aula 12-entropia-2010

57
Entropia e 2º Lei da Termodinâmica

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Page 1: Aula 12-entropia-2010

Entropia e

2º Lei da Termodinâmica

Page 2: Aula 12-entropia-2010

Uma situação bem conhecida

Mas...

…é possível transferir Q de volta do ar frio para o café quente?

Q é transferido do café quente para o ar frio

Tcafé > Tar

Page 3: Aula 12-entropia-2010

Outras situações conhecidas

• Um balão estoura e o gás He se mistura no ar.

• Um copo cai e se quebra.

• Um corpo é freiado pelo atrito e aquece.

Page 4: Aula 12-entropia-2010

• A energia é conservada.

• Porque estes eventos não são observados?

• Irreversibilidade : a seta do tempo.

2º. Lei da Termodinâmica

Entropia

Em todos os casos

Page 5: Aula 12-entropia-2010

Entropia

“A utilidade do conceito de entropia é limitado pelo fato de que ele não corresponde diretamente a nenhuma propriedade física mensurável, mas é meramente uma função matemática da definição de temperatura absoluta.”

Enciclopédia Britânica, 11a Ed. (1905).

Page 6: Aula 12-entropia-2010

Entropia

gkS ln

g : Número de estados acessíveis ao sistema

Page 7: Aula 12-entropia-2010

Entropia : Exemplo

ou

Magneto num campo magnético B

-B +BU =

U= - (n↑ - n↓) B

Sistema com N magnetos

N = n↑ + n↓

Page 8: Aula 12-entropia-2010

Sistema com 4 magnetos:

-4B

U

-2B

0

+2B

+4B

1

g

4

6

4

1

Entropia : Exemplo

Page 9: Aula 12-entropia-2010

Equilíbrio TérmicoContato Térmico entre 2 Sistemas

ANTES do contato térmico:

DEPOIS do contato térmico :U=U1+U2=0

g=g1xg2=16

U=0g=16

-2B4 +2B4

-2B4 +2B4

0606

U=0g=36

-4B1 +4B1

U=0g=1

+2B4 -2B4

U=0g=16

-4B1+4B1

U=0g=1

Page 10: Aula 12-entropia-2010

Equilíbrio Térmico

),(),(),( 222111

21

UNgUNgUNgUUU

N = N1+N2 U = U1o+U2o = U1+U2 = cte

Termo g1g2 mais provável - Máximo:

1 22 1 1 2 1 2

1 2

1 21 1

1 2

1 2

1 2

0 0

ln ln0

g gg dU g dU dU dU dU

U U

g gdU dU

U U

S S

U U

21

11

TT Equilíbrio Térmico

Page 11: Aula 12-entropia-2010

Entropia

U

S

T

1

Energia trocada por contato térmico : dQ

T

dQdS

f

iif T

dQSSS

Page 12: Aula 12-entropia-2010

Entropia

S é uma função de estado

f

i

f

iv

f

i V

dVnR

T

dTnC

T

dQ

Caso simples: Gás Ideal – Processo Reversível :

V

dVnR

T

dTnC

T

dQv

pdVdTnCdWdUdQ v

ifi

f

i

fv SS

V

VnR

T

TnCS lnln

gkS ln

Page 13: Aula 12-entropia-2010

Entropia

pdVTdSdWdQdU

Gás Ideal – Processo Reversível :

Page 14: Aula 12-entropia-2010

Transformação AdiabáticaReversível

V

Pi

f

0dQ

0T

dQdS

fi SS

Entropia do gás constante na expansão adiabática.

Page 15: Aula 12-entropia-2010

Transformação IsotérmicaReversível

cteT

f

i T

QdQ

TS

1

0dU

V

P

i

f

Entropia do gás aumenta na expansão isotérmica.

Q W

Page 16: Aula 12-entropia-2010

Transição de fase

T

QdQ

TSSS

f

i

if

1

mLQ

Temperatura constante

T

mLSSS if

Page 17: Aula 12-entropia-2010

“Em processos em SISTEMAS FECHADOS a ENTROPIA sempre

aumenta PROCESSOS IRREVERSÍVEIS

oufica constante

PROCESSOS REVERSÍVEIS.”

2º. lei da Termodinâmica

Page 18: Aula 12-entropia-2010

SE o no. de estados acessíveis do sistema aumenta num processo,

o sistema não volta naturalmente para a situação com menor probabilidade:PROCESSO IRREVERSÍVEL:

→ seta do tempo.

