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  • Direito Penal IVCRIMES CONTRA A ADMINISTRAO PBLICAProf. [email protected]

  • Bibliografia

    BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal Vol. 1. So Paulo: Saraiva.CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. Vol. 1. So Paulo: Saraiva.PRADO, Luiz Regis. Curso de Direito Penal Brasileiro. Vol. 1. So Paulo: Revista dos Tribunais.GRECO, Rogrio. Curso de Direito Penal. Vol. 1. Niteri: Impetus.Cdigo Penal; Cdigo de Processo Penal e Constituio Federal

  • Aula 01Ttulo XI (dos crimes contra a administrao pblica)Obs: ltimo ttulo da parte especial do CP

  • Captulo I:

    Dos Crimes Praticados por Funcionrio Pblicocontra a Administrao em Geral.

    Arts. 312 a 327 do CP

  • Captulo IDOS CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONRIO PBLICO CONTRA A ADMINISTRAO EM GERAL

    Conceito de Administrao Pblica ( Direito Penal) :

    DIRETA(UNIO, ESTADOS, DISTRITO FEDERAL e MUNICPIOS)

    Administrao Pblica INDIRETA (AUTARQUIAS, SOCIEDADES DE ECON. MISTA, EMPRESAS PBLICAS e FUNDAES).

    Princpios da Administrao Pblica Art. 37 da CF ( legalidade , impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia).

  • Funcionrio pblico (conceito legal)

    Art. 327 - Considera-se funcionrio pblico, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remunerao, exerce cargo, emprego ou funo pblica. 1 - Equipara-se a funcionrio pblico quem exerce cargo, emprego ou funo em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de servio contratada ou conveniada para a execuo de atividade tpica da Administrao Pblica. (Includo pela Lei n 9.983, de 2000) 2 - A pena ser aumentada da tera parte quando os autores dos crimes previstos neste Captulo forem ocupantes de cargos em comisso ou de funo de direo ou assessoramento de rgo da administrao direta, sociedade de economia mista, empresa pblica ou fundao instituda pelo poder pblico.(Includo pela Lei n 6.799, de 1980)

  • Art. 327, caput, do CP: Considera-se funcionrio pblico, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remunerao, exerce cargo,emprego ou funo pblica.

    transitoriamente ou sem remunerao.

    Obs: Funes com ntido interesse pblico, mas so privadas: inventariante, tutor e curador.

  • Art. 327, 1, do CP: Equipara-se a funcionrio pblico quem exerce cargo, emprego ou funo em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de servio contratada ou conveniada para a execuo de atividade tpica da Administrao Pblica. (Includo pela Lei n 9.983, de 2000)

    Agentes equiparados funcionrio pblico: a) entidade paraestatal ( para significa ao lado do Estado) : so as empresas pblicas, sociedades de economia mista, autarquias e fundaes institudas pelo poder pblico) b)empresa contratada ou conveniada para execuo atividade tpica de administrao pblica ( atividade finalstica estatal)

    Ex1: empresa de limpeza pblica atividade tpica ( A Comlurb empresa pblica); Ex2 empresa contrata para manuteno de postes ou empresa conveniada para consertar via urbana.Obs: Empresas contratadas para limpeza de prdios ou manuteno de computadores no so.

  • Art .327, 2, do CP A pena ser aumentada da tera parte quando os autores dos crimes previstos neste Captulo forem ocupantes de cargos em comisso ou de funo de direo ou assessoramento de rgo da administrao direta, sociedade de economia mista, empresa pblica ou fundao instituda pelo poder pblico.(Includo pela Lei n 6.799, de 1980)

    uma majorante ( causa de aumento de pena especial de um tero) para o funcionrio pblico que for ocupante de:

    a) cargos em comisso: ocupados transitoriamente por pessoas de confiana da Autoridade, que podem ser exonerados ad nutum , para cujo provimento no necessita de concurso pblico;

    b) funo de direo ou de assessoramento: Art. 37, V, da CF.

  • Art. 92 - So tambm efeitos da condenao:(Redao dada pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)I - a perda de cargo, funo pblica ou mandato eletivo:(Redao dada pela Lei n 9.268, de 1.4.1996)

    a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano, nos crimes praticados com abuso de poder ou violao de dever para com a Administrao Pblica;(Includo pela Lei n 9.268, de 1.4.1996)

    b) quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a 4 (quatro) anos nos demais casos.(Includo pela Lei n 9.268, de 1.4.1996)

    Pargrafo nico - Os efeitos de que trata este artigo no so automticos, devendo ser motivadamente declarados na sentena.(Redao dada pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

  • Art. 61, II, g do CP- praticar crime com violao ao dever de ofcio.

