aula 5 memória

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Profª Lígia Bou Karim Faculdades Alves de Faria Motivação e Aprendizagem MEMÓRIA (HUBNER & MOREIRA, 2012)

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Page 1: Aula 5 memória

Profª Lígia Bou Karim

Faculdades Alves de Faria

Motivação e Aprendizagem

MEMÓRIA

(HUBNER & MOREIRA,

2012)

Page 2: Aula 5 memória

Teste RAVLT

Rey Auditory Verbal Learning Test

Page 3: Aula 5 memória

Conceito: capacidade de armazenamento e de

resgate das vivências e experiências.

MEMÓRIA

A memória se aprimora ao longo da infância e

adolescência, se estabiliza ao longo da vida

adulta e passa a declinar ao longo do

envelhecimento.

Page 4: Aula 5 memória

TRÊS ESTÁGIOS DA MEMÓRIA

CODIFICAÇÃO ARMAZENAMENTO RECUPERAÇÃO

Colocar na

memóriaManter na

memória

Recuperar

da

memória

Page 5: Aula 5 memória

Codificação: Transformação de um estímulofísico em um tipo de código ou representaçãoaceita pela memória.

TRÊS ESTÁGIOS DA MEMÓRIA

Armazenamento: manter na memória o

conteúdo que foi codificado.

Recuperação: recuperar o conteúdo que uma vez

foi armazenado na memória .

Page 6: Aula 5 memória

Corresponde ao armazenamento de

informações de todo tipo que chegam até os

nossos sentidos. Podem ser estímulos

visuais, auditivos, tácteis, olfativos,

gustativos. Uma vez processadas, as

informações são transferidas para memória

de curto prazo. O traço de memória sensorial

permanecerá no sistema se receber atenção

e interpretação.

MEMÓRIA SENSORIAL

Page 7: Aula 5 memória

É um tipo de memória defina pela sua função.

Também é conhecida como memória operacional,

ela equivale a um sistema para a manutenção

temporária e a manipulação de informações

necessárias ao desempenho de uma série de

funções cognitivas.

MEMÓRIA DE TRABALHO

É aquela memória que usamos quando estamos

realizando alguma tarefa e que nos possibilita

acessar dados, conhecimentos e habilidades já

aprendidos.

Page 8: Aula 5 memória

É o estágio da memória em que a informação

reconhecida da memória sensorial e “entra”

na consciência.

MEMÓRIA DE CURTO PRAZO

Sistema de capacidade limitado.

Apta a estocar e também usar as

informações, permitindo a realização de

tarefas cognitivas diversas.

Page 9: Aula 5 memória

São habilidades ou informações que levam umlongo tempo para serem consolidadas , e quepermanecerão por mais tempo no repertório doorganismo.

MEMÓRIA DE LONGO PRAZO

É o estágio da memória em que a informação é

armazenada por um longo período (talvez

permanentemente) e cuja capacidade é

ilimitada.

Page 10: Aula 5 memória

MEMÓRIA DE LONGO PRAZO

Existem dois tipos de memória de longo prazo:

Memória Explícita (saber sobre);

Memória Implícita (saber como).

Experimento:

Dois grupos diferentes;

Eram apresentado a cada grupo uma lista de palavrasdiferentes: primeira lista – camisa, botão, carro ebarco; segunda lista – caneta, maça, uva e papel.

Definição da palavra manga.

Saber relatar o que fez – memória explícita.

Saber fazer o procedimento – memória implícita.

Page 11: Aula 5 memória

MEMÓRIA IMPLÍCITA E EXPLÍCITA

Memória Explícita: envolve recordação consciente

do passado.

Memória Implícita: recordação de habilidades e

aperfeiçoamento no desempenho de alguma

tarefa perceptiva, motora ou cognitiva, sem

recordação consciente das experiências que

levaram ao aperfeiçoamento.

Page 12: Aula 5 memória

MEMÓRIA

Maggie Meier entrou em coma em 2008, depois de uma

convulsão. A adolescente sofria de um tipo de meningite que

causa inchaço no cérebro e ficou adormecida por quase três

meses. Durante esse tempo, as enfermeiras a moviam a cada

duas ou três horas, para evitar o endurecimento dos membros.

De acordo com informações do jornal “Daily Mail”, a família de

Maggie deixou uma bola de basquete nas mãos da adolescente,

enquanto ela estava sentada em uma cadeira de rodas - mesmo

em coma - já que a jovem era uma entusiasta do esporte. Para a

surpresa de todos, os reflexos de Maggie retornaram e ela

começou a fazer arremessos com a bola.

