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  • Aula 14 - Prof. Herbert Almeida

    Questes Comentadas de Administrao Pblica p/ AFRFB 2014Professores: Srgio Mendes, Herbert Almeida

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  • Questes Comentadas de Administrao Pblica Auditor Fiscal da Receita Federal

    Teoria e Questes Comentadas Profs. Srgio Mendes e Herbert Almeida - Aula 14

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    AULA 14: Controle da Administrao Pblica

    SUMRIO

    1. CONTROLE DA ADMINISTRAO PBLICA .............................................................................. 1

    1.1. ^UPER RESUMO ................................................................................................................. 1 1.2. QUESTES COMENTADAS DE CONTROLE DA ADMINISTRAO PBLICA ................................................ 4

    2. QUESTES COMENTADAS NA AULA ..................................................................................... 37

    3. GABARITO ........................................................................................................................... 53

    4. REFERNCIAS ....................................................................................................................... 53

    Ol pessoal, tudo bem?

    Nesta aula, vamos estudar os seguintes tpicos: 12. Controle da Administrao Pblica..

    um assunto simples, mas importante conhecer bem os artigos 70 at o 75 da Constituio Federal e as formas de controle. As questes so, em geral, repetitivas e, portanto, no vamos trazer os exerccios de verdadeiro ou falso.

    Desde j, desejo-lhes muito sucesso na prova e espero que este curso seja uma importante ferramenta na busca pela to sonhada aprovao.

    Vamos rpido que o tempo est passando. Aproveitem a aula e bons estudos!

    1. Controle da Administrao Pblica

    1.1. Super Resumo

    CONCEITO

    +HO\ /RSHV 0HLUHOOHV Controle, em tema de administrao pblica, a faculdade de vigilncia, orientao e correo que um Poder, rgo ou

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    autoridade exerce sobre a conduta funcional de outro

    TIPOS

    Quanto ao momento: prvio; concomitante e posterior.

    Quanto origem:

    9 interno: exercido por rgos integrantes do mesmo Poder sobre as condutas administrativas produzidas dentro de sua esfera;

    9 externo: exercido por um Poder diverso daquele em que foi praticado o ato. A Constituio Federal reserva a denominao controle externo somente para o controle contbil, financeiro, oramentrio operacional e patrimonial exercido pelo Congresso Nacional com o auxlio do Tribunal de Contas da Unio.

    Quanto situao de exterioridade do controle1:

    9 jurisdicional exercido pelos rgos do Poder Judicirio em obedincia ao direito fundamental previsto no art. 5 da CF: XXXV - a lei no excluir da apreciao do Poder Judicirio leso ou ameaa a direito; 9 poltico de competncia do Poder Legislativo. Pode ser chamado de

    controle parlamentar. As principais manifestaes so as comisses parlamentares de inqurito CPIs , as convocaes de autoridades, os requerimentos de informao e a sustao de atos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites da delegao legislativa (CF, art. 49, V); 9 tcnico exercido pelos rgos de controle externo nas trs instncias de

    governo, em auxlio aos rgos do Poder Legislativo, e pelos sistemas de controle interno.

    DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS IMPORTANTES

    Art. 70. A fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial da Unio e das entidades da administrao direta e indireta, quanto legalidade, legitimidade, economicidade, aplicao das subvenes e renncia de receitas, ser exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Pargrafo nico. Prestar contas qualquer pessoa fsica ou jurdica, pblica ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores pblicos ou pelos quais a Unio responda, ou que, em nome desta, assuma obrigaes de natureza pecuniria. (Redao dada pela Emenda Constitucional n 19, de 1998)

    1 Lima, 2009, p. 6.

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    Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, ser exercido com o auxlio do Tribunal de Contas da Unio, ao qual compete: I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da Repblica, mediante parecer prvio que dever ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento; II - julgar as contas dos administradores e demais responsveis por dinheiros, bens e valores pblicos da administrao direta e indireta, includas as fundaes e sociedades institudas e mantidas pelo Poder Pblico federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuzo ao errio pblico; III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admisso de pessoal, a qualquer ttulo, na administrao direta e indireta, includas as fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico, excetuadas as nomeaes para cargo de provimento em comisso, bem como a das concesses de aposentadorias, reformas e penses, ressalvadas as melhorias posteriores que no alterem o fundamento legal do ato concessrio; IV - realizar, por iniciativa prpria, da Cmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comisso tcnica ou de inqurito, inspees e auditorias de natureza contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judicirio, e demais entidades referidas no inciso II; V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a Unio participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo; VI - fiscalizar a aplicao de quaisquer recursos repassados pela Unio mediante convnio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Municpio; VII - prestar as informaes solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comisses, sobre a fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspees realizadas; VIII - aplicar aos responsveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanes previstas em lei, que estabelecer, entre outras cominaes, multa proporcional ao dano causado ao errio; IX - assinar prazo para que o rgo ou entidade adote as providncias necessrias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade; X - sustar, se no atendido, a execuo do ato impugnado, comunicando a deciso Cmara dos Deputados e ao Senado Federal; XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados. 1 - No caso de contrato, o ato de sustao ser adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitar, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabveis. 2 - Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, no efetivar as medidas previstas no pargrafo anterior, o Tribunal decidir a respeito. 3 - As decises do Tribunal de que resulte imputao de dbito ou multa tero eficcia de ttulo executivo. 4 - O Tribunal encaminhar ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente, relatrio de suas atividades. Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judicirio mantero, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execuo dos programas de governo e dos oramentos da Unio; II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto eficcia e eficincia, da gesto oramentria, financeira e patrimonial nos rgos e entidades da administrao federal, bem como da aplicao de recursos pblicos por entidades de direito privado;

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    III - exercer o controle das operaes de crdito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da Unio; IV - apoiar o controle externo no exerccio de sua misso institucional. 1 - Os responsveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela daro cincia ao Tribunal de Contas da Unio, sob pena de responsabilidade solidria. 2 - Qualquer cidado, partido poltico, associao ou sindicato parte legtima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da Unio.

    1.2. Questes Comentadas de Controle da Administrao Pblica

    1. (ESAF - ATA/MF/PECFAZ/2013) Quanto ao controle da administrao pblica, FRUUHWRDUPDU

    a) o controle da esfera federal denominado de tutela, o qual somente pode ser exercido nos limites estabelecidos em lei. b) o controle poltico abrange aspectos ligados somente ao mrito do ato administrativo e no a aspectos de legalidade. F R FRQWUROH QDQFHLUR SUHYLVWR QD FRQVWLWXLomR IHGHUDO FRPSUHende tambm o controle da legitimidade. d) no possvel a apreciao judicial dos atos discricionrios praticados pela Administrao Pblica por se tratar de "mrito", principalmente quanto "motivao", visto que abrangido pela oportunidade e convenincia do administrador pblico. e) o recurso administrativo prprio dirigido a rgo ou autoridade estranha hierarquia da que expediu o ato recorrido e por esse rgo ou autoridade julgado. Comentrio: de acordo com a Constituio Federal:

    Art. 70. A fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial da Unio e das entidades da administrao direta e indireta, quanto legalidade, legitimidade, economicidade, aplicao das subvenes e renncia de receitas, ser exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

    Assim, percebe-se que o controle financeiro abrange a legitimidade. Dessa forma, a opo C est correta.

    Os demais itens esto incorretos, vejamos os motivos:

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    a) errada: GH DFRUGR FRP +HO\ /RSHV 0HLUHOOHV Controle, em tema de administrao pblica, a faculdade de vigilncia, orientao e correo que um Poder, rgo ou autoridade exerce sobre a conduta funcional de outro

    Nesse contexto, no mbito na Administrao direta, o controle decorre da subordinao hierrquica, e, no campo da Administrao indireta, resulta da vinculao administrativa, que deve ser nos termos da lei instituidora das entidades que a compem. Nessa linha, o controle que a Administrao executa sobre os seus prprios atos denomina-se autotutela, sendo, portanto, amplo. Por outro lado, o controle exercido pelo ente instituidor sobre a Administrao indireta denomina-se tutela ou controle finalstico, devendo ser exercido nos limites da lei.

    Percebe-se, pois, que o controle no se limita tutela, abrangendo tambm a autotutela. Ademais, podemos mencionar ainda o controle externo, que ser debatido adiante.

    b) errada: o controle poltico exercido pelo Congresso Nacional sob o Poder Executivo. Luiz Henrique Lima destaca que, entre os principais instrumentos do controle poltico, esto as comisses parlamentares de inqurito CPIs , as convocaes de autoridades, os requerimentos de informao e a sustao de atos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites da delegao legislativa (CF, art. 49, V).

    Nesse contexto, o controle poltico essencialmente de legalidade, embora possa alcanar o mrito, como no exame da economicidade.

    d) errada: realmente o Poder Judicirio no pode apreciar o mrito dos atos discricionrios. Porm, ele pode apreciar o ato discricionrio em si. possvel que o Judicirio verifique se o ato foi realizado dentro dos limites impostos pela lei, se o agente competente para tal, se o motivo alegado realmente consiste com a prtica do ato e por a vai. A apreciao, nesse caso, no deixa de ser de legalidade, uma vez que no se aprecia o mrito, mas to somente se o ato discricionrio ocorreu nos limites impostos pela lei.

    e) errada: o item fez a inverso dos conceitos. O recurso hierrquico prprio dirigido a rgo ou autoridade da prpria estrutura hierrquica. Por outro lado, o recurso hierrquico imprprio dirigido a rgo ou autoridade estranha hierarquia da que expediu o ato recorrido e por esse rgo ou autoridade julgado.

