tica e Orientao Profissional

Aula 07

Nutricionista e a mdia

6 e 7 semestres

Curso de Nutrio (Noturno)

UNIP So Jos do Rio Pardo.

Profa Fernanda Maria Vital Oliveira

Cdigo de tica CAPTULO XII

DA PUBLICIDADE

Art. 21. Relativamente publicidade, dever do nutricionista, por ocasio de entrevistas, comunicaes, publicaes de artigos e informaes ao pblico sobre alimentao, nutrio e sade, preservar sempre o decoro profissional, assumindo inteira responsabilidade pelas informaes prestadas.

Art. 22. Relativamente publicidade, vedado ao nutricionista:

I - utiliz-la com objetivos de sensacionalismo e de autopromoo;

II - divulgar dados, depoimentos ou informaes que possam conduzir identificao de pessoas, de

marcas ou nomes de empresas, ou de nomes de

instituies, salvo se houver anuncia expressa e

manifesta dos envolvidos ou interessados;

III - valer-se da profisso para manifestar preferncia ou para divulgar ou permitir a

divulgao, em qualquer tipo de mdia, de marcas

de produtos ou nomes de empresas ligadas s

atividades de alimentao e nutrio;

Continuao

IV - quando no exerccio da profisso manifestar preferncia, divulgar ou permitir que sejam divulgados produtos alimentcios ou farmacuticos por meio de objetos ou de peas de vesturio, salvo se a atividade profissional esteja relacionada ao marketing, ou se os objetos e peas de vesturio componham uniforme cujo uso seja exigido de forma comum a todos os funcionrios ou agentes da empresa ou instituio;

V - utilizar os recursos de divulgao ou os veculos de comunicao para divulgar conhecimentos de alimentao e nutrio que possam caracterizar a realizao de consultas ou atendimentos, a formulao de diagnsticos ou a concesso de dietas individualizadas.

Atuao do Nutricionista em Mdias

Como deve ser a prtica do Nutricionista na

comunicao de massa?

Ter como pblico alvo a comunidade leiga;

Selecionar contedo de fcil compreenso, que no induza erro ou interpretaes

inadequadas, e que possa conduzir

prticas alimentares desejveis.

Informaes tcnicas dirigidas aos profissionais da rea da sade no podero

ser veiculadas por meio de comunicao de

massa.

O produto objeto da publicidade deve ser apresentado como alimento e no se apresentar ou parecer tratar-se de medicamento;

deve ainda ser compatvel com as necessidades e possibilidades do pblico consumidor, tanto do ponto de vista nutricional quanto sociocultural.

O nome da marca do produto no deve fazer parte da manifestao oral ou escrita do nutricionista.

Recomendaes para que o Nutricionista

atue na mdia falada, escrita ou televisiva.

O Nutricionista tem competncia legal e tcnica

para manifestar-se em qualquer tipo de mdia, a respeito de assuntos de sua competncia profissional.

Entretanto, quando essa manifestao envolver marcas comerciais, deve limitar-se a informaes sobre as caractersticas qumicas e fsicas, funes metablicas de seus nutrientes e aspectos dietticos e culinrios do produto.

A divulgao das informaes prestadas pelo Nutricionista deve estar desvinculada, destacada e isolada da marca comercial do produto divulgado. Isto significa que qualquer conotao, verbal ou no verbal, com aspectos comerciais do produto dever estar ausente do texto, da fala e do cenrio em que se der a veiculao da informao.

Na mdia falada a informao elaborada pelo Nutricionista dever, sempre que possvel, ser

divulgada na ntegra, e incluindo a identificao do

nome e nmero de inscrio do profissional;

Entrevistas para jornalistas devem ser dadas preferencialmente por escrito, guardando-se cpia

que possa ser utilizada como documento

comprobatrio das informaes dadas, em caso de

distoro/omisso/ ampliao do que foi

declarado.

