aula 10 miliÁria –

52
MILIÁRIA – “BROTOEJA” Profª Gisele

Upload: carlagabri

Post on 30-Dec-2014

62 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: Aula 10 MILIÁRIA –

MILIÁRIA – “BROTOEJA”

Profª Gisele

Page 2: Aula 10 MILIÁRIA –

MILIÁRIA – “BROTOEJA”• A miliária se apresenta como uma erupção

cutânea relacionada com as glândulas sudoríparas (que produzem o suor). Afeta principalmente as crianças, mas também pode atingir os adultos.

• Miliária é o nome científico de uma erupção cutânea mais conhecida como brotoeja, que surge devido à obstrução dos canais ou ductos que levam o suor das glândulas sudoríparas até a pele.

Page 3: Aula 10 MILIÁRIA –

MILIÁRIA – “BROTOEJA”

A miliária é mais comum em locais de clima úmido e quente. Pode afetar até 30% das pessoas nestas condições climáticas. Há uma variação importante entre a susceptibilidade individual.

Crianças de até 2 anos possuem uma tendência aumentada a desenvolver esta condição.

Page 4: Aula 10 MILIÁRIA –

QUADRO CLÍNICO O quadro está relacionado com o aumento do

calor e da produção do suor que, extravasando dentro da pele, antes de atingir a superfície, provoca um processo inflamatório.

Page 5: Aula 10 MILIÁRIA –

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS A localização mais comum é o tronco e a

região cervical. As lesões geralmente são acompanhadas por coceira. Formam-se "bolinhas avermelhadas" ou vesículas (pequeninas bolhas) sobre pele avermelhada, podendo, em alguns casos, formar lesões mais exuberantes .

Page 6: Aula 10 MILIÁRIA –

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Uma vez desencadeado, um ataque de

miliária dura em geral 5-6 semanas, mesmo que o melhor tratamento seja oferecido. Isto porque o tampão que se formou na saída do ducto do suor só será removido pelo crescimento de novas células nestes ductos. Este processo leva algumas semanas, independente do tratamento.

Page 7: Aula 10 MILIÁRIA –

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Devido à coceira, a pele pode apresentar

sinais de escoriação e pequeninas crostas sobre as lesões, devido à ruptura das bolhas.

Page 8: Aula 10 MILIÁRIA –

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS É comum a ocorrência de infecção secundária

à doença, com o surgimento de pústulas (bolhas de pus) ou nódulos dolorosos.

Page 9: Aula 10 MILIÁRIA –

TRATAMENTO• Para evitar a miliária deve-se usar roupas

frescas, tomar banhos frios e se proteger do calor, evitando o excesso de suor.

• Deve-se evitar o excesso de roupas nas crianças pequenas, principalmente nos recém-nascidos, hábito comum entre mães com preocupação excessiva em agasalhar seus filhos.

Page 10: Aula 10 MILIÁRIA –

TRATAMENTO

• Vitamina C - Em alguns casos, 1 grama de vitamina C por dia reduziu a intensidade dos ataques.

• Corticóides - Para casos mais intensos, corticóides tópicos podem auxiliar a melhorar os sintomas.

• Antissépticos - Podem ser usados de forma preventiva, para combater o crescimento bacteriano.

Page 11: Aula 10 MILIÁRIA –

IMPETIGO

Page 12: Aula 10 MILIÁRIA –

IMPETIGO

O impetigo é uma infecção muito comum, que afeta a camada mais superficial da pele. Atinge principalmente crianças.

O impetigo pode ser causado por 2 tipos  de bactérias: Staphylococcus aureus, que acomete crianças de todas as idades, e Streptococcus do grupo A, que ocorre mais comumente em crianças de 3-5 anos.

Page 13: Aula 10 MILIÁRIA –

IMPETIGO• o impetigo é altamente contagioso. A infecção

se espalha através do contato físico de uma criança com a outra.

• A pele do adulto é mais resistente. Traumas da pele, tais como  um corte ou uma rachadura, facilitam o desenvolvimento da infecção. Roupas e toalhas também podem ajudar a transmitir esta infecção, mas são bem menos importantes que o contato direto.  