2º. lei da Termodinâmica

Page 19: Aula 12-entropia-2010

Expansão Livre

Irreversível : dQ ? T ?

f

iif T

dQSSS

S : função de estado : só depende dos estados i e f

0 dWdQdU

Calcula-se S para um processo reversível ligando os mesmos i e f

Expansão isotérmica

Page 20: Aula 12-entropia-2010

ExemploUm mol de gás nitrogênio sofre uma expansão livre e seu volume dobra. Calcule a variação de entropia.

ln f

i

VS nR

V

f

i

revirrev T

QdQ

TSS

1

f

i i

f

V

VnRT

V

dVnRTWQ ln

KJS /76.52ln3.81

Entropia do processo irreversível aumenta

0U

Page 21: Aula 12-entropia-2010

ExemploDois blocos idênticos de massa m=2 kg estão térmicamene isolados com temperaturas TA=60 oC e TB=20 oC. Os blocos são colocados em contato térmico. O calor específico do material dos blocos é 400 J kg-1K-1.

a) Qual a variação de entropia do sistema formado pelos dois blocos neste processo irreversível?

f

i i

ff

i T

Tmc

T

mcdT

T

dQS ln

Usamos processo reversível entre mesmos estados i → f .Troca de calor com reservatórios com T variável lentamente.

CTTTT

QTTmcTTmcQo

fBAf

BBfAfA

402

)()(

Page 22: Aula 12-entropia-2010

Exemplo

a) Qual a variação de entropia do sistema formado pelos dois blocos neste processo irreversível?

f

i i

ff

i T

Tmc

T

mcdT

T

dQS ln

KJT

TmcS

i

fA 55,49

333

313ln4002ln

KJT

TmcS

i

fB 82,52

293

313ln4002ln

KJ3.2782,5255,49 BAAB SSS

Entropia do processo irreversível aumenta

Page 23: Aula 12-entropia-2010

ExemploUm mol de gás ideal sofre uma compressão isotérmica onde seu volume reduz a metade do volume inicial. Calcule a variação de entropia do gás.

Processo reversível

ln f

i

VS nR

V

f

i T

QdQ

TS

1

KJS /76.5)21ln(3.81

f

i i

f

V

VnRT

V

dVnRTWQ ln

Entropia do processo reversível diminui ???

Page 24: Aula 12-entropia-2010

ExemploUm mol de gás ideal sofre uma compressão isotérmica onde seu volume reduz a metade do volume inicial.

Processo reversível

KJSGAS /76.5

Sistema fechado : GAS + RESERVATÓRIO

GASRES QQ RES

RESGASGAS S

T

Q

T

QS

0 RESGAStotal SSS Entropia do processo reversível se mantem cte

Page 25: Aula 12-entropia-2010

Processos cíclicos

Processo Cíclico

Estado INICIAL = Estado FINAL

Processos Reversíveis

Máquinas Térmicas Ideais

Page 26: Aula 12-entropia-2010

Máquinas Térmicas

Reservatório quente TQ

Reservatório frio TF

condensador

Wcaldeiraválvula

pistão|QF|

Substância de

trabalho FLUIDO

|QQ|

QF→|QF|

QQ→|QQ|

Módulo

Page 27: Aula 12-entropia-2010

Fonte fria TF

Fonte quente TQ

Conversão CALOR -TRABALHO

QQ

QF

W

CALOR

CALOR

TRABALHO

MáquinaFQ QQWQ

U

0

Processo Cíclico

Page 28: Aula 12-entropia-2010

Fonte fria TF

Fonte quente TQ

Conversão CALOR -TRABALHO

QQ

QF

W

Entropia|SQ|

|SF|

FQ QQW

F

FF

Q

QQ T

QS

T

QS

Processo Cíclico

0 FQ SSS

F

F

Q

Q

T

Q

T

Q

Page 29: Aula 12-entropia-2010

QQ

W

absorvidocalor

executadotrabalho

Fonte fria TF

Fonte quente TQ

Conversão CALOR -TRABALHO

QQ

QF

W

SQ

SF

Eficiência

Q

F

Q

FQ

Q Q

Q

Q

QQ

Q

W

1

Q

F

T

T1

F

F

Q

Q

T

Q

T

Q

Page 30: Aula 12-entropia-2010

Fonte fria TF

Fonte quente TQ

Conversão CALOR -TRABALHO

QQ

QF

W

SQ

SF

Maior possível de uma máquina térmica cíclica operando entre TQ e TF

Q

FCarnot T

T1

10 Carnot

Eficiência de Carnot

Page 31: Aula 12-entropia-2010

Fonte fria TF

Fonte quente TQ

Conversão CALOR -TRABALHO

QQ

QF

W

SQ

SF

Carnot SE

FQ SS FF QQ

QQ QQ QQ Q

W

Q

W

Para

WW W’