Na mdia impressa a informao do Nutricionista dever estar citada entre aspas, indicando

referncias bibliogrficas pertinentes e

reconhecidas pela comunidade acadmica;

O contedo de autoria do Nutricionista dever estar paginado de forma a situar-se

externamente ao texto ou imagem da apresentao comercial do produto

A indicao de consumo do produto em funo de propriedades nutricionais gerais ou especficas deve

obedecer regulamentao oficial sobre publicidade

e ser compatvel com o pblico a que se destina,

tanto do ponto de vista nutricional quanto scio-

cultural.

Sempre que possvel e oportuno o Nutricionista dever veicular a seguinte afirmao: "As

informaes fornecidas no so individualizadas,

portanto, um Nutricionista deve ser consultado antes

de se iniciar uma dieta". Quando a mensagem tratar

de um alimento, recomenda-se incluir a frase: "seu

consumo deve estar associado a uma dieta

equilibrada e hbitos saudveis".

Informes tcnicos e com finalidades publicitrias

Marketing na rea de Alimentao e Nutrio, esto definidas no ANEXO II da Resoluo CFN n

380/05 e incluem a participao na elaborao de

material tcnico-cientfico e material educativo para

orientao quanto ao uso dos produtos;

Poder colaborar com o setor de publicidade produzindo ou contribuindo com a produo de

informes tcnicos, sob forma de folheto, artigo,

revista, folder e similares ou por meio virtual, desde

que atendam aos princpios gerais descritos na

questo Posso participar da propaganda de produtos e servios?

Ainda, no momento em que o Nutricionista encaminha um contedo de informe tcnico

elaborado para a empresa solicitante, seja da

indstria ou do comrcio, importante que

documente a exigncia de que sua identificao

profissional no dever fazer parte das peas

publicitrias que divulgam marcas de produtos

ou da empresa, veiculadas em qualquer tipo de

mdia, pois esta identificao viola o Cdigo de

tica em seu Artigo 22, inciso III e V

Todavia, dever manter em poder, para informao aos interessados, os dados

tcnicos e cientficos que do sustentao

mensagem, conforme disposto na Lei

Federal n 8.078/90 (Cdigo de Defesa do

Consumidor) no artigo 36, pargrafo

nico.

Atendimento Nutricional em local de Comrcio de Produtos Alimentcios

Poder realizar consulta em nutrio em espao cedido por empresa que fabrica, representa ou

comercializa produtos alimentares que constituam

objeto de prescrio diettica somente quando lhe

seja formalmente garantida total independncia da

atividade comercial associada a sua prescrio, e que

exista real possibilidade de oferecer um atendimento

focado exclusivamente nos interesses da sade do

cliente, dentro dos princpios da cincia da Nutrio.

IMPORTANTE!

Tal situao implica na manuteno de uma rgida postura tica do

profissional, contrria, muitas vezes,

aos interesses econmicos e

mercadolgicos da empresa que cede

o espao.

As diretrizes que devem orientar a atuao do nutricionista nestas circunstncias esto pautadas nas seguintes recomendaes: A ANVISA, na RDC n 44, de 17 de agosto de

2009, que dispe sobre boas prticas farmacuticas para o controle sanitrio do funcionamento, da dispensao e da comercializao de produtos e da prestao de servios farmacuticos em farmcias e drogarias, veda o funcionamento de consultrio para atendimento nutricional em qualquer espao de suas dependncias, conforme determinado no artigo 90 da referida RDC n 44.

O Nutricionista no deve receber qualquer tipo de benefcio ou vantagem pessoal que advenha da

comercializao do produto ou servio, incluindo-se a a

proibio de recebimento de comisses, descontos,

bnus, percentuais ou pontuaes sobre vendas, ou

qualquer outro ganho que decorra da comercializao

do que foi prescrito ou indicado pelo nutricionista;

O Nutricionista no deve assumir atitudes de coao ou constrangimento em relao ao seu cliente/paciente,

que possam caracterizar desrespeito liberdade de

escolha do paciente;

A prtica de venda casada est proibida pelo Cdigo de Defesa do Consumidor.

Alimentos e produtos para perda de peso

Parecer CRN-3 "Alimentos Para Controle de Peso", que contempla o posicionamento do CRN-3 em relao aos alimentos/produtos indicados para perda de peso.