Page 14: Aula 10 MILIÁRIA –

IMPETIGO

Page 15: Aula 10 MILIÁRIA –

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS• O impetigo possui duas formas: o impetigo

comum e o impetigo bolhoso.

• O impetigo comum possui aparência crostosa e pustulosa (pequenas espinhas cheias de pus), e é geralmente causado por bactérias do tipo Streptoccus. Ele se inicia como uma pequena bolha ou pústula que se rompe deixando uma base avermelhada. Esta base depois passa a ser recoberta por uma crosta amarelada.

Page 16: Aula 10 MILIÁRIA –

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Já o impetigo bolhoso produz bolhas grandes,

frágeis, e é causado em geral por bactérias do tipo Staphylococcus aureus. Afeta freqüentemente a face, mas pode aparecer  em outros locais. As bolhas que se formam possuem paredes muito finas que se rompem, deixando uma  base vermelho vivo, inflamada, úmida.

Page 17: Aula 10 MILIÁRIA –
Page 18: Aula 10 MILIÁRIA –

DIAGNÓSTICO• Através do exame do paciente por um

profissional de saúde. É importante lembrar que nem toda lesão de pele que apresente crostas está infectada, especialmente em adultos.

• Às vezes, um pequeno fragmento de pele poderá ser enviado ao laboratório para cultura. Este exame possibilita a identificação do agente causador, que poderá, caso necessário, ser testado quanto a sua sensibilidade aos antibióticos.

Page 19: Aula 10 MILIÁRIA –

FATORES DE RISCO• Cortes, picadas, machucados, enfim, qualquer

tipo de ferimento aumenta o risco de uma pessoa desenvolver impetigo.

• Ele pode ocorrer em pessoas de qualquer idade, mas é bem mais comum em crianças. Problemas crônicos de saúde, desnutrição ou higiene inadequada podem fazer com que um adulto torne-se suscetível a esta doença. Algumas pessoas podem carrear estas bactérias em sua cavidade nasal sem apresentar quaisquer sintomas, podendo desta forma ajudar a disseminar o impetigo.

Page 20: Aula 10 MILIÁRIA –

COMPLICAÇÕES Em geral o impetigo é uma doença benigna

de resolução completa. Porém eventualmente pode ocorrer um tipo

de doença renal grave chamada de glomerulonefrite. Além disso, caso não tratada, a infecção pode se espalhar e a bactéria poderá se instalar em outros órgãos, podendo até causar infecção disseminada (sepse).

Page 21: Aula 10 MILIÁRIA –

TRATAMENTO Antibióticos tomados por via oral durante 7-10

dias geralmente irão resolver totalmente o impetigo. Estes antibióticos incluem os derivados de penicilina, eritromicina, e cefalexina.

O uso de uma pomada à base de mupirocina também é muito seguro e eficaz, podendo ser utilizada em casos mais brandos desta doença.

Page 22: Aula 10 MILIÁRIA –

PREVENÇÃO A prevenção depende de uma boa higiene.

Lavar as mãos com freqüência, não usar toalhas ou roupas de outras pessoas, manter  as unhas curtas. Estas medidas são  simples e reduzem bastante a transmissão desta doença de uma pessoa para outra.

Page 23: Aula 10 MILIÁRIA –

DERMATITE DE FRALDAS

Page 24: Aula 10 MILIÁRIA –

DERMATITE DE FRALDAS• A dermatite de fralda, popularmente

conhecida como assadura, é uma irritação que acomete a pele dos bebês devido ao acúmulo de fezes e urina que ficam retidas em suas fraldas. Também pode ocorrer em adultos com incontinência urinária e fecal. Essa irritação é provocada pela amônia, que veio da uréia contida na urina, e também a pele molhada friccionada contra a fralda (de pano ou descartável) pode permitir o crescimento de bactérias.

Page 25: Aula 10 MILIÁRIA –

DERMATITE DE FRALDAS• No local da dermatite, observa-se

vermelhidão na pele com descamações, aspecto brilhantes e também, pequenas elevações conhecidas como pápulas, ficando estas restritas às regiões cobertas pela fralda.

• Nas dermatites mais graves, as lesões são mais profundas de cor violácea e áspera. Esse quadro inicia-se geralmente entre o primeiro e o segundo mês de vida, localizando-se as lesões nas áreas de fralda, face interna das coxas, nádegas e vulva ou glande.

