aula 4 - avaliação antropométrica novo para enviar alunas

23
24/06/2013 1 Avaliação Antropométrica Introdução A antropometria, devido às suas características: fácil; não invasivo; baixo custo é o método mais utilizado na prática clínica São métodos antropométricos Peso Estatura Circunferências e áreas Pregas cutâneas (tricipital, bicipital, subscapular e suprailíaca) Peso É a soma de todos os componentes corporais - expressa a relação entre o aporte de calorias e o gasto energético. Não especifica porção de massa magra e gordura. Importante parâmetro de avaliação perdas ponderais graves associadas a aumento de taxas de morbidade e mortalidade. Peso Peso corporal de adultos sadios varia menos 0,1kg/dia. Perda > 10% do peso em 6 meses significância clínica. Peso Para aferição do peso é necessária uma balança, que deverá ser sempre a mesma, situada em piso plano, sem desníveis, aferido com nível e calibrada no zero (verificar a cada aferição). Técnica: Paciente deve se posicionar no centro da base da balança e de costas para a balança. Peso Cuidados fundamentais para precisão das medidas: Mínimo de roupa possível, sem objetos em bolsos, sem cintos, relógios, celulares, óculos, etc. De preferência, antes das grandes refeições; Descalço; Posicionar o indivíduo no centro da balança;

Upload: naiara-alves

Post on 26-Nov-2015

128 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 24/06/2013

    1

    Avaliao Antropomtrica Introduo

    A antropometria, devido s suas caractersticas:

    fcil;

    no invasivo;

    baixo custo o mtodo mais utilizado na prtica clnica

    So mtodos antropomtricos

    Peso

    Estatura

    Circunferncias e reas

    Pregas cutneas (tricipital, bicipital, subscapular e suprailaca)

    Peso

    a soma de todos os componentes corporais -

    expressa a relao entre o aporte de calorias e o

    gasto energtico.

    No especifica poro de massa magra e gordura.

    Importante parmetro de avaliao perdas

    ponderais graves associadas a aumento de taxas de

    morbidade e mortalidade.

    Peso

    Peso corporal de adultos sadios varia

    menos 0,1kg/dia.

    Perda > 10% do peso em 6 meses

    significncia clnica.

    Peso

    Para aferio do peso necessria uma balana, que

    dever ser sempre a mesma, situada em piso plano,

    sem desnveis, aferido com nvel e calibrada no zero

    (verificar a cada aferio).

    Tcnica:

    Paciente deve se posicionar no centro da base da

    balana e de costas para a balana.

    Peso

    Cuidados fundamentais para preciso das

    medidas:

    Mnimo de roupa possvel, sem objetos em bolsos,

    sem cintos, relgios, celulares, culos, etc.

    De preferncia, antes das grandes refeies;

    Descalo;

    Posicionar o indivduo no centro da balana;

  • 24/06/2013

    2

    Peso

    Ideal se pesar: pela manh, em jejum, aps

    urinar.

    Balana erros por falta de manuteno.

    Conferir regularmente com peso conhecido

    Solicitar exame por rgos responsveis

    (INMETRO, IPEM).

    Peso

    Tipos de balanas:

    pesa beb = at 16 kg (diviso de 10g)

    de plataforma = at 150 kg (diviso de 100g)

    microeletrnica ou porttil = at 150 kg

    microeletrnica de plataforma = at 150 kg ( mais

    precisa)

    dinammetro = de 15 ou 20 kg (para avaliao

    nutricional de crianas, em levantamentos domiciliares)

    Importante saber para aferir o peso

    Verificar se a balana est tarada.

    Base deve estar sob uma superfcie

    completamente plana (usar prumo).

    No caso de balanas digitais pesar 2

    vezes para constatar se a bateria no est

    fraca (pode causar variaes de peso).

    Como pesar em balana plataforma

  • 24/06/2013

    3

    Peso Atual

    o que o paciente apresenta no momento da

    avaliao.

    Para sua obteno, em uma balana calibrada de

    plataforma ou eletrnica, o indivduo dever

    posicionar-se em p, no centro da base da

    balana, descalo e com roupas leves,

    esvaziamento prvio da bexiga e, de preferncia,

    em jejum.

    Peso habitual ou usual

    Tem especial importncia nos casos de recente alterao do peso e

    nos pacientes nos quais difcil ou contra indicado medir o peso atual.

    Para o clculo das necessidades nutricionais nas doenas agudas, o

    peso habitual pode ser um parmetro melhor do que o peso atual.

    Com o peso habitual possvel calcular a velocidade de perda de peso

    em termos de percentual:

    % de perda de peso = (peso usual - peso atual) x100

    Peso usual

    Percentual de perda de peso

    recente

    A perda de peso involuntria constitui importante informao

    para avaliar a gravidade do problema de sade, devido a sua

    elevada correlao com a mortalidade.

    A porcentagem obtida proporciona a significncia da reduo de

    peso em relao ao tempo.

    Tempo Perda significativa de peso

    (%)

    Perda grave de peso (%)

    1 semana 1 - 2 > 2

    1 ms 5 > 5

    3 meses 7,5 > 7,5

    6 meses 10 > 10

    Fonte: Backburn, GL. & Bistrain, BR, 1977.

    Peso Ideal (terico)

    O peso ideal pode ser utilizado como

    referncia.

    Pode-se estimar o peso ideal de 3 maneiras:

    Utilizando IMC mdio

    Pelo biotipo

    Pela estrutura ssea

  • 24/06/2013

    4

    Peso Ideal - IMC

    O modo mais prtico para seu clculo pela

    utilizao do IMC:

    Peso ideal = IMC mdio x estatura (m)2

    IMC mdio para homens: 22 kg/m2

    IMC mdio para mulheres = 20,8 kg/m2

    Aceita-se entre 10% abaixo do ideal ou 10%

    acima do ideal

    Peso Ideal

    Pode-se calcular o peso ideal pelo biotipo.

