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Prof. Dr. Luís Cláudio Dallier
Professor das Faculdades COC
Variação Linguística
Para início de conversa...
Por que trabalhar o tema da variação linguística?
O estudo da variação linguística na construção uma postura não-preconceituosa em relação a usos linguísticos distintos dos seus.
As razões dos diferentes usos da linguagem formal, informal, técnica ou linguagens relacionadas aos falantes, como por exemplo, a linguagem dos adolescentes, das pessoas mais velhas.
É necessário transmitirmos ao aluno a noção do valor social que é atribuído a essas variações, sem, no entanto, permitir que ele desvalorize sua realidade ou a de outrem. Essa discussão éfundamental nesse contexto.
A língua não é uniforme
Antecedentes históricos:
•O grego e seus dialetos: o eólico, o dórico, o jônico e o ático.
•O hebraico e a guerra entre duas tribos: shibboleth e sibboleth.
Quem fala?
Para quem se fala?
Quando se fala?
Como se fala?
Por que se fala?
Variações Diatópicas
Dialetos e falares
Regionalismos
Áreas Rurais
Áreas Urbanas
Variações Diastrática
Estrato social e variação linguística
• Classe social
• Nível de Escolarização
Vício na fala
Para dizerem milho dizem mioPara melhor dizem mióPara pior pióPara telha dizem teiaPara telhado dizem teiadoE vão fazendo telhados
O gramático
Os negros discutiamQue o cavalo sipantouMas o que mais sabiaDisse que eraSipantarrou.
Erro de português
Quando o português chegouDebaixo de uma bruta chuvaVestiu o índioQue pena! Fosse uma manhã de solO índio tinha despidoO português.Pronominais
Dê-me um cigarroDiz a gramáticaDo professor e do alunoE do mulato sabidoMas o bom negro e o bom brancoDa Nação BrasileiraDizem todos os diasDeixa disso camaradaMe dá um cigarro
Oswald de Andrade
Algumas Marcas de Variação Diastrática
Uso de determinados modos e tempos verbais.
Vocabulário “bem cuidado”.
Hipercorreção.
VARIAÇÕES DE REGISTROgrau de formalismo: representa uma escala de formalidade no uso dos recursos da língua.
modo: entende-se a língua falada em contraposição àlíngua escrita.
sintonia: ajustamento na estruturação de seus textos que o falante faz, com base em informações específicas que tem sobre o ouvinte (status, tecnicidade, cortesia, norma).
Vídeo
De 15:39 até 20:39
Preconceito Linguístico
Diferenças sociais e econômicas.
Transposição de preconceitos sociais para a dimensão linguística.
DVD Além Mar
Língua
MEC 3 Língua De 07:50 até 09:56
“A língua de Eulália”“ – O português não-padrão é a língua da grande maioria pobre e dos analfabetos do nosso povo, Verinha. É também, consequentemente, a língua das crianças pobre e carentes que freqüentam as escolas públicas. Por ser utilizado por pessoas de classes sociais desprestigiadas, marginalizadas, oprimidas pela terrível injustiça social que impera no Brasil – país que tem a pior distribuição da riqueza nacional em todo o mundo –, o o português não-padrão é vítima dos mesmos preconceitos que pesam sobre essas pessoas. Ele é considerado feio, deficiente, pobre, rude, tosco, estropiado.” (p. 28)
Trabalhando com nosso material
Livro Português6º Ano
3º Bimestre
Capítulo 10
Versões de As viagens de Gulliver
Referência Bibliográfica
BAGNO, M. A língua de Eulália: novela sociolinguística. São Paulo: Contexto, 2005.
CAMACHO, R. A variação linguística. In: Subsídios à proposta curricular de Língua Portuguesa para o 1º e 2º graus. Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, p. 29-41, 1988.
PRETI, Dino. Sociolinguística: os níveis da fala – um estudo sociolinguístico do diálogo na literatura brasileira. 9 ed. São Paulo: EDUSP, 2003.