aula 1 pavimentação

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Granulométria dos solos Análise granulométrica do solo É a determinação da faixa de tamanho das partículas presentes em um solo, expressa como uma percentagem do peso total seco.

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Page 1: Aula 1 Pavimentação

Granulométria dos solos

Análise granulométrica do solo

É a determinação da faixa de tamanho das partículas presentes em um solo, expressa como uma percentagem do peso total seco.

Page 2: Aula 1 Pavimentação

Granulométria dos solos

Métodos de determinação da distribuição granulométrica dos solos:

Peneiramento

Ensaio de sedimentação

Page 3: Aula 1 Pavimentação

APARELHAGEM PARA O ENSAIO DE GRANULOMETRIA

Estufa Dessecador

Aparelho de dispersão Proveta de vidro

Page 4: Aula 1 Pavimentação

Aparelhos para ensaio de granulometria

Peneiras de 50, 38, 25, 19, 9,5, 4,8, 2,0 mm (peneiramento grosso), 1,2, 0,6, 0,42, 0,25, 0,15,e 0,075 mm (peneiramento fino), conforme a NBR 5734;

Termômetro

Agitador de peneiras

Page 5: Aula 1 Pavimentação

Série de peneiras 50mm 2"

38mm 1 1/2"

25,4mm 1"

19mm 3/4"

12,7mm 1/2"

9,51mm 3/8"

4,76mm nº 4

2,00mm nº 10

1,20mm nº 16

0,60mm nº 30

0,42mm nº 40

0,30mm nº 50

0,15mm nº 100

0,075mm nº 200

Page 6: Aula 1 Pavimentação

Curva de distribuição granulométrica

ANÁLISE GRANULOMÉTRICA DE SOLOS

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0,0001 0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000

DiÂMETRO DAS PARTÍCULAS (mm)

% pa

ssan

do

Page 7: Aula 1 Pavimentação

Curva de distribuição granulométrica de solos

Uma curva de distribuição granulométrica pode ser utilizada para determinar os quatro parâmetros seguintes para um solo dado:

DIÂMETRO EFETIVO (D10 ou De): É o diâmetro correspondente a 10% em peso total de todas as partículas menores que ele.

O valor de D10 fornece uma das informações necessárias para o cálculo da permeabilidade, utilizado no dimensionamento de filtros e drenos.

10

60

DD

Cu

Page 8: Aula 1 Pavimentação

Distribuição granulométrica ( De )

ANÁLISE GRANULOMÉTRICA DE SOLOS

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0,0001 0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000

DiÂMETRO DAS PARTÍCULAS (mm)

% pa

ssan

do

Diâmetro efetivo = 0,025mm)

Page 9: Aula 1 Pavimentação

Distribuição granulométrica ( Cu ) GRAU DE UNIFORMIDADE (U): O grau de uniformidade indica a falta de uniformidade,

sendo tanto menor quanto mais uniforme for o solo.

CU = D60 / D10

Quanto menor, maior é a inclinação da curva granulométrica, e o solo é melhor graduado, segundo a seguinte classificação:

U < 5 à muito uniforme 5 < U < 15 à uniformidade média U > 15 à desuniforme

Page 10: Aula 1 Pavimentação

Distribuição granulométrica ( De )

ANÁLISE GRANULOMÉTRICA DE SOLOS

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0,0001 0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000

DiÂMETRO DAS PARTÍCULAS (mm)

% pa

ssan

do D10 = 0,025mm

D60 = 2mm

Page 11: Aula 1 Pavimentação

Distribuição granulométrica ( CC )

COEFICIENTE DE CURVATURA (CC):

CC = (D 30) 2 / (D 10 . D 60)

Solos bem graduados têm 1 < CC < 3.

D30 e D60: diâmetros correspondentes a 30% e 60% em peso total das partículas menores que eles.

Page 12: Aula 1 Pavimentação

Distribuição granulométrica ( De )

ANÁLISE GRANULOMÉTRICA DE SOLOS

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0,0001 0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000

DiÂMETRO DAS PARTÍCULAS (mm)

% pa

ssan

do

D10 = 0,025mm

D60 = 2mm

D30= 0,25mm

Page 13: Aula 1 Pavimentação

Quanto a distribuição granulométrica o solo pode ser:

Mal-graduado Bem-graduado Granulométria descontínua

Page 14: Aula 1 Pavimentação

Graduação de solos

ANÁLISE GRANULOMÉTRICA DE SOLOS

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0,0001 0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000

DiÂMETRO DAS PARTÍCULAS (mm)