    Brevelneo: indivduo apresenta trax largo e

    membros curtos.

    Normolneo: apresenta harmonia entre o tamanho

    dos trax e dos membros.

    Longilneo: apresenta musculatura e tecido

    subcutneo escasso, sendo , em geral, alto e esguio.

    Biotipo

    Brevelneo Normolneo Longilneo

    Tabela para clculo de peso ideal

    segundo biotipo

    Fonte: Augusto, ALP et al.,1999.

    Biotipo Homens Variao Mulheres variao

    Brevilneo (h -100) 5% a h -100 (h -100) 10% a (h -100) 5%

    Normolneo (h -100) 10% a (h -100) 5% (h -100) 15% a (h -100) 10%

    Longilneo (h -100) 15% a (h -100) 10% (h -100) 20% a (h -100) 15%

    h = altura em cm.

    Estrutura ssea

    Pode-se tambm calcular o peso ideal pela

    estrutura ssea.

    Esse clculo pode ser realizado:

    pelo permetro do punho

    pela largura do cotovelo

    Estrutura ssea Pelo permetro

    do punho/pulso

    Brao direito deve estar flexionado, a palma da mo

    erguida e os msculos da mo relaxados.

    Medida deve ser feita em cima do processo estilide

    do rdio e da ulna proeminncias sseas do punho

    Compleio ssea = Estatura (cm)

    Permetro do pulso(cm)

  • 24/06/2013

    5

    Permetro do punho

    Classificao da Estrutura ssea -

    Permetro do punho

    Compleio Permetro do pulso (cm)

    Mulheres Homens

    Grande > 10,9 > 10,4

    Mdia 9,9 10,9 9,6 - 10,4

    Pequena < 9,9 < 9,6

    Tabela mais utilizada Metropolitan Life (xerox)

    Estrutura ssea Pela largura do

    cotovelo

    Requer um paqumetro adaptado para este

    tipo de medida.

    Brao dobrado a 90, mos voltadas para o

    avaliado.

    Medir a distncia entre os epicndilos do

    mero.

    Tabela mais utilizada Metropolitan Life (xerox)

    Paqumetro

    Epicndilos do mero

    Classificao da Estrutura ssea -

    Pela largura do cotovelo Estatura (cm) Estrutura

    Pequena (mm)

    Estrutura

    Mdia (mm)

    Estrutura

    Grande (mm)

    HOMENS

    155 - 158 < 64 64 73 > 73

    159 - 168 < 67 67 73 > 73

    169 - 178 < 70 70 76 > 76

    179 - 188 < 70 70 79 > 79

    189 < 73 73 - 83 > 83

    MULHERES

    145 - 148 < 57 57 64 > 64

    149 - 158 < 57 57 64 > 64

    159 - 168 < 60 60 67 > 67

    169 - 178 < 60 60 67 > 67

    179 < 64 64 - 70 > 70

  • 24/06/2013

    6

    Peso ideal corrigido para

    amputaes

    O peso ideal deve ser corrigido em caso de amputaes.

    O peso estimado da parte amputada deve ser subtrado ao

    peso ideal (PI).

    Peso Ideal = 100 - % do segmento amputado x PI

    100

    A tabela a seguir apresenta os percentuais mdios do peso

    corporal das extremidades amputadas.

    Peso ideal corrigido para

    amputaes

    Adequao do peso ideal

    A porcentagem de adequao do peso

    atual em relao ao ideal ou desejvel

    calculada a partir da frmula:

    Peso ajustado

    o peso ideal corrigido para a determinao

    da necessidade energtica e de nutrientes

    quando a adequao do peso for inferior a

    95% ou superior a 115%.

    Peso ajustado = (peso ideal peso atual) x

    0,25 + peso atual

    Situaes que necessitam de cautela

    na interpretao do peso: Presena de edema ou ascite

    fluidos extracelulares que podem mascarar perdas de peso;

    Obesos com rpida perda de peso

    Atrofia do tecido magro so parcialmente mascarados pela gordura

    residual e tecido conectivo;

    Mudanas na ingesto de Na

    Perodos de reajustes de fluidos e conseqentes alteraes de peso;

    Crescimento tumoral macio

    Pode mascarar perda de tecido gorduroso e magro.

    Edema

  • 24/06/2013

    7

    Ascite

    Estimativa de peso com Edema

    Grau de edema Local do edema Excesso de peso

    hdrico (kg)

    + Tornozelo 1

    ++ Joelho 3 a 4

    +++ Base da Coxa 5 a 6

    ++++ Anasarca 10 a 12

    Estimativa de peso com Ascite

    Grau de edema Peso asctico (kg)

    Leve 2,2

    Moderada 6,0

    Grave 14,0

    Estimativa de peso

    Trauma e sepse dificultam aferio peso atual.

    possvel estimar o peso com as equaes de Chumlea (1985)

    Homem = [(0,98 x CP) + (1,16 x AJ) + (1,73 x CB) + (0,37 x

    PCSE) 81,69]

    Mulher = [(1,27 x CP) + (0,87 x AJ) + (0,98 x CB) + (0,4 x PCSE)

    62,35]

    CP = circunferncia da panturilha

    AJ = Altura do joelho

    CB = Circunferncia do brao

    PCSE = Prega cutnea subescapular

    Circunferncia da panturilha

    Utilizado para estimar peso e na avaliao

    de atletas.

    Pessoa de p e descala.

    Medir a maior circunferncia

    perpendicular ao eixo da perna.

    Altura do joelho

    Posio supina (deitado barriga pra cima) ou sentado o mais prximo da

    extremidade da cadeira.

    Joelho esquerdo/direito flexionado ngulo 90.

