros, medidos a partir da linha de preamar máxima;

XI - em duna

XII - em altitude superior a mil e oitocentos metros, ou, em Estados que não tenham tais elevações, à critério do órgão ambiental competente;

XIII - nos locais de refúgio ou reprodução de aves migratórias;

XIV - nos locais de refúgio ou reprodução de exemplares da fauna ameaçadas de extinção que constem de lista elaborada pelo Poder Público Fed, Est ou Municipal;

XV - nas praias, em locais de nidificação e reprodução da fauna silvestre.

Resolução CONAMA 303/2002Resolução CONAMA 303/2002

Page 94: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

(continuação da CONAMA 303/2002, art. 3º)

Parágrafo único. Na ocorrência de dois ou mais morros ou montanhas cujos cumes estejam separados entre si por distâncias inferiores a quinhentos metros, a Área de Preservação Permanente abrangerá o conjunto de morros ou montanhas, delimitada a partir da curva de nível correspondente a dois terços da altura em relação à base do morro ou montanha de menor altura do conjunto, aplicando-se o que segue:

I - agrupam-se os morros ou montanhas cuja proximidade seja de até 500m entre seus topos; II - identifica-se o menor morro ou montanha; III - traça-se uma linha na curva de nível correspondente a dois terços deste; e IV - considera-se de preservação permanente toda a área acima deste nível.

Resolução CONAMA 303/2002Resolução CONAMA 303/2002

Page 95: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

São válidas as APPS criadas pelo CONAMA não previstas em lei ?

Há excesso regulamentar? Fere a autonomia municipal para regulamentar o uso e ocupação do seu território?

Estaria fundamentada na autorização da Lei 6.938/81 para que o CONAMA edite resoluções que visem a proteção ambiental?

Não seria válida pois a Resolução CONAMA n. 303/02 foi editada e expressamente informa servir para regulamentar o art. 2º da Lei n. 4.771/65. Se esta foi revogada pelo Novo Código Florestal, consequentemente todas as suas normas regulamentadoras também o foram.

CONAMA e APPCONAMA e APP

Page 96: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

CONAMA e APPCONAMA e APP

Parecer MMA

Outubro/2013

Page 97: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

CONAMA e APPCONAMA e APP

Parecer MMA

Outubro/2013

Page 98: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

CONAMA e APPCONAMA e APP

Parecer da Procuradoria da República – janeiro/2013

Page 99: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

CONAMA e APPCONAMA e APP

“Pelo exame da legislação que regula a matéria (Leis 6.938/1981 e 4.771/1965), verifica-se que possui o CONAMA autorização legal para editar resoluções que visem a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais, inclusive mediante a fixação de parâmetros, definições e limites de áreas de Preservação Permanente, não havendo o que se falar em excesso regulamentar” (STJ, Min Mauro Campbell Marques, julgado em 07.12.2010)

“Não pode o órgão normativo de coordenação de políticas do meio ambiente editar resolução alterando ou criando obrigações diversas daquelas previstas em disposição legislativa. (...) A Resolução 303/02 do CONAMA acrescentou ao artigo 2º da Lei 4.771/65 ... hipótese nele não prevista, qual seja, considerar como área de preservação permanente aquela situada em restingas, em faixa mínima de trezentos metros, medidos a partir da linha de preamar máxima. A finalidade da edição da Resolução não foi a de regulamentar a lei, mas sim de criar situação diversa daquela já prevista, o que só se admite por meio de lei ordinária. (...) Assim, tem a impetrante direito à manifestação da autoridade coatora no pedido de licenciamento ambiental, que deverá emitir parecer sem aplicar o artigo 3º, inciso IX, alínea ‘a’, da Resolução 303/02 do CONAMA” (Sentença proferida em Mandado de Segurança, autos nº 1.235/02, da 1ª Vara Cível da Comarca de Ubatuba, Estado de São Paulo. Destacamos).

Page 100: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Resolução CONAMA 303/2002 – tem por objeto o estabelecimento de parâmetros, definições e limites referentes às Áreas de Preservação Permanente

Art. 3º Constitui Área de Preservação Permanente a área situada:Art. 3º Constitui Área de Preservação Permanente a área situada:

II - ao redor de nascente ou olho d`águanascente ou olho d`água, ainda que intermitente, com raio mínimo de 50m de tal forma que proteja, em cada caso, a bacia hidrográfica contribuinte;

III - ao redor de lagos e lagoas naturaislagos e lagoas naturais, em faixa com metragem mínima de:a) 30m, para os que estejam situados em áreas urbanas consolidadas;

VI - nas linhas de cumeada, em área delimitada a partir da curva de nível correspondente a dois terços da altura, em relação à base, do pico mais baixo da cumeada, fixando-se a curva de nível para cada segmento da linha de cumeada equivalente a mil metros;

Resolução CONAMA 303/2002Resolução CONAMA 303/2002

Page 101: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

(continuação da CONAMA 303/2002, art. 3º)IX - nas restingas:a) em faixa mínima de trezentos metros, medidos a partir da linha de preamar máxima;

XI - em duna

XII - em altitude superior a mil e oitocentos metros, ou, em Estados que não tenham tais elevações, à critério do órgão ambiental competente;

XIII - nos locais de refúgio ou reprodução de aves migratórias;

XIV - nos locais de refúgio ou reprodução de exemplares da fauna ameaçadas de extinção que constem de lista elaborada pelo Poder Público Fed, Est ou Municipal;

XV - nas praias, em locais de nidificação e reprodução da fauna silvestre.

Resolução CONAMA 303/2002Resolução CONAMA 303/2002

Page 102: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

(continuação da CONAMA 303/2002, art. 3º)

Parágrafo único. Na ocorrência de dois ou mais morros ou montanhas cujos cumes estejam separados entre si por distâncias inferiores a quinhentos metros, a Área de Preservação Permanente abrangerá o conjunto de morros ou montanhas, delimitada a partir da curva de nível correspondente a dois terços da altura em relação à base do morro ou montanha de menor altura do conjunto, aplicando-se o que segue:

I - agrupam-se os morros ou montanhas cuja proximidade seja de até 500m entre seus topos; II - identifica-se o menor morro ou montanha; III - traça-se uma linha na curva de nível correspondente a dois terços deste; e IV - considera-se de preservação permanente toda a área acima deste nível.

Resolução CONAMA 303/2002Resolução CONAMA 303/2002

Page 103: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

INTERVENÇÃO OU SUPRESSÃO EM APPS E RLINTERVENÇÃO OU SUPRESSÃO EM APPS E RL,,

Page 104: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

INTERVENÇÃO OU SUPRESSÃO EM APPS E RLINTERVENÇÃO OU SUPRESSÃO EM APPS E RLCONSERVACIONISTAS E MP ENTENDEM QUE AS “ANISTIAS” E NOVAS EXCEÇÕES DA LEI 12.651/2012 CONTRARIAM:

• Princípio da Proibição do retrocesso dos direitos socioambientais – “O patrimônio político jurídico consolidado ao longo do percurso histórico civilizatório não está sujeito a retrocesso”.

• Princípio da Prevalência dos Direitos Humanos e da Cooperação entre os povos para o Progresso da Humanidade – Art. 4º II e IX da CF.

• Direitos adquiridos – Art. 5º, XXXVI da sociedade ao patamar mínimo de preservação dos processos ecológicos essenciais a integridade de seus atributos (art. 225§1º, I e III da CF)

• Eficácia negativa das normas constitucionais – Lei 12.651/12 dá direcionamento contrário a um direito fundamental protegido por ClÁusula Pétrea – Art. 6º, §4, IV da CF. 

Page 106: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

•Lei 12.651/2012 ampliou as exceções para intervenção em APP e dispensa a exigência de alternativas locacionais

•A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em APP somente ocorrerá nas hipóteses de UTILIDADE PÚBLICA, DE INTERESSE SOCIAL OU DE BAIXO IMPACTO ambiental previstas nesta Lei. (art. 8º CFB)

•Supressão em nascentes, dunas e restingas só para utilidade pública (art. 8º, §1º)

•dispensa de autorização ambiental para a execução, em caráter de urgência, de atividades de segurança nacional e obras de interesse da defesa civil destinadas à prevenção e mitigação de acidentes em áreas urbanas. (art. 8º , §3º)

•Veda direito à regularização de futuras intervenções ou supressões de vegetação nativa além das previstas no CFB. (art. 8º , §4º)

• livre acesso de pessoas e animais em APP para obtenção de água e para realização de atividade de baixo impacto ambiental (art. 9º )

INTERVENÇÃO OU SUPRESSÃO EM APPS INTERVENÇÃO OU SUPRESSÃO EM APPS exceçõesexceções

Page 107: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

• Não há APP no entorno dos reservatórios d’água artificiais que não decorrem de barramento ou represamento de cursos d’água. (§1º art. 4º)

• Não há APP no entorno das acumulações naturais ou artificiais de água com superfície inferior a 1 ha, vedada nova supressão de áreas de vegetação nativa. (§4º art. 4º)

• Permitido plantio de culturas temporárias e sazonais de vazante de rios ou lagos em pequena propriedade ou posse rural familiar, em situações ali especificadas. (§5º art. 4º)

• Permitida, em imóveis rurais com até 15 módulos fiscais, a aquicultura em margem de curso d'água natural e entorno de lagos e lagoas naturais, observadas condições específicas. (§6º art. 4º)

•Permitida supressão/intervenção em restinga fixadora de duna ou estabilizadora de mangue e supressão em manguezal se, em qualquer dos casos, a função ecológica do manguezal estiver comprometida, para execução de obras habitacionais e de urbanização inseridas em projetos de regularização fundiária de interesse social, em áreas urbanas consolidadas ocupadas por população de baixa renda. (art. 8º , §2º)

• Permitida ocupação de APP para regularização fundiária de interesse social e de interesse específico, ambos em área urbana consolidada (art. 64 e 65)

INTERVENÇÃO OU SUPRESSÃO EM APPSINTERVENÇÃO OU SUPRESSÃO EM APPSexceçõesexceções

Page 108: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

a) as atividades de segurança nacional e proteção sanitária;

b) as obras de infraestrutura destinadas às concessões e aos serviços públicos de transporte, sistema viário, inclusive aquele necessário aos parcelamentos de solo urbano aprovados pelos Municípios, saneamento, gestão de resíduos, energia, telecomunicações, radiodifusão, instalações necessárias à realização de competições esportivas estaduais, nacionais ou internacionais, bem como mineração, exceto, neste último caso, a extração de areia, argila, saibro e cascalho;

c) atividades e obras de defesa civil;

d) atividades que comprovadamente proporcionem melhorias na proteção das funções ambientais referidas no inciso II deste artigo;

e) outras atividades similares devidamente caracterizadas e motivadas em procedimento administrativo próprio, quando inexistir alternativa técnica e locacional ao empreendimento proposto, definidas em ato do Chefe do Poder Executivo federal;

INTERVENÇÃO OU SUPRESSÃO EM APPSINTERVENÇÃO OU SUPRESSÃO EM APPSUTILIDADE PÚBLICA (art. 3º, VIII )UTILIDADE PÚBLICA (art. 3º, VIII )

Page 109: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

a) ativ imprescindíveis à integridade da vegetação nativa, como prevenção, combate e controle do fogo, controle da erosão, erradicação de invasoras e proteção de plantios com nativas;

b) a exploração agroflorestal sustentável praticada na pequena propriedade ou posse rural familiar ou por povos e comunidades tradicionais, sem descaracterizar a cobertura vegetal existente ou prejudicar função ambiental da área;

c) a implantação de infraestrutura pública destinada a esportes, lazer e atividades educacionais e culturais ao ar livre em áreas urbanas e rurais consolidadas, observadas as condições estabelecidas nesta Lei;

d) a regularização fundiária de assentamentos humanos ocupados predominantemente por população de baixa renda em áreas urbanas consolidadas, observada Lei no 11.977/09;

e) implantação de instalações necessárias à captação e condução de água e de efluentes tratados para projetos cujos recursos hídricos são partes integrantes e essenciais da atividade;

f) pesquisa e extração de areia, argila, saibro e cascalho, outorgadas pela autor. competente;

g) outras atividades similares devidamente caracterizadas e motivadas em procedimento administrativo próprio, quando inexistir alternativa técnica e locacional à atividade proposta, definidas em ato do Chefe do Poder Executivo federal;

INTERVENÇÃO OU SUPRESSÃO EM APPSINTERVENÇÃO OU SUPRESSÃO EM APPSINTERESSE SOCIAL (art. 3º, IX )INTERESSE SOCIAL (art. 3º, IX )

Page 110: Aula código florestal e mata atlântica

INTERVENÇÃO OU SUPRESSÃO EM APPSINTERVENÇÃO OU SUPRESSÃO EM APPSBAIXO IMPACTO AMBIENTAL (art. 3º, X)BAIXO IMPACTO AMBIENTAL (art. 3º, X)

a) pequenas vias de acesso interno e suas pontes e pontilhõespequenas vias de acesso interno e suas pontes e pontilhões necessárias à travessia de curso d’água, acesso de pessoas e animais para a obtenção de água ou à retirada de produtos do manejo agroflorestal sustentável

b) instalações para captação e condução de água e efluentes tratados

c) implantação de trilhas para o desenvolvimento do ecoturismo

d) construção de rampa de lançamento de barcos e pequeno ancoradouro

e) construção de moradia de agricultores familiares rurais (quilombolas /extrativistas / tradicionais) , onde o abastecimento de água se dê pelo esforço próprio dos moradores

f) construção e manutenção de cercas na propriedade

g) pesquisa científica relativa a recursos ambientais

h) coleta de produtos não madeireiros para fins de subsistência e produção de mudas, como sementes, castanhas e frutos

i) plantio de nativas produtoras de frutos, sementes, castanhas e outros desde que não implique supressão da vegetação existente nem prejudique a função ambiental da área;

j) exploração agroflorestal e manejo florestal sustentável, comunitário e familiar, desde que não descaracterize a cobertura vegetal nativa

k) outras ações ou atividades similares, reconhecidas como eventuais e de baixo impacto ambiental em ato do CONAMA ou dos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente;

Profª Roberta Casali

Page 111: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

ÁREA RURAL CONSOLIDADA - DEFINIIÇÃOÁREA RURAL CONSOLIDADA - DEFINIIÇÃODefinição de área rural consolidada: área de imóvel rural com ocupação antrópica preexistente a 22/07/2008, com edificações, benfeitorias ou atividades agrossilvopastoris, inclusive em regime de pousio (art. 2º, IV, CFB).

