aula 15 - tratamento do lodo e reuso - 03.11

68
Tratamento de Água e Efluentes 2º. Sem./2010 Eng.Ambiental

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Page 1: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

Tratamento de

Água e Efluentes

2º. Sem./2010

Eng.Ambiental

Page 2: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

2

Page 3: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

Tratamento

do

Lodo

Page 4: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

Decantador

primário

Reator

biológico

Entrada

ETE

Sistema Convencional

Flotador

Caixa de

areia

Decantador

secundário

grades

Espessador

de lodo

Bomba

de lodo

Digestor de lodo Condicionamento e

secagem de lodos

Remoção

especial

Recirculação de lodo

Destino final do lodo

desidratado:

• lançamento rede coletoras,

• em lagoas com largo tempo de

detenção,

• aplicação no terreno,

• aterro sanitário e

aproveitamento de subprodutos

Reto

rno

so

bre

nad

an

te

Legenda:

• Fase liquida sendo clarificada

• Sobrenadante retorno a ETE

• Lodo (sólido) remoção e

tratamento

Destino final do

efluente tratado (lago,

rio, corpo d´água)

Page 5: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

5

Tratamento do Lodo

Introdução

Fase Líquida

• Baixo tempo de permanência na ETE

• Volume elevado

• Efeito poluidor imediato

• Desperta maior interesse

Fase Sólida

• Elevado tempo de permanência na ETE

• 1-2% da vazão total

• 50% da carga poluidora original

• Representa 30 - 50% da despesa operacional

Page 6: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

Decantador

primário

Entrada

ETE

Sistema Convencional

Flotador

Caixa de

areia

Decantador

secundário

Espessador

de lodo

Digestor de lodo Condicionamento e

secagem de lodos

Remoção

especial

Resíduos Sólidos

1. Gradeamento e/ou

peneiras

2. Areia (caixa)

3. Óleo (separador)

4. Escuma (decantadores)

5. Lodo químico

6. Lodo biológico

7. Separados de filtros

8. Carvão ativado

9. Meio filtrante exaurido

10. Resíduo troca iônica

Destino final do

efluente tratado (lago,

rio, corpo d´água)

Page 7: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

7

Tratamento do Lodo

Introdução

Onde são gerados os Resíduos numa ETE?

Detritos sólidos retidos em grades ou peneiras (material

gradeado)

Areia depositadas na “caixas de areia”

Óleo separado no separador água/óleo

Escuma, separada em decantadores primários e secundários

Lodos químicos separados em decantadores e/ou flotadores

Lodos biológicos separados em decantadores e flotadores

Soluções concentradas separadas em filtros de membranas

Carvão ativado separados em filtros

Material filtrante exaurido retirado de filtros

Resíduos de processos de troca iônica

Page 8: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

8

Tratamento do Lodo

Introdução

Classificação dos resíduos sólidos

Segundo a NBR 10.004 os resíduos são agrupados

em 3 classes:

Resíduo Classe I: Perigosos

Resíduo Classe II A: Não Perigosos (Não inertes)

Resíduo Classe II B: Não Perigosos (Inertes)

Page 9: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

9

1. Classe I

2. Classe II

- II A

- II B

1Item 4.2 da NBR 10004

Perigosos

Não perigosos

Inerte

Não inerte

São aqueles que

apresentam

periculosidade:

Inflamabilidade;

Corrosividade;

Reatividade;

Toxicidade;

Patogenicidade.

Ausência de

periculosidade.

Resíduo de

restaurantes;

Madeira;

Sucata de metais;

Papel e papelão;

Areia de fundição;

Plástico

Não se enquadram

na Classe I e II-A, podem ter

propriedades, tais

como:

biodegradabilidade,

combustibilidade ou

solubilidade em

água.

São resíduos ou

mistura de resíduos

sólidos que se

submetidos a NBR

10006, não tenham

nenhum de seus

constituintes

solubilizados de

acordo com os

padrões de teste de

solubilização.

Serragem

Periculosidade de um resíduo: Característica apresentada por um resíduo que, em função de suas

propriedades físicas, químicas ou infecto-contagiosas, pode apresentar:

a) risco à saúde pública, provocando mortalidade, incidência de doenças ou acentuando seus índices;

b) riscos ao meio ambiente, quando o resíduo for gerenciado de forma inadequada. (Item 3.2 da NBR 10004)

Tratamento do Lodo

Introdução

Page 10: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

10

Tratamento do Lodo

Introdução

O que é o Lodo ? Em uma ETA ...

