aula 6 - xilema

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FARMACOBOTÂNICA 5º Período. Professor: Marcelo Garcez Rodrigues. Anápolis, 2015.

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Page 2: Aula 6 - Xilema

- TECIDO VEGETAL = é um conjunto de células de origem comum, igualmente diferenciadas para o desempenho de funções biológicas. Dividem-se em 2 grupos:

- Tecidos Meristemáticos (ou Meristemas): - Protoderme; - Meristema Fundamental; - Procâmbio. - Tecidos Adultos (ou Permanentes): - Sistema Dérmico: a) Epiderme, b) Periderme; - Sistema Fundamental: a) Parênquima, b) Colênquima, c) Esclerênquima; - Sistema Vascular: a) Xilema, b) Floema.

Page 3: Aula 6 - Xilema

- Xilema e Floema são tecidos que aparecem associados

no corpo do vegetal, formando o sistema condutor ou

vascular do mesmo;

- XILEMA transporta água e sais minerais em solução

(“seiva bruta”);

- FLOEMA transporta substâncias orgânicas (“seiva

elaborada”).

- Estes tecidos são contínuos através de todos os órgãos

(vegetativos e reprodutivos) das plantas vasculares,

formando um verdadeiro sistema vascular.

Page 4: Aula 6 - Xilema

- XILEMA: - (grego xilos, madeira). Também costuma ainda ser

conhecido por lenho ou tecido lenhoso; - Tecido permanente complexo formado de diferentes

tipos de células, vivas e mortas. - Os elementos mais característicos do xilema são: - Elementos traqueais Traqueídes / Elementos de vaso

= condução, transporte; - Células parenquimáticas vivas = reserva,

armazenamento; - Fibras lenhosas = sustentação. - Origem: - Xilema Primário » Primeiro a ser formado. Origem

Procâmbio. - Xilema Secundário » Crescimento secundário (em

espessura). Origem Câmbio vascular.

Page 5: Aula 6 - Xilema

- Células alongadas, desprovidas de protoplasma (elementos mortos) e possuidoras de parede secundária lignificada. 2 tipos:

- Traqueídes: - Células longas, imperfuradas, apresentando apenas

pontoações (aberturas na parede 2ária) entre suas paredes comuns;

- A seiva que circula através desses elementos precisa atravessar ativamente as paredes finas no nível dos pares de pontuação;

- Para conduzir a seiva bruta, as traqueídes associam-se entre si pelas extremidades (em forma de bisel ou bifurcada);

- Posicionam-se em fileiras longitudinais. - Único tipo de célula condutora de água na maioria das

plantas vasculares inferiores e gimnospermas (células primitivas).

Page 6: Aula 6 - Xilema

- Traqueídes:

Page 7: Aula 6 - Xilema

- Elementos de Vaso:

- Células longas, perfuradas (regiões desprovidas de paredes primárias e secundárias);

- Os elementos de vaso são perfurados em suas paredes transversais (e algumas vezes nas laterais) e associam-se entre si em séries longitudinais, através das placas de perfuração, formando os vasos.

Elementos de Vaso

com placas de

Perfuração

Page 8: Aula 6 - Xilema

Traqueídes: Condução e Sustentação

Elementos de Vaso:

Condução de H2O

Page 9: Aula 6 - Xilema

- São responsáveis pelo armazenamento e translocação de água e solutos a curta distância;

- Podem armazenar diversos tipos de substâncias ergásticas: (amido, óleo, resinas, cristais, taninos, etc.)

- Podem ser: - Parênquima axial – longitudinal = vertical. - Parênquima radial – transversal = horizontal.

Page 10: Aula 6 - Xilema

- Células longas, não retêm protoplasto;

- Paredes secundárias lignificadas que variam em

espessura;

- Apresentam pontoações simples (fibras libriformes) ou

areoladas (fibrotraqueídes).

- Função = sustentação, res-

ponsáveis pela rigidez ou fle-

xibilidade da madeira.

Page 11: Aula 6 - Xilema

- O xilema primário apresenta os mesmos tipos celulares

básicos do xilema secundário: os elementos traqueais

(condutores), as células parenquimáticas e as fibras. A

diferença é que os tipos celulares do xilema primário

estão organizados apenas no sistema axial;

- Os primeiros elementos do xilema a amadurecerem são

chamados protoxilema e, os últimos, metaxilema;

- Protoxilema constituído de células condutoras que se

diferenciam primeiro, ou seja, adquirem paredes

secundárias lignificadas precocemente, e, normalmente,

apresentam menor diâmetro;

- Diferencia-se nas partes primárias do corpo da planta

(em crescimento).