Page 26: Aula 10 MILIÁRIA –

DERMATITE DE FRALDAS

Page 27: Aula 10 MILIÁRIA –

DERMATITE DE FRALDAS

Page 28: Aula 10 MILIÁRIA –

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO• O diagnóstico faz-se através do exame clínico

das lesões e o tratamento feito predominantemente higienizando-se a área afetada.

• As trocas de fralda devem ser freqüentes, devendo ser evitado, no momento da limpeza o uso de lenços umedecidos e também a fricção da pele, já que isso altera a composição normal da pele, levando ao inicio das assaduras.

• Para lavagem das fraldas de pano é preferível sabão neutro à sabão em pó e/ou amaciante.

Page 29: Aula 10 MILIÁRIA –

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

• Deixar o bebê o máximo possível de tempo sem fralda e expor a região afetada ao sol também são indicados.

• No caso de processo inflamatório intenso, pode ser usado corticóide tópico, e em caso de infecção por cândida, utiliza-se um antimicótico tópico.

Page 30: Aula 10 MILIÁRIA –

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO O leite materno também é outra maneira de

se preveni-la, já que contém anticorpos que protegem os bebês contra infecções.

Page 31: Aula 10 MILIÁRIA –

PEDICULOSE

Page 32: Aula 10 MILIÁRIA –

PEDICULOSE

Dá-se o nome de pediculose à infestação causada por um inseto cujo nome científico é Pediculus humanus.

Os cientistas demonstram que na verdade existem duas subespécies (ou raças, variedades) de piolhos. Uma delas, é a subespécie que só freqüenta a cabeça do ser humano, e é chamada de Pediculus capitis (PC), e a outra, menos comum no Brasil e mais comum na Europa, é o Pediculus humanus (PH).

Page 33: Aula 10 MILIÁRIA –

PEDICULOSE Bem, de qualquer forma o piolho que mais

conhecemos se aloja apenas em nossas cabeças e se alimenta de nosso sangue.

É muito comum em todas as raças humanas e em todos os países, pobres ou ricos, em climas tropicais ou climas muito frios como o do Canadá.

Page 34: Aula 10 MILIÁRIA –

O PROBLEMA No passado, os piolhos (do corpo) foram uma

das mais importantes causas de mortalidade humana, pois transmitiam uma doença terrível, causada por um tipo de bactéria. O TIFO.

Felizmente hoje os piolhos são apenas um GRANDE INCÔMODO, pela coceira que acarretam.

Page 35: Aula 10 MILIÁRIA –

O PROBLEMANa nossa cabeça, machos e fêmeas do piolho

se encontram para acasalar. É conhecido que uma fêmea de P. h. capitis pode colocar entre 50 a 250 ovos durante a sua vida adulta, que dura entre 3 a 4 semanas.

Esses ovos, também conhecidospor lêndeas, são firmemente colados nos fios de cabelo principalmente próximos às orelhas e a nuca.

Page 36: Aula 10 MILIÁRIA –

O PROBLEMA Os ovos ficam encubados por um período de 6

a 9 dias, saindo dele um piolhinho ainda sexualmente imaturo, chamado de NINFA de primeira idade, ou primeiro estádio.

Essa ninfa logo que sai do ovo já vai se alimentar. Perfura a pele do couro cabeludo e sugam o sangue, várias vezes por dia.

Page 37: Aula 10 MILIÁRIA –

O PROBLEMA Depois de uns 3 a 5 dias, essa ninfa troca de

pele, cresce um pouco e faz assim uma muda para um segundo estádio. Mais uns 3 a 5 dias, e muda novamente para o terceiro estádio de ninfa e agora já têm praticamente o mesmo tamanho que o adulto.

Sempre se alimentando várias vezes por dia.

Page 38: Aula 10 MILIÁRIA –

O PROBLEMA Finalmente, essa ninfa de terceiro estádio

muda de pele depois de mais 3 a 5 dias e transforma-se em adulto: macho ou fêmea. Agora sexualmente maduros, os adultos vão procurar o sexo oposto para se reproduzir.

Page 39: Aula 10 MILIÁRIA –
Page 40: Aula 10 MILIÁRIA –

MITOS E VERDADES

Os piolhos não voam. (VERDADE).Podem passar de uma pessoa para outra de

várias maneiras, mas voando, não. E também não passa ‘pulando’, como pulga.