    Comprimento entre o calcanhar e a superfcie anterior da perna na altura

    do joelho (cabea da fbula).

    Comprimento entre a superfcie inferior do p e superfcie superior ao

    joelho (acima da patela).

    Comprimento entre o calcanhar e a superfcie anterior da perna, na altura

    do joelho (utiliza-se antropmetro infantil ou calibrador especfico).

    Indicado principalmente em idosos/pacientes hospitalizados.

  • 24/06/2013

    8

    Fbula

    Patela

    Estatura

    a segunda medida mais tradicional e mais utilizada em

    avaliao nutricional.

    Altura/estatura medida do indivduo em p, desde a

    sola do p at a parte superior da cabea, comprimindo

    os cabelos.

    Comprimento refere-se a mesma medida na posio

    deitada (crianas at 2 anos).

    Estatura

    Indica o estado nutricional passado ou crnico e um

    dficit nutricional cumulativo. Pode-se medir o grau de

    desenvolvimento de um pas pela altura de sua

    populao.

    Utiliza-se estadimetro ou o antropmetro, na falta

    utilizar uma fita mtrica inextensiva e milimetrada

    (capacidade at 150cm e preciso de 0,5cm) e um

    esquadro - no esquecer de conferir a adequao do

    ambiente com nvel.

    Equipamentos

    Estatura

    O indivduo deve ficar em p, descalo, com

    os calcanhares juntos e os ps formando um

    ngulo de 45, costas retas de maneira que o

    occipital, o dorso, as ndegas e os

    calcanhares toquem o antropmetro, de

    braos estendidos ao lado do corpo e

    olhando para frente.

  • 24/06/2013

    9

    Outras maneiras para se estimar

    estatura

    Altura do joelho

    Extenso dos braos

    Estatura recumbente

    Altura do joelho de 6 a 18 anos

    Meninos brancos: [40,54 + (2,22 x altura do

    joelho em cm)]

    Meninos negros: [39,60 + (2,18 x altura do

    joelho em cm)]

    Meninas brancas: [43,21 + (2,15 x altura do

    joelho em cm)]

    Meninas negras: [46,59 + (2,02 x altura do

    joelho em cm)]

    Chumlea, 94.

    Altura do joelho de 18 a 60 anos

    Homens brancos: [71,85 + (1,88 x altura do

    joelho em cm)]

    Homens negros: [73,42 + (1,79 x altura do

    joelho em cm)]

    Mulheres brancas: [70,25 + (1,87 x altura do

    joelho em cm)] 0,06 x idade (anos)

    Mulheres negras: [68,10 + (1,86 x altura do

    joelho em cm)] 0,06 x idade (anos)

    Chumlea, 94.

    Altura do joelho de 60 a 90 anos

    Homens: [64,19- (0,04 x idade) + (2,02 x

    altura do joelho em cm)]

    Mulheres: [84,88 (0,24 x idade) + (1,83

    x altura do joelho em cm)]

    Chumlea, 85.

    Extenso dos braos

    Os braos devem ficar estendidos formando

    um ngulo de 90 com o corpo.

    Mede-se a distancia entre os dedos mdios

    das mos utilizando-se uma fita mtrica

    inelstica e flexvel.

    A medida obtida corresponde estimativa

    da estatura do indivduo.

    Estatura recumbente

    O indivduo dever estar em posio supina

    e com leito horizontal completo.

    Marcar o lenol da altura da extremidade da

    cabea e da base do p no lado direito do

    indivduo com o auxlio de um esquadro.

    Medir a distncia entre as marcas utilizando

    uma fita mtrica flexvel.

  • 24/06/2013

    10

    Aferindo estatura

    ndice de Massa Corporal (IMC)

    o indicador simples do estado nutricional.

    Clculo simples, mas interpretao apresenta algumas

    dificuldades.

    Ex:

    Homem adulto com IMC = 30kg/m2

    20 anos 30%

    60 anos 40%

    Mulher adulta com IMC = 30kg/m2

    20 anos 40%

    60 anos 50%

    ndice de Massa Corporal (IMC)

    Classificao clssica (no distingue idade e sexo):

    Magreza grau III 40 kg/m2 (grau ou classe)

    ndice de Massa Corporal (IMC)

    Classificao: Limites desejveis (eutrofia) de IMC segundo a

    idade e sexo

    Grupo etrio (anos)

    IMC (kg/m2) IMC (kg/m2)

    MULHERES HOMENS

    19 - 24 19 24 19 24

    25 - 34 20 25 20 25

    35 - 44 21 26 20 25

    45 - 54 22 27 20 25

    55 - 64 23 28 20 25

    > 65 24 - 29 20 25

    Valores acima = sobrepeso

    Valores abaixo = desnutrio

    IMC e Risco de Comorbidades

    CLASSIFICAO IMC RISCO DE

    COMORBIDADE

    Normal 18,5 - 24,9 Mdio

    Pr-obesidade 25,0 - 29,9 Aumentado

    Obesidade grau I 30,0 - 34,9 Moderado

    Obesidade grau II 35,0 - 39,9 Severo

    Obesidade grau III > 40,0 Muito severo

    ndice de Massa Corporal (IMC)

    IMC apresenta uma alta correlao com

    quantidade de gordura corporal.

    No se deve diagnosticar APENAS pelo IMC.

    Deve-se utilizar outros parmetros

    antropomtricos, bioqumicos, dietticos,

    etc.

  • 24/06/2013

    11

    ndice de Adiposidade Corporal

    (IAC)

    ndice novo ainda precisa ser MUITO testado

    em outras populaes (foi realizado estudo com

    afro-americanos e mexicanos)

    IAC = Circunferncia do quadril (cm) - 18

    altura (m) x altura (m)

    Apresenta maior correlao com a gordura

    corporal medida por densitometria (DEXA =

    padro-ouro) que o clssico IMC.

