aula 2 - estética - o feio o belo e o gosto

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Page 1: Aula 2 - Estética - o feio o belo e o gosto
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estéticas. f.Ciência que trata do belo em geral e do sentimento que ele desperta em nós; beleza.

“um ramo da filosofia que se ocupa das questões tradicionalmente ligadas à arte, como o belo, o feio, o gosto, os estilos e as teorias da criação e da percepção artísticas” (p.200).

do grego, aisthesis“faculdade de sentir”, “compreensão pelos sentidos”, “percepção

totalizante”

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arteComo objeto de estudo da filosofia.

obra de arteOferece-se aos nossos sentidos.

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Auguste Rodin“A Esfinge”, model early 1880s, carved 1909National Gallery of Art – Washington – EUAhttp://www.nga.gov/fcgi-bin/tinfo_f?object=50753

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Marcel Duchamp“A Fonte”1917, réplica (1963)

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Vincent Van Gogh“A Noite Estrelada” Saint Rémy, 1889.

Museu de Arte Moderna de Nova York http://www.moma.org/

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Helio Oiticica (1937-1980)

Hélio Oiticica“Parangolés”

Bases fundamentais para uma definição do "Parangolé" (1964)

Fonte: Itaú Cultural – Enciclopédia de Artes Visuais - Programa Hélio Oiticicahttp://www.itaucultural.org.br

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“Cheguei então ao conceito que formulei como supra-sensorial (...) É a

tentativa de criar, por proposições cada vez mais abertas, exercícios criativos,

prescindindo mesmo do objeto tal como ficou sendo categorizado - não são

fusão de pintura-escultura-poema, obras palpáveis, se bem que possam

possuir este lado. São dirigidas aos sentidos, para através deles, da

'percepção total', levar o indivíduo a uma 'supra-sensação', ao dilatamento de

suas capacidades sensoriais habituais, para a descoberta do seu centro

criativo interior, da sua espontaneidade expressiva adormecida, condicionada

ao cotidiano".

Hélio Oiticica

OITICICA, Hélio. Aspiro ao grande labirinto. Introdução Luciano Figueiredo; Mário Pedrosa; compilação Luciano Figueiredo; Lygia Pape; Wally Salomão. Rio de Janeiro: Rocco, 1986. p. 102-104.

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Vídeo

“H.O.”

Cone Teatro Nô focalizando a obra do artista plástico carioca Hélio Oiticica, com texto poético de Haroldo de campos

13 min.

Ivan Cardoso, 1979.

Fonte: Porta Curtas Petrobráshttp://www.portacurtas.com.br/pop_160.asp?cod=4757&Exib=6008

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arte

Sendo interpretação simbólica do mundo

Sendo atribuição de sentido ao real e uma forma de organização que

transforma o vivido em objeto de conhecimento...

Page 11: Aula 2 - Estética - o feio o belo e o gosto

...proporciona compreensão pelos sentidos; ao se

dirigir, enquanto conhecimento intuitivo, à nossa

imaginação e ao sentimento (não à razão lógica),

torna-se objeto estético por excelência.

Page 12: Aula 2 - Estética - o feio o belo e o gosto

Alfredo Volpi - "Grande Fachada Festiva" (década de 1950)

http://entretenimento.uol.com.br/album/volpi_musicacor_album.jhtm

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Paula Modersohn-BeckerAuto-retrato em seu sexto aniversário de casamento, 1906

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Piero ManzoniMerda d'artista n.066, 1961

Page 15: Aula 2 - Estética - o feio o belo e o gosto

O belo“Será que podemos definir

claramente o que é a beleza,

ou será que esse é um

conceito relativo, que vai

depender da época, do país,

da pessoa, enfim?”

Bouguereau, Adolphe-WilliamO Nascimento da Vênus, 1879

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A beleza é um valor objetivo ou subjetivo?

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Tradição iniciada por Platão (IV a.C.)

Filósofos que defendem a existência

do “belo em si”, de uma essência

ideal, objetiva, independente das

obras individuais, para as quais serve

de modelo e de critério de julgamento.

Ideal universal de beleza.

Vênus de Miloaprox. Entre 130 e 100 a.C.

Museu do Louvre

Page 18: Aula 2 - Estética - o feio o belo e o gosto

As qualidades que tornam um

objeto belo pertencem a ele e não

dependem da pessoa que o

percebe.

Regras para o fazer artístico:

academias de arte do século XVII

Page 19: Aula 2 - Estética - o feio o belo e o gosto

Filósofos empiristas

David Hume (1711-1776)

Relativizam a beleza, reduzindo-a

ao gosto de cada um.

“gosto não se discute”

O belo não está no objeto, mas nas

condições de recepção de sujeito.

Muito bom!

Mas que m... é essa?

Page 20: Aula 2 - Estética - o feio o belo e o gosto

Kant (1724-1804)

Tenta resolver o impasse entre

objetividade e subjetividade.

Belo “é aquilo que agrada

universalmente, ainda que não se

possa justificá-lo intelectualmente.”

O objeto belo é uma ocasião de

prazer, cuja causa reside no sujeito.