O Nutricionista pode utilizar espao dentro de estabelecimento farmacutico para instalar consultrio ou oferecer consulta nutricional?

No. A Resoluo ANVISA/RDC n 44, de 17 de agosto de 2009, que dispe sobre boas prticas farmacuticas para o controle sanitrio do funcionamento, da dispensao e da comercializao de produtos e da prestao de servios farmacuticos em farmcias e drogarias, veda o funcionamento de consultrios em qualquer espao de suas dependncias, conforme determina o artigo 90 da referida Resoluo.

Art. 90. vedado utilizar qualquer dependncia da farmcia ou da drogaria como consultrio ou outro fim diverso do licenciamento.

Pargrafo nico. vedada a oferta de outros servios que no estejam relacionados com a dispensao de medicamentos, a ateno farmacutica e a perfurao de lbulo auricular, nos termos desta.

Pode ser utilizado espao dentro de estabelecimentos

de produtos alimentcios ou de prestao de servios

para instalar consultrio ou oferecer consulta

nutricional?

No h dispositivo legal que impea a realizao de consulta nutricional em espao

prximo ou anexo a local de comercializao

de produtos alimentares ou de prestao de

servios.

Contudo, o Cdigo de tica do Nutricionista determina limites para o exerccio de atividades

profissionais associadas comercializao de

servios ou de produtos alimentcios e

farmacuticos em especial aos artigo 7, inciso

VIII e artigo 18, inciso I.

Portanto, fundamental que o profissional demonstre seu compromisso com a sade do

seu cliente/paciente e que sua atuao

profissional no esteja atrelada servios de

interesses comerciais.

Outras recomendaes para esta situao:

indispensvel estabelecer rgidos limites entre as

atividades tcnicas do profissional e aquelas de carter

comercial do estabelecimento, garantindo-se absoluta

desvinculao entre elas, independncia tcnica e plena

autonomia para a realizao do atendimento e

elaborao das recomendaes dietticas;

A prescrio de produtos, se necessrio, dever indicar a especificao tcnica do produto, podendo, a ttulo de

facilitar ao cliente/paciente, colocar alguns exemplos de

marcas/nomes comerciais, preservando a este o direito

de escolha quanto ao produto a ser adquirido e ao local

de compra;

o Nutricionista no dever receber qualquer tipo de benefcio ou vantagem pessoal que advenha da

comercializao do produto ou servio, incluindo-se a a

proibio de recebimento de comisses, descontos, bnus,

percentuais ou pontuaes sobre vendas, ou qualquer outro

ganho que decorra da comercializao do que foi prescrito

ou indicado pelo Nutricionista;

No dever assumir atitudes de coao ou constrangimento em relao ao seu cliente/paciente, que

possam caracterizar desrespeito sua liberdade de

escolha;

No dever haver exposio visual ou sonora de marcas de produtos ou de servios, no ambiente em que

acontece a consulta nutricional. Caso haja necessidade de

exposio de produtos esses devero ter a marca ocultada.

Atividades de venda. O Nutricionista que atua no departamento de vendas de

empresas que fabricam, comercializam ou representam

produtos deve restringir sua atuao divulgao das

caractersticas qumicas e fsicas do produto, funes

metablicas de seus nutrientes e aspectos dietticos e

culinrios;

O interlocutor preferencial do Nutricionista da rea de venda so os prprios Nutricionistas, e outros profissionais da rea

da sade, no o pblico leigo;

proibido ao Nutricionista vincular a sua ao profissional ao recebimento de bnus, brindes,

percentuais sobre vendas realizadas ou qualquer

outro tipo de vantagem e/ou benefcio associado

comercializao do produto;

A distribuio de amostras s ocorrer quando atender finalidade tcnica, e em quantidade

necessria para permitir um contato inicial e prvio

do profissional com o produto comercializado;

A distribuio de material impresso deve limitar-se aos de carter tcnico-cientfico.

Citar marcas de produtos

alimentcios nas suas prescries.

