aula 7 - extinção do crédito tributário 2015
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EXTINO DO CRDITO TRIBUTRIO
MODALIDADES:
Art. 156. Extinguem o crdito tributrio:I o pagamento;II a compensao;III a transao;IV a remisso;V a prescrio e a decadncia;VI a converso de depsitos em renda;VII - o pagamento antecipado e a homologao do lanamento nos termos do disposto no art. 150 e seus 1 e 4;VIII a consignao em pagamento, nos termos do disposto no 2 do art. 164;IX a deciso administrativa irreformvel, assim entendida a definitiva na rbita administrativa, que no mais possa ser objeto de ao anulatria;X a deciso judicial passada em julgado;XI a dao em pagamento em bens imveis, na forma e condies estabelecidas em lei.Pargrafo nico. A lei dispor quanto aos efeitos da extino total ou parcial do crdito sobre a ulterior verificao da irregularidade da sua constituio, observando o disposto nos arts. 144 e 149.EXTINO DO CRDITO TRIBUTRIO
Forma natural de extino do crdito tributrioPagamento (converso do depsito em renda e a consignao em pagamento)
A dao em pagamento tanto de bens mveis quanto imveis vinha sendo aceita pela doutrina excepcionalmente mediante interpretao da expresso em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir contida no art. 3 do CTN.
AO PRETENDER AMPLIAR O DIREITO DO CONTRIBUINTE, ACABOU POR RESTINGI-LO (excluiu a dao de bens mveis)EXTINO DO CRDITO TRIBUTRIO
Art. 157. A imposio de penalidade no ilide o pagamento integral do crdito tributrio.
Art. 158. O pagamento de um crdito no importa em presuno de pagamento:I quando parcial, das prestaes em que se decomponha;II quando total, de outros crditos referentes ao mesmo ou outros tributos.
Art. 322 do C.C. pagamento em quotas quitao da ltima presuno de pagamento das anteriores.
Art. 159. Quando a legislao tributria no dispuser a respeito, o pagamento efetuado na repartio competente do domiclio do sujeito passivo.PAGAMENTO
Art. 160.Quando a legislao tributria no fixar o tempo do pagamento, o vencimento do crdito ocorre 30 dias depois da data em que se considera o sujeito passivo notificado do lanamento.Pargrafo nico. A legislao tributria pode conceder desconto pela antecipao do pagamento, nas condies que estabelea.
PAGAMENTO
Art. 161. O crdito no integralmente pago no vencimento acrescido de juros de mora, seja qual for o motivo determinante da falta, sem prejuzo da imposio das penalidades cabveis e da aplicao de quaisquer medidas de garantia previstas nesta Lei ou em lei tributria. 1 Se a lei no dispuser de modo diverso, os juros de mora so calculados taxa de 1% (um por cento) ao ms, formulada pelo devedor dentro do prazo legal para pagamento do crdito. 2 O disposto neste artigo no se aplica na pendncia de consulta formulada pelo devedor dentro do prazo legal para pagamento do crdito.
Juros moratrios
cobrir prejuzos decorrentes da mora1% ao ms (limite)
PAGAMENTO
NATUREZA INDENIZATRIA
Direito Privado livre conveno silncio art.406 do C.C.- limite de 12% ao ano. Inaplicabilidade do Decreto 22.629/33 (Lei da Usura) e Art. 192, 3, da CF/88 (12%)
Art. 192. (...) -revogado 3 As taxas de juros reais, nelas includas comisses e quaisquer outras remuneraes direta ou indiretamente referidas concesso de crdito, no podero ser superiores a doze por cento ao ano; a cobrana acima deste limite ser conceituada como crime de usura, punido, em todas as suas modalidades, nos termos que a lei determinar. PAGAMENTO
JUROS DE MORA MULTA DE MORA
2 Consulta regularmente formulada
Suprfluo durante o prazo legal para pagamento no correm juros, haja ou no consulta.penalidadeindenizao pelo prejuzo decorrente da moraPAGAMENTO
Art. 162. O pagamento efetuado:I Em moeda corrente, cheque ou vale postal; II Nos casos previstos em lei, em estampilha, em papel selado, ou por processo mecnico. 1 A legislao tributria pode determinar as garantias exigidas para o pagamento por cheque ou vale postal, desde que no o torne impossvel ou mais oneroso que o pagamento em moeda corrente. 2 O crdito pago por cheque somente se considera extinto com o resgate deste pelo sacado. 3 O crdito pagvel em estampilha considera-se extinto com a inutilizao regular daquela, ressalvado o disposto no art. 150. 4 A perda ou destruio da estampilha, ou o erro no pagamento por esta modalidade no do direito restituio, salvo nos casos expressamente previstos na legislao tributria, ou naqueles em que o erro seja imputvel autoridade administrativa. 5 O pagamento em papel selado ou por processo mecnico equipara-se ao pagamento em estampilha.PAGAMENTO