Acúmulo de EntropiaNÃO CÍCLICO

Page 32: Aula 12-entropia-2010

Fonte fria TF

Fonte quente TQ

Conversão CALOR -TRABALHO

QQ

QF

W

SQ

SF

Carnot CASO

FQ SS

QQ

W W

QQ

QQ QQ

MÁQUINAS REAIS

W’

Para

Entropia gerada pela máquinaPor processos irreversíveis : atrito

W W

Page 33: Aula 12-entropia-2010

Conversão CALOR -TRABALHO

Q

FCarnot

Q T

T

Q

W1

MÁQUINAS REAIS

Page 34: Aula 12-entropia-2010

2º Lei da Termodinâmica

O enunciado de Kelvin

É impossível realizar um processo cujo único efeito seja remover calor de um reservatório térmico e produzir uma quantidade equivalente de trabalho.

Page 35: Aula 12-entropia-2010

Fonte fria TF

Fonte quente TQ

Conversão CALOR -TRABALHO

QQ

W

EntropiaSQ

0 FQ

QQ S

T

QS

1QQ

W

QQW SE

0FQ

Acúmulo de EntropiaNÃO CÍCLICO

Page 36: Aula 12-entropia-2010

W

Q

fornecidotrabalho

extraidocalorK F

Fonte fria TF

Fonte quente TQ

Refrigeradores

QQ

QF

W

SQ

SF

Coeficiente de Desempenho

FQ

FF

QQ

Q

W

QK

FQ

F

TT

TK

FF

F

Q

QQ S

T

Q

T

QS

Page 37: Aula 12-entropia-2010

Fonte fria TF

Fonte quente TQ

Refrigeradores

QQ

QF

W

SQ

SF

Coeficiente de Desempenhode Carnot

FQ

FFCarnot TT

T

W

QK

0CarnotK

Maior possível de uma refrigerador cíclico operando entre TF e TQ

Page 38: Aula 12-entropia-2010

Fonte fria TF

Fonte quente TQ

Refrigeradores

QQ

QF

W

SQ

SF

CarnotKK SE

FQ SS

W

Q

W

Q FF

WW

FF QQ W’

Acúmulo de EntropiaNÃO CÍCLICO

Para

Page 39: Aula 12-entropia-2010

MÁQUINAS REAISFonte fria TF

Fonte quente TQ

Refrigeradores

QQ

QF

W

SQ

SF

CarnotKK CASO

FQ SS

W

Q

W

Q FF

WW

FF QQ W’

Para

Entropia gerada pela máquinaPor processos irreversíveis : atrito

Page 40: Aula 12-entropia-2010

2º Lei da Termodinâmica

O enunciado de Clausius

É impossível realizar um processo cujo único efeito seja transferir calor de um corpo mais frio para um corpo mais quente.

Page 41: Aula 12-entropia-2010

Fonte fria TF

Fonte quente TQ

Refrigeradores

QQ

QF

SQ

SF

FF

F

Q

QQ S

T

Q

T

QS

0WSE

QF QQ

Acúmulo de EntropiaNÃO CÍCLICO

Page 42: Aula 12-entropia-2010

Máquina + Refrigerador

=W=

Fonte fria TF

Fonte quente TQ

QQm

QFm

SQm

SFm

Resultado líquido : QQm=QQr QFm=QFr SQm=SQr SFm=SFr

Carnot CarnotKK

Fonte fria TF

Fonte quente TQ

QQr

QFr

SQr

SFr

Page 43: Aula 12-entropia-2010

Máquina + Refrigerador

=W=

Carnot SE

Resultado líquido :

QQm>QQr

QFm>QFr

QQr

QFr

TQ

TF

QQm

QFm

TQ

TF

Page 44: Aula 12-entropia-2010

Máquina + Refrigerador

TF

TQ

Resultado líquido :