Extra. Globo. Com (27/02/12).

Memória implícita

Page 13: Aula 5 memória

TEORIAS SOBRE O ESQUECIMENTO

Curvas do esquecimento: a

maior parte do

esquecimento do conteúdo

aprendido começa apenas

alguns instantes após a

aprendizagem e aumenta

de modo bastante

acentuado com a

passagem do tempo.

Estudo de Ebbinghaus – tentativa de explicar o

fenômeno do esquecimento. Sílabas sem sentido.

Page 14: Aula 5 memória

TEORIAS SOBRE O ESQUECIMENTO

Existem dois tipos de interferência:

Proativa;

Retroativa.

Fonte de esquecimento frequente é a interferência.

Interferência proativa: interferência das

aprendizagens antigas sobre as novas.

Interferência retroativa: interferência de novas

aprendizagens sobre as antigas.

Page 15: Aula 5 memória

ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS DA

MEMÓRIA

Amnésia anterógrada:

O indivíduo não consegue mais fixar elementos

mnêmicos a partir do evento que lhe causou o dano

cerebral.

Amnésia retrógrada:

O indivíduo perde a memória para fatos ocorridos

antes do início da doença (ou trauma).

Amnésia

retroanterógradas

Page 16: Aula 5 memória

Teste RAVLT – Fase 2

Rey Auditory Verbal Learning Test

Page 17: Aula 5 memória

TESTE RAVLT

Do A1 ao A5 tem uma curva de aprendizado.

A lista B1 é distratora – interferência.

A6 lista de memória imediata -> Memória de trabalho

ou curto prazo.

Testes que envolvem aprendizado, isto é, a repetida

exposição ao material a ser recordado, são mais

sensíveis para detectar prejuízos de memória do que

testes apresentados somente uma vez

Page 18: Aula 5 memória

0

2

4

6

8

10

12

14

16

A1 A2 A3 A4 A5 B1 A6 A7

Cliente

Média

Teste RAVLT TESTE RAVLT

Page 19: Aula 5 memória

TESTE RAVLT

Efeitos da posição serial na tarefa de recordação livre.

Page 20: Aula 5 memória

MEMÓRIA

Page 21: Aula 5 memória

VARIÁVEIS QUE CONTROLAM OS

COMPORTAMENTOS DE LEMBRAR E ESQUECER

Na presença de determinados estímulos, algumas

respostas tem maior probabilidade de serem

reforçadas. Quando essa relação entre estímulo e

resposta é reforçada, diz-se que ela é selecionada.

Por exemplo: ouvir a palavra “faculdade” é passívelde evocar uma série de lembranças: lembrar doprimeiro dia de aula, de um professor específico, oude uma paquera, de um amigo.

O mesmo não aconteceria ao ouvir a expressão:“granulomatose broncocêntrica”.

Page 22: Aula 5 memória

VARIÁVEIS QUE CONTROLAM OS

COMPORTAMENTOS DE LEMBRAR E ESQUECER

Por exemplo a palavras familiares são mas

facilmente relembradas que palavras estranhas, isso

ocorre porque elas têm maior probabilidade inicial de

evocar respostas devido à história anterior de

controle de estímulos já exercido por aquela palavra.

Processo de memória para Análise docomportamento é explicado a partir da compreensãodas relações de controle entre o estímulo e oambiente que são selecionados por meio dereforçamento.

Page 23: Aula 5 memória

VARIÁVEIS QUE CONTROLAM OS

COMPORTAMENTOS DE LEMBRAR E ESQUECER

Comportamentos de lembrar e esquecer podem ser

comportamentos analisados do ponto de vista de

estudo de eventos privados.

Comportamentos privados (ou encobertos) são

aqueles que estão sob controle de estímulos aos

quais apenas a pessoa que se comporta tem acesso.

O que acontece dentro do organismo no intervalo detempo que se dá entra a aprendizagem de umaresposta e a retomada desse comportamento podeestar sob controle de eventos não observadospublicamente.

Page 24: Aula 5 memória

MEMÓRIA E APRENDIZAGEM: APRENDER A

LEMBRAR

Aprendizagem pode ser definida como alteração

relativamente permanente no comportamento do

indivíduo resultante da experiência.