    Gabarito: alternativa C.

    2. (ESAF - AFRE CE/2007) Assinale a opo que contenha a correlao correta.

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    (1) Controle Interno da Administrao (2) Controle Parlamentar (3) Controle Jurisdicional

    ( ) Revogao ou anulao do ato administrativo - smula 473 - STF ( ) Processo administrativo disciplinar ( ) Comisso Parlamentar de Inqurito ( ) Mandado de segurana ( ) Ao popular

    a) 1 - 1 - 2 - 3 - 3 b) 2 - 1 - 2 - 3 - 1 c) 3 - 2 -1 - 2 - 1 d) 1 - 1 - 3 - 2 - 1 e) 2 - 3 - 1 - 2 2 Comentrio: de acordo com a Smula 473 do STF:

    A Administrao pode anular seus prprios atos, quando eivados de vcios que os tornam ilegais, porque deles no se originam direitos; ou revog-los, por motivo de convenincia ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciao judicial. (grifos nossos)

    Este o fundamento do poder-dever de autotutela do qual deriva o controle interno (1). No mesmo contexto, o processo administrativo disciplinar realizado pelo prprio rgo ou Poder dentro de seu controle hierrquico, que um controle interno (1). A comisso parlamentar de inqurito, por sua vez, encontra previso no art. 58 da Constituio Federal, tratando de uma forma de controle parlamentar (2), pois exercido pelo Congresso Nacional:

    Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas tero comisses permanentes e temporrias, constitudas na forma e com as atribuies previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criao. (...) 3 - As comisses parlamentares de inqurito, que tero poderes de investigao prprios das autoridades judiciais, alm de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, sero criadas pela Cmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um tero de seus membros, para a apurao de fato determinado e por prazo certo, sendo suas

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    concluses, se for o caso, encaminhadas ao Ministrio Pblico, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

    J o mandado de segurana e a ao popular so formas de controle jurisdicional (3), pois so exercidas pelo Poder Judicirio. Vejamos os respectivos dispositivos desses instrumentos na Constituio Federal:

    Art. 5 (...) LXIX - conceder-se- mandado de segurana para proteger direito lquido e certo, no amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o responsvel pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pblica ou agente de pessoa jurdica no exerccio de atribuies do Poder Pblico; (...) LXXIII - qualquer cidado parte legtima para propor ao popular que vise a anular ato lesivo ao patrimnio pblico ou de entidade de que o Estado participe, moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimnio histrico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada m-f, isento de custas judiciais e do nus da sucumbncia;

    Esquematizando, a nossa resposta fica: 1 1 2 3 3 . Gabarito: alternativa A.

    3. (ESAF - AFT/2010) O estudo do tema 'controle da administrao pblica' nos revela que:

    a) submetem-se a julgamento todas as contas prestadas por responsveis por bens ou valores pblicos, a includo o Presidente da Repblica. b) no exerccio do poder de autotutela, a administrao pblica pode rever seus atos, mas no pode declar-los nulos. c) em respeito ao princpio da separao dos poderes, vedado o controle transversal de um Poder sobre os outros. d) o controle interno exercido pelo Congresso Nacional, com o auxlio do Tribunal de Contas da Unio. e) o Poder Judicirio exerce apenas controle jurisdicional sobre seus atos administrativos.

    Comentrio: vamos comear pelo art. 70 da CF:

    Art. 70. A fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial da Unio e das entidades da administrao direta e indireta, quanto legalidade, legitimidade, economicidade, aplicao das subvenes e renncia de receitas, ser exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Pargrafo nico. Prestar contas qualquer pessoa fsica ou jurdica, pblica ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores pblicos ou pelos quais a Unio responda, ou que, em nome desta, assuma obrigaes de natureza pecuniria. (grifos nossos)

    Dessa forma, podemos perceber que todos os responsveis por bens ou valores pblicos devem prestar contas, que, por conseguinte, sero julgadas. Da a correo da opo A. Todavia, devemos destacar que, na esfera federal,

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    as contas dos responsveis em geral so julgadas pelo Tribunal de Contas da Unio, enquanto as contas do Presidente da Repblica (PR) so julgadas pelo Congresso Nacional, cabendo ao TCU emitir um parecer prvio. Ou seja: 9 contas do PR TCU emite parecer prvio, no prazo de 60 dias a contar de

    seu recebimento; CN julga. 9 contas dos demais responsveis TCU julga. As demais alternativas esto incorretas pelos seguintes motivos:

    b) no exerccio do poder de autotutela, a administrao pblica pode anular seus prprios atos, quando ilegais, ou revog-los por motivo de convenincia ou oportunidade (Smula 473-STF); c) o equilbrio entre os poderes mantido a partir do sistema de freios e contrapesos, que consiste no controle que um Poder exerce sobre o outro controle externo. Ou seja, possvel que ocorra o controle transversal de um Poder sobre os outros;

    d) o controle externo exercido pelo Congresso Nacional, com o auxlio do Tribunal de Contas da Unio (art. 71, CF/88). e) o Poder Judicirio pode exercer o controle jurisdicional sobre toda a Administrao Pblica. Alm disso, o Judicirio exerce o controle administrativo sobre os seus atos quando executa a funo atpica de administrar. Por exemplo, quando realiza uma licitao ou um concurso, o Judicirio est exercendo a funo administrativa e, nesse ponto, pode exercer a autotutela.

    Gabarito: alternativa A.

    4. (ESAF - AnaTA MTUR/2014) Referente ao controle da administrao pblica, assinale a opo correta.

    a) O Senado Federal no tem o poder de convocar Ministro de Estado para prestar pessoalmente informaes sobre assunto previamente determinado. b) No possvel superviso ministerial de empresas estatais. c) O Congresso Nacional no possui a funo de julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da Repblica. d) O Poder Judicirio no tem sistema de controle interno. e) Ao popular no pode ser proposta por pessoa jurdica. Comentrio: vamos comear pelo Texto Constitucional:

    Art. 5 (...)

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    LXXIII - qualquer cidado parte legtima para propor ao popular que vise a anular ato lesivo ao patrimnio pblico ou de entidade de que o Estado participe, moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimnio histrico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada m-f, isento de custas judiciais e do nus da sucumbncia;

    Percebam que a ao popular s pode ser proposta por cidado, ou seja, no alcana as pessoas jurdicas. Assim, a opo alternativa E. Quanto aos demais itens, podemos observar os seguintes erros:

    a) as comisses do Senado Federal possuem competncia para convocar Ministro de Estado, conforme consta no art. 58, 2, III:

    Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas tero comisses permanentes e temporrias, constitudas na forma e com as atribuies previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criao. 2 - s comisses, em razo da matria de sua competncia, cabe: III - convocar Ministros de Estado para prestar informaes sobre assuntos inerentes a suas atribuies;

    b) as entidades da Administrao indireta esto sujeitas tutela, controle finalstico ou superviso ministerial da Administrao indireta. Um exemplo a Caixa Econmica Federal (empresa pblica), que est sujeita superviso do Ministrio da Fazenda.

    c) as contas do Presidente da Repblica so apreciadas, mediante parecer prvio, pelo TCU e julgadas, nos termos do inc. IX do art. 49 da CF/88, pelo Congresso Nacional:

    Art. 49. da competncia exclusiva do Congresso Nacional: (...) IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da Repblica e apreciar os relatrios sobre a execuo dos planos de governo;

    d) todos os poderes devem possuir um sistema de controle interno: Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judicirio mantero, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execuo dos programas de governo e dos oramentos da Unio; II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto eficcia e eficincia, da gesto oramentria, financeira e patrimonial nos rgos e entidades da administrao federal, bem como da aplicao de recursos pblicos por entidades de direito privado; III - exercer o controle das operaes de crdito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da Unio; IV - apoiar o controle externo no exerccio de sua misso institucional. (grifos nossos)

    Gabarito: alternativa E.

    5. (ESAF - AnaTA MTUR/2014) O conjunto de instrumentos que o ordenamento jurdico estabelece a fim de que a prpria Administrao Pblica, os Poderes Judicirio e Legislativo e ainda o povo, diretamente ou por meio de rgos

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    especializados, possam exercer o poder de fiscalizao, orientao e reviso da atuao administrativa de todos os rgos, entidades e agentes pblicos em todas as esferas de poder enuncia o significado do:

    a) Princpio da legitimidade. b) Princpio da separao de poderes. c) Controle administrativo. d) Controle interno. e) Controle externo. Comentrio: de acordo com Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo2:

    Pode-se conceituar controle administrativo como o conjunto de instrumentos que o ordenamento jurdico estabelece a fim de que a prpria administrao pblica, os Poderes Judicirio e Legislativo, e ainda o povo, diretamente ou por meio de rgos especializados, possam exercer o poder de fiscalizao, orientao e reviso da atuao administrativa de todos os rgos, entidades e agentes pblicos, em todas as esferas de Poder.

    Vejam que o conceito apresentado pela banca cpia do trecho de Alexandrino e Paulo, referindo-se, portanto, ao conceito de controle administrativo.