Pousio: prática de interrupção de atividades ou usos agrícolas, pecuários ou silviculturais, por no máximo 5 (cinco) anos, para possibilitar a recuperação da capacidade de uso ou da estrutura física do solo (XXIV).

Qual o critério para definição de área Rural? a) Localizada fora da zona urbana (perímetro urbano ou da área de expansão urbana) definida pelo Municípiob) Destinada à exploração agrícola, mesmo em área urbanac) Misto

Tamanho do imóvel: módulos fiscais existentes em 22/07/2008, desconsiderando desmemebramentos posteriores.

OBS. Previsão no Capítulo XIII do CFB (omissão na 4.771/65)

Page 112: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Art. 61-A. Autorizada a continuidade das atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo e de turismo rural nas APPS de áreas rurais consolidadas até 22/07/2008. Necessária recomposição, nos seguintes termos:

• As regras do 61-A considera a área dos imóveis em 22/07/2008, portanto desconsidera fracionamento e unificações posteriores.

• Recomposição não se aplica às residências e infraestrutura da atividade. Estas podem permanecer nos termos do §12

• Atividades em APPs situadas em UC de Proteção Integral já criada não podem ser consideradas como consolidadas, salvo previsão em contrário em plano de manejo (§16)

““ANISTIA” PARA ÁREA RURAL CONSOLIDADAANISTIA” PARA ÁREA RURAL CONSOLIDADA

Page 113: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Art. 61-A (continuação)

• Para os imóveis rurais com áreas consolidadas em APP ao longo de CURSOS D’ÁGUA naturais, obrigatória recomposição das seguintes faixas marginais:§1º imóvel até 1 módulo fiscal → recomposição de 5m§2º imóvel >1 e ≤ 2 módulos fiscais → recomposição de 8m §3º imóvel >2 e ≤ 4 módulos fiscais → recomposição de 15m§4º imóvel >4 ≤ 10 módulos fiscais → recomposição de 20m nos rios com até 10m imóvel >10 módulos fiscais → recomposição de 30m e máximo de 100m(Obs. Redação do art. 19 do Decreto 7.830/2012)

OBS sempre se mede da borda da calha do leito regular.

•APP rural consolidada no entorno de NASCENTES E OLHOS D'ÁGUA PERENES deve recompor no mínimo 15 metros (§5º)

““ANISTIA” PARA ÁREA RURAL CONSOLIDADAANISTIA” PARA ÁREA RURAL CONSOLIDADA

Page 114: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Art. 61-A (continuação)

• APP rural consolidada no entorno de LAGOS E LAGOAS NATURAIS: (§6º) imóvel até 1 módulo fiscal → recomposição de 5mimóvel >1 e ≤ 2 módulos fiscais → recomposição de 8m imóvel >2 e ≤ 4 módulos fiscais → recomposição de 15mimóvel >4 módulos fiscais → recomposição de 30m

•APP rural consolidada em VEREDAS: (§7º) imóvel até 4 módulos fiscais → recomposição de 30mimóvel >4 módulos fiscais → recomposição de 50m Obs. mede-se a partir do espaço brejoso encharcado

• Em área rural consolidada em ENCOSTA; BORDA DE TABULEIRO OU CHAPADA; TOPO DE MORROS, MONTES MONTANHAS E SERRAS; E ALTITUDE SUPERIOR A 1800M (art. 4º, V, VIII, IX e X), admite-se pastoreio na vegetação campestre e manutenção de atividades florestais, culturas de espécies lenhosas, perenes ou de ciclo longo, bem como da infraestrutura física associada. (art. 63)

““ANISTIA” PARA ÁREA RURAL CONSOLIDADAANISTIA” PARA ÁREA RURAL CONSOLIDADA

Page 115: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

PEQUENA PROPRIEDADE OU POSSE RURAL PEQUENA PROPRIEDADE OU POSSE RURAL FAMILIARFAMILIAR

Definição de PEQUENA PROPRIEDADE/POSSE: aquela explorada mediante o trabalho pessoal do agricultor familiar e empreendedor familiar rural, incluindo os assentamentos e projetos de reforma agrária, e que atenda ao disposto no art. 3o da Lei no 11.326/06 (art 2º, V, CFB)

Lei nº 11.326, de 2006:Art. 3o Considera-se agricultor familiar e empreendedor familiar rural aquele que pratica atividades no meio rural, atendendo, simultaneamente, a:I - área ≤ 4 MÓDULOS FISCAIS; II - predomine mão-de-obra da família;III - percentual mínimo da renda familiar originada de atividades econômicas do seu estabelecimento ou empreendimento, na forma definida pelo Poder Executivo; IV - dirija seu estabelecimento ou empreendimento com sua família.

CFB, Capítulo XII, art 52 a 58

Page 116: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Unidade de medida agrária definida pelo INCRA (Lei 6.746/1979). Área contínua de um mesmo Área contínua de um mesmo proprietário, ainda que apresente várias proprietário, ainda que apresente várias matrículas e destinada à exploração agrícolamatrículas e destinada à exploração agrícola

Varia para cada Município, conforme situação geográfica, qualidade do solo, relevo e condições de acesso.

Instrução 20/80 do INCRA

Na Bahia, varia de 5ha(Salvador) a 70ha. No Amazonas varia de 10 a 100ha.

Obs. Art. 4º da Lei nº. 8.629/93 (regulamenta arts 184 a 186 da CF) define pequena propriedade (1 a 4 MF) e média propriedade (4 a 15 MF), que são insuscetíveis de desapropriação para reforma agrária.

MÓDULO FISCALMÓDULO FISCAL

Page 117: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

REALIDADE NACIONALREALIDADE NACIONAL

Até 1 módulo fiscal = 65% do total dos imóveis rurais = 9% da área agropecuária

Entre 1 e 2 módulos fiscais = 16% dos imóveis rurais = 7% da área agropecuária

Entre 2 e 4 módulos fiscais = 9% dos imóveis rurais = 8% da área agropecuária

Entre 4 e 10 módulos fiscais = 6% dos imóveis rurais = 13% da área agropecuária

Superior a 10 módulos fiscais = 4% dos imóveis rurais = 63% da área agropecuária

Ou seja, pequenas propriedades rurais (em maior número porém em menor área) têm obrigações menos severas dos que as demais

Page 118: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

PEQUENA PROPRIEDADE OU POSSE RURAL PEQUENA PROPRIEDADE OU POSSE RURAL FAMILIARFAMILIAR

REGRAS DIFERENCIADASREGRAS DIFERENCIADASRegras Diferenciadas (52 a 58 e 61):

a) atividades de interesse social ou de baixo impacto ambiental (art. 3º IX, “b” e 3º, X “e” e ”j”)b) cultura temporárias e sazonais de vazante de rio ou lago de ciclo curto (art. 4º §5º)c) simplificação do manejo florestal (art 31, §6º)d) adequação de atividade em APP: basta declaração e CAR para a ativ. eventual e de baixo impacto (art 52); margem gradativa de curso d´água em área consolidada (61-A limitado pelo 61-B) e) reserva legal 1 - procedimento simplificado para registro no CAR (art. 53), 2 - percentual diferenciado de RL (= nativa existente em 22/07/08, art. 67), 3- cômputo de frutíferas, ornamentais ou industriais em áreas consolidadas (art. 54)f) Limite de recomposição (art. 61-B, I e II)g) Recomposição de APP utilizando exóticas (art. 61-A, $13,IV )

Page 119: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

PEQUENA PROPRIEDADE OU POSSE RURAL PEQUENA PROPRIEDADE OU POSSE RURAL FAMILIARFAMILIAR

REGRAS DIFERENCIADASREGRAS DIFERENCIADASESTENDIDO ESSE TRATAMENTO DIFERENCIADO para: (art 3º, único)

propriedades ou posse rural com até 4 módulos fiscais que desenvolvam atividades agrossilvopastoris.

terras indígenas demarcadas

áreas tituladas de comunidades tradicionais

Page 120: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

PROPRIEDADE OU POSSE RURAL FAMILIAR PROPRIEDADE OU POSSE RURAL FAMILIAR COM ATÉ 10 MODULOS FISCAIS - COM ATÉ 10 MODULOS FISCAIS - “ANISTIA”“ANISTIA”

Art. 61-B. Aos proprietários e possuidores rurais que, em 22/07/08, detinham até 10 módulos fiscais e desenvolviam atividades agrossilvipastoris em área consolidada em APP, a recomposição, somadas todas as APPs, não ultrapassará:

I - 10% do imóvel com até 2 módulos fiscais

II - 20% do imóvel >2 e ≤ 4 módulos fiscais

Page 121: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

EXPLORAÇÃO FLORESTALEXPLORAÇÃO FLORESTAL(Arts. 31 a (Arts. 31 a

34)34)• Origens da matéria-prima florestal passível de uso: a)Florestas plantadasb) PMFS c) Supressão de vegetação nativa autorizada (ASV)d) outra forma de biomassa florestal (ex: cascas e resíduos)

• Plano de Manejo Florestal Sustentável (PMFS art 31) aprovado pelo órgão ambiental é exigido, exceto para (art. 32): a) uso alternativo de solo; b) florestas plantadas fora de APP e de RL; c) pequenas propriedades rurais ou por populações tradicionais

• Licenciamento/autorização ambiental para supressão e/ou aprovação do manejoLC 140/2011, Art. 13. Os empreendimentos e atividades são licenciados ou autorizados, ambientalmente, por um único ente federativo.§ 1o Os demais entes federativos interessados podem manifestar-se ao órgão responsável pela licença ou autorização, de maneira não vinculante, respeitados os prazos e procedimentos do licenciamento ambiental. § 2o A supressão de vegetação decorrente de licenciamentos ambientais é autorizada pelo ente federativo licenciador.

Page 122: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

EXPLORAÇÃO FLORESTALEXPLORAÇÃO FLORESTALCompetência para autorizar supressão= LC Competência para autorizar supressão= LC

140/2011 140/2011 Atribuição da UniãoUnião: Art. 7º, XV - aprovar o manejo e a supressão de vegetação, de florestas e formações sucessoras em: a) florestas públicas federais, terras devolutas federais ou unidades de conservação instituídas pela União, exceto em APAs; e b) atividades ou empreendimentos licenciados ou autorizados, ambientalmente, pela União;

Atribuição dos EstadosEstados: Art. 8º, XVI - aprovar o manejo e a supressão de vegetação, de florestas e formações sucessoras em: a) florestas públicas estaduais ou unidades de conservação do Estado, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs); b) imóveis rurais, observadas as atribuições previstas no inciso XV do art. 7o; e c) atividades ou empreendimentos licenciados ou autorizados, ambientalmente, pelo Estado;

Atribuição dos MunicípiosMunicípios: Art. 9º, XV - observadas as atribuições dos demais entes federativos previstas nesta Lei Complementar, aprovar: a) a supressão e o manejo de vegetação, de florestas e formações sucessoras em florestas públicas municipais e unidades de conservação instituídas pelo Município, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs); e b) a supressão e o manejo de vegetação, de florestas e formações sucessoras em empreendimentos licenciados ou autorizados, ambientalmente, pelo Município.

Page 123: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

EXPLORAÇÃO FLORESTALEXPLORAÇÃO FLORESTALSUPRESSÃO PARA USO ALTERNATIVO DO SOLOSUPRESSÃO PARA USO ALTERNATIVO DO SOLO

• Exigidos (art. 26):a) Cadastro no CAR (art. 26 c/c 29)b) Prévia autorização de supressão de vegetação, salvo floresta plantada art. 35,

§§1º a 3º

• Não pode incidir sobre área de Reserva Legal

• Vedada se já houver área abandonada no imóvel que pode ser usada

• Se houver flora ou fauna ameaça de extinção* ou espécie migratórias há necessidade de medidas e compensatórias mitigadoras assecuratórias da conservação da espécie

• IN MMA n. 01/2010 + outras U, E, M

Page 124: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

EXPLORAÇÃO FLORESTAL - ASVEXPLORAÇÃO FLORESTAL - ASVSUPRESSÃO PARA USO ALTERNATIVO DO SOLOSUPRESSÃO PARA USO ALTERNATIVO DO SOLO

• Decreto Estadual 15.180/2014 Decreto Estadual 15.180/2014 exige:

• medidas mitigadoras de impactos na fauna e flora(art. 32)• restauração da área objeto da ASV que não for utilizada (art. 32)• autorização para aproveitamento de árvores mortas ou caídas(art. 36)• autorização do INEMA se a supressão não for vinculada a licenciamento(art. 32) • OBS. independe de autorização supressão estadual de árvores isoladas salvo se

protegidas ou imunes de corte (art. 36)

Obs. Portaria INEMA Nº 10225 DE 18/08/2015 (sobre cabruca)Obs. Portaria INEMA Nº 4160 DE 13/12/2012(Reconhecimento de Volume Florestal Remanescente - RVFR de florestas nativas e exóticas)

Page 125: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

EXTRAÇÃO DE LENHA E PRODUTOS DE FLORESTA PLANTADA

Art.35 § 1º Plantio ou reflorestamento com nativas ou exóticas independem de autorização prévia, devendo ser apenas informados ao órgão competente, no prazo de até 1 (um) ano, para fins de controle de origem.

§ 2o É livre a extração de lenha e demais produtos de florestas plantadas, exceto em APPs e Reserva Legal.

§ 3o O corte ou a exploração de nativa plantada em área de uso alternativo do solo

serão permitidos independentemente de autorização prévia, devendo o plantio ou reflorestamento estar previamente cadastrado no órgão ambiental competente e a exploração ser previamente declarada nele para fins de controle de origem.

Art. 30 do Decreto Estadual 15.180/2014. Independem de ASV:I - a abertura ou limpeza de aceiros com função de delimitação de imóvel ou

precaução contra incêndios florestais;I - a abertura de picadas;III - a roçada e a limpeza de terreno em áreas agrícolas ou de pastoreio. requisitos: comunicação prévia, inexistir potencia comercial da produção lenhosa,

supressão fora de área protegida, visar manejo ou readequação de uso agroflorestal preexistente

dispensa autorização (ASV)dispensa autorização (ASV)

Page 126: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

REPOSIÇÃO FLORESTAL REPOSIÇÃO FLORESTAL (Arts. 33)(Arts. 33)

• Exigida para quem utiliza matéria-prima oriunda de supressão de vegetação nativa ou para quem detenha ASV de nativa, salvo, no último caso, se já feita por quem utilizou matéria-prima. (art. 13 Dec Federal 5.975/06)

• Isentos da reposição :a)costaneiras, aparas, cavacos e outros resíduos da atividade industrialb)uso de matéria-prima florestal:

b1) oriunda de PMFS (Plano de Manejo Florestal Sustentável)b2) oriunda de floresta plantadab3) não madeireira

OBS isenção não dispensa comprovação de origem

• Percentual de reposição será definido pelo órgão ambiental• Reposição no Estado federativo de origem da matéria-prima mediante plantio de

espécies preferencialmente nativas.