    Classificao pelo IAC

    Classificao Homens Mulheres

    Desnutrio < 11% < 23%

    Eutrofia 11 to 22% 23 to 35%

    Sobrepeso 22 to 27% 35 to 40%

    Obesidade > 27% > 40%

    Circunferncias/permetros

    Isoladas ou em combinao com dobras

    cutneas so medidas de crescimento e podem

    indicar o estado nutricional e o padro de

    gordura corporal.

    Frgil como preditora de gordura corporal

    pois incluem outros tecidos e rgos.

    Boa maneira de saber distribuio da gordura

    corporal.

    Circunferncias/permetros

    > acmulo de gordura na regio central do

    corpo > quantidade de gordura nas regies

    do tronco, principalmente adbome = ma

    > depsito de gordura nas extremidades,

    sobretudo na regio dos quadris, glteos e

    coxa superior = pra

    Pontos Importantes

    No tipo ma, ou visceral ou andride, a gordura existente na zona do

    abdmen, alm de estar debaixo da pele tambm se encontra dentro da

    cavidade abdominal, entre as vsceras. Este tipo de obesidade grave, pois

    associa-se a um aumento das gorduras em circulao no sangue

    (triglicerdeos e colesterol), e a outras complicaes graves como a

    hipertenso arterial, o diabetes, a aterosclerose e doenas do corao.

    Em 1988, Reaven chamou de sndrome X a associao de hipertenso,

    dislipidemia, obesidade visceral e intolerncia glicose. Essa associao

    recebeu tambm a denominao de Quarteto da morte, Sndrome de

    resistncia insulina, Sndrome plurimetablica, Sndrome do novo

    mundo, Sndrome insulnica e metablica, entre outras.

  • 24/06/2013

    12

    Possvel explicao

    A atividade lipoltica no tecido adiposo visceral muito grande. O curioso

    que essa intensa liplise poderia determinar a diminuio desse tecido, mas na

    realidade o que observamos um aumento dele. Apesar da liplise, o tecido

    adiposo visceral est aumentado, o que indica que a lipognese ainda

    superior, provavelmente por ao do cortisol e da insulina.

    Estudos que utilizaram triglicerdeos marcados demonstraram um

    metabolismo 50% a 100% maior desse lipdio no tecido adiposo visceral que

    no tecido adiposo subcutneo. Sendo a liplise muito ativa, h uma liberao

    inapropriada de cidos graxos livres desse depsito adipocitrio, que por via

    porta chegam ao fgado e eventualmente aos msculos.

    Possvel explicao

    Essa chegada macia de chegada de cidos graxos livres ao fgado causa:

    Aumento da neoglicognese = aumento da glicose plasmtica = estmulo de

    secreo de insulina.

    Aumento do depsito de triglicrides no fgado e tb aumento da secreo

    de VLDL pelo fgado.

    Diminuio do clearence heptico de insulina e aumento da insulino-

    resistncia aproximadamente 50% da insulina produzida pelo pncreas

    metabolizada pelo fgado. O excesso de cidos graxos livres bloqueia essa

    funo heptica e interfere com a degradao da insulina = hiperinsulinemia

    O maior aporte de cidos graxos livres no msculo gera insulino-

    resistncia.

    Pontos Importantes

    No tipo praou ginide, a gordura est armazenada debaixo da

    pele, no constituindo uma situao grave no que diz respeito s

    complicaes cardiovasculares e diabetes. No entanto, o excesso de

    peso existe, e representa uma sobrecarga para os ossos e

    articulaes. Novos achados da literatura mostram que esse tipo de

    distribuio de gordura pode afetar a memria em mulheres idosas.

    A Dra. Diana Kerwin, da Northwestern University, estudou 8.745

    mulheres, cognitivamente normais, em menopausa, com idades

    entre 65 e 79 anos. Os pesquisadores verificaram que para cada

    ponto do IMC que aumentava, o score do teste de memria

    diminua em 1 ponto (teste com uma escala de pontos de 1 a 100).

    Pontos Importantes

    A Dra. Kerwin diz que a razo para as mulheres com distribuio de

    gordura corporal tipo pra apresentarem maior deteriorao cerebral do

    que as com distribuio de gordura corporal tipo ma est relacionada ao

    tipo de gordura depositado ao redor do quadril e da cintura.

    As gorduras liberam citoquinas, substncias qumicas que podem gerar um

    equilbrio metablico pr-inflamatrio e, assim, afetar a cognio.

    A gordura poderia, tambm, contribuir para a formao de placas associadas

    a Alzheimer ou alteraes do fluxo sanguneo cerebral.

    Os pesquisadores no sabem afirmar se o mesmo ocorreria com os

    homens. Entretanto, no Mal de Alzheimer, as mulheres tm 1,5 vezes mais

    chance de desenvolver a doena do que os homens.

    Instrues gerais para aferio das

    circunferncias

    A fita deve estar adjacente a pele;

    Medir o permetro em sua extenso mxima, com o zero da

    fita estando por baixo do valor da leitura;

    Fazer as mensuraes exercendo leve presso sobre a pele -

    evitar apertar excessivamente;

    No deixar o dedo entre a fita e a pele;

    Sempre que possvel, medir sobre a pele nua;

    Nas mensuraes das circunferncia da cintura e abdome,

    realizar a leitura na fase final da expirao.

    Circunferncia da cintura

    A fita dever circundar o

    indivduo na linha natural da

    cintura, MENOR permetro

    abdominal (2,5 cm acima do

    umbigo).

    A leitura deve ser feita no

    momento da expirao.

    O avaliador pode se colocar

    na frente ou ao lado do

    avaliado.

  • 24/06/2013

    13

    Circunferncia da cintura

    Usada como medida isolada na avaliao

    nutricional.