    Aplica-se esta agravante ao funcionrio pblico?

    (ver art. 61 do CP)

  • Crimes funcionais:Os crimes contra a ADMINISTRAO PBLICA previstos no ttulo XI podemser praticados por particulares ou por funcionrios pblicos.

    1) Quando praticados por funcionrios pblicos so chamados de crimes Funcionais, que se dividem em prprios e imprprios:

    2) Crimes funcionais prprios X Crimes funcionais imprprios.

    3) Art. 30 do CP ;

    4) Art. 33, pargrafo 4, do CP

    5) Procedimento criminal especial: arts. 513 a 518 do CPP

  • TTULO XIDOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAO PBLICACAPTULO IDOS CRIMES PRATICADOSPOR FUNCIONRIO PBLICOCONTRA A ADMINISTRAO EM GERAL

    PeculatoArt. 312 - Apropriar-se o funcionrio pblico de dinheiro, valor ou qualquer outro bem mvel, pblico ou particular, de que tem a posse em razo do cargo, ou desvi-lo, em proveito prprio ou alheio: Pena - recluso, de dois a doze anos, e multa. 1 - Aplica-se a mesma pena, se o funcionrio pblico, embora no tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtrado, em proveito prprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionrio. Peculato culposo 2 - Se o funcionrio concorre culposamente para o crime de outrem: Pena - deteno, de trs meses a um ano. 3 - No caso do pargrafo anterior, a reparao do dano, se precede sentena irrecorrvel, extingue a punibilidade; se lhe posterior, reduz de metade a pena imposta. Peculato mediante erro de outrem Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exerccio do cargo, recebeu por erro de outrem: Pena - recluso, de um a quatro anos, e multa.

    Insero de dados falsos em sistema de informaes(Includo pela Lei n 9.983, de 2000) Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionrio autorizado, a insero de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administrao Pblica com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano:(Includo pela Lei n 9.983, de 2000)) Pena recluso, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.(Includo pela Lei n 9.983, de 2000)

  • Crime de Peculato: 1) PECULATO-APROPRIAO: art. 312, caput, 1 parte, do CP; (prprio)

    2) PECULATO- DESVIO :art. 312, caput, 2 parte, do CP;(prprio)

    3) PECULATO - FURTO :art. 312, 1, do CP; (imprprio)

    4) PECULATO CULPOSO: art. 312, 2 e 3 do CP;

    5) PECULATO MEDIANTE ERRO DE OUTREM ou PECULATO-ESTELIONATO: art. 313Caput, do CP;

    6) PECULATO ELETRNICO: art. 313-A do CP.

  • PECULATO APROPRIAO (art. 312, caput, 1 parte, do CP) - Apropriar-se o funcionriopblico de dinheiro, valor ou qualquer outro bem mvel, pblico ou particular, de quetem a posse em razo do cargo,...Pena - recluso, de dois a doze anos, e multa.

    - POSSE INICIAL LCITA

    - BEM PBLICO OU PRIVADO

    - ANIMUS REM SIBI HABENDI ( o agente inverte o ttulo da posse)

    - NEXO FUNCIONAL

    - LIBERDADADE DESVIGIADA. - CONSUMAO/TENTATIVA

  • 2)PECULATO DESVIO - (art. 312, caput, 2 parte, do CP) ...ou desvi-lo, emproveito prprio ou alheio:Pena - recluso, de dois a doze anos, e multa.

    - POSSE ANTERIOR E LCITA. - BEM PBLICO OU PRIVADO

    - NO ATUA COM O ANIMUS REM SIBI HABENDI.

    - FINALIDADE DIVERSA DA PREVISTA EM LEI. NO SE APROPRIA.

    - CONSUMAO/TENTATIVA: o agente d destinao diversa coisa.

    - PECULATO DE USO ( Inf. 712 do STF)

    Obs: Exceo: Art. 1, II, Dec. Lei 201/67 (apropriao de uso do Prefeito Municipal).

  • 3)PECULATO FURTO (art 312, 1, do CP): Aplica-se a mesma pena, se o funcionrio pblico, embora no tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtrado, em proveito prprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionrio.

    - NO H POSSE ANTERIOR LCITA - SUBTRAI OU CONCORRE

    - H O ANIMUS REM SIBI HABENDI

    - VALE-SE DA FACILIDADE DO CARGO

    - CONSUMAO/TENTATIVA

  • 4)PECULATO CULPOSO art. 312, 2 e 3 do CP 2 - Se o funcionrio concorre culposamente para o crime de outrem:Pena - deteno, de trs meses a um ano. 3 - No caso do pargrafo anterior, a reparao do dano, se precede sentena irrecorrvel, extingue a punibilidade; se lhe posterior, reduzde metade a pena imposta. - CONCORRE CULPOSAMENTE PARA O CRIME DE OUTREM.