S ser admitida quando indispensvel para o

alcance de finalidades especficas do plano alimentar e desde que sejam indicados, pelo menos, dois produtos similares;

A meno de uma nica marca ou nome comercial s aceitvel nas raras situaes de ausncia de similar disponvel no mercado nacional que atenda ao Plano Alimentar definido para o cliente.

O Nutricionista pode fazer propaganda de qualquer alimento? O Cdigo de tica do Nutricionista, no inciso II, artigo

4, concede ao profissional o direito de pronunciar-se sobre matria de sua habilitao, enquanto que o artigo 21 determina, no captulo referente publicidade, que dever do nutricionista preservar o decoro profissional e assumir inteira responsabilidade pelas informaes prestadas;

O referido artigo 21 lembra ainda que informar o pblico sobre alimentao e nutrio uma das formas de publicidade que o Nutricionista pode utilizar, desde que o profissional preserve o decoro profissional e se responsabilize pelo que divulga.

Nessas situaes o nutricionista dever atender s seguintes diretrizes:

A publicidade de produtos ou empresas acima

identificados, quando veiculada na mdia, no deve conter o nome e/ ou o ttulo do nutricionista;

Na mdia, o nutricionista s poder identificar-se com seu nome e ttulo profissional para divulgar aspectos tcnicos dos produtos ou servios, orientar o seu uso e indicar possveis efeitos na sade, sem mencionar ou vincular, na sua fala, no texto que assina, ou no ambiente onde aparece, marcas comerciais ou nome de empresas, mesmo quando proprietrio, empregado ou contratado da empresa que faz a publicidade;

O contedo divulgado/anunciado pelo Nutricionista deve, com base em evidncias cientficas, apresentar

comprovados benefcios sade, e atender

regulamentao sanitria para sua comercializao;

O estabelecimento comercial que tenha Nutricionista entre seus colaboradores poder divulgar essa informao na

mdia, desde que a mensagem limite-se a informar que

dispe desse profissional em seu quadro de pessoal;

A publicidade dirigida a grupos de pessoas identificadas, tais como Nutricionistas ou outros profissionais da sade,

clientes cadastrados, participantes de eventos tcnicos ou

cientficos, eventos da categoria e similares, que no

caracterizem divulgao por meio da mdia, poder ser

feita pelo Nutricionista incluindo sua identificao

profissional.

Utilizao da mdia para informar o pblico leigo sobre alimentao e nutrio, implica na divulgao de mensagem plenamente respaldada em evidncias cientficas e consensuadas pela categoria, como aquela expressa no Guia Alimentar para a Populao Brasileira.

O Nutricionista pode participar da propaganda

de produtos ou servio?

Sim, o Nutricionista pode e deve manifestar-se

sobre as caractersticas qumicas e fsicas do

alimento, funes metablicas de seus

nutrientes e aspectos de legislao, dietticos

e culinrios. Pode ainda manifestar-se sobre

aspectos tcnicos, vantagens e desvantagens de

servios e produtos. Entretanto, nessa

manifestao devero ser atendidos os

seguintes princpios gerais, que se aplicam a

todos os segmentos nos quais o Nutricionista

venha a trabalhar com propaganda:

1. As peas promocionais sobre alimentos, em qualquer de suas

formas in natura, processado ou industrializado), suplementos

alimentares e fitoterpicos, devem enfatizar que os benefcios

de seu consumo s se manifestaro quando consumidos de

forma regular, em nveis efetivos, e como parte de uma

alimentao saudvel.

2. A presena da imagem e/ou a meno do profissional

Nutricionista, em pea de publicidade, dever incluir a

identificao do seu nome e do nmero de inscrio no CRN

respectivo, e do respectivo ttulo de especialidade desde que

reconhecido pelo CRN;

3. Toda informao cientfica utilizada para publicidade deve estar

embasada em referncia bibliogrfica reconhecida pela

comunidade acadmica, e deve ser divulgada juntamente com a

pea promocional e/ou mantida disponvel para consulta do

consumidor;

4. Complemente esses princpios gerais com as instrues indicadas

para a atuao na mdia falada, escrita ou televisiva, descritas na

questo dois.