Resíduo constituído de água e sólidos suspensos

originalmente contidos na fonte de água, acrescidos de

produtos resultantes dos reagentes aplicados à água

nos processos de tratamento.

Fontes: lodos decantados (ou flotados) e água de

lavagem dos filtros

Geração: 0,2 a 5% do volume tratado

Page 11: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

11

Tratamento do Lodo

Introdução

O que é o Lodo ? Em uma ETE ...

Mistura sólida e semi-sólida complexa e variável de

substâncias orgânicas e inorgânicas

Aspecto desagradável e mau cheiroso (lodo bruto)

Contém elevada concentração de água > 95%

Produzido continuamente é o principal subproduto do

tratamento de efluentes

Manejo e disposição final exige planejamento criterioso

Page 12: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

12

Operação Projetista

E agora...

O que faço

com o lodo ?

Joga na tal da

“Disposição

Final”

Tratamento do Lodo

Introdução

Page 13: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

13

O que fazer com o Lodo ?

A disposição final dos resíduos dos sistemas de tratamento de água e

esgoto representa um grande problema de âmbito mundial, por razões

técnicas e econômicas. A disposição desses resíduos é uma

operação complexa que geralmente ultrapassa os limites da estação e

exige a interface com outras áreas de conhecimento. Sua gestão,

normalmente representa 20 a 60 % dos custos operacionais de uma

ETE/ETA.

No Brasil a coleta esgotos atende a 40,12% da população urbana. Do

volume coletado, apenas 40% atualmente recebe tratamento

adequado. Grande parte deste resíduo até recentemente era lançada

indiscriminadamente em rios. No entanto, com a evolução da

legislação ambiental, as operadoras vêm sendo obrigadas a destinar

adequadamente estes resíduos. (Fonte: PROSAB)

Tratamento do Lodo

Introdução

Page 14: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

14

Tratamento do Lodo

Introdução

O Lodo tem utilidade ?

Possui valor agregado potencial

Alto teor de matéria orgânica

Contém macro e micro nutrientes

Deve ser encarado como insumo e não como

resíduo perigoso

Reciclagem agrícola Biossólido (a depender !!!)

Page 15: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

15

Tratamento do Lodo

Tipos de Lodo

Lodo Primário (bruto)

Lodo Ativado Excedente

Lodo Químico (terciário)

Page 16: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

16

Tratamento do Lodo

Tipos de Lodo

Oriundo do decantador primário

Possui coloração acinzentada e odor ofensivo

Composição varia com esgoto bruto e a eficiência

do tratamento preliminar

Metais Pesados industrialização

Elevada concentração de patógenos

70 - 80% matéria orgânica

O que é o Lodo Primário ?

Page 17: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

17

Tratamento do Lodo

Tipos de Lodo

Massa Líquida SS do reator biológico

Massa floculenta, marrom de odor agradável

Em ambiente anaeróbio torna-se séptico

rapidamente apresentando coloração escura e

odor desagradável

Descarte regular (idade do lodo) controla

população de microrganismos no reator biológico

O que é o Lodo Ativado ?

Page 18: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

18

Tratamento do Lodo

Tipos de Lodo

Origem: na coagulação da água para remoção de

cor e turbidez (ETA e ETE)

Formados nos decantadores e filtros (ETA e ETE)

Formado nos decantadores secundários (ETE)

Coagulantes metálicos formam sais insolúveis,

ex: FeCl3, FeCl2, Fe2(SO4)3, Al2(SO4) 3

Volume reduzido

Tratado em conjunto com os outros tipos de lodo

O que é o Lodo Químico ?

