aula 6 auditoria para a receita federal

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Auditoria p/Receita Federal Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito Aula 06 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 48 AULA 06: Carta de Responsabilidade da Administração: objetivo, conteúdo. Papéis de trabalho. Princípios de Contabilidade. SUMÁRIO PÁGINA 1. Representações Formais (Carta de Responsabilidade) 2 2. Documentação de Auditoria (Papéis de trabalho) 17 3. Princípios de Contabilidade 26 Lista das questões comentadas durante a aula 37 Referências bibliográficas 46 Olá, pessoal. Antes de começar a aula de hoje, gostaria de deixar claro que todas as dúvidas que tenho recebido por email, de todos os cursos que estou ministrando, estão sendo respondidas no menor prazo possível. Digo isso porque o email é nosso canal de comunicação mais direto e efetivo, e se algum de vocês não entendeu algum item, ou não gostou da aula, ou gostou, a forma de se expressar que vai trazer maior resultado prático vai ser falando com o professor, claro. Estou à disposição. Os assuntos “documentação de auditoria (papéis de trabalho)” e “princípios de contabilidade” constaram do edital do último concurso da Receita Federal, mas como nosso edital ainda não foi publicado, optei por inclui-los, tendo em vista serem cobrados na maioria dos certames. Como tem acontecido, vou tratar dos temas conforme as normas de auditoria em vigor a partir de 2010, fazendo remissões às normas antigas, sempre que entender necessário. Os exercícios comentados são da ESAF, adaptados às novas normas. Além do meu banco de dados de questões, busco os exercícios em um site de questões de provas anteriores. Se algum de vocês quiser que eu comente alguma questão que não tiver sido vista na aula, é só enviar. Qualquer dúvida, email para [email protected] .

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AULA 06: Carta de Responsabilidade da

Administração: objetivo, conteúdo. Papéis de trabalho.

Princípios de Contabilidade.

SUMÁRIO PÁGINA

1. Representações Formais (Carta de Responsabilidade) 2

2. Documentação de Auditoria (Papéis de trabalho) 17

3. Princípios de Contabilidade 26

Lista das questões comentadas durante a aula 37

Referências bibliográficas 46

Olá, pessoal.

Antes de começar a aula de hoje, gostaria de deixar claro que todas as dúvidas que tenho recebido por email, de todos os cursos que estou

ministrando, estão sendo respondidas no menor prazo possível.

Digo isso porque o email é nosso canal de comunicação mais direto e efetivo, e se algum de vocês não entendeu algum item, ou não gostou da

aula, ou gostou, a forma de se expressar que vai trazer maior resultado

prático vai ser falando com o professor, claro. Estou à disposição.

Os assuntos “documentação de auditoria (papéis de trabalho)” e

“princípios de contabilidade” constaram do edital do último concurso da

Receita Federal, mas como nosso edital ainda não foi publicado, optei por

inclui-los, tendo em vista serem cobrados na maioria dos certames.

Como tem acontecido, vou tratar dos temas conforme as normas de

auditoria em vigor a partir de 2010, fazendo remissões às normas

antigas, sempre que entender necessário.

Os exercícios comentados são da ESAF, adaptados às novas normas.

Além do meu banco de dados de questões, busco os exercícios em um

site de questões de provas anteriores. Se algum de vocês quiser que eu

comente alguma questão que não tiver sido vista na aula, é só enviar.

Qualquer dúvida, email para [email protected].

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1. Representações formais (Carta de Responsabilidade

da Administração)

Representação formal é o documento que, conforme as normas antigas, era chamado de “Carta de responsabilidade”. A NBC T 11.17

(revogada) definia carta de responsabilidade como “documento que

deve ser emitido pelos administradores da entidade, cujas Demonstrações

Contábeis estão sendo auditadas”.

Ainda segundo as normas antigas, essa carta era endereçada ao

auditor independente, confirmando as informações e os dados a ele

fornecidos, assim como as bases de preparação, apresentação e divulgação das Demonstrações Contábeis.”

A Resolução CFC nº 1.227/09, que aprovou a NBC TA 580 –

Representações Formais -, define representações formais como “uma declaração escrita pela administração, fornecida ao auditor, para

confirmar certos assuntos ou suportar outra evidência de auditoria”,

e não mais prevê a existência da figura da carta de responsabilidade.

Importante ressltar que as representações formais não incluem as demonstrações contábeis, nem seus registros comprobatórios.

Quem elabora as representações formais é a própria administração,

para entregar ao auditor, a fim de que se possa confirmar assuntos de relevância. Lembrem-se de que a administração é responsável pela

elaboração e apresentação adequada das demonstrações contábeis,

em conformidade com a estrutura de relatório financeiro.

Além da administração, a norma prevê que, quando apropriado, os

responsáveis pela governança, na auditoria de demonstrações

contábeis, forneçam as representações formais ao auditor.

Não vamos nos aprofundar nos conceitos de governança (esse assunto é tratado nos cursos mais voltados à Auditoria Governamental), mas vamos

ver o conceito de “Responsáveis pela governança”, segundo a

Resolução CFC nº 1.209/09, que aprovou a NBC TA 260 – Comunicação

com os Responsáveis pela Governança:

“são as pessoas ou organizações com responsabilidade

pela supervisão geral da direção estratégica da entidade

e das obrigações relacionadas à responsabilidade da entidade. Isso inclui a supervisão geral do processo de relatórios

contábeis. Para algumas entidades em algumas

circunstâncias, os responsáveis pela governança podem

incluir pessoal da administração, por exemplo, membros

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executivos de um conselho de administração de uma entidade

do setor público ou privado, ou um sócio-diretor.” (grifei)

Na prática, os membros executivos do Conselho de Administração são

considerados responsáveis pela governança.

1.1 Objetivos do auditor

De acordo com a NBC TA 580, em relação às representações formais, são

objetivos do auditor:

- obter representações formais da administração, e quando apropriado,

dos responsáveis pela governança, de que eles cumpriram com suas

responsabilidades pela elaboração das demonstrações contábeis e pela integridade das informações fornecidas ao auditor;

- dar suporte a outras evidências de auditoria relevantes para as

demonstrações contábeis ou para afirmações específicas nas

demonstrações contábeis por meio de representações formais, se o auditor determinar que estas são necessárias ou se forem exigidas

por outras normas de auditoria;

- reagir apropriadamente às informações contidas nas representações formais fornecidas;

- reagir prontamente caso a administração não forneça as

representações solicitadas pelo auditor.

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1.2 Membros da administração aos quais são solicitadas

representações formais

O auditor deve solicitar representações formais dos membros da

administração com responsabilidades apropriadas pelas demonstrações

contábeis e conhecimento dos assuntos envolvidos.

Nesse sentido, são solicitadas representações formais dos

responsáveis pela elaboração e pela apresentação das

demonstrações contábeis.

Estas pessoas podem variar, dependendo da estrutura de governança da

entidade, mas a administração (e não os responsáveis pela governança)

é normalmente a parte responsável.

Podem, portanto, ser solicitadas representações formais do diretor

executivo e do diretor financeiro da entidade ou outras pessoas

equivalentes.

Em alguns casos, a administração pode decidir fazer indagações junto a outros que participam da elaboração e apresentação das demonstrações,

inclusive que possuam conhecimento especializado. Segundo a NBC TA

580, tais indivíduos podem incluir, por exemplo:

um atuário responsável por estimativas contábeis determinadas

de forma atuarial;

engenheiro da companhia que possa ter responsabilidade e

conhecimento sobre mensuração de passivos ambientais; departamento jurídico que possa fornecer informações

essenciais para provisões para ações judiciais.

Para reforçar a necessidade de que a administração faça representações

completas, o auditor pode solicitar que a administração inclua nas representações formais a confirmação de que realizou todas as

indagações que considerou apropriadas.

Mas atenção: a NBC TA 260 (comunicação com os responsáveis pela governança) exige que o auditor comunique aos responsáveis pela

governança as representações formais solicitadas da

Administração.

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O auditor deve comunicar aos responsáveis pela governança as

representações formais solicitadas da Administração.

1.3 Representações formais sobre a responsabilidade da

administração

A informação que deve constar da representação formal com esse

objetivo deve ser a de que a Administração cumpriu a sua

responsabilidade pela elaboração das demonstrações contábeis de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável.

Ainda que se tenha obtido, durante os trabalhos de auditoria, evidência

de que a administração cumpriu com essas responsabilidades, é

necessária a confirmação da administração de que ela acredita ter cumprido, já que o auditor não é capaz de julgar, apenas com base na

evidência de auditoria. É necessário que a administração afirme que

foram cumpridas.

Por exemplo, o auditor não poderia ter certeza de que a administração

forneceu ao auditor todas as informações, sem lhe perguntar e receber

confirmação de que tais informações foram fornecidas. Ou de que a

Administração entende que forneceu.

As representações formais exigidas com essa finalidade se valem do

reconhecimento e entendimento combinados com a administração quanto

às suas responsabilidades nos termos do trabalho de auditoria, solicitando a confirmação de que ela (administração) os cumpriu.

O auditor também pode pedir à administração que confirme o seu

conhecimento e entendimento dessas responsabilidades em

representações formais, particularmente quando, por exemplo: - os que assinaram os termos do trabalho de auditoria em nome da

entidade já não têm mais responsabilidades relevantes;

- há qualquer indicação de que a administração entendeu

erroneamente essas responsabilidades.

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Em resumo: o auditor deve solicitar à administração que forneça

representação formal no sentido de que:

1 - forneceu ao auditor todas as informações e permitiu os acessos

necessários conforme entendimentos nos termos do trabalho de auditoria;

2 - todas as transações foram registradas e estão refletidas nas

demonstrações contábeis.

Outra finalidade das representações formais é o suporte de

evidências de auditoria. Vamos tratar disso a seguir.

1.4 Representações formais como evidência de auditoria

Evidência de auditoria é a informação usada pelo auditor para chegar às conclusões nas quais se baseia o seu relatório de auditoria, segundo

a NBC TA 500 – Evidência de Auditoria.

O trabalho principal do auditor é aplicar os procedimentos de auditoria

necessários à obtenção de evidências, a fim de serem utilizadas como base para a emissão de sua opinião.

Se as representações formais são documentos que o auditor exige, por

entender como necessários à formação de sua opinião, então as respostas às indagações são evidências de auditoria. Assim,

podemos considerar as representações formais como evidências de

auditoria.

Podemos dizer que são importantes fontes de evidência, pois se a

administração não fornecê-las, o auditor pode entender o fato como

indício de que possam existir problemas que a administração está

tentando esconder.