Muito bom!

Page 21: Aula 2 - Estética - o feio o belo e o gosto

Kant (1724-1804)

O princípio do juízo estético, portanto, é o sentimento do sujeito e

não o conceito do objeto.

É subjetivo, mas todos os seres humanos tem as mesmas

condições subjetivas da faculdade de julgar.

Page 22: Aula 2 - Estética - o feio o belo e o gosto

Então, qual é a diferença entre eu e um/a

crítico/a de arte?

Blabla blalaBlabla blabla bla

bla bla bla

????

Page 23: Aula 2 - Estética - o feio o belo e o gosto

Ambos podem julgar, mas ele conhece a história da arte e

tem sua sensibilidade educada.

Kasimir Maliêvitch (1878-1935)Quadrado Negro (1915)

Page 24: Aula 2 - Estética - o feio o belo e o gosto

Hegel (1770-1831)

Introduz o conceito de história: a beleza muda através dos

tempos.

Lady Van Dyck, 1639 Jean Harlow, 1930's Twiggy, 1960's

Page 25: Aula 2 - Estética - o feio o belo e o gosto

Essa mudança (chamada devir), que se reflete na arte,

depende mais da cultura e da visão de mundo

presentes em determinada época de que de uma

exigência interna do belo.

Page 26: Aula 2 - Estética - o feio o belo e o gosto

Natureza morta de flores em vaso Wan-Li

1609-10, Ambrosius Bosschaert the ElderNational Gallery de Londres - http://www.nationalgallery.org.uk

Girassóis1888, Vincent van Gogh

National Gallery de Londres - http://www.nationalgallery.org.uk

Page 27: Aula 2 - Estética - o feio o belo e o gosto

Hoje, consideramos o belo

como uma qualidade de

certos objetos singulares que

nos são dados a percepção.

Page 28: Aula 2 - Estética - o feio o belo e o gosto

“Não existe mais a idéia de

um único valor estético a

partir do qual julgamos

todas as obras. Cada

objeto singular estabelece

seu próprio tipo de beleza”.

Page 29: Aula 2 - Estética - o feio o belo e o gosto

Beautiful old lady from Darap(Sikkim) village

Sukanto DebnathFonte: http://www.flickr.com/photos/sukanto_debnath/

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Está contido nas colocações

que são feitas sobre o belo.

O feio

An Old Woman ('The Ugly Duchess')por volta de 1513, Quinten Massys

National Gallery de Londres - http://www.nationalgallery.org.uk

Page 31: Aula 2 - Estética - o feio o belo e o gosto

Assunto “feio” na arte

Século XIX: a arte rompe com a idéia de ser “cópia do real” para

ser considerada como uma criação autônoma que revela as

possibilidades do real.

Passa a ser avaliada pela sua autenticidade e capacidade de falar

ao sentimento.

O feio

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Bathers at La Grenouillère1869, Claude-Oscar Monet

National Gallery de Londres - http://www.nationalgallery.org.uk

Page 33: Aula 2 - Estética - o feio o belo e o gosto

“A questão do gosto não pode ser encarada como preferência

arbitrária e imperiosa da nossa subjetividade”

Pois assim não há margem para o aprendizado, educação da

sensibilidade...

O gosto

Page 34: Aula 2 - Estética - o feio o belo e o gosto

Estamos inseridos no mundo,

nossa subjetividade é construída

nesse mundo.

Deixar que cada uma das obras

vá formando o nosso gosto,

modificando-o.

Julgar sem preconceitos, ampliar

o gosto.

Pensando bem...

Page 35: Aula 2 - Estética - o feio o belo e o gosto

Mikel Dufrenne: A obra de arte “convida a subjetividade a se

constituir como olhar puro, livre abertura para o objeto (...)”

“A educação do gosto se dá dentro da experiência estética, que é a

experiência da presença tanto do objeto estético como do sujeito

que o percebe.”

Page 36: Aula 2 - Estética - o feio o belo e o gosto

“no momento em que entro no mundo da obra, jogo o seu jogo de acordo

com suas regras e vou deixando aparecer alguns de seus muitos sentidos”

Page 37: Aula 2 - Estética - o feio o belo e o gosto

Existe espaço para a construção de novas subjetividades,

abertas a outras experiências estéticas?

“aplaudida apesar de afastada da Semana da Moda de MilãoElena Mirò continua a garantir a alta-costura em tamanhos grandes e encara um novo desafio ao anunciar o primeiro casting internacional para 'modelos com curvas'. Isto, apesar da organização da Semana da Moda de Milão não lhe ter permitido desfilar no âmbito do evento: 'para eles, a nossa imagem não é suficientemente elegante', afirma a responsável da marca.”

Mafalda Galamas/Activa | 23 Set. 2010http://activa.aeiou.pt/artigo.aspx?channelid=6638A5B0-D143-499A-94F5-8E24EAEDF1CC&contentid=B1F0DF8E-C998-4C4E-A0B0-D1DFF31BC35E

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Março 2010

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Junho 2010Março 2010

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Amber Riley (EUA)

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