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Aula 12 Processos de Fabricação Mecânica Prof. Wendel Souza _ Corrosão Quimica Processos de Fabricação não Convencionais; 1

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Aula 12 – Processos de Fabricação Mecânica

Prof. Wendel Souza

_ Corrosão Quimica – Processos de Fabricação não

Convencionais;

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Corrosão Química

“Corrosão” é um termo químico bastante empregado no cotidiano para se

referir ao processo de destruição total, parcial, superficial ou estrutural de

determinado material causado pela ação do meio. Geralmente, quando se

fala nesse assunto a primeira coisa que vem à nossa mente é a corrosão de

metais, principalmente a do ferro, gerando a ferrugem. No entanto, outros

materiais podem sofrer corrosão, tais como os polímeros e as estruturas

feitas de concreto armado. Realmente, a corrosão está muito presente em

nossa sociedade e representa grandes perdas econômicas, pois todo tipo

de corrosão está relacionada à diminuição do tempo de vida de um

material. Existem três formas do meio agir sobre o material, degradando-o;

por isso, a corrosão é classificada em: eletroquímica, química e

eletrolítica.

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Corrosão Eletroquímica

Esse é o tipo de corrosão mais comum, pois é a que ocorre com os metais,

geralmente na presença de água. Ela pode se dar de duas formas

principais. Quando o metal está em contato com um eletrólito (solução

condutora ou condutor iônico que envolve áreas anódicas e catódicas ao

mesmo tempo), formando uma pilha de corrosão.

Exemplo: A formação da ferrugem é um exemplo de corrosão eletroquímica.

O ferro se oxida facilmente quando exposto ao ar úmido (oxigênio (O2) e

água (H2O)). Essa oxidação resulta no cátion Fe2+, formando o pólo

negativo (que perde elétrons) da pilha:

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Corrosão Eletroquímica

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Corrosão Química

se colocarmos uma placa de cobre e uma de ferro, ambas mergulhadas

num eletrólito neutro aerado e postas em contato, formando um circuito

elétrico, cada placa se tornará um eletrodo. O ferro será o ânodo, oxidando-

se e perdendo elétrons que migram para o cátodo (placa de cobre), que por

sua vez, é reduzido. O ânodo sofrerá o desgaste, formando a ferrugem no

fundo do recipiente.

Corrosão Química:

É o ataque de algum agente químico diretamente sobre determinado

material, que pode ou não ser um metal. Ela não precisa da presença de

água e não há transferência de elétrons como na corrosão eletroquímica.

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Corrosão Química

Exemplos:

* Solventes ou agentes oxidantes podem quebrar as macromoléculas de

polímeros (plásticos e borrachas), degradando-os;

* O ácido sulfúrico corrói o zinco metálico;

* Concreto armado de construções pode sofrer corrosão com o passar do

tempo por agentes poluentes. Em sua constituição há silicatos, aluminatos

de cálcio e óxido de ferro que são decompostos por ácidos, como mostrado

na reação:

3CaO.2SiO2.3H2O + 6HCl → 3CaCl2 + 2SiO2 + 6H2O

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Corrosão Química

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Corrosão Eletrolítica

É um processo eletroquímico que ocorre com a aplicação externa de uma

corrente elétrica. Esse processo não é espontâneo, ao contrário dos outros

tipos de corrosão mencionados acima. Quando não há isolamento ou

aterramento, ou estes estão com alguma deficiência, formam-se correntes

de fuga, e quando elas escapam para o solo formam-se pequenos furos nas

instalações.

Exemplos: Isso acontece em tubulações de água e de petróleo, em canos

telefônicos e de postos de gasolina.

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Corrosão Eletrolítica

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Usinagem Eletroquímica

Para entender como a usinagem eletrolítica é usada para conformar metais,

é importante saber o que se passa dentro de uma célula eletrolítica.

Imagine uma cuba cheia de eletrólito (solução aquosa de cloreto de sódio)

com dois eletrodos de ferro, mergulhados na solução, como mostra a figura

a seguir. Um dos eletrodos é polarizado positivamente (ânodo), e o outro é

polarizado negativamente (cátodo).

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Usinagem Eletroquímica - Eletrólito

O papel fundamental do eletrólito é permitir a passagem da corrente

elétrica, para tornar possível a dissolução anódica durante toda a usinagem.

A natureza do eletrólito deve ser tal que não permita a formação de

produtos insolúveis, que poderiam neutralizar o ânodo. As reações que

ocorrem no cátodo também não podem ser menosprezadas: é necessário

evitar qualquer depósito metálico que venha a alterar a forma do eletrodo-

ferramenta e diminuir a exatidão de sua reprodução.

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A importância do eletrólito

O papel fundamental do eletrólito é permitir a passagem da corrente

elétrica, para tornar possível a dissolução anódica durante toda a usinagem.

A natureza do eletrólito deve ser tal que não permita a formação de

produtos insolúveis, que poderiam neutralizar o ânodo.

As reações que ocorrem no cátodo também não podem ser

menosprezadas:

é necessário evitar qualquer depósito metálico que venha a alterar a forma

do eletrodo-ferramenta e diminuir a exatidão de sua reprodução.

O eletrólito deve possuir alta condutibilidade, deve conservar suas

características e deve poder ser regenerado facilmente.