    Consoante os mesmos autores, o controle interno aquele exercido dentro de um mesmo Poder, seja o exercido no mbito hierrquico, seja o exercido por meio de rgos especializados, sem relao de hierarquia com o rgo controlado, ou ainda o controle que a administrao direta exerce sobre a administrao indireta de um mesmo Poder.

    Por outro lado, o controle externo aquele exercido por um Poder sobre os atos administrativos de outro Poder.

    Gabarito: alternativa C.

    6. (ESAF - AnaTA MTUR/2014) A Coluna I enuncia dois tipos de controle administrativo, conforme a presena ou no do quesito hierarquia.

    A Coluna II traz hipteses concretas na qual h o exerccio do controle. Correlacione as Colunas I e II conforme a presena ou no da hierarquia no exerccio do controle nas hipteses elencadas na Coluna II. Ao final, assinale a opo que expresse a sequncia correta para a Coluna I.

    COLUNA I COLUNA II

    (1) Controle Administrativo ( ) Controle exercido entre os rgos da administrao

    2 Alexandrino e Paulo, 2011, p. 790-791.

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    Hierrquico direta que sejam escalonados verticalmente em cada

    poder.

    (2) Controle Administrativo

    No Hierrquico.

    ( ) Entre rgos que embora integrem uma s pessoa

    jurdica, no esto na mesma linha de escalonamento

    vertical.

    ( ) Entre rgos de cada entidade da administrao

    indireta que sejam escalonados verticalmente, no

    mbito interno da prpria entidade.

    ( ) Entre a administrao direta e a administrao

    indireta (tutela ou controle finalstico)

    a) 1, 1, 2, 2 b) 1, 2, 1, 2 c) 2, 2, 2, 1 d) 1, 2, 2, 1 e) 2, 1, 2, 1 Comentrio: segundo Alexandrino e Paulo, o controle hierrquico decorre do escalonamento vertical de rgos da administrao direta ou do escalonamento vertical de rgos integrantes de cada entidade da administrao indireta.

    Dessa forma, podemos perceber que o primeiro e o terceiro item se referem ao controle hierrquico.

    O controle no hierrquico, por sua vez, ocorre entre rgos que no so hierarquicamente subordinados. o caso, por exemplo, do controle finalstico, que exercido pela Administrao direta sobre a indireta, ou do controle administrativo no hierrquico, que pode ser realizado por rgos especializados para julgar recursos em situaes em que no existe relao de subordinao entre eles. Dessa forma, o segundo e o quarto item so exemplos de controle no hierrquico.

    Dessa forma, obtemos a seguinte sequncia: 1, 2, 1, 2.

    Gabarito: alternativa B.

    7. (ESAF - EPPGG/2013) por meio da Administrao Pblica que o Estado dispe dos elementos necessrios para implementar as prioridades do Governo. Assim, de extrema relevncia o estudo acerca das aes empreendidas pelo gestor da coisa pblica, destacando especial ateno ao grau de aderncia ao

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    interesse pblico. O objetivo principal do controle interno o de possuir ao preventiva antes que aes ilcitas, incorretas ou imprprias possam atentar contra os princpios expostos pela Constituio da Repblica Federativa do Brasil. O controle interno se funda em razes de ordem administrativa, jurdica e mesmo poltica. Sem controle no h nem poderia haver, em termos realistas, responsabilidade pblica. A responsabilidade pblica depende de uma fiscalizao eficaz dos atos do Estado. Neste contexto, o controle interno opera na organizao compreendendo o planejamento e a oramentao dos meios, a execuo das atividades planejadas e a avaliao peridica da atuao. O controle instrumento eficaz de gesto e no novidade do ordenamento jurdico brasileiro.

    Assinale, entre as opes abaixo, a opo incorreta acerca do controle pblico.

    a) O Artigo 70 da Constituio Federal afirma que a fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial da Unio e das entidades da administrao direta, indireta, quanto legalidade, legitimidade, economicidade, aplicao de subvenes e renncia de receitas, ser exercida pelo Poder Judicirio, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada poder. b) O Artigo 71 da Constituio Federal afirma que o controle externo, a cargo do Congresso Nacional, ser exercido com o auxlio do Tribunal de Contas da Unio, instrumento do Poder Legislativo. c) O Artigo 74 da Constituio Federal afirma que os Poderes Legislativo, Executivo e Judicirio mantero, de forma integrada, sistema de controle interno. d) O Artigo 76 da Lei n. 4.320/64 estabelece que o Poder Executivo exercer os trs tipos de controle da execuo oramentria: 1) legalidade dos atos que resultem arrecadao da receita ou a realizao da despesa, o nascimento ou a extino de direitos e obrigaes; 2) a fidelidade funcional dos agentes da administrao responsveis por bens e valores pblicos; 3) o cumprimento do programa de trabalho expresso em termos monetrios e em termos de realizao de obras e prestao de servios. e) A Lei n. 4.320/64 inovou ao consagrar os princpios de planejamento, do oramento e do controle, estabelecendo novas tcnicas oramentrias para a eficcia dos gastos pblicos. Comentrio: embora as alternativas sejam longas, muito fcil encontrar o erro na opo A:

    Art. 70. A fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial da Unio e das entidades da administrao direta e indireta, quanto legalidade, legitimidade, economicidade, aplicao das subvenes e renncia de receitas, ser exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

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    Assim, o titular do controle externo o Congresso Nacional ou o Poder Legislativo.

    Os demais itens so todos corretos:

    b) R DUWLJR GD &) GLVS}H TXH R controle externo, a cargo do Congresso Nacional, ser exercido com o auxlio do Tribunal de Contas da Unio27&8 um rgo autnomo e com competncias prprias e privativas, extradas diretamente da Constituio Federal. Porm, em algumas situaes, como no julgamento das contas do Presidente da Repblica, o TCU o instrumento tcnico do Poder Legislativo.

    FVLPSOHVUHSURGXomRGRDUWGD&)Os Poderes Legislativo, Executivo e Judicirio mantero, de forma integrada, sistema de controle interno (...) d) a Lei 4.320/1964 dispe sobre os tipos de controle que devem ser exercidos pelo Poder Executivo, sem prejuzo das atribuies do Tribunal de Contas: I - a legalidade dos atos de que resultem a arrecadao da receita ou a realizao da despesa, o nascimento ou a extino de direitos e obrigaes;

    II - a fidelidade funcional dos agentes da administrao, responsveis por bens e valores pblicos;

    III - o cumprimento do programa de trabalho expresso em termos monetrios e em termos de realizao de obras e prestao de servios.

    e) por fim, a Lei 4.320/1964 instituiu o oramento programa, vinculando o oramento ao planejamento, alm de apresentar diversos dispositivos sobre o controle. Dessa forma, a Lei estabeleceu novas tcnicas oramentrias para a eficcia dos gastos pblicos.

    Gabarito: alternativa A.

    8. (ESAF - AFRFB/2012) Ex-presidente de uma autarquia sofre tomada de contas especial determinada pelo Tribunal de Contas da Unio TCU em razo de apurao de denncia recebida naquele Tribunal.

    A autarquia instaurou a tomada de contas especial com a finalidade de quantificar o montante de recursos gastos com o fretamento de aeronaves (taxi areo) pelo seu ex-presidente. Tal procedimento resultou na apurao de despesas relativas a 59 (cinquenta e nove) voos no perodo de sua gesto desde sua posse at a data em que foi afastado do cargo. A comisso condutora da tomada de contas especial, no obstante as consideraes do interessado, concluiu pela ausncia de motivao para a contratao dos voos realizados.

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    A referida comisso ressaltou tambm que encontrou reportagens de jornais da poca do fato, todas juntadas aos autos, noticiando que o ento presidente da autarquia, por ter pretenso de ocupar cargo poltico, acompanhava o governante do Estado onde a autarquia era sediada em viagens e auxiliava outros governantes em suas respectivas plataformas polticas, com a utilizao da autarquia que presidia como "trampolim poltico". Endossando o entendimento da comisso de tomada de contas especial, o TCU considerou que o ex-presidente da referida autarquia praticou ato antieconmico e julgou pela irregularidade de suas contas, aplicando-lhe multa. Considerando o caso concreto acima narrado e a jurisprudncia do TCU acerca do seu papel no exerccio do controle da administrao pblica, avalie as questes a seguir, assinalando falso (F) ou verdadeiro (V) para cada uma delas, em seguida, marque a opo que apresenta a sequncia correta. ( ) A motivao para a instaurao da tomada de contas especial foi indevida, porquanto invadiu o mrito administrativo, na medida em que compete ao administrador a escolha do meio de transporte que melhor lhe aprouver. ( ) Quando se examina o interesse pblico sob a tica da economicidade, a partir de parmetros e metas de eficincia, eficcia e efetividade e tendo presente o princpio da razoabilidade, devem ser identificadas as situaes em que os administradores pblicos tenham adotado solues absurdamente antieconmicas. Caso seja possvel identificar, a partir da razoabilidade essas solues, a concluso a de que elas so ilegtimas. ( ) No da competncia do TCU, invocando os princpios da razoabilidade e da proporcionalidade, manifestar-se sobre o mrito administrativo, posto que teria sido tomado na rbita da discricionariedade a que a lei reserva ao administrador pblico. ( ) A anlise da discricionariedade administrativa mostra-se vivel para a verificao da sua regularidade em relao s causas, aos motivos e finalidade que ensejam os dispndios de recursos pblicos, devendo o gestor pblico observar os critrios da proporcionalidade e da razoabilidade no exerccio de suas funes administrativas. ( ) O controle da economicidade envolve questo de mrito para verificar se o rgo procedeu, na aplicao da despesa pblica, de modo mais econmico, atendendo, por exemplo, a uma adequada relao custo-benefcio. a) F, V, V, V, F b) F, V, F, V, F c) F, V, F, V, V d) V, F, F, V, F e) F, F, F, V, V

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    Comentrio: vejam que essa questo do ltimo concurso da Receita Federal, demonstrando que o assunto de tomada de contas especial pode ser exigido no certame que se aproxima. Creio que este contedo pode cair tanto em Direito Administrativo quanto em Administrao Pblica. Vamos aos comentrios.