Page 127: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

EXPLORAÇÃO FLORESTALEXPLORAÇÃO FLORESTALEM LARGA ESCALA EM LARGA ESCALA (Art. 34)(Art. 34)

• Aprovação de Plano de Suprimento Sustentável (PSS) assegurando produção equivalente ao consumo de matéria-prima florestal pela atividade industrial

• Limite de consumo anual é a linha de corte para exigência do PSS (dec fed 5975/06)

• PSS deve conter: programação de suprimento de matéria-prima florestal; georreferenciamento da origem dela; e contrato se ela vier de 3º

• matéria-prima florestal usada por siderúrgica, metalúrgica e grandes consumidoras de carvão vegetal ou lenha deve ter origem em florestas plantadas ou PMFS. O correspondente PSS deve integrar o licenciamento ambiental da atividade.

Page 128: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

USO DE FOGO eUSO DE FOGO eCOMÉRCIO DE PLANTAS VIVASCOMÉRCIO DE PLANTAS VIVAS

USO DE FOGO USO DE FOGO (ART. 38 a 40)•Regra: proibição•Exceção: queima controlada autorizada; pesquisa científica; prevenção e combate a incêndio; agricultura de subsistência• responsabilização exige comprovação do nexo causal (entre ação do proprietário ou preposto e o dano)

COMÉRCIO DE PLANTAS VIVAS e PRODUTOS DA FLORA NATIVAArt. 37. O comércio de plantas vivas e outros produtos oriundos da flora nativa

dependerá de licença do órgão estadual competente do Sisnama e de registro no Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais, previsto no art. 17 da Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, sem prejuízo de outras exigências cabíveis.

Page 129: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

TRANSPORTE E DOFTRANSPORTE E DOF (Art. 36)(Art. 36)

•DOFDOF é a licença obrigatória para o é a licença obrigatória para o transportetransporte e e armazenamentoarmazenamento de produtos e de produtos e subprodutos florestais de origem nativa, para subprodutos florestais de origem nativa, para fins comerciais ou industriaisfins comerciais ou industriais, , contendo as informações sobre a procedência desses produtos, gerado pelo sistema contendo as informações sobre a procedência desses produtos, gerado pelo sistema eletrônico denominado Sistema-DOF. eletrônico denominado Sistema-DOF.

•Portaria MMA 253/06 e Instrução Normativa Ibama 21/2013 e 6.938(9º,VIII e 17,II),Portaria MMA 253/06 e Instrução Normativa Ibama 21/2013 e 6.938(9º,VIII e 17,II), Portaria INEMA Nº 3838 DE 25/10/2012Portaria INEMA Nº 3838 DE 25/10/2012

• Emissão de DOF requer registro no Cadastro TécnicoEmissão de DOF requer registro no Cadastro Técnico Federal Federal de Atividades de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais

Page 130: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

• Grande inovação. Registro público eletrônico nacional obrigatório para todos os imóveis rurais objetivando integração de informações ambientais (arts. 29 e 30). Acesso público.

• Prazo de inscrição no CAR foi prorrogado por um ano contado de 05/05/2016.

• Contém: a) Identificação do proprietário/possuidor; comprovação da propriedade ou posse (título); c) situação ambiental (plantas, memorial descritivo incluindo áreas protegidas e coordenadas). Se menor que 4 módulos fiscais, dispensa “c”

• Após a implantação do CAR, a supressão de novas áreas de florestas ou outras formas de vegetação nativa apenas será autorizada se o imóvel estiver cadastrado (art. 12, § 3º)

• RL já registrada em cartório com seu perímetro e localização dispensa inscrição da RL no CAR

•Na Bahia, o CAR chama-se CEFIR (ver art.s 59-79 do Decreto Estadual 15.180/2014)

Cadastro Ambiental Rural - CARCadastro Ambiental Rural - CAR

Page 131: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

• Art. 60. Obrigatoriedade do CEFIR para proprietários ou possuidores:I - estejam regulares perante a legislação ambiental;II – com passivos ambientais de APP ou reserva legal;III – com passivos de desmatamento, inclusive posterior a 22 de julho de 2008

• Art. 64. O CEFIR conterá:I - inscrição do imóvelII - arquivos digitais georreferenciados identificando imóvel, APP, RL, áreas de uso alternativo do solo, areas consolidadas, degradadas, subutilizadas ou inutilizadas;III - proposta de localização da Reserva LegalIV - aprovação da localização da Reserva LegalV – identificação de APP, reserva VI - arquivos digitais georreferenciados dos remanescentes de vegetação nativaVII - Plano de Recomposição de Áreas Degradadas – PRAD (existência de passivos ambientais) e Programa de Recuperação Ambiental – PRA (existência de passivos de APP ou RL)VIII - celebração, por adesão, ao Termo de CompromissoIX - cadastramento de servidão ambiental ou CRA• identificação de técnico responsável e comprovação de: propriedade/posse, RL, PRAD, PRA (art.s 65 e 66)• CEFIR de imóvel de ate 4 MF é feito com assistência do Poder Público

Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais CEFIR CEFIR Decreto Estadual Decreto Estadual

15.180/201415.180/2014

Page 132: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Programa de Regularização Ambiental - PRA Programa de Regularização Ambiental - PRA FederalFederal (arts. 59 e 60)(arts. 59 e 60)

• Finalidade: regularizar atividade agrossilvipastoris, de ecoturismo e de turismo rural em APPs consolidadas até 22/07/08, em descompasso com o antigo Código Florestal

• Requisito principal : inscrição do imóvel no CAR

• Destinatários: posses e propriedades rurais com edificações, benfeitorias ou atividades agrossilvopastoris consolidadas (ocupação até 22/07/2008)• Incluídos: pousio, ecoturismo e turismo rural em áreas rurais (61A)

• Prazo para adesão: um ano, prorrogável 1 vez, se já houver CAR (Cadastro Ambiental Rural) implantado. Da publicação do CFB até findo o prazo de adesão, é autorizada a continuidade das atividades consolidadas as quais deverão ser informadas no CAR, para fins de monitoramento.

• Assinatura do Termo de Compromisso, relativamente às infrações cometidas antes de 22/07/2008 relativas à supressão irregular de vegetação em APP, RL e área de uso restrito: a) Suspenderá novas autuações;b) Suspenderá sanções já aplicadas e, após prova de cumprimento do TC, as multas serão convertidas em serviços de preservação, melhoria e recuperação ambiental; c) Suspenderá punibilidade dos crimes definidos no arts. 38, 39 e 48 da lei 9.605/98• obs. Só há extinção da punibilidade com a efetiva regularização

• A prescrição ficará interrompida durante o período de suspensão da pretensão punitiva

Page 133: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Programa de Regularização Ambiental dos Programa de Regularização Ambiental dos Imóveis Rurais – Imóveis Rurais – EstadualEstadual

• Lei Estadual nº 11.478/2009. Regulamento: Decreto Nº 15.180 DE 02/06/2014 - Regulamenta a gestão das florestas e das demais formas de vegetação do Estado da Bahia, a conservação da vegetação nativa, o Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais - CEFIR, e dispõe acerca do Programa de Regularização Ambiental dos Imóveis Rurais do Estado da Bahia

• Visa adequação ambiental dos imóveis rurais da Bahia, através da recuperação e regularização da RL e APP e passivo ambiental de ativ. Agrosilvopastoril

• A regularização ambiental constitui requisito prévio para o processamento dos pedidos de licenciamento de empreendimentos e atividades localizadas no interior de imóvel rural

Page 134: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

•Termo de Compromisso, celebrado eletronicamente (art. 75), é feito por adesão e emitido no ato do registro no CEFIR (art. 71) • Termo de Compromisso definirá prazo para regularização de APP e RL até 20 anos, admitindo cronograma de implantação de 1/10 a cada 2 anos (art. 72)• Obrigações transmitem-se a sucessores art.73• Suspensos prazos prescricionais durante vigência do Termo de Compromisso para apuração de infrações (art. 76) • inscrição no CEFIR confere regularidade ambiental até análise e manifestação do órgão art. 77• Cumprido o TC, as multas fruto de autuação até 22/07/2008 serão consideradas convertidas em prestação de serviços ambientais . Não tendo havido autuação, extingue-se a punibilidade. Descumprido o TC será retomada a cobrança das multas e demais penalidades previstas no TC (art.131)• Prazo de 2 anos para os já cadastrados atualizarem os dados no CEFIR. Atualização a cada 5 anos. Art. 137• vedada alteração da RL art. 77, recomposição de reserva legal– art.s 79 a 84

Programa de Regularização Ambiental dos Programa de Regularização Ambiental dos Imóveis Rurais – Imóveis Rurais – EstadualEstadual Decreto Nº 15.180 DE 02/06/2014

Page 135: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

• Pagamento ou incentivo a serviços ambientais (exemplos de serviços no 41, I: programas de carbono; conservação da beleza cênica natural, solo ou água/serviços hídricos; manutenção de APP, RL ou áreas de uso restrito; regulação do clima; valorização cultural). Sistema nacional ou estadual de mercado de serviços ambientais. Prioridade para agricultor familiar. (41, §§5º e 7º)

• lei estadual 13.223/2015 – institui a política estadual de pagamento por serviços ambientais e o programa estadual de pagamento por serviços ambientais

• Compensação pela conservação ambiental (instrumentos no art. 41,II: crédito agrícola, redução/isenção tributária, linha de financiamento)

• Incentivos para ações de recuperação, conservação e uso sustentável de florestas (exemplos no 41, III: programas de fomento à comercialização e pesquisa)

PROGRAMA DE APOIO E INCENTIVO PROGRAMA DE APOIO E INCENTIVO À PRESERVAÇÃO E RECUPERAÇÃO À PRESERVAÇÃO E RECUPERAÇÃO (arts.41 a 50)(arts.41 a 50)

Page 136: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

• Manutenção de APP, RL e área de uso restrito configuram-se adicionalidade para fins de pagamentos ou incentivos por serviços ambientais, em mercados nacionais e internacionais de reduções de emissões certificadas de gases de efeito estufa.

• Os proprietários em Zona de Amortecimento em UC de Proteção Integral são elegíveis para compensação do art. 36 da Lei 9.985/00. (0,5% dos custos com licenciamento mediante EIA deve ser utilizado para apoiar UC de Proteção Integral)

• Governo Federal implantará Programa para conversão da multa por desmatamento sem licença ou autorização (art. 50 do Dec 6514/08) em área rural consolidada (desmatamento anterior a 22/07/08 e fora de área protegida). Art 42

•Inadimplentes com TC ou PRA e os sujeitos a sanções por infrações ao CFB são inelegíveis para maioria das compensações do 41, II

PROGRAMA DE APOIO E INCENTIVO PROGRAMA DE APOIO E INCENTIVO À PRESERVAÇÃO E RECUPERAÇÃO À PRESERVAÇÃO E RECUPERAÇÃO (arts.41 a 50)(arts.41 a 50)

Page 137: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

• CFB cria o Mercado de CRA (1 CRA = 1ha excedente de RL)

• Imóveis com vegetação insuficiente para RL podem receber (a título oneroso ou gratuito) CRA de imóvel com excedente de vegetação• compensação deve ser feita exclusivamente no mesmo bioma, e preferivelmente no mesmo Estado• Objetivo: evita diminuição de atividade produtiva e fomenta conservação por aqueles que podem receber dinheiro pela transferência. Pode ser usada para compensar RL num mesmo bioma.• Área cedida pode ser: excedente de RL (se pequena propriedade, pode incluir a RL do próprio imóvel); servidão ambiental; RPPN (fora de RL); ou UC de domínio público ainda não desapropriada=paga.

• Competência para aprovação: Ibama, podendo ser delegada ao estado• Deve ser averbada em cartório e inserida em registros específicos (art. 47). Deve ser inscrita no CAR

• Proprietário do imóvel é o responsável pela manutenção da vegetação

• Cancelamento (art. 50) •Ver tambem portaria inema 8548/2014 e decreto estadual 15180/2014

COTA DE RESERVA AMBIENTAL - CRACOTA DE RESERVA AMBIENTAL - CRA

(arts.41 a 50)(arts.41 a 50)

Page 138: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

COTA DE RESERVA AMBIENTAL - CRACOTA DE RESERVA AMBIENTAL - CRA

(arts.41 a 50)(arts.41 a 50)

Os anúncios estão em toda a parte. De classificados de jornais a websites de varejo como OLX e Mercado Livre. “Vendo Área de Compensação Ambiental/Reserva Legal”. Mercado que floresce antes mesmo de sua regulamentação: o de Cotas de Reserva Ambiental (CRAs).

A minuta de um decreto federal que regulamenta a criação de CRAs foi redigida no Ministério da Fazenda e enviada ao MMA

Page 139: Aula código florestal e mata atlântica

11 Bilhões

4 Bilhões

8 Bilhões

Valor de mercado: R$ 23 Bilhões

Todos os negócios são feitos em rodada única;

Uma vez feita a transação, validade da CRA é perpétua;

Base para o cálculo é o preço da terra por atividade (agricultura, pecuária e floresta);

Áreas dentro de Unidades de Conservação são 20% mais caras;

Mercado é restrito aos limites estaduais

Valor de mercado por BiomaMercado limitado aos estados (com UCs)

ESTUDO DE MERCADO

Page 140: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

RESPONSABILIDADERESPONSABILIDADE

Page 141: Aula código florestal e mata atlântica

• pessoa física ou jurídica (CF, art. 225, § 3º e lei 9.605/98, art. 3º)

• de direito público ou privado (CF, art. 225, § 3º e lei 9.605/98, art. 3º)

Profª Roberta Casali

RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVARESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVAQUEM É O INFRATOR?QUEM É O INFRATOR?

Page 142: Aula código florestal e mata atlântica

Pessoa JurídicaPessoa Jurídica9605/98,Art. 3º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas

administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade.

Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato.

Desconsideração da personalidade jurídica Desconsideração da personalidade jurídica Sempre que sua personalidade for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos

causados à qualidade do meio ambiente

Profª Roberta Casali

RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVARESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVAQUEM É O INFRATOR?QUEM É O INFRATOR?