    Mudanas na circunferncia da cintura

    refletem mudanas nos fatores de risco

    para doena cardiovascular.

    Circunferncia da cintura

    A circunferncia da cintura tem demonstrado ser um

    marcador mais preciso de gordura abdominal e gordura

    corporal total do que a RCQ, principalmente quando se

    deseja observar alteraes ao longo do tempo.

    Para todos os tipos de morbidades estudadas (hipertenso,

    hipercolesterolemia, AVC, diabetes, etc.) houve uma

    correlao positiva entre o aparecimento dessas patologias e

    o aumento da CC.

    Circunferncia da cintura

    Segundo Organizao Mundial de Sade

    Sexo

    CIRCUNFERNCIA DA CINTURA

    Risco aumentado

    para complicaes

    metablicas

    Risco muito aumentado

    para complicaes

    metablicas

    Masculino > 94 cm > 102 cm

    Feminino > 80 cm > 88 cm

    NCEP, 2001; WHO, 2000

    Circunferncia da cintura

    Classificao do risco de doenas associadas a

    partir da circunferncia da cintura, de acordo

    com o gnero e etnia:

    Risco para complicaes metablicas Definio Obesidade abdominal: homens

    Brancos de origem europia e negros 94 cm

    Sul-asiticos, amerndios e chineses 90 cm

    Japoneses 85 cm

    Obesidade abdominal: mulheres

    Brancas de origem europia, negras, sul-asiticas,

    amerndias e chinesas

    80 cm

    Japonesas 90 cm Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2007

    Circunferncia da cintura

    Trabalho de Wang et al.,2003.

    4 locais de referncia:

    CC1 imediatamente abaixo da ltima costela

    CC2 circunferncia mnima

    CC3 ponto mdio entre a ltima costela e a crista ilaca

    CC4 imediatamente acima da crista ilaca

    Homens: CC2 - significativamente menor

    Mulheres: CC2

  • 24/06/2013

    14

    Circunferncia do abdome

    Regio abdominal , no seu

    MAIOR permetro

    (geralmente na altura do

    umbigo).

    A leitura deve ser feita no

    momento da expirao.

    O avaliador pode se

    colocar na frente ou ao

    lado do avaliado.

    Circunferncia do quadril

    Mensura a massa muscular, a

    massa de gordura e esqueleto.

    A fita dever circundar o

    quadril na regio de maior

    permetro entre a cintura e a

    coxa, com o indivduo usando

    roupas finas e ps unidos.

    O avaliador dever postar-se

    lateralmente ao avaliado.

    Relao cintura/quadril

    Vem sendo usado para caracterizar se a gordura

    corporal reunida predominantemente na regio

    central do corpo ou nas extremidades.

    Tb para testar o risco de desenvolver doenas

    relacionadas obesidade.

    RCQ = Permetro da cintura (cm)

    Permetro do quadril (cm)

    Relao cintura/quadril

    ndice de Conicidade

    ndice de Conicidade

    Opo antropomtrica informao sobre o

    perfil de distribuio da gordura corporal.

    Pressuposto:

    > concentrao de gordura na regio central =

    formato parecido com um duplo cone

    < concentrao de gordura na regio central =

    formato parecido a um cilindro

  • 24/06/2013

    15

    Pontos negativos distribuio tipo

    ma

    Este tipo de obesidade grave, pois associa-

    se a um aumento das gorduras em circulao

    no sangue (triglicridos e colesterol), e a

    outras complicaes graves como a

    hipertenso arterial, o diabetes, a

    aterosclerose e doenas do corao.

    ndice de Conicidade

    Bom indicador de obesidade central

    Vantagem em relao ao IMC o IC permite

    comparaes imediatas do padro de distribuio

    da gordura corporal em indivduos com diferentes

    medidas de peso e estatura.

    ndice de Conicidade

    > limitao como preditor de doenas coronarianas - inexistncia

    de pontos de corte que possam discriminar alto risco coronariano.

    Valores prximos a 1,0 (cilindro perfeito) baixo risco de doenas

    cardiovasculares

    Valores prximos a 1,73 (duplo cone perfeito) risco elevado para

    doenas cardiovasculares

    Estudo de Pitanga e Lessa pontos de corte para determinao de

    risco coronariano aumentado

    Homens > 1,25

    Mulheres > 1,18

    ndice de Conicidade

    Existem tabelas que facilitam o processo.

    Com os valores de peso e estatura,

    encontra-se o valor do denominador da

    frmula.

    Ai basta dividir o valor da circunferncia da

    cintura (m) pelo denominador encontrado.

    Circunferncia do Pescoo

    Medida usada como screening para

    deteco de adultos com excesso de

    peso.

    realizada com o avaliado sentado ou em

    p, desde que esteja com a coluna ereta e

    a cabea para o horizonte.

    Circunferncia do Pescoo

    A fita mtrica deve ser posicionada na

    menor circunferncia do pescoo, logo acima

    da proeminncia larngea (pomo de Ado).

    A trena deve ser colocada sobre a pele nua

    sem pression-la excessivamente, pois como

    a medida realizada sobre partes moles isso

    poderia alterar o real valor da medida.

  • 24/06/2013

    16

    Circunferncia do Pescoo

    Circunferncia do Pescoo

    > ou = a 39,5 cm nos homens

    > ou = a 36,5 cm nas mulheres

    Associado a

    IMC > 30kg/m2

    e risco

    cardiovascular

    Circunferncia do Brao ou

    Permetro Braquial (CB)

    Reflete a rea de gordura, muscular e ssea do brao - indicador de

    desnutrio energtico-protica (DEP).

    Recomenda-se como medida de deteco de DEP em pr-escolares,

    adolescentes adultos e gestantes.