    Segundo o artigo 8 da Lei 8.443/1992,

    Art. 8 Diante da omisso no dever de prestar contas, da no comprovao da aplicao dos recursos repassados pela Unio, na forma prevista no inciso VII do art. 5 desta Lei, da ocorrncia de desfalque ou desvio de dinheiros, bens ou valores pblicos, ou, ainda, da prtica de qualquer ato ilegal, ilegtimo ou antieconmico de que resulte dano ao Errio, a autoridade administrativa competente, sob pena de responsabilidade solidria, dever imediatamente adotar providncias com vistas instaurao da tomada de contas especial para apurao dos fatos, identificao dos responsveis e quantificao do dano.

    (F) A motivao para a instaurao da tomada de contas especial foi indevida, porquanto invadiu o mrito administrativo, na medida em que compete ao administrador a escolha do meio de transporte que melhor lhe aprouver. Devemos lembrar que nenhum administrador dono do recurso pblico sob seu controle. Os recursos so da sociedade e, portanto, devem ser usados de forma eficiente e com finalidade pblica. Assim, no cabe simplesmente ao gestor escolher qualquer meio de transporte, ele deve ter justificativa para isso. Percebam que, no caso apresentado, o gestor utilizou recursos pblicos para pagar viagens sem finalidade pblica, representando um ato antieconmico, que pode ensejar a instaurao de tomada de contas especial. (V) Quando se examina o interesse pblico sob a tica da economicidade, a partir de parmetros e metas de eficincia, eficcia e efetividade e tendo presente o princpio da razoabilidade, devem ser identificadas as situaes em que os administradores pblicos tenham adotado solues absurdamente antieconmicas. Caso seja possvel identificar, a partir da razoabilidade essas solues, a concluso a de que elas so ilegtimas. Esse item cpia de um trecho do voto do Ministro AUGUSTO NARDES que levou ao Acrdo n 1195/2008 - TCU - 1 Cmara:

    Nesse sentido, permito-me, mais uma vez, reproduzir o brilhantismo do entendimento lavrado pelo ilustre Procurador-Geral do Ministrio Pblico junto a esta Casa, Sr. Lucas Rocha Furtado, acerca da matria: '(...) Quando se examina o interesse pblico sob a tica da economicidade, no se exige do administrador a adoo da soluo mais eficiente, eficaz e efetiva. Ainda que este seja o cenrio ideal, no se mostra factvel querer impor ao administrador pblico o dever de adotar a soluo ideal. A partir dos parmetros e metas de eficincia, eficcia e efetividade, e tendo presente o princpio da razoabilidade, devem ser identificadas, ao contrrio, as situaes em que os administradores pblicos tenham adotado solues absurdamente antieconmicas. Caso seja possvel identificar, a partir da razoabilidade, essas solues, a concluso a de que elas so ilegtimas.(...)

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    Assim, o item est correto, pois, caso sejam identificadas solues absurdamente antieconmicas, deve-se consider-las ilegtimas.

    (F) No da competncia do TCU, invocando os princpios da razoabilidade e da proporcionalidade, manifestar-se sobre o mrito administrativo, posto que teria sido tomado na rbita da discricionariedade a que a lei reserva ao administrador pblico. possvel que o TCU examine um ato sobre os princpios da razoabilidade e da proporcionalidade, uma vez que, se no respeitados esses princpios, no mais se tratar de questo de mrito, mas de legalidade e legitimidade. Imagine, por exemplo, um gestor que decide comprar poltronas individuais para os parlamentares de um municpio muito pobre e que essas poltronas custem R$ 10 mil reais a unidade. Mesmo que ele realize uma licitao dentro dos procedimentos legais, o ato ilegtimo e, portanto, est sob controle do Tribunal de Contas (no caso do estado). Alm disso, lembrem-se que o TCU no faz parte do Judicirio e cabe ao rgo examinar o desempenho dos gestores. Dessa forma, o TCU poder sim examinar o mrito do ato administrativo, em particular quando no for proporcional ou razovel.

    (V) A anlise da discricionariedade administrativa mostra-se vivel para a verificao da sua regularidade em relao s causas, aos motivos e finalidade que ensejam os dispndios de recursos pblicos, devendo o gestor pblico observar os critrios da proporcionalidade e da razoabilidade no exerccio de suas funes administrativas. Perfeito! Caso a despesa pblica no seja realizada dentro desses parmetros, ela se mostrar irregular e, nesse caso, estaremos diante do controle de legalidade.

    (V) O controle da economicidade envolve questo de mrito para verificar se o rgo procedeu, na aplicao da despesa pblica, de modo mais econmico, atendendo, por exemplo, a uma adequada relao custo-benefcio. o que vimos acima. O TCU pode sim examinar o mrito administrativo, principalmente no que se refere economicidade.

    Gabarito: alternativa C.

    9. (ESAF - EPPGG/2013) As competncias e as atribuies dos Tribunais de Contas foram ampliadas consideravelmente no que tange abrangncia e ao alcance dos poderes at ento conferidos a tais instituies e esto definidas, em linhas gerais, no caso do Tribunal de Contas da Unio, nos Artigos 70 e 71 da Constituio Federal de 1988, cujas disposies se aplicam, tambm, no que couber aos Tribunais de Contas dos Estados, do Distrito Federal e aos Conselhos de Contas dos Municpios. Da anlise dos referidos artigos, conclui-se que o exerccio das atribuies e competncias do Controle Externo Tcnico

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    visa garantir o estrito respeito aos princpios fundamentais da administrao pblica, quais sejam: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia, princpios esses traados no Artigo 37 da mesma Constituio Federal. Os Tribunais de Contas, amparados por suas competncias constitucionais, desempenham, entre outras, as seguintes atividades principais, assinale a opo correta.

    a) Auxiliam o Poder Judicirio em suas atribuies de efetuar o julgamento do agente titular de cada poder, emitindo parecer prvio recomendando a aprovao ou rejeio de suas contas. b) Julgam, por intermdio de analistas de oramento e finanas do Poder Executivo, as contas dos ordenadores de despesa e demais responsveis por dinheiros, bens e valores pblicos da administrao direta e indireta, e as contas daqueles que derem causa perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuzo ao errio. Assim o fazem emitindo deciso reprovando ou aprovando, com ou sem ressalvas, as contas prestadas ou tomadas de tais responsveis. c) Procedem, por iniciativa prpria ou por solicitao do Poder Judicirio, fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial dos poderes das respectivas esferas de governo e das demais entidades. d) Apreciam, para fins de registro, mediante a emisso de acrdo, a legalidade dos atos de admisso de pessoal, na administrao direta e indireta, bem como a das concesses de aposentadorias, reformas e penses, ressalvadas as melhorias posteriores que no alterem o fundamento legal do ato concessrio. e) Da atribuio de julgador conferido aos Tribunais de Contas pelas atribuies do Poder Judicirio previstas no texto constitucional, resulta, em consequncia, a competncia sancionadora de imputar dbito ou multa a cuja deciso a Constituio Federal em seu art. 71, 3o, conferiu a eficcia de ttulo executivo, que aquele que goza de liquidez e certeza da deciso judicial. Comentrio: a leitura dos artigos 70-75 indispensvel. importante que voc entenda que o titular do controle externo o Congresso Nacional, porm o TCU possui competncias prprias e privativas, que no podem ser avocadas nem revistas pelo Legislativo. Essas competncias encontram-se enumeradas no artigo 71.

    Essa questo foi retirada da GLVVHUWDomR 2 &RQWUROH ([WHUQR GDV &RQWDV3~EOLFDV7HQGrQFLDV$WXDLVGH&RVWDet al3. O primeiro item est errado, uma vez que o Tribunal de Contas da Unio auxilia o Poder Legislativo. Alm disso, o parecer prvio somente para o Chefe do Poder Executivo, j que o TCU efetivamente julga as contas dos demais responsveis. Havia previso para emisso de parecer prvio para os

    3 Costa et al, 2003. Disponvel em http://portal2.tcu.gov.br/portal/pls/portal/docs/2055730.PDF

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    demais chefes de poderes na LRF, mas o STF suspendeu a eficcia do dispositivo.