Além disso, a solicitação de representações formais ao invés de verbais

pode levar a administração a considerar os assuntos com mais rigor e a

elaborar sua resposta com mais cuidado, aumentando com isso a

qualidade das informações apresentadas. Isso é normal: qual de nós não pensa mais ao responder um questionamento por escrito?.

Mas atenção para um alerta constante da própria NBC TA 580: as

representações formais, sozinhas, não fornecem evidência de auditoria apropriada (qualidade) e suficiente (quantidade) a respeito dos

assuntos por elas tratados.

Outro aspecto importante: o fato de a administração ter fornecido representações formais confiáveis não afeta a natureza ou extensão

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de outras evidências de auditoria que o auditor tenha obtido a respeito

da responsabilidade da administração ou de outras afirmações específicas.

1.5 Data e período abrangido pelas representações

Em relação à data das representações formais, houve uma mudança

substancial em relação às normas antigas. A NBC T-11.17 (revogada) previa que a carta de responsabilidade cujas Demonstrações Contábeis

estavam sendo auditadas tivesse a mesma data do parecer dos

auditores independentes.

De acordo com a NBC TA 580, a data das representações formais

deve ser tão próxima quanto praticável, mas não posterior à data

do relatório do auditor sobre as demonstrações contábeis, e que as

representações formais devem ser relativas a todas as demonstrações contábeis e períodos mencionados no relatório do auditor (lembrem-se de

que as novas normas não tratam mais de parecer, mas sim de relatório).

A data das representações formais deve ser tão próxima quanto

praticável, mas não posterior à data do relatório do auditor sobre as

demonstrações contábeis. Ou seja: obrigatoriamente, as representações não podem ser

posteriores à data do relatório do auditor.

O motivo da definição dessa data é que, como as representações formais são evidências de auditoria necessárias, a opinião do auditor não pode

ser expressa e o relatório não pode ser datado, antes da data das

representações formais.

Ou seja: obrigatoriamente, as representações não podem ser

posteriores à data do relatório do auditor.

Além disso, como o auditor está interessado em eventos que ocorram até a data do seu relatório e que possam exigir ajuste ou divulgação

nas demonstrações contábeis, as representações formais são datadas o

mais próximo possível da data do seu relatório sobre as demonstrações

contábeis, mas não após a data do relatório.

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Em algumas circunstâncias, pode ser apropriado que o auditor obtenha

representação formal durante a execução dos trabalhos de auditoria.

Nesse o caso, pode ser necessário solicitar uma representação formal atualizada.

As representações formais são referentes a todos os períodos

mencionados no relatório do auditor, porque a administração precisa reafirmar que as representações formais anteriores sobre períodos

anteriores continuam apropriadas.

Problema prático: podem surgir situações em que a administração não esteve presente durante todos os períodos mencionados no relatório do

auditor, e tais pessoas podem afirmar que não estão em posição de

fornecer algumas ou todas as representações formais porque não

estavam presentes durante o período.

Este fato não diminuiu a responsabilidade de tais pessoas pelas

demonstrações contábeis como um todo, e ainda assim se aplica a

exigência de que o auditor solicite delas representações formais que

abranjam todos os períodos apresentados e cobertos no seu relatório.

1.6 Dúvida quanto à confiabilidade das representações

Se o auditor tem preocupação a respeito da competência, integridade,

valores éticos ou diligência da administração, deve avaliar o efeito que

tais preocupações podem ter sobre a confiabilidade das

representações (verbais ou escritas) e da evidência de auditoria em geral.

Essas preocupações podem fazer o auditor concluir que o risco de

representação errônea da administração nas demonstrações contábeis é

tal que a auditoria não pode ser conduzida.

O auditor pode considerar retirar-se do trabalho, quando essa retirada

for possível, a menos que os responsáveis pela governança tenham

adotado medidas corretivas, que podem, todavia, não ser suficientes para possibilitar ao auditor a emissão de relatório de auditoria sem

modificações (opinião não modificada).

Em particular, se as representações formais forem incompatíveis com outras evidências de auditoria, o auditor deve executar

procedimentos de auditoria para tentar solucionar o assunto. Se o

assunto não for solucionado, o auditor deve reconsiderar a avaliação da

da administração, e deve determinar o efeito que isso pode ter sobre a confiabilidade das representações e da evidência de auditoria em geral.

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No caso de incompatibilidades identificadas entre uma ou mais

representações formais e a evidência de auditoria obtida de outra fonte, o auditor pode considerar que a avaliação dos riscos se tornou

inapropriada. Assim, deve rever a avaliação de riscos e determinar a

natureza, época e extensão de procedimentos adicionais de auditoria para

responder aos riscos avaliados.

Se o auditor concluir que as representações formais não são

confiáveis, deve tomar ações apropriadas, inclusive determinar o

possível efeito na sua opinião no relatório de auditoria.

1.7 representações solicitadas e não fornecidas

E se a administração não apresentar a representação formal exigida?

Se a administração não fornecer uma ou mais das representações

formais solicitadas, o auditor deve:

(a) discutir o assunto com a administração;

(b) reavaliar a integridade da administração e avaliar o efeito que

isso pode ter sobre a confiabilidade das representações (verbais ou

escritas) e da evidência de auditoria em geral; e

(c) tomar ações apropriadas, determinando o possível efeito sobre a sua opinião no relatório de auditoria.

Adicionalmente, de acordo com a NBC TA 580, o auditor deve abster-

se de emitir opinião no relatório sobre as demonstrações contábeis se:

(a) existir dúvida suficiente a respeito da integridade da

administração, de tal modo que as representações formais não sejam

confiáveis; ou (b) a administração não fornecer as representações formais

relacionadas às responsabilidades da administração.

Ou seja: a não apresentação de uma representação formal exigida leva

à emissão de uma opinião modificada no relatório do auditor independente, no caso, uma abstenção de opinião.

Isso porque, como já explicado, o auditor não é capaz de julgar apenas

com base em outras evidências de auditoria se a administração cumpriu com as responsabilidades. Portanto, o auditor não tem condição de obter

evidência de auditoria apropriada e suficiente nesse sentido. Os possíveis

efeitos sobre as demonstrações contábeis de tal limitação não se limitam

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a elementos, contas ou itens específicos das demonstrações contábeis e,

portanto, estão disseminados, o que levaria à abstenção de opinião.

1.8 Outras representações formais

Além da representação formal tratada até o momento, o auditor pode considerar necessário solicitar outras representações formais sobre as

demonstrações contábeis, que podem suplementar, mas não fazer parte

da representação formal principal.

Essas representações suplementares podem incluir representações, por

exemplo sobre se a seleção e aplicação das políticas contábeis são

apropriadas.

A seguir, apresentamos um exemplo de carta de representação,

incluindo representações formais, constante da NBC TA 580, para

vocês terem uma ideia de como são.

(Papel Timbrado da Entidade, no exemplo, Cia ABC)

(Data)

Destinatário (Nome do Auditor)

Esta carta de representação é fornecida em conexão com a sua auditoria das demonstrações contábeis da Companhia ABC para o ano findo em 31 de dezembro de 20XX(*) com o objetivo de expressar uma opinião se as demonstrações contábeis

foram apresentadas adequadamente, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Para fins de identificação, as demonstrações contábeis examinadas por V. Sas. apresentam os seguintes valores básicos: X1 R$ / X2 R$ Total do ativo Total das exigibilidades Patrimônio Líquido Lucro líquido do exercício findo em Confirmamos que (com base em nosso melhor entendimento e opinião, depois de feitas as indagações que consideramos necessárias para o fim de nos informarmos apropriadamente):

Demonstrações contábeis Cumprimos nossas responsabilidades como definidas nos termos do trabalho de auditoria datado de [inserir data], pela elaboração das demonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e, em particular, que as demonstrações contábeis foram apresentadas adequadamente em conformidade com

essas práticas.

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Os pressupostos significativos utilizados por nós ao fazermos as estimativas contábeis, inclusive aquelas avaliadas pelo valor justo, são razoáveis (NBC TA 540).

Os relacionamentos e transações com partes relacionadas foram apropriadamente contabilizados e divulgados em conformidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil (ver também NBC TA 550 – Partes Relacionadas).

Todos os eventos subseqüentes à data das demonstrações contábeis e para os quais as práticas contábeis adotadas no Brasil exigem ajuste ou divulgação foram ajustados ou divulgados (ver também NBC TA 560 – Eventos Subsequentes).

Os efeitos das distorções não corrigidas são irrelevantes, individual e agregadamente para as demonstrações contábeis como um todo. Uma lista das distorções não corrigidas está anexa a esta carta de representação (ver também NBC TA 450). [Quaisquer outros assuntos que o auditor possa considerar apropriados (ver item A11 desta Norma).]

Informações fornecidas Nós lhes fornecemos:

acesso a todas as informações das quais estamos cientes que são relevantes para a elaboração das demonstrações contábeis, tais como registros e documentação, e outros;

informações adicionais que V. Sas. nos solicitaram para o propósito da auditoria;

e acesso irrestrito a pessoas dentro da entidade das quais V. Sas. determinaram

necessário obter evidência de auditoria. Todas as transações foram registradas na contabilidade e estão refletidas nas demonstrações contábeis. Divulgamos a V. Sas. os resultados de nossa avaliação do risco de que as demonstrações contábeis possam ter distorção relevante como resultado de fraude (NBC TA 240). Divulgamos a V. Sas. todas as informações relativas à fraude ou suspeita de fraude de que temos conhecimento e que afetem a entidade e envolvam:

administração;

empregados com funções significativas no controle interno; ou outros em que a fraude poderia ter efeito relevante sobre as demonstrações

contábeis (NBC TA 240). Divulgamos a V. Sas. todas as informações relativas a alegações de fraude ou suspeita de fraude que afetem as demonstrações contábeis da entidade, comunicadas por empregados, antigos empregados, analistas, reguladores ou outros (NBC TA 240).

Divulgamos a V. Sas. todos os casos conhecidos de não conformidade ou suspeita de não conformidade com leis e regulamentos, cujos efeitos devem ser considerados na elaboração de demonstrações contábeis (NBC TA 250). Divulgamos aos senhores a identidade das partes relacionadas e todos os relacionamentos e transações com partes relacionadas das quais temos conhecimento (NBC TA 550).

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[Quaisquer outros assuntos que o auditor possa considerar necessário (ver item A13 desta Norma)].

Assinaturas (Presidente (ou principal executivo), Diretor Financeiro e Contador) (*) Adaptar no caso de incluir mais de um período.