Page 12: Aula 6 - Xilema

- Os primeiros elementos do xilema a amadurecerem são

chamados protoxilema e, os últimos, metaxilema;

- Metaxilema composto de células condutoras que se

diferenciam tardiamente e, em geral, apresentam

diâmetro maior, isto é, a deposição de paredes

secundárias ocorre mais tarde, permitindo que as

células aumentem de tamanho antes de atingir a

maturidade;

- Inicia-se no corpo primário da planta, mas amadurece

só depois do alongamento haver concluído.

Page 13: Aula 6 - Xilema

- O metaxilema é mais complexo que o protoxilema e

contém fibras em adição aos elementos traqueais e as

células parenquimáticas.

Page 14: Aula 6 - Xilema

- O xilema secundário origina-se do câmbio vascular que

divide-se periclinalmente formando floema para o lado

externo e xilema para o lado interno.

Page 15: Aula 6 - Xilema

- O xilema secundário assim como o floema secundário, contribui para o crescimento em espessura do corpo do vegetal, em consequência da adição de novas células;

- Em seu estádio completo de desenvolvimento, o xilema secundário constitui a madeira, ou lenho, que representa importante fonte de matéria-prima para a economia brasileira.

- O xilema secundário organiza-se em 2 sistemas: - Sistema axial (ou vertical) = células tem seu maior eixo

orientado no sentido vertical e origem nas iniciais fusiformes do câmbio.

- Fazem parte deste sistema = elementos traqueais, fibras e também células parenquimáticas.

- Sistema radial (ou horizontal) = células tem seu maior eixo no sentido horizontal e se originam nas iniciais radiais do câmbio.

- Composto por células parenquimáticas.

Page 16: Aula 6 - Xilema

- Alguns troncos, quando observados em seção

transversal, à vista desarmada ou com auxílio de lupa,

revelam camadas mais ou menos concêntricas ao redor

da medula, os aneis de crescimento, que decorrem da

atividade periódica do câmbio;

- Em espécies de clima temperado com estações bem

marcadas, o câmbio cessa sua atividade nos períodos

em que a temperatura é mais baixa (inverno), o que às

vezes se prolonga desde o fim do verão até a primavera

seguinte, quando a temperatura se eleva e o câmbio se

torna outra vez ativo (células absorvem água,

expandem-se e começam a dividir-se periclinalmente);

Page 17: Aula 6 - Xilema

- Cada vez que o câmbio retoma a atividade

interrompida, deixa um sinal representado pela

diferença entre as células formadas antes da parada de

seu funcionamento e as que se desenvolvem após a

reativação;

- Este conjunto de faixas celulares do lenho (xilema), que

representam a atividade cambial no decorrer de um

ano, é denominado anel anual de crescimento.

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Page 19: Aula 6 - Xilema

- Em um anel de crescimento típico, distinguem-se,

normalmente, 2 regiões:

- Lenho Primaveril (ou inicial / precoce) » porção de um

anel produzida no início da estação de crescimento

(primavera);

- Possui células com maiores lumens, paredes finas e,

consequentemente, densidade mais baixa coloração

mais clara.

- Lenho Estival (ou outonal / tardio) » última camada

formada na estação de crescimento;

- Constitui-se de células de menores lumens e paredes

mais espessas aspecto mais escuro.

Page 20: Aula 6 - Xilema

ANEL DE CRESCIMENTO

Faixa de LENHO PRIMAVERIL Faixa de LENHO ESTIVAL

Page 21: Aula 6 - Xilema

ANEL DE CRESCIMENTO

Faixa de LENHO PRIMAVERIL Faixa de LENHO ESTIVAL

Page 22: Aula 6 - Xilema

- Em algumas madeiras, pode ser distinguido: - ALBURNO » xilema secundário externo, ainda ativo

(funcional*), no qual as células parenquimáticas ainda são vivas;

- Apresenta-se mais clara (“xilema mais novo”); - * Responsável pela condução de água e os solutos nela

dissolvidos. - CERNE » xilema secundário interno, inativo, morto;

são células do alburno que se tornam inativas para o transporte de água;

- Frequentemente colorido de escuro pela infiltração de compostos como óleos, resinas, taninos, corantes (substâncias que impedem a proliferação de microorganismos que poderiam apodrecer a planta);

- Por ser duro e resistente, o cerne fornece a madeira preferida para trabalhos de marcenaria.

Page 23: Aula 6 - Xilema

ALBURNO

CERNE

Page 24: Aula 6 - Xilema

ALBURNO CERNE