Page 143: Aula código florestal e mata atlântica

Poderia haver responsabilidade administrativa sem o nexo de causalidade entre a conduta e infração tipificada?

Profª Roberta Casali

RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVARESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVAQUEM É O INFRATOR?QUEM É O INFRATOR?

Page 144: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Obrigações “propter rem” = RECOMPOSIÇÃOObrigações “propter rem” = RECOMPOSIÇÃO12.651, Art. 2º,§ 2o As obrigações previstas nesta Lei têm natureza real e são transmitidas ao sucessor, de qualquer natureza, no caso de transferência de domínio ou posse do imóvel rural.

Art. 7o A vegetação situada em Área de Preservação Permanente deverá ser mantida pelo proprietário da área, possuidor ou ocupante a qualquer título, pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado.§ 1o Tendo ocorrido supressão de vegetação situada em Área de Preservação Permanente, o proprietário da área, possuidor ou ocupante a qualquer título é obrigado a promover a recomposição da vegetação, ressalvados os usos autorizados previstos nesta Lei.§ 2o A obrigação do § 1o tem natureza real e é transmitida ao sucessor é transmitida ao sucessor no caso de transferência de domínio ou posse do imóvel rural.

RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVARESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVAQUEM É O INFRATOR?QUEM É O INFRATOR?

Page 145: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Obrigações “propter rem” justificaria transmissão Obrigações “propter rem” justificaria transmissão de sanção? E aplicação de multa?de sanção? E aplicação de multa?

1.Direitos reais tem como característica principal a publicidade mas nem sempre há publicidade de questões/passivos ambientais mesmo se adotando medidas como uma due diligence ambiental. Sempre aplica a regra do art. 2º?

2. A lógica das obrigações propter rem gera transmissibilidade das sanções jurídicas? Aplicação de multa?

3. Divergência no STJ: REsp. 214.714/PR, 1ª Turma, rel. o Min. Garcia Vieira. Idem: REsp 156.899/PR). No REsp 218.120/PR contra REsp. 222.349/PR

RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVARESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVAQUEM É O INFRATOR?QUEM É O INFRATOR?

Page 146: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVARESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVATransmissibilidade de sanções Transmissibilidade de sanções

“1. A jurisprudência desta Corte está firmada no sentido de que os deveres associados às APPs e à Reserva Legal têm natureza de obrigação propter rem , isto é, aderem ao título de domínio ou posse, independente do fato de ter sido ou não o proprietário o autor da degradação ambiental. Casos em que não há falar em culpa ou nexo causal como determinantes do dever de recuperar a área de preservação permanente. “

AgRg no AgResp nº 327.687 - SP (2013/0108750-1), Segunda Turma MINISTRO HUMBERTO MARTINS Julgamento 15/08/2013Obs. Ação discute dever de reparar o dano

Page 147: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Orientação Jurídica Normativa n.30/2012/PFE/IBAMA“CONCLUSÃO. Entende-se que a lavratura de auto de infração pelo Ibama deve se dar em nome daquele que efetivamente praticou a conduta infracional, sendo irrelevante a idade do autuado, para fins de responsabilização administrativa pelos atos praticados em detrimento do meio ambiente.”

IN Ibama 10/12 art. 28§ 4º O auto de infração deverá ser lavrado para cada pessoa que tenha participado da prática da infração, individualizadamente, sendo-lhes imputadas as sanções, na medida da sua culpabilidade, ficando excetuada a determinação constante dos §§ 1º e 2º nos casos de estrangeiros não residentes no Brasil, que não possuam CPF.

RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVARESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVAQUEM É O INFRATOR?QUEM É O INFRATOR?

Page 148: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Exigência do nexo causal no CFB, p. ex.:

“Art. 38, § 4o É necessário o estabelecimento de nexo causal na verificação das responsabilidades por infração pelo uso irregular do fogo em terras públicas ou particulares.

RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVARESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVAQUEM É O INFRATOR?QUEM É O INFRATOR?

Page 149: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Édis Milaré:A conduta pode ser imputada à pessoa física ou jurídica, de direitopúblico ou privado, que tenha concorrido, por ação ou omissão, para aprática da infração. É certo, portanto, que a responsabilizaçãoadministrativa, ao contrário do que ocorre na esfera civil eanalogicamente ao que se dá em âmbito penal (igualmente deíndole repressiva), é absolutamente pessoal, não podendo oórgão administrativo punir uma pessoa pelo evento danosocausado por outra.(...)Solução diversa se terá em sede de responsabilidade civil, na qual osucessor por força do regime especial da responsabilidade objetivasob a modalidade do risco integral, será parte legítima para figurar nopólo passivo de eventual ação civil pública que venha a ser propostavisando à recuperação do dano ambiental, respondendosolidariamente com o poluidor direto.

RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVARESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVAQUEM É O INFRATOR?QUEM É O INFRATOR?

Page 150: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

multa embargo de obra interdição de atividade indenização PRAD

Para alguns, depende da função Para alguns, depende da função que a sanção desempenha:

a) Preventiva - evitar consumação ou continuidade do ilícito

b) Reparatória – recuperar o bem lesado ou ressarcir os prejuízos

c) Punitiva – sofrimento e reprovação para o infrator

Princípios da intransmissibilidade da pena e da culpabilidade aplicáveis para sanções punitivas, sejam penais ou administrativas

artigo 5°, inciso XLV, da Constituição Federal:XLV. nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;

RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVARESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVATransmissibilidade de sanções Transmissibilidade de sanções

Page 151: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

STJ (REsp 1.251.697 - PR (2011/0096983-6) Rel Min Mauro CampbellAMBIENTAL. RECURSO ESPECIAL. MULTA APLICADA ADMINISTRATIVAMENTE EM RAZAO DE INFRAÇAO AMBIENTAL. EXECUÇAO FISCAL AJUIZADA EM FACE DO ADQUIRENTE DA PROPRIEDADE. ILEGITIMIDADE PASSIVA. MULTA COMO PENALIDADE ADMINISTRATIVA, DIFERENTE DA OBRIGAÇAO CIVIL DE REPARAR O DANO. Voto:

• “a responsabilidade civil pela reparação dos danos ambientais adere à propriedade”

• “Pelo princípio da intranscendência das penas (art. 5º, inc. XLV, CR88), aplicável não só ao âmbito penal, mas também a todo o Direito Sancionador, não é possível ajuizar execução fiscal em face do recorrente para cobrar multa aplicada em face de condutas imputáveis a seu pai. Isso porque a aplicação de penalidades administrativas não obedece à lógica da responsabilidade objetiva da esfera cível (para reparação dos danos causados), mas deve obedecer à sistemática da teoria da culpabilidade, ou seja, a conduta deve ser cometida pelo alegado transgressor, com demonstração de seu elemento subjetivo, e com demonstração do nexo causal entre a conduta e o dano.”

RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVARESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVAINtransmissibilidade de sanções INtransmissibilidade de sanções

Page 152: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

STJ (REsp 1.251.697 - PR (2011/0096983-6) Voto :

• “Em resumo: a aplicação e a execução das penas limitam-se aos transgressores ; a reparação ambiental, de cunho civil, a seu turno, pode abranger todos os poluidores , a quem a própria legislação define como "a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental" (art. 3º, inc. V, do mesmo diploma normativo). “

Para responsabilização da pessoa física em infração de pessoa jurídica deve haver prova de seu envolvimento. STJ-HC 119511 MG 2008/0240739-4

RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVARESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVAINtransmissibilidade de sanções INtransmissibilidade de sanções

Page 153: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

RESPONSABILIDADERESPONSABILIDADEInfração AdministrativaInfração Administrativa

Segundo art. do Decreto Estadual nº14.024, de 06/2012:

INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA GRAVÍSSIMAGRAVÍSSIMA

(vide anexo VI)

Danificar ou utilizar vegetação em APP sem ou em desacordo com a devida autorização

Impedir ou dificultar a regeneração natural em APP ou reserva legal

Art. 258 - As infrações são classificadas como leves, graves e gravíssimas, observando-se a seguinte gradação para o valor das multas: I - infrações leves: até R$ 5.000,00 (cinco mil reais); II - infrações graves: até R$ 200.000,00 (duzentos mil reais); III - infrações gravíssimas: até R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais).

Page 154: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

RESPONSABILIDADERESPONSABILIDADEInfração AdministrativaInfração Administrativa

Art. 251 - São consideradas circunstâncias agravantes: II - a infração ter ocorrido em área de preservação permanente;

IX - a infração atingir espécies nativas raras, endêmicas, vulneráveis, de importância econômica ou em perigo de extinção;

Segundo Art.251 do Decreto Estadual nº14.024/2012:

AGRAVANTE

=

INFRAÇÃO OCORRIDA EM APP

Page 155: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

RESPONSABILIDADERESPONSABILIDADEInfração AdministrativaInfração Administrativa

Art. 43. Destruir ou danificar florestas ou demais formas de vegetação natural ou utilizá-las com infringência das normas de proteção em área considerada de preservação permanente, sem autorização do órgão competente, quando exigível, ou em desacordo com a obtida: Multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais), por hectare ou fração.

Art. 44. Cortar árvores em área considerada de preservação permanente ou cuja espécie seja especialmente protegida, sem permissão da autoridade competente: Multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 20.000,00 (vinte mil reais) por hectare ou fração, ou R$ 500,00 (quinhentos reais) por árvore, metro cúbico ou fração.

Decreto Federal nº 6.514/2008, são INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS:

Page 156: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

RESPONSABILIDADERESPONSABILIDADEInfração AdministrativaInfração Administrativa

Art. 48. Impedir ou dificultar a regeneração natural de florestas ou demais formas de vegetação nativa em unidades de conservação ou outras áreas especialmente protegidas, quando couber, área de preservação permanente, reserva legal ou demais locais cuja regeneração tenha sido indicada pela autoridade ambiental competente:

Multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por hectare ou fração.

Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica para o uso permitido das áreas de preservação permanentes

Decreto Federal nº 6.514/2008. INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA::

Page 157: Aula código florestal e mata atlântica

Lei 12.651/2011 Art. 60. A assinatura de termo de compromisso para regularização de imóvel ou posse rural perante o órgão ambiental competente, mencionado no art. 59, suspenderá a punibilidade dos crimes previstos nos arts. 38, 39 e 48 da Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, enquanto o termo estiver sendo cumprido.

§ 1o A prescrição ficará interrompida durante o período de suspensão da pretensão punitiva.

§ 2o Extingue-se a punibilidade com a efetiva regularização prevista nesta Lei.

Profª Roberta Casali

RESPONSABILIDADE RESPONSABILIDADE TERMO DE COMPROMISSOTERMO DE COMPROMISSO

Page 158: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

“Os autos de infração já constituídos permanecem válidos e blindados como atos jurídicos perfeitos que são - apenas a sua exigibilidade monetária fica suspensa na esfera administrativa , no aguardo do cumprimento integral das obrigações estabelecidas no PRA ou no TC. Tal basta para bem demonstrar que se mantém incólume o interesse de agir nas demandas judiciais em curso, não ocorrendo perda de objeto e extinção do processo sem resolução de mérito (CPC, art. 267, VI). “

(PET no REsp 1.240.122/PR, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado em 2.10.2012, DJe de 19.12.2012.)

• 

RESPONSABILIDADE RESPONSABILIDADE TERMO DE COMPROMISSOTERMO DE COMPROMISSO

Page 159: Aula código florestal e mata atlântica

Natureza jurídica: subjetiva

Art. 18 do CP: Diz-se o crime:  I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;  II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou

imperícia. Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente

Art. 2º, Lei nº 9.605/98. A maioria dos crimes ambientais somente existem na forma dolosa..

Imposição de pena exclusivamente pelo poder judiciário

Profª Roberta Casali

RESPONSABILIDADE RESPONSABILIDADE PENAL AMBIENTALPENAL AMBIENTAL

Page 160: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

RESPONSABILIDADERESPONSABILIDADECrime AmbientalCrime Ambiental

Art. 2º Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos nesta Lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, o administrador, o membro de conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática, quando podia agir para evitá-la.

Art. 3º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade.Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato.

Art. 4º Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio ambiente.

Lei Federal 9.605/98 – Lei de Crimes Ambientais e infrações Administrativas

Page 161: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

RESPONSABILIDADERESPONSABILIDADECrime Ambiental Crime Ambiental

Art. 38. Destruir ou danificar floresta considerada de preservação permanente, mesmo que em formação, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção:Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade.

Art. 39. Cortar árvores em floresta considerada de preservação permanente, sem permissão da autoridade competente:Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

Lei de Crimes Ambientais – Lei Federal nº 9.605/98:

CRIME AMBIENTAL

=

DESTRUIR APP OU UTILIZÁ-LA EM DESACORDO COM A LEI

Page 162: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

RESPONSABILIDADERESPONSABILIDADECrime AmbientalCrime Ambiental

Art. 45. Cortar ou transformar em carvão madeira de lei, assim classificada por ato do Poder Público, para fins industriais, energéticos ou para qualquer outra exploração, econômica ou não, em desacordo com as determinações legais:Pena - reclusão, de um a dois anos, e multa.

Art. 46. Receber ou adquirir, para fins comerciais ou industriais, madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem vegetal, sem exigir a exibição de licença do vendedor, outorgada pela autoridade competente, e sem munir-se da via que deverá acompanhar o produto até final beneficiamento:Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende, expõe à venda, tem em depósito, transporta ou guarda madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem vegetal, sem licença válida para todo o tempo da viagem ou do armazenamento, outorgada pela autoridade competente.

Lei de Crimes Ambientais – Lei Federal nº 9.605/98:

CRIME AMBIENTAL

Page 163: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

RESERVA LEGALRESERVA LEGAL

Page 164: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

DISCIPLINA NO CÓDIGO FLORESTAL (LEI 12.651, DE 25/05/2012)

Delimitação (Art. 12 a 16) Regime de proteção (17 a 24) Necessidade de informar para ASV (26 , para 4º , I) Necessidade de informar no Cadastro Rural (29, para 1º c/c 31) Exigência de Plano de Manejo Florestal Sustentável (32, II) Pode gerar instrumentos econômicos como incentivo fiscal ou

pagamento por serviço ambiental (41) Sua relação com a Cota de Reserva Ambiental (44) Em áreas rurais consolidadas (66 a 68) Sua relação com a servidão ambiental (79)

Reserva LegalReserva Legalno CFBno CFB

Page 165: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

DISCIPLINA NO CÓDIGO FLORESTAL (LEI 12.651, DE 25/05/2012)

Reserva LegalReserva Legalno CFBno CFB

Art. 3º, III - Reserva Legal: área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, delimitada nos termos do art. 12, com a função de assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora nativa;

Page 166: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

• ADMITE MANEJO SUSTENTÁVEL (trata-se de floresta de exploração limitada): administração da vegetação natural para a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais, respeitando-se os mecanismos de sustentação do ecossistema. (art. 3º , VII)

• MANEJO:a) para consumo próprio: até 20m3/ano, dispensa autorização, exige prévia declaração fundamentada do volume explorado (arts 17, 23, 66§4º e 20)

b) comercial: exigida autorização; não pode descaracterizar a cobertura vegetal nem prejudicar a conservação das nativas ou diversidade das espécies; deve favorecer regeneração de nativas (art. 22)

• LIVRE A COLETA de produtos florestais não madeireiros, tais como frutos, cipós, folhas e sementes, observando cuidados do art. 21.