EXERCÍCIOS COMENTADOS 1 (SRF/AFRF/2009/ESAF/adaptada) O auditor, ao realizar

auditoria na empresa Construção S.A., aplicou todos os

procedimentos de auditoria necessários ao trabalho, realizando os

trabalhos em conformidade com as normas de auditoria. Ao solicitar representação formal de que a Administração da empresa

cumpriu a sua responsabilidade pela elaboração das

demonstrações contábeis de acordo com a estrutura de relatório

financeiro aplicável, esta deve ser emitida em data A de encerramento das demonstrações contábeis.

B do término dos relatórios de revisão.

C da publicação das demonstrações contábeis.

D tão próxima quanto praticável, mas não posterior à data do

relatório do auditor. E em que o auditor finalizar os trabalhos em campo.

Resolução:

De acordo com a NBC TA 580, a data das representações formais deve ser tão próxima quanto praticável, mas não posterior à data do relatório

do auditor sobre as demonstrações contábeis.

Gabariato: alternativa D.

2 (SEFAZ-SP/APOFP/2009/ESAF/adaptada) Sempre que não

possa ter expectativa razoável quanto à existência de outra

evidência de auditoria pertinente, deve o auditor obter

declarações por escrito da administração, sobre os assuntos significativos para as Demonstrações Contábeis, por meio da(o)

chamada(o):

A Carta de Responsabilidade da Administração.

B Circularização dos Consultores Jurídicos.

C Termo de Diligência. D Representação Formal.

E Carta de Conforto.

Resolução:

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A Resolução CFC nº 1.227/09, que aprovou a NBC TA 580 –

Representações Formais -, define representações formais como “uma

declaração escrita pela administração, fornecida ao auditor, para confirmar certos assuntos ou suportar outra evidência de auditoria”, e não

mais prevê a existência da figura da carta de responsabilidade.

A título de conhecimento, segundo a NPA nº 12, do IBRACON (Instituto

dos Auditores Independentes do Brasil, antigo Instituto Brasileiro de Contadores), o objetivo da emissão, por parte do auditor independente,

de uma Carta de Conforto (alternativa E) é o de auxiliar o coordenador

da oferta envolvido com a emissão dos títulos e valores mobiliários, no

processo de investigação profissional de sua responsabilidade, relacionado ao documento de oferta ("documento de oferta").

Gabarito: alternativa D.

3 (SUSEP/Analista/2006/ESAF/adaptada) A ação a ser praticada pelo auditor, quando da recusa por parte da administração da

empresa auditada na apresentação de representações formais

relacionadas às responsabilidades da administração é

A abster-se de emitir opinião (abstenção de opinião).

B emitir parecer sem ressalva, desde que conste das notas explicativas.

C emitir um parecer com abstenção de opinião ou adverso.

D recusar os trabalhos, e não emitir nenhum parecer.

E emitir um parecer sem ressalva ou adverso.

Resolução:

De acordo com a NBC TA 580, o auditor deve abster-se de emitir

opinião no relatório sobre as demonstrações contábeis se: (a) existir dúvida suficiente a respeito da integridade da administração,

de tal modo que as representações formais não sejam confiáveis; ou

(b) a administração não fornecer as representações formais

relacionadas às responsabilidades da administração.

Gabarito: alternativa A.

4 (SEFAZ-MG/AFRE/2005/ESAF/adaptada) O não fornecimento,

pela administração da empresa auditada, das Representações

Formais exigidas ao auditor independente caracteriza A limitação de escopo.

B impossibilidade de auditoria.

C suspensão da auditoria.

D fraude em auditoria. E a renúncia ao trabalho.

Resolução:

Segundo a NBC T-11.17, em vigor à época da prova, a recusa da administração em fornecer parcial ou totalmente a carta de

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responsabilidade constitui-se numa limitação de escopo, e o auditor deve

expressar parecer com ressalva ou com abstenção de opinião, o que faria

com que a alternativa correta fosse a letra A. Pelas novas normas, ainda assim, haveria uma limitação no escopo, pois

o auditor ficaria impossibilitado, pela recusa da administração em fornecer

as representações formais solicitadas, de concluir pela confiabilidade das

evidências. Gabarito: alternativa A.

5 (SEFAZ-RN/AFTE/2005/ESAF/adaptada) O auditor, ao não

solicitar representações formais relativas às responsabilidades da administração à empresa auditada, não estaria atendendo

A ao conteúdo da documentação de auditoria.

B aos princípios contábeis brasileiros.

C ao processo de emissão de parecer adequado. D às demonstrações contábeis.

E aos procedimentos ligados aos testes de superavaliação.

Resolução:

Como as representações formais deverão fazer parte da documentação de auditoria (papéis de trabalho), podemos concluir que o auditor, ao não

solicitar carta de responsabilidade da administração à empresa auditada,

não estaria atendendo ao conteúdo dessa documentação.

Gabarito: alternativa A.

6 (SEFAZ-RN/AFTE/2005/ESAF/adaptada) A representação

formal da Administração deve ser emitida com data

A do encerramento das demonstrações contábeis. B em que for redigida e emitida pela administração.

C em que o auditor iniciou os trabalhos na entidade.

D tão próxima quanto praticável, mas não posterior à data do

relatório do auditor.

E da publicação das demonstrações contábeis.

Resolução:

De acordo com a NBC TA 580, a data das representações formais deve

ser tão próxima quanto praticável, mas não posterior à data do relatório do auditor sobre as demonstrações contábeis.

Gabarito: alternativa D.

7 (SRF/AFRF/2003/ESAF/adaptada) A representação formal deve ser emitida pelos administradores da empresa auditada e datada

com:

A a mesma data das demonstrações contábeis elaboradas pela

empresa.

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B a data em que a administração efetivamente emitir a carta e

assinar.

C com data tão próxima quanto praticável, mas não posterior à data do relatório do auditor.

D a mesma data da publicação das demonstrações contábeis nos

jornais.

E a data que a empresa de auditoria solicitar que seja emitida.

Resolução:

Mais uma questão com o mesmo pedido, que conforme vimos, estabelece

que a data das representações formais deve ser tão próxima quanto praticável, mas não posterior à data do relatório do auditor sobre as

demonstrações contábeis.

Gabarito: alternativa C.

A data das representações formais deve ser tão próxima quanto

praticável, mas não posterior à data do relatório do auditor sobre as demonstrações contábeis.

8 (SRF/AFRF/2003/ESAF/adaptada) Dos objetivos a seguir

relacionados, qual não corresponde aos objetivos do auditor na

obtenção da Representação Formal da Administração.

A Atender às normas contábeis geralmente aceitas.

B Obter evidência auditorial por escrito. C Delimitar as responsabilidades do auditor e da administração.

D Dar mais confiabilidade às informações verbais obtidas.

E Atender às normas de auditoria independente.

Resolução:

Dentre os objetivos do auditor na obtenção da Representação Formal da

Administração constam: obtenção de evidência de auditoria, delimitação

das responsabilidades da administração e do próprio auditor, oficializar informações obtidas verbalmente e atender às normas de auditoria.

A ESAF considerou a alternativa A como o gabarito da questão,

provavelmente, por considerar que a NBC T-11.17, e agora a NBC TA

580, como norma de Auditoria, e não como norma contábil, o que está

correto.

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Gabarito: alternativa A.

9 (INSS/AFPS/2002/ESAF/adaptada) A representação formal da administração em relação a suas responsabilidades deve ser

emitida com data

A tão próxima quanto praticável, mas não posterior à data do

relatório do auditor. B do balanço patrimonial.

C do relatório da administração.

D do relatório de controle interno.

E da publicação das demonstrações contábeis.

Resolução:

Questão já bastante debatida na presente aula. Por todo o exposto,

podemos concluir que a alternativa correta é a de letra A. Gabarito: alternativa A.

10 (SRF/AFRF/2002/ESAF/adaptada) Quando os dirigentes de

uma entidade recusarem confirmar uma determinada informação

nas representações formais referentes às responsabilidades da administração, ao auditor independente, este fato caracteriza:

A parecer com ressalva

B parágrafo de ênfase no parecer

C parecer sem ressalva D abstenção de opinião

E falha de controle interno

Resolução: Como a questão é atiga, fiz adaptações adicionais. De acordo com a NBC

TA 580, o auditor deve abster-se de emitir opinião no relatório sobre

as demonstrações contábeis se:

(a) existir dúvida suficiente a respeito da integridade da administração,

de tal modo que as representações formais não sejam confiáveis; ou (b) a administração não fornecer as representações formais

relacionadas às responsabilidades da administração.

Gabarito: alternativa D.

11 (SRF/AFRF/2002/ESAF/adaptada) Assinale a opção que não

se refere ao objetivo de obtenção, pelo auditor independente, de

representação formal da administração.

A Atendimento às normas de auditoria independente. B Delimitação de responsabilidade do auditor e da administração.

C Obtenção de evidências de auditoria por escrito.

D Esclarecimento de pontos não constantes nas demonstrações

contábeis. E Confirmação da exatidão e fidedignidade dos números.

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Resolução:

Questão bastante semelhante à questão nº 8. Como vimos na resolução daquela, dentre os objetivos do auditor na obtenção da Representação

Formal da Administração constam: obtenção de evidência de auditoria,

delimitação das responsabilidades da administração e do próprio auditor,

oficializar informações obtidas verbalmente e atender às normas de auditoria.

A confirmação da exatidão e fidedignidade dos números não é objetivo da

obtenção de representações formais por parte do auditor.

Gabarito: alternativa E.

2. Documentação de auditoria (Papéis de trabalho)

A Resolução CFC nº 1.206/09, que aprovou a NBC TA 230, trata da responsabilidade do auditor na elaboração da documentação de

auditoria para a auditoria das demonstrações contábeis.

Não trata do termo “papéis de trabalho”, embora o cite na definição de documentação de auditoria, da seguinte forma: “registro dos

procedimentos de auditoria executados, da evidência de auditoria

relevante obtida e conclusões alcançadas pelo auditor (usualmente

também é utilizada a expressão “papéis de trabalho) ”.

Ou seja: todas as atividades de um trabalho de auditoria devem ser

registradas por meio da documentação de auditoria (procedimentos,

evidências e conclusões).

Segundo a norma, a documentação de auditoria fornece:

(a) evidência da base do auditor para uma conclusão quanto ao

cumprimento do objetivo global do auditor (conforme NBC TA 200); e

(b) evidência de que a auditoria foi planejada e executada em

conformidade com as normas de auditoria e exigências legais e

regulamentares aplicáveis.