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Usinagem eletroquímica

Nos metais, a condução de corrente é assegurada pelos elétrons. Nos

eletrólitos, ela é obtida por transferência de cargas dos íons. Numa solução

aquosa de cloreto de sódio (NaCl), os íons de sódio são positivos e os de

cloro são negativos. A representação química dessa expressão é:

A própria água tende a se dissociar:

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Usinagem eletroquímicaA passagem de corrente através de um eletrólito é, portanto, acompanhada

de transferência de matéria. Sob ação de uma diferença de potencial, o

campo elétrico criado entre os dois eletrodos provoca movimento dos

ânions (-) para o ânodo e migração dos cátions (+) para o cátodo.

Uma das reações mais prováveis é a dissolução do ferro, representada

quimicamente como segue:

Em outras palavras: um átomo de ferro reage com duas moléculas de água,

formando hidróxido de ferro II e liberando hidrogênio (H2). O eletrólito

permanece inalterado.

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Usinagem eletroquímica

A peça a ser usinada e a ferramenta constituem o ânodo e o cátodo,

respectivamente, mergulhadas num eletrólito, que pode ser uma solução de

cloreto de sódio. Uma diferença de potencial, geralmente de 10 volts, é

aplicada entre os eletrodos.

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Usinagem eletroquímica

À medida que a usinagem prossegue, e com o movimento simultâneo do

cátodo em direção ao ânodo, a largura do GAP, ao longo do eletrodo

tenderá a apresentar um valor fixo. Sob essas condições, uma forma

aproximadamente complementar àquela do cátodo será reproduzida no

ânodo.

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Usinagem Eletroquímica - Vantagens

_ qualquer material condutor pode ser usinado por este método;

_ a velocidade de retirada do material permite a obtenção de estados de

superfície rigorosos, sem danos à estrutura do metal;

_ formas complexas podem ser reproduzidas por este método;

_ não há desgaste da ferramenta;

_ é possível controlar a quantidade de material removido.

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Usinagem Eletroquímica - desvantagens

_ problemas devidos à corrosão;

_ dificuldades próprias do processo de eletrólise;

_ existência de elevadas pressões hidráulicas;

_ dificuldades para ajustagem da ferramenta;

_ Baixo controle de processo.

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Eletroquímica

Maior confiabilidade e repetibilidade no processo.

Garantidas pela folga do conjunto mecânico.

Pulso bipolar para limpar cátodos durante e após o ciclo de modo a manter

as condições de usinagem constantes.

Processo totalmente controlado com controle de qualidade integrado.

A interface do operador fornece um claro entendimento do processo,

eliminando a complexidade

Geradores de energia padronizados, o controle do tanque de eletrólitos

(água) e a regulagem dos parâmetros do relativo eletrólito garantem com

precisão as condições constantes do espaço

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Eletroquímica

Evidentemente, os métodos de usinagem estudados nesta aula e na

anterior são bastante complexos, e a abordagem feita não passou de uma

breve introdução ao assunto, com a finalidade de apresentar uma visão

geral dos princípios e mecanismos de funcionamento de cada método. Mas

se você tiver interesse, não perca tempo. Procure aprofundar-se mais

nesses assuntos, recorrendo à bibliografia indicada. A expectativa é que

esses métodos que hoje são tecnologia de ponta, venham a se transformar,

por sucessivos aprimoramentos, no “arroz com feijão” do próximo século.

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Aplicação Industrial

Formação eletroquímica – é utilizada na usinagem de cavidades de todos

os tipos,inclusive nas cavidade de furos cilíndricos.

Rebarbação eletroquímica ou Polimento eletroquímico- as peças

geralmente são aplicadas por outros processos,tantos tradicionais como

não tradicionais e somente o acabamento final é feito é feito pelo processo

eletroquímico.As taxas de remoção de material nessas aplicações

geralmente são pequenas quando comparadas com as taxas da formação

eletroquímica.

Retificação eletroquímica – se enquadra dentro dos processos híbridos.As

ferramentas utilizadas nesse processo são rebolos condutores.

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Decapagem

Decapagem eletrolítica: O processo é baseado na transferência de

elétrons entre materiais com diferença de potencial elétrico (anodos e

catodos). O material a ser decapado é imerso em um banho em tanques

com eletrodos que recebem corrente contínua de retificadores. Além disso,

durante o processo o banho eletrolítico (uma solução de sulfato de sódio)

gera ácido sulfúrico em quantidades controladas.

Eletropolimento: Tem o mesmo princípio da decapagem eletrolítica: um

item a ser eletro-polido é exposto a um eletrólito que, com a passagem de

corrente, dissolve partículas de metal da superfície da peça, sendo que as

saliências são dissolvidas mais rapidamente que as depressões. Oferece a

vantagem, porém, de também poder ser aplicado em regiões localizadas.

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Decapagem - Vantagem _ Têm procedimentos simples e rápidos.

_ Não apresentam as dificuldades do trabalho com produtos químicos,

como questões de segurança e de tratamento de efluentes.

_Pode ser aplicado em peças de qualquer tamanho.

_Por gerar tensões de compressão na superfície do material (jateamento de

granalhas), melhora a resistência à corrosão sobtensão.

_Podem ser facilmente automatizados para produções seriadas.

_Adaptam-se muito bem a peças de qualquer geometria.

_Podem ser aplicados na fábrica ou em campo (na forma de pasta ou gel).

Não altera mecanicamente a superfície do material tratado.

_Apresenta excelente repetitividade, permitindo a padronização de

processos.

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Fico a disposição para dúvidas no ATPS

Bons Estudos

DEUS os abençoe

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