    A opo B est errada. De acordo com o documento mencionado, os tribunais de contas:

    Julgam, eles prprios, as contas dos ordenadores de despesa e demais responsveis por dinheiros, bens e valores pblicos da administrao direta e indireta, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuzo ao errio. Assim o fazem emitindo deciso reprovando ou aprovando, com ou sem ressalvas, as contas prestadas ou tomadas de tais responsveis;

    Da mesma forma, a letra C tambm est errada. Os tribunais de contas procedem, por iniciativa prpria ou por solicitao das casas legislativas, fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial dos poderes das respectivas esferas de governo e das demais entidades.

    A alternativa D, por sua vez, est correta. Consta no documento:

    Apreciam, para fins de registro, mediante a emisso de acrdo, a legalidade dos atos de admisso de pessoal, na administrao direta e indireta, bem como a das concesses de aposentadorias, reformas e penses, ressalvadas as melhorias posteriores que no alterem o fundamento legal do ato concessrio;

    Essa competncia encontra-se prevista no art. 71, inc. III, da CF/88.

    Por fim, a alternativa E est errada. As decises do Tribunal de que resulte imputao de dbito ou multa tero eficcia de ttulo executivo extrajudicial. Por outro lado, elas realmente gozam de liquidez e certeza.

    Gabarito: alternativa D.

    10. (ESAF AnaTA/MTUR/2014) A respeito do controle realizado pelo Tribunal de Contas da Unio, analise as afirmativas abaixo, classificando-as em verdadeiras (V) ou falsas (F).

    Ao final, assinale a opo que contenha a sequncia correta. ( ) Os tribunais de contas, no desempenho de suas atribuies, podem realizar o controle de constitucionalidade das leis. ( ) O Tribunal de Contas da Unio dispe de competncia para determinar a quebra do sigilo bancrio das pessoas submetidas a seu controle. ( ) No caso de contrato administrativo, cabe ao prprio Tribunal de Contas da Unio sustar a sua execuo, dando cincia dessa providncia Cmara dos Deputados e ao Senado Federal. a) F, V, V b) V, F, F c) V, V, V

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    d) F, F, V e) V, F, V Comentrio: o primeiro item est correto. Consoante a Smula 347 do STF:

    O Tribunal de Contas, no exerccio de suas atribuies, pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Pblico.

    Esse controle de constitucionalidade realizado pelo TCU possui caractersticas de controle difuso ou incidental.

    O segundo item est errado, pois, conforme entendimento do STF, os tribunais de contas no possuem competncia para a quebra do sigilo bancrio (MS 22.801-STF):

    A Lei Complementar 105, de 10-1-2001, no conferiu ao Tribunal de Contas da Unio poderes para determinar a quebra do sigilo bancrio de dados constantes do Banco Central do Brasil. O legislador conferiu esses poderes ao Poder Judicirio (art. 3), ao Poder Legislativo Federal (art. 4), bem como s comisses parlamentares de inqurito, aps prvia aprovao do pedido pelo Plenrio da Cmara dos Deputados, do Senado Federal ou do plenrio de suas respectivas Comisses Parlamentares de Inqurito ( 1 e 2 do art. 4). Embora as atividades do TCU, por sua natureza, verificao de contas e at mesmo o julgamento das contas das pessoas enumeradas no art. 71, II, da CF, justifiquem a eventual quebra de sigilo, no houve essa determinao na lei especfica que tratou do tema, no cabendo a interpretao extensiva, mormente porque h princpio constitucional que protege a intimidade e a vida privada, art. 5, X, da CF, no qual est inserida a garantia ao sigilo bancrio.

    Por fim, o terceiro item tambm est errado. O TCU pode sustar diretamente os atos administrativos. Porm, a sustao de contrato compete ao Congresso Nacional. Caso o Legislativo ou o Executivo no tomarem as medidas cabveis em noventa dias, a sim o Tribunal de Contas poder decidir a respeito.

    Art. 71. X - sustar, se no atendido, a execuo do ato impugnado, comunicando a deciso Cmara dos Deputados e ao Senado Federal; 1 - No caso de contrato, o ato de sustao ser adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitar, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabveis. 2 - Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, no efetivar as medidas previstas no pargrafo anterior, o Tribunal decidir a respeito.

    Assim, temos a seguinte sequncia: V, F, F.

    Gabarito: alternativa B.

    11. (ESAF - ATPS/Assistncia Social/MPOG/2012) Segundo a Controladoria Geral da Unio (CGU) o Controle Social tem a finalidade de verificar se o dinheiro pblico est sendo usado de maneira adequada ou se est sendo desviado para outras finalidades. Isso significa que o Controle Social permite:

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    a) substituir os controles realizados pelos rgos que fiscalizam os recursos pblicos. b) substituir as aes de controle interno dos rgos pblicos pelo Controle Social. c) complementar os controles realizados pelos rgos que fiscalizam os recursos pblicos (que geralmente no dispem de quantidade suficiente de fiscais e auditores para monitorar e verificar cada despesa realizada). d) que os cidados orientem a administrao na gesto dos recursos pblicos, mas sem exigir que o gestor pblico preste contas de sua atuao. e) substituir, mediante convnio entre entidades do Terceiro Setor e a administrao pblica, os rgos de controle interno. Comentrio: j vimos neste curso que o controle social depende das competncias institucionais dos rgos de controle para alcanar os gestores. Assim, as organizaes da sociedade civil atuam por meio de denncias, apoio da mdia ou outras formas para apresentarem suas demandas aos rgos de controle de Estado.

    Claro que o controle social tambm possui um importante papel nas eleies, uma vez que a sua fiscalizao tem capacidade de alcanar o eleitor que, por meio do voto, poder alcanar as autoridades.

    Assim, as opes A, B e E esto erradas, pois o controle social no substitui os rgos que fiscalizam os recursos pblicos nem o controle interno. H, nesse caso, cooperao.

    A alternativa C, por outro lado, est correta. O controle social complementa a atuao dos rgos de controle, apresentando denncias quando constatados indcios de irregularidades na gesto dos recursos pblicos.

    A letra D errada. O gestor tem o dever de prestar contas e, caso no o faa, os cidados podem recorrer s instncias de controle para exigir o dever constitucional do gestor.

    Gabarito: alternativa C.

    12. (ESAF - APO/Planejamento e Oramento/MPOG/2010) Os sistemas de controle interno e de controle externo da administrao pblica federal se caracterizam por:

    a) constiturem um mecanismo de retroalimentao de uso obrigatrio pelos sistemas de Planejamento e Oramento. b) no caso do controle interno, integrar o Poder Executivo; no caso do controle externo, integrar o Poder Judicirio. c) serem instncias julgadoras das contas prestadas por gestores e demais responsveis pelo uso de recursos pblicos.

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    d) no poderem atuar ou se manifestar no caso de transferncias voluntrias da Unio aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios. e) serem autnomos entre si, no havendo subordinao hierrquica entre um e outro.

    Comentrio:

    a) errada: os sistemas de controle no so mecanismos de retroalimentao dos sistemas de Planejamento e Oramento. Os dois sistemas at auxiliam no aprimoramento da gesto, principalmente o controle interno, uma vez que, nos termos do art. 74, I, da CF/88, cabe ao sistema de controle interno avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execuo dos programas de governo e dos oramentos da Unio. Porm, as atribuies dos dois sistemas so muito mais amplas que isso.

    b) errada: todos os poderes possuem controle interno. Alm disso, o titular do controle externo o Congresso Nacional (Poder Legislativo), porm o TCU possui competncias prprias e a doutrina costuma dizer que este rgo autnomo e, portanto, no integra nenhum poder da mesma forma como ocorre com o Ministrio Pblico.

    c) errada: somente o controle externo julga contas. Na esfera federal, o Congresso Nacional julga as contas do Presidente da Repblica, enquanto o TCU julga as contas dos demais responsveis.

    d) errada: se a Unio efetuar uma transferncia voluntria, esse recurso continua sendo da Unio e, portanto, deve ser fiscalizado pelos rgos de controle externo e interno. Porm, se as transferncias foram constitucionais ou legais, a a competncia fiscalizatria ser do ente recebedor dos recursos.

    e) correta: os controles externo e interno so autnomos entre si. No h subordinao hierrquica. Dessa forma, a relao entre os dois de complementariedade.

    Gabarito: alternativa E.

    13. (ESAF - AFRFB/Tributria e Aduaneira/2005) No inclui na finalidade do sistema de controle interno federal, constitucionalmente previsto, a atividade de

    a) avaliar os resultados, quanto eficcia, eficincia e efetividade, da gesto oramentria, financeira e patrimonial dos rgos e entidades da Administrao. b) exercer o controle das operaes de crdito, avais e garantias da Unio. c) comprovar a legalidade da aplicao de recursos pblicos por entidades de direito privado. d) apoiar o controle externo no exerccio de sua misso institucional.

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    e) avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual. Comentrio: essa questo cobra o conhecimento literal do artigo 74 da CF:

    Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judicirio mantero, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execuo dos programas de governo e dos oramentos da Unio; [opo E] II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto eficcia e eficincia, da gesto oramentria, financeira e patrimonial nos rgos e entidades da administrao federal [opo A errada], bem como da aplicao de recursos pblicos por entidades de direito privado; [opo C] III - exercer o controle das operaes de crdito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da Unio; [opo B] IV - apoiar o controle externo no exerccio de sua misso institucional. [opo D]

    At pode-se dizer que, atualmente, o controle interno avalia a efetividade (impactos) das atividades dos rgos e entidades. Todavia, no h previso constitucional, conforme solicitou o enunciado. Assim, a opo A est errada.