Além da finalidade principal da documentação de auditoria, podemos

relacionar várias finalidades adicionais, que incluem:

- assistir a equipe de trabalho no planejamento e execução da auditoria;

- assistir aos membros da equipe responsáveis pela direção,

supervisão e revisão, com vistas ao controle de qualidade da Auditoria;

- permitir responsabilização da equipe de trabalho;

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- manter registro de assuntos recorrentes para auditorias futuras;

- permitir a condução de inspeções externas.

A documentação de auditoria fornece:

(a) base para conclusão quanto ao cumprimento do objetivo global do

auditor; e

(b) evidência de que a auditoria foi planejada e executada em conformidade com as normas.

A elaboração tempestiva de documentação de auditoria suficiente

(em quantidade) e apropriada (em qualidade) aprimora a qualidade da auditoria e facilita a revisão e a avaliação eficazes da evidência e das

conclusões obtidas antes da finalização do relatório do auditor.

Atenção para a informação: a documentação elaborada após a

execução do trabalho de auditoria tende a ser menos precisa do que aquela elaborada no momento em que o trabalho é executado.

2.1 Objetivo do auditor

Em relação à documentação de auditoria, o objetivo do auditor é

preparar documentação que forneça:

a) registro suficiente e apropriado do embasamento do relatório

do auditor; e

b) evidências de que a auditoria foi planejada e executada em conformidade com as normas e as exigências legais e

regulamentares aplicáveis.

2.2 Forma, conteúdo e extensão da documentação de auditoria

O auditor deve preparar documentação de auditoria que seja suficiente para permitir que um auditor experiente, sem nenhum envolvimento

anterior com a auditoria, entenda:

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(a) a natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria

executados;

(b) os resultados dos procedimentos de auditoria executados e a

evidência de auditoria obtida; e

(c) assuntos significativos identificados durante a auditoria, as conclusões obtidas a respeito deles e os julgamentos profissionais

significativos exercidos para chegar a essas conclusões.

O auditor pode considerar útil preparar, como parte da documentação de auditoria, um resumo (conhecido também como memorando de

conclusão) que descreva os assuntos significativos identificados durante

a auditoria e como eles foram tratados.

O memorando de conclusão pode facilitar revisões e inspeções da

documentação de auditoria, particularmente nas auditorias mais

complexas, além de possibilitar suporte ao auditor na consideração dos

assuntos mais significativos.

A forma, o conteúdo e a extensão da documentação de auditoria

dependem de fatores como:

- tamanho e complexidade da entidade; - natureza dos procedimentos de auditoria a serem executados;

- riscos identificados de distorção relevante;

- importância da evidência de auditoria obtida;

- metodologia e as ferramentas de auditoria usadas.

Um fator importante na determinação da forma, conteúdo e extensão

da documentação de auditoria é a extensão do julgamento

profissional exercido na execução do trabalho e avaliação dos

resultados.

A documentação das decisões profissionais tomadas serve para

explicar as conclusões do auditor e reforçar a qualidade da decisão,

sendo de grande interesse para os responsáveis pela revisão da documentação, inclusive para os que conduzirem auditorias subsequentes

na empresa, quando forem rever assuntos recorrentes.

A documentação de auditoria pode ser registrada em papel, formato eletrônico ou outros. Exemplos de documentação de auditoria

incluem:

- programas de auditoria;

- análises; - memorandos de assuntos do trabalho;

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- resumos de assuntos significativos;

- cartas de confirmação e representação;

- listas de verificação; - correspondências (inclusive email) referentes a assuntos significativos.

O auditor pode incluir resumos ou cópias de registros da entidade (por

exemplo, contratos e acordos específicos) como parte da documentação de auditoria. Mas atenção: a documentação de auditoria não

substitui os registros contábeis da entidade.

O auditor não precisa incluir na documentação de auditoria versões superadas de papéis de trabalho e demonstrações contábeis, notas que

reflitam entendimento incompleto ou preliminar, e outros documentos que

não tem relevância para os trabalhos, ou que estejam desatualizados.

Vou fazer uma pergunta que pode parecer óbvia, mas que, numa questão

de concurso, poderia deixar muitos candidatos em dúvida:

- Explicações verbais podem suportar as conclusões obtidas?

De acordo com a NBC TA 580, explicações verbais do auditor não

representam documentação adequada para o trabalho executado pelo

auditor ou para as conclusões obtidas, mas podem ser usadas para

explicar ou esclarecer informações contidas na documentação de

auditoria.

Ao documentar a natureza, a época e a extensão dos procedimentos

de auditoria executados, o auditor deve registrar:

(a) itens ou assuntos testados;

(b) quem executou o trabalho e a data em que foi concluído; e

(c) quem revisou o trabalho e a data e extensão de tal revisão.

2.3 Montagem do arquivo final de auditoria

O auditor deve montar a documentação em arquivo de auditoria e

completar o processo após a data do relatório do auditor.

A NBC PA 01, que trata do controle de qualidade para Firmas (Pessoas

Jurídicas e Físicas) de Auditores Independentes, determina que um limite

de tempo apropriado para concluir a montagem do arquivo final de auditoria geralmente não ultrapassa 60 dias após a data do relatório do

auditor.

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A conclusão da montagem do arquivo final de auditoria após a data do

relatório do auditor é um processo administrativo que não envolve a

execução de novos procedimentos de auditoria nem novas conclusões.

Contudo, modificações podem ser feitas na documentação de auditoria

durante o processo final de montagem se essas forem de natureza administrativa. Por exemplo:

- apagar ou descartar documentação superada;

- selecionar, conferir e acrescentar referências aos documentos; - conferir itens das listas de verificação evidenciando ter cumprido os

passos relativos ao processo de montagem do arquivo;

- documentar evidência de auditoria que o auditor obteve, discutiu e com

a qual concordou junto à equipe, antes da data do relatório de auditoria.

Após a montagem do arquivo final de auditoria ter sido completada, o

auditor não apaga nem descarta documentação de auditoria de

qualquer natureza antes do fim do seu período de guarda dessa

documentação.

A NBC PA 01 estabelece que o período de retenção da documentação

de auditoria geralmente não é inferior a cinco anos a contar da data

do relatório do auditor.

O período de retenção da documentação de auditoria geralmente não

é inferior a cinco anos a contar da data do relatório do auditor.

Se o auditor julgar necessário modificar a documentação de auditoria

existente ou acrescentar nova documentação de auditoria após a

montagem do arquivo final de auditoria, deverá documentar:

(a) as razões específicas para a modificação; e

(b) quando e por quem foram executados e revisados.

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Por exemplo: necessidade de esclarecimento da documentação de

auditoria existente em resposta a comentários recebidos durante as

inspeções de monitoramento executadas por partes internas ou externas.

2.4 Assuntos surgidos após a data do relatório do auditor

São fatos que chegaram ao conhecimento do auditor após a data do seu

relatório, mas que existiam naquela data e que, se conhecidos na data,

poderiam ter causado correções nas demonstrações contábeis ou levado o

auditor a modificar o seu relatório.

As modificações resultantes na documentação de auditoria são revisadas

de acordo com as responsabilidades de revisão, e a responsabilidade

final pelas mudanças cabe ao sócio do trabalho.

EXERCÍCIOS COMENTADOS

12 (CVM/Analista/2010/ESAF) Na elaboração da documentação

de auditoria (Papéis de Trabalho), no que se refere à forma, ao

conteúdo e a extensão, o auditor deve levar em conta os seguintes fatores, exceto:

A importância da evidência de auditoria obtida.

B tamanho e complexidade da entidade auditada.

C riscos identificados de distorções relevantes nas demonstrações contábeis.

D natureza dos procedimentos de auditoria a serem executados.

E volume dos recursos das transações auditadas.

Resolução: Nesta questão, a ESAF já se baseou nas novas normas de auditoria,

tratando os papéis de trabalho como documentação de auditoria.

Como vimos na aula, de acordo com a NBC TA 230, a forma, o conteúdo e

a extensão da documentação de auditoria dependem de fatores como: - tamanho e complexidade da entidade;

- natureza dos procedimentos de auditoria a serem executados;

- riscos identificados de distorção relevante;

- importância da evidência de auditoria obtida; - metodologia e as ferramentas de auditoria usadas.

Ou seja, a única alternativa que não se relaciona com a norma é a de

letra E.

Gabarito: alternativa E.

13 (SEFAZ-SP/APOFP/2009/ESAF/adaptada) Composta pela

documentação preparada pelo auditor ou a ele fornecida na

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execução da auditoria, a documentação de auditoria (papéis de

trabalho) possui as seguintes características, exceto:

A sua disponibilização a terceiros é permitida, desde que formalmente autorizada pela entidade auditada.

B sua confidencialidade é dever permanente do auditor.

C apenas abrigam informações em papel, sendo vedadas as

evidências obtidas por meios eletrônicos. D devem ser mantidos sob a custódia do auditor por um prazo de

cinco anos, a partir da data de emissão do parecer.

E sua padronização não é obrigatória.

Resolução:

Como vimos, de acordo com a NBC TA 230, a documentação de auditoria

pode ser registrada em papel, formato eletrônico ou outros, cujos

exemplos incluem: - programas de auditoria;

- análises;

- memorandos de assuntos do trabalho;

- resumos de assuntos significativos;

- cartas de confirmação e representação; - listas de verificação;

- correspondências (inclusive email) referentes a assuntos significativos.

Gabarito: alternativa C.

14 (CGU/AFC/2006/ESAF) Segundo as Normas de Auditoria

Independente das Demonstrações Contábeis, o auditor deve

adotar procedimentos apropriados para manter a custódia da

documentação de auditoria (papéis de trabalho) A pelo prazo de cinco anos, a partir da data de emissão do seu

relatório.

B pelo prazo de três anos, a partir da data de emissão do seu

parecer.

C pelo prazo de cinco anos, a partir da data de finalização da auditoria.

D pelo prazo de três anos, a partir da data de finalização da

auditoria.

E pelo prazo de dois anos, a partir da data de finalização da auditoria.

Resolução:

A NBC PA 01, que trata do controle de qualidade para Firmas (Pessoas Jurídicas e Físicas) de Auditores Independentes, estabelece que o

período de retenção da documentação de auditoria geralmente não é

inferior a cinco anos a contar da data do relatório do auditor.

Gabarito: alternativa A.

