aula 6 - difusão

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tecnologia de materiais

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  • UNIVERSIDADE CATLICA DOM BOSCOESTUDO DE CASO CONTROLE DE PRODUO

    FASIPECINCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS

    Prof Anne Cerqueira

  • 2 Conceito

    FASIPECINCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS

    Difuso

    Difuso o fenmeno de transporte dematerial atravs do movimento dos tomos.

    - Muitas reaes e processos que so importantes no tratamento de materiais dependemda transferncia de massa, seja no interior de um slido especfico (geralmente em umnvel microscpico) ou a partir de um lquido, gs ou outra fase slida.

  • 3 Conceito

    FASIPECINCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS

    Difuso

    - A movimentao de cada tomo pode ser descrita como sendo um caminhoaleatrio no espao. Por simplicidade ser assumido uma movimentaounidimensional.

  • 4 Conceito

    FASIPECINCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS

    Difuso

    APLICAO

    - A presena da difuso em nosso cotidiano no to rotineira, mas grandesua importncia para a fabricao de componentes ou estruturas deengenharia.

  • 5 Conceito

    FASIPECINCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS

    Difuso

    - Par de difuso cobre-nquel.

  • 6 Conceito

    FASIPECINCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS

    Difuso

    TIPOS DE DIFUSO

    - Interdifuso ou difuso de impurezas: ( omais comum) ocorre quando tomos de um metaldifunde em outro. Nesse caso h variao naconcentrao.

    - Autodifuso: ocorre em cristais puros. Nessecaso no h variao na concentrao.

  • 7 Conceito

    FASIPECINCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS

    Difuso

    MECANISMOS DE DIFUSO

    - Vacncias ( o mais comum, um tomo da rede move-se parauma vacncia)

    - Intersticiais (ocorre com tomos pequenos e promovemdistoro na rede)

    - Contorno de gro (importante para crescimento de gros)

    - Discordncias (o movimento das discordncias produzdeformao e a recuperao do material)

    - Fenmenos superficiais (importante para sinterizao)

  • 8 Mecanismo de Difuso

    FASIPECINCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS

    Difuso

    DIFUSO POR LACUNAS (DIFUSO SUBSTITUCIONAL)

    - Na DIFUSO POR LACUNAS um tomo (hospedeiro ou substitucional) se desloca de umaposio normal da rede cristalina para um stio vago, ou lacuna, adjacente.

    - A extenso segundo a qual a difuso por lacunas pode ocorrer funo da concentrao delacunas presente no metal.

    - A concentrao de lacunas aumenta com a temperatura.

  • 9 Mecanismo de Difuso

    FASIPECINCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS

    Difuso

    DIFUSO POR LACUNAS (DIFUSO SUBSTITUCIONAL)

    - Na DIFUSO POR LACUNAS um tomo (hospedeiro ou substitucional) se desloca de umaposio normal da rede cristalina para um stio vago, ou lacuna, adjacente.

  • 10

    Mecanismo de Difuso

    FASIPECINCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS

    Difuso

    DIFUSO INTERSTICIAL

    - Na DIFUSO INTERSTICIAL tomos intersticiais migram para posies intersticiais adjacentesno ocupadas do reticulado.

    - Em metais e ligas, a difuso intersticial um mecanismo importante para a difuso de impurezasde raio atmico pequeno em relao aos do hospedeiro.Exemplos: hidrognio, carbono, nitrognio e oxignio no ao.

    - Geralmente, a difuso intersticial muito mais rpida que a difuso por lacunas.Exemplo: No caso do Fe- a 500C, a difuso dos tomos de carbono quase 109 vezes mais

    rpida do que a autodifuso dos tomos de ferro.

  • 11

    Mecanismo de Difuso

    FASIPECINCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS

    Difuso

    FLUXO DE DIFUSO

    - Para quantificar a rapidez com que o fenmeno da difuso se processa no tempo usamos oFLUXO DE DIFUSO (J).