Page 19: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

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Tratamento do Lodo

Tipos de Lodo

Al2(SO4)3 + 6H2O 2 Al(OH)3 ↓ + 6H+ + 3SO42-

1 mg/l se sulfato de alumínio comercial Al2(SO4)3

.14H2O contém 17% de Al2(SO4)3 e forma 0,26

mg/l de Al(OH)3

Lodo sedimenta com relativa facilidade

Baixa compactilidade (alto volume e baixo teor de

sólidos)

Prática: Lodos com menores concentrações de

Al(OH)3 são mais fáceis de adensar

Lodo Químico de Sulfato de Alumínio

Page 20: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

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Tratamento do Lodo

Tipos de Lodo

Sulfato férrico: Fe2(SO4)3 + 3Ca(HCO3)2 2

Fe(OH)3 ↓ + 3CaSO4 + 6CO2

Cloreto férrico: 2FeCl3.6H2O + 3Ca(HCO3)2 2

Fe(OH)3 ↓ + 3CaCl2 + 6CO2 + 6H2O

1 mg/l de sulfato férrico, forma 0,56 mg/l de

Fe(OH)3

1 mg/l de cloreto férrico, forma 0,40 mg/l de

Fe(OH)3

Mesmas restrições do lodo com Sulf. Alumínio

Lodo Químico de Coagulantes Férricos

Page 21: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

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Tratamento do Lodo

Quantidade Produzida

Lodo Primário: 60 - 70% dos SS e 20 - 30%

da DBO afluente

Lodo Ativado: até 80% da DBO afluente é

convertida em MLSS

0,6 - 0,8 kg PS / kg de DBO aplicada

ETE convencional

0,4 - 0,6 kg PS / kg de DBO aplicada

ETE aeração prolongada

Page 22: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

22

Como tratar o Lodo ?

Tratamento do Lodo

Tratamento

Objetivo: obter condições adequadas para sua

disposição final.

Obter lodo em estado sólido ou semi-sólido.

Remoção de água para concentrar sólidos e

reduzir volume.

Em resumo: aplicação de método de

separação sólido-líquido

Page 23: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

23

Tratamento do Lodo

Desidratação de Lodos

Operações Unitárias

Adensamento: remoção umidade

Estabilização: remoção MO

Desaguamento: remoção umidade

Secagem Térmica: estabilização e redução volume

Incineração: estabilização e redução volume

Page 24: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

24

Adensamento

Por gravidade

flotação

centrifugação

Objetivo

Redução de volume

Redução de volume

Redução de volume

Tratamento do Lodo

Operação Unitária

Page 25: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

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Estabilização

Digestão anaeróbia

Digestão aeróbia

Estabilização química

Tratamento térmico

Objetivo

estabilização, redução de sólidos

estabilização, redução de sólidos

estabilização

estabilização

Tratamento do Lodo

Operação Unitária

Page 26: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

26

Desaguamento

Filtro prensa

Prensa desaguadora

Centrífuga

Leito de secagem

Lagoas de lodo

Objetivo

redução de volume

redução de volume

redução de volume

redução de volume

armazenamento, redução de volume

Tratamento do Lodo

Operação Unitária

Page 27: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

27

Compostagem

Compostegem

Com lixo urbano

Objetivo

reciclagem, redução de volume

reciclagem, redução de volume

Tratamento do Lodo

Operação Unitária

Page 28: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

28

Redução Térmica

Incineração

Co-incineração

Oxidação úmida

Objetivo

estabilização, redução de volume, recuperação de energia

estabilização, redução de volume

estabilização, redução de volume

Tratamento do Lodo

Operação Unitária

Page 29: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

29

Disposição Final

Reciclagem agrícola

Aterro sanitário

Recuperação de áreas degradadas

Objetivo

Disposição final

Disposição final

Disposição final

Tratamento do Lodo

Operação Unitária

Page 30: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

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Operação unitária para remoção de água

Normalmente é a primeira etapa no manejo do lodo

Objetivo: reduzir o volume preservando as

características de líquido

Altamente eficiente: adotado em praticamente

todas as ETEs

Principais tipos:

Por gravidade

Flotador

Centrífuga

Tratamento do Lodo

Adensamento

Page 31: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

31

Tratamento do Lodo

Adensador estático

Page 32: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

32

Formato circular

Diâmetro até 25 m e profundidade lateral entre 3 - 4 m

Declividade de fundo entre 1:3 - 1:6

Taxa de aplicação: 100 - 150 kg/m2.dia Lodo primário

Carga hidráulica: 16 - 32 m3/m2.dia

Favorece produção de gases gera odor ambiente

corrosivo

Tratamento do Lodo

Adensador por gravidade

Lodo Primário

• decanta com rapidez

• adensa com facilidade

• não requer coagulante

Lodo Ativado

• baixa taxa de decantação

• resiste ao adensamento /

compactação

• tendência a flotar

Page 33: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

33

Tratamento do Lodo

Adensador por gravidade

Page 34: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

34

Indicado para lodo ativado excedente e lodos

industriais ricos em óleos e graxas

Relação ar : água = 0,02 - 0,04 kg ar / kg sólido

Lodo decantado deve ser removido

Balão de saturação chega a atingir 8 atm

Lodo adensado atinge até 8% de sólidos

Unidade completamente automatizada

Exige bomba p/ pressurização, compressor de ar,

balão de saturação, válvula de alívio, raspadores

superficiais de lodo, descarte de lodo decantado

Tratamento do Lodo

Flotador

Page 35: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

35

Tratamento do Lodo

Flotador

Page 36: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

36

Princípio semelhante ao da decantação

Força centrífuga é 500 - 3000 vezes superior a força da

gravidade

Centrífugas tipo “Decanter” tambor + rosca transportadora

Diferencial de velocidade determina teor de sólidos da torta

(1 - 30 rpm)

Toda em aço inox

Utilizada para adensamento e desaguamento de lodo

Equipamento compacto, não emite aerossol ou ruído

excessivo

Custo de aquisição e consumo de energia são as principais

desvantagens

Produz torta com até 35% de sólidos

Tratamento do Lodo

Centrifuga

Page 37: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

37

Tratamento do Lodo

Centrifuga

Page 38: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

38

Tratamento do Lodo

Estabilização do Lodo

Biológica • Digestão aeróbica

• Digestão anaeróbica

Química • Produtos

químicos

Térmica • Adição

de calor

Page 39: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

• Biogás: CH4, CO2 e H2S

• Redução de sólidos voláteis:

40 - 50%

• Tempo de detenção: > 15 dias

• Remoção de patógenos: varia

com a temperatura e o tempo de

detenção

• Mesofílica e Termofílica

Tratamento do Lodo

Estabilização do Lodo

Digestão Anaeróbica

3 fases

• Acidogênica

• Acetogênica

• Metanogênica

Page 40: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

Tratamento do Lodo

Estabilização do Lodo

Digestão Anaeróbica

Bactéria Acidogênicas: convertem polissacarídeos,

celulose, amido, proteínas e gorduras em compostos

orgânicos de cadeia curta.

Bactérias Acetogênicas: atacam os compostos orgânicos

de cadeia curta produzindo ácido acético

Bactérias Metanogênicas: produzem metano a partir dos

compostos orgânicos resultantes da fermentação ácida, ex:

Methanosarcina e Methanotrix

Bactérias Redutoras de Sulfato: competem com as

bactérias metanogênicas pelos produtos da fermentação

ácida produzindo CO2 e H2S

Page 41: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

Tratamento do Lodo

Estabilização do Lodo

Digestão Anaeróbica (Problemas)

Carga orgânica

Carga tóxica

Carga hidráulica

Variação de temperatura

Parâmetro Bactérias Metanogênicas Bactérias Acido/Acetogênicas

Taxa de crescimento Lenta Alta

pH Alta sensibilidade Baixa sensibilidade

Temperatura Alta sensibilidade Sensibilidade moderada

Agentes Tóxicos Alta sensibilidade Sensibilidade moderada

Ácidos Voláteis Alta sensibilidade Baixa sensibilidade

Potencial Redox Alta sensibilidade Baixa sensibilidade

Page 42: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

Tratamento do Lodo

Estabilização do Lodo

Digestão Anaeróbica (Biogás)

Composição Típica: metano: 60 - 80% dióxido de

carbono: 20 - 40% gás sulfídrico: até 1%

nitrogênio e oxigênio

Metano: (CH4) inodoro, incolor e inflamável

menos denso que o ar (0,55)

Gás carbônico: (CO2) inodoro, incolor e não

inflamável mais denso que o ar (1,53)

Gás sulfídrico: (H2S) incolor, inflamável e mau

cheiroso mais denso que o ar (1,19)