Reserva LegalReserva Legale sua utilizaçãoe sua utilização

Page 167: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

MANEJO FLORESTAL SUSTENTÁVEL EM RESERVA LEGAL

Reserva LegalReserva Legal

Page 168: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

MANEJO FLORESTAL (EXCEÇÃO À REGRA) - Lei Estadual 10.431 de 2006:

Art. 104. A Reserva Legal poderá ser submetida a manejo florestal com nível de interferência que respeite sua função ecológica e as características do ecossistema, permitindo-se:

I - a extração de madeira para uso e beneficiamento no imóvel rural onde se encontra inserida; II - a extração seletiva de produtos não madeireiros para comercialização eventual, desde que não ponha em risco a sustentabilidade do respectivo ecossistema, na forma como dispuser o regulamento desta Lei; III - o enriquecimento da vegetação com o objetivo de promover sua restauração; IV - o uso econômico sem extração da vegetação nativa.

Parágrafo único - Poderá ser admitida em área de Reserva Legal, quando devidamente autorizada pelo órgão executor da política estadual de biodiversidade, a construção de passagens, pontes, redes elétricas, dutos, pequenas barragens que objetivem a retenção de águas pluviais para controle de erosão.

Reserva Legal – lei estadualReserva Legal – lei estadual

Page 169: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

• RL deve ser cadastrada pelo PROPRIETÁRIO OU POSSUIDOR. Conservada pelo proprietário, possuidor ou ocupante. Pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado.

• RL é obrigação propter rem (art. 12, § 1º). No FRACIONAMENTO do imóvel rural, inclusive para Reforma Agrária, será considerada a área do imóvel antes do fracionamento. Ou seja: Proibido o fracionamento para forçar regime diferenciado da pequena propriedade.

• COMPETÊNCIA Órgão ambiental estadual ou instituição por ele habilitada (art. 14)

Reserva LegalReserva Legalatores envolvidosatores envolvidos

Page 170: Aula código florestal e mata atlântica

CRITÉRIOS PRIORITÁRIOS PARA RL: (art. 14)

I - o plano de bacia hidrográfica;

II - o Zoneamento Ecológico-Econômico

III - corredores ecológicos com outra RL, com APP, com UC ou outra área protegida;

IV - as áreas de maior importância para a conservação da biodiversidade; e

V - as áreas de maior fragilidade ambiental.

PERCENTUAIS MÍNIMOS em relação à área do imóvel: (Art. 12)

I - Na Amazônia Legal: (se houver diversidade no imóvel, calcula-se separadamente)

a) 80% , no imóvel em florestas;

b) 35% , no imóvel em cerrado;

c) 20% , no imóvel em campos gerais;

II - Nas demais regiões do País: 20%

Reserva LegalReserva Legalcritérios e percentuaiscritérios e percentuais

Profª Roberta Casali

Page 171: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

• RL submete-se à aprovação somente após inclusão do imóvel no CAR/CEFIR (art 14 , § 1º c/c art. 29).

• Dispensada averbação no Cartório de registro de imóveis (art. 17, §4º)

• PROTOCOLADA a documentação exigida para o CAR/CEFIR(art 18), ao proprietário ou possuidor não poderá ser imputada sanção administrativa, por qualquer órgão ambiental, em razão da não formalização da RL. (art 14 , § 2º)

•É obrigatória a suspensão imediata das atividades em área de Reserva Legal desmatada irregularmente após 22 de julho de 2008 (art. 17§3º e 4º )Sem prejuízo das sanções administrativas, cíveis e penais cabíveis, deverá ser iniciado, nas áreas não consolidadas, a recomposição da RL em até 2 anos contados do CFB, devendo ser concluído nos prazos do art. 59/PRA.

• Suspensa autuações por falta de RL em área consolidada até que se esgote o prazo para o termo de adesão ao PRA (art. 59 §4º e 5º)

Reserva Legal Reserva Legal Cadastro Ambiental Rural – CAR/CEFIRCadastro Ambiental Rural – CAR/CEFIR

Page 172: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

SERVIDÃO ADMINISTRATIVA (direito à indenização)

ou

LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA (sem direito à indenização) ?

Reserva LegalReserva Legal

Page 173: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

RL em CONDOMÍNIO ou COLETIVA (art. 16)

a) se usado outro imóvel, as APPS do imóvel que se beneficiar (original) podem ser descontadas

b) em benefício de imóveis de único ou diversos proprietários

c) mesmo bioma

d) todos inscritos no CAR

e) se imóveis de Estados diferentes, RL em áreas prioritárias da União e Estados (66§6º II e III).

Reserva LegalReserva Legalem condomínioem condomínio

Page 174: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

• APPs podem ser aproveitadas como RL desde que: (art. 15 CFB)a) inclusão do imóvel no CAR

b) APP conservada ou em recuperação (admitindo áreas não vegetadas)

c) não gere conversão de nova área que já não seria autorizável antes da recuperação da APP

• O cômputo da APP abrange a regeneração,recomposição e compensação

• Se a soma da cobertura vegetal com a APP em recuperação ou vegetada exceder o percentual de RL, o excedente pode ser transformado em servidão ambiental (art. 9º, 6.938/81) ou Cota de Reserva Ambiental (CRA) (art.44 CFB).

• Excedente de RL instituída voluntariamente pode gerar Cota de Reserva Ambiental (art. 44,II)

Reserva Legal Reserva Legal inclusão das APPs e CRAinclusão das APPs e CRA

Page 175: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Reserva Legal Reserva Legal dispensa da obrigaçãodispensa da obrigação

• empreendimentos de abastecimento público de água e tratamento de esgoto (art. 12, § 6º)

• concessão, permissão ou autorização para exploração de potencial de energia elétrica (art. 12, § 7º)

• implantação e ampliação de capacidade de rodovias e ferrovias. (art. 12, § 8º)

Page 176: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Reserva Legal Reserva Legal regularização de área consolidadaregularização de área consolidada

Art. 66. Proprietário ou possuidor que detinha, em 22/07/2008, RL inferior poderá regularizar, independentemente da adesão ao PRA, isolada ou conjuntamente: I - recompor a Reserva Legal; II - permitir a regeneração natural da vegetação na área de Reserva Legal; III - compensar a Reserva Legal.

§ 1º Obrigação de natureza real e transmitida ao sucessor da prop. ou posse.

§ 2o Recomposição em até 20 anos. A cada 2 anos, 1/10 da área restante

§ 3o Recomposição poderá ser plantio intercalado de nativas e exóticas, em sistema agroflorestal, observados parâmetros específicos

§ 4º Recomposição dá direito à sua exploração econômica

Page 177: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Reserva Legal Reserva Legal regularização de área consolidadaregularização de área consolidada

§ 5o A Compensação deve ser precedida de inscrição no CAR e poderá ser feita mediante:

I - Cota de Reserva Ambiental; II - arrendamento de servidão ambiental ou Reserva Legal; III - doação ao poder público de área em UC de domínio público pendente de regularização fundiária; IV - área própria ou comprada de 3º, com vegetação nativa estabelecida, em regeneração ou recomposição, desde que localizada no mesmo bioma.

Page 178: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Reserva Legal Reserva Legal regularização de área consolidadaregularização de área consolidada

§ 6o As áreas utilizadas para compensação do § 5o deverão: I - equivaler em extensão à área da RL a ser compensada; II – se localizar no bioma da RL a ser compensada; III - se fora do Estado, estar em áreas identificadas como prioritárias pela U ou E.

§ 7o Áreas prioritárias do §6º buscará, entre outros, recuperação de bacias hidrográficas excessivamente desmatadas, criação de corredores ecológicos, conservação de grandes áreas protegidas e a conservação ou recuperação de ecossistemas ou espécies ameaçados.

§ 8o Se o imóvel a regularizar for público, a compensação do inciso III pode ser via concessão de direito real de uso ou doação, pela pessoa jurídica de direito público proprietária e sem RL suficiente, ao órgão público responsável pela UC de área em UC de domínio público, a ser criada ou pendente de regularização fundiária.

§ 9o As medidas de compensação previstas neste artigo não poderão ser utilizadas como forma de viabilizar a conversão de novas áreas para uso alternativo do solo.

Page 179: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Reserva Legal Reserva Legal ““anistia” - pequenas propriedades ruraisanistia” - pequenas propriedades rurais

Art. 67. Nos imóveis rurais que detinham, em 22/07/08, até 4 módulos fiscais e que possuam vegetação nativa inferior ao previsto no art. 12, a Reserva Legal será constituída com a área ocupada com a vegetação nativa existente em 22/07/08, vedadas novas conversões para uso alternativo do solo.

• viabiliza ocupação de áreas consolidadas mesmo que não atendido ao % de RL (80% 35% ou 20%) • desnecessária adoção de qualquer das alternativas do artigo 66 (recomposição, compensação, regeneração natural)

• RL só incide sobre cobertura vegetal que havia em 22/07/08. Se já não havia vegetação em 22/07/08, então não há obrigação de RL

• pequenas propriedade (≤ 4 MF) RL pode computar árvores frutíferas, ornamentais ou industriais, cultivadas em sistema intercalar ou em consórcio com espécies nativas

Page 180: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Reserva Legal - intertemporalidadeReserva Legal - intertemporalidaderegularização de área consolidadaregularização de área consolidada

Art. 68. Os proprietários ou possuidores rurais que realizaram supressão de vegetação nativa respeitando os percentuais de RL em vigor à época da supressão são dispensados de promover a recomposição, compensação ou regeneração para os percentuais exigidos nesta Lei. Ex: até 1996, a RL na região norte era de apenas 50%

§ 1º Pode-se provar essas situações consolidadas por: descrição de fatos históricos de ocupação da região, registros de comercialização, dados agropecuários da atividade, contratos e documentos bancários relativos à produção, e outros meios de prova em direito admitidos. § 2º Os proprietários ou possuidores de imóveis rurais, na Amazônia Legal, e seus herdeiros necessários que possuam RL maior que 50% de cobertura florestal e não realizaram a supressão da vegetação permitida à época poderão utilizar a área excedente de RL para fins de constituição de servidão ambiental, Cota de Reserva Ambiental - CRA e outros instrumentos congêneres previstos nesta Lei.

Page 181: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Reserva Legal Reserva Legal no perímetro urbanono perímetro urbano

INSERÇÃO DO IMÓVEL RURAL EM PERÍMETRO URBANO desobriga o proprietário ou posseiro da manutenção da RL?

Page 182: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Reserva Legal Reserva Legal no perímetro urbanono perímetro urbano

INSERÇÃO DO IMÓVEL RURAL EM PERÍMETRO URBANO definido em lei municipal não desobriga o proprietário ou posseiro da manutenção da RL, que só será extinta concomitantemente ao registro do parcelamento do solo (art. 19)

Page 183: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

SERVIDÃO FLORESTALSERVIDÃO FLORESTALÁREA RURAL

• Pode gerar emissão de cota de Cota de Reserva Ambiental - CRA (art. 44, I)

• Pode ser arrendada para compensar RL de outro imóvel ($5º do art. 66) deverá equivalente em extensão à área da reserva a ser compensada; localizada no mesmo bioma da área a ser compensada e, se fora do Estado, identificada como área prioritária pela U ou E

• Não integra área tributável para cálculo de ITR

Page 184: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

SERVIDÃO AMBIENTALSERVIDÃO AMBIENTALA servidão ambiental é dos instrumentos da política nacional do meio ambiente Lei 6.938/81

O proprietário ou possuidor pode limitar o uso de toda ou parte da propriedade para preservar, conservar ou recuperar os recursos ambientais (art. 9º-A) ex: RPPN- prazo mínimo de 15 anos-requisitos do instrumento a ser averbado em cartório (9º-A, §1º e §4º) - regime de proteção é, no mínimo, o da RL (9º-A, §2º e §3º)- gratuita ou onerosa, em caráter temporário ou perpétuo (9º-B, §1º e §3º) - regime creditício e tributário (9º-B, §2º)- obrigações do proprietário do imóvel serviente e do proprietário detentor da servidão ambiental (9º-C)

Page 185: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Desenvolvimento Sustentável Desenvolvimento Sustentável é uma missão impossível?é uma missão impossível?

Page 186: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

O Poder Público poderá: (art. 70, CFB)I - proibir ou limitar o corte das espécies da flora raras, endêmicas, em perigo ou

ameaçadas de extinção, bem como das espécies necessárias à subsistência das populações tradicionais

II - declarar qualquer árvore imune de corte, por motivo de sua localização, raridade, beleza ou condição de porta-sementes

Exemplos: Decreto Municipal (Salvador) n° 8.731(20/09/1990 Declara imune de corte e de

preservação permanente, árvores situadas na área do imóvel sito à Av. Araújo Pinho, n° 212, Canela (atual Escola de Belas Artes - UFBA);

Decreto municipal (Curitiba) 921/2001 - declara imunes de corte 21 árvores no município de Curitiba. Estas árvores são consideradas de interesse especial para uma proteção, em função da rua localização, porte, espécie, raridade, beleza, histórico ou relação com comunidade.

Decreto Municipal 10316 /1992 (Porto Alegre) - declara imune ao corte, nos termos da Lei Federal n. 4771/65 - Código Florestal, as arvores que indica situadas a Rua Anita Garibaldi.

Àrvores em perigo ou imunes ao corteÀrvores em perigo ou imunes ao corte

Page 187: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Àrvores em perigo ou imunes ao corteÀrvores em perigo ou imunes ao corte

Lei 12.651/12, Art. 70.