    Gabarito: alternativa A.

    14. (ESAF - PFN/2004) No que tange s atividades de controle interno e externo da Administrao Pblica, assinale a opo correta.

    a) A atividade do controle da Unio e da Administrao indireta envolve a fiscalizao contbil, financeira, operacional e patrimonial, mas no diz respeito matria oramentria, eis que a forma de execuo do oramento matria tpica do campo discricionrio do administrador pblico. b) Por no envolver gastos pblicos, no h controle interno ou externo sobre a renncia de receitas. c) Nos termos de nossa Constituio Federal, o controle externo da Unio e da Administrao indireta correspondente est a cargo do Congresso Nacional, que o exerce com o auxlio do Tribunal de Contas da Unio. d) O Tribunal de Contas da Unio julga no apenas as contas dos administradores e demais responsveis por dinheiros, valores e bens pblicos, na rbita federal, mas tambm as contas prestadas anualmente pelo Presidente da Repblica. e) Na rbita federal, o Tribunal de Contas da Unio aprecia, para fins de registro, a legalidade dos atos de admisso de pessoal, a includas as nomeaes para cargo de provimento em comisso. Comentrio: a opo A est errada, pois a atividade do controle da Unio e da Administrao indireta envolve o aspecto oramentrio. Para decorar os aspectos do controle previstos no art. 70 da Constituio Federal utilizem o PQHP{QLFR &2)23 + LeLEco + aplicao das subvenes e renncia de receitas

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    C contbil; O oramentrio; F financeiro O operacional P patrimonial. Le legalidade; L Legitimidade; Eco Economicidade. Agora, vamos repetir o artigo 70 para massificar:

    Art. 70. A fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial da Unio e das entidades da administrao direta e indireta, quanto legalidade, legitimidade, economicidade, aplicao das subvenes e renncia de receitas, ser exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Pargrafo nico. Prestar contas qualquer pessoa fsica ou jurdica, pblica ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores pblicos ou pelos quais a Unio responda, ou que, em nome desta, assuma obrigaes de natureza pecuniria.

    De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal (art. 14, 1), a renncia de receita compreende:

    (...) anistia, remisso, subsdio, crdito presumido, concesso de iseno em carter no geral, alterao de alquota ou modificao de base de clculo que implique reduo discriminada de tributos ou contribuies, e outros benefcios que correspondam a tratamento diferenciado.

    Em sntese, a renncia de receita um recurso que deixa de ser arrecadado por causa de um tratamento diferenciado. Por exemplo, se o governo d iseno dos impostos para a construo de um estdio de futebol, ele estar fazendo uma renncia de receitas.

    A renncia muito semelhante aos gastos pblicos, pois tem o mesmo efeito, s que o recurso no entrou nos cofres pblicos. Assim, deve ser fiscalizada pelos controles interno e externo. Dessa forma, a alternativa B est errada.

    A alternativa C est correta. cpia do art. 70 da CF. A opo D, por seu turno, est incorreta. item batido. As contas do Chefe do Poder Executivo so julgadas pelo Poder Legislativo. Por fim, o artigo 71, inc. III, dispe que o TCU deve apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admisso de pessoal, a qualquer ttulo, na administrao direta e indireta, includas as fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico, excetuadas as nomeaes para cargo de provimento em comisso, bem como a das concesses de aposentadorias, reformas e

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    penses, ressalvadas as melhorias posteriores que no alterem o fundamento legal do ato concessrio.

    As nomeaes para cargo de provimento em comisso so de livre nomeao e exonerao e, portanto, no se submetem ao registro. Assim, a opo E est errada.

    Gabarito: alternativa C.

    15. (FCC Analista Judicirio/TRF-2/2007) funo do controle interno: a) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admisso de pessoal. b) apoiar o controle externo no exerccio de sua misso institucional. c) apreciar as contas prestadas anualmente pelo Chefe do Poder Executivo. d) realizar, por iniciativa prpria, inspees e auditorias de natureza contbil, financeira e oramentria. e) apreciar, para fins de registro, a legalidade da concesso de aposentadorias e penses.

    Comentrio: as competncias do controle externo constam no art. 74 da Constituio, entre elas:

    $UW 2V 3RGHUHV /HJLVODWLYR ([HFXWLYR H -XGLFLiULR PDQWHUmR GH IRUPDintegrada, sistema de controle interno com a finalidade de: (...) IV - DSRLDURFRQWUROHH[WHUQRQRH[HUFtFLRGHVXDPLVVmRLQVWLWXFLRQDO

    As demais competncias mencionadas so todas do TC (art. 71, CF/88). Gabarito: alternativa B.

    16. (FCC - Procurador/BACEN/2006) O sistema de controle interno prescrito pela Constituio Federal, a ser mantido de forma integrada pelos Poderes Legislativo, Executivo e Judicirio, tem, dentre as suas atribuies, a de

    a) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admisso de pessoal, a qualquer ttulo, na administrao direta e indireta. b) aplicar aos responsveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanes previstas em lei. c) exercer o controle das operaes de crdito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da Unio. d) assinar prazo para que o rgo ou entidade adote as providncias necessrias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade. e) fiscalizar a aplicao de quaisquer recursos repassados pela Unio mediante convnio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congneres.

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    Comentrio: assim como na questo anterior, a banca incluiu um monte de competncias do TCU com competncias do controle interno. A nica atribuio que compete ao controle interno a prevista na alternativa C, as demais so do TCU:

    $UW 2V 3RGHUHV /HJLVODWLYR ([HFXWLYR H -XGLFLiULR PDQWHUmR GH IRUPDintegrada, sistema de controle interno com a finalidade de: (...) III - exercer o controle das operaes de crdito, avais e garantias, bem como dos direLWRVHKDYHUHVGD8QLmR

    Gabarito: alternativa C.

    17. (FCC - Aux FF II/TCE-SP/2005) O sistema de controle interno de fiscalizao contbil, financeira e oramentria previsto na Constituio Estadual deve ser mantido de forma integrada

    a) pelos Poderes Legislativo, Executivo e Judicirio nacionais e estaduais. b) pelo Tribunal de Contas e pelos Poderes Legislativo, Executivo e Judicirio do Estado-Membro. c) pelos Poderes Legislativo, Executivo e Judicirio estaduais. d) pelo Tribunal de Contas do Estado, a quem cabe tal fiscalizao no mbito do Estado-Membro. e) pelos Tribunais de Contas da Unio e dos Estados. Comentrio: YDPRVUHVSRQGHUGHDFRUGRFRPRDUWLJRGD&)$UWOs Poderes Legislativo, Executivo e Judicirio mantero, de forma integrada, sistema de controle interno (...) A integrao entre os controles internos dentro da esfera da federao correspondente. Logo, a alternativa correta a letra C, pois os Poderes Legislativo, Executivo e Judicirio devero manter, de forma ntegra, um sistema de controle interno.

    Gabarito: alternativa C.

    18. (FCC - AFF/TCE-SP/2005) Dentre as funes do sistema de controle interno a ser mantido, de forma integrada, pelos Poderes Legislativo, Executivo e Judicirio, est a de

    a) avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execuo dos programas de governo e dos oramentos da Unio. b) aplicar aos responsveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanes previstas em lei.

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    c) determinar prazo para que rgo ou entidade adote as providncias necessrias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade. d) fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a Unio participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo. e) emitir parecer prvio sobre o projeto de lei de diretrizes oramentrias, etapa necessria para a aprovao dessa lei. Comentrio: voltamos ao artigo 74 da CF:

    Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judicirio mantero, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execuo dos programas de governo e dos oramentos da Unio;

    No mesmo modelo das questes anteriores, todas as demais competncias so do TCU.

    Gabarito: alternativa A.

    19. (FCC - ACE/TCE-AP/2012) A respeito da interface entre o controle externo e interno a que se submete a Administrao Pblica, correto afirmar:

    a) Atuam de forma autnoma e independente, devendo apenas assegurar a cincia recproca de eventuais ilegalidades identificadas. b) O controle interno subordina-se ao controle externo, caracterizando-se hierarquicamente como auxiliar dos Tribunais de Contas. c) O controle externo, exercido pelo Poder Legislativo com o auxlio dos Tribunais de Contas e o controle interno, existente no mbito de cada Poder, atuam de forma coordenada, no cabendo a fiscalizao de um deles quando o outro j tenha atuado. d) Os responsveis pelo controle interno que tomem cincia de irregularidade ou ilegalidade esto obrigados a dela dar cincia ao Tribunal de Contas, sob pena de se tornarem solidariamente responsveis. e) Alcanam matrias diversas, porm devem ser executados de forma coordenada, podendo, para maior eficcia, procederem delegao recproca de poderes e atribuies. Comentrio: trs pontos da CF merecem destaque:

    $UW $ ILVFDOL]DomR FRQWiELO ILQDQFHLUD RUoDPHQWiULD RSHUDFLRQDO H SDWULPRQLDOda Unio e das entidades da administrao direta e indireta, quanto legalidade, legitimidade, economicidade, aplicao das subvenes e renncia de receitas, ser exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder $UW 2V 3RGHUHV /HJLVODWLYR ([HFXWLYR H -XGLFLiULR PDQWHUmR de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: (...) IV - apoiar o controle externo no exerccio de sua misso institucional.