    O brao a ser avaliado deve estar flexionado em direo ao trax, formando

    um ngulo de 90. Localizar e marcar o ponto mdio entre o acrmio e o

    olcrano. Solicitar ento que o indivduo fique com o brao estendido ao

    longo do corpo com a palma da mo voltada para a coxa. Contornar o brao

    com a fita no ponto marcado de forma ajustada evitando compresso da pele

    ou folga.

    Circunferncia do Brao ou

    Permetro Braquial (CB)

    Circunferncia do Brao ou

    Permetro Braquial (CB)

    O resultado obtido comparado aos valores de

    referncia do NHANES (National Health and

    Nutrition Examination Survey) demonstrado em

    tabela de percentil por Frisancho.

    A adequao da CB pode ser determinada pela

    equao abaixo:

    Adequao da CB (%) = CB obtida (cm) x 100

    CB percentil 50

    Circunferncia do Brao ou

    Permetro Braquial (CB)

    Desnutrio Eutrofia Sobrepeso Obesidade

    Grave Moderada Leve

    CB

    (%)

    < 70 70 80 80-90 90-100 110-120 >120

  • 24/06/2013

    17

    Exerccio

    Calcular a adequao do circunferncia

    braquial e classifique.

    Dados:

    Sexo: feminino

    Idade: 9 anos

    Circunferncia braquial: 18,5 cm.

    Exerccio

    Adequao da CB = 18,5 x 100

    20,6

    Adequao da CB = 89,8%

    Desnutrio leve

    Adequao da CB (%) = CB obtida (cm) x 100

    CB percentil 50

    Circunferncia muscular do brao

    (CMB)

    Avalia a reserva de tecido muscular (sem

    correo da rea ssea).

    Calcula-se medindo a circunferncia do brao e a

    espessura da prega cutnea tricipital.

    Circunferncia muscular do brao

    (CMB)

    Adequao da CMB (%) = CMB obtida (cm) x 100

    CMB percentil 50

    Pressupe que o brao circular elptico

    Pode variar entre grupos tnicos

    Desnutrio

    grave

    Desnutrio

    moderada

    Desnutrio

    leve

    Eutrofia

    CMB < 70 % 70 80% 81 90% > 90%

    Fonte: Adaptado de Blackburn & Thornton, 1979

    rea Muscular do Brao Corrigida

    (AMBc)

    Avalia reserva de tecido muscular corrigindo a massa

    ssea.

    Homens: AMBc (mm2) = [CB (mm) x PCT (mm) ]2 - 10

    4

    Mulheres: AMBc (mm2) = [CB (mm) x PCT (mm) ]2 - 6,5

    4

    Recomenda-se para crianas e adolescentes apresenta

    > mudanas com a idade do que a CMB.

    Tambm utilizada em adultos.

    rea Muscular do Brao Corrigida

    (AMBc)

    Avalia reserva de tecido muscular corrigindo a massa

    ssea.

    Homens: AMBc (cm2) = [CB (cm) x PCT (mm) 10 ]2 - 10

    4

    Mulheres: AMBc (cm2) = [CB (cm) x PCT (mm) 10 ]2 - 6,5

    4

    Recomenda-se para crianas e adolescentes apresenta

    > mudanas com a idade do que a CMB.

    Tambm utilizada em adultos.

  • 24/06/2013

    18

    Lembrete

    1 cm = 10mm

    De cm para milmetro = multiplicar por

    10

    De mm para centmetro = dividir por 10

    rea Muscular do Brao Corrigida

    (AMBc)

    Fazer a verificao na tabela do percentil

    mais prximo do valor obtido e verificar

    classificao na tabela abaixo:

    Normal/Eutrofia Desnutrio

    leve/moderada

    Desnutrio

    grave

    AMBc Percentil > 15 Entre percentil 5 e

    15

    < percentil 5

    Escala de Egen Klassifikation (EK)

    Mensurar massa magra em pacientes com atrofia

    muscular espinhal e outras doenas de origem

    neuromuscular

    10 itens 4 alternativas (0 a 3 pontos)

    Escore total = soma dos escores parciais

    Varia de 0 a 30 pontos

    Quanto maior o escore, maior o comprometimento

    funcional e o acometimento muscular do indivduo

    rea de gordura do brao (AGB)

    Representa uma forma de separao dos componentes corporais, mais

    especificamente, da parte superior do brao, minimizando a limitao da

    circunferncia do brao .

    Para os clculos utiliza a rea total do brao e a rea muscular do brao

    descritas anteriormente como:

    AGB (cm2) = CMB (cm) x [PCT (mm) 10]2 -

    2

    x [PCT (mm) 10]2

    4

    Classificao da AGB

    Obesidade Normal

    Desnutrio

    Leve/Moderada

    Desnutrio

    Grave

    AGB

    > p 90

    Entre p

    15 e p 90

    Entre p

    5 e 15

    < p 5

  • 24/06/2013

    19

    Pregas Cutneas

    Utilizado para estimar gordura corporal.

    Baseia-se na observao grande quantidade de gordura

    corporal encontra-se no tecido subcutneo.

    Fornece informaes quanto ao padro de distribuio do

    tecido adiposo.

    Grande correlao com mtodos mais precisos de

    avaliao da composio corporal.

    Simples, baixo custo e no invasivo. (de R$300 a R$3000)

    Pregas Cutneas

    Como disposio gordura no tec. subcutneo

    no uniforme aferio em vrias regies

    para obter viso mais fidedigna na gordura

    corporal.

    Mais de 93 locais anatmicos para realizao.

    Dobras mais utilizadas: trceps, bceps, subescapular,

    suprailaca, abdominal, peitoral, coxa e panturrilha.

    Pregas Cutneas

    Indivduos com tecido subcutneo moderadamente firme

    medida fcil e rpida.

    Tecidos mais flcidos/facilmente compressveis/no facilmente

    deformveis/muito firmes problemas na obteno de

    medidas fidedignas.