Refrigerador Perfeito

Carnot SE

Page 45: Aula 12-entropia-2010

Máquina + Refrigerador

SE CarnotKK QQm

QFm

TF

TQ

QQr

QFr

TQ

TF

Page 46: Aula 12-entropia-2010

Máquina + Refrigerador

Resultado líquido :

Máquina Perfeita

TQ

TF

SE CarnotKK

Page 47: Aula 12-entropia-2010

Ciclo de Carnot

Ciclo de processos reversíveispara máquina térmica e refrigerador

com eficiência/desempenho de Carnot

Atrito Transferências de calor entre corpos com temperaturas diferentes

Máquinas Reais Processos Irreversíveis

Page 48: Aula 12-entropia-2010

W>0

Ciclo de Carnot

Trocas de calor isotérmicas com reservatórios

Mudanças de temperatura adiabaticas

Expansão isotérmica TQ

Expansãoadiabática

V

P QQ

QF

Expansão isotérmica TF

Compressãoadiabática

Page 49: Aula 12-entropia-2010

expansão isotérmica

expansão adiabática

compressão isotérmica

compressão abiabática

V

P

QQ

QF

W>0

Ciclo de Carnot

1

1

TQ

2

3

TF

2

3

4

4

Page 50: Aula 12-entropia-2010

Outros Ciclos

Máquina de Stirling

1 : Expansão Isotérmica2 : Resfriamento Isovolumétrico3 : Compressão Isotérmica4 : Aquecimento Isovolumétrico

V

T1

T2P

W>0

1

2

3

4 Q1

Q3

Q4

Q2

Page 51: Aula 12-entropia-2010

Ciclo de Stirling

V

T1

T2P

W>0

1

2

3

4 Q1

Q3

Q4

Q2

Q3 - Q4Trocas de Calor com Reservatório com temperatura variável

Reversível : dT lento

CarnotStirling

Page 52: Aula 12-entropia-2010

Ciclo de Ciclo de OttoOtto

1 → 2 : Calor transferido a volume constante2 → 3 : Expansão adiabática com trabalho realizado3 → 4 : Calor rejeitado a volume constante4 → 1 : Compressão adiabática com trabalho fornecido

%25gasolina

Motor a gasolinaMotor a gasolina

Page 53: Aula 12-entropia-2010

Ciclo de Ciclo de DieselDiesel

1 → 2 : Calor transferido a pressão constante2 → 3 : Expansão adiabática com trabalho realizado3 → 4 : Calor rejeitado a volume constante4 → 1 : Compressão adiabática com trabalho fornecido

%40diesel

Page 54: Aula 12-entropia-2010

Exemplo

Uma máquina de Stirling usa n = 8,1 x 10-3 moles de um gás ideal como combustível. A máquina opera entre 95oC e 24oC a 0,7 ciclos por segundo e o volume da substância dobra durante a expansão.

V

T1

T2P

W>0

1

2

3

4 Q1

Q3

Q4

Q2

Page 55: Aula 12-entropia-2010

Exemploa) Qual o trabalho efetuado por ciclo?

0,ln,ln 212

122

1

211

VcteVcteisotisot WW

V

VnRTW

V

VnRTW

JCCKmolJmol

V

VTTnRW

oo 3,32ln)2495()/31,8()108(

ln)(

3

1

221

b) Qual é a potência da máquina?

Wt

WP 3,2

43,1

31,3

Page 56: Aula 12-entropia-2010

ExemploUm refrigerador ideal com coeficiente de desempenho 4,7 extrai calor de um recipiente frio à taxa de 250 J/ciclo.

a) Qual o trabalho necessário por ciclo, para manter o refrigerador em funcionamento?

JQ

W F 537,4

250||||

b) Qual o calor entregue ao meio ambiente por ciclo?

JWQQQ 30325053|||||| F

Page 57: Aula 12-entropia-2010

ExemploA caldeira de uma máquina a vapor funciona a 180oC (T1= 453K) e o vapor escapa diretamente para a atmosfera. Qual seria o rendimento máximo da máquina?

A pressão P2 é a pressão atmosférica, na qual a temperatura de ebulição da água é de 373K.

18,0453

80

453

373453

Q

FQ

T

TT

Comentário: o condensador serve para resfriar o vapor d´água, à temperatura ambiente (300K). Para quanto a eficiência da máquina aumenta se usar este dispositivo?

33,0453

153

453

300453

Q

FQ

T

TT