O poder público federal, estadual ou municipal poderá: I - proibir ou limitar o corte das espécies da flora raras, endêmicas, em perigo ou ameaçadas de extinção, bem como das espécies necessárias à subsistência das populações tradicionais, delimitando as áreas compreendidas no ato, fazendo depender de autorização prévia, nessas áreas, o corte de outras espécies;

II - declarar qualquer árvore imune de corte, por motivo de sua localização, raridade, beleza ou condição de porta-sementes;

protegida de qualquer ação de subtração de suas estruturas vegetativas, desde o corte no sentido de derrubar a arvore (supressão), como do corte no sentido de subtração de galhos, ramos e raízes (poda), ou seja, para realizar qualquer intervenção numa árvore imune ao corte é necessário a autorização do órgão ambiental competente.

Page 188: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Àrvores ameaçadas de extinçãoÀrvores ameaçadas de extinção

PORTARIA MMA No 443, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2014A MINISTRA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, no uso de suas atribuições, e tendo emvista o disposto na Lei no 10.683, de 28 de maio de 2003, no Decreto no 6.101, de 26 de abril de 2007, e na Portaria no 43, de 31 de janeiro de 2014, resolve:

Art. 1o Reconhecer como espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção aquelas constantes da "Lista Nacional Oficial de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção" - Lista, conforme Anexo à presente Portaria, que inclui o grau de risco de extinção de cada espécie, em observância aos arts. 6o e 7o, da Portaria no 43, de 31 de janeiro de 2014.Art. 2o As espécies constantes da Lista classificadas nas categorias Extintas na Natureza (EW),Criticamente em Perigo (CR), Em Perigo (EN) e Vulnerável (VU) ficam protegidas de modo integral, incluindo a proibição de coleta, corte, transporte, armazenamento, manejo, beneficiamento e comercialização, dentre outras.§ 1o As restrições estabelecidas no caput não se aplicam a exemplares cultivados em plantiosdevidamente licenciados por órgão ambiental competente.§ 2o As restrições estabelecidas no caput não se aplicam a produtos florestais não madeireiros,tais como sementes, folhas e frutos, desde que sejam adotadas:

Page 189: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Àrvores ameaçadas de extinçãoÀrvores ameaçadas de extinção

Caesalpinia echinata

leguminosa nativa da Mata Atlântica, no Brasil. lista do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis de espécies ameaçadas de extinção na categoria "vulnerável" e na da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais na categoria "em perigo".

Page 190: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Àrvores imunes ao corteÀrvores imunes ao corte

Portaria IBAMA nº 13, de 22 de setembro de 2011, que declara imune ao corte a árvore da espécie Liquidambar styraciflua da família Altingiaceae, identificada como "Árvore da Lua"

O PRESIDENTE DO INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMA, no uso das atribuições que lhe conferem o art.22º, do Decreto nº 6.099, de 26 de abril de 2007, que aprovou a Estrutura Regimental do IBAMA, publicado no Diário Oficial da União de 27 de abril de 2007, e pela Portaria nº 604/2011-Casa Civil, de 24 de fevereiro de 2011, publicada no Diário Oficial da União do dia subsequente, resolve:

Considerando a necessidade de se dar proteção a espécie arbórea resultante de semente procedente de testes científicos realizados durante a missão espacial Apollo 14;

Considerando, também, tratar-se de um simbolo vivo que marcou a era espacial; e

Considerando, ainda, o disposto no art. 7º da lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, resolve,

Art. 1º Declarar imune ao corte a árvore da espécie Liquidambar styraciflua da família Altingiaceae, identificada como "Árvore da Lua," plantada em 14 de dezembro de 1980, na área verde do IBAMA, situada ao lado do Bloco A do Edifício Sede.

Art. 2º Os cuidados e proteção da "Árvore da Lua," ora declarada imune ao corte, ficará sob a responsabilidade do IBAMA, ou qualquer outro o ente público que venha a sucedê-lo.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor a partir da data de sua publicação.CURT TRENNEPOHL

Page 191: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Àrvores imunes ao corteÀrvores imunes ao corte

Page 192: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

MATA ATLÂNTICAMATA ATLÂNTICA

Page 193: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Localização da Mata AtlânticaLocalização da Mata Atlântica

Page 194: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

MATA ATLÂNTICA ORIGINAL

MATA ATLÂNTICA ATUALEvolução Histórica da Mata AtlânticaEvolução Histórica da Mata Atlântica

Corresponde atualmente a 1% do território brasileiro, restando 6% de sua cobertura original. A Mata Atlântica estende-se por áreas que hoje correspondem a 17 Estados.

Page 195: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

LEI E REGULAMENTO DA MATA ATLANTICA Lei Federal 11.428, de 22/12/2006 Decreto Federal 6.660/2008

CONSTITUIÇÃO FEDERAL – ART. 225 §4º. A Floresta Amazônica brasileira, brasileira, a Mata Atlânticaa Mata Atlântica, , a Serra do Mar, o Pantanal

Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.

CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO - LEI Nº12.651/2012 Áreas de Preservação Permanente Reserva Legal Árvores imunes ao corte

LEI DE CRIMES AMBIENTAIS – LEI 9.605, DE 1998 Regulamento da Lei de Crimes Ambientais - Decreto Federal nº 6.514/2008 - Infrações

Administrativas

Legislação aplicável à Mata AtlânticaLegislação aplicável à Mata Atlântica

Page 196: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

CONAMA nº 388/2007 convalida Resoluções que definem a vegetação primária e secundária nos estágios inicial, médio e avançado de regeneração da Mata Atlântica.Exemplo: Resolução Conama 5/1994 (ref. Bahia)

CONAMA 10/93 define os tipos de vegetação e estágios de regeneração:Art. 4º A caracterização dos estágios de regeneração da vegetação NÃO é aplicáve a amanguezal, restinga, campo de altitude, brejo interiorano e encrave florestal do nordeste.

CONAMA 05/94 - define vegetação primária e secundária nos estágios inicial, médio e avançado de regeneração da Mata Atlântica no Estado da Bahia (exclui manguezais e restingas) Parágrafo Único. As restingas serão objeto de regulamentação específica.

CONAMA 417/09 - Parâmetros para RestingaCONAMA 437/2011 – Lista de Espécies Indicadoras na BahiaIN Ibama 4/2015 – anuência do Ibama art. 19 do Dec 6660/08

RESOLUÇÕES CONAMA - Mata AtlânticaRESOLUÇÕES CONAMA - Mata Atlântica

Page 197: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

DEFINIÇÃO DE MATA ATLÂNTICA - ART. 2º

“consideram-se integrantes do Bioma Mata Atlântica as seguintes formações florestais nativas e ecossistemas associados, com as respectivas delimitações estabelecidas em mapa do IBGE, conforme regulamento: Floresta Ombrófila Densa; Floresta Ombrófila Mista, também denominada de Mata de Araucárias; Floresta Ombrófila Aberta; Floresta Estacional Semidecidual; e Floresta Estacional Decidual, bem como os manguezais, as vegetações de restingas, campos de altitude, brejos interioranos e encraves florestais do Nordeste”

“somente os remanescentes de vegetação nativa no estágio primário e nos estágios secundário inicial, médio e avançado de regeneração na área de abrangência definida no caput deste artigo terão seu uso e conservação regulados por esta Lei.”

A vegetação do Bioma Mata Atlântica não perderá esta classificação nos casos de incêndio, desmatamento ou qualquer outro tipo de intervenção não autorizada ou não licenciada. (art. 5º)

Definição - Mata AtlânticaDefinição - Mata Atlântica

Page 198: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Evolução Histórica da Mata AtlânticaEvolução Histórica da Mata Atlântica

Page 199: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Formações Florestais/ecossistemas Formações Florestais/ecossistemas da Mata Atlânticada Mata Atlântica

FLORESTA OMBRÓFILA DENSA

Floresta ombrófila densa é uma mata perenifólia, ou seja: sempre verde com dossel de até 50 m, com árvores emergentes de até 40 m de altura. Possui densa vegetação arbustiva, composta por samambaias, arborescentes, bromélias e palmeiras. As trepadeiras e epífitas (bromélias e orquídeas) cacts e samambaias também são muito abundantes. Nas áreas úmidas, as vezes temporariamente encharcadas, antes da degradação do homem, ocorriam figueiras, jerivás (palmeira) e palmitos(Euterpe edulis).

Page 200: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Formações Florestais/ecossistemas Formações Florestais/ecossistemas da Mata Atlânticada Mata Atlântica

Floresta ombrófila mista, também Floresta de Araucária, Floresta com Araucária ou araucarieto é um ecossistema com chuva durante o ano todo, normalmente em altitudes elevadas, e que contém espécies de angiospermas mas também de coníferas. Encontrada no Brasil principalmente nos estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, faz parte do bioma mata atlântica, e é caracterizada pela presença da Araucaria angustifolia que nela imprime um aspecto próprio e único.

FLORESTA OMBRÓFILA MISTA – FLORESTA OMBRÓFILA MISTA – MATA DE ARAUCÁRIASMATA DE ARAUCÁRIAS

Page 201: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Formações Florestais/ecossistemasFormações Florestais/ecossistemas da Mata Atlânticada Mata Atlântica

floresta ombrófila aberta é considerada uma área de transição entre a Floresta Amazônica e as áreas extra-amazônicas. Esta floresta apresenta quatro faciações florísticas que alteram a fisionomia ecológica da floresta ombrófila densa:Com palmeira – cocal; Com bambu – bambuzal; Com cipó – cipozal; Com sororoca – sororocal.Tem como característica ambientes com climas mais secos, que chegam de 2 a 4 meses por ano, com temperaturas de 24 à 25°C.Seu nome advém por conseqüência da fitomassa e o fitovolume de recobrimento, que vão diminuindo gradativamente de densidade.

FLORESTA OMBRÓFILA ABERTA

Page 202: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

FLORESTA OMBRÓFILAFLORESTA OMBRÓFILA

• Apesar do grande número de espécies existentes, a Mata Ombrófila Densa apresenta árvores marcadamente uniformes na aparência geral e fisionômica. São árvores cujas copas se sobrepõem, dificultando a penetração da luz e fazendo com que a vegetação herbácea seja escassa. Às vezes, em determinadas áreas, esta vegetação rasteira deixa de ocorrer.

• Ecossistema com formação vegetal de porte elevado e grande diversidade de espécies, com dossel superior atingindo 40 m de altura, folhas largas, sempre verdes; podendo apresentar diversos estágios sucessionais e vários estratos, com a presença de serrapilheira, cipós, epífitas e trepadeiras.

• A variabilidade climática ao longo de sua distribuição é grande, indo desde climas temperados até tropical úmido.

MATA ATLÂNTICAMATA ATLÂNTICACARACTERÍSTICAS DA FLORACARACTERÍSTICAS DA FLORA

Page 203: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Formações Florestais/ecossistemas Formações Florestais/ecossistemas da Mata Atlânticada Mata Atlântica

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL

FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL

A floresta estacional semidecidual ou mata mesófila constitui a vegetação típica do bioma da Mata Atlântica, estando condicionada pela dupla estacionalidade climática, perdendo parte das folha (20 a 50%) nos períodos

secos.

A Floresta Estacional Decidual, também chamada Floresta Estacional Caducidófila é um ecossistema do bioma Mata Atlântica. Ocorre em grandes altitudes e baixa temperatura. Esse ecossistema é caracterizado por duas estações, uma seca e outra chuvosa,a primeira mais prolongada, ao contrário da floresta tropical que não mantém estação seca

Page 204: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

M. Penalva

Formações Florestais/ecossistemas Formações Florestais/ecossistemas da Mata Atlânticada Mata Atlântica

MANGUEZALMANGUEZAL

Page 205: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

MANGUEZAL MANGUEZAL • O termo manguezal não se refere exclusivamente à formação vegetal, mas não se refere exclusivamente à formação vegetal, mas a um conjunto maior representado pela interdependência entre a a um conjunto maior representado pela interdependência entre a comunidade biótica e o meio físicocomunidade biótica e o meio físico.

•Ecossistema costeiro inserido na faixa continental de influência dos influência dos oceanosoceanos, onde interagemonde interagem: fatores múltiplos de energia de origem marinha e fluvial; ciclo biogeoquímicos; produtividade e cadeias alimentares, plantas e animais de diferentes nichos e habitats.

• Os manguezais são ecossistemas distribuídos na faixa mais quente do faixa mais quente do globoglobo. Embora encontrados em quase todos os continentes, são principalmente circunscritos à região intertropicalregião intertropical.

• Importância econômica Importância econômica : são celeiros de pescados em todas as regiões do mundo onde ocorrem. Seus principais aspectos de importância socioeconômica são o extrativismo (colheita de madeira e pescados), habitação e manejo (aqüicultura artesanal, industrial e agricultura principalmente em áreas aterradas).

Formações Florestais/ecossistemas Formações Florestais/ecossistemas da Mata Atlânticada Mata Atlântica

Page 206: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA DOS MANGUEZAISa) Diversidade e abundância Diversidade e abundância - Embora tenham uma diversidade pequena de plantas, os mangues apresentam uma diversidade de espécies animais muito alta. Praticamente todas as grandes categorias de classificação do reino animal estão presentes direta ou indiretamente, habitando a formação vegetal, o estuário e os brejos adjacentes.

b) Dinâmica TróficaDinâmica Trófica– referente aos processos de passagem de energia e circulação de substâncias nutritivas e alimento no ambiente. Partes das plantas do mangue, como suas folhas caídas, servem diretamente como alimento para o caranguejo-verdadeiro. A decomposição das folhas dá início ao ciclo biogeoquímico de produção orgânica.

c) Bioacumulação Bioacumulação - plantas e animais do mangue, ao se alimentarem incorporam também substâncias tóxicas, naturalmente presentes no ambiente ou introduzidas pela ação poluidora do homem. Ex:bioacumulação em mariscos da enseada de Tainheiros, na Baía de Todos os Santos, em área antes ocupada por mangues.

d) Estabilidade/ComplexidadeEstabilidade/Complexidade - Temperatura, clima, regime hidrológico tendendo à estabilidade porque os manguezais estão na zona tropical do globo, onde esses fatores não sofrem grandes mudanças entre as estações do ano.

e) FragilidadeFragilidade - Mangues são sistema complexo e isto os torna ambientes ecologicamente frágeis. A supressão de qualquer dos fatores poderá quebrar o equilíbrio do conjunto, sendo o homem o maior responsável nesta quebra.