    Aps os 40 anos - pode acontecer superestimao do

    msculo e uma subestimao da gordura.

    Usada at indivduos moderadamente obesos. Observar se o

    adipmetro consegue fazer a aferio.

    Pregas Cutneas

    Nvel de exatido depende:

    do tipo de equipamento utilizado;

    da perfeita identificao do ponto anatmico a

    ser medido;

    da familiarizao do avaliador com as tcnicas.

    Pessoal exaustivamente treinado.

    Variao intra e inter-avaliadores.

    Pregas Cutneas

    ndices aceitveis de variao intra-

    avaliadores s medidas de dobras

    cutneas em adultos.

    Dobras cutneas Homens (mm) Mulheres (mm)

    Bceps 0,54 0,69

    Trceps 0,83 0,94

    Subescapular 0,56 0,87

    Suprailaca 1,26 1,45

    Pregas Cutneas

    Instrumentos (compasso de dobras cutneas, espessmetro, plicmetro

    ou adipmetro) de melhor qualidade disponveis:

    Harpenden; (tm > preciso e > definio das medidas)

    Lange; (tm > preciso e < definio das medidas em comparao ao

    Harpenden)

    Holtain

    Lafayette

    Cescorf (nacional) (Tem definio das medidas comparvel ao Harpenden)

    Sanny (nacional) necessita de estudos antes da recomendao a nvel

    rotineiro

    Plstico baixa confiabilidade e preciso

    No devem ser usado em estudos cientficos

  • 24/06/2013

    20

    Pregas Cutneas

    Harpenden

    Holtain Lafayette

    Cescorf

    Prega cutnea tricipital (PCT)

    Prega cutnea mais utilizada na prtica clnica. Sua medida isolada

    comparada ao padro de referncia e a adequao calculada por meio da

    equao abaixo.

    Adequao da PCT (%) = PCT obtida (mm) x 100

    PCT percentil 50

    Desnutrio

    grave

    Desnutrio

    moderada

    Desnutrio

    leve

    Eutrofia Sobrepeso Obesidade

    PCT < 70 % 70 80 % 80 90 % 90 110% 110 120% > 120%

    Fonte: Blackburn & Thornton, 1979

    Prega cutnea tricipital (PCT)

    Medir com ajuda de uma fita inelstica o ponto

    mdio do brao direito.

    Na parte posterior, com um suave pinamento,

    separar levemente a prega do brao,

    desprendendo-a do tecido muscular, e aplicar o

    calibrador formando um angulo reto. O brao

    dever estar relaxado e solto.

    A presena de edema, o uso de adipmetros de

    material plstico, diferentes examinadores,

    mudana de local, so todos fatores que alteram a

    medio.

    Prega cutnea bicipital (PCB)

    Com a palma da mo voltada para fora, na face anterior

    do brao direito, na direo do ponto mdio onde se

    verifica a prega tricipital.

    Prega cutnea subescapular (PCSE)

    Marcar o local logo abaixo do

    ngulo inferior da escpula.

    A pele levantada 1cm abaixo,

    de tal forma que se possa

    observar um ngulo de 45 entre

    esta e a coluna vertebral.

    O calibrador dever ser aplicado

    estando o indivduo com os

    braos e ombros relaxados.

    Prega cutnea suprailaca (PCSI)

    A prega dever ser

    formada na linha mdia

    axilar, com o dedo

    indicador logo acima da

    crista ilaca, na posio

    diagonal, ou seja, seguindo

    a linha de clivagem natural

    da pele no lado direito do

    indivduo.

  • 24/06/2013

    21

    Suprailaca vs supraespinal

    Suprailaca Supraespinal

    Localiza-se 5 a 7 cm acima da espinha

    ilaca anterior. Localiza-se na linha mdia axilar, com o dedo

    indicador logo acima da crista ilaca, na posio

    diagonal, ou seja, seguindo a linha de clivagem

    natural da pele .

    Instrues gerais para aferio das

    pregas cutneas

    Verificar se o adipmetro encontra-se calibrado.

    Pele deve estar seca, sem produto que possa ocasionar

    deslizamento.

    Identificar e marcar o local a ser medido.

    Segurar a prega formada com os dedos polegar e indicador da

    mo esquerda a 1 cm do local marcado.

    Pinar a prega com o calibrador exatamente no local marcado.

    Manter a prega entre os dedos at o trmino da aferio.

    Instrues gerais para aferio das

    pregas cutneas Fazer a leitura em at 4 segundos aps a presso ter sido

    aplicada;

    Abrir as hastes do adipmetro, para remov-lo do local e

    fech-lo lentamente para prevenir danos ou perda da

    calibragem;

    Usar o mesmo equipamento para acompanhar um paciente.

    Diferentes instrumentos podem gerar erros;

    Medio aps exerccios fsicos no recomendada

    deslocamento de fluidos em direo a pele tende a aumentar

    as pregas;

    Instrues gerais para aferio das

    pregas cutneas

    Utilizar a mdia de 3 medidas, porm para evitar a compresso

    medir na seguinte seqncia: trceps, bceps, subescapular, suprailaca

    e retorna ao trceps e assim por diante.

    A leitura depender do equipamento utilizado, quando se tratar de

    um paqumetro com um nico relgio, a leitura direta, quando o

    paqumetro tiver 2 relgios, o menor marcar o nmero de voltas,

    sendo cada volta equivalente a 10mm e sendo este valor adicionado

    ao valor indicado no relgio maior.

    Instrues gerais para aferio das

    pregas cutneas

    Aferies 2 correntes: lado direito ou no

    dominante. Ultimamente convencionou-se lado

    direito.