Art. 163. Existindo simultaneamente dois ou mais dbitos vencidos do mesmo sujeito passivo para com a mesma pessoa jurdica de direito pblico, relativos ao mesmo ou diferentes tributos ou provenientes de penalidade pecuniria ou juros de mora, a autoridade administrativa competente para receber o pagamento determinar a respectiva imputao, obedecendo as seguintes regras , na ordem em que enumeradas:I Em primeiro lugar, aos dbitos por obrigao prpria, e em segundo lugar, aos decorrentes de responsabilidade tributria; II Primeiramente, s contribuies de melhoria, depois s taxas e por fim aos impostos;III Na ordem crescente dos prazos de prescrio;IV Na ordem decrescente dos montantes. Regras de imputao que devem ser rigorosamente obedecidas.PAGAMENTO
Consignao em pagamento
Art. 164. A importncia do crdito tributrio pode ser consignada judicialmente pelo sujeito passivo, nos casos:I De recusa de recebimento ou subordinao deste ao pagamento de outro tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento de obrigao acessria;II de subordinao do recebimento ao cumprimento de exigncias administrativas sem fundamento legal;III de exigncia, por mais de uma pessoa jurdica de direito pblico de tributo idntico sobre um mesmo fato gerador. 1 A consignao s pode versar sobre o crdito que o consignante se prope a pagar. 2 Julgada procedente a consignao, o pagamento se reputa efetuado e a importncia consignada revertida em renda; julgada improcedente a impugnao no todo ou em parte, cobra-se o crdito acrescido de juros de mora, sem prejuzo das penalidades cabveis.PAGAMENTO
Art. 165. O sujeito passivo tem direito, independentemente de prvio protesto, restituio total ou parcial do tributo, seja qual for a modalidade do seu pagamento, ressalvado o disposto no 4 do art. 162, nos seguintes casos:I Cobrana ou pagamento espontneo de tributo indevido ou maior que devido em face da legislao tributria aplicvel, ou da natureza ou circunstncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido; II Erro na identificao do sujeito passivo, na determinao da alquota aplicvel, no clculo do montante de dbito ou na elaborao ou conferncia de qualquer documento relativo ao pagamento;III reforma, anulao, revogao ou resciso de deciso condenatria.PAGAMENTO
a) Compensao e Repetio de Indbito
Recuperao de valores recolhidos indevidamente aos cofres pblicosEvita-se o comprometimento injurdico do patrimnio particular, em razo de ofensa aos princpios da legalidade, tipicidade, capacidade contributiva e direito de propriedade.Fundamento Princpio da Moralidade, Impessoalidade, Legalidade, Publicidade e Eficincia (art. 37 da CF)COMPENSAO
Princpio da MoralidadeVeda a exigncia de tributos declarados inconstitucionais pela jurisprudncia (administrativa ou judicial e a efetivao de medidas que constranjam o patrimnio dos particulares, impeditivas do livre exerccio de suas atividades pessoais e profissionais.)Deixar de restituir valores indevidamente recebidosImpedir a compensao com tributos devidos pelo contribuinteViolao ao Princpio da Moralidade da AdministraoCOMPENSAO
COMPENSAO Compensao1. Evitar o desembolso para liquidao de futuras obrigaes tributrias2. Diretamente pelo contribuinteRepetio de Indbito1. Ressarcimento em dinheiro2. Mediante processo administrativo ou judicial e oficiosamente nos casos previstos em lei IR: diferenas a maior na declarao de ajuste
b) Compensao e regulamentao legal Art. 170 do CTN
Art. 170. A lei pode, nas condies e sob as garantias que estipular, ou cuja estipulao em cada caso atribuir autoridade administrativa, autorizar a compensao de crditos tributrios lquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda Pblica."Art. 170-A. vedada a compensao mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestao judicial pelo sujeito passivo, antes do trnsito em julgado da respectiva deciso judicial." (Redao dada pela LC 104/2001)COMPENSAO
Roque Antonio Carrazza O tributo no se perpetua no tempo. Pelo contrrio, nasce para desaparecer. Mais dia menos dia deixa de existir, libertando o contribuinte (sujeito passivo) daquele estado de sujeio que o prendia ao fisco (sujeito ativo). (Repertrio de Jurisprudncia e Doutrina sobre Processo Tributrio 1995)
COMPENSAO
c) Compensao e Repercusso do Tributo x Restituio
Art. 166 do CTN:Art. 166. A restituio de tributos que comportem, por sua natureza, transferncia do respectivo encargo financeiro somente ser feita a quem prove haver assumido referido cargo, ou, no caso de t-lo transferido a terceiro, estar por este expressamente autorizado a receb-la.
Em uma (compensao) como em outra (restituio) o tributo deve ser devolvido a quem arcou com o nus. (Princpio do enriquecimento sem causa)COMPENSAO
Tributos indiretos
fenmeno da repercusso (contribuinte de fato suporta o nus) tem direito restituioContribuinte de Direito s tem direito restituio se autorizado pelo contribuinte de fato.
STF Smula 71 Embora pago indevidamente, no cabe restituio de tributo indireto.STF Smula 546 Cabe restituio do tributo pago indevidamente, quando reconhecido por deciso que o contribuinte