Acredita-se que a principal forma de transmissão dos piolhos de uma pessoa para outra, seja realmente o contato cabeça/cabeça. Outras formas, como compartilhar pentes e escovas, bonés e até o mesmo travesseiro, também podem ser importantes.

Page 41: Aula 10 MILIÁRIA –

MITOS E VERDADES

Lavar a cabeça diariamente com shampoo

ou sabonete comuns elimina o piolho.(MITO). Não é bem assim. Os piolhos são

bastante resistentes à água quente do nosso

banho e aos sabonetes e shampoos comuns.

Cabelo limpo e cheiroso portanto, pode ter muito piolho.

Page 42: Aula 10 MILIÁRIA –

MITOS E VERDADES A penteação com pente fino diminui muito as

chances de infestação, e permite que as pessoas percebam logo a presença do parasita. (VERDADE).

É importante saber que na verdade a penteação acaba sendo a mais eficiente forma de controle.

Page 43: Aula 10 MILIÁRIA –

MITOS E VERDADES Pessoas com cabelo curto e liso tem menos

pilho. (MITO). O que acontece é que cabelos desse tipo, apenas facilitam a visualização e catação dos insetos e lêndeas.

Page 44: Aula 10 MILIÁRIA –

TRATAMENTONa verdade, o mais importante é a penteação

e a catação que as mães fazem quando usamessas fórmulas. Prova disso, é que os produtos de farmácia geralmente vêm acompanhados de um pente fino.

O tratamento da pediculose deve abranger todas as pessoas que convivem no mesmo espaço.

Page 45: Aula 10 MILIÁRIA –

ESCABIOSE

Page 46: Aula 10 MILIÁRIA –

ESCABIOSE A escabiose ou sarna é uma doença

parasitária, causada pelo ácaro Sarcoptes scabiei.

É uma doença contagiosa transmitida pelo contato direto interpessoal ou através do uso de roupas contaminadas. O parasita escava túneis sob a pele onde a fêmea deposita seus ovos que eclodirão em cerca de 7 a 10 dias dando origem a novos parasitas.

Page 47: Aula 10 MILIÁRIA –

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Nos lactentes e  pré- escolares as escavações 

ocorrem nas regiões palmares e plantares, e também podem ser observadas lesões papulares no couro cabeludo, na face e no pescoço.

Page 48: Aula 10 MILIÁRIA –

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS A doença tem como característica principal a

coceira intensa que, geralmente, piora durante a noite. A lesão típica da sarna é um pequeno trajeto linear pouco elevado, da cor da pele ou ligeiramente avermelhado e que corresponde aos túneis sob a pele.

Page 49: Aula 10 MILIÁRIA –

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS O prurido intenso começa de 2 a 6 semanas após a primeira exposição ao ácaro . Uma forma grave ocorre mais comumente em indivíduos Imunocomprometidos.

Page 50: Aula 10 MILIÁRIA –

DIAGNÓSTICO O diagnóstico de qualquer infestação por

escabiose depende da observação de um ácaro nos raspados cutâneos de uma das escavações. Na maioria dos casos, o diagnóstico definitivo é difícil devido às escoriações.

Page 51: Aula 10 MILIÁRIA –

TRATAMENTO Todos os contatos domiciliares e íntimos

devem ser tratados para evitar recorrência ou transmissão contínua.

As roupas de cama e toalhas devem ser lavadas com água quente.Os ácaros da escabiose que infestam os animais domésticos, inclusive cães e gatos, algumas vezes causam dermatite nos seres humanos, mas as lesões costumam ser limitadas as áreas que entram em contato com os animais.

Page 52: Aula 10 MILIÁRIA –

TRATAMENTO O tratamento da sarna consiste na aplicação

de medicamentos sob a forma de loções na pele do corpo todo, do pescoço para baixo, mesmo nos locais onde não aparecem lesões ou coceira.

Após terminada a primeira série do tratamento, este deve ser repetido uma semana após, para atingir os parasitas que estarão deixando os ovos.

Medicamentos para o alívio da coceira devem ser utilizados, porém não são os responsáveis pela cura.