% pa

ssan

do

Bem - graduadoMal - graduado

Granulométria descontínua

Page 15: Aula 1 Pavimentação

Graduação de solos

4uC

314

c

u

CC

154 uC

SOLO BEM GRADUADO

SOLO UNIFORME

SOLO COM MÉDIA UNIFORMIDADE

15uC SOLO NÃO UNIFORME

Page 16: Aula 1 Pavimentação

CLASSIFICAÇÃO USDAANÁLISE GRANULOMÉTRICA DE SOLOS

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0,0001 0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000

DiÂMETRO DAS PARTÍCULAS (mm)

% pa

ssan

do

ARGILA SILTEAREIA

AGMF

MFMF

PEDREEGULHO

Page 17: Aula 1 Pavimentação

CLASSIFICAÇÃO ASTMANÁLISE GRANULOMÉTRICA DE SOLOS

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0,0001 0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000

DiÂMETRO DAS PARTÍCULAS (mm)

% pa

ssan

do

ARGILA SILTE AREIA

MF

PEDREEGULHO

Page 18: Aula 1 Pavimentação

CLASSIFICAÇÃO MITANÁLISE GRANULOMÉTRICA DE SOLOS

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0,0001 0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000

DiÂMETRO DAS PARTÍCULAS (mm)

% pa

ssan

do

ARGILA SILTE AREIA PEDREEGULHO

C M G F M GF M G

Page 19: Aula 1 Pavimentação

CLASSIFICAÇÃO ABNTANÁLISE GRANULOMÉTRICA DE SOLOS

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0,0001 0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000

DiÂMETRO DAS PARTÍCULAS (mm)

% pa

ssan

do

ARGILA SILTEAREIA

GMF

MF

PEDREEGULHOPEDRA MATACÃO

Page 20: Aula 1 Pavimentação
Page 21: Aula 1 Pavimentação

Forma das partículas

Classificação tradicional (Caputo):

1 - Arredondadas 2 - Lamelares 3 - Fibrilares

Arredondadas - ou de forma poliédrica. Ex.: pedregulhos, areias, siltes.

Lamelares - semelhantes a lamelas ou escamas. Ex.: argilas (compressibilidade e plasticidade) Fibrilares - em forma de fibras. Ex.: solos turfosos (oigem vegetal)

Page 22: Aula 1 Pavimentação

Forma das partículas

Outra Classificação: (Lambe)

1 - Angular 2 - Sub-angular 3 - Arredondadas 4 - Sub-arredondadas 5 - Bem arredondadas.

Page 23: Aula 1 Pavimentação

Forma das partículas

A angularidade de uma partícula é definida como:

A = raio médio de cantos e bordas / raio da esfera máxima inscrita

Page 24: Aula 1 Pavimentação

Forma das partículas A esfericidade de uma partícula angulosa é definida

como: S = De / Lp

Em que De = diâmetro equivalente da partícula

V = VOLUME DA PARTÍCULA

Lp = COMPRIMENTO DA PARTÍCULA

As partículas laminares têm esfericidade muito pequena – normalmente 0,01mm ou menos. Essas

partículas são predominantemente de argilominerais

VDE

6

Page 25: Aula 1 Pavimentação

Exercício

• A seguir encontram-se os resultados de um ensaio de peneiramento:

• Determine a percentagem que passa em cada peneira e traçe a curva de distribuição granulométrica

• Determine D10, D30 e D60 a partir da curva de distribuição granulométrica

• Calcule o coeficiente de uniformidade, Cu

• Calcule o coeficiente de curvatura, Cc

• Comente sobre a uniformidade e a graduação do solo.

Peneira nº (norma americana) Massa de solo retida (g)

   

4 28

10 42

20 48

40 128

60 221

100 86

200 40

Fundo 24

Page 26: Aula 1 Pavimentação

Classificação dos solos sistema HRB

Page 27: Aula 1 Pavimentação

Sistema de classificação da AASHTO A diversidade e a enorme diferença de comportamento

apresentada pelos diferentes solos → natural agrupamento em conjuntos distintos aos quais são atribuídos algumas propriedades

classificação dos solos.

Classificar um solo → incluí-lo em um determinado grupo composto por solos de características e propriedades geotécnicas similares.

Objetivo principal de se classificar um solo sob o ponto de vista de engenharia → estimar seu provável comportamento ou ao menos orientar o programa de investigação necessário.

Page 28: Aula 1 Pavimentação

Sistema de classificação da Highway Research Board(HRB) - sistema rodoviário de classificação

Empregado na engenharia rodoviária em todo o mundo, proposto pelo Bureau of Public Roads e revisto pelo HRB(1945). Normatizado pela AASHTO M145 (1973).