Brindes promocionais

S poder aceitar brindes ou outros itens promocionais se estes forem de pequeno valor monetrio, isto , at

1/3 do salrio mnimo vigente. Estes podem ter o

logotipo da empresa, mas devem ter carter educativo,

tcnico-cientfico e /ou estarem relacionados ao

respectivo trabalho, tais como: blocos de papel, canetas,

mouse-pad, chaveiros ou similares;

No permitido aceitar brindes que se destinem a uso pessoal, tais como objetos, mobilirios, equipamentos

de quaisquer tipos, roupas, adereos, entradas para

shows ou eventos recreativos, passagens/estadias e

similares;

Na impossibilidade de recusa do brinde este fato deve ser levado ao conhecimento da respectiva chefia, do

comit de tica da entidade, ou do respectivo conselho

profissional;

Patrocnio de empresas ligada alimentao e nutrio

A regra geral para o aceite de patrocnios individuais ou

institucionais a transparncia, ou

seja, a situao do patrocinador deve

estar claramente explicitada na ao

patrocinada.

Contudo o Cdigo de tica do

Nutricionista estabelece:

Art. 7. No contexto das responsabilidades profissionais do nutricionista so-lhe vedadas as seguintes condutas:

VIII - vincular sua atividade profissional ao recebimento de vantagens pessoais oferecidas por agentes econmicos interessados na produo ou comercializao de produtos alimentares ou farmacuticos ou outros produtos, materiais, equipamentos e/ou servios;

Art. 18. vedado ao nutricionista, relativamente remunerao e sua forma de percepo:

IV - exercer a profisso com interao ou dependncia, para obteno de vantagem de empresas que fabricam, manipulam ou comercializam produtos de qualquer natureza e que venham ou possam vir a ser objeto de prescrio diettica;

Art. 22. Relativamente publicidade, vedado ao nutricionista: III - valer-se da profisso para manifestar preferncia ou para divulgar ou

permitir a divulgao, em qualquer tipo de mdia, de marcas de produtos ou nomes de empresas ligadas s atividades de alimentao e nutrio;

Dessa forma: Patrocnio para sites, blog ou outros: no se aconselha o patrocnio nesta

situao, pois poder caracterizar a publicidade do produto/marca e, ainda,

conotar que insinua a preferncia pelo mesmo, para fins de aquisio;

Patrocnio para materiais/equipamentos de consultrio: no se aconselha o patrocnio, inclusive de receiturios com logomarcas, pois poder

caracterizar propaganda e/ou manifestao de preferncia, podendo

configurar uma forma de induo ao paciente para fazer uso dos

locais/produtos divulgados, mesmo que na prtica consiga manter a

neutralidade e determinar condutas de forma imparcial. Deve ser respeitada

a liberdade e direito de escolha do paciente;

Patrocnio para organizao de eventos, para participao em congressos, seminrios e outros, bem como para realizao de trabalhos/pesquisas

cientficas: permitido o patrocnio para o nutricionista participar de

simpsios, congressos e outros eventos de carter tcnico cientfico que

visem o aperfeioamento profissional.

Locais para aquisio

A conduta de indicao de local de manipulao/aquisio de produtos, efetivada no decorrer de consulta nutricional,

no encontra respaldo na legislao profissional, podendo

remeter a indcios de infrao disciplinar ao artigo 18,

incisos II e IV do Cdigo de tica do Nutricionista. Para

ajudar o cliente/paciente, eticamente aceitvel a

indicao de, pelo menos, dois ou trs locais;

A indicao de apenas um local poder conotar o estabelecimento de uma relao comercial, com

infringncia ao Cdigo de tica do Nutricionista.