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    1 - Os responsveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela daro cincia ao Tribunal de Contas da Unio, sob pena de responsabilidade solidriaJULIRVQRVVRV

    Diante disso, a alternativa A est errada, pois os rgos de controle realmente so autnomos, porm atuam de forma complementar. Com efeito, no h subordinao entre os controles, logo a B tambm errada. Ademais, no existe essa histria de que, quando um j fiscalizou, o outro no pode mais fiscalizar, podendo existir casos que tanto o controle interno quanto o externo fiscalizam o mesmo evento, assim a C est errada. J a letra E tambm errada, pois no h que se falar em delegao recproca de poderes e atribuies, j que as competncias decorrem da Constituio. Por fim, nosso gabarito est na letra D, uma vez que, ao tomar conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, o responsvel pelo controle interno deve dar cincia ao TC, sob pena de responsabilidade solidria.

    Gabarito: D.

    20. (FCC - Tcnico/TRT-6/2012) O controle administrativo o poder de fiscalizao e correo que a Administrao pblica exerce sobre a) seus prprios atos. b) os atos da sociedade. c) a inteno entre a comunidade e os tribunais. d) o nmero de atos aprovados e os de interesse dos tribunais de Justia. e) a contabilidade e as finanas das entidades privadas. Comentrio: os controles administrativos se referem ao poder de fiscalizao que a prpria administrao exerce sobre os seus prprios atos. Esta uma definio mais ampla, abrangendo as diversas formas de controle e considerando a administrao como nica. Assim, abarca tanto os controles interno quanto externo.

    As demais alternativas versam sobre outros tipos de controle que no se relacionam com a nossa matria, como, por exemplo, o controle sobre as finanas de entidades privadas, mais inerente s fiscalizaes tributrias.

    Gabarito: alternativa A.

    21. (FCC - DP RS/DPE RS/2011) Ateno: Na questo so apresentadas trs assertivas, que podem ser corretas ou incorretas. Considere as seguintes afirmaes com relao aos controles externo e interno da administrao pblica, tendo em vista os artigos 70 a 75 da Constituio da Repblica Federativa do Brasil de 1988:

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    I. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judicirio mantero, de forma independente, sistema de controle interno, com a finalidade de apoiar o controle externo no exerccio de sua misso institucional. II. Os responsveis pelo controle externo, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela daro cincia ao Tribunal de Contas competente, sob pena de responsabilidade subsidiria. III. O controle externo exercer a fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial da administrao, quanto legalidade, legitimidade, economicidade, aplicao das subvenes e renncia de receitas.

    Para responder a questo, use a seguinte chave: Est correto o que se afirma APENAS em a) I. b) II. c) III. d) I e III. e) II e III. Comentrio: o erro do item I que o sistema de controle interno deve ser mantido de forma integrada. J o erro do item II se refere forma de responsabilidade que solidria. Por fim, o item III est correto, pois o exerccio da fiscalizao contbil, oramentria, financeira, operacional e patrimonial (COFOP) da administrao deve ocorrer quanto legalidade, legitimidade, economicidade, aplicao das subvenes e renncia de receitas (LeLEco + aplicao das subvenes e renncia de receitas). Gabarito: alternativa C.

    22. (FCC AFTM-SP/PMSP/Gesto Tributria/2012) O controle exercido pelos Tribunais de Contas, na qualidade de auxiliar o controle externo, a cargo do Poder Legislativo, alcana, de acordo com a Constituio Federal,

    a) as contas dos administradores de entidades integrantes da Administrao direta e indireta e daqueles que derem causa a qualquer irregularidade de que resulte prejuzo ao errio pblico. b) a legalidade dos atos de admisso de pessoal, da Administrao direta e indireta, inclusive as nomeaes para cargos de provimento em comisso. c) as concesses de aposentadorias, reformas e penses, bem como as melhorias posteriores, ainda que no alterem o fundamento legal do ato concessrio. d) os recursos repassados a entidades privadas mediante convnios, acordos, ou outros ajustes, exceto se a entidade no possuir finalidade lucrativa.

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    e) os contratos celebrados pela Administrao direta e indireta, exceto aqueles decorrentes de regular procedimento licitatrio. Comentrio: segundo o inciso II do artigo 71 da CF, compete ao Tribunal de Contas da Unio julgar as contas dos administradores e demais responsveis por dinheiros, bens e valores pblicos da administrao direta e indireta, includas as fundaes e sociedades institudas e mantidas pelo Poder Pblico federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuzo ao errio pblico. Assim, a alternativa A est correta.

    Vejamos o erro das demais: b) e c) a apreciao para fins de registro no inclui as nomeaes para cargos de provimento em comisso nem as melhorias posteriores que no alterem o fundamento legal do ato concessrio:

    ,,,- apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admisso de pessoal, a qualquer ttulo, na administrao direta e indireta, includas as fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico, excetuadas as nomeaes para cargo de provimento em comisso, bem como a das concesses de aposentadorias, reformas e penses, ressalvadas as melhorias posteriores que no alterem o fundamento legal do ato FRQFHVVyULRJULIRVQRVVRV

    d) no h exceo, usou recurso pblico deve prestar contas da sua utilizao, independente se a entidade lucrativa ou no.

    e) ocorrendo por dispensa, inexigibilidade ou por procedimento licitatrio normal, o contrato pode ser fiscalizado.

    Gabarito: alternativa A.

    23. (FCC - ACE/TCE-PR/Jurdica/2011) De acordo com a Constituio Federal, a deciso do Tribunal de Contas que concluir pela ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas

    a) aplicar aos responsveis as penalidades previstas na legislao de improbidade administrativa, inclusive a perda de cargo ou funo pblica. b) depender, para sua eficcia, de homologao pelo Congresso Nacional ou Assembleia Legislativa, conforme o caso. c) aplicar aos responsveis, entre outras sanes previstas em lei, multa proporcional ao dano causado ao errio, a qual possui eficcia de ttulo executivo. d) condenar os responsveis devoluo dos valores auferidos ilicitamente, bem como aplicar multa cominatria, dependendo, para sua eficcia, de aforamento de ao de improbidade pelo Ministrio Pblico.

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    e) aplicar aos responsveis as sanes previstas em lei, que incluem a perda dos valores auferidos ilicitamente, multa cominatria, estas com eficcia imediata, e perda do cargo ou funo pblica, esta sujeita homologao judicial. Comentrio: a resposta da questo pode ser encontrada no artigo 71 da CF, inciso VIII e 3:

    $UW 2 FRQWUROH H[WHUQR D FDUJR GR &RQJUHVVR 1DFLRQDO VHUi H[HUFLGR FRPRauxlio do Tribunal de Contas da Unio, ao qual compete: (...) VIII - aplicar aos responsveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanes previstas em lei, que estabelecer, entre outras cominaes, multa proporcional ao dano causado ao errio; (...) 3 - As decises do Tribunal de que resulte imputao de dbito ou multa tero eficcia de ttulo executivoJUifos nossos)

    Assim, nosso gabarito a letra C. Vejamos as demais alternativas: a) as penas decorrentes da Lei de Improbidade Administrativa so aplicadas pelo Judicirio; b) no h homologao das decises do TCE pela Assembleia (nem do TCU pelo CN); d) a deciso que aplicar multa ou cominar dbito, tem eficcia de ttulo executivo, logo no depende de ao do MP; e) est totalmente errada, o TC no tem competncia para determinar a perda do cargo ou funo pblica.

    Gabarito: alternativa C.

    24. (FCC - ACE/TCE-PR/2011) A titularidade do controle externo do a) Poder Executivo, com auxlio do Tribunal de Contas. b) Poder Legislativo, com auxlio do Tribunal de Contas. c) Poder Judicirio, com o auxlio do Tribunal de Contas. d) Tribunal de Contas, com o auxlio do Poder Legislativo. e) Ministrio Pblico, com o auxlio do Poder Legislativo e do Tribunal de Contas. Comentrio: a titularidade do controle externo do Poder Legislativo (Congresso Nacional, Assembleia Legislativa, Cmara de Vereadores), auxiliado pelo Tribunal de Contas.

    Gabarito: alternativa B.

    25. (FCC - ACE/TCE-AP/2012) O controle externo no Brasil a) est a cargo do Tribunal de Contas, auxiliado pelo Poder Legislativo. b) superior, hierarquicamente, ao controle interno. c) exercido pelo Tribunal de Contas, desde que provocado. d) tem poder judicante. e) caracteriza-se pela superioridade do Tribunal de Contas da Unio diante dos Tribunais de Contas Estaduais.

    Comentrio: vejamos a Constituio Federal:

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    $UW 2 FRQWUROH H[WHUQR D FDUJR GR &RQJUHVso Nacional, ser exercido com o auxlio do Tribunal de Contas da Unio, ao qual compete: (...) II - julgar as contas dos administradores e demais responsveis por dinheiros, bens e valores pblicos da administrao direta e indireta, includas as fundaes e sociedades institudas e mantidas pelo Poder Pblico federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuzo ao HUiULRS~EOLFRJULIRVQRVVRV

    Assim, a resposta a letra D, pois o Tribunal de Contas tem o poder judicante, isto , o poder para julgar as contas dos administradores e demais responsveis. O erro da letra A ns j vimos, a opo inverte: Legislativo auxiliado pelo TC. No h relao de subordinao entre os controles interno e externo, h complementariedade, logo a opo B est errada. O controle externo exercido, tambm, pelo TC, podendo ocorrer por iniciativa prpria ou provocado. Por fim, os Tribunais de Contas so independentes, no h qualquer relao entre o TCU e os TCEs.