Classifica os solos em 8 grupos:

• solos granulares (% passante #200 < 35%) → A-1, A-2 e A-3

• solos finos (% passante #200 > 35%) A-4, A-5, A-6 e A-7

• solos altamente orgânicos → podem ser classificados como A-8

Page 29: Aula 1 Pavimentação

Orientação Geral8 grupos principais: A1~ A7 (com vários sub-grupos) e solos

orgânicos A8Ensaios necessários: peneiramento e limites de Atterberg O índice de grupo, equação empírica, é usado para avaliar solos

dentro de um grupo (sub-grupos).

O propósito original deste sistema de classificação é seu uso na construção de estradas (qualificação do subleito).

A4 ~ A7A1 ~ A3

Materiais Granulares

35% passa na peneira 200

Matreiais silto-argiloso

36% passa na peneira 200

Usa-se LL e IP para separar materiais siltosos de argilosos

Usa-se LL e IP para separar materiais siltosos de argilosos (apenas no grupo A2)

Page 30: Aula 1 Pavimentação

Índice de grupo (IG)

Empregado no sistema da HRB, corresponde a um número inteiro que varia de 0 (solo ótimo quanto a capacidade de suporte) a 20 (solo péssimo quanto a capacidade de suporte).

IG = 0,2 a + 0,005 a c + 0,01 b d⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅

a= (%passante #200) - 35% (0 - 40)

b= (%passante #200) - 15% (0 - 40)

c= wl - 40% (0 - 20)

d= Ip - 10% (0 - 20)

%passante #200

O IG é indicado entre parênteses completando a classificação HRB.

Page 31: Aula 1 Pavimentação

Gráfico para determinação do IG

Page 32: Aula 1 Pavimentação

(HRB) - sistema rodoviário de classificação

Page 33: Aula 1 Pavimentação

Índice de Grupo - IG

))(15(01.0

)40(005.02.0)35(

200

200IPF

LLFIG

)10)(15(01.0 200 IPFIGPara sub-grupos A-2-6 e A-2-7

O primeiro termo é determinado pelo LL

O segundo termo é determinado pelo IP

Em geral, a qualificação de um solo como subleito de pavimento é inversamente proporcional ao

índice de grupo, IG.

Usar apenas o segundo termo

F200: porcentagem que passa na peneira No.200

Page 34: Aula 1 Pavimentação

Cálculo do IGIG=(F200 – 35)[0,2 + 0,005(LL – 40)] + 0,01(F200 – 15)(IP – 10)

Se a equação produzir um valor negativo para IG, este é considerado 0 Arredondar IG ex IG = 3,4 ARREDONDAR PARA 3 IG = 3,5 ARREDONDAR PARA 4 Não há limite superior para o índice IG O índice de grupo de solos que pertencem aos grupos A-1-a, A-1-b, A-2-4, A-2-5 e A-3 é sempre 0.

Ao se calcular o índice de grupo para solos que pertencem aos grupos A-2-6 e A-2-7, use o índice de grupo parcial para IP, ou

IG = 0,01(F200 – 15)(IP – 10)

Page 35: Aula 1 Pavimentação

Exemplo

Passa na No.200 86%LL=70%, IP=32%LL-30=40 > IP=32%

3347.33)10PI)(15F(01.0

)40LL(005.02.0)35F(GI

200

200

Arredondando

A-7-5(33)

Passa na No.200 86%LL=70%,IP=32%LL-30=40 > IP=32%

Page 36: Aula 1 Pavimentação
Page 37: Aula 1 Pavimentação

Classificação de solos – FAA -Aeroportos

FAA É um sistema de classificação muito pouco usado

no Brasil.

Os solos são classificados de E-1 a E-13 ( em ordem decrescente de qualidade.

Tem o inconveniente de utilizar a # 270(0,053mm) para separar a fração fina da fração grossa.

Page 38: Aula 1 Pavimentação

Classificação de solos – FAA -Aeroportos Areia grossa - solo que passa na #10 (P10) e é

retido na #60 (R60)

Areia fina – P60 e é R270

Silte e argila – P270

WL e o IP são usados para distinguir entre siltes e as argilas

Page 39: Aula 1 Pavimentação

FEDERAL AVIATION AGENCY - FAA

SOLOS R10 P10 e R60 P60 e R270 P270Limite de liquidez

índice de plasticidade

             E-1 0 - 45 40+ 60- 15- 25- 6-E-2 0 - 45 15+ 85- 25- 25- 6-E-3 0 - 45     25- 25- 6-E-4 0 - 45     35- 35- 10-E-5 0 - 45     45- 40- 15-E-6 0 - 55     45+ 40- 10-E-7 0 - 55     45+ 50- 10 - 30E-8 0 - 55     45+ 60- 15 - 40E-9 0 - 55     45+ 40+ 30-

E-10 0 - 55     45+ 70- 20 - 50E-11 0 - 55     45+ 80- 30+E-12 0 - 55     45+ 80+  E-13 TURFA - FACILMENTE IDENTIFICÁVEL NO CAMPO