    No se aconselha aferir pregas logo aps

    atividades fsicas descolamento de fluidos tende

    a aumentar a espessura das dobras cutneas;

    Fontes de erro

    Tipo de equipamento plstico

    Avaliador no treinado (treinados erro de 5% e no treinados de 10

    a 20%);

    Densidade corporal - tecidos mais flcidos/facilmente

    compressveis/no facilmente deformveis/muito firmes > fonte de

    erro;

    Local das dobras no serem representativos da distribuio de

    gordura do indivduo;

    Localizao incorreta do ponto a ser medido (suprailaca > erro).

  • 24/06/2013

    22

    Estimativa de gordura corporal

    utilizando dobras cutneas

    A estimativa de porcentagem de gordura

    corporal pode ser feita por:

    Equao de Siri

    Equao de Brozek

    Utilizao de tabela

    Equao de Siri

    % GCT = (4,95/D) 4,5 x 100

    Idade (anos) Densidade

    Homens 17-19 D = 1,1620 0,063 log x1

    20-29 D = 1,1631 0,0632 log x1

    30-39 D = 1,1422 0,0544 log x1

    40-49 D = 1,1620 0,0700 log x1

    > 50 D = 1,1715 0,0779 log x1

    17-72 D = 1,1765 0,0744 log x1

    Mulheres 16-19 D = 1,1549 0,0678 log x1

    20-29 D = 1,1599 0,0717 log x1

    30-39 D = 1,1423 0,0632 log x1

    40-49 D = 1,1333 0,0612 log x1

    > 50 D = 1,1339 0,0643 log x1

    16-68 D = 1,1567 0,0717 log x1

    X1 = Somatrio das 4 dobras cutneas

    Frmula de Brozek

    % GCT = (4,570/D) 4,142 x 100

    Idade (anos) Densidade

    Homens 17-19 D = 1,1620 0,063 log x1

    20-29 D = 1,1631 0,0632 log x1

    30-39 D = 1,1422 0,0544 log x1

    40-49 D = 1,1620 0,0700 log x1

    > 50 D = 1,1715 0,0779 log x1

    17-72 D = 1,1765 0,0744 log x1

    Mulheres 16-19 D = 1,1549 0,0678 log x1

    20-29 D = 1,15,9 0,0717 log x1

    30-39 D = 1,1423 0,0632 log x1

    40-49 D = 1,1333 0,0612 log x1

    50 D = 1,1339 0,0643 log x1

    16-68 D = 1,1567 0,0717 log x1

    Utilizao de Tabela

    Somar as 4 pregas (bicipital, tricipital,

    subescapular e suprailaca) e olhar na

    tabela a idade e o sexo do paciente.

    O resultado direto.

    Idade (anos)

    Homens Mulheres

    17-29 30-39 40-49 >50 16-29 30-39 40-49 >50

    das

    pregas

    15

    20

    25

    30

    35

    40

    45

    50

    55

    60

    65

    70

    75

    80

    85

    90

    95

    4,8

    8,1

    10,5

    12,9

    14,7

    16,4

    17,7

    19,0

    20,1

    21,2

    22,2

    23,1

    24,0

    24,8

    25,5

    26,2

    26,9

    12,2

    14,2

    16,2

    17,7

    19,2

    20,4

    21,5

    22,5

    23,5

    24,3

    25,1

    25,9

    26,6

    27,2

    27,8

    28,4

    12,2

    15,0

    17,7

    19,6

    21,4

    23,0

    24,6

    25,9

    27,1

    28,2

    29,3

    30,3

    31,2

    32,1

    33,0

    33,7

    12,6

    15,6

    18,6

    20,8

    22,9

    24,7

    26,5

    27,9

    29,2

    30,4

    31,6

    32,7

    33,8

    34,8

    35,8

    36,6

    10,5

    14,1

    16,8

    19,5

    21,5

    23,4

    25,0

    26,5

    27,8

    29,1

    30,2

    31,2

    32,2

    33,1

    34,0

    34,8

    35,6

    17,0

    19,4

    21,8

    23,7

    25,5

    26,9

    28,2

    29,4

    30,6

    31,6

    32,5

    33,4

    34,3

    35,1

    35,8

    36,5

    19,8

    22,2

    24,5

    26,4

    28,2

    29,6

    31,0

    32,1

    33,2

    34,1

    35,0

    35,9

    36,7

    37,5

    38,3

    39,0

    21,4

    24,0

    26,6

    28,5

    30,3

    31,9

    33,4

    34,6

    35,7

    36,7

    37,7

    38,7

    39,6

    40,4

    41,2

    41,9

    Estimativa de gordura corporal

    utilizando dobras cutneas

    A partir da Gordura Corporal Total

    (GCT) possvel calcular:

    Gordura absoluta (kg) = Peso (kg) x (% GCT/100)

    Massa magra = Peso (kg) Gordura absoluta (kg)

  • 24/06/2013

    23

    Referncias Bibliogrficas

    Bergman, RN. et al. A Better Index of Body

    Adiposity. Obesity. March, 2011.

    Lithander, FE; Keogh,AM; Killeen, L. Overweight

    and Obesity among Older Adults on Admission to

    Hospital. The Irish Medical Journal. Volume 104

    Number 6, 2011.

    Isosaki, M.; Cardoso, E. Manual de Dietoterapia e

    Avaliao Nutricional. So Paulo: Atheneu, 2006.

    Referncias Bibliogrficas

    Tirapegui, J. Ribeiro, S.M.L. Avaliao Nutricional

    Teoria e Prtica. Rio de Janeiro: Guanabara-

    Koogan, 2009.

    Rossi, L.; Caruso, L.; Galante, A.P. Avaliao

    Nutricional Novas Perspectivas. So Paulo:

    Roca/Centro Universitrio So Camilo, 2008.

    Vitolo, M.R. Nutrio da Gestao ao

    Envelhecimento. Rio de Janeiro: Ed Rubio, 2008.