Formações Florestais/ecossistemas Formações Florestais/ecossistemas da Mata Atlânticada Mata Atlântica

Page 207: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

f) Berçário de espéciesBerçário de espécies - Grande viveiro para as espécies que passam aí todas as fases da sua vida, bem como para aquelas temporárias ou facultativas. Alguns animais, cujos adultos habitam o ambiente costeiro, passam fases da sua vida no estuário.

g) Habitats múltiplosHabitats múltiplos - Animais e plantas do mangue habitam espaços variados graças à subdivisão do meio ambiente em vários compartimentos. Listamos aqui os principais habitats:

• Habitat incrustante - espécies animais e vegetais que se encontram vivendo presas ao tronco, ramo e raízes das árvores e arbustos do mangue. Ostras e cracas são exemplos de formas de vida incrustante, bem como algumas plantas inferiores como algas e líquens.

• Habitat intersticial - espécies animais vivem nos interstícios ou espaços dentro do lodo ou areia do substrato. O mangue é riquíssimo em espécies intersticiais, principalmente moluscos, vermes e crustáceos. Formas de pequeno tamanho como vermes, microcrustáceos, algas de tamanho reduzido e bactérias, são bem numerosas e importantes nas cadeiasalimentares. Muitos animais usados na alimentação do homem como lambreta, papafumo e caranguejo são espécies de hábitat intersticial.

• Habitat arborícola - espécies animais vivem sobre as árvores e arbustos do mangue. Espécies de arutus, como o arutu-vermelho comestível.

Formações Florestais/ecossistemas Formações Florestais/ecossistemas da Mata Atlânticada Mata Atlântica

Page 208: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Formações Florestais/ecossistemas Formações Florestais/ecossistemas da Mata Atlânticada Mata Atlântica

RESTINGARESTINGA

Page 209: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

RESTINGARESTINGA

• Vegetação que recebe influência marinhainfluência marinha, presente ao longo do litoral brasileiroao longo do litoral brasileiro, também considerada, por depender mais da natureza do solo do que do clima.

• Ocorre em mosaico e encontra-se em praias,

cordões arenosos, dunas e depressões, apresentando, de acordo com o estágio sucessional, estrato herbáceo, arbustivo e arbóreo, este último mais interiorizado.

Formações Florestais/ecossistemas Formações Florestais/ecossistemas da Mata Atlânticada Mata Atlântica

Page 210: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

RESTINGARESTINGA

Formações Florestais/ecossistemas Formações Florestais/ecossistemas da Mata Atlânticada Mata Atlântica

Page 211: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

C. Pinha

RESTINGRESTINGAA

Formações Florestais/ecossistemas Formações Florestais/ecossistemas da Mata Atlânticada Mata Atlântica

Page 212: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

C. Pinha

RESTINGRESTINGAA

Formações Florestais/ecossistemas Formações Florestais/ecossistemas da Mata Atlânticada Mata Atlântica

Page 213: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Formações Florestais/ecossistemas Formações Florestais/ecossistemas da Mata Atlânticada Mata Atlântica

CAMPOS DE ALTITUDE

Tipo de vegetação, ocorre em áreas acima de 1.200m e com temperaturas médias anuais abaixo de 10°C e que não se encontram cobertas por geleiras, geralmente ocorre nos trópicos, é uma vegetação parecida com a tundra, porém algumas plantas rasteiras, chegam a até 80 centímetros, ocorre principalmente nos Andes Equatoriais e em algumas outras cadeias montanhosas da América do Sul e África, é uma das vegetações que menos ocorrem no Mundo

Page 214: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Formações Florestais/ecossistemas Formações Florestais/ecossistemas da Mata Atlânticada Mata Atlântica

BREJOS INTERIORANOSBREJOS INTERIORANOS

Brejo de altitude ou brejo interiorano, são denominações dadas pelos ambientalistas, e principalmente geógrafos, para áreas situadas no interior da Região Nordeste no perímetro das secas, marcado por um clima tropical úmido ou sub-úmido, em alguns casos até mesmo subtropical, que devido a altitude criam todas as condições necessárias ao desenvolvimento de uma flora que reúne tanto características da Mata Atlântica (Floresta Ombrófila Densa) quanto da caatinga (Savana Estépica), contrastando com as áreas circundantes que possuem condições climáticas mais secas.

Page 215: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Formações Florestais/ecossistemas Formações Florestais/ecossistemas da Mata Atlânticada Mata Atlântica

ENCRAVES FLORESTAIS DO NORDESTEENCRAVES FLORESTAIS DO NORDESTE

Page 216: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Art. 4º lei 11.428/06 - A definição dos estágios sucessionais será de iniciativa do CONAMA

§ 2o do art.4º - Nessa definição, serão observados os seguintes parâmetros básicos: I - fisionomia; II - estratos predominantes; III - distribuição diamétrica e altura; IV - existência, diversidade e quantidade de epífitas; V - existência, diversidade e quantidade de trepadeiras; VI - presença, ausência e características da serrapilheira; VII - sub-bosque; VIII - diversidade e dominância de espécies; IX - espécies vegetais indicadoras.

Estágios - Mata AtlânticaEstágios - Mata Atlântica

Page 217: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

VEGETAÇÃO PRIMÁRIA é aquela de máxima expressão local, com grande diversidade biológica, sendo os efeitos das ações antrópicas mínimos, a ponto de não afetar significativamente suas características originas de estrutura e de espécies (Art. 1o)

VEGETAÇÃO SECUNDÁRIA ou em regeneração é aquela resultante dos processos naturais de sucessão, após supressão total ou parcial da vegetação primária por ações antrópicas ou causas naturais, podendo ocorrer árvores remanescentes da vegetação primária (Art. 2º). Estágios sucessionais da vegetação secundária:

Estágio inicial de regeneração

Estágio médio de regeneração

Estágio avançado de regeneração

Estágios - Mata Atlântica - Conama 05/94Estágios - Mata Atlântica - Conama 05/94

Page 218: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

CONAMA nº 388/2007 convalida Resoluções que definem a vegetação primária e secundária nos estágios inicial, médio e avançado de regeneração da Mata Atlântica.Exemplo: Resolução Conama 5/1994 (ref. Bahia)

CONAMA 10/93 define os tipos de vegetação e estágios de regeneração:Art. 4º A caracterização dos estágios de regeneração da vegetação NÃO é aplicáve a amanguezal, restinga, campo de altitude, brejo interiorano e encrave florestal do nordeste.

CONAMA 05/94 - define vegetação primária e secundária nos estágios inicial, médio e avançado de regeneração da Mata Atlântica no Estado da Bahia (exclui manguezais e restingas) Parágrafo Único. As restingas serão objeto de regulamentação específica.

CONAMA 417/09 - Parâmetros para Restinga

CONAMA 437/2011 – Lista de Espécies Indicadoras na Bahia

CONAMA 22/2014 IN Ibama 4/2015 – anuência do Ibama art. 19 do Dec 6660/08

RESOLUÇÕES CONAMA - Mata AtlânticaRESOLUÇÕES CONAMA - Mata Atlântica

Page 219: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

ESTÁGIO INICIAL DE REGENERAÇÃO (Conama 05/94):

a) Fisionomia herbáceo/arbustiva de porte baixo; altura média inferior a 5 metros para as florestas ombrófila densa e estacional semidecidual e altura média inferior a 3 metros para as demais formacões florestais, com cobertura vegetal variando de fechada a aberta;

b) Espécies lenhosas com distribuição diamétrica de pequena amplitude: DAP médio inferior a 8 centímetros para todas as formações florestais; c)Epífitas, se existentes, são representadas principalmente por líquens, briófitas e pteridófitas, com baixa diversidade; d) Trepadeiras, se presentes, são geralmente herbáceas; e) Serapilheira, quando existente, forma uma camada fina pouco decomposta, contínua ou não; f) Diversidade biológica variável com poucas espécies arbóreas ou arborescentes, podendo apresentar plântulas de espécies características de outros estágios; g) Espécies pioneiras abundantes; h) Ausência de subosque; i) caracteristica da florística

Estágios - Mata Atlântica na Bahia Estágios - Mata Atlântica na Bahia Conama 05/94Conama 05/94

Page 220: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

ESTÁGIO MÉDIO DE REGENERAÇÃO (Conama 05/94):

a) Fisionomia arbórea e/ou arbustiva predominando sobre a herbácea, podendo constituir estratos diferenciados; a altura média é de 5 a 12 metros para as florestas ombrófila densa e estacional semidecidual e de 3 a 5 metros para as demais formações florestais;

b) Cobertura arbórea variando de aberta a fechada, com ocorrência eventual de indivíduos emergentes; c) Distribuição diamétrica apresentando amplitude moderada, com predomínio dos pequenos diâmetros: DAP médio de 8 a 18 centímetros para as florestas ombrófila densa e estacional semidecidual e DAP médio de 8 a 12 centímetros para as demais formações florestais; d) Epífitas aparecendo com maior número de indivíduos e espécies em relação ao estágio inicial, sendo mais abundantes na floresta ombrófila; e) Trepadeiras, quando presentes, são predominantemente lenhosas; f) Serapilheira presente, variando de espessura de acordo com as estações do ano e a localização; g) Diversidade biológica significativa; h) Subosque presente; i) caracteristica da florística (vide conama 05/94)

Estágios - Mata Atlântica - Conama 05/94Estágios - Mata Atlântica - Conama 05/94

Page 221: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

ESTÁGIO AVANÇADO DE REGENERAÇÃO (Conama 05/94): a)Fisionomia arbórea dominante sobre as demais, formando um dossel fechado e relativamente uniforme no porte, podendo apresentar árvores emergentes; a altura média é superior a 12 metros para as florestas ombrófila densa e estacional semidecidual e superior a 5 metros para as demais formações florestais; b) Espécies emergentes ocorrendo com diferentes graus de intensidade; c) Copas superiores horizontalmente amplas; d) Epífitas presentes em grande número de espécies e com grande abundância, principalmente na floresta ombrófila; e) Distribuição diamétrica de grande amplitude: DAP médio superior a 18 centímetros para as florestas ombrófila densa e estacional semidecidual e DAP médio superior a 12 centímetros para as demais formações florestais; f) Trepadeiras geralmente lenhosas, sendo mais abundantes e ricas em espécies na floresta estacional; g) Serapilheira abundante; h) Diversidade biológica muito grande devido à complexidade estrutural; i) Estratos herbáceo, arbustivo e um notadamente arbóreo; j) Florestas neste estágio podem apresentar fisionomia semelhante à vegetação primária; k) Subosque normalmente menos expressivo do que no estágio médio; l) Dependendo da formação florestal pode haver espécies dominantes; m) caracteristica da florística (vide conama 05/94)

Estágios - Mata Atlântica - Conama 05/94Estágios - Mata Atlântica - Conama 05/94

Page 222: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 417/2009RESOLUÇÃO CONAMA Nº 417/2009 dispõe sobre parâmetros básicos para definição de vegetação primária e dos estágios sucessionais secundários da vegetação de RESTINGAArt. 3o da Resolução 417, de acordo com Lei de Mata Atlântica - a LISTA DE ESPÉCIES INDICADORAS integra o núcleo essencial da definição de “vegetação primária e secundária nos distintos estágios de regeneração das fitofisionomias de Restinga” § 1º, do art. 3º da Resolução CONAMA nº 417/2009 estabelece a necessidade de edição de resoluções específicas do CONAMA para cada um dos Estados da Federação, estabelecendo, no âmbito de seus limites territoriais respectivos, a lista de espécies indicadoras;

RESOLUÇÃO CONAMA No 437/2011 - aprova a lista de espécies indicadoras dos estágios sucessionais de vegetação de restinga para o Estado da Bahia

RESTINGA - Resolução Conama 417/09RESTINGA - Resolução Conama 417/09

Page 223: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

NÃO DESCARACTERIZAÇÃO DA RESTINGA Art. 4o A ausência de uma ou mais espécies indicadoras, ou a ocorrência de espécies não citadas nas resoluções específicas referidas no artigo 3o, não descaracteriza o respectivo estágio sucessional da vegetação.Parágrafo único. Serão consideradas a abundância e a predominância da espécies presentes nos estágios sucessionais para a sua caracterização.

Art. 5o Considerando o seu caráter pioneiro, a ocorrência de espécies invasoras, ruderais ou cultivadas em remanescentes de vegetação nativa não descaracteriza o caráter primário da vegetação de Restinga.

Art. 6o Não se caracteriza como remanescente de vegetação de Restinga a existência de espécies ruderais nativas ou exóticas, em áreas já ocupadas com agricultura, cidades, pastagens e florestas plantadas ou outras áreas desprovidas de vegetação nativa, ressalvado o disposto no artigo 5o da Lei no 11.428, de 22 de dezembro de 2006.

Restinga – Resolução 417/09Restinga – Resolução 417/09

Page 224: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

REGRA BÁSICAo corte, a supressão e a exploração da vegetação do Bioma Mata Atlântica far-se-ão de maneira diferenciada, conforme se trate de vegetação primária ou secundária, nesta última levando-se em conta o estágio de regeneração. (art. 8º)

OBJETIVO GERAL DA LEIdesenvolvimento sustentável

OBJETIVOS ESPECÍFICOSa salvaguarda da biodiversidade, da saúde humana, dos valores paisagísticos, estéticos e turísticos, do regime hídrico e da estabilidade social. (art. 6º)

PRINCÍPIOS QUE REGEM A PROTEÇÃO E A UTILIZAÇÃO da função socioambiental da propriedade, da eqüidade intergeracional, da prevenção, da precaução, do usuário-pagador, da transparência, o respeito ao direito de propriedade (art.6º, §único)

Corte, Supressão - Mata AtlânticaCorte, Supressão - Mata Atlântica

Page 225: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

VEDADO corte e supressão de vegetação primária ou nos estágios avançado e médio quando: (art 11) • Abrigar espécies da flora e da fauna silvestres ameaçadas de extinção, assim declaradas pela União ou pelos Estados, e a intervenção ou o parcelamento puserem em risco a sobrevivência dessas espécies

• Exercer a função de proteção de mananciais ou de prevenção e controle de erosão

• Formar corredores entre remanescentes de vegetação primária ou secundária em estágio avançado de regeneração

• Proteger o entorno das unidades de conservação

• Possuir excepcional valor paisagístico, reconhecido pelos órgãos executivos competentes do SISNAMA

• Proprietário inobservar regras de APP’s ou Reserva legal

VEDAÇÃOVEDAÇÃOCorte, Supressão - Mata AtlânticaCorte, Supressão - Mata Atlântica

Page 226: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO PRIMÁRIA:

• Somente poderá ser autorizada em caso de utilidade pública, pesquisas científicas e práticas preservacionistas

• Competência do Estado para autorizar a supressão (art. 14, §1º)

• Sujeita a compensação ambiental na forma da destinação de área equivalente a extensão desmatada (art 17)

Vedada a supressão para fins de : loteamento ou edificação, nas regiões metropolitanas e áreas urbanas (art. 30) atividades de mineração

Livre a coleta de subprodutos florestais tais como frutos, folhas ou sementes, bem como as atividades de uso indireto, desde que não coloquem em risco as espécies da fauna e flora (art. 18)

Corte, Supressão - Mata AtlânticaCorte, Supressão - Mata Atlântica

Page 227: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO PRIMÁRIA:

• somente serão autorizados quando necessários à realização de obras, projetos ou atividades de utilidade pública, pesquisas científicas e práticas preservacionistas.