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15 (CGU/AFC/2006/ESAF/adaptada) A documentação de

auditoria (papéis de trabalho) representa o conjunto de

documentos e apontamentos com informações e provas coligidas pelo auditor e que constituem a evidência do trabalho executado e

o fundamento de sua opinião. Indique, entre as seguintes

afirmativas, aquela que não se aplica à documentação de

auditoria. A Devem ser conservados em boa guarda pelo período de cinco

anos a partir da data da emissão do parecer a que serviram de

fundamento.

B Quando podem ser utilizados por mais de um período, são classificados como 'permanentes'.

C Arquivos mantidos em meios ópticos ou magnéticos não podem

ser classificados como papéis de trabalho.

D Devem conter informações relativas ao planejamento da auditoria.

E Podem ser padronizados ou não.

Resolução:

Questão semelhante à questão 13 acima. De acordo com a NBC TA 230, a documentação de auditoria pode ser registrada em papel, formato

eletrônico ou outros

Gabarito: alternativa C.

16 (SEFAZ-MG/AFRE/2005/ESAF/adaptada) O prazo normal para

guarda da documentação de auditoria (papéis de trabalho) pelo

auditor é:

A 5 anos da data da emissão do relatório de auditoria. B 6 anos da data da publicação do balanço pela empresa.

C 5 anos da data do encerramento das demonstrações auditadas.

D indeterminado, enquanto a empresa for cliente.

E aquele pelo qual a firma de auditoria for contratada.

Resolução:

Questão semelhante à de nº 14. A NBC PA 01, que trata do controle de

qualidade para Firmas (Pessoas Jurídicas e Físicas) de Auditores

Independentes, estabelece que o período de retenção da documentação de auditoria geralmente não é inferior a cinco anos a contar da data

do relatório do auditor.

Gabarito: alternativa A.

17 (STN/AFC/2002/ESAF/adaptada) Para fins de fiscalização do

exercício profissional, o auditor deve manter a boa guarda de toda

a documentação de auditoria pelo prazo de:

A três anos, a partir da data-base das demonstrações contábeis publicadas.

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B quatro anos, a partir da data de emissão do parecer de

auditoria.

C cinco anos, a partir da data de emissão do relatório do auditor independente.

D cinco anos, a partir da data-base das demonstrações contábeis.

E três anos, a partir da data de publicação das demonstrações

contábeis.

Resolução:

Outra questão sobre prazo de retenção da documentação de auditoria,

que, como vimos, não deve ser inferior a cinco anos a contar da data do relatório do auditor.

Gabarito: alternativa C.

18 (Pref. Natal/AFTM/2008/ESAF/adaptada) A empresa Documental S.A., tendo como objetivo manter um arquivo

completo sobre o seu processo de auditoria, exige do auditor que

forneça cópia de todos os seus arquivos eletrônicos e

documentação de auditoria elaborados durante a execução de

seus serviços. Pode-se afirmar que: A a referida solicitação é pertinente, uma vez que a empresa

também é responsável pela guarda e sigilo da documentação de

auditoria.

B a solicitação da empresa é indiferente, pois a documentação de auditoria é de acesso público, conforme determinado por

resolução da Comissão de Valores Mobiliários.

C é indevida a solicitação, visto que a guarda e sigilo da

documentação de auditoria são de responsabilidade do auditor. D é permitido à empresa solicitar a documentação de auditoria,

visto estar sujeita a questionamentos por parte dos acionistas ou

de terceiros.

E a solicitação é irregular, já que em nenhuma hipótese a

documentação de auditoria pode ser disponibilizada, seja para a empresa seja para qualquer usuário.

Resolução:

A documentação de auditoria não é propriedade da empresa, e sim do auditor, que pode disponibilizar cópias, a seu critério.

No caso apresentado na questão, a empresa auditada não pode exigir do

auditor o fornecimento da documentação de auditoria. Ainda que solicite,

a disponibilização somente será realizada se o auditor entender que não haverá prejuízo de qualquer ordem.

Assim, a única alternativa que atende ao pedido é a de letra C.

Gabarito: alternativa C.

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3. Princípios de Contabilidade

A Resolução CFC n.º 750/93, alterada pela Resolução CFC nº. 1.282/10 (que, dentre outras mudanças, alterou a denominação de

Princípios Fundamentais de Cotabilidade – PFC – para a nomenclatura

atual), relacionou os Princípios de Contabilidade (PC), estabelecendo

que sua observância é obrigatória no exercício da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de

Contabilidade (NBC).

Segundo a norma, na aplicação dos Princípios de Contabilidade devem ser

consideradas as situações concretas, sendo que a essência das transações deve prevalecer sobre seus aspectos formais.

3.1 Conceito e enumeração

Segundo o CFC, os Princípios de Contabilidade representam a essência

das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante

o entendimento predominante nos universos científico e profissional de nosso País. Concernem, pois, à Contabilidade no seu sentido mais amplo

de ciência social, cujo objeto é o patrimônio das entidades.

O Art. 3º da Resolução nº 750/93 estabelece os seguintes Princípios de

Contabilidade:

- o da ENTIDADE

- o da CONTINUIDADE;

- o da OPORTUNIDADE; - o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL;

- o da COMPETÊNCIA; e

- o da PRUDÊNCIA.

3.2 princípio da Entidade

O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da

diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios

existentes, independentemente de pertencer a pessoa, conjunto de

pessoas, sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com

ou sem fins lucrativos.

Assim, segundo este princípio, o Patrimônio não se confunde com

aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou

instituição.

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O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é

verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não

resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil.

3.3 princípio da Continuidade

O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em

operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos

componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância.

3.4 princípio da Oportunidade

O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e

apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações

íntegras e tempestivas.

A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por

isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a

confiabilidade da informação.

A falta de integridade e tempestividade pode ocasionar perda de sua

relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre

oportunidade e confiabilidade da informação.

3.5 princípio do Registro pelo Valor Original

O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados

pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional.

As seguintes bases de mensuração desses componentes devem ser utilizadas em graus distintos e combinadas, ao longo do tempo, de

diferentes formas:

I – Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo

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dos recursos que são entregues para adquiri-los na data da aquisição.

Os passivos são registrados pelos valores dos recursos que foram

recebidos em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais serão necessários

para liquidar o passivo no curso normal das operações; e

II – Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer

variações decorrentes dos seguintes fatores:

a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se

esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no

período das demonstrações contábeis. Os passivos são

reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na

data ou no período das demonstrações contábeis;

b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em

caixa ou equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela

venda em uma forma ordenada. Os passivos são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, não descontados, que se espera

seriam pagos para liquidar as correspondentes obrigações no curso

normal das operações da Entidade;

c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera

seja gerado pelo item no curso normal das operações da Entidade. Os

passivos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo

futuro de saída líquida de caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações da Entidade;

d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou

um passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em

uma transação sem favorecimentos; e

e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros

contábeis mediante o ajustamento da expressão formal dos valores dos

componentes patrimoniais.

São resultantes da adoção da atualização monetária:

I – a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor,

não representa unidade constante em termos do poder aquisitivo;

II – para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das

transações originais, é necessário atualizar em moeda nacional, a fim

de que permaneçam substantivamente corretos os valores dos componentes patrimoniais e, por consequência, o do Patrimônio Líquido;

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III – a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão

somente o ajustamento dos valores originais para determinada data,

mediante a aplicação de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado período.

3.6 princípio da Competência

O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e

outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem,

independentemente do recebimento ou pagamento.

Este princípio pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e

de despesas correlatas.

3.7 princípio da Prudência

O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os

componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das

mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

Este princípio pressupõe o emprego de certo grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas

condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam

superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados,

atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais.

EXERCÍCIOS COMENTADOS 19 (SUSEP/Analista/2010/ESAF) A legislação vigente sobre as

sociedades anônimas estabelece o que deve ser computado na

determinação do resultado do exercício. Diz a lei que devem ser

incluídas as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente de sua realização em moeda, bem como os

custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos,

correspondentes a essas receitas e rendimentos.

Ao analisar essa determinação, pode-se dizer que, com ela, a lei

está consagrando o princípio contábil A da Oportunidade.

B da Realização da Receita.

C da Prudência.

D da Igualdade Contábil.

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E da Competência.

Resoliução: O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e

outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem,

independentemente do recebimento ou pagamento.

Gabarito: alternativa E.

20 (MPOG/APO/2010/ESAF/adaptada) De acordo com a

Resolução 750/93, do Conselho Federal de Contabilidade, foram

aprovados os seguintes Princípios de Contabilidade: da Competência; da Prudência; do Denominador Comum Monetário;

do Custo como Base de Valor; da Realização da Receita; da

Entidade; e da Continuidade.

A afirmativa "a todo débito corresponde um crédito de igual valor" se refere ao princípio contábil

A da Prudência.

B da Competência.

C do Custo como Base de Valor.

D do Denominador Comum Monetário. E não se refere a nenhum princípio.

Resolução:

A afirmativa "a todo débito corresponde um crédito de igual valor" se refere ao princípio contábil não se refere a nenhum dos Princípios de

Contabilidade, mas sim ao Método de Partidas Dobradas (MPD).

Gabarito: alternativa E.

21 (SRF/AFRF/2009/ESAF/adaptada) O Conselho Federal de

Contabilidade, considerando que a evolução ocorrida na área da

Ciência Contábil reclamava a atualização substantiva e adjetiva de

seus princípios, editou, em 29 de dezembro de 1993, a Resolução

750, dispondo sobre eles. Sobre o assunto, abaixo estão escritas cinco frases. Assinale a opção que indica uma afirmativa falsa.

A A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no

exercício da profissão e constitui condição de legitimidade das

Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC ). B Os Princípios de Contabilidade, por representarem a essência

das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, a ela

dizem respeito no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo

objeto é o patrimônio das Entidades. C O Princípio da entidade reconhece o Patrimônio como objeto da

Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial e a

desnecessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no

universo dos patrimônios existentes.

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D O patrimônio pertence à entidade, mas a recíproca não é

verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios

autônomos não resulta em nova entidade, mas numa unidade de natureza econômico-contábil.

E São Princípios de Contabilidade: o da entidade; o da

continuidade; o da oportunidade; o do registro pelo valor original;

o da atualização monetária; o da competência e o da prudência.

Resolução:

Ao contrário da afirmação constante da alternativa C, o Princípio da

ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de

um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes,

independentemente de pertencer a pessoa, conjunto de pessoas,

sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos.

As demais alternativas não merecem reparos.

Gabarito: alternativa C.

