aula 17 a primeira guerra mundial · guilherme ii; em 1918 a república foi instaurada, chamada...
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1914 a 1918
Imperialismos
Concorrência desmedida por territórios e novos mercados
Nacionalismos
Antigas rivalidades e ressentimentos, resultando em expansionismo e revanchismo
Movimentos nacionalistas
Pan-eslavismo: união dos povos eslavos da Europa Oriental, liderados pelo governo russo.
Pangermanismo: Anexação ao Império Alemão de territórios da Europa Central habitados por germânicos.
Revanchismo francês: recuperação da Alsácia-Lorena, perdida para os alemães durante a Guerra Franco-Prussiana
“Si vis pacem, para bellum”. A Paz Armada.
Corrida armamentista diante de uma guerra iminente
Os tratados de alianças, em 1907:
Tríplice Aliança - Alemanha
- Áustria-Hungria - Itália
Tríplice Entente - Inglaterra
- França - Rússia
X
A configuração dos blocos vai mudar antes e durante a Guerra.
Em 1915, a Itália muda de lado, recebendo promessas de compensações territoriais.
Em 1917, os EUA entram na Guerra.
Em 1917/1918, a Rússia sai da Guerra.
A crise do Marrocos (1905-1911)
FRA e ALE disputavam o controle do território
Conferência determina a supremacia francesa no Marrocos e uma pequena faixa de terra para a ALE
ALE inconformada aumenta a pressão e, em 1911, a FRA cede uma parte do Congo para evitar a guerra
A crise balcânica
Principal foco de atrito entre as potências europeias:
▪ Nacionalismo sérvio (pan-eslavismo), apoiado pela RUS
▪ Expansionismo da Áustria-Hungria, aliada da ALE
1908: Áustria-Hungria anexa a Bósnia-Herzegovina, contrariando a ideia da “Grande Sérvia”;
Movimentos nacionalistas sérvios começam a agir usando violência, preparando o cenário para a Guerra.
Com a Paz Armada consolidada, era necessário um estopim para a eclosão do conflito.
O assassinato do Arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono austro-húngaro, acendeu o pavio.
O autor do crime fazia parte de um grupo nacionalista sérvio, chamado Mão Negra.
A Áustria-Hungria deu à Servia um prazo de 30 dias para entregar os responsáveis pelo assassinato;
A recusa sérvia, com apoio da Rússia, colocou as engrenagens das políticas de alianças em funcionamento;
O conflito era iminente.
28/JUL: Áustria-Hungria declara guerra à Sérvia, com consentimento da Alemanha;
29/JUL: em apoio a Sérvia, a Rússia se mobiliza;
1º/AGO: Alemanha declara guerra à Rússia e depois à França;
4/AGO: Alemanha invade a Bélgica (país neutro) para atingir a França;
5/AGO: Inglaterra declara guerra à Alemanha.
Os países beligerantes na Grande Guerra
Tríplice Aliança Tríplice Entente
Alemanha Áustria-Hungria Turquia (entra em 1914) Bulgária (entra em 1914) Itália (muda de lado em 1915) A Tríplice Aliança também é conhecida como Impérios
Centrais
França Inglaterra Rússia (sai em 1917) Bélgica (inicialmente neutra) Sérvia Grécia Japão EUA (entra em 1917) Brasil
1ª fase: 1914-1915
2ª fase: 1915-1917
3ª fase: 1917-1918
Fragmento do diário de um soldado britânico, chamando a Batalha do Somme de “um retrato do inferno”.
The Passing Bells, minissérie da BBC sobre a 1ª GM
1ª Fase: 1914-1915
A “Guerra de Movimentos”;
Rápida ofensiva alemã sobre o território francês;
Set/1914: Invasão alemã à Paris impedida pela contraofensiva francesa na Batalha do Marne;
Equilíbrio de forças nas frentes de batalha.
2ª Fase: 1915-1917
A “Guerra de Trincheiras”;
Tentativa de garantir territórios conquistados e evitar o avanço inimigo;
Soldados morrendo aos milhares sem nenhum avanço territorial significativo:
Ofensiva do Somme (Jul-Nov/1916), a maior batalha da Grande Guerra
▪ 1,2 milhão de vítimas (entre mortos e feridos);
▪ 1º/Julho/1916: Exército britânico sofre 57.470 baixas (19.240 mortos).
3ª Fase: 1917-1918
Dois foram os eventos principais dessa fase:
1. A entrada dos EUA, ao lado da Entente (Abr/1917)
2. A saída da Rússia, em razão da vitória da Revolução Bolchevique de Out/1917.
i. A saída russa foi oficializada com a assinatura do Tratado de Brest-Litovski em Mar/1918.
Aumento do poderio militar de destruição (carros de combate, metralhadoras de repetição e projéteis explosivos).
Uso de submarinos e aviação como equipamentos de guerra pela 1ª vez na História.
A “economia de guerra” plenamente instalada recorreu aos braços femininos, inserindo as mulheres no mercado de trabalho industrial.
O apoio financeiro e material dos EUA foi crucial para a vitória dos Aliados.
Nov/1918: Alemanha assina o Armistício de Compiègne, suspendendo os combates e se comprometendo a: Retirar suas tropas de todos os
territórios ocupados; Devolver materiais de guerra aos
adversários; Pagar indenizações pelos
territórios ocupados. O famoso vagão-restaurante
Destruição de plantações, casas, estradas e pontes;
10 a 30 milhões de mortos; ≅ 30 milhões de feridos;
A euforia do início da Guerra deu espaço para um clima de desesperança e desespero.
Conferência para formalizar a rendição alemã e os termos finais da 1ª Guerra Mundial;
O Tratado determinou a ALE como a principal responsável pelo conflito e impôs aos alemães:
Restituição da Alsácia-Lorena à França;
Cessão de regiões à Bélgica, Dinamarca e Polônia;
Entrega da sua marinha mercante à FRA, ING e BEL;
Pagamento de indenização (£ 6,6 milhões);
Redução do efetivo militar a no máximo 100 mil homens voluntários; sem aviação militar.
A derrota alemã levou à abdicação do Kaiser Guilherme II;
Em 1918 a República foi instaurada, chamada República de Weimar;
Oficialmente foi o fim do Segundo Reich, que teve início com a unificação (1871) e terminou com a 1ª Guerra Mundial (1918).
O presidente americano Woodrow Wilson propôs a chamada “Paz sem vencedores”, com os seguintes termos: 1. Fim dos acordos secretos entre países;
2. Livre navegação em águas internacionais;
3. Remoção de todas as barreiras econômicas entre países;
4. Redução das armas nacionais à necessidade da segurança interna;
5. Formação de uma associação geral de nações.
A Liga das Nações foi oficializada na Conferência de Versalhes, em Abr/1919;
Principal missão: mediar conflitos internacionais para preservar a paz mundial;
O Congresso Americano VETOU a participação dos EUA;
Esvaziada, a Liga não conseguiu evitar:
a invasão japonesa na Manchúria (1931); e
O ataque italiano à Etiópia (1935).