    - O Fluxo de Difuso definido como sendo a massa (ou, de forma equivalente, o nmero detomos) M que se difunde por unidade de tempo atravs de uma rea unitria perpendicular direo do movimento da massa,

    A representa a rea atravs da qual a difuso est ocorrendo e t o intervalo de tempo dedifuso decorrido.- Em forma diferencial,

    - No Sistema Internacional (SI), as unidades para J so quilogramas (ou tomos) por metroquadrado por segundo (kg.m-2 s-1 ou tomos.m-2.s-1 )

  • 12

    Conceito

    FASIPECINCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS

    Difuso

    DIFUSO EM ESTADO ESTACIONRIO

    - Quando J no varia com o tempo (C tambm no varia com o tempo) e temos a DIFUSO EMESTADO ESTACIONRIO (ou DIFUSO EM REGIME PERMANENTE).

    - Para que J no varie com o tempo necessrio que J tambm no varie com a posio. Assim,para o eixo x,

  • 13

    Conceito

    FASIPECINCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS

    Difuso

    DIFUSO EM ESTADO ESTACIONRIO

    - Para processos de difuso em estado estacionrio, a equao que correlaciona ofluxo de difuso J com o gradiente de concentrao dC/dx chamada de PRIMEIRALEI DE FICK,

    J= at/m2.s=M/A.tD= coef. De difuso cm2/sdC/dx= gradiente de concentrao em funo da distncia at/cm3

    - O sinal negativo na equao acima indica que o fluxo ocorre na direo contrria do gradiente de concentrao, isto , no sentido das concentraes altas para asconcentraes baixas.

    - Na primeira lei de Fick, o POTENCIAL TERMODINMICO ou FORA MOTRIZ paraque ocorra o fenmeno de difuso o gradiente de concentrao.

  • 14

    Conceito

    FASIPECINCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS

    Difuso

    DIFUSO EM ESTADO ESTACIONRIO

    Exemplo: Uma placa de ferro exposta a uma atmosfera carbonetante (rica em carbono) por um deseus lados e uma atmosfera descarbonetante (deficiente em carbono) pelo outro lado a 700C(1300F). Se uma condio de estado estacionrio atingida , calcule o fluxo de difuso do carbonoatravs da placa, sabendo que as concentraes de carbono nas posies a 5mm e a 10 mmabaixo da superfcie carbonetante so de 1,2 e 0,8 Kg/m, respectivamente. Suponha umcoeficiente de difuso de 3x 10-11 m2 / s.

    Resoluo: A primeira lei de Fick usada para determinar o fluxo por difuso. A substituio dosvalores acima na frmula fornece:

  • 15

    Conceito

    FASIPECINCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS

    Difuso

    DIFUSO EM ESTADO ESTACIONRIO

    Exemplo: Calcule o nmero de quilogramas de hidrognio que passa a cadahora atravs de uma chapa de paldio com 5mm de espessura e que possuiuma rea de 0,20 m, estando o sistema a 500C. Considere um coeficientede fuso de 1 x 10-8 m2 / s, que as concentraes de hidrognio dos ladoscom alta e baixa presso sejam de 2,4 e 0,6 kg de hidrognio por metrocbico de paldio, respectivamente, e que condies de estado estacionriotenham sido atingidas.

  • 16

    Conceito

    FASIPECINCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS

    Difuso

    DIFUSO EM ESTADO ESTACIONRIO

    Exemplo: Calcule o nmero de quilogramas de hidrognio que passa a cada hora atravs de umachapa de paldio com 5mm de espessura e que possui uma rea de 0,20 m, estando o sistema a500C. Considere um coeficiente de fuso de 1 x 10-8 m2 / s, que as concentraes de hidrogniodos lados com alta e baixa presso sejam de 2,4 e 0,6 kg de hidrognio por metro cbico depaldio, respectivamente, e que condies de estado estacionrio tenham sido atingidas.

    Resoluo:

  • 17

    Conceito

    FASIPECINCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS

    Difuso

    DIFUSO EM ESTADO ESTACIONRIO

  • 18

    Conceito

    FASIPECINCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS

    Difuso

    DIFUSO EM ESTADO ESTACIONRIO

    Resoluo:

    Substituindo os valores:

  • 19

    Conceito

    FASIPECINCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS

    Difuso

    DIFUSO EM ESTADO ESTACIONRIO

    O Coeficiente de difuso pode ser calculado a partir da equao:

    onde Do uma constante calculada para um determinadosistema (tomos e estrutura)

    D = Do (e -Qd/RT)

  • 20

    Conceito

    FASIPECINCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS

    Difuso

    DIFUSO EM ESTADO ESTACIONRIO

  • 21

    Conceito

    FASIPECINCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS

    Difuso

    FATORES QUE INFLUENCIAM A DIFUSO

    - Temperatura Ativao Trmica

    onde: Do, uma constante (m2/s);Qd, energia de ativao para difuso (J/mol);R, constante universal dos gases (8,31 J/mol.K);e T, temperatura absoluta (K).