22 (SEFAZ-SP/APOFP/2009/ESAF) Assinale abaixo a opção que contém uma afirmativa falsa.

A A Contabilidade é mantida para as Entidades; os sócios ou

quotistas destas não se confundem, para efeito contábil, com

aquelas. B Para a Contabilidade, a Entidade é um organismo vivo que irá

operar por período indeterminado de tempo até que surjam fortes

evidências em contrário.

C O custo de aquisição de um ativo ou dos insumos necessários para fabricá-lo e colocá-lo em condições de gerar benefícios para

a Entidade representa a base de valor para a Contabilidade.

D Os princípios fundamentais da Resolução CFC 750/93, apesar de

servirem como orientação precisa para os procedimentos

contábeis, não constituem condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade.

E Entre conjuntos alternativos de avaliação para o patrimônio,

igualmente válidos, segundo os princípios fundamentais, a

Contabilidade escolherá o que apresentar o menor valor atual para o ativo e o maior para as obrigações.

Resolução:

Ao contrário do descrito na alternativa D, os princípios da Resolução CFC 750/93, além de servirem como orientação precisa para os procedimentos

contábeis, constituem condição de legitimidade das Normas Brasileiras de

Contabilidade.

As demais alternativas não apresentam erro. Gabarito: alternativa D.

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23 (SEFAZ-CE/Analista Contábil/2007/ESAF) Assinale abaixo a

opção que contém a assertiva verdadeira. A Pelo princípio contábil da competência, são consideradas do

exercício social as despesas que nele forem pagas,

independentemente de seu vencimento, enquanto que para

receitas o que importa é o momento em que forem efetivamente realizadas.

B Pelo princípio contábil da prudência, quando houver dois valores

igualmente válidos e confiáveis, a contabilidade deverá considerar

o menor dos dois, se for do passivo, ou o maior dos dois, se for do ativo.

C O princípio contábil do custo como base de valor disciplina que

um bem adquirido deve ser incorporado ao ativo pelo seu preço de

aquisição, a menos que o valor tenha sido alterado já na época da compra.

D O princípio contábil da entidade está claramente definido no

conceito de patrimônio, quando se afirma que o objeto da

contabilidade é o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma

pessoa. E O critério de avaliação de bens pelo preço de custo ou de

mercado, dos dois o menor, está inteiramente de acordo com o

princípio contábil da Consistência.

Resolução:

A alternativa A está incorreta, pois contraria o princípio da competência,

que determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam

reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento.

A alternativa B está incorreta, pois o Princípio da PRUDÊNCIA determina a

adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para

os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente

válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

A alternativa C está incorreta, pois apresenta a definição do princípio do

Registro pelo Valor Original como sendo do custo como base de valor, que

não é um dos Princípios de Contabilidade. A alternativa D está correta, como vimos na aula, pois o Princípio da

ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma

a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um

Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes. A alternativa E está incorreta, pois o princípio da consistência não está

relacionado como Princípio de Contabilifdade.

Gabarito: alternativa D.

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24 (ANEEL/Analista Administrativo/2006/ESAF) João Aniceto

comprou um caminhão e, com muito esforço pessoal, pagou as

prestações até a quitação final. Ao adquirir quotas de capital do Mercadinho da Praça Limitada, Aniceto aceitou entregar o

caminhão para integralizá-las, mas combinou com os outros

sócios que queria usar o caminhão sempre que dele precisasse, já

que foi ele, João, quem o adquiriu da Chevrolet, comprando-o e pagando-o até a quitação. O desejo de João Aniceto não pode ser

atendido, porque o Mercadinho é uma sociedade empresária e tem

que observar os princípios fundamentais de contabilidade. A regra

que determina que o caminhão não é mais do João, mesmo que ele seja dono da empresa, é o princípio contábil da

A continuidade.

B competência.

C oportunidade. D prudência.

E entidade.

Resolução:

Segundo o princípio da entidade, o patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou

instituição.

Gabarito: alternativa E.

25 (SEFAZ-MG/AFRE/2005/ESAF) Assinale a opção que contém

afirmativa correta sobre princípios de contabilidade.

A Quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis, o

princípio da competência impõe a escolha da hipótese de que resulte menor patrimônio líquido.

B Diante de alternativas igualmente válidas, o princípio da

competência impõe a adoção do menor valor para o ativo e do

maior valor para o passivo.

C As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem, segundo afirma o

princípio da prudência.

D O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas correlatas

é consequência natural do respeito ao período em que ocorrer sua geração, mas não atende ao princípio da continuidade.

E O princípio da entidade reconhece o patrimônio como objeto da

contabilidade e afirma a autonomia patrimonial diferenciando o

patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes.

Resolução:

As alternativas A e B apresentam a definição de princípio da prudência

como se fosse da competência.

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A alternativa C apresenta a definição de princípio da competência como se

fosse da prudência.

A alternativa D misturou os conceitos de competência e continuidade. A alternativa E está correta, conforme a Resolução 750/93.

Gabarito: alternativa E.

26 (SEFAZ-MG/Gestor Fazendário/2005/ESAF) Cumprir ou observar o Princípio de Contabilidade da Prudência significa,

dentro de alternativas possíveis e válidas,

A demonstrar o menor ativo e o maior passivo.

B demonstrar o maior ativo e o menor passivo. C demonstrar sempre o patrimônio líquido real.

D obter o menor lucro possível.

E obter o maior lucro possível.

Resolução:

O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os

componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que

se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das

mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. Gabarito: alternativa A.

27 (STN/AFC/2005/ESAF/adaptada) Assinale a opção que contém

a afirmativa incorreta sobre princípios de contabilidade. A O princípio da competência estabelece diretrizes para

classificação das mutações patrimoniais resultantes da

observância do princípio da oportunidade.

B Observando-se o princípio do registro pelo valor original, o princípio da prudência somente se aplica às mutações posteriores,

constituindo-se ordenamento indispensável à correta aplicação do

princípio da competência.

C A observância do princípio da continuidade é indispensável à

correta aplicação do princípio da competência, pois se relaciona à quantificação dos componentes patrimoniais e à formação do

resultado, sendo importante para aferir a capacidade futura de

geração de resultado.

D Segundo o princípio da entidade o patrimônio a ela pertence, mas a recíproca não é verdadeira. A agregação contábil de

patrimônios resulta em nova entidade.

E A observância do princípio da continuidade influencia o valor

econômico dos ativos e, às vezes, o valor ou o vencimento dos passivos.

Resolução:

Conforme vimos na aula, o PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios

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autônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de

natureza econômico-contábil.

As demais alternativas não contem erros. Gabarito: alternativa D.

28 (IRB/Analista/2004/ESAF) Assinale a opção incorreta. Do

Princípio do Registro pelo Valor Original resulta: A a avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com

base nos valores de entrada, considerando- se como tais os

resultantes do consenso com os agentes externos ou da imposição

destes. B uma vez integrados no patrimônio, o bem, direito ou obrigação

não poderão ter alterados seus valores intrínsecos, admitindo-se,

tão-somente, sua decomposição em elementos e/ou sua

agregação, parcial ou integral, a outros elementos patrimoniais. C o valor original será mantido enquanto o componente

permanecer como parte do patrimônio, inclusive quando da saída

deste.

D a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor,

não representa unidade constante em termos do poder aquisitivo. E o uso da moeda do País na tradução do valor dos componentes

patrimoniais constitui imperativo de homogeneização quantitativa

dos mesmos.

Resolução:

São resultantes da adoção da atualização monetária, incluído no

princípio do Registro pelo Valor Original:

I – a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não representa unidade constante em termos do poder aquisitivo;

II – para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das

transações originais, é necessário atualizar sua expressão formal em

moeda nacional, a fim de que permaneçam substantivamente corretos os

valores dos componentes patrimoniais e, por consequência, o do Patrimônio Líquido; e

III – a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão

somente o ajustamento dos valores originais para determinada data,

mediante a aplicação de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado período.

Gabarito: alternativa D.

29 (SRF/AFRF/2003/ESAF) Quando o Contador registra, no fim do exercício, uma variação cambial para atualizar a dívida em moeda

estrangeira; quando faz provisão para crédito de liquidação

duvidosa; ou quando faz um lançamento de ajuste do estoque ao

preço de mercado está apenas: A cumprindo a sua obrigação profissional.

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B executando o regime contábil de competência.

C cumprindo o princípio fundamental da prudência.

D satisfazendo o princípio fundamental da entidade. E seguindo a convenção do conservadorismo.

Resolução:

O princípio da prudência pressupõe o emprego de certo grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em

certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não

sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam

subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais.

Assim, quando o contador toma as medidas apresentadas na questão,

está tendo precaução no exercício dos julgamentos necessários às

estimativas em condições de incerteza. Gabarito: alternativa C.

Pessoal, terminamos nossa aula 6. Gostaria de concluir com uma última

informação: a inobservância dos Princípios de Contabilidade constitui infração ao Decreto-Lei n.º 9.295, de 27 de maio de 1946, que

criou o CFC, e sujeita os infratores a penalidades ético-disciplinares

aplicáveis por infração ao exercício legal da profissão e, quando aplicável,

ao Código de Ética Profissional do Contabilista.

Qualquer dúvida, estou à disposição.

Abraço.

Claudenir

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QUESTÕES COMENTADAS NA AULA

1 (SRF/AFRF/2009/ESAF/adaptada) O auditor, ao realizar auditoria na empresa Construção S.A., aplicou todos os procedimentos de auditoria

necessários ao trabalho, realizando os trabalhos em conformidade com as

normas de auditoria. Ao solicitar representação formal de que a

Administração da empresa cumpriu a sua responsabilidade pela elaboração das demonstrações contábeis de acordo com a estrutura de

relatório financeiro aplicável, esta deve ser emitida em data

A de encerramento das demonstrações contábeis.

B do término dos relatórios de revisão.

C da publicação das demonstrações contábeis. D tão próxima quanto praticável, mas não posterior à data do relatório do

auditor.

E em que o auditor finalizar os trabalhos em campo.

2 (SEFAZ-SP/APOFP/2009/ESAF/adaptada) Sempre que não possa ter

expectativa razoável quanto à existência de outra evidência de auditoria

pertinente, deve o auditor obter declarações por escrito da administração,

sobre os assuntos significativos para as Demonstrações Contábeis, por meio da(o) chamada(o):

A Carta de Responsabilidade da Administração.

B Circularização dos Consultores Jurídicos.

C Termo de Diligência.

D Representação Formal. E Carta de Conforto.