•Competência do Estado para autorizar a supressão (art. 14, §1º)

• Sujeita a compensação ambiental na forma da destinação de área equivalente a extensão desmatada (art. 17)

Corte, Supressão - Mata AtlânticaCorte, Supressão - Mata Atlântica

Page 228: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO PRIMÁRIA:

•Pesquisas científicas e práticas preservacionistas regulamentadas pelo CONAMA (art. 19)

Em caso de utilidade pública observar: Finalidade de segurança nacional, proteção sanitária e infra-estrutura Declaração de interesse nacional da obra pelo poder público federal ou estadual Caberá ao proponente demonstrar da alta relevância e o interesse nacional da utilidade pública Realização de EIA/RIMA Inexistência de alternativa técnica e locacionalAutorização do órgão ambiental estadual, com anuência do órgão federal ou municipal, quando couber

(art. 3º,VII c/c art. 14)

Corte, Supressão - Mata AtlânticaCorte, Supressão - Mata Atlântica

Page 229: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO SECUNDÁRIA EM ESTÁGIO AVANÇADOSUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO SECUNDÁRIA EM ESTÁGIO AVANÇADO

• Somente poderá ser autorizada em caso de Somente poderá ser autorizada em caso de utilidade públicautilidade pública, , pesquisapesquisa científica, científica, práticas práticas preservacionistaspreservacionistas e loteamento ou edificação e loteamento ou edificação urbana com preservação de urbana com preservação de 50%50%

• Competência do Estado para autorizar a supressão (art. 14, §1º)

• Sujeita a compensação ambiental na forma da destinação de área equivalente a extensão desmatada (art. 17)

•Loteamento ou edificação, nas regiões metropolitanas e áreas urbanas nos perímetros urbanos aprovados até a data de início de vigência desta Lei, somente garantir a preservação de no mínimo 50% da vegetação nativa em estágio avançado de regeneração

Nos perímetros urbanos aprovados após a data de início de vigência desta Lei, é vedada a supressão de vegetação secundária em estágio avançado de regeneração para fins de loteamento ou edificação. (arts. 30)

Corte, Supressão - Mata AtlânticaCorte, Supressão - Mata Atlântica

Page 230: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO SECUNDÁRIA EM ESTÁGIO AVANÇADO

•Em caso de Em caso de utilidade públicautilidade pública observar:observar:• Finalidade de Finalidade de segurança nacional e proteção sanitária e infra-estrutura, 2º, VIIsegurança nacional e proteção sanitária e infra-estrutura, 2º, VII• Declaração de interesse nacional da obra pelo poder público federal ou Declaração de interesse nacional da obra pelo poder público federal ou estadualestadual• Caberá ao proponente demonstrar da alta relevância e o interesse nacional da Caberá ao proponente demonstrar da alta relevância e o interesse nacional da utilidade públicautilidade pública• Realização de EIA/RIMA Realização de EIA/RIMA • Inexistência de alternativa técnica e locacionalInexistência de alternativa técnica e locacional• Autorização do órg. amb. estadual, com anuência do órgão federal ou Autorização do órg. amb. estadual, com anuência do órgão federal ou municipal, quando coubermunicipal, quando couber

Pesquisas científicas e práticas preservacionistas regulamentadas pelo CONAMA;

Corte, Supressão - Mata AtlânticaCorte, Supressão - Mata Atlântica

Page 231: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO SECUNDÁRIA EM ESTÁGIO AVANÇADO

Atividades minerárias sujeitas a: a) licenciamento ambiental, com EIA/RIMA

b) demonstração a inexistência de alternativa técnica e locacional ao empreendimento proposto;

c) adoção de medida compensatória que inclua a recuperação de área equivalente à área do empreendimento, com as mesmas características ecológicas, na mesma bacia hidrográfica e sempre que possível na mesma microbacia hidrográfica.

Livre a coleta de subprodutos florestais tais como frutos, folhas ou sementes, bem como as atividades de uso indireto, desde que não coloquem em risco as espécies da fauna e flora.

Corte, Supressão - Mata AtlânticaCorte, Supressão - Mata Atlântica

Page 232: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO SECUNDÁRIA EM ESTÁGIO MÉDIO Competência do Estado (art. 14, §1o), salvo em área urbana (14§2º)

OBS. Supressão em área urbana dependerá de autorização do órgão ambiental municipal, desde que o município possua conselho de meio ambiente, com caráter deliberativo e plano diretor, mediante anuência prévia do órgão ambiental estadual competente fundamentada em parecer técnico (14, 2º)

Somente poderá ser autorizada em caso de: Utilidade pública (executivo federal ou estadual) Interesse social (CONAMA) (2º, VII e VIII) Pesquisa científica, práticas preservacionistas Loteamento ou edificação urbana com preservação de 50%/30% (art 31) pequeno produtor rural (até 50ha) e populações tradicionais para usos agrícolas,

pecuários ou silviculturais imprescindíveis à subsistência, salvo as APPs e RL - autorização do estado e informado o Ibama (art. 23 III e 24 e 47)

presença nativa > 60% em relação às demais espécies (art. 28)

Corte, Supressão - Mata AtlânticaCorte, Supressão - Mata Atlântica

Page 233: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO SECUNDÁRIA EM ESTÁGIO MÉDIO

Sujeita a compensação ambiental na forma da destinação de área equivalente a extensão desmatada (art. 17), salvo em caso de pequena propriedade (art. 23,III)

Em caso de utilidade pública observar (art. 24 e 14): Finalidade de segurança nacional e proteção sanitária e infra-estrutura (3º,VII) Declaração de interesse nacional da obra pelo poder público federal ou

estadual Caberá ao proponente demonstrar da alta relevância e o interesse nacional da

utilidade pública Realização de EIA/RIMA qdo couber Inexistência de alternativa técnica e locacional Autorização do órg. amb. estadual, com anuência do órgão federal ou

municipal, quando couber – art. 24, §1º

Corte, Supressão - Mata AtlânticaCorte, Supressão - Mata Atlântica

Page 234: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO SECUNDÁRIA EM ESTÁGIO MÉDIO

Pesquisas científicas e práticas preservacionistas regulamentado pelo CONAMA(art. 19)

Interesse Social (art. 3º , VIII) a) imprescindível à proteção da vegetação nativa, tais como: prevenção,

combate e controle do fogo, controle da erosão, erradicação de invasoras e proteção de plantios com espécies nativas, conforme CONAMA;

b) manejo agroflorestal sustentável na pequena propriedade ou posse rural familiar que não descaracterizem a cobertura vegetal e não prejudiquem a função ambiental da área;

c) demais obras, planos, atividades ou projetos definidos em resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente

Corte, Supressão - Mata AtlânticaCorte, Supressão - Mata Atlântica

Page 235: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO SECUNDÁRIA EM ESTÁGIO MÉDIO

Atividades minerárias:

Licenciamento ambiental, com EIA/RIMA Demonstração a inexistência de alternativa técnica e locacional ao

empreendimento proposto Adoção de medida compensatória que inclua a recuperação de área

equivalente à área do empreendimento, com as mesmas características ecológicas, na mesma bacia hidrográfica e sempre que possível na mesma microbacia hidrográfica,

Livre a coleta de subprodutos florestais tais como frutos, folhas ou sementes, bem como as atividades de uso indireto, desde que não coloquem em risco as espécies da fauna e flora (art. 18)

Corte, Supressão - Mata AtlânticaCorte, Supressão - Mata Atlântica

Page 236: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO SECUNDÁRIA EM ESTÁGIO MÉDIO

Em regiões metropolitanas e áreas urbanas, assim consideradas em lei, o parcelamento do solo para fins de loteamento ou qualquer edificação (art31):

- perímetros urbanos aprovados até a vigência desta Lei, a supressão de vegetação somente será admitida no caso de empreendimentos que garantam a preservação de vegetação nativa em estágio médio de regeneração em no mínimo 30% da área total coberta por esta vegetação.

- perímetros urbanos delimitados após início de vigência desta Lei, a supressão fica condicionada à manutenção de vegetação em estágio médio de regeneração em no mínimo 50% da área total coberta por esta vegetação.

Corte, Supressão - Mata AtlânticaCorte, Supressão - Mata Atlântica

Page 237: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO SECUNDÁRIA EM ESTÁGIO MÉDIO

O corte, a supressão e o manejo de espécies arbóreas pioneiras nativas em fragmentos florestais em estágio médio de regeneração, em que sua presença for superior a 60% (sessenta por cento) em relação às demais espécies, poderão ser autorizados pelo órgão estadual competente, observado o disposto na Lei 4.771/65. (art. 28)

Corte, Supressão - Mata AtlânticaCorte, Supressão - Mata Atlântica

Page 238: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO SECUNDÁRIA EM ESTÁGIO INICIAL O corte, a supressão e a exploração da vegetação serão autorizados pelo órgão estadual competente.

O corte, a supressão e a exploração de que trata este artigo, nos Estados em que a vegetação primária e secundária remanescente do Bioma Mata Atlântica for inferior a 5% (cinco por cento) da área original, submeter-se-ão ao regime jurídico aplicável à vegetação secundária em estágio médio de regeneração, ressalvadas as áreas urbanas e regiões metropolitanas.

Será admitida a prática agrícola do pousio nos Estados da Federação onde tal procedimento é utilizado tradicionalmente

Corte, Supressão - Mata AtlânticaCorte, Supressão - Mata Atlântica

Page 239: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

COMPENSAÇÃO PELO CORTE (ART. 17)

• Exigida para corte ou a supressão de vegetação primária ou secundária nos estágios médio ou avançado de regeneração do Bioma Mata Atlântica

• É a destinação de área equivalente à extensão da área desmatada

• Requisitos: a) mesmas características ecológicas

b) na mesma bacia hidrográfica e se possível microbacia

c) se urbana, no mesmo Município ou região metropolitana

• Na impossibilidade da compensação, exige-se a reposição florestal, com

espécies nativas, em área equivalente à desmatada, na mesma bacia hidrográfica e se possível microbacia hidrográfica.

• Não se aplica a pequena propriedade de subsistência(art. 23,III) ou corte ilegal

Compensação - Mata AtlânticaCompensação - Mata Atlântica

Page 240: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

OBSERVAÇÕES

Isenção de ITR para áreas cobertas por florestas nativas, primárias ou secundárias em estágio médio ou avançado de regeneração.(art. 48)

Art. 35. A conservação, em imóvel rural ou urbano, da vegetação primária ou da vegetação secundária em qualquer estágio de regeneração do Bioma Mata Atlântica cumpre função social e é de interesse público, podendo, a critério do proprietário, as áreas sujeitas à restrição de que trata esta Lei ser computadas para efeito da Reserva Legal e seu excedente utilizado para fins de compensação ambiental ou instituição de Cota de Reserva Ambiental - CRA. (redação alterada pelo art. 81 do novo código florestal).

Observações - Mata AtlânticaObservações - Mata Atlântica

Page 241: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

ANUÊNCIA DOS ÓRGÃOS FEDERAIS DE MEIO AMBIENTE 

Art. 19. Além da autorização do órgão ambiental competente, prevista no art. 14 da Lei no 11.428/06, será necessária a anuência prévia do IBAMA, de que trata o § 1o do referido artigo, somente quando a supressão de vegetação primária ou secundária em estágio médio ou avançado de regeneração ultrapassar:

I - 50 ha por empreendimento, isolada ou cumulativamente; ouII - 3 ha por empreendimento, isolada ou cumulativamente, quando localizada em

área urbana ou região metropolitana.

§ 1o A anuência prévia de que trata o caput é de competência do Instituto Chico Mendes quando se tratar de supressão, corte ou exploração de vegetação localizada nas UCs federais onde tais atividades sejam admitidas.

§ 2o Para os fins do inciso II do caput, deverá ser observado o disposto nos arts. 30 e 31 da lei 11.428/06.  

Observações - Mata AtlânticaObservações - Mata Atlântica

Page 242: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

Lei Federal 9.605/98 (art. 43)

“Art. 38-A. Destruir ou danificar vegetação primária ou secundária, em estágio avançado ou médio de regeneração, do Bioma Mata Atlântica, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção:

Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, ou multa, ou ambas as penas

cumulativamente.

Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade.”

Decreto 6.514/08 artigos 50, 52 e 53

Crime Ambiental - Mata AtlânticaCrime Ambiental - Mata Atlântica

Page 243: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

PITANGAPITANGA

GOIABAGOIABAJABUTICABAJABUTICABA

CAJUCAJU

Frutas da Mata AtlânticaFrutas da Mata Atlântica

CABELUDINHACABELUDINHA

AMEIXA DA MATAAMEIXA DA MATA

GUABIROBGUABIROBAA

Page 244: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

ANIMAIS DA MATA ATLÂNTICA

AMEAÇADOS DE EXTINÇÃO

Page 245: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

ARARA AZUL PEQUENA

Profª Roberta Casali

Page 246: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

TATU BOLA

Profª Roberta Casali

Page 247: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

MICO LEÃO DOURADO Profª Roberta Casali

Page 248: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

bugio

BUGIO Profª Roberta Casali

Page 249: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

MACACO MURIQUI O MAIOR PRIMATA DAS AMÉRICAS Profª Roberta Casali

Page 250: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

TAMANDUÁ MIRIM

TAMANDUÁ

BANDEIRA

Page 251: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta CasaliONÇA PINTADA

Profª Roberta Casali

Page 252: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

PREGUIÇA

Profª Roberta Casali

Page 253: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

JAGUATIRICA

Page 254: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

ANTA

CAPIVARA

Page 255: Aula código florestal e mata atlântica

Profª Roberta Casali

““Intellectuals solve problems; Intellectuals solve problems; geniuses prevent them.”geniuses prevent them.”

ALBERT EINSTEIN ALBERT EINSTEIN American (German-born) theoretical physicistAmerican (German-born) theoretical physicist

(1879 - 1955)(1879 - 1955)

[email protected]@mmcz.adv.br