No nível fisiológico, pode-se dizer que a aprendizagem

produz alterações no nosso sistema nervoso devido à

ocorrência de determinadas experiências, e essas

alterações também pode ser denominadas memória.

Para análise do comportamento as experiências não

são armazenadas: elas mudam o modo de perceber,

executar comportamentos, pensar e planejar.

Page 25: Aula 5 memória

MEMÓRIA E APRENDIZAGEM: APRENDER A

LEMBRAR

Lembrar – resposta operante regida pelas mesmas

propriedades como qualquer outro operante.

Três diferentes momentos:

Aprendizagem inicial: onde ocorre o armazenamento deinformações;

Passagem do tempo;

Oportunidade de recordar – recuperar o materialarmazenado.

Por se tratar de um operante o lembrar pode ser

aprendido.

Page 26: Aula 5 memória

MEMÓRIA E APRENDIZAGEM: APRENDER A

LEMBRAR

Técnicas de repetição e técnicas mnemônicas

auxiliam o organismo na direção de lembrar-se

de eventos que ocorreram no passado.

Por exemplo: dar sentido a um conjunto de

letras isoladas, agrupando-as de modo a dar

valor semântico a elas.

Fórmulas de física.

Page 27: Aula 5 memória

MEMÓRIA E APRENDIZAGEM: APRENDER A

LEMBRAR

A capacidade de lembrar da sequência de letras após

o uso de uma determinada técnica mnemônica

depende da sua história de reforçamento.

Todos os indivíduos tem histórias muito mais

significativas com palavras familiares do que com

palavras desconhecidas.

O que é lembrado não é necessariamente o estímulo,

mas recordamos do controle que determinado

estímulo exerceu sobre uma resposta particular.

Page 28: Aula 5 memória

MEMÓRIA E APRENDIZAGEM: APRENDER A

LEMBRAR

A capacidade de lembrar da sequência de letras após

o uso de uma determinada técnica mnemônica

depende da sua história de reforçamento.

Todos os indivíduos tem histórias muito mais

significativas com palavras familiares do que com

palavras desconhecidas.

O que é lembrado não é necessariamente o estímulo,

mas recordamos do controle que determinado

estímulo exerceu sobre uma resposta particular.

Page 29: Aula 5 memória

MEMÓRIA E APRENDIZAGEM: APRENDER A

LEMBRAR

Quanto mais nos lembrarmos da nossa resposta ao

estímulo, maiores e mais chances teremos de nos

lembrar daqueles estímulos que controlaram repostas

de modo diferenciado.

Portanto não existe nenhuma probabilidade de

lembrar-se de um evento ou objeto na ausência total

de estímulos correlacionados com algumas

propriedades do estímulo ou evento a ser lembrado.

Alguma estimulação ambiental precisa estar

disponível e acessível para que as lembranças

surjam, mesmo que não tenhamos consciência da

presença desses estímulos.

Page 30: Aula 5 memória

MEMÓRIA E APRENDIZAGEM: APRENDER A

LEMBRAR

Aprender um conteúdo no mesmo ambiente no qual o

conteúdo será testado, teoricamente, aumenta a

probabilidade de que o conteúdo seja lembrado.

Quando se tenta lembrar a última vez em que um

determinado objeto perdido foi visto, procura-se

construir pistas para auxiliar o lembrar.

O conteúdo lembrado não é reprodução, mas sim uma

reconstrução do conteúdo armazenado.

Page 31: Aula 5 memória

DISTORÇÕES DA MEMÓRIA

Duas categorias de falhas:

Esquecimento

Distorção

Esquecimento:

Transitoriedade: esquecimento pela passagem do

tempo.

Desatenção: a informação talvez não tenha sido

codificada, não permitindo o armazenamento.

Bloqueio: impossibilidade temporária de lembrar-se

de algo já esquecido.

Page 32: Aula 5 memória

DISTORÇÕES DA MEMÓRIA

Distorções:

Má distribuição: atribuição de informações a fontes

erradas.

Sugestionabilidade: alteração de memória devido à

obtenção de dados enganosos sobre determinados

acontecimentos.

Viés: influencia de acontecimentos ocorridos no

momento presente sobre a memória de eventos

ocorridos no passado.

Page 33: Aula 5 memória

DISTORÇÕES DA MEMÓRIA

Experimento Loftus e Palmer

Apresentação da cena de um filme.

Questionário sobre o que os participantes

lembravam da cena.

Experimento Loftus e Palmer

Carros que bateram vs carros que se

arrebentaram.

Celeiro.