O nutricionista pode receber comisso de

farmcias, indstrias, lojas de produtos

alimentcios e outros, por indicao de

produtos/local? No. Esta conduta poder remeter a

indcios de infrao disciplinar ao artigo

18, incisos II e IV e tambm Artigo 7

inciso VII do Cdigo de tica do

Nutricionista :

Distribuio de amostras de produtos para a clientela atendida

No se recomenda tal conduta, pois o cliente/paciente pode se sentir induzido a posteriormente adquirir o produto ofertado neste momento como amostra grtis;

Caso o nutricionista queira efetuar esta distribuio, deve deixar claro para o cliente/paciente que ele no est obrigado a fazer aquisio do produto desta marca, j que h outras alternativas no mercado, evitando a indicao de produtos especifico, que remete a indcios de infrao disciplinar ao Cdigo de tica do Nutricionista, em especial os artigos 7, inciso VIII e 18, inciso I.

Dietas em sites ou programas de TV O Nutricionista no deve realizar consultas nutricionais individualizadas,

incluindo todas as suas etapas a saber: avaliao, diagnstico nutricional

e prescrio diettica em nenhum meio de comunicao de massa. A

base do relacionamento tico profissional o conhecimento da outra

pessoa, no caso cliente/paciente, que s alcanado no atendimento

presencial;

Para o desenvolvimento de um trabalho utilizando meios de comunicao de massa, recomenda-se:

A orientao diettica e nutricional deve ser apresentada de forma genrica;

No prescrever dietas individualizadas;

No prescrever ou indicar o uso de suplementos nutricionais ou fitoterpicos;

No estimular a auto-avaliao nutricional, pois os usurios leigos tm dificuldades para

apreciar o significado e determinar condutas

decorrentes dessa avaliao;

No vincular o seu nome a produtos, profissionais ou empresas, patrocinadoras ou

no;

Ressaltar que um Nutricionista dever ser consultado antes de se iniciar uma dieta;

Solicitaes e/ou questionamentos que abordem situaes individuais sero

respondidos por meio de orientaes genricas.

(Ex.: a importncia de um determinado alimento

ou nutriente para uma determinada situao, as

qualidades nutricionais de determinados

alimentos ou nutrientes);

E-mail ou outras tecnologias de relacionamento podero ser utilizados quando para dar

prosseguimento a um atendimento nutricional

presencial prvio.

Atendimento on-line

No permitido o atendimento/consulta nutricional online. O atendimento nutricional no presencial constitui-se em infrao ao Cdigo de tica do Nutricionista (CEN), descrito na Resoluo CFN 334/2004, conforme disposto no inciso XVII do artigo 7;

Salientamos que uma consulta nutricional deve incluir todas as etapas, ou seja, a avaliao nutricional, o diagnstico nutricional e a prescrio diettica, alm de garantir o acompanhamento da evoluo do paciente

A Internet na relao com o paciente

Uma vez que tenha ocorrido o atendimento presencial, com adequada avaliao e diagnstico nutricional, prescrio diettica e acompanhamento da evoluo nutricional, o contato telefnico ou por meio eletrnico poder ser utilizado como um canal aberto de comunicao para que o paciente possa tirar dvidas, receber a prescrio diettica e orientaes gerais (desde que verbalizados previamente no atendimento presencial).

Divulgao dos servios

O Cdigo de tica no impede a divulgao de servios nutricionais por meio de mdia escrita, falada,

televisiva, eletrnica ou outros meios, desde que

obedecidos os preceitos contidos neste Cdigo, que

inclui como dever primar pelo decoro profissional (art.

5, inciso VI), bem como veda utilizar a publicidade com

objetivos de sensacionalismo e autopromoo (art. 22,

inciso I) e, tambm, veda utilizar o valor de seus

honorrios como forma de propaganda e captao de

cliente (art. 18, inciso VI). Ainda, a divulgao no

dever estar associada a marcas de produtos ou nomes

de empresas (art. 22, inciso III).

recomendvel atentar-se ao Cdigo do Conselho Nacional de Autoregulamentao Publicitria, que nos

anexos G e L, estabelecem regras de condutas

Bibliografia

http://crn3.org.br/faq/atuacao-profissional/#marcas consultado em 13/04/2014

Cdigo de tica do nutricionista