    - O CRIME DE OUTREM DEVE SER PECULATO? 2 CORRENTES - CONSUMAO - SE O CRIME DE OUTREM RESTAR APENAS TENTADO? - 3 PODE-SE APLICAR S DEMAIS ESPCIES DE PECULATO?

  • 5)PECULATO ESTELIONATO OU MEDIANTE ERRO E OUTREM art. 313 do CP: Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exerccio do cargo, recebeu por erro de outrem:Pena - recluso, de um a quatro anos, e multa.

    - ERRO DE OUTREM. O ERRO PODE SER DE UM INTRANEUS

    - DINHEIRO OU QUALQUER UTILIDADE

    - DEVE SER ESPONTNEO (MAJORITRIO). Obs: Rogrio Greco entende que no precisa ser.

    - SE NO FOR ESPONTNEO? Art.171 do CP ( PRINCPIO DA SUBSIDIRIA TCITA) - DIFERENA PARA O ESTELIONATO.

    - AGRAVANTE DO ART. 61, II, g do CP. - CONSUMAO:

  • 6) PECULATO ELETRNICO OU INSERO DE DADOS FALSOS EM SISTEMA DE INFORMAESArt. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionrio autorizado, a insero de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administrao Pblica com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano:(Includo pela Lei n 9.983, de 2000))Pena recluso, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.(Includo pela Lei n 9.983, de 2000)

    Na primeira modalidade, o funcionrio pblico autorizado insere dados falsos (ele prprio introduz ou facilita para outrem o faa).

    Na segunda modalidade o comportamento previsto no tipo o agente altera ou exclui dados verdadeiros, de forma indevida.

    O agente deve agir com a finalidade especial ( especial fim de agir) de obter vantagem indevida, de qualquer natureza, ou causar dano.

  • Peculato e princpio da insignificncia

    JURISPRUDNCIA : inf. 473 do STJ (no se aplica) inf. 624 do STF 2 turma ( se aplica)

    DOUTRINA:

  • ConcussoArt. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, aindaque fora da funo ou antes de assumi-la, mas em razo dela,vantagem indevida:Pena - recluso, de dois a oito anos, e multa. Excesso de exao 1 - Se o funcionrio exige tributo ou contribuio social que sabe oudeveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrana meiovexatrio ou gravoso, que a lei no autoriza:(Redao dada pela Lei n8.137, de 27.12.1990)Pena - recluso, de 3 (trs) a 8 (oito) anos, e multa.(Redao dada pela lei n 8.137, de 27.12.1990) 2 - Se o funcionrio desvia, em proveito prprio ou de outrem, o querecebeu indevidamente para recolher aos cofres pblicos:Pena - recluso, de dois a doze anos, e multa.

  • Art. 316, caput, do CP- Concusso: Exigir, para si ou para outrem, direta ou Indiretamente, ainda que fora da funo ou antes de assumi-la, mas emrazo dela, vantagem indevida:Pena - recluso, de dois a oito anos, e multa. - EXIGIR : impor ou determinar uma condio para praticar um ato de atribuio o agente. - DIRETA OU INDIRETAMENTE. - NEXO FUNCIONAL: - FUNCIONRIO DE FRIAS

    - OBJETO MATERIAL

    - NATUREZA ECONMICA? 2 correntes

  • - CONSUMAO.

    - ADMITE-SE TENTATIVA?

    - PRISO EM FLAGRANTE.

    - CONCUSSO X EXTORSO

    - CONCUSSO X CORRUPO PASSIVA

  • Excesso de exao 1 - Se o funcionrio exige tributo ou contribuio social quesabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega nacobrana meio vexatrio ou gravoso, que a lei no autoriza:Redao dada pela Lei n 8.137, de 27.12.1990) Pena - recluso, de 3 (trs) a 8 (oito) anos, e multa.(Redao dada Pela Lei n 8.137, de 27.12.1990)

    espcie de concusso. Mas aqui o funcionrio no almeja qualquervantagem.Exao: cobrana rigorosa de impostos.Duas modalidades de conduta:1) o funcionrio exige (determina) tributo indevido; 2) o funcionrio emprega meio vexatrio ou gravosona cobrana de tributo devido.

  • 2 - Se o funcionrio desvia, em proveito prprio ou de outrem,o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres pblicos:Pena - recluso, de dois a doze anos, e multa.

    Obs: relativo ao 1.