Page 43: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

Tratamento do Lodo

Estabilização do Lodo

Digestão Aeróbica

C5H7NO2 + 7O2 + bactéria aeróbia 5CO2 + NO3- + 3H2O + H+

Parâmetros de avaliação de desempenho:

redução de sólidos voláteis

qualidade do sobrenadante

capacidade de desaguamento do lodo

odor e aspecto do lodo digerido

• OD entre 1 - 2 mg/l

• 2,3 kg O2/ kg de SV destruído

• concentração < 3% no digestor

• carga orgânica entre 1,6 - 4,8 kg SV/m3.d

Page 44: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

Tratamento do Lodo

Estabilização do Lodo

Compostagem

Vantagens: baixo custo de implantação, produto de

alta qualidade

Desvantagens: requer teor de sólido >35%, alto custo

operacional, área necessária, risco de geração de

odores desagradáveis

lodo

enchimento

mistura

aeração

forçada

revolvimento

cura estocagem

disposição final

Page 45: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

Tratamento do Lodo

Redução Térmica

Oxidação Úmida

Desenvolvida na Noruega

Capacidade da matéria orgânica ser oxidada na

presença de água a temperaturas > 100º C

Requer elevadas pressões de trabalho

Indicada para processos industriais e ETEs

metropolitanas com Q > 250 l/s

Principais variáveis: temperatura, pressão, suprimento

de ar/oxigênio, concentração de sólidos

Produz sólido facilmente decantável e estéril

Líquido com alta carga orgânica

Page 46: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

Oxidação Úmida

A oxidação úmida é um

processo de transformação da

matéria orgânica que produz

dióxido de carbono, água,

ácidos orgânicos fracos e

matéria mineral. O resultado

deste processo é um produto

estéril, com destruição de 95%

a 97% do total de sólidos

voláteis.

Page 47: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

Tratamento do Lodo

Redução Térmica

Incineração

Possibilita a maior redução no volume para disposição final

Volume de cinza < 4% do volume de lodo alimentado ao

incinerador

Exige balanço de massa e energia detalhado

Utiliza sofisticados sistemas de filtros de ar

Incinerador de Múltiplas Câmaras - Incinerador de Leito

Fluidizado

Utilização restrita a grandes áreas metropolitanas

Alternativa recomendada para quantidades acima de 2250

ton/ano

Lodo bruto tem alto poder calorífico (auto combustível)

Uma das principais alternativas para o século XXI

Page 48: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11
Page 49: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11
Page 50: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

50

Redução do custo de transporte ao local de disposição final

Melhoria nas condições de manejo

Aumento do poder calorífico

Redução de volume para disposição em aterro sanitário ou

reuso agrícola

Tratamento do Lodo

Desaguamento

Porque desaguar o Lodo ?

Desaguamento Natural

• Leito de secagem

Desaguamento Mecânico

• Centrifuga

• Presa desaguadora

• Filtro prensa

Page 51: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

51

Tratamento do Lodo

Desaguamento

Centrifuga

Tipo de LodoConc. da Torta

(%)

Captura de Sólidos

(%)

Dosagem de

Polieletrólito (g/kg)

lodo bruto primário 28 – 34 95 2 – 3

lodo anaeróbio 35 – 40 95 2 – 3

lodo ativado 14 – 18 95 6 – 10

lodo misto* bruto 28 – 32 95 6 – 10

lodo misto anaeróbio 26 – 30 95 4 – 6

lodo aeróbio** 18 – 22 95 6 – 10* lodo primário + ativados excedente** aeração prolongada ou ativado excedente

Desempenho depende:

Características do lodo

Condicionamento do lodo

Ajustes mecânicos no equipamento

Page 52: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

52

Tratamento do Lodo

Desaguamento

Prensa desaguadora

Zonas de

Operação

• Zona de peneiramento

• Zona de baixa pressão

• Zona de alta pressão

Vantagens

• Custo de aquisição

• Baixo consumo de energia

• Área requerida (“foot print”)

Desvantagens

• Nível de ruído

• Produção de aerossol

• Ambiente insalubre

Page 53: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

53

Tratamento do Lodo

Prensa Desaguadora

Page 54: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

54

Tratamento do Lodo

Prensa Desaguadora

Tipo de

Lodo

Carga

hidráulica

(m3/h)

Carga de

sólidos

(kg/h)

Concentração

de sólidos no

afluente

(% ST)

Concentração

de sólidos na

torta

Captura de

sólidos

Anaeróbio*

6,4 – 15 318 – 454 3 – 5 18 – 24 95

Aeróbio**

7,3 – 23 181 – 318 1 – 3,0 14 –18 92 – 95

Lodo

Ativado10,4 – 23 136 – 272 0,5 – 1,3 14 – 18 90 – 95

Bruto

Primário11,4 – 23 681 – 1.134 4 – 6 23 – 25 95

Bruto Misto 9,1 – 23 454 – 681 3 – 5 23 – 28 95* 50% primário / 50% lodo ativado em peso