3 (SUSEP/Analista/2006/ESAF/adaptada) A ação a ser praticada pelo

auditor, quando da recusa por parte da administração da empresa auditada na apresentação de representações formais relacionadas às

responsabilidades da administração é

A abster-se de emitir opinião (abstenção de opinião).

B emitir parecer sem ressalva, desde que conste das notas explicativas. C emitir um parecer com abstenção de opinião ou adverso.

D recusar os trabalhos, e não emitir nenhum parecer.

E emitir um parecer sem ressalva ou adverso.

4 (SEFAZ-MG/AFRE/2005/ESAF/adaptada) O não fornecimento, pela

administração da empresa auditada, das Representações Formais exigidas

ao auditor independente caracteriza

A limitação de escopo.

B impossibilidade de auditoria. C suspensão da auditoria.

D fraude em auditoria.

E a renúncia ao trabalho.

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5 (SEFAZ-RN/AFTE/2005/ESAF/adaptada) O auditor, ao não solicitar

representações formais relativas às responsabilidades da administração à

empresa auditada, não estaria atendendo A ao conteúdo da documentação de auditoria.

B aos princípios contábeis brasileiros.

C ao processo de emissão de parecer adequado.

D às demonstrações contábeis. E aos procedimentos ligados aos testes de superavaliação.

6 (SEFAZ-RN/AFTE/2005/ESAF/adaptada) A representação formal da

Administração deve ser emitida com data A do encerramento das demonstrações contábeis.

B em que for redigida e emitida pela administração.

C em que o auditor iniciou os trabalhos na entidade.

D tão próxima quanto praticável, mas não posterior à data do relatório do auditor.

E da publicação das demonstrações contábeis.

7 (SRF/AFRF/2003/ESAF/adaptada) A representação formal deve ser

emitida pelos administradores da empresa auditada e datada com: A a mesma data das demonstrações contábeis elaboradas pela empresa.

B a data em que a administração efetivamente emitir a carta e assinar.

C com data tão próxima quanto praticável, mas não posterior à data do

relatório do auditor. D a mesma data da publicação das demonstrações contábeis nos jornais.

E a data que a empresa de auditoria solicitar que seja emitida.

8 (SRF/AFRF/2003/ESAF/adaptada) Dos objetivos a seguir relacionados, qual não corresponde aos objetivos do auditor na obtenção da

Representação Formal da Administração.

A Atender às normas contábeis geralmente aceitas.

B Obter evidência auditorial por escrito.

C Delimitar as responsabilidades do auditor e da administração. D Dar mais confiabilidade às informações verbais obtidas.

E Atender às normas de auditoria independente.

9 (INSS/AFPS/2002/ESAF/adaptada) A representação formal da administração em relação a suas responsabilidades deve ser emitida com

data

A tão próxima quanto praticável, mas não posterior à data do relatório do

auditor. B do balanço patrimonial.

C do relatório da administração.

D do relatório de controle interno.

E da publicação das demonstrações contábeis.

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10 (SRF/AFRF/2002/ESAF/adaptada) Quando os dirigentes de uma

entidade recusarem confirmar uma determinada informação nas

representações formais referentes às responsabilidades da administração, ao auditor independente, este fato caracteriza:

A parecer com ressalva

B parágrafo de ênfase no parecer

C parecer sem ressalva D abstenção de opinião

E falha de controle interno

11 (SRF/AFRF/2002/ESAF/adaptada) Assinale a opção que não se refere ao objetivo de obtenção, pelo auditor independente, de representação

formal da administração.

A Atendimento às normas de auditoria independente.

B Delimitação de responsabilidade do auditor e da administração. C Obtenção de evidências de auditoria por escrito.

D Esclarecimento de pontos não constantes nas demonstrações contábeis.

E Confirmação da exatidão e fidedignidade dos números.

12 (CVM/Analista/2010/ESAF) Na elaboração da documentação de auditoria (Papéis de Trabalho), no que se refere à forma, ao conteúdo e a

extensão, o auditor deve levar em conta os seguintes fatores, exceto:

A importância da evidência de auditoria obtida.

B tamanho e complexidade da entidade auditada. C riscos identificados de distorções relevantes nas demonstrações

contábeis.

D natureza dos procedimentos de auditoria a serem executados.

E volume dos recursos das transações auditadas.

13 (SEFAZ-SP/APOFP/2009/ESAF/adaptada) Composta pela

documentação preparada pelo auditor ou a ele fornecida na execução da

auditoria, a documentação de auditoria (papéis de trabalho) possui as

seguintes características, exceto: A sua disponibilização a terceiros é permitida, desde que formalmente

autorizada pela entidade auditada.

B sua confidencialidade é dever permanente do auditor.

C apenas abrigam informações em papel, sendo vedadas as evidências obtidas por meios eletrônicos.

D devem ser mantidos sob a custódia do auditor por um prazo de cinco

anos, a partir da data de emissão do parecer.

E sua padronização não é obrigatória.

14 (CGU/AFC/2006/ESAF) Segundo as Normas de Auditoria Independente

das Demonstrações Contábeis, o auditor deve adotar procedimentos

apropriados para manter a custódia da documentação de auditoria (papéis de trabalho)

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A pelo prazo de cinco anos, a partir da data de emissão do seu relatório.

B pelo prazo de três anos, a partir da data de emissão do seu parecer.

C pelo prazo de cinco anos, a partir da data de finalização da auditoria. D pelo prazo de três anos, a partir da data de finalização da auditoria.

E pelo prazo de dois anos, a partir da data de finalização da auditoria.

15 (CGU/AFC/2006/ESAF/adaptada) A documentação de auditoria (papéis de trabalho) representa o conjunto de documentos e apontamentos com

informações e provas coligidas pelo auditor e que constituem a evidência

do trabalho executado e o fundamento de sua opinião. Indique, entre as

seguintes afirmativas, aquela que não se aplica à documentação de auditoria.

A Devem ser conservados em boa guarda pelo período de cinco anos a

partir da data da emissão do parecer a que serviram de fundamento.

B Quando podem ser utilizados por mais de um período, são classificados como 'permanentes'.

C Arquivos mantidos em meios ópticos ou magnéticos não podem ser

classificados como papéis de trabalho.

D Devem conter informações relativas ao planejamento da auditoria.

E Podem ser padronizados ou não.

16 (SEFAZ-MG/AFRE/2005/ESAF/adaptada) O prazo normal para guarda

da documentação de auditoria (papéis de trabalho) pelo auditor é:

A 5 anos da data da emissão do relatório de auditoria. B 6 anos da data da publicação do balanço pela empresa.

C 5 anos da data do encerramento das demonstrações auditadas.

D indeterminado, enquanto a empresa for cliente.

E aquele pelo qual a firma de auditoria for contratada.

17 (STN/AFC/2002/ESAF/adaptada) Para fins de fiscalização do exercício

profissional, o auditor deve manter a boa guarda de toda a documentação

de auditoria pelo prazo de:

A três anos, a partir da data-base das demonstrações contábeis publicadas.

B quatro anos, a partir da data de emissão do parecer de auditoria.

C cinco anos, a partir da data de emissão do relatório do auditor

independente. D cinco anos, a partir da data-base das demonstrações contábeis.

E três anos, a partir da data de publicação das demonstrações contábeis.

18 (Pref. Natal/AFTM/2008/ESAF/adaptada) A empresa Documental S.A., tendo como objetivo manter um arquivo completo sobre o seu processo

de auditoria, exige do auditor que forneça cópia de todos os seus arquivos

eletrônicos e documentação de auditoria elaborados durante a execução

de seus serviços. Pode-se afirmar que:

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A a referida solicitação é pertinente, uma vez que a empresa também é

responsável pela guarda e sigilo da documentação de auditoria.

B a solicitação da empresa é indiferente, pois a documentação de auditoria é de acesso público, conforme determinado por resolução da

Comissão de Valores Mobiliários.

C é indevida a solicitação, visto que a guarda e sigilo da documentação de

auditoria são de responsabilidade do auditor. D é permitido à empresa solicitar a documentação de auditoria, visto

estar sujeita a questionamentos por parte dos acionistas ou de terceiros.

E a solicitação é irregular, já que em nenhuma hipótese a documentação

de auditoria pode ser disponibilizada, seja para a empresa seja para qualquer usuário.

19 (SUSEP/Analista/2010/ESAF) A legislação vigente sobre as sociedades

anônimas estabelece o que deve ser computado na determinação do resultado do exercício. Diz a lei que devem ser incluídas as receitas e os

rendimentos ganhos no período, independentemente de sua realização

em moeda, bem como os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou

incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos.

Ao analisar essa determinação, pode-se dizer que, com ela, a lei está consagrando o princípio contábil

A da Oportunidade.

B da Realização da Receita.

C da Prudência. D da Igualdade Contábil.

E da Competência.

20 (MPOG/APO/2010/ESAF/adaptada) De acordo com a Resolução 750/93, do Conselho Federal de Contabilidade, foram aprovados os

seguintes Princípios de Contabilidade: da Competência; da Prudência; do

Denominador Comum Monetário; do Custo como Base de Valor; da

Realização da Receita; da Entidade; e da Continuidade.

A afirmativa "a todo débito corresponde um crédito de igual valor" se refere ao princípio contábil

A da Prudência.

B da Competência.

C do Custo como Base de Valor. D do Denominador Comum Monetário.

E não se refere a nenhum princípio.

21 (SRF/AFRF/2009/ESAF/adaptada) O Conselho Federal de Contabilidade, considerando que a evolução ocorrida na área da Ciência

Contábil reclamava a atualização substantiva e adjetiva de seus

princípios, editou, em 29 de dezembro de 1993, a Resolução 750,

dispondo sobre eles. Sobre o assunto, abaixo estão escritas cinco frases. Assinale a opção que indica uma afirmativa falsa.

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A A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício

da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras

de Contabilidade ( NBC ). B Os Princípios de Contabilidade, por representarem a essência das

doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, a ela dizem

respeito no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o

patrimônio das Entidades. C O Princípio da entidade reconhece o Patrimônio como objeto da

Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial e a desnecessidade da

diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios

existentes. D O patrimônio pertence à entidade, mas a recíproca não é verdadeira. A

soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em

nova entidade, mas numa unidade de natureza econômico-contábil.

E São Princípios de Contabilidade: o da entidade; o da continuidade; o da oportunidade; o do registro pelo valor original; o da atualização

monetária; o da competência e o da prudência.

