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20/03/2014 1 Agravos a Saúde de natureza ocupacional Raiva Vírus da Família Rhabdoviridae (gr. Rhabdo, bastão) Gênero Lyssavirus (Lyssa = raiva) Forma semelhante a um projétil Material genético: RNA Lyssavírus 1. Reservatório: Mamíferos: homem, animais domésticos e selvagens, especialmente os canídeos e os morcegos. 2. Distribuição geográfica: Tem ocorrência quase universal. Atualmente erradicada em algumas ilhas, como Japão, Reino Unido e Havaí. O único continente livre da doença é a Oceania. 4. Via de eliminação: Saliva Sangue 5. Porta de entrada: Via cutânea ou muco-cutânea a) mordeduras b) lambeduras de mucosa ou de pele com solução de continuidade a) arranhadura 5. Porta de entrada Via respiratória - cavernas com população de morcegos Via transplacentária A transmissão inter-humana de raiva: transplante de órgãos aleitamento materno Na Literatura: 8 casos de raiva humana devido a transplante de córnea. 1 relato de transmissão de raiva por via transplacentária. 2 casos de transmissão inter-humana através da saliva. 10 casos de transplantes de órgãos. 5. Ciclos de transmissão a) Ciclo urbano b) Ciclo rural c) Ciclo silvestre d) Ciclo aéreo

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Page 1: AULA 5 ES [Modo de Compatibilidade] › 2014 › 09 › ... · 2014-09-16 · 20/03/2014 2 1. Espécie de morcego que transmite a raiva I. Desmodusrotundus a) Hematófago -sangue

20/03/2014

1

Agravos a Saúde de natureza

ocupacional

Raiva

� Vírus da Família Rhabdoviridae (gr. Rhabdo, bastão)

� Gênero Lyssavirus (Lyssa = raiva)

� Forma semelhante a um projétil

� Material genético: RNA

Lyssavírus

1. Reservatório:

� Mamíferos: homem, animais domésticos e selvagens,

especialmente os canídeos e os morcegos.

2. Distribuição geográfica:

� Tem ocorrência quase universal. Atualmente erradicada

em algumas ilhas, como Japão, Reino Unido e Havaí.

� O único continente livre da doença é a Oceania.

4. Via de eliminação: � Saliva� Sangue

5. Porta de entrada:� Via cutânea ou muco-cutâneaa) mordedurasb) lambeduras de mucosa ou de pele com solução de continuidadea) arranhadura

5. Porta de entrada � Via respiratória - cavernas com população de morcegos� Via transplacentária

� A transmissão inter-humana de raiva:

� transplante de órgãos

� aleitamento materno

� Na Literatura:

� 8 casos de raiva humana devido a transplante de córnea.

� 1 relato de transmissão de raiva por via transplacentária.

� 2 casos de transmissão inter-humana através da saliva.

� 10 casos de transplantes de órgãos.

5. Ciclos de transmissãoa) Ciclo urbanob) Ciclo ruralc) Ciclo silvestred) Ciclo aéreo

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1. Espécie de morcego que transmite a raiva

I. Desmodus rotundus

a) Hematófago - sangue de mamíferos, podendo aceitar o de aves

b) Presente somente na América Latina

c) abrigos: locais mais escuros das cavernas, ocos-de-árvores, minas, casas, bueiros, sob pontes de estradas, etc.

d) No homem as agressões por alimentação de morcegos hematófagos geralmente ocorre durante a noite

Sintomas clínicos� Cão: principalmente a raiva furiosa1. Alterações do comportamentoa) intranquilob) latem sem motivoc) Apresentam uma hiperexcitabilidade geral

� tentam fungir� atacam tudo que se interpõe em seu caminho� enfurecidos

Sintomas clínicos� Cão:2. Paralisias a) nervo faríngeo-recorrente � salivação, latido bitonal

(latido rouco)b) membros posteriores3. Coma4. Morte

Sintomas clínicos� Bovinos e equinos: principalmente a raiva paralítica � início

sintomas inespecíficos1. Anorexia2. Salivação3. Mugidos constantes4. Paralisia5. Morte

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Diagnóstico

1. Anamnese

2. Sinais clínicos

3. Laboratorial:

� Material: fragmentos do cérebro, cerebelo e medula

� Enviar em recipiente hermeticamente fechado, sob

refrigeração e adequadamente identificado.

� Caso o transporte exceda 24 horas, a amostra poderá ser

conservada em solução fisiológica com glicerina a 50%.

Diagnóstico

� Ao coletar material para diagnóstico da raiva

1. luvas

2. botas

3. roupas especiais4. óculos protetores

5. Máscara protetora

Diagnósticob) Teste de imunofluorescência direta:

� Recomendado OMS

Tratamento� Uma vez instalada a doença não há tratamento.

Conduta frente à mordida1. Limpeza do local com água e sabão e desinfecção com

álcool ou soluções iodadas, imediatamente após a agressão.

2. Mucosa deve ser lavada com solução fisiológica ou água corrente.

3. Procurar imediatamente uma unidade de saúde para assistência médica

4. Observar o animal agressor durante 10 dias para

identificar qualquer sintoma sugestivo de raiva

5. Se o animal suspeito morrer, sua cabeça ou seu encéfalo

deve ser enviado para o Laboratório especializado,

devidamente acondicionado e refrigerado para o exame

laboratorial

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Profilaxia1. Vacinação:b) Animais: vacina anti-rábica (inativada)

a partir de 3 meses de idade/anualmente

2. Estimular a posse responsável dos animais