** lodo ativado digerido aerobicamente

Page 55: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

• Único em batelada ciclo dura entre 2 - 5 horas

Vantagens:

Torta com alta concentração de sólidos

Elevada captura de sólidos

Baixo consumo de produtos químicos durante

condicionamento

Desvantagens:

Peso do equipamento

Custo de aquisição

Substituição regular das telas

Tratamento do Lodo

Desaguamento

Filtro Prensa

Page 56: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

56

Tratamento do Lodo

Filtro prensa

Page 57: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

57

Tratamento do Lodo

Desaguamento

Leitos de Secagem

Indicados para secagem de lodos estabilizados apenas

Tecnologia apropriada para ETEs até 20.000 p.e.

Drenagem e evaporação atuam em paralelo

A drenagem predomina nas primeiras 72 horas

L = 10 - 30 m e W = 6 - 10 m

Retirada manual

Teor de sólidos > 40%

Liberação de odores e produção de moscas

Tipo de Lodo Taxa de aplicação (kgPS/m2.ano) Área (m2/1000 hab.equiv.)

Anaeróbio primário 120 – 200 90 – 140

Anaeróbio prim. + ativado 60 – 100 160 - 275

Page 58: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

58

Adensamento

Por gravidade

Flotação

centrifugação

Estabilização

Digestão aeróbica

Digestão anaeróbica

Compostagem

Incineração

Oxidação úmida

Desaguamento

Centrífuga

Prensa desaguadora

Filtros prensas

Leitos de secagem

Reuso e disposição final

Reuso agrícola

Aterro sanitário

Recuperação área degradada

Tratamento do Lodo

Resumo

Page 59: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

59

Para onde vai os Resíduos sólidos ?

Tratamento do Lodo

Disposição Final

• Areia

• Material gradeado

• Escuma

sólidos

aterro

Page 60: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

60

Para onde vai o Lodo ?

Tratamento do Lodo

Disposição Final

Lodo

• Primário

• Secundário (não estabilizado)

Estabilização

• Aeróbica

• Anaeróbica

Desidratação

• Desidratação mecânica

• Leitos de secagem

Disposição final

• Aplicação no solo

• aterramento

Page 61: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

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Para onde vai o Lodo ?

Tratamento do Lodo

Disposição Final

Lodo

• Biológico já estabilizado

Desidratação

• adensamento

• Leitos de secagem

Disposição final

• Aplicação no solo

• aterramento

Page 62: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

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Lodo para Reuso

Tratamento do Lodo

Disposição Final

Lodo tratamento higienização Reuso

agrícola

Higienização do lodo:

Principais patógenos que colocam em risco a saúde

humana e animal:

Ovos de helmintos, bactérias e cistos de protozoários

Page 63: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

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Para onde vai o Lodo ?

Tratamento do Lodo

Disposição Final

Page 64: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

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Para onde vai o Lodo ?

Tratamento do Lodo

Disposição Final

Page 65: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

65

Tijolo feito com mistura de areia,

cimento e resíduo da indústria de

papel.

O lodo resultante do processo de

tratamento dos efluentes hídricos da

fabricação do papel, formado por

materiais como caulim – um tipo de

argila muito usada pela indústria de

porcelana e celulose

http://www.revistapesquisa.fapesp.br/

Reuso

Tratamento do Lodo

Disposição Final

Page 66: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

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Características do lodo

Estimativa da quantidade de lodo produzida

Métodos para minimizar a quantidade de lodo

produzida

Métodos de desidratação (*)

Tratamento do Lodo

Projeto do sistema

O que é necessário saber ?

Prensa desaguadora

centrifuga Filtração a

vácuo Leito de secagem

Page 67: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

Onde Estudar a Aula de Hoje

Nos Livros

• Cavalcanti, José Eduardo W. de A. – Manual de

Tratamento de Efluentes Industriais – ABES –

Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e

Ambiental ( Cap. 17 – Destinação Final de

Resíduos Sólidos de ETE)

• Richter, Carlos A. – Tratamento de Lodos de ETA

• Telles, Dirceu D´Alkmin & Costa, Regina Hellena

Pacca Guimarães – Reúso da Água – Conceitos,

Teorias e Práticas

Page 68: Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11

Contato

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