22 (SEFAZ-SP/APOFP/2009/ESAF) Assinale abaixo a opção que contém

uma afirmativa falsa. A A Contabilidade é mantida para as Entidades; os sócios ou quotistas

destas não se confundem, para efeito contábil, com aquelas.

B Para a Contabilidade, a Entidade é um organismo vivo que irá operar

por período indeterminado de tempo até que surjam fortes evidências em contrário.

C O custo de aquisição de um ativo ou dos insumos necessários para

fabricá-lo e colocá-lo em condições de gerar benefícios para a Entidade

representa a base de valor para a Contabilidade. D Os princípios fundamentais da Resolução CFC 750/93, apesar de

servirem como orientação precisa para os procedimentos contábeis, não

constituem condição de legitimidade das Normas Brasileiras de

Contabilidade.

E Entre conjuntos alternativos de avaliação para o patrimônio, igualmente válidos, segundo os princípios fundamentais, a Contabilidade escolherá o

que apresentar o menor valor atual para o ativo e o maior para as

obrigações.

23 (SAFEZ-CE/Analista Contábil/2007/ESAF) Assinale abaixo a opção que

contém a assertiva verdadeira.

A Pelo princípio contábil da competência, são consideradas do exercício

social as despesas que nele forem pagas, independentemente de seu vencimento, enquanto que para receitas o que importa é o momento em

que forem efetivamente realizadas.

B Pelo princípio contábil da prudência, quando houver dois valores

igualmente válidos e confiáveis, a contabilidade deverá considerar o menor dos dois, se for do passivo, ou o maior dos dois, se for do ativo.

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C O princípio contábil do custo como base de valor disciplina que um bem

adquirido deve ser incorporado ao ativo pelo seu preço de aquisição, a

menos que o valor tenha sido alterado já na época da compra. D O princípio contábil da entidade está claramente definido no conceito de

patrimônio, quando se afirma que o objeto da contabilidade é o conjunto

de bens, direitos e obrigações de uma pessoa.

E O critério de avaliação de bens pelo preço de custo ou de mercado, dos dois o menor, está inteiramente de acordo com o princípio contábil da

Consistência.

24 (ANEEL/Analista Administrativo/2006/ESAF) João Aniceto comprou um caminhão e, com muito esforço pessoal, pagou as prestações até a

quitação final. Ao adquirir quotas de capital do Mercadinho da Praça

Limitada, Aniceto aceitou entregar o caminhão para integralizá-las, mas

combinou com os outros sócios que queria usar o caminhão sempre que dele precisasse, já que foi ele, João, quem o adquiriu da Chevrolet,

comprando-o e pagando-o até a quitação. O desejo de João Aniceto não

pode ser atendido, porque o Mercadinho é uma sociedade empresária e

tem que observar os princípios fundamentais de contabilidade. A regra

que determina que o caminhão não é mais do João, mesmo que ele seja dono da empresa, é o princípio contábil da

A continuidade.

B competência.

C oportunidade. D prudência.

E entidade.

25 (SEFAZ-MG/AFRE/2005/ESAF) Assinale a opção que contém afirmativa correta sobre princípios de contabilidade.

A Quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis, o princípio da

competência impõe a escolha da hipótese de que resulte menor

patrimônio líquido.

B Diante de alternativas igualmente válidas, o princípio da competência impõe a adoção do menor valor para o ativo e do maior valor para o

passivo.

C As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado

do período em que ocorrerem, segundo afirma o princípio da prudência. D O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas correlatas é

consequência natural do respeito ao período em que ocorrer sua geração,

mas não atende ao princípio da continuidade.

E O princípio da entidade reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade e afirma a autonomia patrimonial diferenciando o

patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes.

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26 (SEFAZ-MG/Gestor Fazendário/2005/ESAF) Cumprir ou observar o

Princípio de Contabilidade da Prudência significa, dentro de alternativas

possíveis e válidas, A demonstrar o menor ativo e o maior passivo.

B demonstrar o maior ativo e o menor passivo.

C demonstrar sempre o patrimônio líquido real.

D obter o menor lucro possível. E obter o maior lucro possível.

27 (STN/AFC/2005/ESAF/adaptada) Assinale a opção que contém a

afirmativa incorreta sobre princípios de contabilidade. A O princípio da competência estabelece diretrizes para classificação das

mutações patrimoniais resultantes da observância do princípio da

oportunidade.

B Observando-se o princípio do registro pelo valor original, o princípio da prudência somente se aplica às mutações posteriores, constituindo-se

ordenamento indispensável à correta aplicação do princípio da

competência.

C A observância do princípio da continuidade é indispensável à correta

aplicação do princípio da competência, pois se relaciona à quantificação dos componentes patrimoniais e à formação do resultado, sendo

importante para aferir a capacidade futura de geração de resultado.

D Segundo o princípio da entidade o patrimônio a ela pertence, mas a

recíproca não é verdadeira. A agregação contábil de patrimônios resulta em nova entidade.

E A observância do princípio da continuidade influencia o valor econômico

dos ativos e, às vezes, o valor ou o vencimento dos passivos.

28 (IRB/Analista/2004/ESAF) Assinale a opção incorreta. Do Princípio do

Registro pelo Valor Original resulta:

A a avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos

valores de entrada, considerando- se como tais os resultantes do

consenso com os agentes externos ou da imposição destes. B uma vez integrados no patrimônio, o bem, direito ou obrigação não

poderão ter alterados seus valores intrínsecos, admitindo-se, tão-

somente, sua decomposição em elementos e/ou sua agregação, parcial ou

integral, a outros elementos patrimoniais. C o valor original será mantido enquanto o componente permanecer como

parte do patrimônio, inclusive quando da saída deste.

D a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não

representa unidade constante em termos do poder aquisitivo. E o uso da moeda do País na tradução do valor dos componentes

patrimoniais constitui imperativo de homogeneização quantitativa dos

mesmos.

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29 (SRF/AFRF/2003/ESAF) Quando o Contador registra, no fim do

exercício, uma variação cambial para atualizar a dívida em moeda

estrangeira; quando faz provisão para crédito de liquidação duvidosa; ou quando faz um lançamento de ajuste do estoque ao preço de mercado

está apenas:

A cumprindo a sua obrigação profissional.

B executando o regime contábil de competência. C cumprindo o princípio fundamental da prudência.

D satisfazendo o princípio fundamental da entidade.

E seguindo a convenção do conservadorismo.

Gabarito:

1 – D 2 – D

3 – A

4 – A

5 – A 6 – D

7 – C

8 – A

9 – A 10 – D

11 – E 12 – E

13 – C

14 – A

15 – C 16 – A

17 – C

18 – C

19 – E 20 – E

21 – C 22 – D

23 – D

24 – E

25 – E 26 – A

27 – D

28 – D

29 – C

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Referências utilizadas na elaboração das aulas

(Atualizado até a presente aula)

ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

ANDRADE, Adriana e ROSSETTI, José Paschoal. Governança corporativa:

fundamentos, desenvolvimento e tendências. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2011.

ARAGÃO, Marcelo. Auditoria CESPE – questões comentadas e organizadas

por assunto. 1. ed. Rio de janeiro: Método, 2010.

ATTIE, William. Auditoria: conceitos e aplicações. 5. ed. São Paulo: Atlas,

2010.

________. Auditoria Interna. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

BORGERTH, Vânia Maria da Costa. SOX: entendendo a lei sarbanes-oxley.

1. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2007.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988.

Disponível em:<http://www.planalto.gov.br>.

BRASIL. Lei n. 8.443, de 16 de julho de 1992. Dispõe sobre a Lei Orgânica do Tribunal de Contas da União e dá outras providências.

Disponível em:<http://www.planalto.gov.br>.

CASTRO, Domingos Poubel de. Auditoria e controle interno na administração pública. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

CASTRO, Róbison Gonçalves de e LIMA. Diana Vaz de. Fundamentos da

auditoria governamental e empresarial. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

CHAVES, Renato Santos. Auditoria e controladoria no setor público:

fortalecimento dos controles internos. 1. ed. Curitiba: Juruá, 2011.

COIMBRA, Marcelo de Aguiar e MANZI, Vanessa Alessi (Org.), Manual de compliance – preservando a boa governança e a integridade das

organizações. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO. Instrução Normativa 01, de 06 de abril de 2001. Brasília, 2001.

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CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. NBC TA 200 – Objetivos Gerais

do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade

com Normas de Auditoria.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. NBC T-12 – Da Auditoria

Interna.

COSO. Gerenciamento de riscos corporativos – estrutura integrada, 2007.

CREPALDI, Sílvio Aparecido. Auditoria contábil: teoria e prática. 6. ed.

São Paulo: Atlas, 2010.

FISCH, Sílvio e MOSIMANN, Clara Pellegrinello. Controladoria: seu papel

na administração de empresas. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1999.

FRANCO, Hilário e MARRA, Ernesto. Auditoria contábil. 4. ed. São Paulo:

Atlas, 2011.

INSTITUTO CHIAVENATO (Org.). Auditoria e gestão de riscos. 1. ed. São

Paulo: Saraiva, 2009.

JUND, Sérgio. Auditoria: conceitos, normas, técnicas e procedimentos. 9.

ed. Rio de janeiro: Elsevier, 2007.

LIMA, Luiz Henrique. Controle externo. 1. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,

2007.

MACHADO, Marcus Vinícius Veras e PETER, Maria da Glória Arrais. Manual de auditoria governamental. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 30. ed. São

Paulo: Malheiros, 2005.

NASCIMENTO, Auster Moreira e REGINATO, Luciane (Org.). Controladoria:

um enfoque na eficácia organizacional. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

OLIVEIRA, Luís Martins de et al. Curso básico de auditoria. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

PINHO, Ruth Carvalho de Santana. Fundamentos de auditoria. 1. ed. São

Paulo: Atlas, 2007.

RIBEIRO, Juliana Moura e RIBEIRO, Osni Moura. Auditoria fácil. 1. ed. São

Paulo: Saraiva, 2012.

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Auditoria p/Receita Federal Teoria e exercícios comentados

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SLOMSKI, Valmor et al. Governança corporativa e governança na gestão

pública. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

SLOMSKI, Valmor. Controladoria e governança na gestão pública. 1. ed.

São Paulo: Atlas, 2005.

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. Portaria nº 280, de 08 de dezembro de 2010, alterada pela Portaria nº 168, de 30 de junho de 2011. Aprova as

Normas de Auditoria do Tribunal de Contas da União.

WANDERLEY, Carlos Alexandre Nascimento. Auditoria: teoria e questões. 1. ed. Rio de Janeiro: Ferreira, 2011.