  • 22

    Conceito

    FASIPECINCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS

    Difuso

    FATORES QUE INFLUENCIAM A DIFUSO

    - Temperatura Ativao Trmica

    Fazendo o log natural da equao do slide anterior fica:

    Em termos de logaritmo na base 10

    Sendo Do, Qd e R constantes, a equao acima assume a forma da equao de umareta:

    y=b+mx

    onde y e x so respectivamente D e 1/T .

  • 23

    Conceito

    FASIPECINCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS

    Difuso

    FATORES QUE INFLUENCIAM A DIFUSO

    - Temperatura Ativao Trmica

    Dessa forma, se o valor de logD for plotado em funo doinverso da temperaturaabsoluta, o que resulta deveser uma linha reta, possuindoo coeficientes angular -Qd/2,3R e coeficiente linearlog Do.Essa a forma experimentalde determinao dos valoresde Do e de Qd.

  • 24

    Conceito

    FASIPECINCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS

    Difuso

    FATORES QUE INFLUENCIAM A DIFUSO

    - Temperatura Ativao Trmica

    Exemplo: Usando os dados da Tabela, calcule o coeficiente de difuso para o magnsio noalumnio a 550C.

    Resoluo: Esse coeficiente de difuso pode ser determinado aplicando os valores na frmula deDo e Qd obtidos na tabela:

  • 25

    Conceito

    FASIPECINCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS

    Difuso

    FATORES QUE INFLUENCIAM A DIFUSO

    - Temperatura Ativao Trmica

    Exemplo: Usando os dados da Tabela, calcule o coeficiente de difuso do zinco no cobre a 650C.

  • 26

    Conceito

    FASIPECINCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS

    Difuso

    FATORES QUE INFLUENCIAM A DIFUSO

    - Temperatura Ativao Trmica

    Exemplo: Usando os dados da Tabela, calcule o coeficiente de difuso do zinco no cobre a 650C.

    Resoluo: Esse coeficiente de difuso pode ser determinado aplicando os valores na frmula deDo e Qd obtidos na tabela:

  • 27

    Conceito

    FASIPECINCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS

    Difuso

    FATORES QUE INFLUENCIAM A DIFUSO

    - Caminhos para a Difuso

    A movimentao de tomos pode ocorrer:1) No volume do material2) Ao longo de defeitos lineares: discordncias3) Ao longo de defeitos bidimensionais: contornos de gro, superfcies externas. A movimentao de tomos pelos defeitos cristalinos muito mais rpida que pelo volume. Em alguns casos, a contribuio do fluxo de tomos atravs dos defeitos cristalinos insignificante(os seus volumes so muito pequenos em comparao com o resto do cristal isento de defeitos).

  • 28

    Conceito

    FASIPECINCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS

    Difuso

    EFEITOS DA ESTRUTURA NA DIFUSO

    FATORES QUE FAVORECEM A DIFUSO

    Baixo empacotamento atmico

    Baixo ponto de fuso

    Ligaes fracas (Van der Walls)

    Baixa densidade

    Raio atmico pequeno

    Presena de imperfeies

    FATORES QUE DIFICULTAM A DIFUSO

    Alto empacotamento atmico

    Alto ponto de fuso

    Ligaes fortes (inica ecovalentes

    Alta densidade

    Raio atmico grande

    Alta qualidade cristalina

  • 29

    Conceito

    FASIPECINCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS

    Difuso

    EFEITOS DA ESTRUTURA NA DIFUSO

    Caso do Ferro (ALOTROPIA)

    O coeficiente de difusodos tomos de Carbonono Fe ccc maior queno cfc, pois o sistema ccctem um fator deempacotamento menor

    (F.E. ccc= 0,68 e F.E. cfc=0,74)

    ccccfc