    Gabarito: alternativa D.

    26. (FCC Procurador/TCE-SP/2011) O Tribunal de Contas da Unio I. um rgo auxiliar do Congresso Nacional, apesar de fazer parte do Poder Judicirio. II. exerce a funo de controle externo da administrao federal e dos demais Tribunais de Contas dos Estados e Municpios, conforme previso constitucional. III. pode aplicar aos responsveis por irregularidades de contas, as sanes previstas em lei, inclusive multa proporcional ao dano causado ao errio.

    Est correto o que se afirma APENAS em a) I. b) II. c) III. d) I e II. e) I e III. Comentrio: o TCU no faz parte de nenhum Poder, embora esteja associado ao Legislativo para fins oramentrios e de responsabilidade fiscal. Ademais, o TCU no rgo auxiliar do Legislativo, ele auxilia o legislativo no exerccio do controle externo. So termos distintos. Se ele fosse rgo auxiliar, significaria que no existiriam competncias de controle externo sem o Legislativo, o que no verdade. O TCU apenas auxilia o Legislativo nas hipteses previstas na Constituio, nas demais situaes ele de forma independente. /RJRRLWHP,HVWiHUUDGR

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    Cada Tribunal de Contas atua dentro de sua rea de competncia, no h relao de hierarquia entre os TCEs e o TCU. Alm disso, no cabe recurso ao TCU sobre uma deciso proferida pelo TCE. Assim, errado o item.

    2~OWLPRLWHPFRQIHUHFRPD&)Art. 71. (...) VIII - aplicar aos responsveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanes previstas em lei, que estabelecer, entre outras cominaes, multa proporcioQDODRGDQRFDXVDGRDRHUiULR. Temos, ento, um nico item correto.

    Gabarito: alternativa C.

    27. (FCC - Procurador/TCE-SP/2011) A Constituio Federal determina, de forma expressa, que ser exercida pelo Congresso Nacional a fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial da Unio e das entidades da administrao direta e indireta, quanto

    a) economicidade, renncia de subvenes, legalidade, legitimidade, convenincia e oportunidade dos atos de gesto. b) legalidade, legitimidade, economicidade, aplicao das subvenes e renncia de receitas.

    c) legitimidade, economicidade, renncia de receitas, convenincia e oportunidade dos atos de gesto. d) renncia de receitas, probidade, convenincia e oportunidade dos atos de gesto, legalidade e legitimidade. e) convenincia e oportunidade dos atos de gesto, legalidade, justia, legitimidade e probidade. Comentrio: os critrios para o exerccio do controle externo so quanto legalidade, legitimidade, economicidade, aplicao de subvenes e renncia de receitas (LeLEco + subvenes e renncia de receitas). Assim, gabarito letra B.

    Gabarito: alternativa B.

    (FCC - ACE/TCE-AP/2012) Uma entidade de assistncia social, sem fins lucrativos, recebeu recursos de um municpio do Estado do Amap, a ttulo de subveno social, para a realizao de despesas de custeio. Quando da fiscalizao pelo Tribunal de Contas, o contabilista da Prefeitura informou que no exigiu a prestao de contas da beneficiria pois entendeu que ela no estava obrigada a apresent-la. A informao prestada pelo servidor pode ser considerada a) correta, uma vez que a entidade sem fins lucrativos. b) correta, uma vez que a entidade presta servios na rea da assistncia social.

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    c) incorreta, pois a beneficiria somente estaria isenta da obrigao de prestar contas se a finalidade do repasse fosse a realizao de investimentos. d) incorreta, pois deve prestar contas qualquer pessoa jurdica que utilize dinheiro pblico. e) correta, uma vez que subveno a entidades no est sujeita prestao de contas em razo do interesse pblico de suas atividades. Comentrio: DUHVSRVWDFRQVWDQRSDUiJUDIR~QLFRGRDUWLJRGD&)Art. 70. (...) Pargrafo nico. Prestar contas qualquer pessoa fsica ou jurdica, pblica ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores pblicos ou pelos quais a Unio responda, ou que, em nome desta, assuma obrigaes de natureza pecuniria Percebam que a Constituio no traz excees. Utilizou recursos deve prestar contas.

    Gabarito: alternativa D.

    28. (FCC AFF/TCE-SP/2012) Sobre o controle externo da execuo oramentria do ente pblico, correto afirmar que

    a) dever ser realizada pelo Poder Legislativo, com o auxlio do Tribunal de Contas, o qual emitir parecer prvio sobre a regularidade das contas. b) o Tribunal de Contas no ter autonomia financeira e oramentria, devendo sua proposta oramentria ser efetuada por rgo tcnico do Poder Legislativo. c) cabe ao Poder Judicirio, com base no parecer prvio exarado pelo Tribunal de Contas, decidir se o numerrio pblico foi empregado com probidade pela administrao pblica. d) ser executado pelo prprio Poder Executivo, por meio da contratao de auditorias terceirizadas especializadas, cujo relatrio final ser submetido aprovao pelo Poder Legislativo. e) vedado ao Tribunal de Contas a consulta e a utilizao dos relatrios dos rgos de controle interno dos entes pblicos. Comentrio: percebam, novamente, que a resoluo de quase todas as questes de controle externo possvel com a simples leitura dos artigos 70 e 71 da CF. Vejamos:

    $UW 2 FRQWUROH H[WHUQR D FDUJR GR &RQJUHVVR 1DFLRQDO VHUi H[HUFLGR FRPRauxlio do Tribunal de Contas da Unio, ao qual compete: I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da Repblica, mediante parecer prvio que dever ser elaborado em sessenta dias a contar de VHXUHFHELPHQWRJULIRVQRVVRV

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    O Tribunal de Contas da Unio no julga as contas do Chefe do Poder Executivo. O TCU limita-se a emitir um parecer prvio conclusivo, cabendo o julgamento ao Poder Legislativo. Assim, alternativa A o nosso gabarito. A alternativa B est errada, pois o TCU tem autonomia financeira e oramentria, elaborando sua prpria proposta.

    As letras C e D so absurdas. Quem decide sobre a aplicao do numerrio pblico o prprio TC no exerccio de seu poder fiscalizatrio e judicante. E o controle externo exercido pelo Legislativo e pelo TC.

    A letra E est errada, pois o TC pode se utilizar dos relatrios dos rgos de controle interno para nortear a sua atividade.

    Gabarito: alternativa A.

    29. (FCC - ACE/TCE-PR/Contbil/2011) No controle externo, competncia do Tribunal de Contas

    a) sustar, de imediato, contrato administrativo eivado de ilegalidade. b) decidir a respeito de sustao de contrato administrativo, caso o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de 90 dias, no cumpram com as atribuies constitucionais que lhes competem. c) anular contrato administrativo, caso seja apurado em auditoria que o mesmo no atendeu aos requisitos legais para ser celebrado, imputando pena de multa proporcional ao dano ao errio. d) revogar contrato administrativo impugnado quando, decorrido o prazo de 180 dias, o Congresso Nacional ou o Poder Executivo competente no o fizer. e) sustar, anular ou revogar contrato administrativo celebrado sem prvia licitao ou com licitao em modalidade no adequada espcie de contrato, desde que o Poder Executivo competente deixe de agir no prazo previamente assinado. Comentrio: questo um pouco mais pesada para quem no estuda para rgo de controle. Porm, j vimos uma questo mais difcil que essa em um concurso da Receita.

    Quando se referir ilegalidade de um ato administrativo, o TC determina ao rgo responsvel que tome as medidas necessrias para o exato cumprimento da lei. Caso o rgo descumpra tal determinao, o TC pode sustar a execuo do ato impugnado, comunicando Cmara dos Deputados e ao Senado Federal (no confunda com Congresso Nacional). Porm, com os contratos a coisa diferente. O TC determina ao rgo que tome a medida para o exato cumprimento da lei. Se no atendido, o TC comunica o Congresso Nacional, o qual poder sustar o contrato e solicitar

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    que o Poder Executivo tome as medidas cabveis. Todavia, se decorridos 90 (noventa) dias sem que o CN ou o Executivo tomem essas medidas, o Tribunal poder decidir a respeito da sustao. Assim, a alternativa correta a letra B.

    Gabarito: alternativa B.

    30. (FCC - ACE/TCE-AP/Controle Externo/Jurdica/2012) Nos termos da Constituio Federal, a inspeo de natureza contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial em uma unidade do Poder Legislativo, Executivo ou Judicirio pode ser realizada, pelo Tribunal de Contas, por iniciativa de a) sindicato. b) associao de classe. c) associao sem fins lucrativos. d) partidos polticos. e) comisso tcnica ou de inqurito. Comentrio: a realizao de inspees, por parte do Tribunal de Contas, pode decorrer de iniciativa prpria ou por solicitao da Cmara dos Deputados, do Senado Federal ou de comisses tcnicas ou de inqurito:

    $UW IV - realizar, por iniciativa prpria, da Cmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comisso tcnica